"Não há Democracia sem imprensa livre" o de o t i r t Dis anc r B lo aste
www.jornaldeoleiros.com Director e Fundador: Paulino B. Fernandes Director-Adjunto: José Lagiosa
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Ano 6, Nº 37, Setembro de 2014 • Preço: 0,01€ (inclui IVA) • Edição Mensal , aos dias 15 de cada mês
Influente na região do Pinhal Interior Sul, Beira Interior Sul e Cova da Beira Correspondentes fixos em todas as sedes de Concelho do Distrito de Castelo Branco e Freguesias de Oleiros
O tempo passa, a memória fica
Entrámos no 6º ano de vida
*Foto Alberto Ladeira
Homenagem ao Senhor Cónego Martinho Cardoso Pereira, após 34 anos dedicados a Oleiros e à região. Bem Haja
14.ª Feira do Pinhal deslumbra visitantes
Município de Oleiros e Naturtejo envolvidos na organização
Trans-Pangeia Challenge, 1000 km a correr entre o Canadá e Portugal página 19
Fernando Jorge acentua necessidade de avançar com o Cadastro Territorial na região página 2 - 3
Hortense Martins, Deputada é a nova Presidente do PS de Castelo Branco
página 2
Personalidades de todo o Distrito enviam felicitações pelo 5º Aniversário do Jornal de Oleiros. Bem Hajam páginas 4 e 5
* Orquestra Função Públika * Grupo Costa Verde * Grupo Ciklone * Orquestra Royal * Orquestra Zona Norte * Banda Kumitiva * Grupo Trap Zap * F.M.I. Grupo Show * Grupo Alta Definição * Grupo Nova Galáxia * Grupo NS Band * Grupo Sector Públiko * Gupo Show Band * Grupo Versus * Banda Oxygénius *
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Jornal de OLEIROS
EDITORIAL
2014 SETEMBRO
14.ª Feira do Pinhal deslumbra visitantes . A Floresta, tema central
Setembro de 2009, era tomada a decisão… Publicar um Jornal, o Jornal de Oleiros. Saíu em 15 de Outubro de 2009, 4 dias depois das Eleições Autárquicas, não se envolvendo nas mesmas. Era um primeiro sinal da independência que se anunciava e viria a ser sempre praticada. Em contra-ciclo económico, sobrevivemos com a ajuda de duas dezenas de Amigos que foram ajudando aos poucos, chegando mesmo a pensar-se num Grupo de Amigos que não foi adiante por razões burocráticas. Depois foi a afirmação persistente, levar Oleiros ao mundo, influir em toda a região, ser determinante. Pagámos caro em muitas ocasiões…mas seguimos e continuámos a crescer, e, mais do que crescer, ganhámos notoriedade, estatuto. O investimento no online foi determinante. Somos lidos e muito em todo o mundo, Oleiros passou a contar com um apoio forte ao nível da comunicação. Hoje somos incontornáveis em toda a região, respeitados. Isso é o importante. Como diz Fernando Freire na bela peça que publicamos na página 4, ser independente e livre não é fácil. Mas assim permaneceremos, doa a quem doer. A edição deste aniversário… e entrada no 6º ano de vida Orgulha-nos muito. Pela diversidade de opiniões dos líderes que escrevem nesta edição, percebe-se com facilidade o que anteriormente afirmámos. Fica a terminar, a garantia de que este caminho não é alterável com este Director. ■ Paulino B. Fernandes Director Email: jornaldeoleiros@sapo.pt
A 14.ª edição da Feira do Pinhal, a qual teve lugar em Oleiros de 6 a 9 de agosto, ficou marcada pela viragem definitiva deste certame em torno do seu tema central: a floresta. Na inauguração do certame, o Presidente da Câmara Municipal de Oleiros, Fernando Jorge, referiu que “se quisermos ser competitivos no setor primário, o emparcelamento das terras é fundamental. Mas para podermos emparcelar, precisamos de ter o cadastro deste território. Beneficia as populações, ajuda o Estado, permitirá alargar horizontes e criar riqueza para o país”. Em resposta, o Secretário de Estado do Ordenamento do Território e da Conservação da Natureza, Miguel de Castro Neto, referiu que tem vindo a trabalhar no âmbito da simplificação do cadastro florestal. “Só conhecendo o território se pode agir, por isso, temos uma proposta de lei para simplificar os processos e dotar o país de um sistema ágil e de acesso ao cidadão. Assim que a lei seja aprovada, Oleiros pode vir a ser um caso piloto”, referiu ainda o governante. Este ano a tónica dominante foi, sem dúvida, a floresta e o evento revelou-se uma oportunidade de excelência para afirmar toda a região do Pinhal como destino único e autêntico. A inovação e a diferenciação foram as marcas dominantes e os stands afetos ao município arrojaram pelo exemplo que pretenderam dar e que a todos deslumbrou. No stand do município, os visitantes para além de contactarem com várias soluções decorativas a partir de derivados da floresta, puderam degustar a “CaipiPinha” feita à base de vinho Callum. O evento trouxe milhares de pessoas à vila de Oleiros e revelou-se um enorme sucesso, superando todas as expetativas. Verificaram-se algumas mudanças pontuais que em muito contribuíram para a funcionalidade do espaço e para o bem-estar, tanto de expositores como de visitantes. Ao longo da Feira, destaque para as duas exibições da Pirotecnia Oleirense, verdadeiramente impressionantes de profissionalismo e inovação A encerrar o certame com chave de ouro, no último dia da feira - 9 de agosto -, da parte da manhã, o programa Verão Total realizou a sua emissão a partir do Jardim Municipal de Oleiros (recentemente requalificado e com uma moldura humana significativa),
onde várias particularidades do concelho tiveram o seu destaque. Pelo plateau do programa passaram ainda de uma forma dinâmica algumas das muitas potencialidades Oleirenses, numa transmissão que esteve à altura das expetativas de quem assistiu ao programa. O nosso jornal, Jornal de Oleiros, a
caminhar para em breve ser o Jornal com mais edições publicadas depois do Heraldo que nos antecedeu, foi o centro de muitas visitas de Amigos, assinantes, parceiros e personalidades da política incentivando a que continuemos no mesmo caminho. É o que faremos com a genuidade da verdade, da independência, do rigor. ■
PAPELARIA JARDIM
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Feira do Pinhal foi tremendo êxito Fernando Jorge, Presidente da Câmara discursou e acentuou o potencial da região e do Concelho de Oleiros. Além da necessidade de iniciar o Cadastro na região e no Concelho de Oleiros " ..é preciso conhecer o território..." disse ainda " ...o concelho produz mais do que consome...cria valor". Esteve bem nas diferentes exigências efectuadas, demonstrou conhecimento, tem projecto para o futuro. O Secretário de Estado foi ao encontro das exigências e admitiu que Oleiros pode ser um Concelho piloto nas questões do indispensável cadastro territorial e anunciou que vai ser criada a figura do " Técnico de Cadastro Regional", admitindo ainda a descentralização, as Autarquias e as Comunidades Intermunicipais vão poder alterar o Cadastro actual, actualizando-o ". A FEIRA em si, foi um êxito, bem organizada, potenciada, valorizada, introduziu dinamismo. este é o caminho, qualificando. Naturalmente, a região esteve em peso no certame, Vila de Rei, Castelo Branco, Penamacor, Idanha, Sertã, Ladoeiro, etc, não faltaram e contribuiram para o êxito. ■
Bombeiros de Oleiros com nova viatura
FREGUESIA do ORVALHO
Foi apresentada uma nova viatura florestal de combate a incêndio (VFCI) durante a Feira do Pinhal. Proveniente da Alemanha, onde o próprio CMDT a foi recolher, vem reforçar os meios dos nossos bombeiros e é bem vinda.
Saúda 5º aniversário do Jornal de Oleiros Av. S. Sebastião, 6, Orvalho (OLR) Tlf: (00351) 272 746 399 WEB: http://www.jf-orvalho.com
S. Torcato do Moradal, 6160-132 Estreito (OLR) • Tlf: + 351 272 654 008 - Tlm: + 351 96 443 74 01 email: geral@storcatomoradal.com WEB: www.storcatomoradal.com
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Jornal de OLEIROS
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Personalidades da região felicitam o Longa vida e muito sucesso O Jornal de Oleiros celebra hoje 5 anos da sua existência, sendo hoje um dos títulos com uma forte presença quer local quer regional. Não foi um percurso fácil. Coincidiu com uma das mais fortes crises que alguma vez atingiu Portugal e a Europa. E apesar de os tempos serem de forte mudança e de enormes dificuldades o Jornal de Oleiros conseguiu superá-las tornando-se uma voz respeitada e afirmativa do nosso Distrito e Região. Podemos afirmar que o Jornal de Oleiros enquanto entidade viva e resistente se identifica com aqueles que aqui nasceram e aqui vivem. É pois com enorme alegria e satisfação que saudamos o Jornal de Oleiros pelo seu V Aniversário; dizendo-lhe aquilo que se diz aos nossos amigos mais próximos. LONGA VIDA e MUITO SUCESSO. Aos Colaboradores enviamos os nossos Parabéns. *Manuel Frexes Presidente da Distrital do PSD de Castelo Branco
Que venham mais Aniversários! Neste apagar de velas saúdo o caminho percorrido e desejo um futuro longo. Fazer um jornal regional é uma tarefa aliciante mas penosa. Tem de despertar consciências, tem de alertar e confrontar-se com incompreensões. No entanto é encantador por a região a falar de si e a falar consigo. A tarefa não é só informativa é também provocadora de ações, impulsionadora de movimentos e sobretudo da criação dum espirito congregador. Ajudar a criar uma coesão regional alicerçada numa história, que importa dar a conhecer, e numa cultura que dá corpo a um espaço próprio. É a fala da região e o conhecer das suas aspirações. Esta imprensa fortalece a democracia. Une os residentes no espaço em que atua e liga à região aqueles que daí saíram para sítios bem distantes. Sei que os tempos não são de facilidades para a imprensa regional. A concorrência de outros meios que fazem recurso a tecnologias mais convidativas e a crise económica, que restringe a publicidade, são fatores que dificultam a vida destes órgãos se quiserem permanecer livres e independentes. Felicito o diretor e fundador do Jornal de Oleiros – Paulino Fernandes pela sua ousadia na criação e manutenção deste meio de comunicação social e especialmente por se dirigir a uma zona deprimida, com dificuldade de afirmação e problemas de autoestima. Também o cumprimento pela forma como tem desempenhado a sua missão, num meio pequeno, propiciador de desvios se for excessiva a proximidade aos diferentes órgãos de poder. Este seu exemplo dá-nos força e contraria acomodações. Se é possível construir um jornal com estas limitações também tem de ser possível concretizar certas aspirações, até porque a imprensa local ajuda fortemente o impulsionar dos projetos transformadores de interesse coletivo. Habituei-me, na minha intervenção cívica, a contar com a comunicação social regional no divulgar de projetos, na análise de propostas e até na crítica que, em cada momento, possam fazer. É um diálogo frutuoso se existir independência jornalística, não querer ser aquilo que não é a sua missão e estar vigilante para evitar dependências que a democracia condena e as nossas consciências repudiam. A um concelho não basta ter uma Câmara, serviços públicos da administração central, associações e coletividades, até porque sabemos, por experiência recente, que a todo o momento podem desaparecer. Ter uma voz que é difícil calar é um elemento de defesa e consolidação duma vivência coletiva estruturada. A imprensa Local é um castelo onde todos nos juntamos. Faço votos que o Jornal de Oleiros continue a ser a voz da região onde se insere. *Fernando Serrasqueiro Deputado, ex-Secretário de Estado
São 5 anos de luta em prol da região É com muito orgulho que deixo uma mensagem de parabéns ao Jornal de Oleiros e a toda a sua equipa pelo seu 5º aniversário. Trata-se de um meio de comunicação que divulga e explora temáticas de elevado interesse com toda a isenção e ética a que o código deontológico obriga. São 5 anos de luta em prol das regiões do Pinhal Interior Sul, Beira Interior Sul e Cova da Beira, registando-se aqui o nosso reconhecimento por tudo que tem feito a favor do Município de Idanha-a-Nova. Votos de felicidades e muitos anos de vida. *Armindo Jacinto Presidente da Câmara Municipal de Idanha-a-Nova
