CAPÍTULO 12 Novo Amanhecer e Nova Vida Sábado de manhã, ao chegar na residência do casal Grossé, descobri que seríamos acompanhados até à igreja por mais dois amigos. Após ser apresentado a eles por Cyril e Cynthia, conversamos um pouco e, como era meu costume, tirei do bolso minha carteira de cigarros e os ofereci a eles, mas eles recusaram com cortesia. Então, pensei que bem poderia ser que os adventistas não fumassem. Poucos momentos depois, ao sairmos da casa, perguntei a Cyril sobre isso. Ele disse que os adventistas são muito conscienciosos no que diz respeito à saúde; não como um meio de obter o favor de Deus, mas no próprio interesse da saúde. As pessoas saudáveis gozam mais a vida. Ele mencionou também que um dos próximos estudos bíblicos teria como assunto o viver saudável, no qual são apresentados os benefícios da abstinência do fumo. Imediatamente, garanti a ele que eu não fumaria na presença dos membros da igreja naquele dia. Então, pensei comigo: “Em que me meti! Como vou fazer isso?” Sentime agradecido, ao mesmo tempo, porque o jovem casal não me disse, logo no início, que eu não deveria fumar. A minha dependência, certamente, me haveria levado a recusar os estudos com eles. Em uma data posterior, ao conversar com Cyril a respeito do fato de que o cigarro de tal forma dominava a minha vida, e que eu, sem dúvida, teria recusado os estudos se eles tivessem trazido o problema à tona, ele disse que, depois que ele e sua esposa oraram a respeito do assunto, eles se sentiram impressionados a tolerarem o meu vício com a intenção de me conduzir primeiro a Cristo. Naquele momento, eu não compreendia que Cyril e Cynthia estavam tentando reconciliar Roger Morneau com o Doador da vida. O Espírito de Deus, porém, os estava dirigindo. Por exemplo, quando prometi, naquela manhã de sábado, que não fumaria na presença dos membros da igreja, ele se alegrou por ver as orações deles respondidas. Antes de me convidarem para ir à igreja com eles, haviam pedido que o Senhor abençoasse minha vida de um modo especial. Eles pediram dois milagres. Primeiro, que eu visse e apreciasse a santidade do sábado bíblico. Se isto acontecesse, então eles me convidariam para ir à igreja junto com eles. Se eu aceitasse o convite, eles o tomariam como sinal de que Deus estava operando um milagre de redenção. E segundo, que Ele tirasse de mim a vontade de fumar. Como Deus respondeu maravilhosamente às orações deles! O pensamento de fumar não entrou em minha mente senão depois das sete horas daquela noite. Então, por duas horas, meu corpo experimentou uma agonia que eu nunca havia sentido antes, levando-me à conclusão de que eu necessitava mesmo de um Salvador – Alguém que realizasse um milagre de amor, removendo o Sr. Nicotina que havia se entronizado em cada fibra de meu corpo. Foi uma linda manhã de sábado, naquele dia de outubro de 1946, em Montreal, Canadá. A natureza se revestia de beleza e de vida, o ar estava fresco, e os lindos raios do Sol, ao atravessarem as árvores, banhavam a terra com milhares de beijos de amor. A cidade parecia estar mais feliz naquele dia e, por todos os lados, era visível a evidência de um Deus amoroso a cuidar de tudo. Tendo na mente alguns versos bíblicos, memorizados recentemente, sobre o sábado da criação, senti que aquele dia tinha um novo significado 70