Jornal de Oleiros - outubro 2014

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"Não há Democracia sem imprensa livre"

de o t i r Dist Branco lo e t s a C

www.jornaldeoleiros.com Director e Fundador: Paulino B. Fernandes Director-Adjunto: José Lagiosa

Ano 6, Nº 38, Outubro de 2014 • Preço: 0,01€ (inclui IVA) • Edição Mensal , aos dias 15 de cada mês

Influente na região do Pinhal Interior Sul, Beira Interior Sul e Cova da Beira Correspondentes fixos em todas as sedes de Concelho do Distrito de Castelo Branco e Freguesias de Oleiros

Pedro Passos Coelho visita Oleiros

José Santos Marques alvo de justa homenagem Na impossibilidade de publicar notícia desenvolvida devido à coincidência das datas, não queremos nem podemos deixar de assinalar a justa homenagem ao Comendador José Santos Marques que foi Presidente dedicado da Câmara de Oleiros a que devotou cerca de 28 anos. Uma vida intensa. Apoiamos claramente justa decisão de o homenagear e aplaudimos. Também na mesma data o Primeiro-Ministro visita o Concelho. É um momento importante e propiciador da recolha de necessidades que Fernando Jorge o actual Presidente não deixará de reivindicar. O Jornal de Oleiros e o seu Director estarão em ambos os acontecimentos (dia 14 de Outubro) e nas edições online e na próxima em papel, faremos as reportagens.

António Costa

é o candidato do PS a Primeiro-Ministro

Vencedor de uma Primárias disputadas entre militantes e simpatizantes, António Costa venceu em toda a linha e apenas a Guarda deu a vitória a António José Seguro que se demitiu de Secretário-Geral. António José Seguro foi vítima de Primárias que convocou ao invés de ter ido para Congresso como seria desejável. Foram os simpatizantes a dar a vitória tão expressiva a António Costa. Novos protagonistas preparam a mudança em curso.

Direcção

Entrevista com António Sequeira

Castelo Branco recebe prova do Nacional de Ralis 30 anos depois

RAMIRO ROQUE - R.R.MUSIC ORGANIZAÇÃO DE EVENTOS

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www.opinhalsomostodosnos.pt

O Hotel Santa Margarida, com 23 quartos e suites, foi inaugurado em Outubro de 2012 e está implantado num dos locais mais emblemáticos de Oleiros. O Restaurante “Callum” está aberto todos os dias, com serviço à carta, sendo possível aos almoços de domingo degustar um dos pratos mais típicos da região, o cabrito estonado. Organizamos refeições para empresas e famílias, para além de comemorações festivas alusivas a baptizados, casamentos ou outros eventos sociais. Entregue-nos a organização da festa e tratamos de tudo por si! O Restaurante Callum, “no Coração do Pinhal”, permite-lhe desfrutar de experiências gastronómicas únicas. Honre-nos com a sua visita! Hotel Santa Margarida Torna-Oleiros 6160-498 Oleiros | Tel: 272 680 010 | Fax: 272 680 019 | http://hotelsantamargarida.pt/pt | http://www.facebook.com/hotel.stamargarida GPS: 39.9157, -7.907

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Jornal de OLEIROS

EDITORIAL

. Homenagem a José Santos Marques Já o dissemos utilizando os diferentes canais que possuímos e outros que podemos mobilizar. Faz-se justiça a um Homem que se dedicou ao Concelho, às gentes do interior. José Santos Marques, foi a primeira pessoa a saber que o Jornal de Oleiros ia nascer após as Eleições autárquicas, durante uma entrevista que efectuei a este Presidente para um outro jornal de que era e sou ainda Director. Fui incentivado a avançar, avancei e nunca fui condicionado, sabendo o Presidente José Marques que não era filiado no Partido a que ele pertencia. Essa é uma marca que devo sublinhar. Preferia que esta homenagem mais que justa não estivesse ligada a outros acontecimentos, pois, a importância deste Homem é bem superior a acon-

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1ª Conferência do Pinhal em Oleiros Realizou-se no passado dia 19 de setembro no auditório da Sociedade Filarmónica Oleirense, a 1ª Conferência do Pinhal, organizada pelo Município de Oleiros e pelo nosso colega do Fundão. A iniciativa mobilizou a participação de quase 200 pessoas - na sua maioria profissionais ligados ao setor florestal - e contou com o patrocínio da Caixa Geral de Depósitos e das Aldeias do Xisto e com o apoio dos Municípios de Castanheira de Pêra, Fundão, Pampilhosa da Serra, Pedrogão Grande, Proença-a-Nova e Sertã. Com um painel de excelência, este foi um acontecimento que se manteve com elevados patamares de interesse do início ao fim, tendo reunido todo o Pinhal em Oleiros. Neste acontecimento intervieram autarcas da região, investigadores e representantes de diversas entidades públicas e privadas. A abrir a sessão estiveram Vasco Pinto Leite (Diretor-Geral do Jornal do Fundão), Fernando Jorge (Presidente da Câmara Municipal de Oleiros), Paulo Fernandes (Presidente das Aldeias do Xisto) e Filipe Ravara (Diretor do Centro de Agro Negócios da Caixa Geral de Depósitos). Na ocasião foram abordados painéis relacionados com o estímulo do Estado aos produtores florestais ou a valorização das potencialidades da floresta

e como oradores, marcaram presença e por ordem das apresentações: 1.º painel - Amândio Torres (ICNF), Ricardo Torres (Grupo Oryzon Energia) e Jorge Paiva (Univ. Coimbra). 2.º painel - Gonçalo Alves (Consultor privado do setor da madeira), Susana Carneiro (Centro Pinus/Portucel

Viana) e Octávio Ferreira (ICNF). Recorde-se que a conferência teve lugar no coração da região do Pinhal, na qual se situa a maior mancha de pinho bravo da Europa e teve o mérito de reunir vários municípios para juntos debaterem os problemas e as potencialidades da floresta – ativo da maior importância para os concelhos envolvidos. Nesse sentido, a moderar os dois painéis estiveram José Brito Dias e João Paulo Catarino, Presidentes das Câmaras Municipais de Pampilhosa da Serra e Proença-a-Nova. A sessão foi encerrada por João Pinho, Vice-presidente do Instituto da Conservação da Natureza e Floresta (ICNF). ■

tecimentos paralelos, mas, estou certo, a população oleirense perceberá isso e fará a distinção. Saúde Comendador, os Votos.

. As Eleições Legislativas vão ser antecipadas

“LAFI" elege Corpos Sociais para 2014-2015

É uma inevitabilidade. O Orçamento de Estado recomenda isso mesmo. O que se vai passando dentro do Governo, as diferenças na Coligação no poder, obrigam a medidas de clarificação. Abril ou Maio seria o ideal. Aguardemos que o Presidente da República defina as datas do que se considera uma certeza.■

Paulino B. Fernandes Director Email: jornaldeoleiros@sapo.pt

A LAFI - Liga de Amigos da Freguesia de Isna, que desenvolve a sua acção em prol da freguesia de Isna, no concelho de Oleiros, elegeu no passado sábado os Corpos Sociais para o biénio 2014-2015. A Assembleia-Geral realizou-se na Casa da Comarca da Sertã, de que é associada, tendo a lista sido eleita por unanimidade.

A Mesa da Assembleia-Geral continua a ser presidida pelo Juiz Desembargador Armindo Ribeiro Luís, sócio nº 1, e o Conselho Fiscal por Hermano Nunes Mendes, sócio nº 11.

A Direcção é agora presidida por Vitor Jorge Ribeiro Esteves, sócio nº 110 da LAFI, sucedendo a João Nuno Reis, sócio nº 75. * O Jornal de Oleiros felicita a nova Direcção e deseja bom trabalho. ■

PAPELARIA JARDIM

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Jornal de OLEIROS

Ano lectivo 2014/2015

Câmara de Oleiros oferece manuais escolares a todos os alunos No dia de abertura do novo ano letivo, o Município de Oleiros procedeu à distribuição dos manuais escolares que serão oferecidos a todos os alunos que frequentam as escolas do concelho, do 1.º ciclo do ensino básico ao ensino secundário, no âmbito do projeto “Oleiros Educa”. A medida está a ser implementada pela primeira vez no concelho e irá beneficiar 330 alunos, traduzindo-se num investimento de aproximadamente 30 mil euros. Esta relevante ação vem aliviar os agregados do concelho de uma das despesas que mais pesam todos os anos no orçamento familiar, nomeadamente no período vulgarmente denominado “regresso às aulas”. Consciente das dificuldades que as famílias atravessam neste momento difícil, a autarquia considera muito importante o investimento efetuado na educação

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Comissão de Melhoramentos da Gaspalha celebrou mais um aniversário www.jorna ldeole

Como todos os anos estivémos com prazer na Gaspalha, para rever Amigos e recordar o Fundador,sempre presente como grande Amigo que foi. O dia foi intenso, aqui deixamos a nossa nota com votos de celebrações contínuas.

Director e

iros.com · “ESPECIAL

Fundador:

Paulino B.

Ano 3, Nº

22, 15 de Setemb

ro de 2012

GASPALHA

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OLEIROS

Fernandes

Jornal de

• Edição Bimest

– Álvaro Oleiros” ral

INFLUENTE NA REGIÃ O DO PINHA L INTERIOR SUL, BEIRA INTERIOR “…E aqueles SUL E COVA que por obras Se vão da lei valorosas, DA BEIRA da morte libertan Cantando espalha do, rei por toda Se tanto me ajudar o engenh a parte, o e a arte …”

