PUB
Ano 2 - n.º 42 - setembro 2018
Preço 0,01€
Mensal
Diretor: Miguel Almeida - Dir. Adjunto: Carlos Almeida
Contacte-nos em: geral@vivadouro.org - www.vivadouro.org
Linha do Douro Que Futuro?
• Para o presidente da CIM Douro “esta será provavelmente a derradeira oportunidade para esta importante via”
> Págs. 16, 17 e 18 Reportagem VivaDouro
Vila Real
Sernancelhe
Vários Concelhos
Vindouro recebe Marcelo com mar de gente
Douro Bussiness School arranca em setembro
CLDS - 3G quer idosos mais ativos
Setembro é o mês de regresso à escola
> Págs. 10 e 11
> Pág. 12
> Pág. 22
> Pág. 24
4 VIVADOURO SETEMBRO 2018
Editorial
Alerte para o que está bem e denuncie o que está mal. Envie-nos as suas fotos para geral@vivadouro.org
José Ângelo Pinto
Administrador da Vivacidade, S.A. Economista e Docente Universitário
Caros leitores,
Registo no ICS/ERC 126635 Número de Registo Depósito Legal 391739/15 Diretor: Augusto Miguel Silva Almeida (TE-873) miguel.almeida@vivadouro.org Tlm.: 916 430 038 Redação: Carlos Almeida carlos.almeida@vivadouro.org Tlm.: 912 002 672 Departamento comercial: Carlos Rodrigues Tel.: 962 258 630 Tel.: 910 599 481 Paginação: Rita Lopes Administração e Propriedade do título: Vivacidade, Sociedade de Comunicação Social, S.A. Rua Poeta Adriano Correia de Oliveira, 197 4435-778 Baguim do Monte
Breves Página 5 Mesão Frio Página 6
Reportagem VivaDouro Páginas 10 e 11 Torre de Moncorvo Página 13 Sabrosa Página 15
Tabuaço Página 21
NIF: 507632923
Sernancelhe Página 22
Impressão: Unipress Tiragem: 10 mil exemplares Sítio na Internet: www.vivadouro.org Facebook: www.facebook.com/ jornalvivadouro E-mail: geral@vivadouro.org Agenda: agenda@vivadouro.org
Próxima Edição 17 OUTUBRO
“O Museu do Côa”
Vila Real Página 9, 12, 14
Estatuto Editorial: http://www.public. vivadouro.org/vivadouro
Colaboradores: António Costa, António Fontainhas Fernandes, Guilhermina Ferreira, José Penelas, Luís Alves, Manuel Cabral, Paulo Costa, Pedro Ferreira, Ricardo Magalhães, Sandra Neves e Silva Fernandes.
Na sua maioria, os nós de acesso à A24 estão assim, às escuras, uma situação que se pode configurar perigosa para quem circula nesta via.
Vários Concelhos Páginas 8, 20, 24 e 25
Destaque Vivadouro Páginas 16, 17 e 18
Sede de Redação:Rua Poeta Adriano Correia de Oliveira, 197 4435-778 Fânzeres Tel.: 916 894 360 / 916 538 409 Sede do Editor: Travessa do Veloso - 87 4200-518 Porto Sede do Impressor: Arcozelo - Vila Nova de Gaia
NEGATIVO
Sumário:
Administrador: José Ângelo da Costa Pinto
Detentores com mais de 10% do capital social: Lógica & Ética, Lda. e Augusto Miguel Silva Almeida
Um estudo da UTAD revelou que em 2017 venderam-se 75 milhões de litros, 378 milhões de euros, de vinho da Região Demarcada do Douro.
FOTO: DR
Abordamos nesta edição com todo o detalhe a situação da Linha do Douro. Insistir, insistir, insistir e insistir só pode resultar se insistirmos. E já por várias vezes que o VivaDouro insiste, insiste e insiste. A região não pode continuar a ser prejudicada nas decisões de investimento apenas e só porque tem a sorte de ter uma excelente fonte de rendimento consolidada (o vinho…) e por ter vindo a ser capaz de desenvolver atividades complementares com sucesso (como o vinho). A região precisa e tem direito a receber investimento público como todas as outras e há que aproveitar bem as capacidades intrínsecas que podem ser poten-
ciadas com algum investimento. Uma das provas de fundo que a região deveria procurar correr é a substituição do malogrado investimento na barragem do coa por outro investimento com características mobilizadoras semelhantes. A região precisa do equivalente a uma barragem do Alqueiva para que se possa desenvolver e capacitar e disto o poder politico central não quer saber e os que ao nível regional defendem a mobilização séria do investimento são ostracizados pelos centralistas. Há que continuar com coragem e determinação a lutarmos todos juntos para que a região possa vir a constituir-se como estruturada e estruturante para Portugal. Como pode e deve ser.
FOTO: DR
POSITIVO
Freixo de Espada à Cinta Página 23 Régua Página 26 São João da Pesqueira Página 27 Vila Real | Alijó Página 28 Opinião Páginas 30 Lazer Página 31
Luís Braga da Cruz Engenheiro Civil
Li, há dias, que o Museu do Côa já recebeu mais de 200.000 visitantes, desde que foi inaugurado em 2010. Este número pode não parecer extraordinário, perante as expectativas que foram alimentadas em 1995, quando a decisão política suspendeu a construção da Barragem de Foz-Côa. Apesar de tudo, é muito significativo. Aprendi com Serralves que as instituições culturais que recebem dinheiro público devem publicitar os seus resultados e zelar por uma procura sustentada. Este número de visitantes não envergonha e revela interesse por um património singular no
nosso território, que radica em momentos muito anteriores aos nossos dias. Vale sempre a pena especular como se vivia aqui há 25.000 anos e tentar compreender porque é que este sítio foi sacralizado. Também faz sentido recordar as expectativas criadas há 30 anos, por uns e outros. Admitia-se que, para compensar o frustrado interesse local que sonhava com o potencial turístico de um grande lago artificial, se concebesse um centro de interpretação do Paleolítico Superior, com recurso às mais modernas técnicas audiovisuais. Para o efeito chegou a trabalhar na região a equipe de Barcelona que fora responsável pelos imaginativos pavilhões da Exposição Universal de Sevilha de 1993. Interrompera-se a construção da barragem, depois de expropriados mais de 20 km de terrenos pelo vale do Côa acima, de se ter executada a derivação provisória do rio e de se terem feito as colossais escavações para fundar a Barragem nas duas margens do rio. As despesas incorridas ultrapassaram os 20 milhões de contos. Não tenho que contestar a posição tomada, porque me habituei a respeitar as decisões assumidas pelos órgãos políticos com legitimidade democrática em pleno uso das suas atribuições. Para mim, que fiz parte da equipe que projectou a barragem
de Foz-Côa entre 1978 e 1981, devo confessar que me penalizou não ter sido concretizada uma das obras de engenharia mais bem estudadas em Portugal. Foz-Côa teria sido importante por várias razões: pela energia, pela potência instalada, pelos grupos reversíveis que permitiam bombagem com perdas de carga mínimas, por valorizar a exploração energética da cascata dos cinco aproveitamentos no Douro a jusante do Côa, pelo valor estratégico de um milhão de metros cúbicos de água armazenada nas cabeceiras do Douro nacional, por a bacia do Côa estar só em território português, tudo na lógica da gestão integrada dos nossos recursos hídricos. O Museu do Côa chegou a estar projectado para o “buraco” das escavações, com um talude de 40 m de altura na margem esquerda, tal era o receio de que viesse a ser inflectida a decisão anterior e se voltasse a pensar na barragem. Felizmente o disparate não fez o seu caminho e dispomos hoje de um museu bem localizado, com boa arquitectura contemporânea e a cumprir cabalmente o seu propósito cultural. Não ter comprometido a barragem foi também uma decisão acertada dado que, perante as necessidades de amanhã, podemos ter de voltar ao assunto. Quem sabe?
VIVADOURO SETEMBRO 2018
5
Breves II Torneio Internacional de Andebol O II Torneio Internacional de Andebol, organizado pelo Ginásio Clube de Tarouca com a co-
O Instituto dos Vinhos do Douro e Porto (IVDP) vai aplicar 750 mil euros na recuperação do armazém 43, na Régua, onde ficará instalada a sede do organismo e uma mostra sobre o território e os vinhos. As obras já estão em curso sendo expectável que terminem até ao final deste ano.
laboração do Município de Tarouca e da União
FOTO: DR
IVDP investe 750 mil euros para recuperar armazém na Régua e instalar sede
de Freguesias de Tarouca e Dalvares foi um sucesso. Jogos intensos, jovens cheios de vontade de vencer e equipas de renome nacional e internacional disputavam jogo a jogo.
Acessos da A24 em Lamego recuperados
No final o Boavista consagrou-se campeão deste FOTO: DR
Na sequência da intervenção do Município de Lamego, alertando para o péssimo estado em que se encontravam os acessos da A24 no nó de Calvilhe, a Infraestruturas de Portugal, empresa pública que tutela este troço rodoviário, iniciou os tão necessários trabalhos, que decorrem ao longo desta semana, com vista ao melhoramento da via.
tornei, tendo ficado o São Bernardo em 2º Lugar e em 3º lugar a seleção Inglesa de Andebol.
2016 declarado Ano Vintage O Ano de 2016 foi declarado Ano Vintage pela Confraria do Vinho do Porto. 2016 fica assinalado como o ano da última década em que mais agentes económicos declararam Vintage e com maior número de Porto Vintage aprovados, num total de 107.
Vila Real é uma das 7 Maravilhas à mesa A mesa de Vila Real é uma das 7 Maravilhas à Mesa de Portugal. A mesa de Alijó, também presente na final que hoje teve lugar em Albufeira, não conseguiu atingir o seu objetivo de estar entre as 7 melhores mesas.
Novo miradouro no Vale do Tua
O campo de jogos do Centro escolar, do Agrupamento de Escolas Prof. António da Natividade, à semelhança do que tem vindo a acontecer com todos os polidesportivos das freguesias do concelho, foi alvo de uma intervenção que o dotou de melhores condições para a prática desportiva, através da colocação de relvado sintético. A obra totalmente financiada pela Câmara Municipal de Mesão Frio, orçada em cerca de 8 mil euros, incluiu também, a colocação de novas balizas e a instalação de condutas de água. FOTO: DR
No passado dia 12 de setembro, foi assinado pelo Presidente da Câmara Municipal de Alijó, José Paredes, e a empresa CERVIMAT o contrato que visa a construção do “Miradouro sobre a Albufeira do Tua”, no valor de 85.284,27€. Em breve o Vale do Tua terá uma nova paragem para que todos possam admirar e sentir a sua enorme beleza.
Campo de jogos renovado em Mesão Frio
Tabuaço é candidato no Orçamento Participativo Natureza Viva e Vivida é uma proposta conjunta que visa a criação da Área Protegida dos Castelos Naturais de Cabriz e onde consta também a indicação para a criação de uma rede de percursos pedestres. De abrangência intermunicipal, onde estão envolvidos os Concelhos de Tabuaço e São João da Pesqueira, o projecto tem calculado um período de execução de 24 meses e ao qual o Orçamento Participativo considerou a atribuição de 150 mil euros. O projecto foi submetido no âmbito da Proposta do Governo relativamente ao Orçamento Participativo de Portugal e ao qual foram apresentados 694 projectos de âmbito regional e nacional em diversas áreas, desde a Saúde, Cultura, Economia, Ambiente ou Educação e Juventude, entre outras.
Voluntariado Jovem 70JÁ
Caminhar pela terceira idade em Carrazeda de Ansiães FOTO: DR
A autarquia de Carrazeda de Ansiães está a organizar um passeio intitulado Caminhar pela terceira idade, que acontecerá no próximo dia 30 de Setembro, em Pombal de Ansiães As inscrições devem ser feitas até ao dia 26 de Setembro na CSP de Pombal e na Loja Interativa de Turismo.
Se tens entre 18 e os 30 anos de idade e interesse sobre os direitos da Juventude, inscreve-te como voluntário na ação de Voluntariado Jovem 70JÁ - Direitos da Juventude. Os voluntários irão deslocar-se a escolas do ensino Básico (3º Ciclo), Secundário e Universitário, para realizar um conjunto de iniciativas a desenvolver com os alunos e um professor responsável, que visam contribuir para as medidas a implementar nas comemorações nacionais dos 70 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos. Os voluntários (em equipas de dois) deslocam-se 3 dias por mês às escolas, de outubro de 2018 a junho de 2019. O IPDJ irá ressarcir as despesas dos voluntários no valor de 8,00 euros por dia. O IPDJ promove uma ação de sensibilização sobre a área de intervenção e voluntariado para capacitar os jovens com competências para intervirem junto da comunidade escolar.
6 VIVADOURO SETEMBRO 2018
Mesão Frio
Rali de Mesão Frio dominado por Luís Delgado
> Pódio final com Luís Delgado no lugar cimeiro
rali, Bruno Pereira sublinhou a experiência da equipa que o acompanha e o apoio do município para que a prova tivesse sido um sucesso. “Tenho uma equipa a trabalhar comigo que é muito experiente neste tipo de provas e da parte do município temos também todos os meios ao nosso dispor. Este ano o presidente não pode participar devido a alguns problemas técnicos no seu carro mas o seu gos-
to pela modalidade também ajuda a esta organização”. Já o autarca de Mesão Frio, Alberto Pereira, reforçou o apoio ao evento, pela exposição que o mesmo dá ao seu concelho. “O Rali Município de Mesão Frio realiza-se desde 2013 e este ano, pela primeira vez em seis anos, concretizou-se com a decisão política unânime da autarquia, o que revela o reconhecimento prestigiante
do evento, não só para a vila, mas também para a região norte e, em particular, para a região duriense. Quem teve a oportunidade de visitar a porta do Douro por estes dias, pode comprovar que a prova de desporto motorizado tem cada vez mais impacto para Mesão Frio, ao conquistar cada vez mais público, revestindo-se em retorno financeiro para o comércio local”, afirmou o autarca. ■ FOTO: DR
FOTO: DR
A sétima prova do Campeonato Norte de Ralis 2018 foi pontuável para o 11.º Troféu CIN, organizado pelo Team BAIA e para o Troféu Challenge 1000 da Federação Portuguesa de Automobilismo e Karting (FPAK). Com mais de 40 equipas em competição, este ano, a prova teve uma nova roupagem com uma classificativa ao início da noite de sábado, pelas 20h30, na freguesia de Barqueiros (1.ª PE - 6,79 kms), antes da já habitual e muito apreciada Super Especial Noturna, nas principais artérias da vila de Mesão Frio, pelas 21h30 (2.ª PE – Super Especial Mesão Frio – 1,79 kms). A mesma noite terminou fervorosamente, com a festa branca, na piscina municipal descoberta, com entrada gratuita, animação musical e fogo de artifício, um ponto de encontro sublime, com uma moldura humana impressionante, onde conviveram elementos das equipas do rali, residentes e visitantes. No último dia da competição, os carros fizeram-se à estrada, pelas 9h35, para a 3.ª PE de Vila Marim 1, a primeira de sete Provas Especiais de Classificação, a que se seguiram: Barqueiros 2 (4.ª PE, 10h20), Vila Marim 2 (5.ª PE, 10h50), Vila Marim 3 (6.ª PE, 12h), Barqueiros 3 (7.ª PE, 12h30), Oliveira 1 (8.ª PE, 13h45) e a fechar este Rali Município de Mesão Frio, a 9ª PE - Oliveira 2, pelas 14h27. Já ao final da tarde, os pilotos subiram ao pódio para a entrega de prémios, no Claustro do Convento de São Francisco. A dupla oriunda de Lisboa, André Cabeças e Luís Sá (Mitsubishi Lancer Evo IX) foi a adversária mais direta da equipa vencedora, terminando na segunda posição, a 37,3 s da dupla vitoriosa. No terceiro lugar do pódio terminaram João Alves e José Rodrigues, ao volante do Peugeot 106. Bruno Pereira, diretor da prova, em declarações ao VivaDouro sublinhou a sua satisfação com a forma como a forma decorreu. “Tivemos alguns incidentes mas sem qualquer ferido, apenas algumas coisas pequenas, o normal neste tipo de provas”. A estrear-se como diretor de prova num
FOTO: DR
O Rali de Mesão Frio, organizado pelo Automóvel Clube da Régua, em colaboração com o município duriense, voltou às portas do Douro para uma prova exigente e técnica que premiou o flaviense Luís Delgado.