A importância da Imprensa Livre Determina a Constituição da República Portuguesa (CRP) no seu art.º 37 “todos têm o direito de exprimir e divulgar livremente o seu pensamento pela palavra, pela imagem ou por qualquer outro meio…”. E, o mesmo diploma, no art. 38.º, estipula que “é garantida a liberdade de imprensa” e que esta inclui, designadamente “…a liberdade de expressão e criação dos jornalistas e colaboradores…”. Outrossim, o art. 7.º do Estatuto do Jornalista (EJ), Lei n.º 1/99, de 13 de Janeiro, fixa que “A liberdade de expressão e criação dos jornalistas não está sujeita a impedimentos ou discriminações nem subordinada a qualquer tipo ou forma de censura.” Porém, a liberdade de expressão não é absoluta. Ela tem limitações. Por exemplo a Lei de Imprensa, Lei n.º 2/99, de 13 de Janeiro, salvaguarda, no seu artigo 3º, que constituem limites à liberdade de imprensa “os que decorrem da Constituição e da lei, de forma a salvaguardar o rigor e a objetividade da informação, a garantir os direitos ao bom nome, à reserva da intimidade da vida privada, à imagem e à palavra dos cidadãos e a defender o interesse público e a ordem democrática”. E o art. 14.º, n.º 2, alínea d), do EJ estabelece que constitui dever dos jornalistas “Abster-se de recolher declarações ou imagens que atinjam a dignidade das pessoas através da exploração da sua vulnerabilidade psicológica, emocional ou física”. No regime legal vigente importa relevar que uma imprensa livre é indispensável a um estado de direito democrático. Todavia, nos tempos hodiernos, assistimos a grandes grupos de empresas de comunicação que se aproximam, e se confundem muitas vezes, com figuras com um estatuto público semelhante a um “status familiae” que podem dominar e afetar, efetivamente, os regimes ocidentais. Estes grupos que se arrogam defensores de princípios e valores democráticos, com a escolha seletiva de determinados temas, em detrimento de outros, influenciam a opinião pública, fazem o pensamento de muitos leitores, promovendo rumores e suspeitas, condicionando o pensamento de muitos sobre determinado pessoa ou tema. As pessoas estão muito acostumadas a escutar e a interiorizar o que lhes dizem pelo que pode dizer-se que “um boato nunca morre”. O princípio da igualdade das armas para o injuriado não existe. Há, no boato, uma clara violação do princípio do contraditório, pelo que os jornalistas devem estar atentos às suas fontes e às investigações sob pena de violarem a sua imparcialidade. Também os jornalistas sofrem inúmeras pressões para publicarem certas notícias. Parafraseando o diretor executivo da Freedom House, http://www.freedomhouse.org/, "a profissão de jornalista está encostada à parede e a lutar para sobreviver, à medida que as pressões dos governos, de outros atores poderosos e da crise económica global crescem". Uma imprensa livre faz viver e assegura a democracia. Uma imprensa livre e independente distingue um regime democrático de um regime autoritário pelo que cabe a todos nós defendê-la sob pena de colocar em crise a frágil democracia. Viver em liberdade inclui proteger uma imprensa independente e plural, uma imprensa acordada que, mesmo sem deter o poder jurisdicional, tem o dever de investigar e atuar em busca da verdade, dos fundamentos legítimos perante a sociedade para a realização da justiça, em respeito pelos direitos humanos e pela dignidade humana. *Fernando Freire Presidente da Câmara de Vila Nova da Barquinha
Votos de enorme sucesso Na data em que o Jornal de Oleiros celebra o seu 5º aniversário, a Autarquia de Vila de Rei aproveita para congratular e felicitar toda a sua equipa, salientando o importante papel que este Jornal desempenha na comunidade. A região Centro do País tem na imprensa regional um importante aliado para a sua promoção, e, desta forma, desejamos ao Jornal de Oleiros votos de enorme sucesso para o futuro. *Ricardo Aires Presidente da Câmara Municipal de Vila de Rei
Jornal de Oleiros é um elo regional O Jornal de Oleiros tornou-se uma voz forte na chamada zona do Pinhal. Sabemos da importância de uma comunicação social activa e atenta numa zona de interior, em que é preciso mexer com as consciências e acicatar as forças vivas, este jornal assumiu esse papel. Mas quero nesta data sublinhar o enorme esforço que o jornal está a empreender para alargar os seus horizontes, o seu raio de acção. Sou testemunha do seu trabalho em toda a região da beira, cobrindo noticiosamente Belmonte, o que muito nos honra. Conseguimos assim transpor a Gardunha e fazer chegar notícias até ao outro lado do distrito. O Jornal de Oleiros é assim um elo regional que nos torna mais próximos , mais conhecedores de nós mesmos… a todos os seus profissionais os meus parabéns e os votos de continuação do seu bom trabalho. * António Dias Rocha Presidente da Câmara Municipal de Belmomte
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o Jornal de Oleiros neste aniversário Ousadia em fundá-lo
Grande coragem em tempo de dias difíceis Começo por dar os Parabéns ao Jornal de Oleiros por este 5º aniversário e estender essa felicitação a toda a equipa de colaboradores que mensalmente fazem chegar às bancas uma publicação de qualidade, com um jornalismo independente e imparcial, sempre em defesa da nossa região e das nossas populações. Apesar da sua juventude, o Jornal de Oleiros é já hoje uma referência da imprensa regional. Veio colmatar um vazio existente na imprensa escrita regional na sua área geográfica de abrangência. Constitui hoje um importante e poderoso veículo de comunicação e divulgação das actividades e acontecimentos regionais permitindo assim uma divulgação alargada das diversas actividades e acontecimento que se vão passando. Numa altura em que a comunicação social em geral e a imprensa regional em particular vivem dias difíceis é necessário uma grande coragem e determinação para arrancar e manter uma publicação isenta, credível e capaz de dar voz aos cidadãos, às associações, às colectividades e às instituições regionais independentemente das suas opções ideológicas, politicas, partidárias ou religiosas. A imprensa regional foi durante muitos anos, especialmente durante os anos da ditadura mas também já em democracia, a única forma de se ir conhecendo a realidade das populações e o seu dia-a-dia e aquilo que invariavelmente não cabe nas grandes parangonas da imprensa nacional. É também muitas vezes o veículo que vai atenuando a saudade e mantendo a ligação dos que por infortúnio da vida tiveram de abandonar as suas terras e sair para fora à procura de uma vida melhor. Por tudo isso a imprensa regional tem um papel fundamental, indispensável e insubstituível na vida colectiva das nossas comunidades, na preservação da sua história, da sua memória, da sua cultura e dos nossos costumes e raízes. Desejo ao Jornal de Oleiros os maiores sucessos e venturas e que continue por muitos e longos anos o seu trabalho meritório, isento e independente dando voz às nossas populações, às suas actividades, às suas necessidades e aos seus anseios. *Vítor Pereira Presidente da Câmara de Covilhã
Apesar da juventude intensa atividade informativa Cinco anos de atividade jornalística ao serviço da região da Beira Baixa impõe-nos enquanto autarcas, e apesar da relativa juventude do Jornal de Oleiros, prestar a nossa homenagem a estes anos de intensa atividade informativa, destacando o papel que a comunicação social regional, veículo privilegiado de transmissão da dinâmica das comunidades, da nossa história e da nossa cultura, desempenha no reforço da coesão social. Habitualmente, na nossa matriz como povo, assumimos um papel mais de criticar e menos de elogiar mas, de facto, há que reconhecer o trabalho notável feito pela comunicação social regional, em prol do desenvolvimento das regiões, das comunidades e das organizações da sociedade civil. Dar expressão a uma dinâmica crítica, mas construtiva, em relação à sociedade, dar voz a propostas inovadoras, corporiza as linhas que orientam um verdadeiro conceito de serviço público. Os princípios que norteiam a atividade jornalística – profissionalismo, rigor e isenção – são universais e devem estar presentes em todos os órgãos de comunicação social, no entanto, perante uma realidade económica que condiciona a sobrevivência da comunicação social regional, a tarefa de informar com isenção torna-se mais difícil e árdua o que reforça o seu prestigio sempre que o respeito pelo código deontológico e pela objetividade são seguidas como farol. Tal perfil de atuação é facilmente identificável no Jornal de Oleiros que, apesar da sua juventude, revela uma maturidade, um respeito e um compromisso pela missão de informar os leitores de forma plural, contribuindo para o enriquecimento da democracia e da igualdade de oportunidades. Este é o reconhecimento que, em nome do município de Vila Velha de Ródão, é justo destacar na comemoração do 5º aniversário do Jornal de Oleiros a cuja direção e respetivos colaboradores, endereço os meus parabéns. *Luís Pereira Presidente da Câmara Municipal de Vila Velha de Ródão
Felicito o Jornal de Oleiros pelo seu quinto aniversário. E felicito o seu Director pela ousadia que teve em fundá-lo e vivê-lo no dia a dia. Cinco anos pode parecer um curto período de tempo, mormente se o enquadrarmos no tempo médio duma vida humana, mas para um jornal em papel e num Concelho do Interior do País é um facto de enaltecer e admirar. É também uma prova que trabalhar não significa só ganhar dinheiro, mas que pode trazer uma satisfação pessoal quando se faz aquilo que se gosta. E é isso que o Paulino Fernandes tem feito com o Jornal
de Oleiros. Parabéns por este aniversário e que continue a apagar velas por muitos anos. * Fernando M. Jorge Presidente da Câmara de Oleiros
Informação de proximidade tem uma importância vital Numa era em que a informação prolifera e em que tudo parece estar acessível, não faltam dúvidas sobre o futuro dos jornais e o papel que lhes está destinado. A circulação massiva de dados em nada substitui o lugar imprescindível dos media: bem pelo contrário, cabe-lhes confirmar e validar informação, promover o debate público e dar visibilidade a temas que só profissionais capacitados conseguem desenvolver. Consideramos que a informação de proximidade tem uma importância vital para dar voz às comunidades e que uma região será tanto mais forte quanto mais atenta e esclarecida for a comunicação social nela existente. Num contexto particularmente difícil e numa região em que a dispersão e o despovoamento dificultam o crescimento de jornais, felicitamos o Jornal de Oleiros pelo espaço que tem vindo a consolidar, tanto na versão impressa como online. *João Paulo Catarino Presidente da Câmara de Proença-a-Nova
Mensagem pelo 5.º Aniversário do Jornal de Oleiros Saúdo a passagem do 5.º aniversário do Jornal de Oleiros, um projeto que vi nascer, pelo qual passaram diversos colaboradores e que veio reforçar a oferta jornalística da região. Recordo, há 5 anos, o entusiasmo com que foi criado e o mérito de ter sido constituído num espaço de tempo notável: cerca de 2 meses. Deixo também uma palavra de apreço para os seus fundadores, um painel de cidadãos oriundos dos mais variados quadrantes, os quais não quiseram deixar de dar o seu contributo em prol do desenvolvimento cultural desta região. Para todas as pessoas que fazem parte deste projeto, desde o seu Diretor a todos os Colaboradores (da fundação até à atualidade), faço votos das maiores felicidades. José Santos Marques Comendador, Presidente da Assembleia Municipal de Oleiros
Pedro Amaro ao Jornal de Oleiros
O Jornal de Oleiros é hoje uma referência no âmbito da comunicação social regional, pelo que expresso as minhas sinceras felicitações pelo seu 5º aniversário. Para além da normal informação em papel, tem hoje uma vertente de divulgação on-line reconhecidamente meritória e que possibilita que, mesmo concelhos mais distantes, possam usufruir desse beneficio das novas tecnologias, e que possa ser uma mais-valia na divulgação, promoção e imagem dos nossos Municípios e da nossa região.
Fundado em Setembro de 2009, graças ao seu empenho pessoal e de outros, entre os quais me permito destacar o falecido Dr. João Ramos, que nos deu a honra de ser sócio desta Casa, fico naturalmente satisfeito pelo facto do Jornal de Oleiros completar este ano os 5 anos de existência. Tal, estou certo, tem contribuído para levar mais longe o nome do município de Oleiros, ajudando a promover quer o concelho, quer as suas gentes, mas também a região envolvente. Está, por isso, de parabéns o Jornal de Oleiros, com a equipa de trabalho que o torna uma realidade. Ao seu Director, em meu nome pessoal e da Casa da Comarca da Sertã, desejo vitalidade para dar continuidade ao trabalho que têm realizado ao longo destes anos.