em a HomenagRTINS JOSÉ MA ES ND FERNA

Luís Vaz de Camões “Os Nada melhor Lusíadas” do que citar mões, para abordar Ca- continua nalista, o homem o grande regio- Melhora dores da Comissão de desmedidamente que se entregou nhamos mentos da Gaspalha , teà causa pública, e vivamos ao bem estar o ideal a que nos propusem do seu semelhan os e que se homem que te, ao em resume tanto lutou continuar a pela sua terra. sonhos pendenteobra, a erguer os s do José Martins Vou falar-vos e dar início de José Martins aos nossos. Fernandes, Fazê-lo, é honrar do fundado r da missão de Melhoramentos Co- gem por esta vida, a sua passaGaspalha, obra o trabalho que da desenvol que, contra e suspeições ventos nossa veu, é tê-lo presente em de vida, no nosso de outros tantos,alguns e a ajuda coração. Que cada um conseguiu levar transporte o a bom porto. ma de Luís Vou falar-vos Vaz de Camões. poedo homem afinal cada Que que um que o conheceu enorme vontade partiu, com uma de, de verdatenha a dignidad de Era um homem ficar. e de espalhar quem foi namento, muito de fácil relacio- Fernande e o que foi José Martins A nossa região s para a vida, por isso criador comunicativo e terra. para a sua grandes Homensexibe regularmente de muitas amiza. Homens des, tenaz na dos à terra, amantes dedicaSe tal não acontece defesa do seu da mesma, capapois ele bem ideal, no r, se tudo cair zes de tudo esquecimento, sabia fazer como cai a forma e caracteriz que o ideal in- que e construir futuro.para a engrandecer vida o poeta retratou mem. Sem dúvida a a vida do ho- leve, “ José Martins que se desfaz … sonho tão que o ideal, Fernandes foi mastro grande como é o e como les. um deda vida. Sem o fumo se esvai a neve , homem abdica ele o me …”, não Foi um enorme impaciento, da Amigo em todas pois tenho a grandeza humana. sua condição e za horas, mesmo certeque a história as nas piores. O ideal é afi Com ele vivemos fazê-lo, melhor se encarregará de nal o bem que, que ninguém momentos nhecido pela cocionantes e . A par desta inteligência, vimos a capacida emohomenagem apaixona a vontade pela construir, coisa de de hoje nos propusem a que sua em que nos os, é a melhor O nosso amigo posse. mos. inspirahomenag José Martins em que etername nandes sabia Fer- deremos Decidimos nte podisso. prestar esta grande faculdad Aprendeu-o na Gaspalha fazer-lhe, porque foi Homenagem modesta na e que é a vida, que deixou , certos que sacrifícios, nos saber, parte do seu a apreciará como leal e nas barreiras do seu empenho sincera. que lhe amargur surgiram e , das suas Lá onde estiveres que teve de as perante as transpor e , sei que fi também na dificuldades feliz. que se carás glória quando em Lis- troca lhe deparavam. Tudo boa, tudo de Um abraço José si deu, como em de nada. Martins Fernande membro do sindicato Nos moment de que fez s. os fi parte rante anos, Hoje sinto na defesa intransig du- nus do seu último nais e no térmique a sua morte Paulino B. para mim e sonho realizado dos direitos ente que foi foi Fernandes e deveres dos Obrigado por muitos, uma , a colocação nos mostrar, seus grande vida legas das co- trada placas à en- lição de vida. e amigos trabalhad Director que a é uma corrida da povoação ores. dizendo “ Bem Hoje, para mim Fácil é concluir vindo … vencida e fundame que merece ser Martins Fernande e muitos, o José nos vida se pautou, pois, que a sua perante Obrigado”, lembro-m ntalmente, por e de mostrar, que s, não pela integrida mim, não devemos e verticalid de o pedreiro o Henrique Simões e so lado, mas sabemos está ao nos- sistir ade de caráter, dede concretiz Armando …. e sentimos sempre da atento, sempre ar os nossos aquando que “não está longe, ais, com a colocação da ideempenhado, apenas está última outro lado do tantas vezes mas à eira, do podemos desculpa, de que apenas incompr caminho… “. na estrada que placa junto fazer pouco. Hoje, vivendo Comparo parte eendido. liga a Gaspalha a Álvaro, Grande lição o descanso eterno, da sua vida sede da nossa de revendo uma rosa, vida, de a aquilo que freguesia, ter digna essa flor que foi o filme da lho, de abnegação, a raiar trabadito: “termine mesmo depois de maltratad o víncui, o res- sua vida, pressinto o lo da perfeição a, humilhada, to agora é convosco”. José Martins humana, atributos olhar para a amachucada somente Sentimos na lápide nas mãos e próprios da sua última altura deitada a ao chão com de “…gente tem na alma vontade de abandonque por vezes morada e vendo a cruz que vil desprezo o valor e no lá coloca, mesmo assim, ainda Celebraremos ar tudo era já da, aquela “ cruz corpo o sua companh vigor…”, de deixa na mão em CAMBA “ que, como gente eira, Esplanada do um demais, fume mas que S, peros na ao invés de se liberta da que se espelha transportou fugir, correu Slide, com um durante a sua “… lei da morte …”, e invade coaté às ultimas ma extraord prograrações e deixa atrás do que forças, vida, querer emendar-nos sabemos, o esquecim que é como inário. irrequietos procurava. assim: os mais atribulados. Aguardamos ento. Hoje sinto São assim os pelos Amigos. que não teve grandes para homens. “Coloquem-no forças realizar todos Descanse em os seus sonhos, É necessári no principio s a cruz Paz, Amigo. mas sei que o que também da vida … nós, um derrotad jamais se considerou E a luz da estrela, o. Coruche, 15 de No Fim… Agosto de 2012

EDITORIAL

Dia 15 de Outu bro entramos no 4º ano de vida

PF

João Freire

e ação social escolar e nesse sentido, no ano letivo de 2014/15 irá investir um total de mais de meio milhão de euros, de forma a proporcionar boas condições aos alunos e agentes educativos. Com uma população escolar de 372 alunos, este investimento traduz-se em transportes, refeições,

manuais escolares, residência de estudantes, apoio para material escolar, prolongamentos de horário e ocupação de tempos livre e apoio a alunos com necessidades educativas escolares, custos com o pessoal, água, aquecimento, eletricidade e outros projetos em curso. ■

“1ª Festa das Vindimas e 46º Aniversário da fundação da Liga de Álvaro A Liga Regional "Os Unidos da Freguesia de Álvaro", sócio colectivo da Casa da Comarca da Sertã que desenvolve a sua acção em prol dessa freguesia do município de Oleiros, realizou, no dia 21 de Setembro, a 1ª edição da Festa das Vindimas. A iniciativa incluiu um almoço no Restaurante "Olhar o Zezere", que reuniu 130 convivas, entre sócios, familiares e amigos e no qual marcaram presença, nomeadamente, o Vereador Paulo Urbano, da Câmara Municipal de Oleiros, o Presidente da Junta de Freguesia de Álvaro e o Provedor da Santa Casa da Misericórdia de Álvaro, tendo a Casa da Comarca da Sertã sido representada pelo Presidente da Direcção. O almoço contou ainda com a presença de representantes da Liga dos Amigos da Freguesia da Amieira, da Liga dos Amigos da Freguesia de Isna, da União Regional da Freguesia do Sobral, do Grupo de Amigos da Freguesia da Madeirã e da Comissão de Melhoramentos da Gaspalha. Após o almoço seguiu-se um baile, com animação a cargo do acordeonista Gonçalo Barata, sócio da Casa da Comarca da Sertã com raízes familiares na freguesia de Álvaro. Na ocasião foram também assinalados os 46 anos da fundação da Liga Regional "Os Unidos da Freguesia de Álvaro", tendo o bolo de aniversário sido produzido pelo Hotel de Santa Margarida. No final realizou-se um sorteio, em resultado do qual foram entre-

Aos Amigos Assinantes gues diversos prémios. O 1º prémio foi uma noite de alojamento para duas pessoas na Casa dos Hospitalários, oferta do sócio José Antunes Dias, tendo o 2º prémio sido um cabaz oferecido pelos Talhos Simões. O livro "Vilar dos Condes - A terra e as suas gentes", da au-

toria de Alda Barata Salgueiro foi o 3º prémio, tendo o 4º prémio, um conjunto de 5 tropeços em cortiça, sido oferecido por João Antunes Mendes, da Gaspalha. Para 5º e último prémio, foram sorteados 2 cds de música popular portuguesa de Gonçalo Barata.” ■

. Imprensa livre, sobrevive com apoio de assinantes Com a entrada no 6º ano de vida, decidimos enviar esta nota lembrando a necessidade de colocar as assinaturas em dia. É indispensável. Durante estes anos decidimos não cortar assinaturas. Procuraremos nunca o fazer. Mas, aos que podem ajudar, solicitamos contribuam com o valor da assinatura. É importante. Neste jornal encontram a ficha com as indicações sobre como proceder. A Direcção


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Santa Casa da Misericórdia de Álvaro O Provedor da Santa Casa, António Correia concluiu já a CASA das TÍLIAS que está pronta a funcionar e aumenta a oferta de camas na região. Aproveitando o antigo edifício do Centro de Saúde, António Correia consegue ter assim aquilo que se espera seja uma fonte de receita para apoiar a Santa Casa. Com 2 quartos devidamente equipados, sala, cozinha e wc's, oferece condições ímpares a quem quer beneficiar do paraíso que é Álvaro. O preço de 25 euros quarto/noite sugere sucesso que desejamos. Da visita que efectuámos apresentamos algumas fotos e enviamos um abraço ao Provedor Amigo de parabéns. ■

8.ª Mostra do Medronho e da Castanha já tem data marcada

António Correia

A 8.ª edição da Mostra do Medronho e da Castanha, iniciativa do Município de Oleiros, já tem data marcada e nos dias 1 e 2 de novembro todos os caminhos vão dar àquela vila do Pinhal. Mostra gastronómica e de produtos locais, passeio pedestre ou maratona de BTT, são só alguns dos argumentos que justificam uma visita a Oleiros ■

Executivo de Saint-Doulchard visita Oleiros Nos passados dias 30 de setembro e 1 de outubro, o Município de Oleiros recebeu a visita de uma comitiva do Município de Saint - Doulchard (França), nomeadamente o seu presidente Daniel Bezard, a vice-presidente, vereadoras e o seu chefe de gabinete, os quais vieram acompanhados do presidente do Centre Franco-Portugais – Bourges/Saint Doulchard, o beirão José dos Santos. Nesta primeira e curta visita, a comitiva teve a oportunidade de ficar a conhecer o concelho, infraestruturas municipais e algumas colectividades e empresas. É neste cantão situado no cen-

tro de França que reside uma significativa comunidade de Oleirenses, facto que aproxima os dois territórios. Saint-Doulchard com apenas 24,01 Km2,

tem cerca de 10.000 habitantes e uma importância económica e empresarial atestada, por exemplo, pela presença da fábrica da Michelin. ■

Prémios de OURO obtidos pela Quinta do Couquinho em 2014

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PROENÇA-A-NOVA

Oficina ensinou a fazer detergentes ecológicos Produtos de limpeza preparados com ingredientes vegetais e minerais Magda Ribeiro

Reduzir o impacto causado no meio ambiente e utilizar produtos mais saudáveis são alguns dos benefícios da escolha de produtos de limpeza ecológicos, que cada vez mais estão disponíveis nas prateleiras dos supermercados. Ensinar a produzi-los em casa foi o objeti-

vo da oficina “Sabão natural e detergentes ecológicos”, promovida pelo Centro Ciência Viva da Floresta, em que foram apresentadas diversas receitas. A formadora, Sílvia da Floresta, referiu que estes produtos são igualmente eficazes quando falamos de higiene, desde que sejam respeitados os protocolos de produção e conselhos de utilização. Os detergentes convencionais usam matérias-primas não reno-

váveis, como o petróleo e seus derivados, fosfatos, lixívia, branqueadores, corantes, perfumes, tensioativos e outros ingredientes que contaminam os recursos hídricos. A ciência tem chamado a atenção para o impacto dos fosfatos no crescimento rápido e desordenado das algas, esgotando o oxigénio presente na água. Alguns gases libertados por produtos de limpeza mais agressivos podem, por outro lado, contribuir para do-

enças como a asma ou o cancro. Os produtos ecológicos são feitos a partir de matérias-primas vegetais e minerais, tendo em vista a redução de contaminações e o impacto na nossa saúde. Além da preocupação ambiental, recorre-se a materiais mais baratos, mais disponíveis e renováveis. É o caso de plantas como o limão, eucalipto, óleos vegetais, ervas aromáticas, bicarbonato de sódio, vinagre e outros.