PUB
8 VIVADOURO SETEMBRO 2018
Vários Concelhos
“EU no musEU” chega ao Museu de Lamego no Dia Mundial da Doença de Alzheimer
“EU no musEU” é um projeto de investigação-ação, que privilegia como meio de comunicação a obra de arte, com dois objetivos fundamentais: por um lado desenvolver o treino cognitivo e o bem-estar de pessoas com Perturbações Neuro Cognitivas do tipo Doença de Alzheimer (em fases precoces e intermédias) e dos seus cuidadores e, por outro, promover a cidadania e a integração social na demência. A ação pretende ainda chamar a atenção para a importância de os museus cumpri-
rem o seu papel social ao criarem condições para que todos possam sentir e viver o seu espaço, conteúdos e memórias, à medida da sua natureza e necessidade, adequando os processos de comunicação. Por isso, as abordagens são ainda complementadas com teatro, música, dinâmicas de grupo, contos, yoga, biodanza e sessões temáticas, asseguradas por especialistas externos. A apresentação estará a cargo de Virgínia Gomes, coordenadora técnica do “EU no musEU”, com o objetivo de poder vir a ser implementado no Museu de Lamego, em colaboração com as instituições da região. “EU no musEU” começou a 9 de novembro de 2011 no Museu Nacional de Machado de Castro (MNMC), em Coimbra, em parceria com a Delegação do Centro da Associação Alzheimer Portugal – Associação de Familiares e Amigos de Doentes de Alzheimer (APFADA), e com a sua Direção Nacional a partir de 2015. Teve como ponto de partida o modelo de estimulação cognitiva desenvolvido pelo Museu de Arte Moderna de Nova Iorque (MoMA) no programa ‘Meet me’ (2007 – 2014), mas divergiu dele quanto à estrutura dos grupos (dois em simultâneo) e quanto à metodologia. Já deu origem, em 2016, a exposição temática temporária ‘Desenhar o Tempo – o Teste do Desenho do Relógio’, que até 30
de setembro se se encontra patente ao público no Museu Tesouro da Misericórdia de Viseu. O reconhecimento do mérito de inovação
e de intervenção ao nível das acessibilidades cognitiva e social mereceu-lhe a Menção Honrosa do Prémio Acesso Cultura (PAC) 2015. ■ FOTO: DR
Mais importante que os objetos do museu é o que se faz com eles. É este o mote que no próximo dia 21 de setembro leva ao Museu de Lamego o projeto “EU no museu”. Direcionado para pessoas com perturbações neurocognitivas e desenvolvido pelo Museu Nacional de Machado de Castro em parceria com Associação Alzheimer Portugal.
A marca de azeite portuguesa aposta na diversificação e quer concorrer com os vinagres balsâmicos italianos de Modena produzindo vinagre de vinho do Porto, depois de já ter colocado no mercado vinagre de vinho da Madeira. Gallo vai lançar o primeiro vinagre de vinho do Porto do mundo, um reforço na categoria de vinagres de origem selecionada da marca, do qual já faz parte a Gallo vinagre de vinho Madeira. Segundo a empresa proprietária da mar-
ca, o vinagre é um dos produtos mais difundidos na culinária a nível mundial, com uma taxa de penetração superior à do azeite (por exemplo, em Portugal, o azeite está presente em 72% dos lares, contra 76%, no caso do vinagre). A Europa é o maior mercado de vinagre a nível global, com o mais elevado consumo per capita. “A categoria de vinagres tem registado uma tendência de crescimento particularmente positiva. Em comparação com o primeiro semestre do ano passado, esta categoria cresceu 6% em valor, segundo dados da Nielsen”, refere a empresa, em comunicado. Segundo a empresa, a Gallo é líder da categoria, em Portugal, desde o lançamento dos novos vinagres balsâmicos.
Vinagre com selo do Douro Os responsáveis da Gallo, notam ainda que ao lançar o vinagre de vinho do Porto, “a marca reforça o seu compromisso com a inovação e valorização da categoria, dando a conhecer ao mundo uma nova forma de apreciar um dos mais nobres produtos portugueses”. Este vinagre único é produzido inteiramente no vale do Douro e tem o selo do IVDP, Instituto dos Vinhos do Douro e do Porto, que garante que a sua produção e engarrafamento são inteiramente feitos na região vitivinícola do Douro. A empresa portuguesa refere que “da mesma forma que Itália tem o vinagre Balsâmico Modena, a Gallo traz para a categoria de vinagres dois produtos oriundos de duas regiões portuguesas de renome a nível internacional (Madeira e Douro), que serão apresentados nos mercados onde Gallo está presente”. ■
FOTO: DR
Gallo lança vinagre de Vinho do Porto
VIVADOURO SETEMBRO 2018
9
Vila Real
Centro Oncológico do CHTMAD regista aumento de atividade
Projeto “Arte no Parque” quer promover a biodiversidade de Vila Real
O Centro Oncológico do CHTMAD, E.P.E. registou, entre janeiro e agosto deste ano, um aumento significativo dos seus indicadores de produtividade, relativamente ao período homólogo do ano anterior.
A Câmara de Vila Real anunciou, em comunicado, estar a promover o projeto “Arte no Parque” que desafiou artistas de graffiti e ilustradores a desenharem murais e a criarem serigrafias com o objetivo de promover a biodiversidade deste território.
UTAD adere ao projeto NAU A Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) é a primeira instituição a aderir como entidade promotora do Projeto NAU - um projeto no qual se prevê a integração dos diferentes ministérios, bem como de diversas instituições de ensino superior nacionais, instituições públicas e empresas e do qual a UTAD mostra ter todo o interesse em ser parte integrante, numa perspetiva de vantajosa colaboração e parceria com estas entidades em ações futuras. A NAU é uma iniciativa nacional, liderada pela FCT - Fundação para a Ciência e a Tecnologia, que tem como objetivo a construção e operação de uma plataforma para Ensino e Formação a Distância para Grandes Audiências. Esta infraestrutura técnica e operacional permite a publicação e dinamização de cursos a distância para grandes grupos, normalmente designados por cursos MOOC (Massive Open Online Courses), orientados para a Administração Pública e Ensino Superior. Assim, este projeto mostra-se como uma
oportunidade para alavancar a área de e-learning na Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro. Esta adesão na qualidade de “Entidade Promotora” do projeto NAU foi uma decisão sustentada no alinhamento dos objetivos da NAU com o plano estratégico da UTAD para o e-learning. Entre outras, a UTAD vê como proveitosa a sua participação e a possibilidade de ampliar a gama de serviços através das ferramentas disponibilizadas no âmbito do projeto, nomeadamente a publicação de cursos na Plataforma NAU, a oportunidade de tirar proveito dos serviços de apoio e consultoria de produção de conteúdos no Projeto NAU e dos serviços de dinamização dos cursos ativos na Plataforma NAU. Por fim será ainda vantajoso beneficiar dos serviços de divulgação da NAU. Durante o mês de setembro decorrem sessões de demonstração para a comunidade. Nestas sessões, será possível conhecer melhor a plataforma, assistir a uma breve apresentação do ponto de situação do Projeto NAU, seguida de demonstração sobre a forma como os cursos são colocados na Plataforma e como os utilizadores poderão aceder aos mesmos. Está previsto que a plataforma tenha já durante o mês de outubro vários cursos à disposição dos seus utilizadores. ■
O município explicou, no documento, que o “Arte no Parque” consiste num desafio lançado a diversos criadores artísticos ligados ao movimento “street art”, de forma a “conciliar tendências, vivências e histórias do território com a biodiversidade de Vila Real, centrada no espaço ribeirinho do rio Corgo”. O projeto contempla a inauguração da exposição “Traços e riscos da biodiversidade”, que junta 13 serigrafias de artistas e ilustradores portugueses que se inspiraram no património natural de Vila Real. As obras em exposição são assinadas pelos artistas Draw, Contra, Mots, Fedor, Third, The Caver, Bafo de Peixe, Hate, Neku, Pereira de Sousa, Eduardo Porto, Fátima Bravo e Daniel Souto. As peças executadas em técnica de impressão em serigrafia, “procuram representar e transmitir a expressão artística e a visão dos autores sobre as espécies” que habitam o território e “deixar uma
mensagem à sociedade para a reflexão sobre o seu papel no futuro do planeta”. A exposição estará patente ao público entre os dias 07 setembro e 07 de outubro, no Museu do Som e da Imagem e tem entrada livre. No final de agosto, o parque infantil do Corgo foi também alvo de uma intervenção do “Coletivo de Rua”, que junta artistas como Draw, Third, Contra, Fedor e The Caver, e que ‘grafitou’, em dois muros, espécies representativas da biodiversidade, como o lobo, a águia ou o sapo. O projeto “Arte no Parque” está integrado na operação “Valorização Ecológica do Corgo”, cofinanciado pelo Programa NORTE 2020. ■ FOTO: DR
Esta evolução positiva na atividade assistencial reflete-se no aumento do número de consultas e tratamentos nas diferentes especialidades. Relativamente às primeiras consultas, registaram-se 2.972 novos doentes, que corresponde a uma taxa de crescimento de 8,8%, ou seja, realizaram-se mais 240 consultas do que em igual período do ano passado, e em todas as diferentes especialidades do CO: 62 em cuidados paliativos, 59 em hematologia clínica, 30 em oncologia médica e 89 em radioncologia. No que diz respeito ao número total de consultas, registaram-se 19.647, que se traduz numa taxa de crescimento de 13%, isto é, realizaram-se mais 2.222 do que no período homólogo do ano anterior (229 nos cuidados paliativos, 502 em hematologia clínica, 1.006 em oncologia médica e 485 em radioncologia). Mas, não apenas, nas consultas do CO se assistiu a um aumento significativo da atividade assistencial. Também, nas sessões de hospital de dia, nos trata-
mentos de radioterapia e nos doentes saídos, a tendência de crescimento regista evolução positiva. Assim sendo, os dados apurados, refletem que, entre janeiro e agosto deste ano, e comparativamente ao período homólogo do ano anterior, realizaram-se 10.106 tratamentos de radioterapia, que corresponde a uma taxa de crescimento de 16,3%, refletindo-se em mais 1.420 tratamentos (747 em tratamentos simples e 673 em tratamentos complexos). De referir que, no passado mês de junho, o serviço de radioterapia alargou o seu horário de atividade até às 23 horas, para poder corresponder às necessidades dos doentes. No que concerne ao número de doentes saídos, nos cuidados paliativos, hematologia clínica e oncologia médica, houve uma taxa de crescimento total de 7,6%, com mais 75 doentes saídos do que em igual período do ano anterior. Em Hospital de Dia, registaram-se 11.336 sessões, mais 1.970 que no ano anterior, correspondendo a uma taxa de crescimento de 21%. É um facto que, a produção do CO está a crescer e a responder de forma eficaz aos utentes que dele necessitam, prestando assim cuidados de saúde atempados, humanizados e diferenciados. Este crescimento nunca seria exequível sem a dedicação dos seus profissionais, sem o esforço das equipas e, acima de tudo, pelo respeito que têm pelo “outro”. ■
PUB
10 VIVADOURO SETEMBRO 2018
Reportagem VivaDouro
Município da Pesqueira organiza a melhor
O local é novo, a festa pombalina deixou o centro da vila e instalou-se no recém inagurado largo da feira, permitindo desde logo uma maior fluidez dos visitantes pelos diferentes espaços. Com uma forte ligação ao setor vinícola, neste evento cabem ainda outros produtos típicos da região como é o caso do azeite, dos frutos secos e do mel, entre outros, muita animação e história. “Nunca esquecendo que o Douro e o concelho de S. João da Pesqueira vive também de outros produtos, como o azeite, a amêndoa ou a maçã, a atenção especial neste certame vai, evidentemente, para o vinho, e este evento pretende divulgar, promover e valorizar a viticultura e os vinhos da região do douro, a sua qualidade, as suas particularidades, bem como todas as actividades económicas relacionadas”, afirmou o autarca pesqueirense, Manuel Cordeiro, durante o seu discurso inaugural. “Aqui celebramos o Vinho do Douro, a sua História e a figura central do Marquês de Pombal, não apenas porque, por S. João da Pesqueira passou algum tempo na sua juventude, mas essencialmente porque Marquês de Pombal foi, como se sabe, o grande responsável em 1756 pela criação da RDD, a primeira região demarcada do mundo, com códigos e regras de exploração agrícola e comercial pioneiras, que, aliás, no século seguinte, influenciaram os franceses e, depois, o resto do mundo vitícola”.
FOTO: DR FOTO: DR
A 17ª Vindouro trouxe algumas novidades, desde logo a mudança de local, mas o sucesso deste evento fica marcado pelos milhares de visitantes que se deslocaram a São João da Pesqueira para mais uma festa Pombalina.
Aproveitando a presença do Ministro da Economia na inauguração do certame, o autarca aproveitou para lhe pedir mais apoio para o interior, à sua atividade económica e às suas gentes. “Sr. Ministro há de facto uma necessidade urgente de valorizar estes produtos, o vinho, os frutos secos, o azeite, a maça, com elevadíssimos custos de produção e baixa produtividade porque em região de montanha, e, nestas circunstâncias, ou o produto reflecte esses custos ou a tendência para a desistência é um passo. É unânime, a excelência dos nossos produtos, e os preços devem reflectir essa qualidade, como aliás acontece com outras regiões europeias. Aqui no Douro Sr. Ministro da Economia há muita margem para crescimento, mas há condições que só o nível governamental pode proporcionar, apoiando ainda mais estas iniciativas, estes investimentos, as acessibilidades, e, podendo ser o Rio Douro a porta de entrada desses fluxos, o investimento na Linha do Douro, com a ligação a Espanha, seria estruturante e desbloqueador
de todo este processo de desenvolvimento económico e social desta região. O resultado Sr. Ministro da aposta que o Governo possa fazer no Douro, com enormíssima margem de crescimento, não trará apenas melhores condições de vida às pessoas e às empresas do Douro, mas seguramente muitos e bons resultados para a economia do nosso país”. Ao longo dos três dias foram milhares os visitantes que passaram pela festa Pombalina, fosse para provar os vinhos da região, para visitar a mostra de produtos locais e artesanais, ou para dar alegria aos diferentes momentos lúdicos como o cortejo pombalino ou os concertos de Diogo Piçarra e Raquel Tavares. Entre os dias 7 e 9 de setembro, São João da Pesqueira foi o centro do Douro, levando a autarquia a congratular-se com o sucesso do evento, deixando a garantia que a Vindouro será, cada vez mais, uma festa da região para o Mundo. “Quando decidimos pela mudança de local e por algumas outras alterações que fizemos, foi porque acreditamos que ia correr bem.
No final o balanço é que mesmo assim as nossas expectativas foram superadas. Sendo uma festa com entrada livre e onde as pessoas circulam bastante, é difícil contabilizar o número de pessoas que terá passado pelo evento mas, por exemplo, a equipa do Diogo Piçarra disse-nos que só no concerto terão estado cerca de 5 mil pessoas e muita outras estavam nas provas de vinhos ou em outra atividade, e isto só naquele momento, por isso é difícil contabilizar”, afirmou Manuel Cordeiro em declarações ao VivaDouro. Sobre as mudanças operadas, o autarca afirma que as mesmas são para manter devendo ainda ser possível melhorar alguns dos aspetos menos positivos desta edição. “Esta mudança é sem dúvida para manter. O sucesso deste evento resultou, do meu ponto de vista, da publicidade que foi feita antecipadamente, da forma como organizamos o evento e os artistas que tiveram presentes. Vamos manter esta estrutura tratando de melhorar alguns aspetos menos positivos que detetamos este ano. É demasiado presunçoso, da minha parte, dizer que esta foi a FOTO: DR
FOTO: DR
> Manuel Cordeiro, presidente da Câmara Municipal de S. J. Pesqueira
> Milhares de pessoas visitaram S. J. Pesqueira durante a Vindouro
VIVADOURO SETEMBRO 2018 11
Reportagem VivaDouro
Vindouro de sempre FOTO: DR
melhor edição de sempre mas efetivamente tem sido essa a mensagem que as pessoas me têm feito chegar. Da parte dos expositores, em especial os produtores de vinhos com quem já tive oportunidade de falar, o balanço que fazem é também bastante positivo, mesmo aqueles que estavam um pouco relutantes quanto à mudança de local”. De destacar nesta edição é ainda a presença do Ministro da Economia e do Presidente da República. Manuel Cordeiro admite que foi feito um grande esforço para que ambos estivessem na Vindouro e acredita que a sua presença ajudou a transmitir a mensagem de que no interior, em territórios de menor densidade também se faz bem. “Não foi fácil trazer o Presidente e o Ministro, foi necessária muita persistência e alguma ajuda. No que diz respeito ao Presidente, posso revelar isso, foi muita pressão minha, sabíamos que estava com uma agenda muito preenchida, antes de vir aqui ainda esteve no Porto e quando saiu daqui ainda foi apanhar o avião a Viseu para Lisboa. Apelei de facto á sua sensibilidade quanto a estes territórios e à importância da sua visita até para atrair atenções para este território. No caso do Ministro foi endereçado o convite e foram também feitos alguns contactos para que pudesse estar presente. Os dois saíram daqui com uma imagem muito positiva e muito bem impressionados. O Presidente tinha-me pedido para não jantar, que seria apenas uma visita contudo acabou por se sentar e acabamos por ficar até perto da uma da manhã a confraternizar”. Na conversa com o nosso jornal, o autarca pesqueirense quis ainda sublinhar que parte do sucesso deste evento se deveu à entrega dos funcionários da autarquia que a ele se dedicaram de alma e coração. Houve muita dedicação e muito empenho por parte da maioria dos funcionários da câmara, uns mais visivelmente, outros de forma mais indireta, fazendo aquele trabalho que não se vê, e esse foi também um fator decisivo no sucesso deste evento. Quisemos fazer o melhor com o menor gasto possível. Neste momento ainda não temos o resultado final mas posso afirmar que organizamos a melhor Vindouro de sempre e gastamos sensivelmente o mesmo que foi gasto em anos anteriores. O melhor retorno que temos é o orgulho que as pessoas sentem. Muita gente nos diz que agora se sente mais orgulhosa da sua terra, e isso é o maior retorno que podemos ter. Neste tipo de eventos a autarquia não aposta no retorno financeiro mas na promoção do concelho que é feita e aí considero que foi um retorno bastante positivo. A nossa intenção principal era a de promovermos o nosso território e os nossos produtos, mostrar que em São João da Pesqueira há qualidade e esse objetivo, acredito, foi plenamente atingido. ■
> Presidente e Ministro visitaram certame
Marcelo Rebelo de Sousa
É fundamental o abraço que eu recebo das pessoas. O Presidente deve estar próximo das pessoas mas também precisa que as pessoas estejam próximas dele. Isto é, sentirem-se à vontade para falarem dos seus problemas, das angustias, das aspirações, das suas alegrias e tristezas. Nestes momentos de festa como é esta festa Pombalina, as pessoas manifestam todo o seu calor e, o que mais de admira aqui na Vindouro, é, por um lado a multidão que aqui está, um lado muito popular, muito genuíno, muito vivo. É impressionante que as pessoas vêm de todas as freguesias para se juntarem nesta festa, é a grande festa do ano. Por outro lado essas pessoas trazem também outras pessoas de fora, há gente que vem de outros municípios em volta para esta festa. Eu sei que alguns presidentes de câmara do Douro Sul ficaram muito tristes porque já me formularam convites para visitar algumas unidades de saúde e eu achei que não devia criar problemas no relacionamento com o governo e também por uma questão de impossibilidade de calendário mas irei visitar esses municípios. Para o presidente é fundamental essa sensação de mergulhar nas raízes destas gentes, contactar com elas, perceber como reagem, o esforço que fazem para produzir um bom vinho, para manter empresas a funcionar, para vir aqui “feirar” e vemos por aqui também muita gente nova. É um privilégio estar aqui, em especial com tanta gente nova, o meu medo era chegar aqui e ver um publico maioritariamente idoso mas não, encontrei gente nova, o que quer dizer que há gente nova que fica, há gente nova que vem para aqui, há gente nova que aposta neste município e nesta região. E isso é uma alegria para um Presidente que está preocupado com os vários “portugais” interiores, que são muitas vezes ignorados e menosprezados pelo Portugal metropolitano.
