13 minute read
Projecto ‘LIFE Resilience’ debateu as melhores práticas para a sustentabilidade das culturas
from Gazeta Rural nº 362
by Gazeta Rural
Centena e meia de interessados participaram numa conferência online
Advertisement
Projecto ‘LIFE Resilience’
debateu as melhores práticas para a sustentabilidade das culturas
O projecto ‘LIFE Resilience’ (Resiliência à vida) promoveu uma conferência técnica online, subordinada ao tema “Vida Resiliência: melhores práticas sustentáveis”, onde foram apresentadas e explicadas as melhores práticas e tecnologias disponíveis para atingir a sustentabilidade das culturas. Co-financiado pelo programa LIFE da União Europeia, o projecto tem como principal objetivo a prevenção de Xylella Fastidiosa em explorações agrícolas de oliveiras e amendoeiras de alta densidade.
Odiretor da Escola Técnica Superior de Agricultura e Florestas Engineers (ETSIAM) da Universidade de Córdoba (UCO), Rosa Gallardo, abriu a conferência e salientou que “os desafios agrícolas atuais serão atendidos com uma cultura de inovação colaborativa”. O projecto ‘LIFE Resilience’, como todos os que foram apresentados durante a conferência, “é um exemplo claro do valor das alianças entre empresas, associações de agricultores, universidades e centros de pesquisa”, salientou.
Na sua intervenção Luis Rallo, professor emérito da UCO, destacou o melhoramento genético como uma medida chave da prevenção da Xylella e salientou os progressos realizados nesta área, em Itália e Espanha, para obter variedades tolerantes às bactérias.
Por sua vez Jesús Gil, professor na área de Engenharia Agroflorestal na UCO, apresentou as inovações técnicas para a aplicação de uma ‘proteção’ na planta, considerando as fortes restrições que os regulamentos atuais obrigam. “Há muitos esforços que estão a ser feitos com máquinas agrícolas para uma dosagem adequada e ideal”, disse Gil.
O diretor-executivo da Associação Espanhola para a Conservação de Solos de Vida (AEAC.SV), Óscar Veroz, salientou as virtudes dos ‘telhados verdes’, um ponto fundamental no projecto ‘LIFE Resilience’, que gerou sinergias significativas com um outro, onde ele participa, o ‘Vida Agromitiga’. “Os telhados permitem benefícios para a agricultura sustentável, nomeadamente minimizar a degradação dos solos, aumentando a matéria orgânica, a fertilidade, a qualidade e disponibilidade de água ou a biodiversidade da exploração, entre outros, bem como ajudar a reduzir as emissões de gases de efeito estufa”, explicou.
A finalizar a conferencia, Jorge Blanco, chefe da área de P & D de Greenfield Technologies, ressaltou a importância de melhorar a eficiência do solo e mostrou algumas das novas tecnologias disponíveis. Jorge Blanco adiantou que no ‘LIFE Resilience’ “estamos a usar essas ferramentas para criar um modelo de boas práticas, em que será mais eficiente o uso de recursos, que vamos ser capazes de monitorar, através de pontos georreferenciados estrategicamente selecionados, e onde agir, bem como o impacto que as nossas medidas terão em cada exploração em termos de saúde das plantas, no solo e até mesmo na população de insetos”.
O projecto ‘LIFE Resilience’ conta com a participação de nove parceiros de Espanha, Itália e Portugal, iniciou suas atividades em 2018 e será executado até 2022, trabalhando com ensaios em explorações disponíveis nos três países.
Acesso à informação é crucial para planeamento e descoberta da região
Rota da Bairrada lança Guia
de Enoturismo 2020 e reabre portas com selo Clean & Safe
34 www.gazetarural.com
Cumprindo as recomendações da Direcção-Geral da Saúde, é tempo de recomeçarmos. As pessoas precisam e a economia também. A assinatura de comunicação da marca Bairrada é “Terras de bem-viver” e, mais do que nunca, a região está empenhada em que isso aconteça. E também tempo de voltar a “bem-receber”.