A opção por produtos mais “verdes” ajuda a proteger a saúde e a natureza, por isso na compara de detergentes ecológicos deve verificar-se o rótulo e confirmar se possuem algum tipo de certificação independente. Na produção, é indispensável cumprir rigorosamente os protocolos e as regras de utilização. ■ Victor Bairrada – Coordenador do CCVFloresta

Meia centena de propostas no Orçamento Participativo Resultados serão divulgados a 13 de outubro A apresentação de propostas no âmbito do Orçamento Participativo ultrapassou a meia centena e assegurou a representatividade de todas as freguesias. No total, foram 53 as sugestões entregues durante o mês de setembro, número idêntico ao da última edição do orçamento participativo (55 propostas). Após a análise técnica que irá verificar a conformidade com as normas defi-

nidas em regulamento, os resultados serão divulgados no próximo dia 13 de outubro. As áreas “Espaço público e espaço verde” e “Infraestruturas viárias, trânsito e mobilidade” foram as que mereceram maior número de propostas – respetivamente 22% e 20% do total. Também o Desporto (14%), Ação Social e Habitação (9%) e Urbanismo, reabilitação e

requalificação urbana (igualmente 9%) se destacaram no leque de sugestões. Está destinada uma verba global de 150 mil euros para o orçamento participativo, mas cada proposta individualmente considerada não poderá exceder os 30 mil. O regulamento prevê outras limitações, não sendo admitidas sugestões que configurem pedi-

dos de apoio ou venda de serviços, que não sejam tecnicamente exequíveis ou que sejam incompatíveis com planos ou projetos municipais. Deverão ainda ser passíveis de concretização num prazo máximo estimado de 18 meses. O regulamento permitia a participação de todos os cidadãos com 16 ou mais anos e além de resi-

dentes todos os que se relacionem com o Município, sejam trabalhadores, empresários com atividade a nível local ou representantes de associações e outras organizações da sociedade civil. Decorreram também assembleias participativas nas sedes de freguesia, para promover a participação de pessoas com menos acesso a meios de comunicação digitais. ■


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cASTELO BRANCO

Escuderia encerra comemorações do 50ª Aniversário

Nacional de Ralis regressa trinta anos depois a Castelo Branco José Lagiosa

No ano da comemoração do 50º aniversário da Escuderia Castelo Branco e quando 30 anos depois regressa uma prova do calendário nacional de ralis à cidade albicastrense, impunha-se ouvir o atual presidente do Clube, António Sequeira, 49 anos, desde 2011 ao “volante” de uma das mais prestigiadas agremiações da região e do país. *Entrevista conduzida pelo nosso Diretor-adjunto

Jornal de Oleiros (JO) - Ao longo do ano de 2014, tem vindo a comemorar-se os 50 anos da Escuderia Castelo Branco. Nesta reta final o que mais marcou estas comemorações? António Sequeira (AS) - Tudo praticamente. Tem sido um ano muito complicado para nós, em termos de emoções e em termos de trabalho, porque ao querermos comemorar os 50 anos com a dignidade que entendemos que deve ser feito o aniversário da Escuderia, também querendo manter a qualidade e o nível nas provas desportivas e, neste momento, já são muitas para os respetivos campeonatos nacionais: duas Bajas, a de Oleiros/Proença/ Mação, a de Idanha, Campeonato Nacional de Enduro, Rali Cross, campeonato nacional e caiu-nos também em sorte, este ano e felizmente, porque também a procurávamos, um Rali de Campeonato Nacional, escalão maior, 30 anos de termos feito a última prova a contar para esta categoria. São tudo coisas realmente que nos ocupam muito tempo e obrigam-nos a muita dedicação. Quisemos comemorar os 50 anos começando em janeiro, por exemplo, a fazer uma apresentação nacional de todo o calendário, com a presença daqueles que entendemos ser protagonistas da cidade, da região e do desporto onde estamos envolvidos e portanto tivemos aqui o secretário de estado do desporto, entidade máxima do desporto em Portugal, tivemos o presidente da federação de automobilismo e karting, tivemos os deputados eleitos pela nossa região, que connosco, realmente, tentam fazer tudo em prol desta região, tivemos os respetivos presidentes de câmara com quem nós trabalhamos. Foi uma festa que quisemos tornar realidade, para a apresentação do nosso calendário desportivo. Foi necessário também comemorar o dia do aniversário do

Clube, em que juntámos, à mesma mesa, cerca de 650 pessoas, sócios e não sócios da Escuderia Castelo Branco, parceiros, patrocinadores e entidades. Para gerar todo este movimento e conseguir concretizar isto tudo tem sido, realmente, muito trabalhoso além de onerar muito os custos. JO – 30 anos depois, o Nacional de Ralis, volta a Castelo Branco, a 17 e 18 deste mês. Porquê tantos anos de espera? AS – Penso que por vários fatores. Primeiro realmente porque Castelo Branco, entendem algumas pessoas, que não deveria fazer parte deste ciclo do desporto maior dentro dos ralis. Segundo porque é mesmo um campeonato muito apetecível e todos os clubes que têm licença para fazer provas desportivas querem ter e, portanto, imagine a quantidade de solicitações que há para realizar este evento, depois porque Castelo Branco não está na capital de Portugal ou num grande centro. Mas nós entendemos que tínhamos que continuar a trabalhar, esta direção, como as que nos antecederam fizeram e estiveram sempre com esse objetivo. Eu acho que também teve a ver, depois na decisão final, com a mudança do atual presidente da federação, que é uma pessoa consensual e objetiva e que parou para perceber o que é que a Escuderia vale em termos de desporto motorizado e quis, sobretudo, ser justo. Penso que foi por aí que nós conseguimos ter esta atribuição. JO – O centro da cidade vai ser o ponto nevrálgico da prova, em termos de organização. Concretamente onde? AS – O centro nevrálgico é o quê? É realmente todo o coração da prova. Então vamos fazer as verificações administrativas ou seja a verificação aos documentos dos automóveis, dos pilotos e respetivos automóveis, entre o antigo quartel, sediado nas Docas, na parte administrativa e logo no parque S. Bento, é o primeiro parque de estacionamento subterrâneo da Senhora da Piedade a parte técnica, porque poderá, eventualmente, acontecer alguma chuva e nós não queremos arriscar e aí fazemos, a poucos metros da verificação administrativa, a verificação técnica. O secretariado da prova vai permanecer, precisamente, nas instalações que nos foram cedidas, gentilmente, pela Câmara Municipal, para podermos estar no centro da cidade e fornecer o secretariado a todos os elementos que estão na prova. O parque fechado que é aquela zona onde os carros ficam quando não estão a fazer as respetivas provas classificativas, vai ser no conhecido parque do Califa, também no centro da cidade. Vamos fazer o parque de assistência, que é onde é feita alguma alteração, em termos de automóveis e alguma manutenção mecânica, só é permitida dentro desse parque de assistência, vamos fazê-lo no Campo da Feira, porque realmente com as novas obras está muito bonito,

para mim, sem sombra de dúvidas, o parque de assistências com melhores condições a nível nacional, de tudo aquilo que eu tenho visto. Está no meio das pessoas, sem perturbar as pessoas e portanto também vamos ter aí o parque de assistência onde vamos concentrar tudo o que são assistências e com espaço para fazer isso tudo. No capítulo desportivo vamos ter uma dupla passagem por uma Super - especial, na cidade. Foi fácil conseguir autorização da autarquia para que isto fosse possível? AS – Vamos ter a Super – especial, que vai ser a primeira prova de classificação e a última, a abertura e o final do rali, no centro da cidade, na Rotunda Europa. Queremos trazer os automóveis às pessoas, portanto vamos conseguir fazer uma classificativa de 1870 metros sem perturbar uma única habitação. Ninguém fica impedido de chegar a casa, todas as pessoas que moram ali à volta, porque todas as entradas estarão disponíveis para que as pessoas possam fazer a sua vida normal e também apreciar os automóveis, no momento em que lá estiverem. E daí nós dizermos que vamos ocupar o centro da cidade e vamos realmente dar-lhe alguma vida. Não, não foi difícil. Tenho consciência que a autarquia não pode chegar a todo o lado, mas em relação à Escuderia, porque também somos pessoas razoáveis, porque também apresentamos os argumentos pela positiva, o porquê de fazermos as coisas assim, percebeu, precisamen-

ficação, portanto serão oito no total. Um dos grandes objetivos de fazer a 1ª prova especial de classificação dentro da cidade é demonstrar às pessoas que realmente vale a pena depois, no sábado, ir para a estrada e ver a prova. Vamos ter três ou quatro pontos muito interessantes e de espetáculo onde as pessoas podem ver a prova. Temos, se me permite, a zona da Sobreira Formosa que é uma zona espetacular para se ver a prova. Temos ali na freguesia das Sarzedas, zonas também espetaculares, para ver a prova. Temos no Estreito, zonas bonitas. Temos no Alvito da Beira que fica aqui tão perto, junto à praia fluvial, pode-se passar ali o dia e vê-se o rali em duas vertentes com duas passagens porque são duas PECs que vão passar no Alvito da Beira. Temos a Paiágua e a Azenha, tudo zonas de fácil acesso, onde vale a pena ir. Isto é um espetáculo de família, pode-se levar a família, coloquem-se em sentidos e pontos estratégicos de segurança máxima e obviamente vão sentir que podem passar um dia diferente em família. Até porque a meteorologia prevê um dia com alguma nebulosidade, mas também abertas e portanto permite um dia confortável. JO – Toda esta organização, esta movimentação de pessoas, automóveis e meios vai obrigar, a um grande esforço ao nível da segurança. Quem está basicamente, envolvido? AS – A Proteção Civil em primeira instância. Toda uma equipa médica que estará no início de cada uma

te, que era a melhor solução para fazer um rali com esta dimensão, porque nos comprometemos, como já referi, não perturbar, quer dizer não perturbar, dentro das condicionantes que é chegar às suas habitações, vamos obviamente condicionar um pouco o trânsito, durante algumas horas, mas há sempre alternativas para passar na Rotunda Europa ou para poder circundar o parque fechado no Califa, há sempre alternativas muito rápidas para circular. JO – 170 kms de muita e grande competição com seis provas especiais, num total de três classificativas com dupla passagem. Vale a pena ir para a estrada? AS – Vale. Não são seis, são oito, porque as primeiras duas também contam para essas provas de classi-

das provas especiais de classificação para poder estar de prevenção para qualquer situação. Os Bombeiros de todos os concelhos que nos vão ajudar com viaturas de desencarceramento e com ambulâncias. A GNR que em grande número de efetivos vai estar nas várias PECs, nos cruzamentos, nas Estradas Nacionais, nas estradas de acesso, para facilitar a deslocação das pessoas. O nosso próprio corpo de Marshals, que é assim que são chamados, que são uma segunda força de segurança, para manter não a ordem, mas sim a coordenação da colocação das pessoas nos respetivos sítios. E depois toda a outra equipa de cronometragem, de partidas e de chegadas, de controlo de passagem, porque tem que ter tudo isso. Finalmente isto

culmina tudo com o Centro que nós vamos ter, que vai estar sediado no tal secretariado que é a base, porque todos os carros que vão estar na corrida estarão munidos de GPS, portanto todos os chefes de cada uma das equipas, quer médica, quer proteção civil, bombeiros, forças de segurança, vão sempre saber, ao segundo, onde é que cada carro está e podermos agir com a comunicação para os seguranças de estrada e para as equipas médicas e de socorro para melhor interagirmos e lidarmos com as diversas situações, da melhor forma possível. JO – O Rali de Castelo Branco, depois destes 30 anos ausente é para continuar no Nacional de Ralis? AS – É uma promessa que é difícil de fazer. A intenção é que sim, mas isto é um rali que orça em mais de 130.000 euros. A Escuderia Castelo Branco é um clube sem fins lucrativos. Todos os colaboradores que vão estar neste rali ou em qualquer outra prova, são voluntários e portanto estamos a falar entre 270 e 300 pessoas que vão estar neste rali e que precisamos delas nesta forma gratuita, podermos contar realmente com elas para que o rali se faça. Precisamos de ter a sensibilidade das entidades da cidade e dos empresários, para que percebam que é preciso, todos nós, fazermos um esforço para que setas provas se possam manter. Eu, sinceramente acho que, o Rali de Castelo Branco, é uma mais-valia para a cidade, em particular, para o concelho, em geral, porque as unidades hoteleiras, os restaurantes, a própria vida da cidade, a vida noturna, tudo vai mexe, como de resto costuma mexer, quando a Escuderia organiza algum evento e portanto o nosso objetivo é promover a nossa região através do desporto motorizado. Nós no que toca ao desporto motorizado, tenho consciência que, esta equipa o faz muito bem. Agora é preciso que outras entidades da cidade sintam o mesmo pulsar que nós, se esforcem tanto, nomeadamente os empresários da cidade e que invistam nisto. Não é possível, os hotéis ou os restaurantes encherem, se não houver aqui motivos para que isso aconteça. E isso é espetáculo. Isto é mais um espetáculo. E é um espetáculo saudável, de família, isento de quezílias, de guerras e de xenofobias. O que nós queremos é continuar a promover este espetáculo. Agora toda a outra componente está do outro lado. Em tempo certo iremos conversar com eles. Perceber a sensibilidade deles. O que não queremos, de maneira nenhuma, é falhar nesta prova, Há 30 anos que não é feita aqui. Vamos mostrar às pessoas o que é o espetáculo e eles depois farão a avaliação, se vale a pena continuar ou não. ■