*Luís Beites Soares Presidente da Câmara Municipal de Penamacor
* Pedro Amaro Presidente Casa da Comarca da Sertã
Vertente online reconhecidamente meritória
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cASTELO BRANCO
Castelo branco é uma delas
José Lagiosa
A iniciativa (A)riscar o Património quer juntar no dia 27 de setembro ‘sketchers’ (desenhadores), ilustradores, outros artistas ou simples amantes do desenho em nove cidades e os trabalhos realizados devem integrar uma exposição e mais tarde um livro. Numa organização da Direcção-Geral do Património Cultural, com apoio dos Urban Sketchers Portugal, o evento decorre em Viana do Castelo, Porto, Coimbra, Tomar, Torres Vedras, Lisboa, Castelo Branco, Évora e Ponta Delgada. O mote para a iniciativa é “associar a representação do património com o desenho” enquanto “ registo do olhar, memória fugaz de um tempo e de um sítio”, segundo a organização, que garante que o convite se estende a todas as pessoas. Para a iniciativa não é necessário inscrição, sendo, porém, obrigatório material de desenho, “olhar afinado e vontade de desenhar”. “As únicas limitações prendemse com o tema – património - e os
Projeto (A)riscar o Património vai juntar ‘sketchers’ no mesmo dia em nove cidades
locais onde o evento irá decorrer e com a importância da representação in situ [no local]”, lê-se na informação divulgada. O percurso em Lisboa, por exemplo, inicia-se no Museu do Carmo e segue pelo Largo Trindade Coelho, Igreja de S. Roque, Elevador da Glória e, eventualmente, até ao Largo de S. Domingos, sob a orientação de Eduardo Salavisa. Os participantes podem enviar os seus desenhos, em suporte digital, até 11 de outubro e esses trabalhos devem integrar uma exposição itinerante e uma publicação. O blogue da iniciativa (ariscaropatrimonio.wordpress.com) vai publicar as participações e tem também o objetivo de “dar
continuidade ao projeto, criando raízes para futuras edições”. O (A)riscar o Património está integrado nas Jornadas Europeias do Património, que decorrem entre 26 e 28 de setembro, em todo o país. Os Urban Sketchers Portugal são a representação nacional de uma organização criada nos Estados Unidos, em 2007, por autores que desenham em diários gráficos as cidades onde vivem e os sítios por onde viajam. No seu manifesto, explicam que os desenhos passam pelo registo direto do que se observa e contam a história do que rodeia o autor. “Os desenhos são um registo do tempo e do lugar” e “os ‘sketchers’ são fiéis às cenas que presenciam” são outros dos ‘mandamentos’ desta organização, que valoriza cada estilo individual de autores que desenham em grupo e partilham os desenhos ‘online’. “Esta é uma forma de mostrar o mundo, um desenho de cada vez”, acrescenta o manifesto. ■ *Jornal de Oleiros/Lusa
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cASTELO BRANCO
Com base na Região das Beiras
INQUIETUDE *Coluna do Director-Adjunto
Melhorar a Democracia A Democracia é, sem margem para dúvidas, o menos mau dos sistemas políticos, que o Homem inventou ao longo da sua história, embora esteja longe de ser perfeito. Daí a constante necessidade de a melhorar, enriquecer e mesmo reinventar. Vem isto a propósito das Primárias no Partido Socialista para a escolha do seu candidato a Primeiro-ministro de Portugal. Esta solução encontrada pelo líder do PS é uma forma de melhorar e enriquecer o espetro político e partidário contribuindo para um certo reencontro entre os eleitores desgastados por políticas e políticos autistas que ao longo dos anos não tem sabido encontrar resposta para todos aqueles que se têm divorciado dessa nobre arte, que é a política Esta proposta tem, pelo menos e para já, uma virtude. A discussão pública de um tema que é importante e por arrasto a discussão da própria Democracia como sistema político. Chegámos a um tempo em que, ou temos coragem e imaginação para alterar, melhorar, reinventar a própria Democracia ou estaremos inapelavelmente a caminhar para a sua definitiva falta de credibilidade, com todos os riscos que daí advêm para a liberdade. Para evitar que isso aconteça, algo mais será necessário fazer, a começar pela renovação dos partidos políticos que deve começar nas suas seções, concelhias e distritais. Se essa renovação não for acontecendo nunca será possível a renovação a outros níveis, porquanto haverá sempre a tendência à autoproteção dos poderes instalados. A discussão e a renovação nos partidos políticos são essenciais. Essa discussão e renovação estão a acontecer no Partido Socialista. Nada será como antes. As primeiras primárias realizadas em Portugal, determinarão um caminho a seguir por outros. Serão um exemplo de cidadania e participação, independentemente do seu resultado final. Seria, afinal justo, que aquele que tanto “berrou” contra elas não venha afinal a beneficiar delas e a alcançar aquilo que procurou sob a forma de uma tentativa de golpe de estado. Os mais de 45000 simpatizantes inscritos para as Primárias, bem mais que os atuais eleitores no partido, demonstram que o interesse é grande apesar de o número poder, ainda, alcançar maior e mais expressivo numero. Será uma inovação, a partir da qual, a política portuguesa nunca mais será aquilo a que nos habituaram e que tem sido a razão, entre outras, do alheamento de muitas portuguesas e portugueses da participação política nomeadamente do ato de votar. As primárias no PS estão a começar a demonstrar isso mesmo. ■ José Lagiosa
Novo projeto nacional ao encontro da internacionalização
Está em fase adiantada, a constituição e apresentação de uma empresa com raízes e base na Beira Baixa, que é já detentora de várias marcas registadas, das quais a âncora será “D’Alcaide”. Esta empresa visa operar no mercado nacional, numa primeira fase e, posteriormente, alargamento ao estrangeiro, tendo a Europa como primeiro patamar da sua internacionalização. O objetivo é, segundo uma fonte dos investidores, trabalhar com o que de melhor existe na produção da nossa região, como a fruta, vinhos, azeites, licores, bolos, gastronomia, queijos e enchidos, aguardente de medronho, jeropiga e água pé, tudo o que de bom produzimos, as nossas tradições, festas e romarias, empresas, turismo, a nossa cultura, as nossas praias, turismo rural, e os concelhos que nos estão na génese, dar-lhes dimensão e notoriedade e criar riqueza, a partir do melhor que sabemos fazer, fabricar e produzir. Promover empresas e produtos como compotas, condimentos, rebuçados, licores, são alguns exemplos de uma vasta gama que são a riqueza das economias regionais e locais, que importa potenciar, valorizar, divulgar de forma a criar mais-valias e gerar riqueza para diversos setores produtivos, quer no mercado nacional como no mercado internacional. A gama alargada e abrangente de produtos permite a oferta diversificada sob uma bandeira, a marca âncora, reforçada por submarcas, dando uma imagem personalizada, uniforme e consistente. A suportar toda a operação, está prevista a abertura de três lojas,
em território nacional e em regiões estratégicas e de grande potencial, Porto, Lisboa e Algarve, que serão a âncora não só dos produtos próprios mas também de todos aqueles que poderão ter aqui uma plataforma de lançamento tanto no território nacional como no posterior e faseado alargamento ao estrangeiro, a países como a Bélgica, Reino Unido, Alemanha, Rússia, Eslováquia, República Checa, Croácia, sul de França, Islândia, Áustria para além de uma revista de divulgação de periocidade trimestral, cujo nome ainda está no segredo dos deuses, que terá uma linha editorial de cariz eminentemente económico, com projeção de produtos, será um veículo de divulgação dos produtos constantes do portfolio da empresa, trará ao conhecimento do público, empresários e empresas e procurará dar voz ao que de melhor se faz na região da Beiras a nível do turismo rural, hotelaria, gastronomia e circuitos turísticos. Terá distribui-
ção nacional e no estrangeiro, será editada sempre em português e na língua oficial do país a que se destina, Um outro canal de distribuição da revista, o nome está ainda no segredo dos deuses, será a frota de aviões da companhia aérea nacional, a TAP, cuja edição bilingue será em português/inglês. A tiragem será de 25.000 exemplares por país. Este é, seguramente, um projeto consistente, ambicioso, mas estruturalmente bem pensado e amadurecido, com um plano de desenvolvimento e consolidação a dez anos, que passa pela criação de uma associação/agência para a captação de investimento e desenvolvimento, a funcionar como veículo de comunicação, interação e acompanhamento de todos os que queiram investir, quer seja de fora para cá, como na direção oposta, de cá para a internacionalização. ■ José Lagiosa/JO
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cASTELO BRANCO
Pedro Coelho concretiza sonho ao terminar o Ultra Trail do Mont Blanc
Foi da localidade francesa de Chamonix que partiram, no dia 29 de agosto que, os 2434 atletas dos quais 200 mulheres, que participaram no Ultra Trail do Mont Blanc. Entre eles encontrava-se o albicastrense Pedro Coelho. Se muitos lutavam por um lugar no pódio, Pedro Coelho perseguia o seu sonho de terminar esta grande prova para a qual não tinha sido escolhido em 2013. Nas descidas Pedro Coelho corria com cuidado para que o seu tornozelo, que o incomodou durante a sua preparação que teve treinos nas serras da Estrela e da Gardunha, não o fizesse desistir. Nas subidas
os lugares eram recuperados. Quando passavam 43 horas, 33 minutos e 20 segundos após a sua partida Pedro Coelho chegava à meta acompanhado da bandeira portuguesa. Era o alcançar do seu grande sonho. Para trás ficavam 168 kms de enorme dureza mas com cenários só ao alcance de, grande atletas. O vencedor da prova foio francês François D’Haene com o tempo de 20 horas, 11 minutos e 44 segundos. Desistiram 856 participantes. ■ *Manuel Geraldes/JO
Valnor inicia época escolar A Valnor, empresa responsável pela recolha, triagem, valorização e tratamento de resíduos sólidos em 25 Municípios que constituem a sua área de influência, tem como principal missão a preservação do meio ambiente onde se insere e a melhoria do serviço prestado às populações no âmbito da gestão dos Resíduos Sólidos Urbanos. O Departamento de Sensibilização e Imagem, da Valnor promove a educação ambiental, seguindo uma das missões da empresa que passa por sensibilizar toda a sociedade civil, procurando assim dar uma resposta à preocupação que todos devemos ter com o futuro da terra de modo a que consigamos compreender o mundo e agir nele de forma consciente e crítica, criando novas relações com a natureza, procurando viver no cuidado, no respeito e na preservação da mesma, evitando e ajudando a evitar comportamentos que ponham em risco o nosso futuro. “A sensibilização ambiental direcionada para
toda a sociedade civil é uma das preocupações basilares da Valnor, pelo que, estamos conscientes de que uma população mais comprometida com a qualidade de vida ambiental é mais colaborante com o nosso trabalho e mais empenhada na reciclagem” disse ao Jornal de Oleiros, Fernando Nunes, responsável pelo departamento. A Valnor coloca-se inteiramente e de forma gratuita ao serviço de toda a sociedade civil, em estreita colaboração com as autarquias, escolas e associações, com os seus instrumentos de sensibilização que passam por palestras, seminários, visitas
acompanhadas às nossas instalações ou outras que entendamos como válidas, de forma a promovermos a preservação e a valorização do nosso património natural, tendo em vista promoção de hábitos de reciclagem. Ao longo do ano a empresa abrange um grande número de pessoas que passam a entender a prevenção ambiental e o modo como encaminham os seus resíduos sólidos urbanos como um princípio basilar da sua educação. Os interessados neste préstimo educativo só têm de contatar o respetivo Departamento de Sensibilização e Imagem da Valnor. ■
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Partido Socialista Hortense Martins vence Federação de Castelo Branco A deputada Hortense Martins venceu a corrida à Federação de Castelo Branco do Partido Socialista que decorreu no sábado, dia 6 de setembro. Na corrida, estava também João Paulo Catarino, presidente da Câmara Municipal de Proença-a-Nova e da Comunidade Intermunicipal da Beira Baixa. Após muitos anos de listas únicas, esta disputa foi muito viva, traduzindo-se no mais elevado número de votantes em cerca de vinte anos de eleições partidárias regionais, no distrito de Castelo Branco. Hortense Martins venceu nas concelhias de Castelo Branco, Vila de Rei, Vila Velha de Ródão, Idanha-a-Nova e Belmonte com um total de 604 votos. Por seu turno João Paulo Catarino recolheu a vitória em Proença-a-Nova, Sertã, Covilhã, Penamacor e Fundão com um total de 454. A vitória de Hortense Martins, com 150 votos de margem, foi conseguida basicamente à custa da votação em Castelo Branco onde conseguiu 299 votos em contraste com os 77 alcançados por Catarino. Por sua vez na eleição para a presidência do Departamento Federativo das Mulheres Socialistas, as militantes do PS escolheram Cristina Granada que conseguiu uma vantagem de 90 votos sobre Paula Lisboa. Segue-se agora o Congresso Distrital que se realiza no próximo dia 20 de setembro, apenas oito dias antes das Primárias, em Castelo Branco. ■
Concelho de Castelo Branco
Grupo recupera toques de sinos em desuso em S. Vicente da Beira O Grupo de Estudos e Defesa do Património Cultural e Natural da Gardunha (GEGA), recuperou os toques de sinos em desuso, que ao longo dos tempos foram usados como meio de informação da população. Os toques tradicionais dos sinos, outrora feitos por pessoas, desapareceram para dar lugar aos chamados toques eletrónicos. Em São Vicente da Beira, no concelho de Castelo Branco, o GEGA efetuou um trabalho de recolha e de levantamento dos toques tradicionais dos sinos que, em tempos, eram, sobretudo, um meio de informação e de convocação. “Dos variados toques usados, sabia-se que ia haver missa, que se estava perante um falecimento ou que era hora de rezar ou ainda, que tinha havido um batizado”, referiu à agência Lusa, um dos responsáveis do GEGA. “Para as situações mais aflitas, o povo [de São Vicente da Beira] era convocado a dar a sua ajuda pelo toque a rebate por um sino que atualmente já está apeado devido à idade da sua construção, 1619”, adiantou António José. O responsável afirmou ainda que este trabalho “foi mais um no seguimento do lema que o GEGA segue e que é recolher, preservar e divulgar o património de São Vicente da Beira”. ■ JO/Lusa
Cinco anos Vânia Costa Ramos
vaniacostaramos@carlospintodeabreu.com
Nesta data, celebra o Jornal de Oleiros o seu quinto aniversário. A sobrevivência, por meia década, de um órgão de informação regional não pode deixar de ser enaltecida. Sobretudo no clima de crise que atravessa o país e que agravou o êxodo e a desertificação do interior. Mas o Jornal de Oleiros não sobreviveu só. Viveu e continua a viver. Veículo de informação local e regional com interesse para os moradores e amigos do concelho de Oleiros, mas também para os concelhos de todo o Pinhal Interior, contribuindo para a coesão desta região. Mas também veículo de informação nacional, sobretudo através da edição online. Coincidência ou não, os cinco anos do jornal foram anos de mudança: uma melhoria muito significativa dos acessos, a consolidação dos eventos do concelho e
a realização de eleições disputadas, resultando num executivo com várias forças partidárias. O Jornal de Oleiros encontra-se ainda na sua infância. Porém, entra agora, no seu quinto aniversário, numa fase da infância marcada por um acentuado desenvolvimento das capacidades sociais, emocionais, mentais e cognitivas. O que se deseja para os próximos cinco anos? Que o jornal se consolide e continue a ser um veículo de informação actual relevante, diversificada e plural, um meio de comunicação ao dispor dos residentes e amigos do concelho de Oleiros. Mas também que continue a ser um meio de divulgação de conhecimento sobre a identidade, as tradições, a origem e a história do concelho, marca distintiva que faz jus ao nome da publicação. O valor do Jornal de Oleiros não poderá, em qualquer caso, deixar de ser apreciado, mais não seja porque, nas palavras do jornalista brasileiro Gilberto Dimenstein,“só existe opção quando se tem informação. Ninguém pode dizer que é livre para tomar o sorvete que quiser se conhece apenas o sabor limão“. ■
E já se passaram 5 anos... Desejo ao Jornal de Oleiros (JO), ao seu Diretor e a toda a equipa integrante deste projeto, as maiores Felicidades. Aproveito também para realçar a determinação com que foi criado e a perseverança que o manteve até hoje, fazendo votos que esta se mantenha e que o JO seja cada vez mais um elemento valorizador da identidade Oleirense. * Inês Martins Colaboradora desde a fundação
NOTA DE IMPRENSA
- Dia Europeu da Cultura Judaica A Câmara Municipal de Castelo Branco promove a Comemoração do “Dia Europeu da Cultura Judaica – A Mulher no Judaísmo”, que ocorre pela primeira vez em Portugal. O evento terá lugar em Castelo Branco, a 14 de Setembro, e realiza-se em colaboração com a Rede de Judiarias de Portugal, em conjunto com as cidades europeias que festejam esta data. Muito nos honraria a presença de V. Ex.ª neste evento. Data: 14 de Setembro 10h00 – Sessão Inaugural Salão Nobre dos Paços Concelho 11h00 – Visita guiada à Judiaria de Castelo Branco 14h30 – Conferência “A Mulher no Judaísmo” Auditório da Biblioteca Municipal
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IDANHA-A-NOVA
Câmara de Idanha-a-Nova investiu 410 mil euros no apoio à educação em 2013/201 A Câmara de Idanha-a-Nova investiu mais de 410 mil euros no apoio à educação, no ano letivo 2013/2014, num processo que beneficiou mais de 600 alunos do concelho, anunciou o município. “Os últimos apoios financeiros [referentes ao ano letivo 2013/2014] foram atribuídos no mês de agosto a famílias que não entregaram os documentos necessários no início do processo, possibilitando agora um balanço final do investimento realizado”, refere em comunicado, o município.