Manuel Caldeira Cabral
Uma imagem positiva de um conjunto de atividades económicas que estão a prosperar, não só os vinhos mas também os frutos secos, o mel e tantas outras. Quanto ao vinho que é uma das atividades centrais desta região, tivemos no ano passado um ano de recordes nas exportações, foi um ano muito bom. Este ano está a ser um pouco mais complicado mas o que vemos são projetos muito sólidos, não só em termos de qualidade de produção, porque isso já existe na região há muitos anos, mas também em termos de imagem e marketing, o que é muito relevante. Visitei aqui diversos projetos de quintas que apostaram no enoturismo, essa tem sido uma aposta nossa também através do Turismo de Portugal. Para valorizar os produtos temos que trazer cá as pessoas e para trazer cá as pessoas temos que valorizar o produto, o turismo é uma atividade que valoriza os produtos desta região e os produtos que aqui encontramos são o ponto de atração turística. É por isso que fico muito contente de ver aqui projetos de enoturismo já bem consolidados, muito profissionais e genuínos. O turismo tem uma capacidade muito grande de criar emprego na região, de criar valor e esta valorização externa da região através do turismo e da excelência dos produtos, devem ser a grande aposta. O governo através do Turismo de Portugal e do programa Valorizar tem mostrado vontade nessa aposta e é isso que vamos continuar a fazer, por isso é um gosto ver aqui a mobilização que há nesta região. Estes eventos são muito importantes porque ligam os produtos às suas origens, depois têm uma vertente de animação que atrai as pessoas de toda a região, esta festa é para as pessoas de São João da Pesqueira mas também para todos aqueles que vêm de fora que encontram aqui uma experiência única de história, de produtos, de festa e animação. Estas feiras são muito importantes para a valorização da região e para a sua afirmação fora das suas fronteiras.
João Monteiro – expositor – Quinta do Beijo Nós sendo uma pequena/média empresa temos que nos dar a conhecer ao mercado e estar presente numa feira desta dimensão as pessoas podem conhecer-nos. Não podemos só viver das grandes feiras nacionais e internacionais. Na nossa família consideramos que estas pequenas feiras são muito importantes. Gostamos de conhecer o nosso cliente, o nosso produto é algo que convida à união familiar, à partilha e estas feiras permitem esse contacto mais próximo. Tem corrido muito bem, em especial agora durante o fim de semana, as pessoas vêm com mais calma, em família e tem sido uma ótima experiência para nós.
António Lamas – expositor – Quinta das Bajancas Somos da freguesia de Trevões, por isso para nós estar na Vindouro é muito importante. Este ano mudou muita coisa mas considero que foi para melhor, a câmara está de parabéns porque transformou completamente a Vindouro. Aqui o nosso objetivo é dar a nossa marca a conhecer em especial para a distribuição e restauração que é o mercado em que apostamos. Viu-se aqui muita gente durante estes dias, espero que no futuro mais produtores se queiram juntar a este evento porque é realmente importante.
12 VIVADOURO SETEMBRO 2018
Vila Real
Domingos Nascimento Presidente da Agência Social do Douro
Em Lamego há uma centralidade que marca o Douro Sul!
A apresentação pública da Douro Business School acontece já no próximo dia 25, no Régia Douro Park, em Vila Real, trazendo consigo um ensino especializado, centrado nas PME’s O Protocolo entre a ENB - Escola de Negócios das Beiras, com sede em Viseu, e a SPA Consultoria | Arregaçar as Mangas, com sede em Vila Real, permite, numa primeira fase, estender a oferta dos cursos executivos avançados da Escola de Negócios das Beiras à região de Trás-os-Montes e Alto Douro e, seguidamente, o desenho e formatação de cursos avançados à medida das necessidades das empresas da região. Este projeto conta com o apoio local do Régia Douro Park – Parque de ciência e tecnologia onde está instalada a Douro Business School. Acreditando no potencial das PME’s portuguesas, mas também na urgência de dotar os seus recursos humanos das qualificações necessárias à sobrevivência no mercado global, a Escola de Negócios das Beiras e a SPA Consultoria, assinaram um protocolo de parceria com o objetivo de dotar a região de Trás-os-Montes e Alto Douro de uma escola de negócios direcionada para a prática da gestão e inovação nas empresas, a Douro Business School. Este protocolo permitirá, numa primeira fase, estender a oferta dos cursos executivos avançados da Escola de Negócios das Beiras a esta região e, seguidamente, o desenho e formatação de cursos avançados à medida das necessidades das empre-
sas e do território. Em complementaridade com o ensino universitário e politécnico, pretende-se uma escola do Saber-Fazer necessariamente focalizada na gestão, administração e nos negócios. O projeto piloto Douro Business School irá ser apresentado, em sessão pública, a 25 de setembro às 17:00 horas no Régia Douro Park em Vila Real. Na mesma sessão, serão apresentados e assinados protocolos de colaboração com um conjunto alargado de entidades regionais, públicas e privadas, no sentido da criação de sinergias e amplificação dos efeitos benéficos desta iniciativa. Para o ano de 2018/2019 está previsto iniciar, na cidade de Vila Real, 4 cursos de excelência: MBA em Gestão Estratégica e Empresarial, Pós Graduação em Fiscalidade, Pós Graduação em Gestão de Pessoas e um curso de especialização em SNC- AP Sistema de Normalização Contabilística para a Administração Pública. Conta com o apoio local do Régia Douro Park – Parque de ciência e tecnologia onde decorrerão os cursos avançados e executivos com condições especiais para as empresas, empreendedores e colaboradores residentes. Toda a informação é disponibilizada em www. escoladenegocios.com onde poderá proceder à inscrição nos cursos bem como usufruir de um conjunto de descontos e benefícios. Poderá ainda inscrever-se no Clube de Negócios Douro Business School de forma a aceder a descontos adicionais. A Escola de Negócios tem como principais parceiros, para além da Visar e da SPA Consultoria, a LMS – Leadership & Management School, a APEE- Associação Portuguesa de Ética Empresarial e a APG - Associação Portuguesa de Gestão de Pessoas, sendo uma entidade formadora certificada pela DGERT e pela OCC – Ordem dos Contabilistas Certificados. ■ FOTO: DR
A Romaria de Portugal e o seu impacto na cidade de Lamego e na região, é uma centralidade que marca! A Romaria de Portugal tem a sua grande referência na Senhora dos Remédios e em toda a fé que muitas pessoas de todo o país lhe dedicam. O fascínio pelo santuário, pela sua imponência arquitetónica, pelo seu significado e impacto religioso e paisagístico e a sua envolvente são a grande atração. Por isso, a Senhora dos Remédios e o seu santuário são a grande marca de Lamego e da região -uma grande marca de Portugal. Vistas as coisas desta forma, há todo o interesse em centrar toda a dinâmica de comunicação desta cidade e deste concelho, nesta grande marca e não noutros ícones, por mais relevantes que nos pareçam. Insisto, também, na necessidade de se fazer dos Remédios um conceito âncora para a animação de promoção da cidade de Lamego desde 1 de maio até ao dia 9 de setembro . Este conceito teria a marca LAMEGO É O MELHOR REMÉDIOS, e consistiria em organizar e congregar todas as atividades culturais, recreativas, artísticas , gastronomia, vinhos, ciência, de promoção da economia local, etc, incluindo a Romaria de Portugal. Este conceito promoveria Lamego e a região, fomentaria as atividades e organizava de forma adequada tudo o que se passasse neste período de tempo. O Douro Sul ganha com a valorização das suas grandes referências nacionais e os Remédios é , sem qualquer dúvida, a marca mais forte desta região. As cidades são cada vez mais conceitos e afirmam-se envolvendo e permitindo experiências a quem as visita. As cidades não valem só pelas suas qualidades intrínsecas, precisam de transmitir percecões positivas. Lamego é sociologicamente e historicamente a grande centralidade do Douro e muito particularmente das terras a Sul. Lamego é das cidades mais conhecidas e reconhecidas de Portugal. Lamego, pode e deve aproveitar a sua valiosa reputação e abraçar um novo desígnio: reabilitar comercialmente toda a cidade! Lamego já foi a grande centralidade comercial da região, com ruas referência. LAMEGO pode e deve constituir-se como o maior Centro Comercial ao ar livre de Portugal. A começar é que a gente se entende, por isso, urge iniciar-se esse processo, envolvendo o município, os agentes económicos e os proprietários. Por todas as razões aqui referidas e por outras que todos identificamos, valorizar Lamego é valorizar toda a região. Lamego tem futuro, O Douro Sul também!
Douro Business School apresentada em setembro
VIVADOURO SETEMBRO 2018 13
Torre de Moncorvo
Vinhos de Moncorvo promovidos na V edição do Sabor D’ouro Wine Summer Fest
Sobre o festival, Victor Moreira, referiu que “estamos aqui a promover a festa das vindimas, queremos trazer ao festival o fim do verão e promover os produtos endógenos do concelho. E nada melhor que o Sabor banhado pelo Rio Douro, estando em plena região
demarcada do douro, património mundial, a promover o que de melhor temos, os nossos vinhos do Douro Superior.” Presentes na mostra estavam onze produtores, número que tem vindo a aumentar ao longo das edições, “começamos com cerca de metade dos produtores, à medida que vão passando as edições há uma maior aceitação da parte deles e é uma montra que têm aqui para divulgar o que de bom fazem e têm”, salientou o vice-presidente do Município. Explicou ainda que se encontram no festival “vinhos de excelência a maioria deles premiados. Queremos fazer deste evento, não há semelhança de outros, não e isso que nos interessa, em trazer todos os vinhos do douro, interessa-nos sim dar a conhecer os produtores do concelho.” Outro ponto diferenciador é que “não é um festival de massas, é mais dedicado a um público apreciador de vinhos, apreciador de qualidade, também gostávamos que aqueles que não apreciam vinho venham e passem de alguma forma a gostar. Vemos cada vez mais jovens a apreciar vinho e esse público PUB
PUB
é importante para nós”, salientou Victor Moreira. No decorrer do festival houve provas de vinho e muita animação com um concerto da artista Gisela João, a atuação do Dj Tiger Lewis, Álvaro Lancha e Carlos Fial.
O Sabor D’ouro Wine Summer Fest promovido pelo Município de Torre de Moncorvo alia numa festa de final de verão a música, as maravilhosas paisagens da Praia Fluvial da Foz do Sabor e a degustação dos vinhos de excelência produzidos no concelho. ■ FOTO: CMTM
Durante o fim-de-semana de 8 e 9 de setembro, teve lugar na Praia Fluvial da Foz do Sabor a V Edição do Sabor D’ouro Wine Summer Fest. A sessão de abertura do festival realizou-se dia 8, sábado e contou com a presença do Vice-Presidente da Câmara Municipal de Torre de Moncorvo, Victor Moreira.
PUB
14 VIVADOURO SETEMBRO 2018
Vila Real
Pedro Macieirinha é o advogado português na UEFA Natural de Vila Real onde tem um escritório de advocacia em conjunto com o seu pai, Pedro Macieirinha trabalha em direito desportivo desde que se formou. Agora surgiu a oportunidade de integrar um comité da UEFA numa iniciativa inédita do organismo que tutela o futebol europeu. Como é que se chega a este comité? Quero acreditar que este é o resultado de um trabalho que temos vindo a desenvolver ao longo do tempo. A partir de 1986 começamos a trabalhar com o direito do desporto, numa primeira fase com clientes locais espalhados pelos diferentes campeonatos nacionais e as coisas foram surgindo de uma forma natural até que sentimos a necessi-
dade de fazer um curso, realizado pela própria UEFA sobre as leis do futebol. Este curso foi mesmo lecionado nas instalações da UEFA, na Suiça, o que nos permitiu conhecer melhor a instituição e estabelecer alguns contactos que é sempre importante. Depois foi uma questão de oportunidade, soubemos da existência deste concurso e apresentamos a nossa candidatura, acabando por ser um dos selecionados. Quais são as funções que um escritório de advogados desempenha nesta posição? O que a UEFA foi sentindo é que algumas federações teriam um défice nesta área, nem todas são tão desenvolvidas como a organização desejaria. A UEFA atribui às federações nacionais o poder disciplinar sobre os atletas e clubes que estão dentro dessas mesmas federações, contudo, reserva sempre para si competência para apreciar alguns casos em que sente que a federação nacional, ou o estado em questão, não deram a devida resposta ao sucedido. Foi-se percebendo que havia jogadores que não estavam a ser defendidos da forma mais correta, com todas as implicações que isso pode provocar. Um jogador que ganhe 2 ou 3 mil euros mensais não consegue pagar a um bom advogado e ir com ele até à Suiça (com todos os custos inerentes a essa deslocação), para se defender. Por tudo isto, e com a preocupação de ser justa para todos, a UEFA decidiu criar esta bolsa de advogados que será facultativa para todos aqueles que demonstrarem não ter condições económicas para se defenderem. No fundo é uma questão de equilibrar os pratos da balança entre quem acusa e quem é acusado. Geograficamente a sua função fica cingida ao território nacional? Não obrigatoriamente. Acredito que a proximidade poderá ser um fator decisivo na hora de escolher quem o defenda, contudo isso não é obrigatório. Pode sempre haver um jogador maltês, por exemplo, que, por alguma razão, me escolha a mim para o defender. Acho que as escolhas da UEFA mostram algum cuidado na escolha dos advogados para uma vasta cobertura do
território, potenciando assim a proximidade entre o advogado e o seu cliente. Obviamente que a proximidade é um fator decisivo, até pela questão da língua mas é uma escolha livre, tal como o advogado pode optar por não aceitar determinado patrocínio. Como advogado esteve envolvido no “caso Mateus”, acredita que essa visibilidade traga mais reconhecimento? Estranhamente na UEFA e como já tive oportunidade de confirmar com alguns colegas, o “caso Mateus” não foi de amplo conhecimento. Não sei dizer qual será a razão mas a verdade é que nas diferentes plataformas, quando esse assunto é abordado nota-se algum desconhecimento. Há uns 4 ou 5 anos houve um caso semelhante que envolveu uma equipa romena e nessa altura, possivelmente por uma pesquisa na internet, fui procurado pelo meu colega que estava a trabalhar no caso para falarmos sobre o que aconteceu aqui. No fundo não acredito que o envolvimento neste caso tenha sido fundamental na nossa seleção para este comité. É um caso que aqui, em Portugal, nos pode ter dado algum reconhecimento mas lá fora o impacto não foi assim tanto. Em Portugal o futebol vive dias conturbados com clubes acusados de alguns crimes e situações como a vivida no Sporting em que vários jogadores rescindiram e agora enfrentam um pedido de indemnização por parte do clube, é neste tipo de situações que o advogado pode ser chamado a atuar por parte da UEFA? Não, nesta questão a UEFA não tem competência para atuar, essa questão é discutida em sede da FIFA, no caso de haver algum jogador estrangeiro ou simplesmente pelos tribunais portugueses no caso dos jogadores nacionais. A nossa atuação prende-se mais com casos de match fixing (combinação de resultados de jogo) ou de doping. Nesses casos a UEFA já tem autoridade para atuar, sendo que a principal responsabilidade é sempre das federações nacionais onde os ilícitos ocorrem. Contudo, se a UEFA entender que o assunto não foi tratado com a celeridade e a seriedade que deveria, pode chamar a si a resolução do mesmo. É mais neste âmbito que iremos atuar estando integrados neste comité. Tudo isto se passa no campo desportivo. Depois, se o jogador não reunir as condições necessárias para suportar ele próprio a sua defesa, requer à UEFA que suporte essa defesa.