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cASTELO BRANCO

Protocolo assinado com a Universidade Aberta

INQUIETUDE *Coluna do Director-Adjunto

Convicções Aderi e militei, durante quarenta anos, no Partido Socialista. Apoiei sempre e sem reservas, todos os líderes eleitos democraticamente em Congressos ou em diretas. Agora que passaram alguns dias sobre a eleição, nas Primárias no PS, de António Costa, a minha reação inicial e que ainda subsiste na minha mente é a de que não sei se vale a pena continuar neste PS. Tenho refletido e cada vez mais me convenço, de que está na hora e no momento certo para fazer uma mudança. Mudança que gostaria de fazer dentro do meu partido de sempre mas que não vai ser possível. A recusa dos militantes e simpatizantes do meu, ainda, partido, em construir a primavera que levaria o Partido Socialista por novos caminhos, na procura da verdade, da decência, da honra e da construção de uma sociedade mais participativa baseada em valores como a liberdade, igualdade e fraternidade, pilares essenciais dos ideários republicanos, deixam pouca margem para continuar a acreditar que possa ser neste novo PS, sufragado a 28 de setembro, que vai acontecer esta primavera de esperança e mudança. Respeito a opção dos militantes e dos simpatizantes do PS, mas a minha consciência dita-me que só serei um homem ainda mais livre se estiver disponível para seguir as minhas convicções, mesmo que isso implique uma opção entre lutar dentro ou fora do meu partido de sempre. Ser socialista, democrata e republicano não implica, depois de hoje, trilhar os mesmos caminhos dos últimos quarenta anos. Todo o processo que agora terminou diz-me que, em vez de uma primavera renovadora, o PS vai ter um outono e um inverno amargos, difíceis e irreversíveis. Tenho e quero agradecer, publicamente, a todas e a todos aqueles que nas últimos meses estiveram comigo ao lado do Secretário-Geral do Partido Socialista, António José Seguro, na tentativa de manter viva a esperança de um partido renovado nos valores éticos, na decência, na legitimidade democrática, na construção de um Portugal liberto de amarras em relação ao passado próximo, de um Portugal virado para a construção com base na verdade e na fraternidade, todo o esforço que desenvolveram para que o futuro do PS fosse diferente. Ficam para a história, desde já, as Primárias. Outros caminhos se abrirão certamente no espetro político-partidário, que não os de pactuar com aquilo que desde o princípio apelidei de traição. E com traidores não comungo trabalho, projetos e convicções. Tomarei certamente uma decisão acertada, com base nos princípios republicanos da Liberdade, Igualdade e Fraternidade!

José Lagiosa

Politécnico de Castelo Branco quer captar novos públicos com ensino à distância O presidente do Instituto Politécnico de Castelo Branco (IPCB), Carlos Maia, disse que o objetivo da aposta no ensino à distância passa pela diversificação das potencialidades e “para se chegar mais longe e a novos públicos”. “Vamos aproveitar as potencialidades das duas instituições [Politécnico de Castelo Branco e Universidade Aberta] para chegar a novos públicos e aproveitar a oportunidade para internacionalizar ainda mais a nossa instituição”, disse Carlos Maia à agência Lusa. O IPCB e a Universidade Aberta (Uab) assinaram, em Castelo Branco, um protocolo de cooperação e intercâmbio, cujo objetivo passa pela implementação do ensino à distância na instituição de ensino superior politécnico. “Este é um momento muito importante para o IPCB e, tendo em conta a nossa conjuntura, é mais uma ferramenta para captar alunos para a instituição”, adiantou o presidente do IPCB. Carlos Maia explicou ainda que esta é uma “pretensão antiga” da instituição, que foi agora formalizada e colocada no terreno em parceria com a Uab, “o ‘top’ nesta área da formação à distância”. Três pós-graduações em Produ-

ção Agrícola, Gestão de Negócios e Reabilitação Sustentável de Edifícios são os três primeiros cursos de ensino à distância no IPCB. “Hierarquizamos estas [formações], porque são, de facto, aquelas que nos parecem ter mais aceitação nesta fase. Não adianta estar a avançar já com muitas ofertas formativas até estar tudo consolidado”, adiantou. Para já, a instituição vai avançar com a formação dos professores e depois, gradualmente, “avançarse-á para outras ofertas formativas, sempre em parceria com a Uab”. “Somos o primeiro politécnico a contactar a Uab para iniciar este tipo de parcerias. Também aqui temos

alguma responsabilidade acrescida, porque se o nosso caso for um sucesso será um incentivo para as outras instituições optarem por esta via”, disse Carlos Maia. O presidente do IPCB recorda que “o mundo mudou e que, num mundo global, o ensino não está confinado às salas de aula nem a horários das ‘9:00 às 17:00”. “As pessoas podem aprender em vários locais e em vários horários, consoante a sua disponibilidade e tempo. Esta é a grande vantagem em relação à formação presencial, que obrigatoriamente teremos também que manter”, concluiu Carlos Maia. ■ *Com Lusa

Núcleo do Sporting organiza 2ª corrida Comendador Joaquim Morão Realiza-se, no próximo dia 19 de outubro, a 2ª Corrida Comendador Joaquim Morão, organizada e promovida pelo núcleo sportinguista de Castelo Branco e que conta com o apoio dos Municípios de Castelo Branco, Idanha-aNova e Vila Velha de Ródão, para além da Freguesia da cidade albicastrense e de uma companhia de seguros. O apoio técnico está a cargo da Associação de Atletismo de Castelo Branco (AACB). Para dar a conhecer alguns pormenores da edição deste ano da prova, realizou-se na sede do núcleo, no passado dia 6 de outubro, uma conferência de imprensa que con-

tou com a presença de Arnaldo Brás, vice-presidente da autarquia, do presidente da AACB, do presidente e de outros dirigentes

do núcleo do Sporting. Este ano e fruto da aprendizagem da edição passada, o percurso da corrida foi alterado, pas-

sando a ter cerca de 10 km com passagem pela zona de lazer. Já a caminhada, com 5 km, terá exatamente o mesmo percurso do ano transato. A corrida deste ano é apadrinhada pelo antigo Campeão olímpico, atleta do clube leonino e de Teresa Lopes, também ela, antiga atleta sportinguista. A organização espera bater o número de 600 participantes, do ano passado, ultrapassar alguns problemas verificados na primeira edição, tendo para o efeito alocado um elemento, a tempo inteiro, para a preparação e organização do evento, colocando

assim a fasquia mais alta. A vinda de Carlos Lopes será motivo para uma homenagem ao antigo campeão, que comemora este em 2014, 30 anos sobre a conquista da primeira medalha olímpica. ■


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IDANHA-A-NOVA

Concelho integra candidatura do Tejo Internacional a Reserva da Bioesfera Idanha-a-Nova é o concelho com maior área territorial abrangida pelos limites da candidatura do Tejo Internacional a Reserva da Biosfera da UNESCO, cerca de 54% da parte portuguesa deste território transfronteiriço. A informação foi avançada esta segunda-feira numa apresentação pública do projeto em Idanha-a-Nova, que reuniu responsáveis do Instituto de Conservação da Natureza e Florestas (ICNF), autarcas, empresários, estudantes, associações e outros agentes de desenvolvimento local. O projeto junta os governos, português e espanhol numa candidatura ao programa “Homem e Biosfera” da UNESCO para classificação do Tejo Internacional como Reserva da Biosfera. A ser aprovado, será um “selo” que atesta a qualidade e sustentabilidade da biodiversidade nesse território transfronteiriço. A classificação como Reserva da Biosfera “promoverá o turismo e a visitação, dinamizará as economias locais e ainda o marketing de produtos da região”, referiu o diretor do ICNF do Centro, Rui Melo. O responsável salientou ainda que as Reservas da Bioesfera

“são alvo de divulgação e observação mundial”, facto que tornará o território mais atrativo para turistas de todo mundo. Para o presidente da Câmara Municipal de Idanha-a-Nova, Armindo Jacinto, a classificação “acrescentará valor ao território e permitirá explorar oportunidades no novo quadro comunitário de apoio”, fomentando também “uma maior cooperação transfronteiriça com os municípios envolvidos do lado espanhol”. Como as Reservas da Bioesfera são propostas por estados, ao impulsionarem a iniciativa

os governos português e espanhol “têm responsabilidades acrescidas com os territórios em questão”, acrescentou Armindo Jacinto. O Tejo Internacional abrange uma região transfronteiriça em que o rio Tejo constitui a fronteira entre Portugal e Espanha, englobando em território nacional partes dos concelhos de Castelo Branco, Idanha-a-Nova e Vila Velha de Ródão. A candidatura deverá ser apresentada na UNESCO ainda este ano. ■

Associação cultural e desportiva do ladoeiro

Inaugurada sede há muito aguardada A Associação Cultural e Desportiva do Ladoeiro (ACDL, inaugurou no passado dia 4 de outubro, a sua nova sede. O espaço, construído com financiamento da Câmara Municipal de Idanha-a-Nova, dispõe de salão de convívio, sala de troféus, gabinete da direção, sala multiusos e sanitários. A cerimónia de inauguração foi presidida pelo presidente da Câmara, Armindo Jacinto, para quem é essencial o investimento “nas pessoas do concelho, que são quem todos os dias luta para fazer de Idanha-a-Nova um território de futuro e de oportunidades”. O autarca enalteceu o trabalho desenvolvido pela ACDL, “uma associação cheia de vida e juventude, que tem desempenhado um papel importante na promoção do desporto e da cultura, e que, por isso, merece a inauguração desta sede”. Com 38 anos de atividade, a ACDL aguardava há quase qua-

tro décadas a construção de uma sede, lembrou o presidente da associação, José Manuel Salvado, que agradeceu o apoio da Câmara de Idanha-a-Nova para que a obra se tornasse finalmente realidade. O responsável coloca agora um desafio: “Contamos com todos para fazer desta sede um espaço de encontro entre diferentes gerações que, com alegria e sabedoria, convidará ao desenvolvimento cultural e desportivo no Ladoeiro e no concelho de Idanha-a-Nova”.