Como porta de entrada, por excelência, para levar à descoberta da região, a Rota da Bairrada vai reabrir já este mês os seus dois espaços, ambos com o selo ‘Clean & Safe’, atribuído pelo Turismo de Portugal: o da Curia no dia 19 e o de Oliveira do Bairro no dia 26. Numa primeira fase com horário reduzido – de terça-feira a sábado, das 14,30 às 19 horas – e com algumas restrições em termos de atividades – não haverá lugar a provas de vinhos e aos jogos didáticos. A seu tempo, tudo voltará à normalidade. Para já, é possível comprar vinho e demais produtos, assim como consultar a equipa da Rota para criação de roteiros, marcação de visitas e estadias, bem como outros pedidos.
A antecipar esta reabertura, a Rota lançou ontem o ‘Guia de Enoturismo Bairrada 2020’, uma ferramenta de promoção do território, que reúne a oferta turística de forma sucinta e muito prática, facilitando aos visitantes – e até aos residentes – a consulta e o planeamento das suas descobertas: agora, e de futuro! O Guia acompanha as tendências e surge em formato digital, estando disponível para consulta e download no site da Rota da Bairrada. Um acesso facilmente identificado ao navegar também nas páginas de Facebook e Instagram da Rota da Bairrada, da Comissão Vitivinícola da Bairrada e da Bairrada.
Sendo a Bairrada um território vínico por excelência, é o enoturismo que dá mote a este Guia, que destaca outros pontos de interesse, como a reconhecida gastronomia, a riqueza natural e cultural, e a vasta oferta de alojamento de qualidade, desde hotéis, apartamentos turísticos, unidades de agroturismo e alojamento local.
De entre os associados da Rota da Bairrada, são 26 os produtores de vinho representados, 28 restaurantes e assadores, 17 unidades de alojamento, 4 empresas de animação e uma agência de viagens. Tudo isto dentro dos oito municípios que compõem a região – Águeda, Anadia, Aveiro, Cantanhede, Coimbra, Mealhada, Oliveira do Bairro e Vagos – e que também têm papel de destaque no Guia, com a identificação de “Seis coisas a não perder” em cada um deles. Há também propostas de empresas de animação e agências de viagens cujo foco é a Bairrada.
O convite é para que imerja em experiências e momentos inesquecíveis: visite espaços de grande esplendor, produtores, adegas e caves – das mais pequenas e pitorescas, às maiores e longevas –; deleite-se com a gastronomia tradicional, que varia entre os sabores do mar e da terra, onde o Leitão da Bairrada é Rei; percorra as matas seculares e aprecie um passeio na serra ou junto ao mar…
Para Jorge Sampaio, presidente da Rota da Bairrada, esta era já uma aposta anterior à pandemia de Covid-19, na medida em que “o Enoturismo é um dos vetores estratégicos de desenvolvimento para o sector do turismo em Portugal. Contribui para o desenvolvimento sustentado de uma região, abrangendo interesses públicos e privados, e reduz a sazonalidade, criando mais oportunidades de emprego e fixação da população”. É uma iniciativa que conta com o apoio do Turismo de Portugal, no âmbito do programa ‘Valorizar’.
O mundo perdeu 178 milhões de hectares de floresta nos últimos 30 anos, apesar de o ritmo da desflorestação ter abrandado na última década, segundo um relatório divulgado pelas Nações Unidas.
Aagência da ONU para a Alimentação e Agricultura (FAO) estima que o ritmo de destruição das florestas tenha descido de 7,8 milhões de hectares anuais na década de 1990 para 4,7 milhões de hectares entre 2010 e 2020 por causa da redução da desflorestação em alguns países e o aumento da cobertura florestal em outros.
Desde 2010, as maiores perdas aconteceram em África e na América do Sul. Entre 2015 e 2020, o ritmo de desflorestação situou-se nos 10 milhões de hectares por ano, menos dois milhões do que nos cinco anos anteriores. No ano de 2015, perderam-se 98 milhões de hectares devido a incêndios, sobretudo nas zonas tropicais, onde arderam 04% da floresta, sobretudo em África e na América do Sul. Globalmente, existem 4.050 milhões de hectares de floresta, cobrindo um terço da superfície do planeta. Mais de 90% das florestas regeneraram-se naturalmente, estima a FAO, que analisou dados de 236 países.