No fundo, este é então um trabalho Pro Bono? É um trabalho pro bono para o jogador, nós (advogados) somos pagos pela UEFA. Olhando para o envolvimento do escritório neste comité, que repercussões pensa que isso terá a nível nacional? Bem, essa para nós não é a principal preocupação, senão também não estaríamos instalados em Vila Real. Este escritório foi aberto pelo meu pai e eu trabalho aqui desde 1995, trabalhamos em todas as áreas do direito e temos vindo sempre a crescer. No direito desportivo começamos a trabalhar em 1986 quando um amigo precisou de um advogado e uma coisa foi levando a outra e fomos aprofundando o nosso conhecimento nesta área. Hoje em dia proximidade geográfica já não é um fator essencial como era há 20 anos atrás, hoje existem os email e outras plataformas que nos permitem estar em contacto constante, independentemente do local onde estamos, é tudo mais fácil. Posso dizer que neste mundo do futebol tenho clientes que não conheço pessoalmente, tratamos de tudo à distância. Acredito que esta presença no comité nos dará mais visibilidade, mais credibilidade lá fora. Aqui pode até funcionar um pouco ao contrário. A visibilidade que o direito desportivo nos dá pode levar as pessoas a pensar que nós só trabalhamos nesta área ou que por trabalharmos aqui inflacionamos os nossos preços. Fazemos um esforço diário para trabalhar da melhor forma com todos os clientes e acreditamos que eles reconhecem isso. Estar em Vila Real é um handicap? Num primeiro contacto pode fazer a diferença dizer-se que se é de Lisboa ou de Vila Real mas, com o trabalho que desenvolvemos acreditamos que essa diferença na cabeça das pessoas acaba por desaparecer. Tudo começou aqui, nós somos daqui e é aqui que pretendemos continuar. Neste momento temos já 15 pessoas a trabalhar connosco e mesmo por aí não faria sentido pegar nesta equipa e transportá-la para outro lado ou deixá-los na mão. Essa questão nem sequer a equaciono. O mandato neste comité é de quatro anos, já pensam numa nova candidatura? Ainda é cedo para pensar nisso. Este projeto começou agora e não sabemos qual o impacto que terá até porque este tipo de processos não aparece todos os dias, contudo, a nossa ideia é continuar até porque é uma forma de estarmos ativos e estar presente nos fóruns da UEFA. ■
VIVADOURO SETEMBRO 2018 15
Autarquia sabrosense investe 1,7M de euros na estrada Sabrosa - Pinhão A estrada que liga Sabrosa à vila do Pinhão é uma das mais movimentadas da região, por dia circulam naquela via centenas de pessoas, principalmente turistas, sem que se apercebam do perigo que enfrentam devido à falta de sustentação dos taludes inferiores. É a pensar na segurança dos utilizadores que a Câmara Municipal de Sabrosa iniciou agora uma intervenção de fundo na estrada, que estará concluída até às vindimas de 2019, com um custo total para a autarquia de 1,7 milhões de euros. “Estava prometido um apoio financeiro do Governo porque não é possível ser financiar esta obra por fundos comunitários dado tratar-se de uma estrada. Contudo esse financiamento está atrasado e dadas as circunstâncias de segurança, ou melhor, insegurança da via, não nos permite continuar a adiar uma intervenção naquela estrada. Desta forma está decidido que em finais de 2018 e durante o ano de 2019, vamos fazer uma intervenção naquela estrada, sobretudo ao nível da segurança. “Esta estrada é sobretudo uma estrada de transporte de passageiros, o que é mais grave. Por isso é que nós olhamos para esta estrada com outros olhos, com preocupação e no nosso orçamento para 2019 essa preocupação fica bem patente. Uma câmara como a nossa que tem um orçamento de 9 milhões de euros, despender quase 2 milhões numa só obra é um investimento que nos abana”, afirmou, ao VivaDouro, o autarca Domingos Carvas. A intervenção será dividida em três fases, como nos explicou o autarca sabrosense, “a primeira está a iniciar estes dias e a segunda fase ficará ainda concluída até fevereiro de 2019, num total de cerca de 600 mil euros, isto para assegurar a segurança da via. A terceira fase irá decorrer durante o ano de 2019 e já não será a segurança da via que nos preocupa mas o conforto para quem ali circula, sendo que esta é uma estrada do Douro, não queremos transformá-la num IC, é uma estrada única, com um traçado único e rodeada por paisagens deslumbrantes. Iremos cortar alguns taludes superiores e “arredondar” algumas curvas de forma a melhorar a visibilidade, facilitando o trânsito de pesados de passageiros e mercadorias. Nesta fase vamos ainda melhorar o piso e a sinalética, vertical e horizontal. A expectativa é que daqui a um ano já teremos boas condições para circular nesta estrada”. Apesar de assumir o custo total da obra, Domingos Carvas deixa algumas crítica à forma como a estrada foi desclassificada em 1992 e entregue ao município, até porque, como afirma, aquela via serve mais os interesses da região do que do seu município, onde exis-
tem outras alternativas. “É evidente que se trata de uma via do Douro, no coração do Douro, é uma estrada importante para a região, mais até do que para Sabrosa especificamente porque temos outras alternativas. Olhando para o Pinhão, desaguam ali estradas de quatro municípios: Alijó, São João da Pesqueira, Tabuaço e Sabrosa, todas elas nacionais, menos esta. Eu gostava de entender como é que, em 1992, o Governo da altura conseguiu desclassificar a estrada e entregá-la à câmara municipal sem qualquer contrapartida. Uma estrada como aquela, com a erosão do solo que tem, com uma inclinação superior a 30% em alguns locais, é uma estrada que está sempre sujeita às intempéries. Com a quantidade saibramentos que ali foram feitos, está à vista o resultado. Não era possível que uma câmara como a nossa ficasse titular de uma via, estruturante para a região, como aquela”. O autarca lembra ainda o esforço financeiro para avançar com esta intervenção, pondo em causa outros investimentos que podiam ser feitos com essa verba. “Não chega dizer que temos as finanças boas, que pagamos a tempo e horas, que não temos faturas em atraso ou capacidade de endividamento, isso não chega. Porque, quando num ano temos um orçamento de 9 milhões e gastamos 2 numa estrada, o que dirá o resto do município? Felizmente temos apostado forte na nossa rede viária, entre 2016 e 2018 gastamos cerca de 1,5 milhões em estradas municipais para resolver algumas questões mais prementes que tínhamos”. Interface modal quase terminado Outra obra que a Câmara Municipal de Sabrosa tem em curso com o objetivo de melhorar a circulação no centro da vila é o interface modal junto à escola EB 2/3 Miguel Torga. Com a conclusão desta obra, o município de Sabrosa pretende resolver alguns problemas identificados no aglomerado urbano, derivados da ocupação excessiva dos aglomerados populacionais e do excesso de transporte privado, nomeadamente ligados à poluição, ao ruído e também à desvalorização do espaço público. Neste sentido, pretende-se promover o desenvolvimento dos transportes públicos e a criação e manutenção das ruas e espaços que se relacionam com os peões. O Presidente do município de Sabrosa, Domingos Carvas, considerou esta “uma obra de máxima importância ao nível da promoção da mobilidade urbana sustentável, de modo a que seja cada vez mais fácil para a população a deslocação entre os vários edifícios que prestam serviços à comunidade do concelho. Depois de finalizada, esta obra, juntamente com o Interface da aldeia vinhateira de Provesende, que será inaugurado ainda este mês, fará parte de uma estratégia de médio/longo prazo para o desenvolvimento do concelho de Sabrosa e da região do Douro e, neste contexto, permitirá uma resposta mais eficiente às necessidades do município e do território em causa.” Esta obra está a ser feita ao abrigo do PAMUS - Plano de Ação de Mobilidade Urbana Sustentada, tendo sido adjudicado por um valor que ronda os 200 mil euros. ■
Sabrosa PUB
16 VIVADOURO SETEMBRO 2018
Destaque VivaDouro
Linha do Douro – A incógnita do futuro
A ferrovia voltou à agenda mediática nos últimos meses. Atrasos ou cancelamento de comboios, más condições nas carruagens ou falta de p como fator de desenvolvimento regional e nacional. Texto e Fotos: Carlos Almeida
O Governo já garantiu a eletrificação da linha do Douro até à estação de Peso da Régua, contudo essa vontade não está ainda colocada no papel. Atualmente a linha está ativa entre o Porto e Pocinho, mas cada vez se ouvem mais vozes que defendem a reativação da ligação ao país vizinho. Na estratégia que delineou para a década 2020-2030, a Comunidade Intermunicipal do Douro (CIM-Douro), classificou a rede ferroviária de transportes e infraestruturas como “estruturante para a região”. No documento, a CIM, que representa os 19 municípios durienses, destacou a “importância da reabilitação e eletrificação de toda a linha ferroviária do Douro até à cidade do Peso da Régua, bem como a ligação a Espanha”. Num estudo recente sobre as ligações ferroviárias transfronteiriças, a Comissão Europeia reconheceu que a linha do Douro é de “grande potencial em termos turísticos e de coesão social”. Neste estudo foram identificadas 48 ligações com maior potencial e geradoras de maiores benefícios económicos, onde se inclui a linha do Douro, pelo potencial turístico que servirá não só o Douro vinhateiro, como também toda região do Norte e as cidades vizinhas espanholas. A União Europeia reconheceu igualmente a centralidade que tal projeto conferiria à linha do Douro, que permitiria a ida do Porto a Madrid e volta no mesmo dia, o que atualmente não é possível. Atrasos e composições com problemas graves O desinvestimento a que esta linha se viu
entregue nas últimas décadas é evidente para quem nela circula. Recentemente, o CDS-PP levou a cabo uma ação de campanha tendo em vista a ferrovia e a Linha do Douro foi uma das que os elementos do partido de Assunção Cristas visitaram. A ideia desta ação era de evidenciar os problemas que ali se registam e os exemplos não faltaram: desde a chegada a Peso da Régua de uma composição com cerca de meio século, alugada à RENFE, que além de circular atrasada, não pôde continuar viagem até ao Porto, devido a uma avaria, até à supressão do comboio especial turístico para que as suas composições fossem usadas para substituir a composição da RENFE. Também no interior das carruagens foram detetados alguns problemas, entre eles a falta ou deficiente circulação de ar e alguns assentos que se encontravam soltos, podendo originar problemas graves de segurança para os seus utilizadores. Ainda no mês de Março uma outra situação alarmou os utentes e toda a região para os problemas desta linha, um comboio que circulava entre a Régua e o Pinhão descarrilou depois de chocar com algumas pedras que tinham caído sobre a linha. Na altura não se registaram feridos e os passageiros puderam continuar viagem de autocarro, contudo, à memória vieram notícias dos acidentes ocorridos na extinta Linha do Tua. Comissão Europeia destaca potencial da Linha do Douro O trabalho, realizado no âmbito das políticas de integração e coesão da comunidade europeia, analisou 365 ligações ferroviárias transfronteiriças, incluindo as que estão
CAÍDE
PORTO RÉGUA MARCO DE CANAVEZES
Linha do Douro (Porto-Pocinho) 171 km
Concluída em 1887 (troço de 30 km entre pocinho e Barca de Alva abriu em - Modernizada e electrificada entre Porto e Caíde (46 km) - Via dupla entre Porto e Caíde (46 km)
Investimentos:
Decorrem, com 3 anos e 3 meses de atraso, obras de modernização entre Ca O troço entre Marco e Régua (43 km) deveria estar em obra desde o segund um ano e meio de atraso; Troço entre Régua e Pocinho (68 km) não tem qualque investimento previst em operação, as encerradas e as que estão em falta (missing links), e identificou 48 ligações com maior potencial e geradoras de maiores benefícios económicos. Uma delas é precisamente a que permite ligar o vale do Douro à província de Salamanca, referindo o documento o elevado potencial turístico desta ligação, tanto pelas paisagens, como também por ligar a região vitivinícola do Douro Vinhateiro com cidades históricas espanholas das regiões de Salamanca, Ávila e Madrid. Através do Douro, refere o documento, é possível ligar (ida e volta) os centro do Porto, Salamanca e Madrid em menos de um dia. O investimento referido para resolver este missing link é de 578 milhões de euros. O estudo tem apenas em conta o mercado dos passageiros e não o de mercadorias, constituindo este último um argumento
VIVADOURO SETEMBRO 2018 17
Destaque VivaDouro
pessoal são alguns dos problemas apontados. No Douro a discussão faz-se em torno da eletrificação da linha e da sua ligação a Espanha acrescido, uma vez que o Douro é a ligação mais curta desde o porto de Leixões a Espanha e ao resto da Europa.
POCINHO
m 1887 e encerrou em 1988)
aíde e Marco de Canavezes (16 km); do trimestre de 2018, mas está com
to.
Obra anunciada ainda não avançou A intervenção em curso para electrificar a Linha do Douro envolve apenas 16 quilómetros de via-férrea, entre o Marco de Canavezes e Caíde do Rei (Lousada), e não os 58 quilómetros que foram referidos no final de julho pelo Ministério do Planeamento e das Infraestruturas e que dizem respeito ao que está em obra mas também aos projectos existentes. Na altura contactada pela comunicação social, a tutela indicou que a referência aos 58 quilómetros inclui “os troços que estão em obra e os que estão em fase de elaboração de projecto. Um dos motivos de alguns atrasos nas obras do plano Ferrovia 2020 deriva precisamente da inexistência dos projectos de execução: as obras estavam programadas no Plano Estratégico de Transportes (PETI 3+, de 2014)” Contudo, nos restantes 70 quilómetros da Linha do Douro, entre a Régua e o Pocinho, não estão previstas obras de modernização nos próximos anos, dado que o projecto não foi considerado prioritário pela Infraestruturas de Portugal no âmbito do chamado Programa Nacional de Investimentos promovido pelo Executivo. Comboio suprimido para reentre política Já no final deste verão, e com a discussão sobre a ferrovia na agenda, a CP viu-se obrigada a suprimir o comboio turístico que circula na Linha do Douro devido ao uso da sua locomotiva para o transporte dos militantes socialistas que se deslocaram ao Minho para
a reentre política do partido. O comboio MiraDouro é um comboio turístico que circula diariamente, de julho a setembro, entre as estações de Porto-São Bento e Régua. A locomotiva Diesel é utilizada para fazer mexer as “carruagens produzidas na década de 40 pela fabricante suíça Schindler e colocadas ao serviço na rede ferroviária nacional entre 1949 e 1977”, refere a CP na página que promove este serviço turístico. A CP aceitou realizar um comboio especial para transportar os militantes do PS para a festa de Verão do partido de António Costa numa altura em que a empresa se debate com a falta de material para conseguir realizar o serviço regular de passageiros. Contudo, ao longo deste ano, a empresa pública já recusou realizar este serviço, por exemplo, para os adeptos e sócios do Benfica que se deslocavam de comboio para o Estádio da Luz.
Peso da Régua foi palco para debate sobre a Linha do Douro No passado dia 15 de setembro, o Auditório Municipal de Peso da Régua foi o palco para um debate sobre a Linha do Douro, promovido pela Associação Vale d’Ouro em conjunto com a autarquia local. O debate contaria, entre outros, com o Secretário de Estado das Infraestruturas, no entanto o governante acabou por não aparecer deixando assim algumas questões sem resposta da parte dos restantes convidados e das dezenas de pessoas que assistiam na plateia. Entre as apresentações iniciais e as questões que o público foi colocando, foram apresentados diversos argumentos, quase todos eles positivos, para o melhoramento desta linha e a sua ligação a Espanha, devendo agora ser elaborado um documento que a associação promotora do evento quer fazer chegar ao Governo. ■
Luis Almeida – Presidente da Associação Vale d’Ouro
A ideia deste debate é colocar a discussão sobre a Linha do Douro na agenda política nacional para que se analise seriamente se este é um investimento que deve estar no PNI ou não. O Governo lançou esse repto à sociedade agora durante o verão e nós, como associação que está atenta ao que se passa na nossa região, quisemos participar nesse debate dando voz às pessoas e às entidades envolvidas. Infelizmente parece-me que, mais uma vez falamos muito, e a questão política sobrepôs-se à técnica, tínhamos aqui um painel constituído por alguns técnicos com bastantes argumentos e estudos para mostrar que o Vale do Douro tem vantagens, não só para a região mas para o país. Ainda assim acho que se produziram aqui ideias interessantes.