Presentes no ato inaugural estiveram, entre outras entidades, a Junta de Freguesia de Ladoeiro, representada pelo seu presidente Gonçalo Costa, e a Associação de Futebol de Castelo Branco, representada por António Marcelo, que ofereceu uma lembrança à ACDL. Este dia histórico para a Associação do Ladoeiro foi ainda assinalado, com um festival de folclore, integrado nas comemorações do 2º aniversário do Rancho Folclórico da ACDL. ■

Idanha-a-Velha

Pão e tradições “brilham” no festival Casqueiro

O Casqueiro, festival do pão, bolos e tradições voltou a encher de animação Idanha-a-Velha, transformando, no primeiro fimde-semana de outubro, esta aldeia histórica numa grande mostra dos melhores sabores e saberes da região. Duas dezenas de expositores de pão e cerca de 150 expositores de artesanato e de produtos regionais foram as “estrelas” de um certame onde não faltou música ao vivo, animação de rua, espetáculos de teatro e jogos tradicionais. Sobressaíram ainda as provas de pão em fornos a lenha, as oficinas do pão para crianças e o fabrico do maior casqueiro de Portugal: 1,80 metros de cumprimento, 40 cm de largura e 25 kg de massa! Ao longo do fim-de-semana foi promovida a produção do pão, “uma riqueza que herdámos dos nossos pais e dos nossos avós e mais do que isso uma esperança para o futuro”, afirmou na inauguração do Casqueiro Armindo Jacinto, presidente da Câmara de Idanha-a-Nova.

De acordo com o autarca, o calendário de festivais no concelho visa a “valorização e divulgação dos nossos produtos de excelência para assim proporcionarmos oportunidades aos produtores e empresários locais e criarmos economia, riqueza e emprego”. O apoio ao licenciamento da atividade dos pequenos produtores e a qualificação dos seus produtos tem vindo a dar frutos. Armindo Jacinto adiantou que hoje já se produz pão em muitas das freguesias de Idanha-a-Nova, não só para vender na região mas também em Lisboa e até no estrangeiro. A sexta edição do Casqueiro voltou a atrair milhares de visitantes que aproveitaram o festival, para descobrir o património de Idanhaa-Velha e do concelho. O festival foi organizado em conjunto pela Câmara Municipal de Idanha-a-Nova, União de Freguesias de Monsanto e Idanha-aVelha e Liga dos Amigos da Freguesia de Idanha-a-Velha (LAFIV) e promovido pela Comunidade Intermunicipal da Beira Baixa. ■

Portugal, um país envelhecido É em Portugal que está a região mais envelhecida de toda a União Europeia. Com 34,2% da população com mais de 65 anos, a região do Pinhal Interior Sul - situada no distrito de Castelo Branco - é a mais velha da UE, segundo as estatísticas regionais de 2013, reveladas esta segunda-feira pelo Eurostat. A seguir à região portuguesa, a nível europeu, fica a Euritânia, na Grécia, com 32,2% de população idosa. Mas se olharmos ainda para dentro de Portugal, logo a seguir à região do Pinhal Interior Sul está a Beira Interior Sul, onde se localiza Penamacor e Vila Velha de Ródão, com 27,9% de população idosa (mais de 65 anos). Exatamente com a mesma proporção está a região italiana de Trieste, mostram os dados. O anuário regional de estatísticas do Eurostat permite olhar com mais detalhe para cada país da UE, comparando as regiões em específico e não apenas os países na sua totalidade (o Eurostat disponibiliza visualizações interactivas dos dados ). A análise permite, por isso, retratar a diversidade regional que existe na organização, dando a conhecer estatísticas de 272 regiões dos 28 Estados-membros. Se as populações mais envelhecidas estão em Portugal, na Grécia e em Espanha, as mais jovens estão em França e na Irlanda. O que o estudo conclui é que em 2013 as regiões com mais jovens até aos 15 anos se localizavam geralmente em países com elevadas taxas de natalidade e fecundidade. ■ * Fonte Expresso, com a devida vénia


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A oeste nada de novo... João Freire

Esta frase, transporta-me à minha juventude e recorda-me o título de um filme à boa maneira do oeste americano, cheio de pistoleiros e de tiros de pólvora seca. Mas não é do filme que pretendo falar-vos, mas sim da notícia que ouvi na televisão, acerca da penalização das pessoas que maltratam animais. Fiquei contente e ao mesmo tempo triste, pelo motivo que mais à frente apontarei. Esta legislação, mais ou menos severa e bem, sempre existiu e julgo que a sua aplicação se simplificou e se perdeu no tempo, devido à diminuição da fiscalização, perante tantos problemas sociais que vão surgindo e urge dar resposta, problemas alguns para os quais ainda hoje, a humanidade estuda respostas. Que bom, este assunto voltar a ser notícia. Lembrarem-se novamente destes animais, daqueles ditos irracionais, que tudo sofrem e consentem, que só comem quando e o que lhe dão, que não refilam, que nos guiam, que são companheiros fiéis, em nada importunam e são na verdade, um tesouro. Mas vejam bem. Mesmo assim, mesmo desprovidos de todos os elementares direitos, os irracionais acabam em grande parte, por ser mal tratados e em último caso, “abatidos ao efetivo”, como vulgarmente dizemos. Dá para pensar. É triste nascerse animal irracional. As plantas, essas ainda são regadas, adubadas, tratadas com candura, completando imponentes jardins e dando o seu contributo, para um harmonioso e salutar ambiente. Olhando para os humanos, bem sei que também existe legislação, para a nossa espécie, dita “animais racionais”. Esses direitos estão devidamente con-

sagrados e, assim à priori, bastaria coloca-los em prática e tudo correria na perfeição. E é aí que está, a razão da tristeza que acima vos falei e o motivo fulcral, deste meu apontamento. Vejamos. Qual de nós ainda não viu animais vagueando por essas ruas, cobertos de chagas, de “fato” bem apertado, sofridos de tanto abandono?. Já vimos e certamente já denunciámos estes e outros casos. E quem de nós não sabe de animais, dos tais racionais, que no limite da sua solidão e capacidade de resposta para a sua auto sobrevivência, num misto de súplica e esperança, esperam em vão pelo seu familiar. Mas esse familiar, embora conhecedor da dor do ente querido, recolhido nas mais estúpidas desculpas, teima em não chegar, “para o seu “acolhimento” e este “longínquo” familiar, perde para sempre, o privilégio de “abraçar” e receber o “testemunho”. A vida, é tal qual a conhecida prova de estafeta. É que o nosso tempo, chegará um dia e certamente também nós estaremos ansiosos, por aquele piedoso abraço e prontos para passar o testemunho. Quanto eu gostaria que esta gente que sofre, fosse devidamente sinalizada e que esses ditos “familiares”, menos sensíveis aos dilemas dos seus mais diretos ente queridos, fossem acompanhados, para que terminem mais maus tratos, o saque de bens, os esquemas ardilosos e as promessas nunca compridas, que debilitam e levam à consumição final. Sei do que vos falo, pela vivência nas Instituições de Solidariedade que modestamente e voluntariamente, vou servindo. O que pretendo com este apontamento é uma reflexão, é sim-

plesmente alertar e sensibilizar os mais apagados, os afastados ou já completamente desenraizados. A vida pode ser bem mais fácil se o nobre sentido da responsabilidade, for nosso companheiro. A vida deve ser vivida na base da partilha. Dar e Receber. Bem sei que muitos não podem dar, devido às circunstâncias da vida que todos conhecemos, mas não é desses que vos falo. É pena que as Instituições sejam obrigadas a agir, a sobreporse, a absorver o lugar da família, quando a família, deveria viver este nobre sentimento, na plenitude isto é, ser UMA VERDADEIRA FAMÍLIA. Para as Instituições bastam aqueles que nada têm, nem família, nem bens que possam alienar e através deles, angariar meios para sua sobrevivência. Se calhar penso mal, mas julgo que a filosofia de vida que vivemos, está desprovida de valores. Sofrer e Morrer é um ato banal, de tal modo banal que por muitos é sentido e vivido como uma profunda chatice, um incómodo felizmente passageiro. Para nós todos, deixo as palavras de A. Neilen “Se não sentiste muitas vezes a alegria de dar, perdeste muito e, sobretudo , perdeste-te a ti próprio”. E cito também as palavras do Doutor Rodrigo Guedes de Carvalho, tantas vezes por si proferidas no términus do “seu” telejornal; “E assim vai o país e o mundo”. E não se vislumbram grandes mudanças de comportamento. Sinto-o à porta desta ou daquela superfície comercial, no decorrer de mais uma nobre missão solidária. A postura e altivez de muitos, leva-me a concluir que infelizmente, a oeste nada de novo. ■

Município de Oleiros assinalou Dia Internacional do Idoso

No âmbito da celebração do Dia Internacional do Idoso, assinalado anualmente a 1 de outubro, foram mais de 600 os idosos do concelho que responderam à chamada do Município e participaram neste agradável acontecimento. A iniciativa destinava-se a todas as pessoas com idade superior a 60 anos e realizou-se numa tenda instalada no Recinto da Feira do Pinhal. Esta revelou-se um enorme sucesso e teve o mérito de reunir, num salutar convívio, idosos de todo o concelho. Presente no local esteve uma das Unidades Móveis de Saúde do Município, onde os participantes podiam efetuar um rastreio ao nível da glicémia, tensão arterial e diabetes, o qual esteve a cargo das técnicas da Unidade Local de Saúde de Oleiros. Na ocasião, houve ainda espaço para a realização de um rastreio visual e auditivo por parte de uma empresa da região. A saúde e o bem-estar das pessoas foi uma das tónicas do evento gratuito que contou também com uma aula de ginástica orientada pelos técnicos da área do Desporto da Câmara Municipal. A animação foi outra das marcas dominantes deste encontro, ou não fosse também aquele o Dia Internacional da Música. Assim, do ponto de vista musical, passaram pelo palco do recinto: tocadores de acordéon e harmónio do concelho e o grupo Cantigas na Eira, o qual executou uma seleção dos melhores sucessos de sempre da música popular portuguesa. As várias atuações fizeram as delícias de todos os presentes que aproveitaram para dar um pezinho de dança num animado baile. O humor também marcou presença neste dia, com a contagiante presença do grupo de teatro voluntário da Casa da Cultura de Oleiros que ainda se encarregou de oferecer umas lembranças aos participantes. No final, foi servido o jantar, a cargo de uma empresa local e foi distribuído o bolo comemorativo, com 60 Kg, o qual adoçou ainda mais este dia dedicado à população sénior do concelho. ■

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Joaquim Vitorino Astrónomo Amador

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A Terra, Um Planeta Enfurecido

Até algum dia... Maria dos Reis Loução Martins Fernandes

A Terra está a transformar-se num Planeta enfurecido; o processo foi desencadeado e será extremamente difícil de travar, porque os países com grande peso industrial e que dariam o maior contributo para atenuar o “Holocausto no Ambiente” que se aproxima, não estão dispostos a sacrificar as suas políticas de crescimento que estão inevitavelmente ligadas à agressão do nosso Habitat. O “Berço do Homem” está a ser vítima de uma feroz violação não só à atmosfera que respiramos e os solos que nos alimentam mas sobretudo, na poluição dos Mares e Oceanos que estão a ser desventrados para a extração de crude e outros minérios, para alimentar os formigueiros humanos e uma civilização sem regras nem planeamento demográfico; tudo em nome de um “falso benefício” que não se compadece com o ecossistema global. Existem situações que já não têm retrocesso, como as dezenas de milhares de outras espécies que levámos à extinção e que poucos falam nelas, porque somos todos culpados pelo seu desaparecimento. Sacrificámo-las em nome do desenvolvimento tecnológico que não levou em conta os danos colaterais causados pelas três revoluções industriais; em que a primeira começou há mais de 300 anos. As recentes cheias nos Balcãs e posteriormente no centro da Europa e no Reino Unido, são só pequenos indícios do que nos espera. Também em Portugal; a 22 de Setembro em

biente. O degelo nos polos da Terra indiciam que Nações inteiras terão que sair das suas fronteiras para fugir à subida das águas que irá provocar uma alteração climática a nível global, onde o abastecimento alimentar será muito penalizado. Noutros locais a escassez da água obriga as populações a fixarem-se à beira dos grandes rios, que em pouco tempo serão poluídos e as suas águas contaminadas, obrigando a consecutivas deslocações de povos que serão “empurrados para guetos dentro dos seus próprios países” onde inevitavelmente acontecerão lutas pela sobrevivência que como consequência haverá violação dos direitos humanos que nestes casos extremos serão palavra morta. Os cientistas sabem o que têm pela frente e lançam o alerta, mas pouco mais podem fazer porque

simultâneo e à mesma hora, a baixa de Lisboa e da Lourinhã que distam uns 50 quilómetros, foram alagadas em apenas uma hora. Alguns povos no Norte de Africa são fustigados com secas prolongadas e enfrentam grandes dificuldades no abastecimento de água, sendo apenas o princípio do que está para vir se não houver uma viragem na persistente utilização do plástico e combustíveis fósseis, que são os principais agressores do am-

não têm poder decisório para tentar inverter o mal que está feito mas que ainda pode ser atenuado se as grandes potências emergentes assim o decidirem porque a escolha será simples; ou contribuem para a salvação do Planeta Terra e o futuro dos seus povos num contexto imediato; sabendo que a catástrofe que estão a provocar levará ao desaparecimento da espécie humana, ou preferem unir esforços para continuarmos por aqui mais uns milhares de anos até