A autarquia investiu 383.507 euros em apoios aos alunos do pré-escolar, 1.º, 2.º, 3.º ciclos e secundário, que foram distribuídos pelo transporte (286 alunos do pré-escolar ao secundário), alimentação (421 crianças do préescolar e 1.º ciclo), e manuais e materiais escolares (204 crianças do 1.º ciclo). O documento refere ainda que foram atribuídos 63 apoios no acesso ao ensino superior, “no âmbito da comparticipação de propinas”, cujo montante finan-
ceiro atingiu os 26.618 euros. “Numa altura em que as famílias mais precisam de respostas sociais, estes apoios têm como finalidade implementar em Idanha-a-Nova uma oferta de qualidade na área da educação, desde o berçário ao pré-escolar, ensino básico, secundário, profissional e superior”, refere o presidente da Câmara de Idanha-a-Nova, Armindo Jacinto, citado no documento. ■ *JL/JO/Lusa
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PROENÇA-A-NOVA
Unidade Móvel realiza rastreios gratuitos
Magda Ribeiro
Câmara destina Carrinha equipada 150 mil euros percorre localidades para o orçamento do concelho participativo
A Unidade Móvel de Saúde retomou a atividade regular junto da população do concelho de Proença-a-Nova, estando a promover a realização de rastreios e a recolha de informação. Depois de uma passagem pelos centros de dia, está agora a ser dada prioridade às localidades mais periféricas, tendo as primeiras deslocações contemplado a área de Alvito da Beira. Um técnico de farmácia assegura o serviço e estão em curso contactos que visam o estabelecimento de parcerias com vista à participação de um enfermeiro e de um psicólogo. Medição da tensão arterial e do índice de massa corporal e realização de testes de glicémia, colesterol e triglicéridos, entre outros, são alguns dos serviços prestados pela Unidade Móvel de Saúde. Nesta fase está igualmente a ser privilegiada a atualização da informação disponível: além de da-
dos estatísticos, são feitos questionários que permitem avaliar os problemas de saúde prevalentes e os estilos de vida dos utentes. Adquirida há quase oito anos, no âmbito do programa Progride, a Unidade Móvel dispõe de equipamento que permite fazer os mais diversos rastreios. Foram
também elaborados folhetos informativos sobre problemas de saúde comuns, com conselhos úteis sobre atitudes preventivas a promover. A informação tem vindo a ser disponibilizada na perspetiva de contribuir para um maior esclarecimento da população. ■
A Câmara de Proença-aNova destinou uma verba de 150 mil euros para o orçamento participativo, cujo objetivo é dar oportunidade aos munícipes de apresentarem propostas que integrem o orçamento para 2015, anunciou o município. “Está destinada uma verba global de 150 mil euros para o orçamento participativo, mas cada proposta não deverá exceder os 30 mil euros”, refere em comunicado a autarquia. Até 30 de setembro, os munícipes podem fazer sugestões para obras ou atividades que queiram ver inscritas no orçamento da Câmara de Proença-a-Nova para 2015. Para isso, basta preencherem um questionário disponível no sítio da internet da autarquia, dirigirem-se aos serviços da câmara, juntas de freguesia ou bibliomóvel, ou participar nas sessões públicas que vão ser realizadas nas sedes de freguesia. ■ *JO/Lusa
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Belmonte
Igreja de Cerveja artesanal assume Santiago a visitar protagonismo em festival em Belmonte de Belmonte A Igreja de Santiago, em Belmonte, é um belíssimo exemplar de arquitetura românica-gótica com frontaria barroca, alteração no tempo de D. Francisco Cabral, documentada por inscrição, remate em cornija, decorada com esferas e cachorrada medieval ornada com motivos vários apresentado indícios de aproveitamento de materiais pertencentes a uma igreja e cemitério visigóticos pela existência de cabeceiras de sepulturas. A igreja de S. Tiago terá sido construída por ordem de D. Maria Gil Cabral, esposa de Gil Álvares Cabral no século XIII, depois de a ter recebido em testamento de D. Gil Cabral, Bispo da Guarda com a condição de ali instituir uma capela dedicada a Nossa Senhora da Piedade e construir um morgadio vinculado à mesma. No interior da Igreja situa-se a Capela de Nossa Senhora da Piedade onde se encontra a famosa Pietá monolítica que é ladeada pelo túmulo armoriado de D. Maria Gil Cabral. Esta capela gótica possui arcos quebrados e abóbada de cruzaria de ogivas, colunas com capitéis decorados com motivos zoomórficos, florais e antropomórficos, dos quais se destacam os que pertencem às colunas encostadas ao arco toral e ao fundo da arca tumular. Estes capitéis historiados relatam feitos ocorridos no Norte de África e que se atribuem a Fernão Álvares Cabral. ■
A cerveja artesanal vai estar em destaque no 1.º Festival do Caneco, que decorre em Belmonte entre os dias 25 e 27 de setembro, anunciou em conferência de imprensa o presidente da Câmara de Belmonte. “Este evento enquadra-se dentro da promoção de Belmonte, a par de outros cartazes como a Feira Medieval, que decorreu no passado mês, e o Mercado ‘Kosher’, que teremos no início de setembro”, referiu o presidente do município de Belmonte. António Rocha adiantou que o Festival do Caneco está aberto à região e vai ser “muito focado” no público jovem. “Queremos que as novas gerações não olhem para nós apenas como uma terra de museus, de história, mas sim como uma ter-
ra de animação, de qualidade de vida, de futuro”, sublinhou. O 1.º Festival do Caneco - Festival de Cerveja artesanal e arte urbana, vai decorrer entre 25 e 27 de setembro, com organização da Câmara de Belmonte. “Preparámos um mercado de produtos locais e os restaurantes vão ter, ementas com esses mesmos produtos”, sublinha o autarca de Belmonte. “É o conceito ‘Quilómetro zero’, produtos que não andaram qualquer quilómetro para chegar à mesa. As ementas terão um logótipo a dizer ‘Aqui – Daqui’ e o restaurante pode dizer quem plantou as couves, criou o cabrito ou colheu as uvas daquele vinho”, explica António Rocha. Nesta primeira edição, vão
estar presentes cerca de 90 “barraquinhas” de cerveja artesanal de expositores de Portugal e de Espanha e, a par destas, existe também um programa de animação. Artesanato, gastronomia, animação de rua, pinturas de portas, dança contemporânea, desfile de moda, teatro de rua e feira de velharias juntam-se, durante três dias, na zona envolvente ao castelo de Belmonte. O festival conta ainda com um encontro de escritores, onde vai estar presente Afonso Cruz, com o livro “Jesus Cristo bebia cerveja” e Gabriel Magalhães, com o livro “Restaurante Canibal”. ■ *José Lagiosa/Lusa
Parabéns ao Jornal de Oleiros pelo seu quinto aniversário. Desejo-lhe longa vida, fazendo votos para que o espírito da sua fundação seja consolidado. Oleiros merece e precisa de um jornal que defenda a região, divulgue o melhor do seu passado e presente e aposte no seu desenvolvimento cultural. Felicito também o seu Director pela coragem com que enfrentou este desafio. Ana Neves
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Penamacor
Penamacor recebe prova de Duatlo Cross a contar para o Campeonato Nacional O I Duatlo de Penamacor – Grupo Valco vai realizarse já próximo dia 14 de Setembro. A contar para o Campeonato Nacional Individual de Duatlo Cross e para a Taça de Portugal PORterra, esta prova vai permitir a todos os atletas, mesmo os mais iniciados na corrida e no BTT, desfrutar de uma paisagem natural magnífica, entre as serras da Gardunha e da Malcata, com a histórica, tranquila e fronteiriça vila beirã como ponto de partida e chegada. Num local de excelência para a prática desportiva e contato com a natureza, o novíssimo Duatlo de Penamacor – Grupo Valco pretende tornar-se uma referência nesta região de grande riqueza histórica e paisagística, conhecida por ser um dos últimos refúgios do quase extinto lince ibérico. O evento será constituído por uma prova Super -Sprint, aberta a todos os participantes com as “simpáticas” distâncias de 2300 metros de corrida, 7300 metros de BTT e 1000 metros de corrida; e uma prova Sprint, mais extensa, de onde sairá o campeão nacional individual de Duatlo Cross e que pontuará, simultaneamente, para a prova de clubes Taça de Portugal PORterra. O I Duatlo de Penamacor é uma organização da Federação de Triatlo de Portugal, da Câmara Municipal de Penamacor e da Associação Mozinho Aventura. PROGRAMA As provas terão lugar no dia 14 de Setembro, com partidas e chegadas junto da Câmara Municipal, cumprindo os seguintes horários: 08:40 às 10:00 – Verificação técnica de material e colocação do mesmo no Parque de Transição
10:10 – Hora limite de permanência de atletas no PT para Prova Aberta 10:15 – Partida da Prova Aberta 10:30 – Partida do CN Individual de Duatlo Cross 13:00 – Cerimónia de entrega de prémios
Concelho de Penamacor requisitado para Campos de Férias
Vários grupos de jovens atletas espanhóis escolheram Penamacor como destino de um momento particular das suas férias de verão, conciliando a prática das suas modalidades preferidas com a componente de lazer e aventura, que os equipamentos municipais e os espaços naturais do concelho proporcionam. Alojados nas instalações do antigo Ciclo Preparatório e do antigo Colégio, os jovens, provenientes de diferentes pontos de Espanha, vêm-se repartindo, desde o dia 7 de Julho, pelos Campus
de “Futbol Sala”, “Baloncesto Aventura” e “Judo Aventura”. Também a Associação Jovens Seguros elegeu Penamacor para proporcionar campos de férias aos filhos de funcionários das empresas associadas, oriundos da zona de Lisboa, tendo já decorrido um em Julho, encontrando-se a decorrer outro na primeira quinzena de Agosto. Para o presidente António Luís, esta é manifestamente uma via a seguir para potenciar os equipamentos instalados, atrair pessoas e movimentar a economia local. ■
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Vila Velha de Ródão
Centro Desportivo e Cultural inicia obras de remodelação As obras de beneficiação do edifício do Centro Desportivo Recreativo e Cultural de Ródão iniciaram-se esta semana prevendo-se o seu término em janeiro de 2015. O edifício, construção dos anos 80, já foi alvo de algumas melhorias ao longo dos anos, no entanto a sede apresentava ainda algumas lacunas no que diz respeito à utilização do espaço e à realização de eventos. Assim, serão alvo de intervenção: o salão de eventos e as instalações sanitárias. Aproveitando a necessidade de interceder na componente acústica, o salão de eventos vai ter um ambiente de sala de cariz teatral, alterando o tipo de materiais utilizados na textura e na cor. Verificando-se o desenquadramento das instalações sanitárias
existentes face aos atuais parâmetros de conforto em espaços públicos, a nova organização do espaço dentro das instalações sanitárias, vai passar principalmente pela separação do circuito de acesso ao palco e cozinha, do de acesso aos WC´s. A Direção do CDRC submeteu as obras de beneficiação do edifício a uma candidatura a fundos comunitários, o Subprograma 3 do PRODER - Dinamização das Zonas Rurais, ação 3.2.2. - Serviços Básicos para a População Rural, envolvendo um investimento de 150 000 mil euros com participação FEADER a 75%. Considerando as associações locais imprescindíveis à dinamização da vida cultural e social do concelho, a autarquia comparticipa, a 20%, as
obras de remodelação na sede do CDRC. Trata-se de um importante polo de dinamização da atividade desportiva e convívio no concelho integrado em toda a requalificação que a autarquia levou a cabo no Cabeço das Pesqueiras. ■