Raquel Martín-Garay – Jornalista espanhola
Pelo que sei os políticos espanhóis usam o mesmo argumento mas no sentido oposto, ou seja, primeiro vamos esperar que Portugal invista na linha para depois nós fazermos o mesmo. Da parte da população há esse interesse na reabertura da linha, não só pelo aspeto mais saudosista, como para o desenvolvimento futuro. No fundo, de ambos os lados vivemos a mesma situação.
18 VIVADOURO SETEMBRO 2018
Destaque VivaDouro Carlos Silva – Presidente da CIM-Douro
Estamos numa oportunidade derradeira porque o interior tem-se evidenciado com a desertificação e se não forem criadas condições para que tudo se inverta, o Douro, daqui a uns anos terá de pagar às pessoas para viverem cá. Eu tenho a certeza que no documento final do senhor Ministro do Planeamento estará patente e que eles os dois (o Primeiro-Ministro e o Ministro) farão história na região com a requalificação desta linha e a possibilidade que trará para o desenvolvimento económico de toda a região norte. Se para o deputado Ascenso Simões esta obra estar ou não inscrita é a mesma coisa, então eu questiono para que existe o Plano Nacional de Investimentos, se é só para criar confusão nas pessoas então que deixe de existir, assim já não precisa de estar inscrito em lado nenhum. Se não estiver inscrito neste quadro só estará inscrito no quadro para 2040 e aí já será muito tarde para esta região. É óbvio que o PNI é o programa que vai ser negociado em Bruxelas para financiamento europeu. Não estando inscrito não tem financiamento de certeza. Se o senhor deputado diz que estar inscrito ou não é a mesma coisa então ele que inscreva a Linha do Douro e não inscreva outras, assim pelo menos a nossa fica inscrita, só por uma questão de princípio. A ausência do Secretário de Estado já é normal, promovem o debate com as pessoas e depois não aparecem.
Ascenso Simões – Deputado do PS por Vila Real
Quando falamos da Linha do Douro esquecemos a sua eletrificação. Para avançar com o projeto de levar a linha até Espanha é preciso primeiro eletrificar. Tal como nós, primeiro nascemos, passamos pelos 10 anos, 20, 25 e por aí em diante, o que este debate fez foi criar uma Linha do Douro para os 25 anos, e isso é errado.Até agora só os deputados do Partido Socialista apresentaram, no âmbito do debate público do programa de investimentos, uma proposta para integrar a Linha do Douro. A CIM fez um grande programa e deve agora negociá-lo, é para isso que os senhores presidentes da câmara existem, para negociar com o Governo, não é comigo que sou apenas um deputado apoiante do Governo. A Linha do Douro não tem que estar inscrita no 20-30, sabemos que os grandes projetos relativos à malha que não é a malha principal, estão todos englobados num volume global. A Linha do Douro é tão prioritária que o Governo já anunciou 47 milhões de euros para a eletrificação entre o Marco de Canaveses e a Régua.
Gustavo Duarte – Presidente da CM de Foz Côa
De uma forma muito sintética a posição de Foz Côa é que a Linha do Douro tem que estar na ordem do dia das discussões. Está provado, e comprovado por diversos estudos, que em termos económicos e turísticos esta linha é uma mais valia para a nossa região. Eu costumo dizer que depois da reabilitação da linha até Salamanca haverá um antes e um depois da linha, porque acho que isto vai mudar completamente. Este é um projeto que, do ponto de vista estratégico, é o mais importante para a região. Podemos tirar benefícios enormes deste investimento. Falando concretamente de Foz Côa, basta lembrar-nos que temos o Museu do Côa e a existência da linha, só por si, poderia fazer duplicar os visitantes, quer do lado português, quer do lado espanhol. Depois há a questão do minério de Moncorvo e o xisto de Foz Cõa, ainda por cima quando estamos à porta da entrada de uma nova taxa para os transportes emissores de CO2 que irá aumentar o preço do transporte, também aqui a ferrovia pode ter um papel fundamental.
Patrique Alves – Presidente da Comissão Política Distrital do CDS-PP
Eu julgo que a importância desta linha não é de âmbito regional mas sim de âmbito nacional e até europeu. Esta linha permitirá uma ligação rápida a Espanha com ganhos em termos de tempo. É uma ligação economicamente viável e permitirá a ligação do porto de Leixões e ao resto da Europa, permitirá o interface no transporte de passageiros e servirá também o aeroporto Francisco Sá Carneiro. Tem uma importância estratégica para o país e obviamente para o Douro e toda a região norte. Não vemos motivo algum, a não ser a falta de visão e de estratégia política, que de alguma forma impeça este Governo de inserir esta obra no PNI, é uma obra que no nosso entender é absolutamente fundamental.
Vânia Dias da Silva – Deputada CDS-PP
A questão é que a Linha do Douro pode ser dedicada a todo o norte de Portugal, é uma linha que interessa a todo o norte. Esta linha tem uma dimensão que ultrapassa o próprio Douro. Depois há a questão económica, que é essencial, em especial com o movimento turístico existente e o transporte de mercadorias que é absolutamente vital que se faça pela ferrovia até porque, em 2020 vai começar a ser aplicada a ecotaxa ao transporte rodoviário o que irá pesar no orçamento das empresas para o transporte das suas mercadorias. Faz sentido que este investimento seja feito mas hoje saímos daqui com a sensação que não será assim e que infelizmente a Linha do Douro não é uma aposta. Não é possível investir em quatro anos o que se desinvestiu em quatro décadas, temos a perfeita noção disso, mas é preciso planear e programar de modo a que agora a ferrovia seja uma realidade. A verdade é que vamos no quarto pacote ferroviário, que vai haver a liberalização do setor ao nível da União Europeia e Portugal não está minimamente preparado para isso. Portanto, ou nós aproveitamos o comboio do PT 20-30 ou então não sei quando vamos investir na ferrovia.
José Manuel Gonçalves – Presidente da CM de Peso da Régua
Mais do que a importância para a Régua e para a região do Douro é a sua importância para o país. Ela pode servir no futuro aquela que será a verdadeira ligação do porto de Leixões a Salamanca e daí ao resto da Europa. Se esta linha for uma realidade traz valor para toda a região e para o país, por isso não podemos ficar de braços cruzados, temos que lutar, temos que insistir. Não estamos aqui numa perspetiva de saudosismo, de olhar para o passado, estamos aqui com factos concretos do ponto de vista técnico, económico, coesão territorial e social que demonstram que esta linha é viável e que deve ser prioritária. Eu acho que nós já perdemos o comboio mas ainda podemos correr e entrar nele, nós região e o país, temos todos muito a ganhar com isso, é nesta lógica que nós nos vamos envolver. No meu programa eleitoral este era um dos eixos estratégicos para aquilo que é a afirmação de Peso da Régua. Quando temos esta realidade, quando a UE identifica esta linha como prioritária, quando existem estudos técnicos e económicos que atestam a sua viabilidade, eu acho que ninguém vai entender que ela fique de fora dos investimentos. Concordo, numa visão regional, que se continue a lutar pelo IC26 mas esta obra é de interesse nacional, por isso temos de continuar a lutar por ela.
Luís Ramos – Deputado do PSD por Vila Real
Como não me tenho cansado de repetir nos últimos meses, pela primeira vez temos estudos sérios e independentes que demonstram que: 1) a linha do Douro não tem qualquer restrição técnica para a circulação de composições pesadas de mercadorias; 2) a linha do Douro é o canal natural e mais curto da conexão entre o porto de Leixões, e o seu hinterland, e a rede ferroviária espanhola e europeia; 3) a linha do Douro tem um potencial de desenvolvimento turístico único, agrupando quatro sítios/bens classificados como Património da Humanidade pela UNESCO; 4) O investimento estimado para a sua reabertura e modernização é inferior a 500 milhões de €, o equivalente a 4 estações do metropolitano de Lisboa; 5) A Comissão Europeia, através de um estudo independente encomendado pela DGRPU, acaba de sinalizar a relevância desta ligação e selecioná-la como uma das 48 (em 365) mais promissoras vias ferréas transfronteiriças europeias; 6) o Fórum Parlamentar Ibérico, que reuniu em maio de 2017, em Vila Real, incluiu nas suas conclusões uma recomendação a ambos os governos no sentido de aprofundarem os estudos necessários à reabertura da linha do Douro; 7) o Programa Nacional de Infraestruturas 2030 ignora a eletrificação da linha do Douro até ao Pocinho e a ligação à rede espanhola, seja através da eventual reabertura da linha, seja através de um novo troço entre o Pocinho e Vila Franca das Naves; 8) o próximo ciclo de programação dos fundos europeus, 2020/2027, dá uma prioridade especial aos investimentos ferroviários e será. porventura, a última oportunidade séria de financiar a reabertura e modernização da linha do Douro.
PUB
20 VIVADOURO SETEMBRO 2018
Vários Concelhos
Eduardo Graça Presidente da Direcção da CASES
Tributo a António Sérgio pelo cinquentenário da sua morte
A Estrada Nacional 2 atravessa o país de norte a sul, sendo a terceira maior estrada do mundo, a seguir à Route 66 dos EUA e à Ruta 40 da Argentina. É a estrada mais longa de Portugal e da Europa, a terceira maior do mundo e atravessa o País de uma ponta a outra, pelo seu interior: passa por 35 municípios, no total. Há anos que lhe chamam a Route 66 portuguesa, e em pequenos passos, ela está em vias de se tornar no ícone turístico à escala mundial para o qual tem todo o potencial: uma estrada, à semelhança da mítica norte-americana, com guias, mapas, imagem própria e promoção internacional. Agora, a Estrada Nacional 2, que liga Chaves a Faro em mais de 738 quilómetros, deu mais um passo nessa direção: já está à venda o “Passaporte EN2”, e custa apenas 1€. O documento é uma edição da Associação de Municípios da Rota da Estrada Nacional 2, e pretende incentivar turistas nacionais e estrangeiros a percorrer a estrada que atravessa todo o País. A ideia é que os turistas possam ir recebendo carimbos pelos locais onde passam ao longo da rota: não só dos municípios, mas dos locais imprescindíveis de paragem, em cada um deles. O lançamento do passaporte é mais uma ação da Associação que foi constituída em novembro de 2016, para lançar o projeto turístico EN2, liderado pela Câmara de Santa Marta de Penaguião. Na prática, a nova associação quer concretizar a geminação da EN2, que liga Chaves a Faro, com a Route 66, nos Estados Unidos da América (EUA), e a Ruta 40, na Argentina. Num projeto inédito, transregional e que deverá ter apoio do Governo e até de fundos comunitários, pretende criar-se uma identidade na estrada, torná-la um percurso turístico à escala internacional, e combater no processo a desertificação dos concelhos do interior. E o potencial está todo lá: tal como a Route 66 original, ainda que numa escala obviamente menor, também a Nacional 2 passa, nos seus 35 municípios, por diferentes realidades, geografias, paisagens e até climas: passa
pelo interior de cidades, parques naturais, povoações semi abandonadas, e liga paisagens tão diferentes como as praias do Algarve, as planícies alentejanas e as vinhas do Douro. Atravessa quatro serras, 11 distritos e 11 rios. Muitos viajantes portugueses, sobretudo motociclistas e até ciclistas, já percorrem a estrada em parte ou no seu todo, mas a ideia é que as pessoas que façam o percurso histórico tenham a mesma sinalização em todos os concelhos, as mesmas indicações e informação sobre os locais, a rota, onde comer e onde ficar. A estrada começou a ser construída em finais do século XIX e foi classificada em 1945, mas várias partes já seriam passagens romanas antes do século XIX. Os troços foram sendo melhorados até se criar a EN2 e há um que é mesmo protegido: a parte que liga Almodôvar a São Brás de Alportel foi classificada como Estrada Património em 2003, por reconhecimento do valor histórico da via e património envolvente. Tecnicamente, faz-se de norte a sul: o quilómetro zero é em Chaves. No seu início visita-se, além de Chaves e do Parque Natural de Vidago, Vila Real e o Alto Douro vinhateiro. Segue-se para Lamego, Castro Daire, Viseu, Tondela, Santa Comba Dão. E chegam-se às paisagens verdes de Penacova, Vila Nova de Poiares, Vila Nova do Ceira, Góis. Depois, ainda há concelhos como Pedrógão Pequeno, Sertã, Abrantes, Montemor, Aljustrel, até chegar ao Algarve e à sua paisagem completamente distinta do ponto de partida. As cidades de partida e chegada da estrada já chegaram a revelar interesse em criar dois museus, um em cada ponta, para dar a conhecer a sua história. Mas para já, tudo indica que é em São Brás de Alportel que se vai criar o primeiro centro de interpretação da EN2. Com a emissão do passaporte, dá-se mais um passo na promoção da rota, que segundo já avançou o Governo, poderá ser candidata a fundos comunitários para a sua consolidação, recuperação das zonas mais envelhecidas e para a conquista do mercado internacional. Em março deste ano, foi lançado um guia extensivo sobre a Estrada Nacional 2, com cerca de 500 páginas sobre a rota e todo o património que encontra no caminho. Em 2016, já tinha sido editado um guia pela Motorpress, “A mítica Estrada Nacional 2” de António Mendes Nunes, mas esgotou todos os exemplares. ■ FOTO: DR
A Cooperativa António Sérgio para a Economia Social (CASES) assumiu como patrono, em coerência com a assunção das atribuições do INSCOOP, conforme determinado pela legislação aplicável, a figura de António Sérgio e tudo o que representa a sua personalidade e obra, em particular, nas áreas da educação, associativismo e economia social, designadamente sob a forma cooperativa. António Sérgio nasceu em Damão, no dia 3 de setembro de 1883 e morreu em Lisboa no dia 24 de janeiro de 1969. Ao longo da sua vida ativa desenvolveu uma atividade revelante como pensador defendendo um lugar central e determinante da educação e da cultura na organização da sociedade o que o colocou num lugar cimeiro na oposição ao salazarismo. Desenvolveu em Portugal, na teoria e na prática, a ideia do cooperativismo como modelo de uma sociedade onde todos estivesse imbuído do espírito de entre ajuda e cooperação, assim como um modelo de escola na qual os alunos aprendessem a pensar e agir em liberdade e com autonomia tendo sido ministro da educação no governo de Álvaro de Castro, em 192344. Foi o verdadeiro mentor da candidatura, em 1958, de Humberto Delgado à presidência da República. No dia 24 de janeiro de 2019, passam cinquenta anos sobre a morte de António Sérgio, tendo sido decidido pela direção da CASES prestar-lhe um tributo público contribuindo através dele não só para prestigiar a figura e obra de António Sérgio, como para divulgar o setor da economia social, em particular do cooperativismo, e dar-lhe visibilidade pública. Tendo em vista concretizar o Tributo pelo cinquentenário da morte de Sérgio serão realizados um conjunto de eventos dos quais se destacam os seguintes. – Cerimónia pública de entrega do Prémio Cooperação e Solidariedade António Sérgio (7ª edição) a realizar na Sociedade Portuguesa de Autores (SPA) no dia 24 de janeiro de 2019, pelas 14,30 horas; – Realização na Assembleia da República (AR) de uma exposição – “António Sérgio – doutrinador e político” – cujos materiais de base integram o espólio de António Sérgio, sob gestão da CASES, a inaugurar no dia 24 de janeiro de 2019, ao final da tarde; - Apresentação pública do livro “Código Cooperativo comentado”, obra coletiva, edição da Almedina, com apoio da CASES, participada por um conjunto alargado de renomados juristas, sob coordenação das Professoras Deolinda Meira e Elisabete Ramos, no dia 31 de janeiro de 2019, na Biblioteca da AR, pelas 19 horas. A CASES mantém desta forma fidelidade à obra e figura pública do seu insigne patrono prestando, ao mesmo tempo, homenagem aos seus discípulos, dirigentes e ativistas dos movimentos da economia social, nas sua diversas formas organizativas, dos quais se destaca o Prof. Henrique de Barros, presidente da Assembleia Constituinte.
Estrada Nacional 2 já tem passaporte
VIVADOURO SETEMBRO 2018 21
Tabuaço
Tabuaço altera regulamento de incentivo à natalidade A Câmara Municipal de Tabuaço procedeu à alteração do Regulamento de apoio à natalidade para o Concelho de Tabuaço com o objetivo de incentivar mais nascimentos no concelho.
