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Carta Gastronómica da Região de Coimbra integra 114 receitas de 19 municípios

Coordenada pela investigadora Guida Cândido

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Gastronómica da Região de coimbra integra 114 receitas de 19 municípios

a Carta Gastronómica da região de Coimbra integra 114 receitas e quer salvaguardar e promover a gastronomia e os produtos endógenos dos 19 municípios que compõem a comunidade intermunicipal (CIm/rC).

Coordenada pela investigadora em patrimónios alimentares Guida Cândido, especialista em História da Alimentação, a Carta, editada em livro pela CIM/RC, vai do mar à serra e dos territórios rurais aos urbanos, em 10 grupos de receitas. Assim, há pratos do mar (e pratos do fiel amigo, o bacalhau), pratos do rio, do açougue, da matança e da fermentação, e também da capoeira, da horta, do açúcar e do grão e farinha. “Mais interessante do que os colocar por ordem alfabética de município, faz muito mais sentido ordenar pela origem dos produtos, porque o que está em causa é o território, a sua identidade territorial e geográfica, estando cada município, obviamente, identificado”, disse à agência Lusa Guida Cândido.

Contactada pela CIM/RC para fazer a coordenação da obra há cerca de dois anos, a investigadora aferiu e validou os conteúdos indicados pelos 19 municípios da Região de Coimbra. “Eu coordenei os conteúdos que os municípios entenderam ser as suas referências na identidade gastronómica. Não fui indicar a cada município qual o património deles, porque eles é que sabem qual é, mas servi de aferidor”, explicou.

Guida Cândido acrescentou que a Carta Gastronómica - que surge como um “documento estruturante” no âmbito da Região de Coimbra como Região Europeia de Gastronomia 2021/2022 - “não é

uma carta fechada, é uma carta aberta, com capacidade e elasticidades para crescer”, sendo, nesta primeira edição, limitada a seis receitas “identitárias” por município. “São seis pratos que cada município considera corresponder à matriz do seu património alimentar. Sem qualquer barreira de ter de incluir doçaria, ou entradas, ou o que for, mas sim ser fiel ao território”, enfatizou.

Apresentada no Dia Mundial do Livro, a Carta Gastronómica não apresenta 114 receitas distintas umas das outras, havendo pratos que se repetem, embora com nuances ou práticas diferentes na sua conceção. “Não deixei de duplicar, triplicar, quadruplicar, aceitar uma multiplicidade de municípios a mostrar a mesma receita. Porque cada uma delas acaba por ter uma abordagem diferente”, frisou Guida Cândido.

“Não se pode ter a pretensão de que só se come algo num determinado município, há práticas comuns. Se pensarmos nos campos do Mondego, não é só em Montemor-o-Velho que se comem pratos com arroz. E se o arroz-doce é um património comum da Região Centro, o arroz-doce de Coimbra não é o de Mira, que já tem as gemas de ovos. Mais importante do que ter 114 receitas diferentes, é ter 114 receitas que também mostrem as semelhanças e essa ligação territorial”, afirmou a investigadora.

O secretário executivo da CIM/RC, Jorge Brito, destacou que a Carta Gastronómica é “mais uma iniciativa englobada na Região Europeia da Gastronomia 20212022”, pretendendo “qualificar as pessoas, o território e criar valor”. “Mais do que fazer eventos, é criar esta valorização patrimonial”, indicou, considerando que a Carta “é um trabalho de preservação da memória coletiva”. “Ir às raízes, aceder a acervos históricos para não se perder aquilo que é o património identitário através da cozinha”, sublinhou Jorge Brito, frisando que a obra espelha “não uma lógica administrativa [de cada município], mas aquilo que é o território”.

A Carta, indicou o responsável da Região de Coimbra, irá ficar disponível ao público “quer do ponto de vista físico, quer digital”, e será “matéria-prima para trabalhar um conjunto de ações subsequentes”, através, por exemplo, da introdução do receituário em restaurantes “que sirva de atrativo a que as pessoas venham ter uma experiência [gastronómica] no território da Região de Coimbra que não têm em mais lado nenhum”.

Entre outras iniciativas, serão produzidos tutoriais, nomeadamente conteúdos em vídeo, para ensinar a fazer as receitas. Jorge Brito avisou, no entanto, que a dimensão da gastronomia “é um fim de linha”. “Ninguém consegue valorizar este património, se não tiver todo o processo a montante de ter os produtos”, frisou.