Os dias prósperos não vêm por acaso, são fruto, tal como as searas, de muito trabalho, muita fadiga e muitos intervalos de desalento. Tudo se consegue ao longo da vida com muita força de vontade, perseverança, coragem e trabalho. Nunca abdicar do sonho que um dia se tentou alcançar! Aqui surgem sociedades diferentes, pessoas distintas com maneiras de agir e de estar próprios de instinto refinado para os negócios e começam desde cedo a sobressair nos lucros fáceis e riquezas multimilionárias, até além-fronteiras. Eles conseguem vencer e progredir, porque têm um valor singular e dominador para o negócio e muitas vezes afundam subtilmente no seu insconsciente, sentimentos que, eventualmente, possam surgir em silêncio contestando qualquer operação menos meritória. A verdade é que estes indivíduos são absolutamente necessários à sociedade com os seus impérios de capital, porque ajudam a completar e a construir tudo o que lhe é anexo... Até algum dia! Por outro lado, surgem aquelas pessoas que, desde pequenas, começaram a guardar dentro da sua memória os ensinamentos colhidos da vida colhendo dentro si lições aprendidas no seio da família, do trabalho, na escola do seu tempo e gravam dentro do seu coração a lembrança que os acompanhará sempre da beleza incomparável duma grande seara ao vento acompanhada das cantigas das ceifeiras regadas de suor, já ao pôr-do-sol! Estes indivíduos serão um dia, por amor à terra, grandes agricultores, industriais, exportadores ou simplesmente homens do campo. Sentem dentro de si a terra como parte inconsciente de si próprios, o único e maior bem que nunca trairá o Homem como qualquer outro valor efémero e fugaz! Tudo terá um dia fim! Mas a terra ficará sempre!!! ■ conseguirmos sair em busca de outro planeta com as condições de podermos dar continuidade à “espécie humana” se for esse o nosso desígnio. Um fenómeno de que poucos cientistas falam, são os “Sinkholes” (buracos no solo) que estão a aparecer um pouco por toda a parte, em que uma das causas pode ser o desventrar contínuo da crosta terrestre em busca de minérios e petróleo; que pode causar abatimento de terras em grande escala, sendo no fundo dos mares e Oceanos o mais preocupante; pois pode originar marmotos que levarão à destruição de Cidades costeiras com milhões de habitantes. Nunca existiram no Planeta tantas zonas em risco e outras com danos irreversíveis; limitar os estragos é tudo o que se pode fazer e terá que ser quanto antes, onde as mentalidades terão que mudar 360 graus para remediar um pouco o mal já feito, pelo que vamos aguardar o que se vai decidir em Paris em Dezembro próximo. Vivemos numa civilização do plástico que leva milhares de anos para se degradar, e andamos em carros e vestimos roupas também de plástico; e passamos em breve a viver do plástico que compõe as lixeiras oceânicas e em terra; que levará inevitavelmente a que no futuro, também será de plástico a nossa alimentação. ■

Jornal de Oleiros, Parceiro


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Defesa dos Direitos Humanos e da Democracia Um outro Modo de continuar a Colonização?

António Justo antoniocunhajusto@gmail.com www.antonio-justo.eu

Já Thomas Hobbes, em 1651 no “Leviathan” reconhecia que, no estado natural domina a luta de todos contra todos, e que, para se conseguir a paz, o povo renuncia à liberdade, submetendo-se a um governante. Com o desenvolvimento da sociedade ocidental, em consequência da filosofia grega e da cultura judaico-cristã, o indivíduo emancipa-se cada vez mais do grupo, especialmente a partir da reforma protestante, da guerra da independência dos USA e da Revolução francesa. A consequência deste desenvolvimento deu origem à democracia representativa. A segunda guerra mundial foi de tal modo humilhante para a pessoa humana que as nações reunidas determinaram elaborar a Carta dos direitos humanos. Na Assembleia Geral da ONU a 20 de Dezembro de 1993, 171 Estados assinaram a Resolução 48/141, comprometendo-se a observar os direitos do homem e a aplicar a protecção dos direitos humanos nas legislações nacionais. Há países que submetem os direitos humanos às leis da Sharia e outros não cumprem o que assinaram.

Conflito de Identidades individuais, grupais e culturais Tudo luta: uns pelos direitos (Democracia) outros pela religião! Por toda a parte, grupos de cidadãos entram em conflito com o Estado e gritam pelos seus direitos individuais ou culturais violados. Um sintoma claro da violação dos Direitos Humanos certifica-se no facto de Estados perseguirem ou não permitirem sequer organizações reivindicativas dos direitos humanos. Muitos governos especialmente muçulmanos e asiáticos rejeitam a concretização da convenção em nome da história e da tradição. A acentuação da cultura ou comunidade não precisa de ser contrária aos direitos individuais porque estes transcendem as culturas e devem ser garantidos dado o cidadão ter abdicado do direito de fazer justiça por próprias mãos, confiando esse direito ao Estado. Naturalmente há direitos individuais que colidem com a prática de estados e de culturas que se sobrepõem ao ideal da justiça para todos. É um facto que o direito e a justiça estiveram em contínua mudança, sempre sob a plataforma cultural dominante. Os povos que viveram da colonização e da conquista impunham-se aos colonizados sem respeitar os seus direitos; esta é uma constante ao longo da História dos povos quer na colonização interna quer externa. Hoje as nações colonizadoras querem impor a obrigação de respeito pelos direitos humanos às nações a quem outrora os não concederam. No concerto das nações nem todas têm de facto os mesmos direitos: as grandes potências determinam a marcha e desrespeitam as mais pequenas. A identidade cultural se quer ser centrada no indivíduo deve ser exercitada em campo aberto que possibilite afirmação e

Da imoralidade dos chamados países civilizados integração. Como a identidade individual se adquire através de um certo distanciamento em relação ao grupo e a identidade cultural se assegura no distanciamento e afirmação em relação às outras culturas, a luta é aceite como dado natural. Cada povo tem uma configuração própria, uma forma de expressão, pensamento e acção determinada por valores, normas e instituições que no seu conjunto determinam uma certa tensão relacional entre indivíduo e grupo, o que possibilita o desenvolvimento de um e outro. Os factores culturais que mais emprestam significado e sentido especial à cultura são, por um lado a democracia e por outro a religião, como se verifica na luta cultural entre o Ocidente e o mundo islâmico ou entre o capitalismo e o socialismo. Cada cultura concretiza-se e manifestase nas suas realizações e valores que dão significado ao seu desenvolvimento. A mesma história dá consistência e projecção à própria identidade que precisa de uma base para se desenvolver, à imagem de um rolo negativo que ajuda a compreender o presente, ao ser revelado. Na época da globalização seria de esperar maior permeabilidade do indivíduo e das culturas evitando culturas e indivíduos a imposição dos próprios valores ou a fixação rígida na própria tradição.

Exportação de democracia como instrumento de colonização? Cada cultura, para se impor, usa o que tem: uns exportam a democracia/ideologia e as armas, outros exportam a religião e a guerrilha. O ocidente, para melhor impor a sua dominância em países economicamente menos desenvolvidos mas ricos em matérias-primas, alega o pretexto da defesa dos direitos humanos e em especial a democracia, para, em nome dela, desestabilizar estados. A exploração que outrora se impunha pela força introduz-se agora de maneira furtiva sob a exigência de que todos os povos devem tornar-se democráticos à maneira ocidental; doutro modo, são castigados com sanções económicas ou vêm, nos seus países, movimentos emancipatórios serem apoiados pelo Ocidente. O dilema da situação está, porém, no facto de países em vias de desenvolvimento precisarem de governos fortes e estáveis, e o desenvolvimento só ser possível, nestes países, com governos autoritários. O não reconhecimento desta realidade e interesses egoístas levaram a intervenções militares injustas. Veja-se o resultado da intervenção na Líbia, no Iraque, bem como a revolta da geração internet do Norte de África, etc. Foi pior a emenda que o soneto. Onde os estados democráticos intervieram, domina agora, em grande parte, a miséria e a anarquia. A organização do IS (terrorismo internacional de extremistas islâmicos) que é preciso enfrentar com coragem, foi fomentada por um Ocidente só interessado em defender interesses próprios e imediatos, como se viu no caso da Síria. C

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Se a democracia e os direitos do homem estivessem em primeiro plano, o Ocidente promoveria nestes países as economias locais e não o negócio com as armas, investiria no bem-estar e na formação e fomentaria a estabilização de estados. Os Estados ocidentais praticam, ad extra, uma política hipócrita exigindo deles o cumprimento de valores abstractos e praticando dentro dos próprios países a decadência dos próprios valores. Deste modo o Ocidente não tem legitimação nem qualificação moral para se armar em julgador de outros povos e culturas.

Que fazer para melhorar a situação? A situação em que se encontram os povos onde há litígio armado é diferente da dos povos ocidentais; por isso a nossa solução não pode ser a mesma que a deles; isto numa perspectiva de querer resolver problemas no sentido de uma satisfação

AF MONTRA_148mmX210mm cv.pdf

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mútua. O problema não está nas pessoas mas na situação em que se encontram, e no facto de uns pertencerem a países colonizadores e outros a países colonizados, uns serem colonizadores e outros pretenderem sê-lo. Tudo isto cria uma relação de assimetrias e leva à contradição entre valores e interesses. No âmbito da violência é preciso resistir para que o mal não aumente. Mesmo assim o Homem resigna porque não conciliará o direito e a liberdade e junta a injustiça à desordem. Nem o monopólio de interpretação cultural nem o monopólio da verdade favorecem o desenvolvimento individual e colectivo. Interpretações culturais devem situar-se sempre no âmbito do hipotético e com o fim de desenvolvimento mútuo, numa de entreajuda e colaboração complementar. A violência é derrota porque destrói a pessoa, cria vítimas e não reconhece a perfeição. A situação no Iraque e na Síria parece decorrer entre fraqueza seduzida e ferocidade irritada. ■

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O FAROL

Querida Lusitânia “ Nem tudo o que é legal é honesto”(Cícero, filósofo e político romano Sec I A.C.)