As alterações a este regulamento servirão de base para, nomeadamente, no da Concessão de Bolsas de Estudo a Estudantes do Ensino Superior, no da Ação Social, no Apoio a Estratos Sociais Desfavorecidos em Matéria Habitacional ou ao Regulamento de funcionamento da Comissão Municipal de Apoio ao Idoso. Prémio Abel Botelho distingue melhores alunos Entretanto a autarquia de Tabuaço procedeu a algumas alterações no Prémio Abel Botelho que é entregue anualmente, aos alunos que se destacam nos resultados durante o ano lectivo, ao
mesmo tempo homenageando o ilustre escritor tabuacense. Assim, o melhor aluno do 2ºCiclo receberá 500€ e o do 3º Ciclo, 750€. Para os alunos do 10º, 11º e 12º anos, há outras alterações para além do valor monetário, para cada um dos anos serão atribuídos 3 prémios, tendo em conta a área de estudo, Ciências e Tecnologia, Línguas e Humanidades e ensino profissional. Os valores dos prémios serão 750€ para o 10º ano, 1000€ para o 11º e 1250€ para o 12º. A cerimónia de entrega de prémios este ano decorre no próximo dia 21 de setembro. ■ FOTO: CMT
Em declarações ao jornal VivaDouro, o autarca Tabuacense, Carlos Carvalho, defendeu que “não é a realidade que se deve adequar aos regulamentos, antes pelo contrário. O documento tinha algumas situações que poderiam limitar a sua abrangência, desde logo o tempo que as pessoas residem no concelho, alguém que se tivesse mudado há dois ou três meses para cá não estaria apto a receber esse incentivo, até ao pedido de documentação que hoje em dia é proibido por lei”. O autarca disse ainda que não acredita que sejam este tipo de incentivos que fazem com que as pessoas tenham mais filhos, contudo, era importante
“diferenciar aqueles que decidem ter mais filhos, atribuindo um valor maior à medida que têm mais filhos, esta foi a maior alteração que se fez”. Assim, segundo o novo Regulamento, no que toca à política de incentivo à natalidade, cada agregado familiar passará a receber mil euros pelo primeiro filho, mil e quinhentos pelo segundo e dois mil euros por três ou mais filhos, com efeitos para os nascidos a partir de dia 1 de janeiro de 2018. “O simbolismo desta medida é mais do que a fixação de população, é mais aumentar a nossa taxa de natalidade que é muito baixa. Mesmo os que cá estão têm poucos filhos e é isso que temos que alterar porque, aliando este facto ao crescente envelhecimento da população, estamos a perder cada vez mais gente. E este problema não se vive apenas em Tabuaço mas é uma realidade com que todo o país se depara.”, afirmou ainda o autarca. Foram entregues no passado dia 20 de Agosto, sete cheques-bebé. Com dados actualizados, desde 2014 este Executivo já entregou 121 cheques-bebé às famílias Tabuacenses, o que se traduz em cento e vinte e dois mil e quinhentos euros distribuídos por jovens pais.
PUB
AS ATUR D I D CAN TAS ABER
Se tens o 9º ano Curso de Dupla Certificação:
Se tens o 12º ano Curso de Especialização Tecnológica:
Técnicas de Serviço de Restauração e Bebidas Técnicas de Cozinha / Pastelaria
Gestão e Produção de Pastelaria Gestão de Restauração e Bebidas Gestão e Produção de Cozinha Gestão Hoteleira - Alojamento
www.escolas.turismodeportugal.pt
Fazemos coisas simples, extraordinariamente bem!
22 VIVADOURO SETEMBRO 2018
Sernancelhe
Sernancelhe aposta em idosos ativos
À semelhança do que tem sucedido nos últimos anos, a Âmbula tem sido a associação que tem pugnado para que o Concelho disponha de programas que vão ao encontro das necessidades da população, em áreas tão distintas como a procura de emprego, formação e qualificação, a intervenção familiar e parental, preventiva da pobreza infantil e a capacitação da comunidade e das instituições. De forma transversal, o CLDS-3G assume a face mais visível da atuação da Âmbula, estando inclusive no terreno, próximo das pessoas, tendo capacidade e dinâmica para dar respostas concretas aos problemas que são detetados e aos pedidos que são efetuados. Por outro lado, e de forma inclusiva, participativa, aberta a todos, o CLDS-3G continuará a desenvolver atividades de grande mérito como os programas “Encontre-se” e “Mexa-se”; o apoio aos jovens, nomeadamente na procura de emprego e no empreendedorismo; ações solidárias como recolha de alimentos, roupas e brinquedos para as famílias mais carenciadas; e iniciativas desportivas como
torneios de boccia e o passeio pedestre pela Rota da Castanha e do Castanheiro, realizado durante a Festa da Castanha, e que contou com mais de 200 participantes. O VivaDouro esteve no concelho liderado por Carlos Silva onde falou sobre este projeto com o vereador autárquico Armando Mateus e com a coordenadora do CLDS local, Carla Jesus. CLDS - 3G muito importante para os municípios do interior Para Armando Mateus “o projeto CLDS-3G é uma continuação de outros CLDS’s já decorridos no nosso município. Os primeiros CLDS’s eram muito virados para questões ligadas à saúde, isolamento, dificuldades financeiras, etc, com o intuito de quebrar barreiras que vão sendo normais nos municípios do interior e em zonas mais desertificadas. Estes programas estão muito direcionados nesse sentido, com uma vertente social muito forte olhando para problemas como o desemprego, por exemplo”. O vereador diz-nos ainda que este projeto assenta em duas vertentes distintas, “uma mais ligada com os assistentes sociais, psicólogos, entre outros para trabalharem mais as questões ligadas à 3ª geração, e depois uma vertente mais virada para os economistas e outros técnicos que trabalham a parte do empreendedorismo e do desemprego”. Este projeto é financiado a 100%, contudo, Armando Mateus assegurou à nossa reportagem que mesmo na falta desse financiamento o projeto avança por vontade da autarquia que se substitui a esses fundos. “Este tipo de programas são financiados por alguns projetos, contudo os mesmos são balizados no tempo, ao contrário do nosso trabalho que é feito em contínuo, daí a importância do apoio que recebemos do município para que o projeto se mantenha ativo. O primeiro projeto trouxe resultados que o município não podia ignorar, ajudando a que esta classe etária se tornasse mais dinâmica, os próprios idosos exigem-nos mais o que implica que este projeto tenha de continuar, havendo ou não apoios FOTO: DR
> Carla Jesus, Coordenadora do CLDS local
FOTO: DR
Em Sernancelhe, a aposta na melhoria de qualidade de vida dos mais idosos é uma preocupação não só do executivo mas de diversas entidades e associações como é o caso da A Âmbula – Associação Particular de Solidariedade Social (IPSS), que é a entidade executora e coordenadora do Contrato Local de Desenvolvimento Social (CLDS – 3G), a funcionar no Concelho desde novembro de 2015.
> Armando Mateus, vereador da Câmara Municipal de Sernancelhe
externos, o município não o deixará cair”. Carla Jesus, a cordenadora do CLDS de Sernancelhe, por seu lado, destaca o objetivo desta iniciativa, “este projeto tem como principal objetivo o retardamento da institucionalização dos idosos, até porque muitos deles ainda têm alguma independência, ainda trabalham as suas terras, por exemplo. O objetivo é dar condições para que essa situação se mantenha através das diversas atividades que propomos e que passam pela atividade física com encontros de boccia, hidroginástica, tudo isto é feito em rede com o município. Depois temos o outro lado, de atividades mais ligadas às artes, à cultura, às tradições, uma série de atividades que vamos fazendo de forma diária”. Atualmente no concelho de Sernancelhe existem 11 centros lúdicos, que respondem a cerca de 250 utentes, a funcionar nos edifícios das antigas escolas primárias que encerraram e que têm sido recuperadas para dar corpo a este projeto. Durante a conversa, o vereador Armando Mateus explicou ainda como funciona este projeto que agora está em andamento. “Temos uma programação semanal onde se inclui o “Mexa-se”, um programa virado para a atividade física onde se inclui por exemplo a hidroginástica e o boccia. Um sinal do sucesso deste trabalho é o crescente número de pessoas que, depois de experimentarem a hidroginástica connosco, se inscrevem em aulas regulares. Também o boccia assume aqui uma grande importância, já organizamos 3 eventos anuais, competições onde participam não só os nossos idosos como outros de concelhos vizinhos, que, impulsionados por nós acabaram por criar os seus núcleos de boccia, como é o exemplo de Moimenta da Beira ou Penedono. Depois temos os programas do “Encontre-se” que é mais ligado com as artes plásticas, preparam tudo o que é para o Natal, para a Páscoa, para os Santos Populares, vão fazendo esses atliers. Temos ainda a Hora do Conto, feita em parceria com a Biblioteca Municipal. Uma outra parceria muito forte que temos é com a Escola Profissional de Sernancelhe (Esproser) que tem um curso de auxiliar de saúde e fazem aqui um trabalho de excelência. Por exemplo, no dia da Mulher vão aos centros lúdicos fazer massagens e arranjar as unhas
às senhoras, controlo e rastreio de doenças como a hipertensão, o colesterol, glicose, etc. Há outros projetos mais pontuais como os dois encontros de baile seniores e ainda a recolha de tradições, hábitos e culturas de outros tempos que depois são recriados. Há outras coisas, bastante simples algumas, que este projeto também leva a cabo através dos técnicos que o integram, como o preenchimento do IRS, marcação de uma consulta, etc”. Presidente de Junta é peça fundamental em todo este processo Apesar do árduo trabalho desenvolvido pelo CLDS e pela autarquia, o vereador acredita que há uma outra figura fundamental em todo este processo, o Presidente da Junta. “Uma peça fundamental em todo este processo é o Presidente da Junta, se este souber ser dinâmico e se souber complementar o que ainda está em falta nestes centros lúdicos pode organizar outro tipo de momentos, usando aqueles espaços como locais de encontro, de convívio”. No futuro os desafios deste projeto poderá passar por uma vertente mais pedagógica, tendo em conta o público a que se destina como afirma o vereador Armando Mateus. “O desafio poderá passar por tornar estes projetos mais pedagógicos, isto porque temos uma nova geração de idosos que está a surgir e que revela ter outras necessidades porque já não estão no ativo mas continuam a ter uma enorme vontade de aprender e ensinar. Não temos por objetivo criar uma Universidade Sénior mas este CLDS-3G pode ter uma vertente que responda a essas novas necessidades”. Para Carla Jesus, “outro ponto extremamente importante neste projeto é a abertura de outras instituições como a Santa Casa e os Centros Paroquiais, por exemplo, que até então estavam mais fechados sobre si mesmos. Os encontros que vamos organizando, em que os convidamos a participar, foram uma forma de se abrirem um pouco mais à comunidade e entrarem nesta rede”. ■
VIVADOURO SETEMBRO 2018 23
Freixo de Espada à Cinta
Freixo de Duarte d’ Armas classificado como “Árvore de Interesse Público” O freixo de Duarte d’ Armas, exemplar com mais de 500 anos, foi classificado como “Árvore de Interesse Público” pelo Instituto de Conservação da Natureza e Florestas (ICNF), segundo anunciou o município de Freixo de Espada à Cinta. “Tudo começou com o pedido de classificação da árvore ao ICNF e depois solicitámos a ajuda de técnicos da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), para o seu tratamento, já que o freixo se encontrava muito debilitado”, explicou a presidente da Câmara, Maria do Céu Quintas, em declarações à comunicação social. O freixo tem o seu nome associado a Duarte d’ Armas, que foi quem representou, a mando do rei Manuel I, a cartografia de 56 castelos fronteiriços de Portugal, entre 1509 e 1510. A árvore centenária, que está associada ao nome da vila de Freixo de Espada à Cinta, no distrito de Bragança, está classificada como de “interesse público” na categoria de “exemplar isolado”, desde 16 de agosto. A recuperação do freixo de Duarte d’Armas contou, igualmente, com a colaboração do ICNF e da Universidade do Algarve, que teve a seu cargo desenvolver a pesquisa histórica sobre a árvore, em bibliotecas nacionais como a Torre do Tombo, relativa às lendas associadas à
PUB
quinhentista árvore. “Hoje, o freixo parece novo e até dá gosto olhar para ele. E são muitos os turistas que querem conhecer este ícone da vila”, vincou a autarca. De acordo com documento a que a comunicação social teve acesso, “o exemplar arbóreo não apresenta sinais de pouca resistência estrutural, de mau estado vegetativo e sanitário ou risco sério para as pessoas e bens, nem se encontra sujeito ao cumprimento de medidas fitossanitárias que recomendem a sua eliminação ou destruição obrigatórias”. Os investigadores da UTAD, liderados por Luís Martins, fizeram mais de 900 tentativas nos últimos anos para assegurar os primeiros 22 clones do Freixo d’ Duarte de Armas, através da utilização de raízes novas que nasceram após o início do processo de recuperação do freixo. “Não foi um processo simples devido à própria idade da árvore. Estimamos que o Freixo de Duarte d’ Armas tenha 540 a 550 anos”, disse na altura o investigador à Lusa. Do trabalho de investigação, parceria entre a UTAD e o ICNF, foram retirados 22 clones que foram plantados em todas as capitais de distrito e nas regiões autónomas dos Açores e da Madeira. O primeiro clone mora há cerca de um ano e meio nos jardins do Palácio de Belém, residência oficial do Presidente da República, em Lisboa. Na ocasião, Marcelo Rebelo de Sousa referia-se à plantação do clone como “um momento simbólico para o nosso país, num ato que retrata um momento de resistência e resiliência para o país, tal como acontece com o freixo e outros freixos”. ■ FOTO: DR
24 VIVADOURO SETEMBRO 2018
Vários Concelhos
Setembro é tempo de regresso às aulas
UTAD ultrapassa os 1300 alunos “Sou daqui de Vila Real mas a minha escolha da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro deve-se sobretudo à reputação que a universidade tem, obviamente que ser de cá e estar perto de casa pesou na decisão. A enfermagem é uma área que me fascina e que há muito eu queria seguir. Esta foi a minha primeira opção e estou muito feliz por estar aqui”. A Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro é a instituição de ensino superior que alcançou o maior aumento de estudantes a nível nacional e a instituição localizada em regiões de menor pressão demográfica com a maior taxa de ocupação de vagas. O número de candidatos que escolheram a UTAD, pela primeira vez ultrapassou os 1300, o que significa o maior número de estudantes colocados desde sempre na his-
tória da instituição. Em relação a 2014, foram colocados mais 307 candidatos, o que representa um aumento da taxa de ocupação de cerca de 17%. De igual modo, regista ainda um elevado número de candidatos em primeira opção. O aumento de alunos é um desafio não só para a universidade mas também para a associação académica que por estes dias presta apoio aos novos alunos na sua matrícula, como nos diz o seu presidente António Vasconcelos. “É um desafio que nós, em conjunto com a reitoria, quisemos abraçar. Houve aqui uma reestruturação interna que passou pelo encerramento de alguns cursos e renovação de outros como por exemplo a Ciência Alimentar que agora é Ciência da Nutrição. Engenharia informática foi outro dos cursos que foi remodelado, por exemplo, e que encheu todas as vagas disponíveis nesta primeira fase”. Mas esta não foi a única mudança operada,
também o percurso que os alunos fazem ao chegar à UTAD foi modificado para que todo o processo seja mais célere e mais confortável para eles e para quem os acompanha. “Este ano reestruturamos o nosso funcionamento aqui, os alunos começam logo por ter um contacto mais informal com o seu curso através dos núcleos, o que os coloca logo mais à vontade. Em seguida temos as nossas secções, da cultura ao desporto, que estes novos alunos podem ficar a conhecer e inscrever-se. Depois temos os serviços académicos e um inquérito que nos permitirá ficar a conhecer melhor o perfil dos nossos estudantes. Quase a terminar têm o contacto com as escolas onde têm oportunidade de se matricular nas unidades curriculares e ter o primeiro contacto com a plataforma digital que vão usar durante o seu percurso. Finalmente passam pelos elementos do banco onde irão receber o seu cartão de aluno, e pala associação académica onde lhes é oferecido o kit do estudante”. ■ FOTO: DR
Depois do final do ano passado ter ficado marcado pelo encerramento do Colégio Salesiano de Poiares, à Escola Secundária Dr. João de Araújo Correia, em Peso da Régua, chegam agora muitos dos alunos dessa instituição para uma nova etapa na sua vida estudantil. Uma dessas alunas é Inês Vieira que chega acompanhada pela mãe, Luciana. O nervosismo, apesar da tentativa em disfarçar, é algum, sossegado por saber que terá a companhia de alguns dos seus colegas que farão a mesma mudança. À saída da apresentação, Inês falou com o VivaDouro sobre este primeiro impacto, “esta escola é muito grande, tem muitos pavilhões, não tem nada a ver com o Colégio”. Inês e os seus colegas que vieram do colégio estão todos integrados na mesma turma, “estarmos todos juntos vai facilitar a habituação até porque somos muito unidos, quando queremos algo fazemos acontecer”. A mãe, Luciana, concorda com a filha e mostra-se confortável com esta situação, “obviamente que estar junto com os colegas que também vieram do colégio ajuda, fica mais fácil para todos eles”, contudo, isso não é suficiente para a descansar “fico um bocado preocupada. No colégio tinha um bom apoio que foi essencial na mudança dela de França para cá. O que assusta mais aqui é a distância que existe entre professores e alunos, no colégio eram menos estudantes e permitia aos professores estarem mais atentos dentro e fora das salas de aulas, aqui acaba por ser diferente”. Essa preocupação não é partilhada por Inês que já teve de mudar de escola quando veio de França no sétimo ano. “Não me assusta esta mudança, já mudei algumas vezes. Vim de França no sétimo ano e essa mudança foi mais difícil do que esta que estou a viver agora, até porque o sistema é diferente e vim encontrar pessoas novas, aqui já tenho os colegas que conheço por isso a minha expectativa é boa”. Por agora a expectativa é alta até porque, segundo nos diz, “já ouvi falar muito desta escola, coisas boas, por isso espero ter um ano tranquilo depois daquilo que vivemos no final do ano passado”. Foi precisamente desta escola que saiu Maria Oliveira, não por mudar de escola mas de ciclo de ensino, entrou na universidade em Coimbra. Portadora de surdez, Maria é um exemplo
de superação, no último ano em especial debateu-se com o problema de falta de intérprete para acompanhar o ritmo das aulas nas melhores condições, no entanto, nem isso foi suficiente para a deter no seu objetivo, entrar na universidade. “No início desta nova etapa é um bocadinho difícil. É tudo novo para mim. Claro, as saudades da minha terra e da família ficam... mas estou a conseguir ultrapassar os medos e as inseguranças. Estou a tentar reagir bem”. O Instituto Politécnico de Coimbra será a sua nova casa a partir de agora e a escolha por esta instituição não foi feita ao acaso, além de aqui encontrar o curso que queria, encontrou também as melhores condições para estudar tendo em conta as evidentes limitações que pode ter. “Escolhi o Instituto Politécnico de Coimbra da Escola Superior de Educação de Coimbra porque tem intérpretes e outros estudantes surdos. Também esta universidade tem a licenciatura que quero seguir: Comunicação e Design Multimédia. Tendo em conta com a minha surdez, tenho apoios das intérpretes nas aulas, Claro que há algumas dificuldades, as barreiras de comunicação e a integração com a sociedade. Mas nisso consigo ultrapassar pouco a pouco”. Maria espera também ser um exemplo para outros estudantes que, como ela, têm uma barreira a superar, “sou uma pessoa perfeitamente normal como os outros independentemente da minha surdez”. No ensino superior pela primeira vez está também Catarina Almeida. Natural de Vila Real, esta recém universitária vai frequentar o curso de enfermagem, um sonho antigo que agora se começa a realizar. Quanto à escolha da universidade Catarina diz que a UTAD foi a sua primeira opção, não só por estar mais perto de casa como também pela reputação que esta instituição de ensino superior tem.