Vila Velha de Ródão retira placas de fibrocimento de escolas A Câmara de Vila Velha de Ródão vai retirar até ao início do ano letivo 2014-2015 as placas de fibrocimento do Agrupamento de Escolas da vila que contêm amianto, anunciou o município. “A Câmara de Vila Velha de Ródão iniciou a última fase de remoção das coberturas com fibrocimento do edifício do Agrupamento de Escolas”, informou a autarquia em comunicado. O investimento para a remoção do que resta das placas de fibrocimento que ainda servem de cobertura a alguns espaços do Agrupamento de Escolas de Vila Velha de Ródão vai ser suportado pelo município. O custo total estimado para retirar as placas com amianto e recolocar novas coberturas é de 71 mil euros. “As preocupações com a qualidade de vida da população, a requalificação do parque escolar e a melhoria das condições de trabalho dos jovens e profissionais de educação constituem prioridades nas quais o município de Vila Velha de Ródão concentra uma especial atenção”, refere o documento. ■
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Recomendamos
Covilhã
Boidobra
Candidato da CDU vence eleições intercalares em freguesia da Covilhã O candidato da CDU venceu hoje as eleições intercalares para a Junta de Freguesia da Boidobra, concelho da Covilhã, com diferença de 100 votos relativamente à outra candidatura, informou à Lusa o presidente da Câmara da Covilhã. João Simão, que também já tinha sido eleito em setembro, obteve agora 582 votos, enquanto o ‘Movimento Cidadãos Juntos pela Boidobra’, encabeçado por João Cameira (que em setembro se candidatou pelo PS e que agora contava com o apoio de outros dois ex-candidatos) obteve 482 votos. Registaram-se ainda 12 votos brancos e 16 nulos, sendo que dos 2.649 eleitores inscritos, apenas votaram 1.092. Contactado pela agência Lusa, o candidato vencedor congratulouse com o resultado, que “comprova que a vontade do povo sempre foi esta”, afirmou. João Simão também sublinhou que esta vitória é o “reconhecimento do trabalho que tem vido a ser desenvolvido”, disse, refe-
rindo-se ao facto de esta junta ser desde há 25 anos liderada por eleitos da CDU. Em termos de mandatos, a distribuição é de cinco mandatos para a CDU e de quatro para o movimento independente, pelo que o presidente agora, novamente, eleito considera ter “finalmente as condições necessárias para trabalhar”, o que promete fazer. As eleições intercalares para a Junta de Freguesia da Boidobra
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foram marcadas pela Secretaria de Estado da Administração Local depois de todos os elementos da oposição terem renunciado ao mandato, no seguimento de vários desentendimentos verificados após as eleições de setembro. Na altura, a decisão foi justificada com alegadas “ilegalidades e irregularidades”, que terão sido cometidas na votação para a eleição dos vogais da Assembleia de Freguesia. ■
Sinopse Imagine que Portugal saiu do euro. No dia seguinte, como vamos viver com o novo Escudo? Portugal está a ficar sem alternativas. Já vimos que a austeridade não apenas destruiu a economia, como ameaça continuar a destruí-la durante décadas. A reestruturação da dívida - que Francisco Louçã tem defendido - foi sistematicamente recusada. E da União Europeia pouco podemos esperar: o Tratado Orçamental apenas alargará ainda mais o fosso entre o centro da Europa e as suas periferias, entre os ricos e os pobres. O que nos resta então? No contexto actual, mais do que debater a saída de Portugal do Euro - conforme defende há anos João Ferreira do Amaral - assumimos uma hipótese muito realista: a de que Portugal pode não ter outra alternativa. Quer por vontade própria, quer por força das circunstâncias - pois o frágil edifício da moeda única dificilmente resistirá a uma nova crise ou à eternização da actual. A Hipótese Novo Escudo parte assim do contexto em que a saída do Euro seria um facto consumado. Os autores não debatem as vantagens ou desvantagens da opção. Preferem, isso sim, responder aos seguintes problemas concretos: sairemos ou seremos empurrados? E se sairmos, será com ou sem o acordo da União Europeia? ■
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Município de Oleiros assinala Dia Internacional do Idoso O Município de Oleiros convida a população com idade igual ou superior a 60 anos a participar no Dia Internacional do Idoso e, simultaneamente, Dia Internacional da Música, a ter lugar no dia 1 de outubro (quarta-feira), a partir das 16:00 h, no Recinto da Feira do Pinhal (em Oleiros). Esta é uma iniciativa integralmente gratuita que compreende um rastreio pela Unidade Móvel de Saúde Municipal, animação musical com tocadores de acordéon e harmónio do concelho e com o grupo Cantigas da Eira, Aula de Ginástica, Teatro de Animação e Jantar. Os interessados em participar poderão inscrever-se até ao dia 26 de setembro, na Câmara Municipal de Oleiros, por telefone (através do número 272 680 130) ou na Junta de Freguesia da sua área de residência. ■
"Os Presidentes de Câmara de Oleiros" Dr. Francisco Rebelo de Albuquerque 1º Presidente da Câmara de Oleiros
Nascido em 1881 e falecido em 18 de Janeiro de 1957, o IV Visconde Oleiros, descende do 1º Visconde de Oleiros, D. Francisco de Albuquerque Pinto Castro e Nápoles, viu o Título Nobiliárquico atribuído por
S.A.R. Dom Pedro V em 1778. D. Francisco Rebelo de Albuquerque foi o primeiro Presidente de Câmara de Oleiros, governando entre 1933 e 1940 e posteriormente entre 1949 e 1957.
Era um Homem bom, Amigo da população que muito ajudava. Assim é recordado e assim desejamos que seja lembrado. ■ PF
Lei Eleitoral para a Assembleia da República: entendam-se de uma vez por todas António D’Orey Capucho
Fui agradavelmente surpreendido quando ouvi António José Seguro defender, na passada sexta-feira, a alteração da lei eleitoral para a Assembleia da República no sentido de permitir aos eleitores a escolha concreta do Deputado que os represente no Parlamento. Sugeriu o líder do PS duas hipóteses: a instituição de círculos uninominais ou do voto preferencial. No primeiro caso, em cada circunscrição eleitoral apenas é eleito um Deputado, enquanto no voto preferencial as circunscrições são plurinominais, como sucede actualmente, mas o eleitor opta pelo candidato que entender de entre a lista de nomes apresentada pela candidatura de sua preferência. Isto é, o eleitor escolhe a lista na qual vota,
mas a eleição dos candidatos que desta constam não segue a ordenação dos nomes mas sim o número de votos que pessoalmente cada um merece. A primeira solução foi defendida pelo PS e pelo PSD pelo menos desde 2001, tendo então as respectivas lideranças parlamentares chegado a um acordo de princípio em tudo menos na redução do número de Deputados, hipótese que foi recusada pelo PS (o PSD defendia a redução de 230 para 180 mandatos, ou seja, para o mínimo constitucionalmente consagrado). A par dos círculos uninominais seria criado um círculo nacional de compensação, o que garantia a manutenção da proporcionalidade, ou seja, evitava-se o prejuízo das candidaturas menos votadas decorrente dos resultados nos círculos uninominais. O eleitor seria confrontado com dois boletins de voto, um para escolher o Partido da sua preferência e outro
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para optar pelo candidato do círculo uninominal que o representa no Parlamento. Este acordo preliminar não foi então consumado por entretanto ter caído o Governo Guterres e não teve seguimento até hoje pois nenhum dos Partidos que podem em conjunto obter a maioria qualificada para alterar a lei eleitoral (PSD e PS) tomou a iniciativa de avançar com negociações visando um projecto de lei concreto. A segunda hipótese referida pelo líder do PS configura o chamado voto preferencial, modalidade esta que já foi sustentada pelo líder do PSD desde que consagrou no programa apresentado aos congressistas aquando da primeira eleição para a presidência dos social-democratas. O voto preferencial não configura por si só, em meu entender, uma reforma global do sistema eleitoral, mas seria um pequeno passo positivo na direcção que se impõe.
Por outro lado, a questão essencial da redução do número de Deputados estaria aparentemente adquirida desde que o líder do PS, no 5 de Outubro de 2012, defendeu esse objectivo, é certo que sem concitar consenso no seio do seu Partido... Perante esta aparente convergência de pontos de vista entre o PSD e o PS, parece que o único obstáculo a um acordo será o bloqueio do CDS, pois este parceiro da coligação governativa rejeita qualquer alteração à lei eleitoral. Ou seja, o PSD está refém do CDS... De qualquer modo, não pode admitir-se que esta situação possa continuar a ser tolerada pelo PSD, pelo menos em relação à mera introdução do voto preferencial, que em nada pode afectar a proporcionalidade do sistema e altera no bom sentido a representatividade dos eleitos. Deve assim o PSD, em
reacção às propostas do PS referir publicamente qual a posição que assume neste âmbito. Aguardemos... Mais importante ainda seria o PS esclarecer se mantém a disposição anunciada há dois anos pelo seu líder, no sentido da abertura à diminuição do número de Deputados, hipótese omissa na recente declaração de António José Seguro. Terá sido esquecimento ou cedeu às vozes internas discordantes? A reforma da lei eleitoral para a Assembleia da República deve ser uma prioridade dos dois maiores Partidos em ordem a favorecer a representatividade e a fortalecer ligação dos eleitos com os eleitores, ao mesmo tempo que se melhora a operacionalidade parlamentar e diminui sensivelmente os encargos da instituição, tudo sem prejuízo do princípio da proporcionalidade. ■
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Freguesia de CAMBAS trabalha e tem projectos
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Amieira continua a atrair novas famílias
RONDA PELAS FREGUESIAS CAMBAS
Em CAMBAS procura-se superar limitações estruturais, combater distâncias… Fomos ouvir o Presidente Luis Alves. Jornal de Oleiros: Os meios da freguesia permitem algum trabalho em prol das populações? Luis Almeida: Independentemente da quantidade de meios, estes são sempre insuficientes. Já o sabia antes de concorrer. JO: O que o mobiliza agora? LA: O alargamento das estradas e a ligação entre Cambas e o Estreito. Quero uma freguesia aberta, acessível aos bombeiros (estradas florestais) e visitantes. JO: Mas a freguesia não são só estradas… LA: Não. É verdade. Por isso estou a tentar tratar os 10 fontanários existentes. Também da recuperação das 4 “Alminhas” que existem na freguesia. JO: E a praia, é atractiva? LA: É. É linda. Vai ficar ainda melhor. É meu projecto dotar a praia de parque de campismo, fixando desta forma as pessoas por mais tempo. JO: Dizem-me que está envolvido em várias frentes. Quais? LA: Há sempre muito para fazer. Adianto-lhe que estamos envolvidos na remodelação dos jardins, com a colocação de bancos nos mesmos, no calcetamento das ruas, na sinalética, necessária para as pessoas saberem onde estão e para
Luis Alves
O Jornal de Oleiros saúda o Amigo Christian que vem da Suiça e a Alice, bem como os filhos jovens. Bem vindos a Oleiros e à Amieira.
onde podem ir. JO: A Igreja “ Velha “ raramente está aberta? LA: Claro, é verdade. Estou a lutar para que tenha luz e água. Sem isto é impossível. Estou certo que a Câmara apoiará a resolução deste problema. JO: As clivagens que sempre surge quando há Eleições e há mais de uma lista, estão ultrapassadas?
