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Maçonaria e sua Origem Egípcia 22/12/2014 ­ 11h47

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Parece claro que quem quer que Moisés tenha sido, como príncipe egípcio, ele foi educado no conhecimento e na sabedoria antiga, retidos pelos sacerdotes do Egito. Esse conhecimento incluía informações a respeito do mundo natural, do macrocosmo, inclusive dos céus, do Sol e da Lua. Também está claro que ele precisou criar um conjunto de regras de comportamento civilizado para que a multidão que enfim o seguiu pelo Sinai pudesse usar como base de sua sociedade. Além disso, ele evocou seu conhecimento do macrocosmo como lhe ensinaram, e incluiu elementos do mesmo nos rituais e utensílios religiosos que criou. Isso sem dúvida incluiu a educação de novos sacerdotes no significado simbólico oculto de certos personagens das escrituras. Ele fez tudo isso como parte do processo de moldar uma plebe discrepante no corpo coesivo de uma nova nação. Entre os utensílios religiosos importantes criados por Moisés estava a Arca da Aliança. ( Trecho do livro “Os Segredos do Templo de Salomão”, de Kevin L. Gest, pág. 236). Em relação à Maçonaria, há autores que defendem sua origem egípcia, dizendo que as práticas hebraicas, hoje presentes em alguns Ritos Maçônicos, foram transmitidas aos hebreus por Moisés, que teria sido iniciado nos Mistérios Egípcios. É provável que Moisés, criado por família nobre, depois de ter sido achado boiando, dentro de um cesto, no rio, tenha tido contato com a classe sacerdotal, aprendendo os rudimentos dos ritos mágicos do clero egípcio, todavia, sendo estrangeiro, é pouco provável que se tenha aprofundado nesses ritos, pois os sacerdotes não permitiriam, como não permitiram a outros estrangeiros, como Platão, Pitágoras, Apuleio e Heródoto, que só tiveram acesso à parte mais superficial dos ritos, os Mistérios Menores. (Trecho pertencente ao artigo “A Herança Egípcia na Maçonaria”, de autoria do Irmão José Castellani). INTRODUÇÃO: Não pensei que voltaria a escrever tão cedo sobre este assunto. Em meu primeiro livro, já havia incursionado pela temática envolvendo o Egito, ainda que, naquela ocasião, o objetivo era reunir informações suficientes para demonstrar que a teoria (das tantas que existem sobre as origens da Maçonaria) que apontava o Egito como uma das suas prováveis origens, e que recebera no começo do século passado, a partir de um levantamento efetuado por Charles Bernardim, 18 opiniões favoráveis para as origens egípcias, entre 39 diferentes opiniões colhidas, não era tão isenta de fantasias como outras tantas. Mas, os assuntos voltam, conforme um comentário que fiz num trabalho anterior. Há ângulos diferentes de abordagem, há perguntas novas que surgem, e há informações que vamos adquirindo em nossas leituras que fazem com que forçosamente ou urgentemente, revisitemos assuntos passados, e até pelo fato de que sempre achamos que é possível acender novas luzes. Não faz muito tempo que comecei a estabelecer novas conexões, que foram surgindo entre uma leitura e outra, entre alguns personagens da história dos hebreus, bíblicos, portanto, e as suas ligações aparentemente bem entrelaçadas com o Egito, um lugar e um povo sabidamente com uma história tão caudalosa como o próprio Nilo. E fruto ainda, dessas leituras instigantes que estou sempre http://liberdadeeamorcassia.mvu.com.br/site/maconaria­e­sua­origem­egipcia/oyvYuF6DF6A­3/nta.aspx

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fazendo, logo, logo, conexões, sinapses, uma profusão de perguntas começam a pipocar deixando­me inquieto. Hora de montar o quebra­cabeça. Tenho comigo que o grande motivo que me levou para o presente trabalho foi a descoberta e a leitura do verbete MISTÉRIOS JUDAICOS, no “Dicionário Maçônico” do Irmão Joaquim Gervásio de Figueiredo, onde, na sequência do mesmo havia uma frase que por ter me parecido um tanto hieroglífica, achei que tinha de decifrá­la. A frase é a seguinte: “Os ritos e os símbolos maçônicos atuais tiveram origem egípcia, porém, a maioria deles nos chegou através dos judeus”. O presente trabalho tem então, como objetivo principal, esmiuçar na medida do possível (o material literário disponível em português, e ele nunca existe na proporção aquela que ansiamos encontrar) sobre os Mistérios Judaicos, apontar as conexões entre o Egito antigo e alguns personagens da história de Israel, e ainda acompanhando a evolução natural do assunto, detectar a partir de que momento e como se deu a absorção disso tudo pela Maçonaria. O trabalho serve de um complemento ao outro anterior, mencionado como pertencente ao meu primeiro livro, trabalho esse que se intitulava “Questões Controvertidas sobre