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Trancoso mostra o melhor fumeiro e os sabores do Nordeste da Beira

O Pavilhão Multiusos de Trancoso vai receber a XIX Feira do Fumeiro dos Sabores e Artesanato do Nordeste da Beira, certame que vai acontecer nos dias 24, 25 e 26 de fevereiro e 4 e 5 de março. Serão cinco dias para mostrar, saborear e vender os melhores produtos da região, com destaque para o fumeiro, o rei da festa.

Em conversa com a Gazeta Rural, o presidente da Câmara de Trancoso diz que este “é um grande evento comercial”, que tem como objetivo complementar “valorizar os nossos produtos endógenos”. Para Amílcar Salvador, a Feira do Fumeiro de Trancoso “é das maiores da região centro, porque atrai visitantes de vários pontos do país”.

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Gazeta Rural (GR): Há novidades na Feira do Fumeiro deste ano?

Amílcar Salvador (AS): Quando as coisas correm bem, não vale a pena mexer muito. Não há grande novidades em relação ao figurino do certame, que vimos implementando de anos anteriores. De qualquer forma, este é um grande evento comercial e o que nos importa é que haja bons negócios, mas também, e esse é outro aspeto não menos importante, divulgar os nossos produtos de qualidade, para além de se estabelecerem contactos que permitem futuras transações. O objetivo deste certame é valorizar os nossos produtos endógenos, nomeadamente os enchidos e os queijos.

É bom lembrar que a nossa Feira do Fumeiro é das maiores da região centro, porque atrai gente de vários pontos do país, não só do distrito da Guarda e Viseu, mas também dos grandes centros urbanos, como Porto, Aveiro, Coimbra, Leiria e Lisboa. Depois, o que nos distingue de outros eventos semelhantes, é que os produtores que participam na feira es- tão devidamente licenciados.

GR: A par da feira, há um festival gastronómico?

AS: Sim, o festival gastronómicos decorre nos restaurantes aderentes do concelho, onde os visitantes poderão saborear os nossos pratos típicos, como a alheira tradicional, os secretos de porto bísaro, pratos de borrego e cabrito, entre outros, da nossa rica cozinha tradicional, com destaque também para os enchidos da época. Para além de tudo isto, há muita animação, constante e permanente nos cinco dias da feira, com os grupos locais e ranchos folclóricos. De referir que são muitas as pessoas que nos visitam nesta altura do ano e que passam também por todo este território da Beira, uma vez que nesta altura realizam-se noutros concelhos da região as festas da amendoeira em flor, um cartaz sempre atrativo.

Dizer também que estamos muito satisfeitos, pois este evento decorre em estreita parceria com a Associação Empresarial do Nordeste da Beira (Aenebeira), um parceiro estratégico com quem temos desenvolvido um conjunto de eventos importantes para o concelho.

GR: O setor primário do concelho, no caso a pecuária, tem respondido ao crescente aumento de interesse na feira e nos produtos que lá se vendem?

AS: Para nós é, de facto, um setor muito importante, nomeadamente a transformação de carnes e salchicharia, com algumas empresas de referência na área dos enchidos. São quase uma dezena de empresas ligadas a este setor, importantes não só pelos postos de trabalhos que criam, mas também pelo seu volume de negócios. Há algumas que têm a produção de suínos, mas, acima de tudo, o que importa referir é que são produtos de qualidade, que também estarão na nossa feira, porque para além dos enchidos, não faltarão o pão, a doçaria, os licores, as compotas, o mel, o queijo, o requeijão e o vinho. Vai ser uma grande feira de fumeiro e de sabores.

Em Penalva do Castelo, no fim de semana de 3 e 4 de fevereiro

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