FOTO: DR
Livros, cadernos, mochilas, horários, notas… este é o léxico que está de volta por estes dias que se regista o regresso às aulas.
VIVADOURO SETEMBRO 2018 25
Vários Concelhos
Rabelos voltaram ao Douro para regata O dia 10 de setembro, data em que se celebra a criação da Região Demarcada do Douro, pela mão do Marquês de Pombal, ficou este ano marcado pelo regresso dos Rabelos ao Douro Vinhateiro. O dia estava quente e na Estrada Nacional 222 iam-se acumulando carros e pessoas na expectativa de verem os Rabelos navegar as águas do Douro após décadas de ausência, contudo, a falta de vento acabou por obrigar ao cancelamento da regada, pouco tempo após se iniciar.
PUB
A organização ainda fez diversas tentativas para levar esta iniciativa a bom porto, chegando mesmo a equacionar inverter o percurso iniciando-se no Pinhão para terminar na barragem de Bagaúste, contudo o vento não deu sinal de si e a regata acabou mesmo por ficar incompleta. Sinal da importância que esta iniciativa pode ter para a região foram os milhares de pessoas, locais, nacionais e estrangeiros que se foram juntando, em especial na margem sul do rio, num momento de união entre as gentes do Douro e as suas mais ancestrais tradições. Da parte da organização ficou ainda a expectativa que este evento regresse ao Douro Vinhateiro para celebrar não só a sua criação como a sua história e tradição. ■ FOTO: DR
Semana da Mobilidade convida lamecenses a utilizar transportes mais ecológicos Sob o slogan “Combina e Move-te”, a Semana Europeia da Mobilidade está a ser assinalada desde o último domingo no concelho de Lamego com o objetivo de incentivar a utilização de alternativas de mobilidade ecológicas, sobretudo junto dos mais novos e dos seus pais. A realização de várias provas desportivas e de campanhas de sensibilização nas escolas, bem como o “Dia do Transporte Público-Verdinho”, são algumas das ações planeadas. A iniciativa termina a 22 de setembro com o Dia Europeu Sem Carros e a realização da tradicional “Subida da Olaria-Lamego Bike”, para a qual os lamecenses também são convidados a aderir
deslocando-se na sua bicicleta. O objetivo é encher a Av. Visconde Guedes Teixeira com este meio de transporte. A apresentação pública deste programa de atividades decorreu no auditório do Núcleo Arqueológico - Porta dos Figos. Durante a sessão, o Vice-Presidente da Câmara Municipal, António Alves da Silva, referiu que “mais do que comemorar ou assinalar esta data, associarmo-nos à Semana Europeia da Mobilidade significa sensibilizar e criar nas pessoas a consciência de que com pequenas ações no dia a dia contribuiremos inexoravelmente para tornar a cidade mais saudável e um melhor lugar para se viver. Que não importa o tamanho do projeto, mas sim o empenho que nele colocamos”. A Semana Europeia da Mobilidade é este ano dedicada à multimodalidade no setor dos transportes. Segundo a Agência Portuguesa do Ambiente, alcançará a maior participação portuguesa de sempre, com a adesão de 84 municípios e 87 localidades, para promover soluções de mobilidade partilhada e realçar os benefícios dos meios de transporte mais ecológicos. ■
26 VIVADOURO SETEMBRO 2018
Régua
Tiago Nogueira Jornalista / licenciado em psicologia
Devolvam-nos a magia da Champions
Estudo estratégico do setor foi apresentado no passado dia 14 de setembro na Régua com a presença do Ministro da Agricultura, Luís Capoulas Santos. Produção e comércio aprovam o documento, mas consideram que fica “aquém” das necessidades. No total são 11 medidas distintas que pretendem reforçar a competitividade do setor vitivinícola duriense, como a criação de uma plataforma logística no Douro ou a implementação de um sistema de balcão único para simplificar o relacionamento dos agentes económicos com o Estado. O trabalho foi encomendado pelo Instituto dos Vinhos do Douro e do Porto e visa “reforçar da competitividade” do setor, tanto a nível nacional como internacional. Manuel Cabral, presidente do IVDP, diz que o instituto “pretende munir o setor de conhecimento estruturado capaz de indicar onde estamos e questionar onde queremos estar”. António Lencastre, presidente da Casa do Douro – Federação Renovação do Douro, também aplaude a iniciativa, resultado do “esforço da própria região” e encomendado a um dos seus “protagonistas”. Sobre o estudo em si, admite que é uma “primeira etapa”, mas que não responde ao “problema fundamental” do Douro: a dispersão da propriedade e o envelhecimento da população. “O início da fileira tem de ser revisitado. 80% dos proprietários no Douro têm menos de dois hectares e distribuídos por cinco parcelas. É preciso encontrar formas de promover o rejuvenescimento e o emparcelamento”, defende. Também a Associação das Empresas de Vinho do Porto elogia mais uma “reflexão e análise” sobre o tema, contudo, a organização considera que o resultado final está “relativamente desfocado dos verdadeiros problemas do setor”. Em causa está, por exemplo, o facto de o estudo identificar a necessidade de rejuvenescimento da imagem do vinho do Porto, sem dar pistas sobre como
tal se deve fazer. Isabel Marrana aponta, ainda, o facto de uma das principais reivindicações do comércio, “o problema dos saldos cativos no IVDP que provêem de taxas e deviam ser empregues no setor e na região”, não estar contemplado no atual estudo. Em causa estão cativações de oito milhões. Desta forma, algumas das alterações mais profundas que foram apresentadas são: Balcão Único Inovar, simplificar, desmaterializar é o objetivo. A ideia é concentrar o relacionamento dos agentes com o Estado num único interlocutor, o IVDP. Plataforma logística Diminuir as barreiras económicas e logísticas na exportação a partir do Douro, concentrando num único espaço os serviços de armazenagem final, logística, transporte, despachante oficial e de serviços aduaneiros. Regulação competitiva O tema mais difícil de entre as 11 medidas, já que implica promover um equilíbrio entre as denominações Porto e Douro, produzidas a partir das mesmas uvas, mas que são valorizadas de forma completamente distinta. A redução da área de vinha, através de saídas voluntárias, é uma hipóteses equacionada, mas, no essencial, o estudo defende a necessidade fazer mais estudos. Promoção Implementar um Sistema Inteligente de Mercado para uso das empresas e organizações ligadas à promoção dos vinhos é uma das medidas preconizadas neste âmbito, bem como o reforço da promoção coletiva em mercados prioritários, como os EUA e o Canadá, e a melhoria da comunicação online aos consumidores e mercados. Redução do stock mínimo É uma das medidas já consensualizadas no setor, no âmbito do Conselho Interprofissional do IVDP, onde estão equitativamente representados o comércio e a produção. É uma forma de permitir a entrada de novos operadores. ■ FOTO: DR
Começou uma nova edição da Liga dos Campeões. Pela primeira vez, em muitos anos, não consegui assistir aos jogos. E talvez à esmagadora maioria dos portugueses tenha acontecido o mesmo. Muitos dos quais arrepiam-se, ano após ano, com o famoso hino da Champions, uma adaptação feita por Tony Britten da música “Zadok the Priest”, de George Frideric Handel. A Sport TV perdeu os direitos televisivos da Liga dos Campeões. Até aqui não há qualquer novidade. A Eleven Sports passou a ser responsável pela transmissão dos jogos da liga milionária. Contudo, as grandes operadoras do nosso país ainda não chegaram a acordo com a nova empresa televisiva e, por isso, teremos muita gente a ver o arranque desta competição no telemóvel. No pequeno ecrã. Quando aquilo que nós queríamos era ver o futebol em HD. Na televisão. Com toda a magia e comodidade inerentes. Estamos em 2018, é um facto que a tecnologia avançou de forma assustadora nas últimas décadas, mas só queremos assumi-lo quando nos interessa?! Como é que se inicia a maior competição de clubes do futebol europeu sem que exista, ainda, um acordo que permita rigor e conforto (aquilo que tanto prometem) aos telespectadores? Mais uma de tantas matérias que, no fundo, são incompreensíveis neste país recheado de coisas boas. Vale a pena refletir. O pior é que há mais. O presidente executivo da Sport TV, Nuno Ferreira Pires, considerou, em entrevista à Lusa, que a chegada da Eleven Sports a Portugal traduz-se numa concorrência saudável e, mesmo com a perda de algumas competições, não vê qualquer sentido em baixar o preço dos serviços prestados pela sua empresa. Entre o umbiguista, o narcisista e egos infinitos, quem sai a perder é o povo. Aliás, como quase sempre. No entretanto, vamos brincando ao jogo de quem dá mais. O entretenimento dos tubarões é o circo das grandes massas. Bem, mas vamos ao verdadeiro futebol. Ao jogo que acontece somente dentro das quatro linhas. O FC Porto deslocou-se até Gelsenkirchen, terreno onde já foi muito feliz, sendo que desta vez não foi além de um empate a uma bola. Isto porque encontrou pela frente Ralf Farhmann. O guardião do Schalke 04 exibiu-se a grande nível e, pelo meio, ainda defendeu um penálti. Quanto ao Grupo E, joga, hoje, o outro clube português. O Estádio da Luz está pronto para receber o duelo que opõe os encarnados frente ao colosso Bayern de Munique. De notar que, se levarmos em conta as duas últimas prestações das águias diante da equipa bávara, augura-se um encontro equilibrado, onde o SL Benfica poderá pintar uma surpresa no quadro.
Estudo propõe alterações para vinhos do Douro e Porto
FOTO: DR
VIVADOURO SETEMBRO 2018 27
São João da Pesqueira
Sunset Capital Douro navegou pelo Douro Organizada pela associação Capital Douro, a quarta edição das Sunset Capital Douro realizou-se durante a Vindouro, juntando mais de 130 participantes que tiveram oportunidade de se divertir e provar os vinhos da região durante um passeio de barco pelo rio Douro.
Fátima Maximino – Leiria Somos fornecedores de videiras e bacelos aqui na região há alguns anos e tivemos conhecimento desta festa, ficamos curiosos e decidimos vir. Gostamos muito de participar até pela animação que se viveu durante toda a tarde.
Miguel Paupério – Valongo FOTO: DR
Já cá tinha estado no ano passado convidado por uma amiga que sabia da festa e decidimos logo que este ano estaríamos de volta. Tem sido uma tarde muito boa, muito animada e com bons vinhos para provar.
FOTO: DR
“O objetivo inicial destas festas era o de promover os vinhos da nossa região, uma prova durante uma viagem de barco, aproveitando a paisagem”, afirmou ao VivaDouro Paulo Tolda. Para o presidente este evento traz diversas pessoas de fora do concelho pesqueirense e da região, acabando por funcionar como promoção da própria região, fomentando mais negócio. “Esta festa traz diversas pessoas de fora que acabam por se hospedar no nosso concelho criando assim uma sinergia importante com o nosso tecido empresarial. Esta edição teve a particularidade de se realizar durante a Vindouro trazendo gente que de outra forma não viria a São João da Pesqueira”. Para a organização, um dos maiores problemas é a embarcação visto que nesta altura do ano o Douro está cheio de turistas e os barcos estão normalmente reservados para os programas já
existentes. “Não é fácil conseguir uma embarcação para este tipo de eventos nesta altura do ano, daí este ano termos optado por realizar duas edições que se revelaram um autêntico sucesso. Temos sempre uma expectativa de trazer 100 a 120 pessoas, esta edição contou com mais de 130, na sua maioria gente de fora e que saiu daqui bastante satisfeita com o evento e com a oferta que lhe foi disponibilizada, se somarmos aos 120 da primeira edição deste ano dá para ter uma noção da importância que este evento tem ganho”. ■
FOTO: DR FOTO: DR
> Animação foi uma constante durante a tarde
> Direção da Capital Douro fez balanço extremamente positivo do evento
28 VIVADOURO SETEMBRO 2018
Vila Real | Alijó
UTAD aberta 24 horas para promover sustentabilidade No dia 22 de setembro a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro estará aberta durante 24 horas num evento que pretende promover a sustentabilidade.