as Origens da Maçonaria: a Origem Egípcia seria uma Invenção dos Cultores do Esoterismo, ou um Produto da Egiptomania?” Personagens bíblicos iniciados em mistérios egípcios, a tradição e a religião egípcia, e uma ponte judaica que leva até a Maçonaria... Será que foi assim? Na verdade, é um campo vastíssimo para estudos, e com muitos desdobramentos. A título de ilustração, ou para mostrar sucintamente a dimensão que isso poderia tomar, em se fazendo um mapeamento completo do assunto, podemos dizer que existem algumas semelhanças ou conexões envolvendo ainda a religião egípcia e alguns dos ensinamentos cristãos contidos na Bíblia, o que até convergiria de certa forma em relação ao que estamos tratando, pois, essas semelhanças ou influências acabaram chegando também por uma via judaica. Dá para supor então, que tanto os primeiros cristãos (quando ainda eram considerados uma seita judaica.), como os próprios adeptos da religião judaica, com o tempo, absorveram ou adaptaram ou se utilizaram dos preceitos oriundos da religião egípcia. E foi assim como tudo começou, podendo, de antemão, dizer que este trabalho também não irá esgotar o assunto, longe disso, pois, sempre acabam surgindo novas inquirições, dúvidas... Os antigos hebreus construíram algumas “pontes” que levavam ao Egito. Vamos mostrar algumas, com a devida cautela, assim como em que pode ter redundado isso tudo, até particularmente na questão dos mistérios judaicos possuírem uma origem egípcia. Com certeza, haverá muita pesquisa ainda pela frente, para quem se habilite em dar uma continuidade. EXCERTOS DE UMA NOTA INTRODUTÓRIA Das mais variadas fontes, vou retirando as informações que penso serem fundamentais para dar sustentação à construção que tem início a partir de agora. De um livro chamado “Ensaio sobre a Investigação Filosófica na Maçonaria”, cujo autor não é maçom e se chama Fábio Gardenal Inácio, retiro dois importantes trechos, que vão ajudar bastante no todo. O primeiro trecho diz assim: “Quando estudamos a origem da Maçonaria encontramos duas portas abertas à nossa frente: uma escancarada e outra semicerrada. A porta escancarada diz respeito às estórias sobre a Maçonaria e a porta semicerrada se refere à história da Maçonaria. Existem muitas histórias publicadas a respeito da origem da Maçonaria e há uma escassez muito grande de histórias autorizadas ou reconhecidas como verazes. Talvez este fato seja resultado de que alguns maçons ou simpatizantes tenham um senso de preciosismo exacerbado com relação à Maçonaria e para mostrá­la como algo sublime, maquia sua origem verdadeira com mitos para que ela se apresente mais misteriosa e eletiva do que é.” O segundo trecho pertencente ao autor é exatamente sobre um dos mitos a respeito da origem da Maçonaria, o que ele designou como “Mito da herança dos mistérios antigos”, e que diz o seguinte: “Esta é uma das preferidas de certa panela de ‘historiadores’ maçônicos. Consiste em afirmar que dentre todas as ordens iniciáticas e misteriosas da Antiguidade a Maçonaria não só seria a sua continuadora, mas a síntese de todas elas. Estes cultos iniciáticos eram compostos pelos mistérios de Orfeu, de Ceres­Deméter, de Mitra, egípcios, célticos e orientais em geral. Alegam que num dado momento histórico todas elas se amalgamaram numa só, mais oculta do que nunca, para conseguirem a tão almejada sobrevivência e manutenção de seus mistérios”. É justo que tenhamos inseridas ao longo do trabalho o maior número possível de opiniões, baseados naquele princípio que diz sobre não haver uma verdade absoluta. MISTÉRIOS JUDAICOS, HEBRAICOS OU JUDEUS? Como já havia mencionado acima, “Mistérios Judaicos” é um verbete: MISTÉRIOS JUDAICOS. http://liberdadeeamorcassia.mvu.com.br/site/maconaria­e­sua­origem­egipcia/oyvYuF6DF6A­3/nta.aspx

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Como já havia mencionado acima, “Mistérios Judaicos” é um verbete: MISTÉRIOS JUDAICOS. 1 – Origem egípcia e influência judaica. Os ritos e símbolos maçônicos atuais tiveram origem egípcia, porém a maioria deles nos chegou através dos judeus. Por isso a tradição dos Mistérios Judaicos e os segredos egípcios sob forma judaica são os que predominam nas cerimônias maçônicas. Conquanto parte das tradições preservadas no Antigo Testamento se baseie em fatos, é inegável que muitas de suas descrições foram exageradas pelo colorido nacionalista judaico. Além disso, as escrituras judaicas de nosso conhecimento foram inteiramente reescritas por sacerdotes judeus depois do seu retorno do cativeiro de 70 anos em Babilônia, e esses escritores aureolaram suas descrições de uma moldura toda romântica. 