Departamento de Ciências da Educação Licenciatura em Ensino Básico – 1º Ciclo Disciplina: Estágio 4º Ano/ 1º Semestre Docente: Mestre Helena Paula 2009/2010 Reflexão 6ª semana de estágio 2/11/09
Esta
semana,
como
habitualmente
à
segunda-feira,
falámos
individualmente sobre as experiências de cada um no seu estágio. No seguimento desta conversa, surgiu a palavra conflito, foi então que aproveitamos e falamos um pouco sobre a gestão de conflitos na sala de aula/escola, onde chegamos à conclusão que as palavras punição e castigo, não fazem parte do Movimento Escola Moderna, tendo o professor, na existência de uma situação problemática, de arranjar outra maneira de “castigar” o aluno, como por exemplo colocá-lo num cantinho a reflectir sobre o que fez, por outro lado nós professores, deparamo-nos com pais que vão fazer queixa aos Directores e até mesmo à S.R.E., e logo depois temos a inspecção à perna. Outro aspecto discutido esta semana, foi o conceito de liberdade e libertinagem, onde por vezes se confunde um com o outro, sendo que o primeiro conceito está relacionado com a autonomia e com o respeito pelos outros, o segundo por sua vez está associado ao não cumprimento de regras, e ao desrespeito. Temos ainda de aprender a incutir respeito pelos professores, visto que actualmente é uma profissão dura e muito exposta, onde os pais têm um papel muito activo, quer positiva ou negativamente. Terminada esta discussão, passamos à leitura do texto Uma cultura para o trabalho de projecto, em grupos de 5 alunos, onde depois de retiradas as principais ideias, fizemos a sua apresentação à turma. Dando assim por terminado o assunto trabalho de projecto. Neste texto, como ideias chave, referenciava o facto de nele estar presente uma crítica ao actual modelo educativo e ao formato actual da escola, uma escola massificante. Pretende-se uma escola promotora da cultura, como
1 – Américo Peças, «Uma cultura para o trabalho de projecto», in Escola Moderna, nº6 (5ª série), 1999, pp.56-61.
fonte de activação social para um melhor bem-estar, mais progresso, mais fraternidade, mais equidade nas relações humanas, enquanto que a escola deverá ser uma escola para todos (inclusão) e deverá promover uma educação para a cidadania. Por outro lado vê-se a turma como centralidade do trabalho de aprendizagem na escola, é a esta que cabe regular o trabalho na escola, a planificação, a gestão dos conteúdos assim como a gestão dos espaços e dos recursos, e é na turma que são mais eficazes de instituir os processos de regulação, assentes no contrato, sendo este o centro vital do projecto. Por fim quando falamos de turma, temos de fazer referência a uma outra ideia deixada no texto, que é a ecopedagogia que deverá ser democrática e inclusiva. Para terminar gostaria de fazer referência ao projecto. O projecto segundo Américo Peças, exige sempre uma história e uma identidade. O projecto deve estar sempre relacionado com a partilha, com o aprender, com a orientação, o sentido, a participação e com a cultura. O projecto é ainda 1“o espaço, o tempo e a experiência educativa mais potenciadora da construção de uma personalidade plena”, e é acima de tudo um compromisso social.
Trabalho elaborado por: José João Pereira Fernandes Aluno nº 2074906
1 – Américo Peças, «Uma cultura para o trabalho de projecto», in Escola Moderna, nº6 (5ª série), 1999, pp.56-61.