hoje, com os meios que temos ao dispor, a informação corre mais rápido e as pessoas olham para as questões ambientais e da sustentabilidade com outros olhos, mais preocupadas. É a altura certa para descodificar muita da informação que chega ao público numa linguagem nem sempre explicita, refere Amadeu Borges. Patente nesta iniciativa está, também, a cultura duriense, território onde o Ecocampus da UTAD está inserido. No mesmo dia, serão, também, entregues à academia as primeiras bicicletas no âmbito do projeto de mobilidade Ubike UTAD, financiadas pelo POSEUR, com a presença do Ministro do Ambiente, Matos Fernandes, que fará o trajeto entre a praça do Município e a Universidade a pedalar
numa dessas bicicletas. “Os modos suaves de deslocação, a mobilidade elétrica e a mobilidade pouco poluente, são fundamentais numa política de sustentabilidade, e contribuem de forma decisiva para a descarbonização e na melhoria do desempenho ambiental do Campus da UTAD, indo ao encontro de uma estratégia alargada para um Ecocampus mais sustentável”, refere Amadeu Borges. Integrado na mesma estratégia, com financiamento do Fundo Ambiental, também, neste dia entrarão em funcionamento os dois postos de carregamento de viaturas elétricas instalados no Ecocampus e integrados na rede mobi.e, bem como entram ao serviço duas novas viaturas elétricas ao serviço da academia. ■ FOTO: DR
Amadeu Borges é Pró-Reitor com responsabilidade na área do Património e Sustentabilidade, investigador do laboratório de Ciências Térmicas, e é o responsável pela organização deste evento. Em conversa com o nosso jornal, Amadeu Borges explica que “O ECO@UTAD, com financiamento do N2020, visa a promoção da sustentabilidade nos seus quatro pilares fundamentais: o ecologicamente correto, o economicamente viável, o socialmente justo e o culturalmente diverso”. Para o Pró-Reitor, esta é ainda uma oportunidade de dar a conhecer o Ecocampus da Universidade e o seu Jardim Botânico, “o maior de Portugal e um dos maiores da Europa”. “No fundo, é abrir o Ecocampus à comunidade e dizer que este é, também, um espaço ao dispor e que merece ser visitado e partilhado”. No total, ao longo das 24 horas, irão decorrer mais de 30 atividades incluindo jogos, concertos, artes performativas e atelieres,
para um público que se pretende de diversas gerações. O programa começa a olhar para as estrelas, com a colaboração do Núcleo de Astronomia da UTAD, ainda antes mesmo do arranque oficial do evento que está marcado para as zero horas de dia 22. Grande parte das atividades decorrerá na zona histórica do Ecocampus, com entrada gratuita e sem necessidade de inscrição. Por cada pessoa que aderir a este evento, a UTAD oferecerá uma árvore para posterior plantação em área a definir em articulação com o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), estando já prevista a doação de um total de 6.000 árvores, que serão plantadas no Parque Natural do Alvão. Uma das características únicas deste evento será o acampamento que vai ser montado dentro do Ecocampus em parceria com o Corpo Nacional de Escutas, onde se pretende evidenciar as boas práticas ambientais e de sustentabilidade nos espaços naturais. Numa altura em que as preocupações ambientais estão na ordem do dia, Amadeu Borges acredita que o Eco@UTAD é uma boa oportunidade para a promoção do Ecocampus e do Jardim Botânico da UTAD, ao mesmo tempo que se pretende disseminar o conhecimento das boas práticas ambientais, promovendo um comportamento mais sustentável e mais próximo do que é natural. Estas questões já são antigas. Contudo,
> Amadeu Borges, Pro-Reitor da UTAD
Alijó recebe congresso sobre envelhecimento ativo
O envelhecimento da população, o aumento da esperança média de vida e a quebra da taxa de natalidade têm levado o interior a deparar-se com novos desafios, como forma de os debater e procurar soluções a autarquia alijoense leva a cabo esta iniciativa. “Serão três dias com diversos workshops e comunicações onde várias pessoas que trabalham nestas áreas do envelhecimento ativo e da animação sociocultural vêm falar um pouco destes
desafios que agora encontramos no meio rural. Vêm trazer problemáticas mas sobretudo pensamentos para o futuro, falar das dificuldades com que profissionais e instituições se deparam, entre outros temas, porque esta é uma temática que nos preocupa em especial numa região que se depara todos os dias com o problema do envelhecimento da sua população”, conta-nos a vereadora Mafalda Mendes. Para a vereadora, “este é um evento também muito importante para as instituições do nosso concelho, neste momento são 11 as que trabalham com esta faixa etária, e assim estarão mais aptos para chegar até eles e mais do que isso, de que forma os podem integrar”. Os dias serão divididos em três partes com as manhãs dedicadas às comunicações e as tarde a atividades mais práticas. As noites serão momentos de convívio com alguns momentos de animação cultural. Também em debate estará a educação intergeracional, Mafalda Mendes acredita que os mais
novos e os mais velhos tê muito a aprender uns com os outros, contudo a sociedade e as instituições não estão ainda preparadas para este convívio. “A questão da educação intergeracional é também muito importante para nós, por vezes achamos que basta trazer as crianças para uma atividade juntos dos idosos que já estamos a, promover uma atividade intergeracional mas isso é um erro, isso acontece quando eles interagem, por isso é preciso pensar como podemos promover este convívio. Falando disto, encontrando pontos comuns entre as duas gerações, podemos começar a olhar para estes momentos de uma forma mais natural, não estando sempre a pensar trazer as crianças para junto dos idosos quase como a forçar o convívio entre eles que não vai acontecer”. Pelo congresso passarão orados nacionais, brasileiros e espanhóis, o encerramento desta iniciativa ficará ao cargo do Dr. Pinto da Costa. ■
FOTO: DR
O município de Alijó vai organizar, entre os dias 18 e 20 de outubro o Congresso Internacional de Animação Sociocultural e Educação Intergeracional, no Teatro Auditório Municipal.
PUB
30 VIVADOURO SETEMBRO 2018
Opinião
Rumo estratégico para os vinhos do Porto e do Douro
António Fontainhas Fernandes Reitor da UTAD
Numa perspetiva de crescimento inteligente e sustentado, as instituições de ensino superior localizadas em regiões de menor pressão po-
pulacional, devem ser chamadas a desenvolver um papel ativo na valorização económica e social dos territórios. A devida valorização dos recursos endógenos destes territórios reclama uma estratégia integrada que estimule uma maior interação das unidades de I&D com a economia do território, no sentido de incorporar inovação, tanto ao nível dos produtos, como dos processos, sem descurar as condições sociais e de atratividade. Foi nesta perspetiva que a UTAD tem vindo a reorientar a sua política de investigação, privilegiando modelos coletivos que contextualizem soluções que envolvam e permitam benefícios mútuos com os atores da fileira.
Foi esta conceção que esteve inerente à criação da Plataforma de Inovação da Vinha e do Vinho, com o objetivo de desenvolver atividades destinadas a incorporar conhecimento e inovação na fileira vitivinícola nacional, visando acrescentar valor. Desta forma, tornar o setor mais competitivo e mais sustentável, num contexto internacional cada vez mais imprevisível e turbulento. O sucesso deste tipo de iniciativas exige o envolvimento de toda a fileira, dos atores com competências de I&D, bem como uma forte articulação com os agentes económicos e institucionais. A Plataforma pode ter sido a semente de outras iniciativas muito importantes para a inovação e competitividade do setor. A título de exemplo, refira-
-se o Laboratório Colaborativo centrado na ADVID e a criação na UTAD de um centro Fraunhofer centrado nas questões da agricultura inteligente. Dito isto, foi com enorme empenho que a Plataforma de Inovação aceitou, por solicitação do IVDP, realizar num espaço de tempo curto, o estudo “rumo estratégico para o setor dos vinhos do Porto e do Douro”, apresentado na semana passada aos agentes económicos e à região. Ao aceitar este desafio os investigadores estavam cientes da responsabilidade e das condições para o levar a cabo, nos termos que foram propostos e mesmo ultrapassar os mesmos. Hoje a plataforma está disponível e preparada para responder a novos desafios em todas áreas da fileira vi-
tivinícola da RDD e nacional. No específico do Douro, para que seja mais inovador, competitivo e sustentável, face aos desafios e oportunidades com que se defronta, bem identificados neste estudo, é indispensável uma abordagem sistémica em matéria de investigação, inovação e formação em toda a fileira e atividades de suporte e relacionadas. Deve ser dada especial atenção à viticultura, enologia, economia, turismo, cultura, marketing, sem esquecer as alterações climáticas, às dinâmicas demográficas e ao consumo de mão-de-obra. Estas foram questões bem identificadas no estudo, avançando mesmo com uma proposta de ações, no sentido de potenciar a capacidade e competitividade do setor e do território.
deixando fortes marcas na história e na memória coletiva. São vinhos de grande longevidade e que geram uma expectativa generalizada, o último ano Vintage foi 2011 e foi considerado um ano magnífico. O processo de declaração Vintage começa em cada produtor que decide, dois anos após a sua colheita, se o vinho tem qualidade excecional e o submete à Câmara de Provadores do Instituto dos Vinhos do Douro e do Porto, I.P. (IVDP). Para ser certificado como Vintage, o Vinho do Porto tem que ser proveniente de uma só vindima e demonstrar uma qualidade excecional que lhe permita envelhecer em garrafa durante muito tempo. Os serviços técnicos do IVDP ava-
liam as características organolépticas desses vinhos e atribuem-lhes uma classificação que, para um vinho ser aprovado pela Câmara de Provadores como Vintage, tem que ser de 9 em 10, sendo extraordinário ver como tantos vinhos de 2016 conseguiram estes resultados. apresentados pelos produtores e validados pelo IVDP, se a maioria das empresas tiverem visto os seus Vintage aprovados, a Confraria do Vinho do Porto proclama esse ano como Vintage. Neste caso de 2016, está muito presente na opinião dos produtores o facto de que num ano de condições climatéricas incomuns, com inverno seco e ameno, baixas temperaturas e chuva na primavera e um ve-
rão com picos de calor e noites frias, interpretar devidamente os sinais na vinha revelou-se crucial. Com uma maturação longa e equilibrada, os Vintage 2016 conseguiram uma robustez e estrutura excecionais sendo perfeitos para evoluir na garrafa durante muitos anos. Comemoramos este mês de setembro a Região Demarcada do Douro, o Vinho do Porto e o Vintage 2016 que ficará muito para além de nós para acompanhar as gerações futuras. Para já, vamos ver como o mercado reage a este Vintage 2016 que tem conquistado os especialistas e apreciadores portugueses e de todo o mundo que já tiveram oportunidade de o provar e aprovar.
Vintage 2016
Manuel de Novaes Cabral Presidente do Instituto dos Vinhos do Douro e do Porto, I.P. (IVDP)
Este ano, no âmbito das comemorações do Port Wine day, teve lugar a Proclamação do Ano Vintage 2016 pela Confraria do Vinho do Porto. 2016 fica assinalado como o ano da última década em que mais agentes económicos declararam Vintage e com maior número de Porto Vintage aprovados, num total de 107. A história dos Vintage é longa, consta dos registos desde 1756 e com referência a um Vintage de 1765, um ano de grande qualidade, vinho “memorável” e o primeiro Vintage a aparecer num catálogo da Christie’s em 1768. Este facto revela a importãncia e a notoriedade de uma região e dos seus vinhos que atravessam o mundo e as gerações
Planos intermunicipais - Melhor educação para todos
José Maria Azevedo Assessor da Presidência da CCDR-N
Nas últimas décadas, a sociedade portuguesa deu passos notáveis na melhoria da escolarização das crianças e dos jovens. A Região do Norte deixou de se destacar pela negativa. Hoje, a grande maioria dos residentes até aos 18 anos está na escola ou em formação. No entanto, muitos jovens continuam a sair da escola sem as competências consideradas essenciais. Em primeiro lugar, temos ainda valores elevados de retenção e desistência. Na NUTS III Douro, estes valores eram de 5,9 % no ensino básico e de 15,4 % no ensino secundário, em 2015/2016. Em segundo lugar, transitar de ano não implica ter sucesso em todas as
disciplinas ou áreas disciplinares. Assim, em disciplinas como Matemática, Inglês ou Português os níveis negativos são muito mais frequentes do que a retenção. Em terceiro lugar, é sempre possível melhorar as aprendizagens escolares das crianças e dos jovens. As mudanças sociais, designadamente as relacionadas com as tecnologias de informação e comunicação, requerem novas ou renovadas formas de ensinar e de aprender. O ano letivo que agora começa será o primeiro de execução significativa dos oito Planos Integrados e Inovadores de Combate ao Insucesso Escolar (PIICIE) aprovados na Região do Norte.
O PIICIE do Douro integra 20 projetos, sendo um intermunicipal e um por cada um dos seus 19 municípios, com uma dotação total de 6,3 milhões de Euros do Fundo Social Europeu. Com estes planos visa-se uma ação complementar da prevista noutros programas e medidas de promoção do sucesso e de prevenção do abandono, constituindo um meio de intensificar o que se faz bem e de ensaiar novos caminhos no trabalho das e com as escolas. Pretende-se uma maior mobilização da comunidade para a promoção de uma escolaridade prolongada e de qualidade para todos. A equidade é uma perspetiva crucial, assumindo-se
que muitas crianças crescem em meios socioculturais que tornam mais difíceis os seus percursos escolares. A concretização dos projetos programados implica uma relação intensa e exigente entre as escolas, os municípios e os serviços locais de saúde, de ação social, de proteção das crianças e dos jovens, de cultura… e o apoio dos serviços do Ministério da Educação. As equipas multidisciplinares de apoio às escolas são um recurso promissor. A capacitação dos técnicos que formam estas equipas contribuirá para o reforço dos recursos para a educação distribuídos por toda a região.
VIVADOURO AGOSTO 2018 31
Lazer
B OA S FE ST AS
Piadas de bolso:
RECEITA CULINÁRIA VIVADOURO
Um polícia vai a perseguir um homem que conduzia muito bêbado. Quando finalmente o consegue fazer encostar à berma, pergunta: - Então o senhor não viu as setas? O bêbado responde: - Setas, que setas?! Eu nem sequer vi os índios!
Escola de Hotelaria e Turismo do Douro - Lamego TARTE FOLHADA DE LEGUMES
Ingredientes (4 PESSOAS) - 500 g de massa folhada - 1ovo,batido - 2 colheres de sopa de margarina - 1 alho-francês, às tiras - 1 pimento vermelho, sem sementes e cortado em tiras - 1 pimento amarelo, sem sementes e cortado em tiras - 50gdecogumelos,laminados - 75 g de pontas de espargos - 2 colheres de sopa de farinha de trigo - 6 colheres de sopa de caldo de legumes - 6 colheres de sopa de leite - 4 colheres de sopa de vinho branco seco - 1 colher de sopa de orégãos, picados - 1 colher de sopa de azeitonas às rodelas pretas - Sal “Em nome da Câmara Municipal de Tabuaço desejo um Natal Feliz e - Pimenta Foto: DR
um ano de 2018 pleno de realizações pessoais e profissionais” O Presidente da Câmara
(Carlos André Teles Paulo de Carvalho)
Derreta a manteiga numa frigideira e salteie o alho-francês, mexendo frequentemente, durante 2 minutos. Junte os restantes legumes e cozinhe, mexendo, durante 3-4 minutos. - Adicione a farinha e cozinhe durante 1 minuto. Retire a frigideira do lume e adicione o caldo de legumes, o leite e o vinho branco. Volte a colocar a frigideira ao lume e deixe ferver, mexendo, até espessar. Inclua os orégãos e tempere com sal e pimenta a gosto. Junte as azeitonas. - Tenda metade da massa sobre uma superfície ligeiramente polvilhado com farinha para formar um rectângulo de 38 x 15 cm. - Estenda a outra metade da massa com a mesma forma mas um pouco maior a toda a volta. Coloque o rectângulo mais pequeno num tabuleiro de forno revestido com papel vegetal humedecido. - Deite o recheio de forma uniforme em cima do quadrado mais pequeno, deixando uma margem de 1 cm nas extremidades. - Usando uma faca afiada, faça fendas paralelas na diagonal ao longo do rectângulo até 2,5 cm de cada extremidade longa. - Pincele as extremidades do rectângulo menor com ovo batido e coloque o rectângulo maior por cima, unindo firmemente as pontas para as selar. - Pincele toda a torta com ovo para a tornar brilhante e coza no forno previamente aquecido a 200° C durante 30-35 minutos, até ganhar volume e ficar dourada.
SOLUÇÕES:
HORÓSCOPO
Maria Helena Socióloga, taróloga e apresentadora 210 929 000 mariahelena@mariahelena.pt
Amor: Não deixe que os seus amigos que vivem mais afastados se sintam distantes de si, organize um jantar ou uma festa que permita a todos um reencontro. Saúde: tenha alguns cuidados com o seu sistema digestivo. Dinheiro: Tenha atenção no seu local de trabalho com os falsos amigos, pois nem sempre as pessoas que nos sorriem são as mais verdadeiras.
Desafio VivaDouro QUAL É A LETRA QUE FALTA?
A J K B C D L M O E F G H I A) L
B) N
C) O
RESPOSTA: N
Preparação
Numa rua iam dois bêbados, um atrás do outro. O bêbado da frente diz: - Se eu fosse o primeiro-ministro, isto era uma maravilha. As casas eram de borla, não havia inflação, toda a gente recebia bem, não existia pobreza, … Falando sem parar, o homem caminha em direcção a uma tampa do esgoto aberta e cai lá dentro. Então o bêbado de trás diz: - É sempre a mesma coisa. Um governo que prometia e já caiu!
João Paulo Fonseca
Presidente da Câmara Municipal de Armamar Caros amigos, O setor primário marca a vida de Armamar e dos Armamarenses. Ao norte a vinha e o vinho, e mais a sul o setor frutícola predomina, com evidente destaque para a cultura da maçã em altitude. Os agentes económicos do município, cientes da dinâmica dos mercados e da exigência cada vez maior do consumidor, têm feito grandes investimentos nos métodos de produção e na área plantada. A comercialização, por seu lado, vem conhecendo mudanças com a aposta de equilibrar o cuidado que se põe na produção e na forma como se mostra o que se produz. É neste contexto de mostrar e de promover que a Feira da Maçã existe. Anualmente, durante um fim de semana de início de outono, época de vindimas e apanha da maçã, temos recebido a visita de milhares de pessoas que vêm ver, ouvir e provar os frutos do trabalho de um ano inteiro. Aos agricultores juntam-se as unidades da indústria transformadora de carnes e dos laticínios, bem como os serviços que dão suporte e apoio a todo este setor, um verdadeiro mundo de trabalho. O setor do turismo em Armamar tem acompanhado o forte crescimento do destino Douro. Nos últimos tempos abriram várias unidades de alojamento em Armamar. Isso cria postos de trabalho e dinamiza todo um conjunto de atividade em Armamar. O certame da Feira da Maçã mostra-lhe um pouco de tudo isto e conta com a animação a cargo das nossas associações culturais, desportivas e recreativas. Apostamos muito em “fazer a festa” com a nossa gente porque achamos importante, e orgulhamo-nos muito, de mostrar as raízes culturais e etnográficas… as marcas do que somos! Enalteço aqui os efeitos que toda esta dinâmica de trabalho tem surtido na fixação das populações. Os efeitos da tendência de desertificação do interior do País começam a desaparecer em Armamar. De facto, os nossos jovens optam por se dedicar à terra… à sua terra. Embora muitos tenham que sair para prosseguir estudos, ganham conhecimento e regressam para desenvolver os seus projetos de vida. É um cenário que, enquanto representante máximo dos Armamarenses me deixa muito feliz! Por tudo isto renovo o convite de anos anteriores: visite a Feira da Maçã, venha conhecer Armamar, os Armamarenses e os frutos do nosso trabalho. Armamar está à sua espera!