2 ­ A emigração hebraica. Durante seus 430 anos de permanência no Egito (Gen. 15:13), certos hebreus foram iniciados em alguns Mistérios daquela nação. Entre esses estavam Moisés, de quem se disse mais tarde: ‘Foi instruído em toda a sabedoria dos egípcios, e era poderoso em palavras e obras.’ (Atos 7:22). Parece ter sido o legislador hebreu o real fundador dos Mistérios Judaicos, pois, segundo a tradição, ele introduziu ali a sucessão dos MM. II., que recebera dos sacerdotes egípcios. Durante sua peregrinação ao abandonar o Egito, os hebreus usavam uma tenda para a celebração de seus Mistérios, conservada na tradição hebraica como o tabernáculo. (Êxo., Caps.26 e 36). Em essência trabalhavam ali com os rituais, e continuaram a usar o tabernáculo para a prática de seu culto até a edificação do templo sobre o monte Moriah, em Jerusalém, por Salomão, que também se casara com uma filha do faraó do Egito (I. Reis 3:1). Os utensílios empregados no serviço divino do templo foram os mesmos até então usados no tabernáculo, e as lendas e fatos egípcios foram perpetuados, porém, sob denominações e costumes judaicos. O Irmão João Ivo Girardi, em seu “Vade Mécum Maçônico” utiliza no verbete “hebraicos” ao invés de “judaicos”. Diz o seguinte: “MISTÉRIOS HEBRAICOS: 1. Origem egípcia e influência hebraica. Os ritos e símbolos maçônicos atuais tiveram origem egípcia,

porém, a maioria deles nos chegou através dos judeus. Por isso a tradição dos Mistérios Judaicos e os segredos egípcios sob a forma judaica são os que predominam nas cerimônias maçônicas. 2. A Maçonaria está indiscutivelmente misturada aos Ritos, Cerimônias e tradições do culto hebreu’. 3. Temos como exemplos maiores da sua influência na Maçonaria: a lenda da Construção do Templo de Salomão e a Lenda de Hiram Abif. O Irmão Wagner Veneziani Costa, em seu livro “Maçonaria Escola de Mistérios”, fala em Mistérios dos Judeus, onde podemos ler: “Chegamos aos Mistérios dos Judeus, que, ainda que menos célebres do que aqueles que os precederam, não são menos interessantes para se conhecer, porque eles tiveram a vantagem de sobreviver aos seus predecessores; e vários eruditos pensaram que os Mistérios dos Judeus foram a fonte das maçonarias modernas. (grifo meu) Os iniciados de Israel se denominavam essênios.” No livro de C.W. Leadbeater, “Pequena História da Maçonaria”, à pág. 106, temos: “(...) Mistérios Judaicos, cuja tradição foi levada para Roma, donde, através dos Colégios, se transmitiu às corporações medievais, para surgir finalmente no século XVIII, nos rituais especulativos dos graus operativos, no Santo Arco Real, no grau de Mestre Marco Maçom, e nos outros emblemas e cerimônias que foram incorporados a certos graus subsidiários, simbólicos em sua época, pertencentes à antiga convenção. Os Mistérios Judaicos são a fonte da atual tradição, pois os três graus operativos constituem, como sempre constituíram a base de todo o sistema de iniciações maçônicas, já que entesouram as relíquias dos Mistérios menores e maiores do Egito, que só se podem denominar graus em sua forma original.” C. W. LEADBEATER (1847–1934). A essência do que foi exposto acima é Leadbeater. Mas, quem foi Leadbeater? Foi um clérigo da Igreja Anglicana, teósofo, franco­maçom e escritor. Interessado em fenômenos psíquicos, em 1884 renunciou as suas ordens eclesiásticas e partiu para a Índia, depois de haver ingressado na Ordem Teosófica. Lá fixou residência. Realizou pesquisas, ministrou palestras, viajou por muitos países, escreveu inúmeros livros espiritualistas. Na Maçonaria, ligamos bastante o seu nome às escolas ou tendências por ele criadas com o objetivo maior de explicar as origens da Maçonaria. Há passagens da sua vida que carecem de maiores esclarecimentos até hoje. É um personagem um tanto que contraditório, pois, tem seus seguidores, mas, tem também muitos críticos. A questão de se intitular clarividente, e de muitos dos seus escritos estarem fundamentados neste tipo de prática, no entender de muito, depõem contra, até pelo fato de que errou bastante em muitas dos seus “achados” psíquicos. Sem dúvida, faz muita falta uma biografia sua que seja completa e definitiva, e que venha para aclarar todas as lacunas existentes. http://liberdadeeamorcassia.mvu.com.br/site/maconaria­e­sua­origem­egipcia/oyvYuF6DF6A­3/nta.aspx