LA: Sim. Considero que sim. Sinto que sim. Hoje, creio, todos puxamos no mesmo sentido, a favor de Cambas. Deixámos o Presidente Luis Alves a tratar dos pormenores da Feira do Pinhal. Os telefonemas sucediamse. Era hora de partir e prometer voltar. Voltaremos, seguramente. ■ PF
“Casa da Comarca da Sertã nos 500 Anos do Foral Manuelino de Álvaro No passado dia 26 de Julho realizou-se mais um passeio à Vila de Álvaro, no município de Oleiros, desta vez a propósito das Comemorações dos 500 Anos do Foral Manuelino, atribuído em 4 de Agosto de 1514 pelo Rei D. Manuel I. Organizado em parceria pela Liga Regional “Os Unidos da Freguesia de Álvaro” e pela Casa da Comarca da Sertã, este passeio realizou-se no âmbito das Festas de S. Tiago, que nesse fim-de-semana animaram a Vila, juntando centenas de convivas, nomeadamente o Presidente da Assembleia Municipal de Oleiros, Comendador José Santos Marques, o Presidente da Câmara Municipal de Oleiros, Dr. Fernando Marques Jorge, e o Vice-Presidente da Câmara Municipal de Oleiros, Victor Antunes. As festividades dos 500 Anos do Foral Manuelino foram organizadas pela Junta de Freguesia de Álvaro e pela Câmara Municipal de Oleiros, com recreação da outorga do Foral e animação de rua a cargo de mais de uma dezena de actores trajados à época.
No âmbito das celebrações, realizou-se um almoço-convívio de sócios e amigos da Liga Regio-
nal “Os Unidos da Freguesia de Álvaro”, no Restaurante “Olhar o Zêzere”. ■
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De “Olho” na Educação
Manuela Marques
O Ministério da Educação, quase em secretismo, tem tentado levar alguns municípios a testarem um novo modelo de descentralização de competências do poder central para o poder local, que passa sobretudo pela responsabilidade na definição da oferta curricular das escolas e na gestão dos próprios docentes e de determinadas competências ligadas ao ensino secundário. Alguns, poucos, concelhos do país alinharam nesta proposta do Ministério, penso, que sem saberem muito bem que o tiro lhes poderá sair pela culatra. Outros, mais expeditos, certamente perceberam o malfadado tiro certeiro e concluíram que apesar da garantia de um poder mais abrangente e efetivo dentro dos seus municípios poderá virar-se o feitiço contra o feiticeiro (especialmente quando por qualquer problema tiverem os pais a bater constantemente à porta…). Mas que interessa agora municipalizar as escolas e descentralizar poder, tornando, efetivamente a gestão dos recursos humanos mais um debate polémico e vergonhoso. Não somos um país de secular descentralização, muito pelo contrário, então que razões levam a esta nova reforma? Quando não se tem mais que fazer…Inventa-se, ou aproveitam-se os ideais alheios, como por exemplo alguns conceitos holandeses, finlandeses e etc. Embora não seja a primeira vez que se lembram de uma proposta assim, nunca os ministérios da educação levaram a bom porto esta dita descentralização, ou melhor, centralização local descentralizada… A luta dos agentes da educação nunca permitiu esta “tonteria”, pois, o que está em jogo é desorçamentar do orçamento do MEC aquilo que mais problemas políticos cria ao poder central. Convenhamos que não há suporte empírico que justifique estas medidas, para alguns vantajosas, mas para os interessados, alunos e professores, totalmente demagógicas e que seriamente põem em risco a vida da Educação neste país. Imaginemos o que é o poder local (aquilo que todos sabemos que é, e não estou a colocá-los todos no mesmo saco, mas sim a mostrar as evidências com que todos somos confrontados na comunicação social) com as suas problemáticas de gerir redes de saneamento básico, aos jardins municipais e agora misturar com isso questões de complexidade educacional que só técnicos especializados conseguem e, mesmo assim, à custa de muito esforço. Sinceramente! É de se ficar indignado. Sinto que e usando uma metáfora que li há dias num artigo interessantíssimo: é como um aeródromo passar a receber tráfego de aviação internacional. Como é de calcular,
Municipalização da Educação – em piloto automático esperam-se inúmeros acidentes… embora não se verifique nenhum incidente internacional que ponha o governo em causa, a verdade é que com estas medidas que vão entrar em fase-piloto já este ano, em alguns dos municípios anunciados (Cascais, Famalicão, Matosinhos, Óbidos, Águeda, Oliveira do Bairro, Maia, Abrantes, Oliveira de Azeméis) e implementadas durante quatro anos que, posteriormente, passará a delegação de competências definitiva, os maiores acidentes passar-se-ão com a contratação do pessoal docente, como é óbvio e os professores já estão à espera, tendo por grande defensor desta política de dispensa docente, o Sr. Ministro Adjunto e do Desenvolvimento Regional. Há ditosas exceções, mas basta lembrar como é feito o recrutamento do pessoal autárquico, cuja base de contratação na confiança político-partidária é no mínimo assustadora, isto para percebermos o que poderá estar em causa ao transferir uma função social do governo central para as autarquias. Nós, docentes, percebemos muito bem o que querem os nossos “manda-chuva”. Também como docente, compreendo que o estado se debate com problemas graves, nomeadamente com o excesso de professores no sistema que cada vez tem menos alunos, mas este não é um problema dos docentes, não são eles que têm de pagar a fatura. Foram as políticas levadas a cabo neste país, anos e anos, que motivaram este decréscimo da natalidade e continuam a fazer do nosso país um verdadeiro lar da terceira idade. O que o governo precisa de fazer todos sabemos muito bem, em várias áreas há que fazer mudanças, motivar políticas novas para desenvolvimento económico-financeiro. Tudo gira à volta do dinheiro, porém, um país envelhecido não tem força para mais. Quem já viveu uma boa parte da vida, trabalhou e esteve de paz com as finanças, tem direito ao seu descanso e ao resto
de uma vida com dignidade, deixando aos mais novos a vitalidade para a ação, empenho e profissionalismo, mas para tal, precisamos de gente nova: primeiro que haja bons incentivos à natalidade (copiam-se tantos modelos europeus, não sei porque não se copiam alguns bons exemplos dessas políticas) e segundo que se invista nos jovens deste país. Como professora, sinto enorme pesar quando ex-alunos, que encontro, passados alguns anos, me dizem: “Olá professora; lembra-se de mim?” “Claro rapaz, então como vai a vida?” “Estou emigrado”. Engenheiros, professores, enfermeiros, médicos, tantos já me passaram pelas mãos…Tantos tiveram de partir e neste momento contribuem para o desenvolvimento de um país que não o seu e que lhe deu a formação necessária e brilhante para resplandecer lá longe… Em tudo isto continua a contar o dinheiro e o que está previsto e desengane-se quem assim não pensa, é a redução de mais despesas, especialmente na saúde e na educação. Esperam-nos muitos anos ainda de reduções salariais, aumento de impostos, austeridades e afins, exceto para gente que não cumpre com os seus deveres e sobretudo não comunga da hombridade que distingue gente séria de gente que paga três milhões de euros de caução para sair em liberdade da certa prisão. Os interesses mais importantes: melhoria do trabalho na escola e melhoria da aprendizagem dos alunos são ultrapassados e esquecidos em troca de vantagens financeiras e para mais, tenta-se a todo o custo denegrir a imagem daqueles que ainda fazem da educação deste país alguma coisa de jeito (tantos países consideram que os nossos professores são dos melhores do mundo no processo e metodologia pedagógica) com provas absurdas para testar tolices e lançar a vergonha para despedimentos. Que má conduta, senhores governantes, não foi isso que vos ensinámos! ■
Rua Dr.º Barata Lima, 39 - 6160 - Oleiros Telefone 272 682 250
Notícias Contemporâneas Maria dos Reis Loução Martins Fernandes
Para onde quer que nos viremos, as notícias que nos atingem diariamente como um factor comum e infalível é a do colapso do Banco Espirito Santo, contado como um pesadelo de insegurança nacional, ainda longe de ser superado. Como já todos compreendemos, a maior responsabilidade desta situação é europeia, porque fazemos parte da União Económica Monetária, constituída precisamente, para prevenir os riscos dos crimes associados às especulações finaceiras. Toda esta situação, inevitavelmente, traz-me à memória os meus tempos de empregada bancária, em que não havia U.E.M e o Banco de Portugal, no seu papel de Banco Central, naquela época, controlava rigorosamente todas as entradas e saídas de moeda estrangeira, analisava financiamentos prévios, fazia auditorias sempre que fosse chamado, etc. Tinha controlo absoluto da situação. Quanto aos outros Bancos, Comerciais ou de Investimento, tinham a sua Direcção de Inspecção e Auditoria. Uma inspecção e auditoria atempada, eficiente e isenta, feita por pessoas à altura, talvez tivessem previsto alguma operação menos legal, algum financiamento duvidoso, capitais mal aplicados e não devidamente documentados e um sem número de outras operações mais ou menos duvidosas ao longo dos anos... Logo no início, alguma coisa deveria ter sido feita de modo a travar legalmente e de forma imediata operações não aprovada como, por exemplo, fuga de capitais! Mas não, tudo continuou ao longo dos anos e o BES chega a este ponto sem ninguém prever! Estes tempos são completamente diferentes! É mais fácil e cómodo deixar andar e quem vier atrás que feche a porta! Quando o problema rebentar é tarde demais! ■
Vilar dos Condes Vilar Cimeiro - 6160-211 Madeirã Tlf: + 351 968 632 907 email: vilardoscondes@gmail.com WEB: www.vilardoscondes.com
A Junta de Freguesia de Álvaro (Oleiros)
Telefone: 272 674 267 email: freguesiaalvaro@sapo.pt
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Mostra gastronómica do Coelho foi um sucesso Organizada pela Freguesia de Oleiros - Amieira a Mostra do Gastronómica do Coelho pretendia congregar as pessoas e os produtores, potenciando a zona e o concelho. Aderiram várias entidades, do artesanato à alimentação (os restaurantes Peixoto e Callum do Hotel de Santa Margarida serviram refeições com base no coelho, mas não só, num espaço amplo que esteve sempre bem frequentado. Fou muito agradável ver artesãos juntos com outros produtores e artistas como a Rosa Afonso. Miguel Agostinho serviu a indispensável música que deu origem a vários bailes durante os dias 22, 23 e 24 de Agosto. A (re)qualificação das festas com um carácter adicional de promoção da região podem ter iniciado agora, nesta nova versão que se saúda. A organização esteve bem e a tarefa não era fácil. O Rancho Folclórico e Etnográfico de Oleiros marcou também presença, tal como a Banda da Sociedade Filarmónica Oleirense. ■
Município de Oleiros e Naturtejo envolvidos na organização
Trans-Pangeia Challenge, 1000 km a correr entre o Canadá e Portugal Decorreu em Gaspé, no Canadá, a ultra maratona Trans-Gaspesian 2014, uma prova de ultra trail em autonomia com uma extensão de 260 km em 7 dias. Este foi o primeiro dos verdadeiros desafios de resistência que constituem o Trans Pangeia Challenge, campeonato organizado pela Land’s End Racing no Trilho Internacional dos Apalaches, entre 2014 e 2016. A Naturtejo, empresa intermunicipal de Turismo e o Município de Oleiros, através dos seus técnicos João Alves, Carlos Lourenço e Joana Rodrigues, cooperaram na organização des-
ta primeira corrida, sendo que a segunda, The Crossroads 2015, realizar-se-á em Portugal no próximo ano, entre 19 e 25 de Abril, com várias etapas no território do Geopark Naturtejo, no sector português do Trilho Internacional dos Apalaches, em Oleiros. Os representantes da região tiveram formação adequada, divulgaram os recursos do Geopark Naturtejo, sob os auspícios da UNESCO, em geral, e do concelho de Oleiros, em, particular e ajudaram na organização da prova nesta bela região do Quebec canadiano, entre os parques nacionais de Gaspésie,
Forillon e de Île-Bonaventure-etdu-Rocher-Percé. De salientar que a Península de Gaspé, onde se deu a partida do Trans-Gaspesian 2014, foi considerada um dos vinte destinos turísticos para a National Geographic Traveller. O Trans Pangaean consiste num conjunto de 4 provas em autonomia realizadas em torno do Trilho Internacional dos Apalaches, no formato 250 km/7 dias, num total de 1000 km de corrida por um dos mais espectaculares trilhos do mundo. Estas provas decorrem no Canadá, Portugal, Gronelândia e Noruega, territórios
que estiveram unidos formando o supercontinente Pangeia há cerca de 250 milhões de anos. Desta forma pretende-se agora unir paisagens e montanhas “que o Atlântico Norte tem vindo a separar ao longo de milhões de anos”, referem os seus organizadores. É de lembrar que o Município de Oleiros e a Naturtejo coordenam o desenvolvimento do Trilho Internacional dos Apalaches em Portugal, estando neste momento o município de Oleiros, com o apoio das freguesias e da Associação Trilhos do Estreito, a criar um trilho na Serra da Muradal, aque-
la que virá a ser a Grande Rota do Muradal-Pangeia. Os ultra-maratonistas, provenientes de todas as partes do mundo, realizarão a corrida em auto-suficiência ao longo dos mais espectaculares trilhos de montanha, caminhos florestais e rurais do Geopark Naturtejo, que desde Março estão a ser seleccionados pela organização, em parceria com a Naturtejo, Município de Oleiros, com o apoio da empresa Horizontes, de Proença-a-Nova com longa experiência neste tipo de provas de ultra-resistência. ■
Freguesia de Cambas (OLR)
Freguesia de Cambas Rua do Castelo - Cambas - 6185-181 CAMBAS Telefone: 272 773 179 Email: freguesia-cambas@hotmail.com AF Imprensa MP Nota20 205x135.indd 1
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Depois das eleições e das férias… respeitar e defender a Pátria! Luís Henriques luis.henriques2014@gmail.com
O carnaval político que há poucos meses terminou foi fértil em inúmeros casos de maus tratos, enxovalhos e ofensas ao respeito e amor que temos pela Pátria que nos viu nascer. Pertenço ao número daqueles Portugueses que não lhes interessa conhecer as tricas e chicanas com que os politiqueiros se divertem enquanto consomem tempo e dinheiro, mas entendo que o povo, aquele que teoricamente mais ordena, devia ser considerado e ouvido quanto
à solução a dar aos graves problemas que o país enfrenta. Percebo a relutância que os partidários do regime têm para tratar de temas ingratos ou incómodos, por isso as suas posições são tomadas apressadamente por mero oportunismo político, mas isso não justifica as miseráveis prestações exibidas pelos diversos saltimbancos durante as suas palhaçadas eleitorais. Mas também nós, Portugueses, temos muitas culpas em tão vergonhosos procedimentos, porque a tudo temos assistido de braços cruzados; mudos, quedos, distantes e indiferentes, como se nada tivéssemos a ver com as situações que consubstanciam a Pátria que temos o dever de respeitar e defender.
