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Feira do Pastor e do Queijo de Penalva do Castelo regressa renovada e em nova localização

Penalva do Castelo abre, como habitualmente, o ciclo de feiras do queijo no fim de semana de 3 e 4 de fevereiro. A novidade da edição deste ano é o novo local, no largo em frente ao edifício da Câmara Municipal, e a presença da Ministra da Agricultura e Alimentação, Mária do Céu Antunes, na inauguração do certame.

Micaela e o programa Somos Portugal, da TVI, são as atrações da Feira do Pastor e do Queijo de Penalva do Castelo, a 3 e 4 de fevereiro, onde o ‘rei’ da festa é o queijo Serra da Estrela. O presidente da Câmara, em entrevista à Gazeta Rural, adiantou que a Ministra da Agricultura e Alimentação, Mária do Céu Antunes, vai presidir à sessão de abertura da Feira, que conta com o mesmo número de produtores de queijo, mas com mais expositores, tendo em conta que o espaço é maior. Francisco Carvalho garante que a qualidade do queijo este ano é melhor, por via do tempo de chuva e frio que se tem feito sentir.

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Gazeta Rural (GR): Há novidades na Feira do Pastor e do Queijo deste ano?

Francisco Carvalho (FC): Quem vem presidir à abertura da Feira é a ministra da Agricultura, Maria do Céu Antunes. Convidámos também todos os deputados por Viseu, bem como os diversos autarcas da região e as forças vivas locais.

A grande novidade é a mudança de local, pois a feira vai decorrer em frente aos Paços do Concelho, uma vez que a Praça Magalhães Coutinho está em obras. Além disso, a futura ‘sala’ de eventos é o espaço em frente à Câmara Municipal. Ainda não está como queremos, pois vamos este ano começar a obra dos Jardins dos Paços do Concelho, para embelezar este espaço, além de que esta zona já foi dotada com um quadro elétrico para suportar todos os eventos que aqui se realizarem, para além da Feira do Pastor e do Queijo, também as Festas do Concelho serão aqui realizadas. É um espaço maior, mas também nos dá mais responsabilidade em arranjar mais expositores. Estamos satisfeitos, pois já fechámos as inscrições para a Feira do Queijo e já temos mais do dobro do número de expositores do ano passado.

GR: Em relação aos expositores de queijo?

FC: Serão os mesmos que participaram na feira do ano passado. Aumentou o número de inscrições de expositores de outros produtos, como artesanato, produtos locais, vinhos, enchidos e até um expositor com Poncha da Madeira, o que nunca tinha acontecido. O espaço da tenda será o mesmo do ano passado.

Quanto à animação, temos a Micaela, no sábado, e o ‘Somos Portugal’, da TVI, no domingo, com o novo figurino de apresentadores e estou curioso para ver. Contamos também com a animação da Banda Música e Recreativa de Penalva do Castelo. No resto, não haverá muitas alterações. Esperemos que o S. Pedro seja nosso amigo naquele fim de semana e que nos dê um dia de sol.

GR: A qualidade do queijo este ano é melhor?

GR: Há queijarias na região, que recebiam leite de outras explorações, que se queixam que há quem tenha abandonado a atividade. Qual é a situação no concelho?

FC: Tenho conhecimento que há produtores que estão a produzir mais, nomeadamente um em Real, em que, por via de um problema da esposa deixou de produzir queijo, dedicando-se apenas à produção de leite e aumentou o rebanho.

Aquilo que sinto, pelo subsidio anual que a Câmara atribui à produção de leite, em 2022 pagámos mais que em 2021, sinal de que há aumento da produção de leite, por via, também, do aumento do efetivo ovino.

No caso que referi, a produção de leite assegura-lhe uma rentabilidade tão grande ou maior do que se estive a transformar o leite em queijo.

FC: Sim, choveu bastante, houve pasto para as ovelhas e já geou neste mês de janeiro, condições que favorecem a qualidade do queijo.

GR: Todos os anos falamos na renovação do setor. Como tem visto esta situação?

FC: Há alguns jovens que esboçam vontade de começar neste setor e estou convencido que isso vai acontecer. Há um jovem a entrar, dando continuidade à atividade dos pais. Com o subsídio que a Câmara tem dado, aos produtores de leite, através da Associação de Produtores de Gado da Beira Alta, em que pagamos toda a despesa que o produtor tenha com os animais, acredito que vai tornar esta atividade mais apelativa. Pode ser que apareçam mais alguns produtores, para além do facto de estarem a regressar alguns emigrantes do estrangeiro, que, quem sabe, não encontram na produção de leite e queijo uma oportunidade.

GR: Nesse campo, da atribuição do subsídio, a Câmara diferencia os pastores que têm apenas raças autóctones da região, daqueles que tem as chamadas raças exóticas?

FC: Há pastores que não obedecem às regras que nós pretendemos. Temos a noção exata quem são, porque subsidiamos ambas, pagando mais aos pastores que têm ovinos de raça Bordaleira ou Churra Mondegueira. Nós pretendemos que os pastores invistam na produção de leite destas raças autóctones e, por consequência, na produção de queijo ‘Serra da Estrela’. Graças ao subsídio que atribuímos, sabemos exatamente qual o total do efetivo existente no concelho e, deste, o número de ovinos de raça Bordaleira ou Churra Mondegueira. O total do efetivo no concelho ultrapassa as duas mil ovelhas.

De 10 a 12 de fevereiro no Mercado Municipal e zona envolvente.

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