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Festa da Amendoeira em Flor “é a marca mais forte” do concelho de Figueira de Castelo Rodrigo

Figueira de Castelo Rodrigo recebe nos fins de semana de 24 a 26 de fevereiro e 3 e 4 de março a Festa da Amendoeira em Flor, evento que esta ano tem como cabeças de cartaz, no programa de animação, Jorge Azevedo, Némanus, Jorge Guerreiro e Toy.

Mas a festa inclui também caminhadas, raid BTT, artesanato, exposição e venda de produtos locais, bem como a gastronomia, tudo à volta da rainha da festa, a amendoeira em flor.

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O presidente da Câmara de Figueira de Castelo Rodrigo diz que esta festa “é a marca mais forte de promoção turística do concelho” e “um dos cartazes turísticos mais antigos da região”. Carlos Condesso, à Gazeta Rural, diz que o programa da festa “foi preparado para ir ao encontro de diversas gerações e abranger públicos diversificados”.

Gazeta Rural (GR): O que representa hoje a Festa da Amendoeira em Flor para o concelho?

Carlos Manuel Condesso (CMC): A Festa da

Amendoeira em Flor é a marca mais forte de promoção turística do concelho de Figueira de Castelo Rodrigo. São já 82 anos desde a primeira edição, sendo, por isso, um dos cartazes turísticos mais antigos da região, que tem conseguido, ao longo de todos estes anos, atrair milhares de turistas ao nosso território abençoado pela natureza.

GR: A autarquia preparou um programa bastante atrativo para o último fim de semana de fevereiro e o primeiro de março. O que destaca do programa e que expectativas tem?

CMC: O essencial é sempre a nossa natureza em festa, com as nossas paisagens floridas. Nesta altura, a rainha da festa é sempre a amendoeira em flor. Depois, queremos também aliar um programa cultural, lúdico, desportivo e musical que consiga atrair novos fluxos turísticos e dar a possibilidade aos visitantes que já conhecem o nosso concelho de regressar e de terem ao seu dispor diversas atividades para poderem desfrutar. No ano passado, a concentração das atividades numa tenda preparada para o efeito no recinto da feira, demonstrou ser um sucesso. Vamos continuar a apostar nesse formato, dando conforto aos expositores e público em geral. O programa foi preparado para ir ao encontro de diversas gerações e abranger públicos diversificados, com o objetivo de chegarmos ao maior número de pessoas possível. produto que tem a sua qualidade e valor a crescerem cada vez mais.

GR: A amendoeira em flor é um cartaz turístico da região nesta altura do ano. Tem-se aproveitado bem para promover a região e atrair gente ao território?

CMC: Como já referi, este é o cartaz turístico mais antigo da região. Temos o dever de o respeitar e de o valorizar, ano após ano. Temos conseguido captar visitantes de todo o país e também da nossa vizinha Espanha que também celebram a festa do “Almendro”, o que potencia a criação de sinergias ibéricas e de intercâmbio entre estes territórios de fronteira.

GR: Figueira de Castelo Rodrigo é um concelho raiano. Tem-se aproveitado todas as potencialidades que esse facto pode alavancar?

CMC: Sermos de uma zona raiana oferece-nos a possibilidade de estarmos mais perto da Europa, através de Espanha, acrescentando a isso uma qualidade de vida que uma grande metrópole não consegue oferecer. Por outro lado, estamos longe do poder central, que reiteradamente se esquece destes territórios e das nossas gentes, obrigando alguns dos nossos jovens a trilharem o seu caminho profissional noutros locais, mesmo que tenham vontade em ficar no seu concelho. Estamos a falar de um território de baixa densidade, mas com enorme potencial que tarda em ser reconhecido pelo poder centralista.

GR: A amendoeira foi, numa determinada época, preterida em favor da vinha. Numa altura em que a amêndoa portuguesa desta região é reconhecida como de excelente qualidade, tem-se apostado mais na sua plantação?

CMC: O panorama agrícola da nossa região tem vindo a ser alterado ao longo dos anos. O facto de termos o Rio Douro tão perto fez com que se apostasse muito na vinha em detrimento da amendoeira. No entanto, temos vindo a assistir a uma aposta sustentada de produtos baseados na amêndoa. Temos produtores locais que criam e inovam com este produto, o que permite investir mais em amendoeiras. Há poucos meses, tivemos mais uma empresa a criar uma unidade de transformação de amêndoa em Figueira de Castelo Rodrigo, o que demonstra que é um

GR: Olhando para o território, como está o setor primário do concelho, quais as suas virtudes e dificuldades?

CMC: Figueira de Castelo Rodrigo é um concelho principalmente agrícola. É, aliado ao turismo, o setor que mais dinâmica traz para a nossa região. Apesar de sabermos que as distâncias até aos grandes centros podem ser um entrave, temos notado um aumento no investimento agrícola e pecuário, mesmo em terrenos que estavam abandonados e que agora têm novos investimentos. Existe uma grande oferta de possibilidades para investir, evoluir e vingar no mercado. Face à importância do setor primário, vamos criar na Câmara Municipal um gabinete totalmente dedicado aos agricultores, para que possam obter informação, apoio e esclarecimentos relacionados com incentivos em vigor e certas burocracias, por exemplo.

Entre 18 de fevereiro e 19 de março

Vila Nova da Barquinha promove Mês do Sável

O município de Vila Nova da Barquinha vai promover a mostra gastronómica “Mês do Sável”, entre 18 de fevereiro e 19 de março. Os amantes desta iguaria poderão degustar o sável frito com açorda de ovas, em seis restaurantes do concelho de Vila Nova da Barquinha, e ganhar passeios de barco ao Castelo de Almourol e visitas ao Centro de Interpretação Templário. Esta promoção é vá lida apenas ao fim de semana, sendo atribuído 1 bilhete por dose, nos restaurantes aderentes.

Nesta época do ano, o sável e outras espécies sobem as águas do Tejo, dando origem a sabores únicos, con fecionados de acordo com receitas centenárias. Esta é a vigésima nona edição consecutiva deste evento, que anualmente promove tanto o Sável como a Lampreia (espécie que este ano não integra a mostra), animan do a restauração e atraindo milhares de visitantes a um território onde se pode visitar os monumentos nacio nais Castelo de Almourol e Igreja Matriz de Atalaia, o Centro de Interpretação Templário, o Parque de Escul tura Contemporânea, ou o mais recente Trilho Panorâ mico do Tejo, entre outras atrações.

Este verdadeiro festival da gastronomia ribeirinha, fruto da parceria do Município com os restaurantes, tem como principal objetivo difundir a cozinha típica e tradicional de um concelho banhado por três rios - Tejo, Zêzere e Nabão - e cuja história está intimamente ligada à atividade piscatória.

De 24 a 26 de fevereiro e 4 e 5 de março

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