Desde 1990 que cada vez mais florestas saíram do domínio público, passando a ser geridas por empresas privadas, comunidades indígenas e outras instituições. Mais de 180 milhões de hectares são usados para turismo, recreação, investigação e conservação de património cultural.
No âmbito do Programa Conciliação e Igualdade de Género
Politécnico de Viseu promove a participação política e cívica de mulheres agricultoras
O papel das mulheres nas áreas rurais e na agricultura é de enorme importância pela sua capacidade de inovação e diversidade de atividades. No âmbito do projeto MAIs – Mulheres Agricultoras em Territórios do Interior, apoiado pelo EEGRANTs, a capacitação (técnica e pessoal) resultará no empoderamento e valorização de todas as mulheres agricultoras e, consequentemente, num avanço significativo no sentido da igualdade de género e da sua participação cívica.
MAIs – Mulheres Agricultoras em Territórios do Interior é o nome do projeto do Politécnico de Viseu (PV) recentemente aprovado no Programa Conciliação e Igualdade de Género (EEGRANTs). O projeto pretende aumentar a participação cívica e associativa das mulheres agricultoras nas regiões do interior, através da sua capacitação, contribuindo para a maior visibilidade do seu papel social e para o aumento da igualdade entre homens e mulheres, passo considerado crucial para a estratégia de crescimento económico definida nos objetivos da EU2020.
Para a responsável de MAIs – Mulheres Agricultoras em Territórios do Interior, Cristina Amaro da Costa, docente da Escola Superior Agrária do Politécnico de Viseu, a aprovação desta candidatura “dá continuidade ao esforço que o Politécnico de Viseu tem vindo a fazer, quer no desenvolvimento dos Territórios do Interior e das comunidades rurais, em particular no âmbito da agricultura familiar, quer no propósito de promover investigação, diálogo, formação e intervenção em temáticas relacionadas com a violência e género, que se concretizam através das atividades do SPECULA – Observatório da Violência e Género de Viseu, entre as quais o projeto MAIs, agora aprovado”
Promovido pelo PV, o projeto MAIs – Mulheres Agricultoras em Territórios do Interior conta com um financiamento de 248.240 euros e tem como entidades parceiras a Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa (NOVA FCSH), a Confederação Nacional da Agricultura (CNA), a Oikos – Cooperação e Desenvolvimento (ONGD), as Câmaras Municipais de S. Pedro do Sul e Sabugal, a Associação da Bio-Região de S. Pedro do Sul (ABRE) e a Ruralis – Institute for Rural and Regional Research, da Noruega.
O papel das mulheres nas áreas rurais e na agricultura é de enorme importância pela sua capacidade de inovação e diversidade de atividades; pelo seu caráter motor na manutenção, conservação e desenvolvimento das zonas rurais; na preservação de memórias e saberes tradicionais e na garantia de uma alimentação e nutrição saudáveis.
No entanto, estas mulheres, quase sempre “invisíveis”, conhecem fortes vulnerabilidades, nomeadamente ao nível das desigualdades de género e dependência económica, acentuadas pela sua fraca representatividade nas estruturas associativas locais e nos lugares de decisão.
Este projeto tem como foco estimular a cidadania ativa e a visibilidade e participação social das mulheres agricultoras na esfera pública e no desenvolvimento local, conforme objetivo da Estratégia Nacional para a Igualdade e Não Discriminação e do Programa de Conciliação e Igualdade de Género das EEagrants. Trata-se de um projeto de intervenção baseado na Teoria da Mudança, a ser implementado em dois concelhos da região interior centro de Portugal – São Pedro do Sul e Sabugal, posicionando-se como uma experiência piloto que poderá vir a ser replicada em outros territórios idênticos.