Aludindo à Semana da Chanfana, em Miranda do Corvo, onde a Carta Gastronómica foi apresentada, Jorge Brito sublinhou que “ninguém consegue cozinhar chanfana se não tiver gado”. “E é essa cadeia toda de valorização dos produtos a montante e da nossa agricultura, olhando sempre para a gastronomia, que temos de preservar, numa tentativa de ajudar o setor privado”, notou.

tondela com eventos culturais até novembro nas várias freguesias oliveira de Frades com “forte aposta” na defesa da floresta contra incêndios

Música, poesia e teatro fazem parte de iniciativas como o A Câmara de Oliveira de Frades anunciou, em conjunto TondelAnima ou o Tom de Festa, que começam a animar o com outras entidades, que este ano tem sido feita “uma concelho de Tondela a partir deste fim de semana e até no- forte aposta” em ações de defesa da floresta contra incênvembro. dios, garantido que estas irão continuar.

Segundo a Câmara Municipal de Tondela, “os eventos Em comunicado, o município refere que procedeu “à regressam este ano em força nas várias freguesias” e para manutenção da faixa de gestão de combustível da zona assinalar o regresso das atividades culturais, suspensas pela industrial de Oliveira de Frades, com uma dimensão mínipandemia, a autarquia criou o TondelAnima. ma de 100 metros, e, ainda, diversos mosaicos de gestão

“O TondelAnima pretende potenciar a fruição cultural, de combustível, totalizando uma área de 60 hectares”. “Foproporcionando momentos de convívio e interação cultural ram, também, efetuadas várias intervenções na rede viária entre agentes e o público em geral, ao mesmo tempo que florestal, com a regularização do piso, construção de valetas, se constitui como estímulo na dinamização da atividade execução de passagens hidráulicas entre outras ações de associativa do concelho”, sintetizou esta autarquia do dis- beneficiação da extensa rede existente no concelho, numa trito de Viseu. extensão de dez quilómetros”, acrescenta. A autarquia informa que, “nos perímetros florestais que estão sob cogestão do Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas”, nomeadamente os de Arca, Vouga e Ladário, foram construídos 58 hectares de rede primária. “Esta rede é constituída por faixas de redução ou interrupção de combustíveis, com cerca de 125 metros de largura e que visam, entre várias funções, garantir condições favoráveis para “Fim de Semana do diminuição da superfície percorrida por grandes incêndios, permitindo uma intervenção direta de combate ao fogo”, explica. cabrito” em Penalva do Castelo a 7 e 8 de maio Já a E-Redes “procedeu à execução da faixa de gestão de combustíveis da rede elétrica de média tensão, com uma dimensão mínima de sete metros para cada um dos lados dos cabos condutores exteriores, na totalidade das linhas que atravessam as freguesias de São João da Serra, Ribeiradio, Arcozelo das Maias, Pinheiro e da União de Freguesias de Destriz e Reigoso, correspondendo a uma área de 45 hectares”, acrescenta.

Sete restaurantes do concelho de Penalva do Concelho aderiram ao “Fim de Semana do Cabrito”, uma iniciativa da Câmara de Penalva do Castelo que vai acontecer a 7 e 8 de Maio. A iniciativa pretende atrair visitantes e valorizar os produtos endógenos locais.

Aderiram à fim de semana gastronómico os restaurantes Casa da Ínsua, Casa de Petiscos Recordo, o Carneiro, o Telheiro, o Templo, Pizzaria da Lameira e 259. Os visitantes serão brindados com uma prova de Queijo Serra da Estrela e habilitam-se ao sorteio de um almoço ou jantar para duas pessoas.

A autarquia pretende com esta iniciativa “promover os produtos endógenos e atrair mais turistas e visitantes. Além das memórias gastronómicas pretende-se que o visitante aprecie a beleza paisagística, o património do território Penalvense e sinta vontade de voltar. É um convite ao regresso para novas experiências memoráveis”, salienta a autarquia de Penalva do Castelo.

Festas da cidade de Portalegre decorrem de 20 a 23 de maio

As Festas da Cidade de Portalegre 2022 voltam a realizar-se entre 20 a 23 de maio. Volta a cumprir-se a tradição de comemorar o 472º aniversário da elevação de Portalegre a cidade, num fim-de-semana festivo em que não faltarão atividades culturais, desportivas e de animação.

Ao longo destes três dias, no Jardim da Corredoura será o palco privilegiado da mostra de stands institucionais e dos artesãos do concelho. Será mais uma oportunidade para exaltarmos a cultura e as tradições do concelho e usufruirmos do nosso património, gastronomia e paisagens.

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