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ESCLARECIMENTOS ÚTEIS SOBRE AS ACEPÇÕES: “HEBRAICA” E “JUDAICA” Sempre que se apresentam situações, do tipo onde aparecem as acepções “hebraico” e “judaico”, como a que se pode detectar logo acima com relação aos mistérios, eu aproveito para esclarecer o seguinte: existem várias derivações para a palavra “hebreu” de parte dos eruditos, e uma delas se refere ao que seja proveniente de Éber, neto de Sem e antepassado de Abraão. A palavra significa “d’além”’, “do outro lado”, e podemos dizer, da qual Héber, também é um derivado. Há aqueles que defendem uma versão sobre os povos que vieram “do outro lado”, aqui subentendendo­se de algum grande rio, a exemplo do Tigre ou do Eufrates. Depois da descoberta dos tabletes de Tell el­Amarna, aos hebreus tem sido estabelecidas ligações com os povos “habiru”, que seriam de raça semita, e de onde, um dos ramos, teria chegado à Palestina. Ainda, é atribuída a versão de que os hebreus eram um ramo arameu dos semitas que desceram até a Palestina, e tornaram­se o povo de Israel. O vocábulo “judeu” (yehudim) não começou a ser usado antes do cativeiro na Babilônia, somente a partir dali. Após a queda de Jerusalém, no ano 70 D.C. é que “povo judeu” ficou sendo um termo genérico para quando são feitas referências aos “hebreus”. A partir daí “judeus” e “israelitas” passaram a ser sinônimos. CAMINHOS QUE SE CRUZAM: EGITO E ISRAEL Quantas vezes os caminhos desses dois povos se cruzaram, os hebreus e os egípcios? A Bíblia, nessa questão, continua sendo a nossa maior fonte. Podemos enumerar várias dessas situações entre aquelas mais conhecidas, claro, outras tantas foram engolidas pelas areias do deserto. A história começa lá em 1730 a.C. aproximadamente, com José filho de Jacó, que foi vendido por seus irmãos para mercadores de escravos, e que acabou indo parar no Egito, lugar onde chegou a ocupar o cargo de primeiro ministro na corte do faraó. Temos a história de Moisés, que foi adotado pela filha do faraó e que muito tempo transcorrido depois, foi elevado a uma alta posição na corte real. Salomão envolveu­se com o Egito, e inclusive teve como uma das suas esposas, uma filha do faraó. Isso foi durante o período da XXIª Dinastia no Egito. Jeroboão, filho de Nebate, que tornou­se um refugiado político no Egito. Após a morte de Salomão retornou e encabeçou a divisão de Israel em dois reinos. Isso foi durante a XXIIª Dinastia. Há muito outros episódios menores, todos descritos na Bíblia. Além de que, há outros tipos de ligações, envolvendo até mesmo peças literárias que são parecidas nos escritos dos egípcios e nos escritos doshebreus. Há similaridades apontadas pelos eruditos entre a literatura de sabedoria do faraó Amenenope e alguns dos provérbios da Bíblia, o que pode sugerir uma espécie de assimilação de alguns aspectos da cultura egípcia pelos hebreus. No “Hino a Aten”, de autoria de Aquenaton, alguns dos pensamentos ali contidos são similares aos do Salmo 104. Alguns “salmos penitenciais” de uso dos construtores de necrópoles tebanos da XIXª Dinastia são muito semelhantes às passagens bíblicas, como a do Salmo 51. A título de ilustração, até existe outro episódio: aquele que trata da ida de outro José, marido de Maria, pais de um menino chamado Jesus, ao Egito. OSÍRIS E ÍSIS: O FIO QUE UNE A lenda de Osíris e Ísis possui origens na religião egípcia, tem ecos no Judaísmo e no Cristianismo, assim como, na Maçonaria. Vejamos um pouco do que foi possível pesquisar, começando com o disposto pelo Irmão Theobaldo Varoli Filho: “No grau de Mestre há, porém, uma lenda exclusivamente maçônica e exigida, por um dos ‘landmarks’, como condição de regularidade do simbolismo. Trata­se da lenda do suposto assassinato de Hirão Abi, uma estória­síntese construída pela Maçonaria com o propósito de inspirar e relembrar para sempre conhecimentos morais e filosóficos, inclusive o de imperecibilidade e ressurreição, sob novos aspectos, das ‘ideias­mestras e básicas’ e da ‘Essência’. A lenda constitui, também, a síntese de outras lendas que se contaram através dos tempos, como, por exemplo, a da morte de Osíris.” Agora, vejamos o que escreveu o Professor Roberto Mirabelli: “Começarei escrevendo sobre o casal de deuses Osíris e Ísis. Osíris morreu e foi ressuscitado (como diz a lenda), seu filho Horus, foi concebido (gerado), quando Osíris estava morto (o espírito de Osíris fecundou Ísis). Não podemos negar alguma semelhança com a história bíblica do nascimento de Jesus, o contexto é praticamente o mesmo, a fecundação realizada de modo anormal, ou seja, um espírito divino participou do nascimento de Horus, filho do deus Osíris e Jesus, filho do próprio criador, na visão cristã.” A TRADIÇÃO INVENTADA E OUTRAS TEORIAS Essa teoria, que já citei também em meu livro, e à qual retorno, pela sua importância quando a temática é desta natureza, merece ser aqui revisitada. Há um artigo muito interessante de autoria do Irmão Rodrigo http://liberdadeeamorcassia.mvu.com.br/site/maconaria­e­sua­origem­egipcia/oyvYuF6DF6A­3/nta.aspx

