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Vouzela lançou projeto turístico para a EN16 que envolve 14 municípios

Vouzela arrancou com um projeto de promoção turística, ligado à Estrada Nacional 16 (EN16), que envolve 14 municípios, à semelhança do que acontece com a EN2. A reunião preparatória aconteceu em Vouzela na preparação do projeto “EN 16 - da Costa Atlântica à Linha de Fronteira”.

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A Câmara de Vouzela foi a promotora da iniciativa que tem como objetivo envolver os 14 municípios atravessados pela N16 na criação de um produto de dinamização e valorização dos territórios percorridos por esta via, promovendo o património histórico, natural, gastronómico e a economia local de todos os concelhos envolvidos, nomeadamente Aveiro, Águeda, Albergaria-a-Velha, Sever do Vouga, Oliveira de Frades, Vouzela, São Pedro do Sul, Viseu, Mangualde, Fornos de Algodres, Celorico da Beira, Pinhel, Guarda e Almeida.

Todas as autarquias presentes reconheceram a importância e a valia turística do projeto e manifestaram o seu interesse em avançar com o estudo de estruturação da rota que liga Aveiro a Vilar Formoso, numa extensão de 220 km.

“Queremos ter um guia, ou guias de bolso, a promover todo este património cultural, gastronómico, e toda a dinâmica patrimonial e a natural, ou seja, várias áreas que os municípios têm ao longo da EN16”, adiantou o presidente da Câmara de Vouzela.

Rui Ladeira foi o promotor de uma reunião com todos os municípios que são atravessados pela EN16, de forma que, “todos juntos”, possam “criar um produto turístico estruturado que permita manter as pessoas no território e valorizar a identidade” desta via, que “foi o grande corredor económico, antes da A25, e que se pode voltar a potenciar”.

Ao mesmo tempo, continuou o autarca, “pode ser trabalhado este corredor, recuperando toda a identidade sinalética, alguma destruída pelos incêndios, o corredor arbóreo, e também o comércio local”. “Isto vai permitir que o comércio tradicional seja reativado, porque são corredores rodoviários que, normalmente, não são utilizados. E, provocando este fluxo turístico, permite que o comércio local e mais tradicional tenha uma oportunidade e seja valorizado”, defendeu.

Para “agilizar o projeto”, Rui Ladeira explicou que serão as três Comunidades Intermunicipais (CIM) de Aveiro, de Viseu Dão Lafões e a das Beiras e Serra da Estrela a dar “os próximos passos” em representação dos 14 municípios. “Para estruturar todo o plano de ação para que rapidamente possamos apresentar um projeto final, à imagem de bons projetos, como o da EN2, que é um ótimo veículo promocional e de desenvolvimento”, comparou.

Assim, Rui Ladeira disse que espera que “os 225 quilómetros da EN16 venham também a ter muito daquilo que são as

boas práticas do desenvolvimento dos territórios, nomeadamente no interior do país”.

O autarca da região de Lafões não escondeu que “gostaria de no próximo Verão já ter alguma coisa em concreto”, mas também reconheceu que “não é um projeto para se fazer em dois dias” e, por isso, “a devido tempo será apresentado um cronograma” de todo o processo. “Mas estamos convencidos de que, em alguns meses, poderemos ter produtos estruturados para apresentar ao público e começar a dar alguma dinâmica. Acredito que o guia, por exemplo, poderá estar pronto no final do próximo ano, em 2022”, admitiu.

Rui Ladeira mostrou-se “satisfeito” com o primeiro encontro, uma vez que também estiveram presentes “outras entidades, como o Turismo de Portugal, a AHRESP [Associação da Hotelaria, restauração e Similares de Portugal] e a Infraestruturas de Portugal”, que têm uma “interferência direta” no processo.

“Queremos fazer da EN16 um projeto âncora para o nosso país, mas principalmente, e em particular, para a nossa região”, sublinhou Rui Ladeira, que reconheceu a “necessidade de requalificar, em alguns troços,” esta via, mas que “a seu tempo, certamente, também será feito”.

O presidente da Câmara de Viseu reconheceu que a EN16 “tem fortes potencialidades” e, tendo em conta que é no concelho de Viseu que a EN16 se cruza com a EN2, Fernando Ruas disse que o executivo está “muito interessado na alavancagem desta estrutura”.

“Até pela sua dimensão que é mais apetecível a quem quer fazer um trajeto de fim de semana, sem ter necessidade de deixar para outro fim de semana, como poderá acontecer com a EN2. Portanto, a EN16 tem condições para ter um êxito ainda maior do que a EN2 e pode ser uma ajuda nestes territórios do interior”, reconheceu.

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