Não podemos deixar que se faça um juízo errado do nosso povo, apreciando-o e julgando-o pelos arruaceiros que bramam ódio brandindo trapos vermelhos ou sujando paredes, pelos alinhados parasitas da imprensa escrita, da rádio e da TV, pelos politiqueiros de pataco e pelos artistas anarcisados que pululam como varejeiras nos comícios, conselhos e assembleias, nos cadeirões do poder, na mesa do orçamento público, nos salões e galerias, todos eles louvando-se e acariciando-se mutuamente quando não se mordem ou se escoicinham furiosamente. Não podemos consentir que essa malta de estrangeirados prossiga a demolição da nossa identidade e prescinda da soberania nacional, vitupere o nosso passa-
“26º Aniversário do Grupo de Amigos Incondicionais de Orvalho O GAIO - Grupo de Amigos Incondicionais de Orvalho, sócio colectivo da Casa da Comarca da Sertã que desenvolve a sua actividade em prol da freguesia de Orvalho, no município de Oleiros, assinalou o 26º aniversário da sua fundação no dia 16 de Agosto. A iniciativa teve no lugar no Pavilhão do Grupo Desportivo Cultural e Recreativo do Orvalho, reunindo mais de uma centena de convivas, entre sócios, suas famílias e amigos. Após o almoço, a iniciativa, que incluiu ainda um lanche, prolongou-se até à noite, com diversas actuações musicais, nomeadamente dos jovens Filipe e Rodrigo, este último filho do Vereador Paulo Urbano. Marcaram presença, nomeadamente, o Presidente da Câmara
Municipal de Oleiros, Dr. Fernando Marques Jorge, bem como
o Presidente da Casa da Comarca da Sertã, Eng.º Pedro Amaro.” ■
do histórico, ofenda a Fé católica que professamos, afronte o amor à Pátria que nos anima e, sobretudo, a esperança da libertação que há-de raiar e a determinação que temos de “levantar hoje de novo o esplendor de Portugal”. Urge tomarmos consciência dos factos e fazermos o firme propósito de não voltarmos a consentir que, seja quem for, atente contra a nossa Pátria, seja por actos, seja por palavras ou por qualquer outro meio de expressão. Precisamos de reagir! Precisamos de nos organizar para conseguir pôr cobro a esta situação ilegítima, implacável, parasitária, esgotante e criminosa… Precisamos de constituir um movimento político intransigentemente português, para defender o que resta desta Nação gloriosa.
Porém, para tomar atitudes correctas torna-se necessário conhecer todas as realidades, para isso não podemos confiar nos oportunistas e videirinhos que, como os piolhos, se metem nas costuras, nem tão pouco nos mercenários e parasitas que apenas buscam encher os seus bolsos. A nossa acção no desmascaramento das posições do adversário, na denúncia e condenação das suas tropelias e no combate às suas investidas é fundamental para estimular aquelas energias cujas raízes mergulham bem no fundo nas melhores virtudes da raça, virtudes essas que alimentaram a mente, a alma e as forças dos que nos antecederam fundando, alargando e engrandecendo o nosso Portugal. ■
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CRÓNICAS DE LISBOA
O Fim do Capitalismo Popular Serafim Marques Economista
Aquando das privatizações das empresas nacionalizadas em 1975, os governos de então incentivaram os pequenos aforradores e os próprios empregados, a adquirirem acções dessas empresas, nas quais se incluíam alguns bancos, vários já desaparecidos por fusão ou aquisições de outros. Criaram, para esse objectivo, condições preferenciais, incluindo benefícios fiscais, para os pequenos accionistas e trabalhadores. A partir daí, muita gente, com pequenas poupanças, passaram a ser “donos” (accionistas) de grandes empresas e bancos e se alguns, mais conservadores, se limitavam a receber os dividendos que entretanto iam sendo distribuídos, embora não insensíveis às variações do valor de cotação dessas acções, outros adquiriram o “vício” do jogo da bolsa e deixaram-se contagiar por ganhos de mais-valias na compra e venda naquele que deveria ser um mercado perfeito, a Bolsa de Valores Mobiliários, mas não o é, porque ali se “joga” muito do actual poder do “dinheiro fácil e transnacional”. O sobe e desce do valor dos títulos cotados, na maioria das situações, não reflecte o valor patrimonial da respectiva empresa mas resulta de vários tipos de “jogos e manipulações”,
por vezes pouco claras que até aos mais “experts” na matérias escapam. É claro que sendo as acções uma parte de capital duma empresa, os reveses nos seus negócios reflectem-se no seu valor de cotação ou mesmo na falência, com a consequente perda dos valores investidos pelos accionistas, de outros credores, dos empregados, do Estado, etc. Se nalguns casos houve erros de gestão ou mesmo gestão danosa e crimes económicos, onde a ganância dos homens e a falta de ética se sobrepuseram a todos os outros valores, nalguns casos são as naturais consequências dos dos riscos inerentes aos negócios e das crises, por vezes cíclicas e de que o capitalismo precisa para “viver”, que levam à falência. A diversificação em áreas de negócios, com participações de capital que mais parecem uma teia (ou polvo, este no mau sentido), e a globalização, incluindo-se o incontrolável poder do “mundo financeiro”, torna os negócios cada vez mais incertos e, por isso, de maiores riscos. Se assim não fosse, por que razão as diversas entidades envolvidas na regulação e fiscalização, não detectaram os enormes buracos que têm ocorrido, no estrangeiro e em Portugal, estes de terríveis consequências para todos nós, para uns de forma directa e para outros de forma indirecta, porque as crises ocorridas nos bancos portugueses e empresas com interdependên-
cia aos mesmo, afectaram-nos a todos, incluindo a imagem do nosso país junto dos mercados financeiros estrangeiros, aqueles que nos emprestam dinheiro, mas que, face a essa imagem de crise, acabam por cobrar um juro tão alto quanto possível, para “compensar” os riscos que correm com esses financiamentos. Até a odiada “Troika”, maioritariamente constituída por jovens tecno-burocratas e sem experiência, não foi capaz de detectar a real situação patrimonial em que se encontrava o BES (Banco) e o GES (Grupo Espírito Santo), ligados umbilicalmente e “alimentados” com balões de oxigénio que, mais cedo ou mais tarde, rebentariam. E são tantas as entidades que têm por missão verificar todo o sistema financeiro (BdP, CMVM, Accionistas de referência - alguns eles próprios bancos, os Auditores, a AT-Autoridade Tributária, etc). É que um banco, embora seja uma empresa com fins lucrativos, e apesar da “inveja” de muita gente, que nem sequer pensa que o mundo não funcionaria sem bancos e sem dinheiro, é mau sinal quando não tem lucros, é muito diferente das outras empresas, porque, além da prestação de diversos serviços bancários, são os bancos que “produzem e vendem dinheiro”, ainda por cima que não é deles, pelo que é um negócio assente na confiança dos seus credores (depositantes, prestamistas, etc). Lembremos-nos que são
os bancos as entidades que criam dinheiro, este um “papel físico ou escritural/virtual” representativo duma parte: i)da riqueza presente, fruto dum rendimento ou de ganhos obtidos no passado, por exemplo as poupanças, a venda dum património, etc; ii) da riqueza futura, porque a obtenção dum empréstimo permite ao devedor usufruir de algo que terá que pagar no futuro e, como tal, gerar a respectiva riqueza para liquidar a dívida que contraiu junto do seu banco e este, se os capitais forem insuficientes, refinanciarse-à junto do banco emissor das notas, neste caso o BCE que, sabese agora, se preparava para “asfixiar” o BES se o BdP não tivesse criado o Novo Banco naquele fim de semana apenas com a “carne limpa” do banco mau, para aquele transitando o “lixo tóxico” e os accionistas e outros devedores e credores. Muita gente contesta a opção tomada pelo BdP para evitar a falência do BES, que a ocorrer teria terríveis consequências e provocaria no sistema financeiro português a propalada crise sistémica ou efeito dominó, mas também na economia em geral, porque isso é tipicamente português, principalmente por parte daqueles que não têm que tomar decisões (oposição, etc) : “Preso por ter cão e preso por não o ter” . Contudo, esta parece ter sido a melhor opção, face às outras duas que existiam (bancarrota ou nacionalização), apenas com
a ressalva dos pequenos accionistas (% máxima a definir) não terem sido protegidos, mesmo que parcialmente. Assim, este modelo de “salvação” de bancos em dificuldade, criado pela UE e aplicada pela primeira vez em Portugal, acaba por dar uma machada no capitalismo popular. Eu, como pequeníssimo accionista e consequente perdedor na falência do BES, não é só essa perda que me dói, apesar da falta que esse valor me faz e embora as perdas potencias já venham desde a crise de 2008, mas sim e muito mais porque tudo aconteceu aos olhos da comunidade, dos poderes políticos, dos reguladores, dos auditores e dos concorrentes (bancos que perderiam muito com o colapso de um deles), sem que cada um cumprisse a sua missão, “alheando-se” por incompetência, por laxismo/inércia, por compadrio, por interesses político-partidários e pessoais, etc. Voltarei a este assunto, porque o “inexplicável” continua a atormentar-me a alma. E depois desta hecatombe, que justiça teremos para julgar este caso, porque o BES é o mais grave escândalo financeiro da nossa história, e abalou a nossa economia, a credibilidade do nosso país e as pessoas que ficaram desconfiadas dos bancos? Faça-se justiça isenta e objectiva, doa a quem doer, porque sem bancos, fortes e credíveis e sem dinheiro as sociedades modernas não funcionariam. ■
"O mundo é um manicómio" Augusto de Matos
Nos meus tempos de estudante, pelos anos 40 do século passado, vi um filme chamado "O mundo é um manicómio", de Frank Capra, em que o autor centrando o argumento em cenas da vida real de então, tira partido, fazendo
humor com certas passagens que, então, se afiguravam caricatas. Pensando, agora, neste filme, a muitos anos de distância, interrogo-me se hoje não estaremos vivendo tempos idênticos ou até piores. Quando vejo alguém usar vestuário roto, porque é moda, custando rios de dinheiro... O homem ser escravizado pela máquina, como o computador e não só... As pessoas aplicarem "enfeites" perfurando o próprio corpo, ou tatuando-se até, nalguns casos, se
assemelharem a répteis... Respeito, mas não consigo compreender... Seria uma extensa lista. Em termos financeiros, quase não me apetece falar. O homem é 100% escravo do capital. O mundo actual, com todo o seu progresso e avançada tecnologia, podaria proporcionar ao homem, um viver próspero e "saudável", se alguns - e são muitos - não ambicionassem o sol e a lua, passando por cima de muitos, para o conseguirem.
Daí haver a corrupção em alta escala, que todos conhecemos e a desconfiança de muitos, gerando a insegurança na vida das pessoas. Tudo isto é um círculo vicioso, que levou alguém, alto responsável pela igreja em Portugal, que infelizmente renunciou ou cargo, a dizer publicamente que este mundo só mudará para melhor e fará sentido, com a mudança de mentalidades. Não é preciso ser muito inteligente para compreender quanta verdade existe nestas palavras.