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Otávio da Silva, onde conforme o exposto, se “discute brevemente os usos e reusos do Egito antigo na produção intelectual da Maçonaria brasileira...”. O Irmão Rodrigo Otávio da Silva atribui ao amálgama de duas escolas criadas por Leadbeater, a Escola Mística e a Escola Oculta (e que ele simplifica para “vertente esotérica ou espiritualista”), e ao seu contingente de seguidores, uma das razões que podem ajudar a explicar a fascinação existente por aquela civilização antiga. Os seus seguidores no Brasil conservam a cuidada preocupação através das suas reflexões filosóficas e dos seus textos, de estabelecerem uma verdadeira de gama de conexões encaminhando àquela civilização. O material pesquisado pelo Irmão Rodrigo, de onde ele pôde apurar o resultado disso tudo, está concentrado na Coleção Biblioteca do Maçom (1989­2001), da revista “A Trolha”. Também, no entendimento do Irmão Rodrigo, é da vertente chamada espiritualista, que emerge toda a paixão que tem sido demonstrada pelo Egito antigo, mas, há uma ressalva para a qual ele vem alertar, a de que o Egito esse está um tanto longe daquele que é descrito pela Egiptologia, pois, conforme as evidências encontradas, esse faz parte de um universo mítico e fabuloso, além de conservar outra característica bem marcante por parte dos escritores: as conotações com personagens pertencentes às escrituras Sagradas. Ainda conforme o Irmão Rodrigo, a matriz intelectual que dá sustentação a esses argumentos seria o orientalismo de base esotérica, representado pela Madame Blavatsky e outros tantos personagens do século XIX, adeptos da Teosofia e cujas idéias foram aproveitadas pela corrente espiritualista. No caso, poderiam ser citados Henry Steel Olcott, C.W. Leadbeater, etc. Aliás, pode ocorrer também, no que tange à propagação da ideia de que as raízes da Maçonaria estão no Egito, aquilo que o grande historiador Edward Said chamou de “repetição por extrato”, ou seja, ideias que vão se auto­reproduzindo, pois, elas vão sendo passadas anonimamente, importando mesmo é que estejam lá para serem repetidas, ecoadas e assim por diante. O Irmão Rodrigo centrou a questão dessa apropriação do Egito antigo, digamos assim, na obra do maçonólogo Paulo Sérgio R. Carvalho, retirando dali alguns exemplos para ilustrar o seu artigo, mas, isso não isenta outros autores como possuidores dessas mesmas características. O Irmão Xico Trolha, à época em que foi lançado o livro do Irmão Paulo Sérgio Rodrigues Carvalho, escreveu a apresentação do mesmo. Manifestou ser um adepto da Maçonaria autêntica, que o livro era de cunho esoterista, que ele combatia Leadbeater, Ragon, Jorge Adoun e outros teósofos, mas que era um editor e que como tal sentia­se na obrigação de atender os apreciadores das outras correntes maçônicas. O que é um belo gesto, revela o caráter do verdadeiro Maçom, e tem a ver com aquilo que já falamos sobre a verdade. O presente trabalho tem como objetivo principal, coletar informações sobre a veracidade ou não de uma herança dos mistérios egípcios, nos quais alguns hebreus foram iniciados, com ressonância nos mistérios judaicos, e além do mais, onde isso se encaixa exatamente na herança da Maçonaria. Até o momento, só temos a linha esoterista, o que é muito pouco para atestar qualquer coisa como sendo verdade. O que nos dá o entendimento sobre o porquê, pelo menos, de citarmos bastante Leadbeater. Essas questões não deixam de ser delicadas, e às vezes, o intuito é aquele somente de substituir um tijolo que não estava bem colocado, mas, sem que esperássemos, a parede inteira começa a correr o risco de cair. O Irmão Ambrósio Peters, ao dar início a um artigo seu que se intitulava “Forjicações Históricas”, escreveu o seguinte parágrafo, que tem muito a ver com o que estamos tratando aqui: “O homem tem uma tendência generalizada: quanto mais inculto, mais acentuada ela se manifesta, de por sua fé e suas esperanças exatamente naquela alternativa de verdade que não pode ser objeto de confirmação empírica, desde que contenha algum componente de mistério e venha de encontro aos seus desejos inconscientes.” Certamente isso condiz com a opinião do Irmão Xico Trolha, a quem nos referimos logo acima. Além do mais, deve ser levado em consideração que, no campo dos fatos históricos, por exemplo, de tanto que alguns deles foram sendo narrados de boca em boca, acabaram adquirindo um sentido diverso do que era originalmente. Não vamos entrar aqui no terreno bíblico em particular, mas o exemplo serve, pois, quanto do que está registrado na Bíblia, somente foi escrito centenas de anos depois, o que pode indicar que poderia ter sido bem diferente do acontecido realmente. Importa, com base no que foi dito acima, que tenhamos a mente aberta, para absorver o que venha a surgir de novo a título de informações, sem resquícios de radicalismos, o que pode ser traduzido diretamente na linguagem maçônica por tolerância, ou no mínimo, um “estarmos cientes” de que a verdade absoluta não existe. Vou reproduzir, na sequência, um pequeno trecho que integra o artigo que escrevi no livro, pois também servirá de reforço, ao que já foi destacado há pouco: “Cito aqui, como complemento, a provocativa afirmação de parte de Hobsbawn na introdução do seu volume de ensaios intitulado ‘A Invenção das Tradições’, de que http://liberdadeeamorcassia.mvu.com.br/site/maconaria­e­sua­origem­egipcia/oyvYuF6DF6A­3/nta.aspx