António Graça

O autor ignora o Novo Acordo (?) Ortográfico

Passos Perdido(s) (resumo) Que os titulares de cargos públicos tenham uma atitude honesta, moral e ética, é uma exigência de todos os cidadãos. Em política os crimes não prescrevem. Prescrição não é a absolvição, mas, apenas, a viabilização das suspeitas A maioria dos portugueses tinha razões para adjectivar o primeiro ministro de mentiroso, uma vez que, como é sabido e amplamente documentado, assim que chegou ao poder fez exactamente o contrário do que havia afirmado na campanha eleitoral para o acto do qual o seu partido saiu vitorioso, e que deu origem ao actual governo. Mas, ao que parece, há também uma certa dose de patologia amnésica. Vem isto a propósito do actualmente tão mediático “Caso Tecnoforma”, originado por uma denúncia anónima comunicada ao Ministério Público, segundo a qual o, ainda 1º ministro teria recebido daquela empresa a quantia de cerca de €150.000, alegadamente durante um período em que seria deputado à Assembleia da República, em regime de exclusividade. Estariam em causa então as respostas de Passos Coelho às seguin-

tes questões: a) - Recebeu, ou não, da Tecnoforma, ou de uma empresa sua associada, a módica quantia de €150.000 ( à data, cerca de 30.072.900$00, resultantes de uma remuneração de cerca €5.000/ mês? b) - Durante o período em que terá recebido esses montantes era, ou não, deputado à AR, em regime de exclusividade? c) - Se recebeu os montantes em causa, declarou-os para efeitos de IRS? A resposta cabal e esclarecedora, que Passos Coelho, caso as acusações que lhe foram feitas não passassem de calúnias, deveria dar sem rodeios, foi por ele contornada recorrendo a expedientes, empurrando-a ora para o Parlamento, ora para a ProcuradoriaGeral da República, tendo, com este comportamento, pouco digno de uma figura do estado, criado uma nuvem de suspeitas sobre a sua actuação neste caso. As entidades de que Passos se socorreu para queimar tempo, acabaram por não dar qualquer contribuição para o esclarecimento do caso. A secretaria-geral da AR, cujo responsável fez parte de governos de Pinto Balsemão e de Cavaco silva, apressou-se a atestar que Passos Coelho não tinha desempenhado o lugar de deputado em regime de exclusividade, informa-

Hotel de Santa Margarida recebe dia 18 de Outubro NASCIDOS EM 1963

Com um vasto programa que inclui Missa, recepção e jantar no Hotel com música, este grupo volta a celebrar. Parabéns a todos

ção que se provou, posteriormente, ser falsa, ou seja, no dialecto da Sra. Presidente da AR, deu-se um “ inconseguimento informacional”. Este episódio deveria constituir fundamento suficiente para a exoneração do secretário-geral da AR. Ao empurrar o assunto para a PGR, Coelho sabia, ou deveria saber, que esta iria invocar a impossibilidade de actuação, uma vez que os supostos crimes em causa haviam prescrito. Passada que foi quase uma semana neste jogo do empurra, ficou a saber-se que o 1ºministro responderia a todas as perguntas políticas que lhe fossem colocadas, no decurso da sua habitual presença quinzenal na AR. Chegou, finalmente, o grande dia, sexta-feira 26 de Setembro, no qual, expectavelmente, todas as dúvidas iriam ser esclarecidas. Só que, a montanha pariu um rato. Começando, com o seu habitual narcisismo político, por se armar em vítima dos influentes, aos quais as suas decisões políticas incomodam (eu acho que incomodam muito mais os que não têm o poder de influenciar), e dos jornais, que querem é vender, passando pelos documentos forjados, Passos Coelho negou ter recebido vencimentos da Tecnoforma, durante o tempo em que desempenhou a função de deputado em regime de

exclusividade, e que apenas foi reembolsado de despesas de representação. Questionado sobre a origem dessas despesas, falou, vagamente, sobre deslocações a Cabo Verde, a Bruxelas e ao Porto, relacionadas com a instalação de uma Universidade naquele país africano, não se tendo pronunciado quanto ao montante dessas despesas, nem, em meu entender, claramente qual a entidade que o reembolsou, se a Tecnoforma, se o Centro Português para a Cooperação C.P.P.C., entidade associada da Tecnoforma cuja situação actual parece ser um enigma. Tais reembolsos, a terem existido, deveriam ser obrigatoriamente suportados por documentos justificativos, arquivados na contabilidade da entidade pagadora. Acontece que, Passos Coelho não tem em seu poder cópias dos referidos documentos, o que eu acho perfeitamente natural dado o tempo decorrido. Acontece igualmente que, hoje em dia, parece que ninguém sabe o que é feito do CPPC, e, convenientemente, muito menos se sabe do paradeiro dos seus arquivos contabilísticos. Quanto à Tecnoforma, a sua contabilidade foi apreendida pelo DCIAP, que, segundo notícia vinda a público, recusa a sua consulta. Parece que, face ao exposto, e,

com obstáculos de tal monta, será difícil proceder a uma clarificação adequada do caso, ficando o 1º ministro, enquanto tal clarificação não for feita, sob o manto de suspeitas que ele próprio teceu, o que, com uma oposição renovada, ainda lhe pode causar muitas dores de cabeça. De salientar ainda que na sessão da AR, a assessoria de Passos Coelho, terá divulgado um despacho do senhor procurador do DCIAP sobre o conteúdo dos documentos contabilísticos da Tecnoforma e a sua relação com a denúncia feita sobre a actuação do então deputado Passos Coelho, com o seguinte teor: “ Da documentação enviada peal Tecnoforma ao Mistério Público, não se retira qualquer elemento que permita suspeitar da ocorrência de quaisquer outros factos com eventual relevância criminal, complementares àqueles que constam da denúncia.” Aqui, e admitamos que foi por ter de elaborar ocomunicado à pressa, a assessoria de Passos Coelho, omitiu o resto do despachoonde se lia ainda, ”A documentação enviada, livros de contabilidade, em nada contribui para o esclarecimento material da factualidade objecto do presente inquérito”. Mais uma vez se aplicou a teoria da meia verdade, tão do gosto do actual governo, Até breve ■

Hotel de Santa Margarida celebrou o 2º aniversário No pretérito dia 10 de Outubro, o Hotel de Santa Margarida celebrou o 2º aniversário com uma recepção aos Amigos e Clientes com uma noite de fados e petiscos do Hotel. Destacamos o aniversário e o evento e formulamos votos de sucesso continuado. O Hotel de Santa Margarida veio colmatar alguma carência a este nível e, num momento de afirmação do Concelho na área do turismo, reforçou a oferta diferenciada, saudando-se a qualidade que exibe no serviço. Impossibilitados de ter estado presentes, saudamos a Direcção e Equipa. ■

LEIA ASSINE E DIVULGUE Direcção Técnica: Dra Maria Odete da Conceição Guerra Rua dos Bombeiros Voluntários - Oleiros Telefone 272 681 015 . Fax 272 681 016


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Penamacor

Dia Internacional do idoso No passado dia 1 de outubro, data em que se comemorou o Dia Internacional do Idoso, teve lugar no Jardim das Laranjeiras, na Biblioteca Municipal de Penamacor, a receção oficial dos alunos e professores pioneiros deste conceito, cada vez mais defendido pela Organização Mundial de Saúde que o descreve como um processo de otimização de oportunidades, no sentido de aumentar a qualidade de vida durante o envelhecimento. O primeiro ano letivo conta com 71 alunos, com idades compreendidas entre os 53 anos e os 84 anos, e dispõe de um corpo docente dinamizador, com espírito de voluntariado, algum tempo livre e vontade de partilhar, composto por 20 professores e 15 ofertas formativas e lúdicas. Na cerimónia de receção aos alunos e professores, o presidente da ADRACES, Comendador Joaquim Morão, saudou todos quantos estão envolvidos neste projeto, que vem contribuir para o bem-estar e definir novos objetivos de vida, porque a transição da vida ativa para uma fase de aposentação ou reforma deve ser feita de uma forma muito tranquila. Joaquim Morão falou da importância da Academia Sénior de Penamacor, “fundamental para preencher o tempo livre destas pessoas com coisas úteis. Com este projeto, será possível enquanto se aprende, ocupar o tempo livre”. Salientou ainda que “a ADRACES coloca os meios necessários para

por de pé este projeto que a Autarquia e Juntas de Freguesia, enquanto parceiras da Academia têm por obrigação dar o seu contributo”, porque o envelhecimento ativo pressupõe o envolvimento em atividades diversas que possam estimular cognitiva e fisicamente as pessoas que terminaram a sua vida ativa, mantendo-as socialmente integradas e com objetivos definidos. António Realinho, diretor da ADRACES, sublinhou a importância e a virtualidade deste projeto que “vai permitir ensinar a quem vem ensinar na Academia”. Esta troca de saberes contribui para “a melhoria e qualidade de vida dos alunos e, ao mesmo tempo, combater a solidão e o isolamento”. António Luís Soares, presidente da Câmara Municipal de Penamacor, evocou todos quantos deram alma a este projeto que está agora a começar. “Acredito que seja mais um projeto de sucesso em Penamacor”, sublinha. O autarca deixou um

agradecimento aos alunos, “porque sem esta adesão não era possível aspirar ao sucesso”, e a todo o corpo docente que aceitou o desafio de forma totalmente voluntária. Na impossibilidade de estar presente, o presidente da Associação Rede de Universidades da Terceira Idade (RUTIS) enviou uma mensagem de congratulação pelo nascimento de uma nova Academia Sénior que é sempre motivo de regozijo e satisfação. Luís Jacob refere “que os seniores de Penamacor vão ser mais felizes e mais ativos. A vossa iniciativa é ainda mais louvável, porque é feita num contexto de interioridade que urge inverter”. Lembrou ainda os números desta Rede que “une as 230 academias e universidades seniores portuguesas e que é a maior do mundo nesta área. São 35000 alunos e perto de 5000 professores voluntários envolvidos nesta aventura do saber ao longo da vida”, conclui Luís Jacob. ■

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CIMBB defende majoração do fomento à natalidade Beira Baixa defende majoração do fomento à natalidade na região A Comunidade Intermunicipal da Beira Baixa (CIMBB) defendeu hoje que as medidas para fomentar a natalidade devem ser majoradas nos territórios onde essa redução é estrutural e não conjuntural. “Há dois tipos de redução da natalidade: uma que é conjuntural e que advém desta crise, e outra, estrutural, que já se verificava antes, nomeadamente em regiões como a que integra esta comunidade intermunicipal”, disse o presidente da CIMBB à agência Lusa. A Comunidade Intermunicipal da Beira Baixa inclui os concelhos de Castelo Branco, Proença-a-Nova, Penamacor, Idanha-a-Nova, Vila Velha de Ródão e Oleiros. João Paulo Catarino explicou que a CIMBB defende que “as medidas que venham a ser tomadas [pelo Governo] para fomentar a natalidade tenham em conta as duas realidades”. E, onde a crise da natalidade é estrutural, os territórios “têm que ser substancialmente apoiados com uma majoração em relação aos restantes, senão continuar-se-á sempre pior e nunca mais se corrigem as assimetrias”, adiantou. Segundo o presidente da CIMBB

e da Câmara de Proença-a-Nova, “é fundamental haver essa majoração positiva para os territórios onde a redução da natalidade é estrutural”. Neste sentido, a CIMBB decidiu “sensibilizar” o Governo para que “esta realidade seja atendida” em futuras medidas de fomento à natalidade. João Paulo Catarino sublinhou ainda que, com a crise e a atual conjuntura, a redução substancial da natalidade passou a ser um problema nacional. ■ *Com Lusa

