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Aumentou a procura de ovinos das raças Bordaleira e Churra na região da Serra da Estrela

Está a aumentar a procura de ovinos das raças Bordaleira e Churra Mondegueira na região da Serra da Estrela, “só que não há para entrega”. A afirmação é do presidente da Associação Nacional de Criadores de Ovinos Serra da Estrela (ANCOSE) à Gazeta Rural.

“Felizmente que os pastores estão a trocar as raças exóticas por ovelha Bordaleira ou Churra Mondegueira, só que não temos animais para entrega”, afirmou Manuel Marques, referindo que “já tivemos no passado no nosso centro Recria e estamos a trabalhar nesse sentido”, acrescentando que a associação está “a diminuir” o seu rebanho “para satisfazer as necessidades de alguns pastores com a raça Bordaleira”.

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foi aceite, o que é mais um estímulo para que os pastores possam aumentar o efetivo de raças autóctones na região”.

“Quem as tem não vende e procura comprar”, afirmou, por sua vez, Francisco Granjal, ex-presidente da Estrelacoop, entidade que certifica o queijo Serra da Estrela com Denominação de Origem Protegida.

O presidente da ANCOSE diz que esta mudança “é um bom sinal”, pois “aqueles que andaram a apregoar que as raças exóticas eram as melhores já reconheceram que estavam errados”. “Felizmente que há mais procura de ovelhas Bordaleira ou Churra Mondegueira para produzir o melhor queijo do mundo”, referiu Manuel Marques, sustentando que “esta situação pode dar um novo impulso à produção de queijo Serra da Estrela”.

O dirigente da ANCOSE diz que, nesta altura, “há um efetivo na região de cerca de 80 mil animais, mas apenas pouco mais de 20 mil estão registados no livre genológico”. “Queria aumentar esse valor e, nesse sentido, solicitei à senhora Ministra da Agricultaria para reforçar o valor do subsídio de 15 para 24 euros, pedido que

“O que tenho visto é que aumentou a procura de ovelha Bordaleira, porque os pastores, há uns anos, viraram-se para as ovelhas de raças exóticas, que dão mais produção, mas o leite é de menor qualidade, mas com o aumento do valor dos apoios e a subida do preço do queijo voltaram a procurar as nossas raças autóctones, nomeadamente as Bordaleira, mas não há”, salientou Francisco Granjal.

O produtor de Celorico da Beira diz que a campanha do queijo deste ano “começou bem, mas teve um período difícil nas últimas semanas com as geadas”, referiu Francisco Granjal, esperando que “com a melhoria do tempo e as parições as coisas voltem a compor-se”.

Francisco Granjal foi um dos produtores que diminuiu o efetivo, numa altura em que, diz, “há menos pastores, mas aumentaram os rebanhos e a produção também é maior”.

No concelho de Mondim de Basto

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