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as tradições ‘que parecem ou se apresentam como antigas são muitas vezes bastante recentes em suas origens, e algumas vezes são inventadas.’ Não queremos com isso, afirmar que todas as tradições são invariavelmente inventadas.” CONSIDERAÇÕES DE AMBRÓSIO PETERS E JOSÉ CASTELLANI SOBRE AS PIRÂMIDES DO EGITO Vamos começar com o Irmão Ambrósio Peters, em algumas das suas considerações sobre as Pirâmides e o Egito: “As grandes e as mais conhecidas pirâmides do Egito, as de Quéops, Quéfren e Miquerinos, sempre tiveram, pelos ficcionistas de plantão, sua edificação atribuída a seres extraterrenos, únicos possíveis responsáveis, segundo eles, pela excepcional perfeição das medidas e da orientação astronômica desses monumentos, que não poderiam jamais ser construídos pelos incultos habitantes do Egito. Na realidade, essas pirâmides, como as outras centenas espalhadas, pela margem esquerda do Rio Nilo, não passam de um virtual e bem ordenado amontoado de pedras retangulares, tendo alguns recintos internos em que o trabalho em pedra foi mais aperfeiçoado. Na verdade, essas três grandes pirâmides nem bem niveladas estão.” Agora, vejamos o que disse o Irmão José Castellani, em seu artigo intitulado “A Herança Egípcia na Maçonaria”, e do qual já fizemos uso de um trecho logo após o título deste trabalho: “Esses rápidos traços históricos mostram uma civilização evoluída, propensa a obras monumentais – não só as Pirâmides, mas também os templos e monumentos funerários de Tebas, Carnac e do Vale dos Reis – mas totalmente dominada pela classe religiosa e pela propensão à magia. Devido a isso, é discutível a contribuição egípcia no terreno científico e intelectual, embora alguns eruditos de boa­fé e muitos pseudo­cientistas tenham acreditado perceber, na construção das pirâmides, as provas de conhecimentos geométricos e astronômicos extraordinários. Na realidade, nenhuma verdadeira ciência poderia ter sido concebida por tais espíritos demasiadamente religiosos e empíricos, como, de resto, aconteceu com todo o Oriente antigo, permanecendo com os gregos o galardão de terem chegado à ciência pura, teórica e desinteressada, pela total desvinculação das práticas de magia e das pressões de uma sociedade teocrática.” E mais adiante: “Em relação à Maçonaria, autores ocultistas ou mistificadores, tomam, como base de suas teorias, a Grande Pirâmide, indo contra a conclusão histórica de que ela seria um monumento funerário e afirmando que a sua finalidade era abrigar membros de ordens iniciáticas secretas. A Grande Pirâmide, esse enorme monumento de pedras superpostas, tem, na realidade, muito pouco espaço vazio, ou seja: a Câmara do Rei, uma sala de 50 metros quadrados; a Câmara da Rainha, no corpo da pirâmide e menor do que a do rei. A Grande Galeria, um corredor de acesso à Câmara do Rei; condutos de ventilação e, ainda, uma câmara subterrânea, fora do corpo da pirâmide.” COMENTÁRIOS: As considerações emitidas por parte desses renomados e estudiosos Irmãos servem para analisarmos melhor o papel das escolas criadas por Leadbeater, e do que vem asseverar algumas delas, principalmente as da vertente esotérica ou espiritualista, pois, como podemos auferir do trabalho do Irmão Rodrigo Otávio da Silva, a pirâmide de Quéops, por exemplo, é tida por esses “espiritualistas” como base para teorias ocultistas sobre as origens da Maçonaria, assim como servindo para os ritos iniciáticos que nela eram realizados pelos altos sacerdotes egípcios. Com certeza, nem todos os estudiosos Maçons comungam da mesma ideia naquilo que se refere às finalidades das pirâmides, conforme pudemos ver nas opiniões emitidas por parte dos Irmãos Peters e Castellani. No livro do Irmão Paulo Sérgio Rodrigues Carvalho, há um escrito da lavra de Leadbeater, do qual transcrevo um parágrafo e que diz assim: “Os Egípcios praticavam a Iniciação na Grande Pirâmide (Gizé ou Quéops). Este monumento maravilhoso jamais foi tumba de Faraó, como pretendem demonstrar alguns sábios. A Grande Pirâmide é fidelíssima cópia do corpo humano e podemos dizer, simbolicamente, que é a tumba do Deus íntimo que se acha dentro do homem.” OS INICIADOS JUDEUS NOS MISTÉRIOS EGÍPCIOS