Quando abrimos os jornais diários, poucas são as páginas que não noticiam barbaridades cometidas pelo homem. O ódio mora no coração do homem... O mundo está "doente" e não poderá ter remédio, sem a tal mudança de mentalidades. Quando o homem deixar o seu egoísmo, não ambicionar quimeras impossíveis, trabalhar para o bem comum, ser um verdadeiro cidadão, então sim! Este mundo deixará de ser um manicómio. ■
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Barbaridades contra a língua portuguesa António Justo antoniocunhajusto@gmail.com www.antonio-justo.eu
A actual discussão no Senado brasileiro sobre a simplificação da ortografia revela-se contraprodutiva em relação ao acordo ortográfico. A crença de Ernani Pimentel e do ‘Movimento Simplificando a Ortografia’ de que "a simplificação ortográfica é a porta para a eliminação do analfabetismo”, revela-se como despiste ou desorientação. A iniciativa pretende inverter o desenvolvimento linguístico ao copulá-lo com a camada social menos desenvolvida; enfim, uma posição decadente tendente a que as árvores passem a ter a rama na terra e as raízes no céu. Os Diálogos Lusófonos, tal como outros meios de comunicação brasileiros têm vindo a referir que o senador Cyro Miranda, presidente da Comissão de Educação, lidera um projecto da Comissão conducente à simplificação da ortografia da língua portuguesa. O projeto “propõe a extinção da letra "h" no início das palavras e a troca de todas as expressões com "ch" pelo "x", passando palavras, tais como ‘homem e hoje’, a serem escritas com a grafia ‘omem e oje’ e palavras como ‘macho’ a serem escritas ‘maxo’. Exemplos das intenções em vista: Flecha Flexa, Analisar Analizar, Blusa Bluza, Exigente Ezigente, Exame Ezame, Amassar Amasar, Açúcar Asúcar, Moço Moso, Deuses Deuzes. Segundo intenções dos mentores do projecto, este poderia ser aplicado em 2016, após consulta aos países de língua portuguesa. É estranho que o Brasil queira fazer equivaler a língua escrita à língua oral quando escreve dia e pronuncia dʒja ou dja. A língua não pode ser posta à disposição arbitrária de ideologias (socialismo mal-entendido) nem de lógicas a que falta a supervisão racional abrangente. Sem respeito pela linguística, atacam a ortografia, a etimologia, a conexão entre palavras cognatas. Depois do tao discutido acordo ortográfico da língua portuguesa aprovado em 16 de Dezembro de 1990 que pretende criar uma ortografia unificada e em vigor desde 2009 parecem forças radicais quererem colocar-nos na fase antes dele; na realidade pretendem o desacordo agora incentivado em nome de uma massa anónima ‘não consumidora de cultura’. Ainda o acordo ortográfico não se encontra aplicado e já surgem novas propostas de tendências partidárias e nacionalistas a pretender novas mudanças em nome de uma democracia que quer ver a inclusão social dos seus povos à custa de simplificações arbitrárias e desaferidas, como se a produção intelectual, artística e científica se devesse orientar, pelo princípio do menor esforço, como parece pretender o ‘Movimento Simplificando a Ortografia’. Pretende um nível simplista que
Brasil pretende acabar com o “h” no princípio das palavras e substituir o “ch” pelo “x” evite o analfabetismo e que reduza o tempo de ensino da ortografia para impedir reprovações no currículo de aprendizagem. Esquece que as suas razões de liberdade, igualdade e economia teriam como consequência mais lógica a extinção da educação e das escolas ou a emigração de grupos mais conscientes para o ensino particular. Na sequência ter-se-ia de acabar com o estudo da História e de muitas coisas mais; sim, até porque, na realidade, em termos imediatos cultura não enche barriga. Querer motivar a mutilação do português, com argumentos de que grande parte do povo brasileiro tem dificuldade em “escolher a letra adequada entre x/ch, j/g, s/x/z, s/ç/c/ss/ sc/sç/xc/xç, presença/ausência de h inicial”, seria desconhecer a história e a lógica da língua e desqualificar o ensino brasileiro e a capacidade de aprendizagem de um povo que é tão inteligente como outros países lusófonos que parecem ter menos dificuldades com a ortografia da língua. Por trás da problemática em torno da ortografia, esconde-se também uma falta de sistemática na aprendizagem da língua e de um ensino que domine os rudimentos da língua mãe (o latim). Não é certamente por falta de tinta mas talvez por protagonismo político de interesses ideológicos que se equivoca ao qualificar rigor de qualidade intelectual com “alienação do povo” . Por trás de uma identificação com os interesses da pretensa massa popular esconde-se a atitude paternalista de que o povo simples deve ser poupado de elucubrações complexas querendo apresentar a língua como produto fácil e barato à altura do portamoedas de um mercado orientado pelo poder da oferta e do mais barato. A questão da língua não pode ser equacionada em perspectivas meramente políticas, geralmente de vistas reduzidas a mentalidades condicionadas a períodos eleitorais quatrienais ou quinquenais e a ideologias de massa anónima sem consideração pelos processos de individuação e diferenciação inerentes à evolução individual e colectiva. A evolução da língua também não pode ser abandonada a pessoas, talvez de boa vontade mas que não têm a mínima ideia do assunto nem o respeito advindo do conhecimento do evoluir da língua.
Para trás anda o caranguejo!
A iniciativa é absurda e prejudicial porque para corresponder às necessidades imediatas de gente simples, opta por cortar os ramos frondosos da árvore linguística pelo facto de se estar com o sentido na sua madeira ou porque se quer fazer da árvore um arbusto para que qualquer gaiato possa subir a ela sem o
mínimo de esforço ou dificuldade. Deixemna continuar a ser uma grande árvore, uma casa grande onde todas as espécies de pássaros, grandes e pequenos, possam fazer o seu ninho, segundo as suas capacidades e potenciais. Seria disparate cortar as asas às aves grandes para que todas possam viver nos primeiros ramos da árvore. Se a natureza e o desenvolvimento se deixassem reger apenas por princípios de massa ou democráticos não teria produzido a humanidade, para nos manter na igualdade do estádio das amoebas ou das medusas. A estratégia de comunicação anunciada pelo senador, de tencionar chegar a acordo com os outros países lusófonos, através de videoconferências, é testemunho de método manipulador de quem quer forçar a sua ideia de legitimação dúbia fruto do arbitrário para evitar a discussão nas legítimas instituições científicas competentes para a língua. Nestas coisas precisa-se tempo, calma, independência e ponderação para se evitar confundir um pirilampo com uma estrela. A iniciativa não passa de uma tentativa de desorganização e de desinformação no sentido de desviar as energias do último acordo ortográfico. A reforma da língua é assunto para linguistas e disciplinas afins atentas às massas e aos diferentes interesses dos países lusófonos, longe de qualquer interesse hegemónico ou de estratégica particular. O resto corresponde a uma perspectiva minimalista e míope de que sofre em grande parte o nosso sistema democrático. O nivelamento da cultura por baixo tem sido um facto tendente a desacreditar e banalizar a democracia (de interesse comum a um capitalismo e a um socialismo radical); a democracia não deveria merecer tal desconsideração. Imaginemos que, para acabar com o racismo, os brasileiros determinavam manipular o gene da sua pele, de modo a todos os brasileiros conseguirem uma cor neutra para os seus habitantes! A intenção que se encontraria por trás do objectivo seria boa mas a estratégia e os meios para o alcançar seria inadequada, indiferenciada e de consequências catastróficos. A ideologia, por muito potente que seja, não deve desprezar as leis da evolução nem a variedade da realidade integral. Para trás anda o caranguejo! A ignorância e a precaridade não podem constituir motivo de desenvolvimento cultural e linguístico. Os programas correctores de língua em via na internet serão um grande serviço para aqueles que confundem o ‘ch’ com o ‘x’. A língua portuguesa não existe isolada no mundo e, também por isso, não deve ser avaliada por critérios proletários simplistas nem pela dimensão populacional de uma nação! É
óbvio que se mantenham os critérios de qualidade. O seu desenvolvimento não pode ignorar a riqueza atingida pelas línguas latinas nem o seu rico contexto. Tão-pouco poderá ser critério da afirmação de identidade de um país a negação da História nem o estádio cultural de um grupo social. Tal proposta, como o emprego de energia unilateral e exagerada na integração do galego no mundo lusófono só complica e ajuda a desmotivar a reflexão e a aplicação do acordo ortográfico em via. O Português não é uma língua difícil. É uma língua muito rica e como tal complexa, com moradas para todos os estados do desenvolvimento social e intelectual até hoje possível e conseguido. Na riqueza de uma língua e na sua complexidade se reflecte o desenvolvimento de um povo. Tentar aniquilar as leis da evolução pode ser democrático mas não natural nem razoável. A existência de favelas e de casas sem jardim não pode ser o motivo para se destruir os palácios e os jardins. O objectivo será construir acesso aos jardins e aos palácios para todos. Sem querer negar a luta de classes e de interesses, precisamos primeiramente de sociedades adultas que discutam os problemas do seu desenvolvimento e daquilo que constitui a sua identidade, com realismo, sem complexos de superioridade nem de inferioridade. ■
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Via Ferrata avança a bom ritmo Um dos pontos de atração mais emblemáticos do único Trilho Português dos Apalaches, situado no concelho de Oleiros - a Grande Rota Muradal Pangeia, está a ser implementado a bom ritmo. Trata-se de uma via ferrata e será uma das duas até agora existentes em Portugal. O seu nome resulta do italiano, caminho de ferro, sendo um itinerário preparado, normalmente nas paredes rochosas das montanhas, com escadas, pontes, cavilhas, agrafos, …, de forma a facilitar a progressão e proporcionar alguma segurança a quem os percorre. Esta infraestrutura, à qual se juntam as 15 vias de escalada da escarpa do Zebro - devidamente equipadas e com diferentes graus de dificuldade - que integram esta Grande Rota, irá representar um atrativo turístico importante devido ao crescente número de pessoas que anseiam por uma aproximação ao mundo vertical, mas não querem ou desejam aprender as técnicas relativamente complexas da escalada e aceitar o grau de compromisso que esta implica, sobretudo em alta montanha. O potencial atrativo deste projeto que envolve o município de Oleiros, a Naturtejo, as Juntas de Freguesia de Estreito-Vilar Barroco, Orvalho e Sarnadas de S. Simão e a associação Trilhos do Estreito sai assim reforçado. Recorde-se que este é um projeto pioneiro em Portugal, o qual visa a internacionalização do património natural e arqueológico do concelho, através da sua integração no maior trilho contínuo de pegadas do mundo. O projeto enquadra-se no conceito Rota das Montanhas, uma estratégia turística municipal diferenciadora e o nome “Grande Rota Muradal-Pangeia” deve-se, por um lado, à emblemática montanha quartzítica na qual o percurso se desenvolve (muito valiosa em geo e biodiversidade) e por outro, ao continente que existiu até há 200 milhões de anos e que reunia todos os continentes que existem atualmente. ■
Defesa da Floresta Contra Incêndios com novo ponto de água Foi criado na Ribeira de Oleiros, junto à Ponte Grande da Torna, um ponto de água que irá fazer face às exigências no âmbito da Defesa da Floresta Contra Incêndios. Esta benfeitoria é conseguida através da construção de um açude com comportas, a jusante da centenária ponte, o qual para além de garantir eficazmente o abastecimento de água no combate a incêndios, vem potenciar a criação de um espelho de água - com o consequente embelezamento paisagístico do local e a possibilidade de realização de atividades de recreio e lazer. Recorde-se que esta intervenção se integra na requalificação da Ribeira de Oleiros, entre a Ponte Grande da Torna e o Açude Pinto - numa extensão de cerca de 2.300 m, junto à linha de água. Esta operação contempla a sustentação de terras através da recuperação/construção de muretes de pedra, a limpeza da galeria ripícola, a regularização das margens da ribeira, a beneficiação de uma ponte pedonal existente a meio do percurso, a colocação de painéis interpretativos, bancos e papeleiras e a manutenção do caminho pré-existente, em perfeita harmonia com o ecossistema das margens da ribeira. Pretende-se, acima de tudo, aproximar as pessoas daquele local (população, visitantes e turistas). ■
O Hotel Santa Margarida, com 23 quartos e suites, foi inaugurado em Outubro de 2012 e está implantado num dos locais mais emblemáticos de Oleiros. O Restaurante “Callum” está aberto todos os dias, com serviço à carta, sendo possível aos almoços de domingo degustar um dos pratos mais típicos da região, o cabrito estonado. Organizamos refeições para empresas e famílias, para além de comemorações festivas alusivas a baptizados, casamentos ou outros eventos sociais. Entregue-nos a organização da festa e tratamos de tudo por si! O Restaurante Callum, “no Coração do Pinhal”, permite-lhe desfrutar de experiências gastronómicas únicas. Honre-nos com a sua visita! Hotel Santa Margarida Torna-Oleiros 6160-498 Oleiros | Tel: 272 680 010 | Fax: 272 680 019 | http://hotelsantamargarida.pt/pt | http://www.facebook.com/hotel.stamargarida GPS: 39.9157, -7.907
Semáforo Castelo Branco altera mapa político A agitação política que precede uma mudança mais funda avança em Castelo Branco. Novos protagonistas, todos abertos ao diálogo é um excelente sinal. Saudamos essa mudança e essa alteração comportamental. De facto, o país não perceberia outra atitude. ■ PF