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José Laranjo foi o convidado do Capítulo de Outono da Confraria ‘Grão Vasco’

Com a participação de mais de meia centena de participantes

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José Laranjo foi o orador no Capítulo de Outono da Confraria de Saberes e Sabores da Beira ‘Grão Vasco’

A castanha foi o mote para o Capítulo de Outono que a Confraria de Saberes e Sabores da Beira ‘Grão Vasco’ levou a cabo numa unidade hoteleira da cidade de Viseu. José Laranjo, docente e investigador da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) foi o orador convidado. Entre outros, estiveram também presentes Pedro Ribeiro, vereador da Câmara de Viseu; Costa Pinto, em representação da Freguesia de Viseu; Flávio Martins, presidente do Conselho Permanente das Comunidades Portuguesas, e de Alexandre Rocha, da nova Confraria das Febras e Enogastronomia de Mangualde.

dos nacional e internacional em dificuldades, pois não conseguiram competir com os preços praticados pelos produtores italianos, franceses e espanhóis, acabando por perder alguns negócios, com reflexo nos próximos anos. Alertou também para a grande aposta que o Chile está a fazer na produção de castanha, que chega ao mercado europeu em contraciclo, nos meses de abril e maio. O docente da UTAD defendeu a aposta nas variedades regionais, como a Martaínha, que considerou a ‘rainha’ das castanhas, pois concentra “o melhor que podemos encontrar neste fruto”. A título de curiosidade, José Laranjo lembrou que a castanha “não é um fruto seco” e que não deve ser guardada na despensa, mas sim no frio para travar o desenvolvimento de alguns fungos, que levam à podridão

Cerca de meia centena de participantes marcaram presen- da castanha, ou a ficar seca, em poucos dias.ça no Capítulo de Outono da Confraria de Saberes e Sabores Na ocasião, Pedro Ribeiro, vereador com os pelouros da Beira ‘Grão Vasco’. Este encontro convívio teve como orador da Educação e do Ambiente da Câmara de Viseu, desJosé Laranjo, um dos mais conceituados investigadores a nível tacou a importância da Confraria Grão Vasco no meio internacional no que ao castanheiro e à castanha diz respeito, e associativo da cidade, mas também o papel que tem foi aproveitado para comemorar o São Martinho. Serviu também desempenhado na aproximação às comunidades porpara retomar das atividades normais da Confraria, depois de dois tuguesas espalhadas pelo mundo.anos atípicos. A encerrar o Capítulo, o Almoxarife da Confraria ‘Grão

Num repasto em que a castanha foi o ingrediente principal, Vasco’ agradeceu a presença de José Laranjo, a quem José Laranjo deu ‘uma aula’ à volta do tema. Num ano em que foi entregue o certificado de Confrade Titular. José a quebra de produção foi significativa, o investigador disse que, Ernesto Silva apelou à participação de todos nas atiem termos nacionais, “houve perdas a rondar os 40%”. O também vidades da Confraria, que tem marcado para abril do presidente da REFCAST - Associação Portuguesa da Castanha e próximo ano um Capítulo de Entronização de novos vice-presidente da EuroCastanea – Rede Europeia da Castanha re- confrades. De referir que, nesta iniciativa, o certificaferiu que a quebra de produção “teve a principal origem na altura do de Confrade Titular foi entregue a mais cinco futuda floração”, defendendo que a seca não foi a razão principal para a ros confrades. baixa produtividade do castanheiro nesta campanha. Na sala estavam dois ex-alunos de José Laranjo.

José Laranjo apontou algumas das lacunas deste setor, impor- O enólogo Carlos Silva e a esposa, Susana Abreu, tantíssimo para a economia das regiões de interior, nomeadamente também membros da Confraria Grão Vasco, ofertaa falta de competitividade, num ano em que os preços à produção ram-lhe uma caixa de vinho ‘Índio Rei’, produção da subiram e deixaram os agentes económicos que operam nos merca- Amora Brava.

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