A primeira pergunta é sobre os personagens bíblicos e judeus, a exemplo de Moisés, Salomão, e onde consta que foram iniciados nos mistérios egípcios. Estaria aí uma parte da explicação para “origem egípcia e influência judaica”, na Maçonaria, ou devemos aceitar isso com extrema cautela, em considerando as opiniões que acabamos de ler, e que não são de estudiosos adeptos da corrente espiritualista? Embora saibamos que vários autores dão como certas as iniciações de alguns personagens bíblicos, a exemplo de Moisés e de Salomão, verdadeiros pilares da formação do povo judeu, não teríamos como não questionarmos sobre a realidade disso tudo. Vejamos este outro trecho do livro de C.W.Leadbeater: “É nos mistérios Egípcios que se encontra o protótipo de toda esta riqueza do simbolismo; ali se estudavam as http://liberdadeeamorcassia.mvu.com.br/site/maconaria­e­sua­origem­egipcia/oyvYuF6DF6A­3/nta.aspx

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medidas da grande pirâmide como emblemáticas das proporções do universo, e se encontravam vastos cabedais de conhecimentos ocultos e astronômicos. Os judeus aplicavam o que conheciam do sistema egípcio ao templo do rei Salomão, refletindo a sabedoria do Egito através do prisma de seu ardente e poético temperamento. Uma parte dessa sabedoria passou para a literatura escrita e exotérica, e outra parte para as Lojas secretas da Maçonaria.” MOISÉS “Moisés foi um sacerdote iniciado, versado em todos os mistérios e conhecimentos ocultos dos templos egípcios e, portanto, inteiramente a par da sabedoria antiga.” (Carvalho, 2000, pág.89) SALOMÃO “Seu nome está ligado a diversos graus da Maçonaria, cuja paternidade alguns lhe atribuem. Mas outros, e com mais razão, o consideram apenas um notável reformador hebreu da tradição dos mistérios egípcios, trazida uns quinhentos anos antes por Moisés, que fora iniciado nos mesmos(Atos 7:22), e foi o verdadeiro fundador dos Mistérios Judaicos, introduzindo­lhes a sucessão sacerdotal que recebera dos hierofantes egípcios. Durante sua longa marcha pelo deserto, Moisés ou seu irmão Aarão celebrou o essencial dos rituais egípcios em sua tenda ou templo portátil, o qual foi preservado na tradição hebraica do tabernáculo, porém em escala e esplendor bem menores.” (Figueiredo, pág.449) COMENTÁRIOS: No “Dicionário de Maçonaria” de Joaquim Gervásio Figueiredo, no verbete ‘Mistérios judaicos ‘, a maior parte do que está escrito ali é proveniente do livro de C.W.Leadbeater, “Pequena História da Maçonaria”. Em alguns tópicos há citações de fontes bíblicas, no entanto, no de número 5, que tem por título “Refundição dos rituais”, acredito que foi calcado em suposições, e um trecho, pelo menos, eu vou reproduzir para que os leitores tirem suas conclusões: “Levantado o Templo, Salomão sentiu que sua obra só estaria completa depois de haver dado forma judaica aos Mistérios que constituíam o âmago da religião de seu povo. O cerimonial herdado na época de Moisés ainda era egípcio, e os iniciados nos Mistérios estavam ainda, simbolicamente, empenhados na construção da grande pirâmide, a Casa de Luz, e na celebração da morte e ressurreição de Osíris. Embora seu Templo não tivesse as câmaras correspondentes de iniciação, Salomão desejava que o mesmo tomasse o lugar da Casa de Luz dos egípcios e se tornasse o centro espiritual dos Mistérios Judaicos. O rei Hiram de Tiro aplaudiu a ideia, tendo ele próprio herdado os ritos iniciatórios que haviam derivado dos Mistérios da Caldeia, cujas principais câmaras de iniciação eram em Babilônia. Pesou também em sua aquiescência o fato de que o centro lhe ficaria mais próximo e em mãos eminentemente amigas. E por isso passou o rei Hiram a cooperar no plano de judaizar os antigos ritos e centralizá­los no Templo de Jerusalém.” CONCLUSÃO Indiscutivelmente algumas pontes foram erigidas naqueles tempos passados entre Israel e o Egito, e vários personagens de destaque, velhos conhecidos nossos através da leitura da Bíblia, acabaram cruzando estas pontes. Alguns, a exemplo de Moisés e Salomão, pela sua importância naquele cenário concernente à solidificação da terra de Israel, são tidos como iniciados nos Mistérios Menores e Maiores do Egito, o que seria a essa altura de difícil comprovação. C.W. Leadbeater é descrito no prólogo do seu livro “Pequena História da Maçonaria”, pelo seu tradutor no Brasil, como sendo “dotado de recursos espirituais e culturas supranormais”, e que, a exemplo de uma história oculta, “o velho Egito, a pátria dos Antigos Mistérios, procurados, recebidos e transmitidos por numerosos Sábios e Iniciados da Antiguidade, também foi o remoto berço da Maçonaria, do qual se irradiou para todos os quadrantes deste planeta.”