Colapso do actual sistema partidário? António D’Orey Capucho

O Presidente da República, no discurso oficial das comemorações do 5 de Outubro, manifestou profunda preocupação sobre a situação político-partidária e o afastamento dos eleitores das instituições do Estado. Chegou mesmo a admitir a implosão do sistema, tendo sido muito incisivo no apelo ao consenso entre as forças partidárias para a reforma do sistema político e as grandes opções políticas para o futuro a médio prazo. É certo que a crescente subida sustentada da taxa da abstenção nos sucessivos actos eleitorais é bem reveladora do descontentamento e do desinteresse dos portugueses perante a vida política. Também não podemos ignorar o descrédito crescente dos Partidos e das instituições do Estado revelado nas sondagens e inquéritos de opinião. Nas eleições legislativas considero que a alteração do sistema eleitoral é condição necessária para o com-

bate à abstenção, no pressuposto de que é adoptado um mecanismo que aproxime os eleitos dos eleitores, seja através de círculos uninominais, seja mediante um voto preferencial que permita a opção entre os elementos da lista plurinominal submetida a sufrágio. Curiosamente, quer Pedro Passos Coelho, desde que se candidatou pela primeira vez à liderança do PSD, quer António José Seguro, na recente campanha interna para o referendo do PS, defenderam precisamente aqueles objectivos para a revisão da lei eleitoral! E até sintonizaram noutro aspecto que considero muito relevante, qual seja a diminuição dos número de Deputados de 230 para 180, isto sem afectar a proporcionalidade nem a representatividade dos Partidos, pois concomitantemente seria adoptado um círculo nacional de compensação visando repor as distorções eventualmente causadas pelos círculos uninominais. Infelizmente, as perspectivas de acordo neste domínio são muito ténues pois, do lado do PSD, é manifesto que o CDS obstaculiza qualquer acordo neste sentido, sob

pena de rotura da coligação, ou seja, o PSD está refém do CDS; do lado do PS, se é certo que António Costa rejeita a diminuição do número de Deputados, não é claro se alinha ou não nas transformações necessárias à aproximação dos eleitores aos eleitos. Veremos o que propõe aquando da apresentação da moção de estratégia ao próximo Congresso dos socialistas. É certo que estamos muito perto do próximo acto eleitoral, mas creio que ainda seria possível um acordo PSD/PS neste âmbito desde que, como condição necessária, o próprio Presidente da República assuma directamente ou por interposto representante idóneo e aceite pelas partes, a mediação das negociações. Aliás, creio que só este sistema de mediação, tão comum em diversos países europeus para a procura de consensos duráveis sobre as questões nacionais mais prementes e relevantes, poderá na conjuntura actual obter frutos significativos. Compreende-se que assim seja pois a proximidade das eleições legislativas acentua a acrimónia entre os Partidos e a necessidade de acentuarem as suas diferenças, facto

este que é agravado pela subida de António Costa à liderança do PS e a necessidade de afirmação de um projecto político autónomo e alternativo ao da actual maioria parlamentar. A propósito, não posso deixar de realçar o aspecto positivo que representou o referendo interno do PS. Foi um êxito assinalável ao abrir a não militantes as opções até agora estritamente partidárias e conseguir por essa via uma participação muito significativa. O PS, importa reconhecê-lo, deu um contributo muito positivo para a democratização do sistema partidário e obriga assim os demais Partidos a uma reflexão interna muito séria sobre a adopção desta ou de outras modalidades que abram as suas portas à participação dos eleitores. De qualquer modo - insisto neste ponto - creio que não basta a Cavaco Silva apelar aos consensos e alarmar os cidadãos com um pessimismo deslocado face ao futuro (não se lhe ouviu uma única palavra de esperança no futuro, mobilizadora dos cidadãos, o que não pode ficar sem forte reparo). De resto, não tardaram os habituais críticos e até

alguns apoiantes (caso de Marcelo Rebelo de Sousa) a salientar as responsabilidades dele próprio na situação a que o País chegou, face às responsabilidades que lhe couberam no exercício do cargo de Primeiro-Ministro e, nesta última fase, enquanto Presidente da República... Por isso considero que deve ser ele a tomar a iniciativa, directamente ou por interpostos mediadores, de desencadear negociações entre as principais forças políticas em ordem à busca de consensos duráveis para as reformas que se impõem a as opções essenciais para o futuro. Considero ainda que, independentemente dos resultados dessas diligências, deve antecipar as eleições legislativas para a próxima Primavera - altura em que o actual Governo perfaz quatro anos - e não aguardar por Outubro. Tal pareceme exigível pela situação políticopartidária que vivemos, sendo certo que assim se afastam as legislativas das eleições presidenciais do princípio do ano seguinte e se permite ao novo Governo o necessário tempo de instalação antes de apresentar em Outubro o orçamento para 2015. ■


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Maria Eugénia F: 8 de Setembro 2014

Prof. António Martins Ferreira de Matos N: 22 de Abril de 1952 F: 18 de Setembro 2014

A Maria Eugénia deixou-nos em 8 de Setembro de 2014 Estava em Lisboa, eram 18H40 Fernando Sousa (Genro), a Isabel, e a Aurora de Sousa, Filhos e toda a Família deixam-lhe mensagem de eterna saudade. A Direcção do Jornal de Oleiros, apresenta condolências aos Amigos.

Faleceu em Oleiros o Professor António Martins Ferreira de Matos Figura popular de que todos gostavam (recebemos inúmeros pedidos de publicação de nota da juventude de Oleiros), deixou-nos em 18 de Setembro. Nascido em 22 de Abril de 1952, filho de Celestino Ferreira de Matos e de Celestina da Conceição Matos, era respeitado e acarinhado por todos. O Jornal de Oleiros e o seu Director e Família, lamentam e enviam condolências à Família e Amigos.

Na Sertã

Encontro com Alice Vieira No próximo dia 18 de outubro, a Vila da Sertã irá receber a visita da escritora Alice Vieira. Cerca das 15 horas a escritora estará na Biblioteca Municipal Padre Manuel Antunes, na Sertã, para um encontro com leitores. Segue-se a apresentação do livro “Os Armários da Noite” às 16h30m e, logo depois, decorre a habitual sessão de autógrafos. Na biblioteca podem ser encontradas diversas obras de Alice Vieira, nomeadamente “A bela Moura”, “A lua não está à venda”, “As três fiandeiras”, “Chocolate à chuva” e “Este rei que eu escolhi”, entre outras. Alice Vieira nasceu em 1943 em Lisboa. Licenciada em Filologia Germânica pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, sempre teve a paixão pela escrita e pelo jornalismo. Colaborou, desde cedo, em alguns jornais e participou em vários programas de televisão para crianças. Foi distinguida com diversos prémios, nomeadamente o Prémio de Literatura Infantil do Ano Internacional da Criança (1979) pelo seu primeiro livro “Rosa, minha irmã Rosa”, o Prémio de Literatura para Crianças / Melhor Texto do Biénio (1983-1984) da Fundação Calouste Gulbenkian pelo título “Este Rei que eu escolhi” e o Grande Prémio de Literatura para Crianças da Fundação Calouste Gulbenkian (1986) pela conjunto da sua obra. É considerada uma das escritoras portuguesas de literatura infantil e juvenil com maior sucesso: as suas obras encontram-se traduzidas em diversas línguas e editadas em inúmeros países europeus. ■

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2014 OUTUBRO

Piloto do Fundão brilha no Karting O Kartódromo de Fátima acolheu a 4ª prova do Campeonato Nacional de Karting 2014 e onde o jovem piloto Fundanense, António Correia, marcou presença no lote dos 10 pilotos inscritos na categoria Juvenil. Após as três sessões de treinos livres, onde os tempos que assegurou se cifravam no lote dos três mais rápidos, na única sessão de treinos cronometrados, que definiu a grelha de partida para a 1ª corrida de qualificação, obteve o 4º crono, largando assim da 4ª posição. Na partida, um toque sofrido provocou danos no eixo do kart e numa jante, pelo que com este pequeno incidente e por forma a não arriscar demasiado em busca

da terceira posição, o seu objectivo passou a ser a defesa daquele lugar, o que consegiu, terminando na posição com que iniciou esta primeira corrida. Na segunda corrida, largando novamente da 4ª posição fruto de uma má partida, teve que defender-se dos ataques dos adversários que o perseguiam, permitindo desta forma que o grupo da frente se distanciasse e o qual não conseguiu alcançar, pelo que novamente assegurou o 4º lugar. Na corrida final e partindo novamente do quarto lugar, logrou atingir a terceira posição, mas num sector do traçado, onde o adversário era mais forte, este último, concretizou a ultrapassagem, pelo que assegurou novamente a

Semáforo Primárias nos grandes Partidos vieram para ficar

quarta posição a uma distância considerável dos adversários que o perseguiam, mas a escassos metros da terceira posição. Foi um fim de semana com bons

resultados, que motivam o piloto para a última prova do Campeonato que terá lugar nos dias 15 e 16 de Novembro no Kartódromo de Braga. ■

Marcantes e decisivas no PS vão ser a partir deste momento essenciais nos grandes Partidos. No PSD várias movimentações apontam para o avanpo de Rui Rio. Basta o PSD marcar datas. E a urgência é imensa. Permitiria que o PSD fosse a Eleições com condições de vencer ao invés do que agora acontece. ■

Transformar paredes abandonadas em peças de arte

Artistas urbanos produzem murais no centro histórico da Covilhã Quatro artistas urbanos portugueses vão participar no “Wool On Residence” e transformar paredes e muros abandonados do centro histórico da Covilhã em peças de arte urbana, anunciou a organização. “Será aquilo que podemos designar de segunda edição do Wool Festival de Artes Urbanas, que promovemos em 2011. Agora, passados três anos, voltámos a obter financiamento e, naturalmente, regressamos às origens, ainda que num formato um bocadinho diferente, já que inclui a residência artística”, referiu à agência Lusa Lara Rodrigues, da organização. O evento, que decorre entre, o

passado domingo e o dia 26, reunirá os artistas Add Fuel, Bordalo II, Mr. Dheo e Tamara Alves, sendo que cada um será desafiado a produzir um mural individual que, tal como aconteceu da primeira vez, tenha como fonte de inspiração a cidade e a sua história. “Seja pela geografia e pela proximidade com a Serra da Estrela, seja pela quantidade de paredes livres e de prédios devolutos que podem ser intervencionadas, seja pela história, seja pela população que acolheu este festival de forma única, a Covilhã tem um potencial artístico muito grande e acreditamos que os artistas não lhes ficarão indiferentes”, acres-

centou Lara Rodrigues. Esta responsável destaca ainda o caráter de interação social do festival, que tem a denominação de “Wool” (palavra inglesa que significa lã) num “tributo à história e às gentes da cidade”, pela ligação histórica que a Covilhã tem aos lanifícios. “Queremos contribuir para dar

uma nova vida aos locais, mas queremos fazê-lo em ligação estreita com a comunidade. Queremos que as pessoas percebam e se identifiquem com o que está a ser feito”, sublinhou, explicando que a comunidade pode marcar presença e até contribuir para o desenvolvimento dos murais. Além da produção destes murais individuais que recuperarão muros e paredes em quatro artérias distintas da cidade, esta edição do “Wool on Residence” terá atividades paralelas como palestras, conversas com artistas, exibição de filmes e a criação de uma exposição itinerante. Do programa consta ainda uma

ação de arte urbana participativa na qual os artistas convidados se desloca a um bairro social do concelho da Covilhã para produzir um mural em conjunto com as pessoas que aí residem. A concretização deste evento será financiada pela Direção-Geral das Artes, além de contar com o apoio da Câmara Municipal da Covilhã e com o patrocínio e apoio de empresas locais, nacionais e internacionais. A ação também será inserida nas comemorações do dia da cidade da Covilhã. ■ *Jornal de Oleiros/Lusa


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