A capacitação, técnica e pessoal, resultará no empoderamento e valorização de todas as mulheres agricultoras e, consequentemente num avanço significativo no sentido da igualdade de género e da sua participação cívica. Espera-se, ainda, contribuir para o reforço da ligação entre mulheres idosas e jovens, reforçando o sentimento de pertença e incentivando a fixação de comunidades em territórios rurais do interior do país. A projeção do projeto para o futuro será salvaguardada pela criação de coletivos (funcionais e autónomos) de produtoras agrícolas, bem como por todo o esforço dedicado a capacitar os atores locais para prestarem apoio técnico e cívico às mulheres que os compõem.
Eventos cancelados até final de Setembro na CIM Terras de Trás-os-Montes
O Conselho Intermunicipal da CIM das Terras de Trás-os-Montes decidiu cancelar a realização de eventos no território até ao final de Setembro. Esta deliberação aplica-se, assim, aos concelhos de Alfândega da Fé, Bragança, Macedo de Cavaleiros, Miranda do Douro, Mirandela, Mogadouro, Vila Flor, Vimioso e Vinhais e engloba eventos como Festas, Feiras, Festivais e análogos.
No seguimento da posição tomada pela Igreja, que decidiu pelo cancelamento de todas as Festas e Romarias, a CIM também entende que não estão reunidas as condições para que qualquer iniciativa realizada no âmbito destas festividades religiosas tenha lugar.
Lançado guia ilustrado do caminho que liga Braga a Santiago de Compostela
cada no ‘site’ da Direcção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV). Para este processo é necessário o registo e aprovação de todos os locais de produção e embalagem.
O Ministério da Agricultura esclareceu que a exportação de muitos produtos está sujeita a requisitos impostos pelos países de destino, “como medidas de prevenção da introdução de doenças/ pragas”. Conforme notou o executivo, o acordo destes requisitos com outros países “envolve muita troca de informação técnica entre as autoridades competentes”, podendo assim ser processos “longos e complexos”.
Agropecuária e agricultura intensivas aumentam riscos para a saúde humana
Os peregrinos que no pós-pandemia queiram percorrer o Caminho da Geira e dos Arreiros têm agora ao seu dispor um guia ilustrado sobre o património deste itinerário jacobeu, que liga Braga a Santiago de Compostela na distância de 240 quilómetros.
O livro de bolso “Caminho de Santiago da Geira e dos Arrieiros - Guia visual comentado do património cultural e natural” é composto por 88 páginas, com 117 fotografias acompanhadas de textos sobre o património histórico-cultural e natural do caminho.
Navigator promove controlo natural de pragas com criação de caixas-ninho para aves
A The Navigator Company tem vindo a levar a cabo desde o início do ano, na Herdade de Espirra, em Pegões, a colocação de caixas-ninho para que aves florestais como o chapim, a carriça e a trepadeira-azul possam fazer a sua nidificação.
Esta ação, que decorre no âmbito da sua estratégia de conservação da biodiversidade, tem como objectivo promover o controlo natural de pragas nas espécies florestais e contou, na sua implementação, com o apoio da empresa parceira 360 Graus – Cultura e Ambiente.
O abuso de antibióticos na agropecuária, o grande número de animais e a pouca diversidade genética, devido a técnicas intensivas, aumenta o risco de os patogénicos se tornarem um grande problema de saúde pública, dizem investigadores.
A conclusão é de um estudo divulgado em plena crise mundial devido a um novo coronavírus, que provoca a doença covid-19. Os autores lembram que nos últimos anos vários vírus e bactérias patogénicas mudaram de espécies de animais selvagens para humanos, como o HIV, que veio dos macacos, o H5N1, que veio dos pássaros, ou o novo coronavírus SARS-CoV 2, que se suspeita tenha origem em morcegos.
O estudo foi feito por uma equipa internacional liderada por cientistas britânicos das universidades de Bath e de Sheffield. A equipa investigou a evolução da bactéria “campylobacter jejuni”, que é transportada por gado e outros animais e que é a principal causa de gastroenterite nos países mais desenvolvidos.
Portugal passa a poder exportar maçãs para o Equador
As maçãs produzidas em Portugal já podem ser exportadas para o Equador, após os dois países terem acordado os requisitos para dar início ao processo. “Estão estabelecidos os requisitos fitossanitários para a produção de maçã produzida em Portugal para o Equador”, lê-se numa nota publi