. O objetivo aqui não é colocar em cheque os trabalhos de Leadbeater, mas seria interessante ter encontrado maiores subsídios para poder atestá­la. Dentre os autores que foram citados, Kevin L. Guest (que em determinados capítulos da sua obra referente ao Templo de Salomão trabalha com um excesso de especulações e suposições), até poderia estar se referindo a Leadbeater, quando diz: “Existiram no passado muitos autores e pesquisadores eminentes que acreditavam que as origens da Maçonaria derivavam do conhecimento sagrado conservado pelos sacerdotes do Antigo Egito; que o mesmo foi transferido para as civilizações da Grécia e de Roma antes de chegar à Grã­Bretanha com as legiões romanas, há dois mil anos.” O que fica realmente colocado em cheque e carecendo ainda de informações num nível mais convincente é a questão da utilidade das pirâmides, onde prevalece em muitos autores a ideia de que eram utilizadas para http://liberdadeeamorcassia.mvu.com.br/site/maconaria­e­sua­origem­egipcia/oyvYuF6DF6A­3/nta.aspx

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servir às iniciações, o que é discutível. Algumas pistas foram reunidas aqui, e tomara que alguma delas sirva para alavancar outros trabalhos. Dimensionarmos a devida importância da civilização egípcia, para o mundo e para entendermos melhor parte dos legados que a Maçonaria recebeu, num momento mais recente, não é tarefa fácil, mas não podemos ficar afetos unicamente às conclusões que são produtos das Escolas Mística e Oculta de Leadbeater, assim como de seus seguidores, quando é preciso fontes mais seguras que possam atestar essas influências. Na literatura judaica, afora o Velho Testamento não temos tantas fontes assim onde possamos estudar essas relações entre o povo hebreu e os egípcios lá na antiguidade. Freud escreveu uma obra interessante “Moisés e o Monoteísmo”, baseado em princípios arquetípicos, sobre um príncipe egípcio que poderia ser o mesmo Moisés bíblico, mas, que no fundo também é uma obra de ficção, assim como, é ficção muito do que C.W. Leadbeater escreveu quando munido das suas antenas clarividentes. É pouco, muito pouco. Sabemos do legado do Egito à Maçonaria, e poderíamos citar, com base no que apontou Castellani, as colunas do pórtico do Templo de Jerusalém, mas que em sua origem eram egípcias, o que num primeiro momento, então, prova que os hebreus imitaram os egípcios. Num segundo momento, a abóbada estrelada, que também tem origem egípcia, tanto que em Luxor ainda hoje pode ser visto este tipo de decoração. E existe a lenda precursora do artífice Hiram Abif, que é a Lenda de Osíris (o Sol) e a de Ísis (a Lua), com origem comprovadamente egípcia. Mas, ainda que unamos as pontas, isso ainda não explicaria tudo, pois, nesse universo, um dos caminhos por onde enveredamos quando estamos imersos em pesquisas, é feito com uma dose muito grande de ficção aceita. FONTES BIBLIOGRÁFICAS: Internet: “A Religião Egípcia e os Ensinamentos Bíblicos” – Artigo de autoria do Professor Roberto Mirabelli. Disponível em: professorrobertomirabelli.blogspot.com/.../religião­egipcia­e­os­ensinam... Revistas: A TROLHA, nº 235. “A Tradição Inventada do Egito Faraônico na Produção Intelectual da Maçonaria Brasileira” – Artigo de autoria do Irmão Rodrigo Otávio da Silva. O PRUMO, nº 87. “Forjicações Históricas” – Artigo do Irmão Ambrósio Peters. Livros: ALVES, José Ronaldo Viega. “Reflexões de Um Bibliotecário Maçom” – Editora Maçônica “A Trolha” Ltda. 1ª Edição 2012 CADERNO DE PESQUISAS 20 “A Herança Egípcia na Maçonaria” – Artigo do Irmão José Castellani – Editora Maçônica “A Trolha” Ltda. 1ª Edição 2003 CARVALHO, Paulo Sérgio Rodrigues. “Mistérios e Misticismo das Iniciações” – Editora Maçônica “A Trolha” Ltda. 2000 CHAMPLIN, R.N. “Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia” Volumes 2 e 3 ­ Editora HAGNOS – 9ª Edição ­ 2008 Costa, Wagner Veneziani. “MAÇONARIA Escola de Mistérios” Madras Editora Ltda. 2006 FIGUEIREDO, Joaquim Gervásio de. “Dicionário de Maçonaria” – Editora Pensamento GEST, Kevin L. “Os Segredos do Templo de Salomão” – Madras Editora ltda. 2009 GIRARDI, João Ivo. “Do Meio­Dia à Meia­Noite Vade­Mécum Maçônico” – Nova Letra Gráfica e Editora Ltda. 2ª Edição 2008 INÁCIO, Fábio Gardenal. “Ensaio sobre a Investigação Filosófica na Maçonaria” – Clube de Autores ­ 2009 LEADBEATER, C.W. “Pequena História da Maçonaria” – Editora Pensamento ­ 1968 VAROLI FILHO, Theobaldo. “Curso de Maçonaria Simbólica” 1° Tomo (Aprendiz) – Editora A GAZETA MAÇÔNICA S.A.

Ir.'. José Ronaldo Viega Alves (http://www.jbnews33.com.br/informativos/JB_News­Informativo_nr_1559.pdf)

http://liberdadeeamorcassia.mvu.com.br/site/maconaria­e­sua­origem­egipcia/oyvYuF6DF6A­3/nta.aspx

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