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Viseu Dão Lafões cria mercado digital para produtores locais

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o Verão

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Para a venda e distribuição de produtos da região

Viseu Dão Lafões cria mercado digital para produtos regionais

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A Comunidade Intermunicipal (CIM) Viseu Dão Lafões anunciou a criação de um ‘marketplace’ eletrónico regional exclusivo para a venda e distribuição de produtos da região dos 14 municípios e no qual os empresários estarão isentos de custos de adesão.

“E sta iniciativa aposta nas vantagens do comércio eletrónico, como veículo para a transformação digital das micro, pequenas e médias empresas da região, tendo por missão apoiar os produtores locais no escoamento dos seus produtos a nível nacional, face ao contexto que se vive atualmente com a pandemia covid-19”, explica um comunicado.

Segundo o documento, o projeto foi desenvolvido em conjunto com o Turismo Centro de Portugal, os Grupos de Ação Local (GAL) e várias associações empresariais e comerciais, assim como Comissão Vitivinícola Regional do Dão, e será “exclusivamente destinado à venda e distribuição de produtos da região Viseu Dão Lafões”.

“O novo ‘Marketplace’ - Prove Viseu Dão Lafões -, ficará alojado na plataforma Dott.pt (desenvolvida numa parceria entre a Sonae e os CTT), aproveitando a atração daquela plataforma global para estimular a promoção e comercialização dos produtos locais a preços muito competitivos”, anuncia a CIM.

Assim, explica o documento, “os produtores locais estarão isentos de custos de adesão e beneficiarão de enormes vantagens e descontos de operação, enquanto oferecem uma maior conveniência, comodidade e segurança para os seus clientes”. “Esta iniciativa revela-se fundamental para ajudar e apoiar os nossos produtores locais no escoamento dos seus produtos, cujas vendas, fruto do período que atravessamos, sofreram fortes quebras”, defende o secretário executivo da CIM Viseu Dão.

Nuno Martinho adianta que “este ‘marketplace’ irá ser lançado brevemente e irá contar com a adesão de vários produtores de vinho do Dão, de queijo Serra da Estrela, de fumeiro, de mel e compotas, e de muitos outros produtos de excelência da região Viseu Dão Lafões”.A CIM Viseu Dão Lafões é constituída por 14 municípios, um do distrito da Guarda, Aguiar da Beira, e os restantes do distrito de Viseu: Carregal do Sal, Castro Daire, Mangualde, Nelas, Oliveira de Frades, Penalva do castelo, São Pedro do Sul, Santa Comba Dão, Sátão, Tondela, Vila Nova de Paiva, Viseu e Vouzela.

O maior evento internacional dedicado ao setor agroalimentar

Edição 2020 da SPACE foi cancelada e regressa em 2021

A SPACE 2020 foi cancelada devido à pandemia COVID-19 e a crise resultante. O certame, que estava agendado para ter lugar de 15 a 18 Setembro, volta em 2021 ao Centro de Exposições de Rennes, em França.

“D ada a situação incerta e o estado de emergência sanitária estendido por mais alguns meses, acreditámos que era importante tomar esta decisão mais cedo do que inicialmente previsto”, refere a organização do certame, pois, referem, “seria quase impossível de cumprir rigorosamente as medidas de controle para o espaço”, devido ao grande número de pessoas que visita o evento. “Seria extremamente difícil de conseguir distanciamento físico nos stands, em filas, áreas de conferência, restaurantes e recepções”, acrescentam os organizadores.

Recorde-se que a SPACE é o maior evento internacional dedicado ao setor agroalimentar, reúne mais de 1.400 expositores, um terço dos quais são internacionais, e mais de 100.000 visitantes, 14.000 oriundos de 120 países diferentes. “Claramente, aos nossos participantes internacionais estão impossibilitados de comparecer devido às restrições de viagens em todo o mundo que estão em vigor, até novo aviso”, refere.

Porque expositores, fornecedores e parceiros devem planear e assumir os compromissos financeiros com vários meses de antecedência para participarem neste evento e tendo em vista a situação de incerteza, “sentimos que era importante evitar o risco financeiro para os nossos participantes e visitantes”, refere a organização.

A SPACE é um evento muito aguardado pelo setor agrícola e dá uma contribuição importante para a indústria agroalimentar, vital para todos os cidadãos. “O foco de hoje, em todos os elos da cadeia de abastecimento alimentar, é a prova da importância da agricultura na nossa economia e para a saúde das pessoas e da economia das nossas regiões”, sublinham, numa referência ao impacto económico que o certame tem para aquela região francesa.

Um estudo da UNIMEV (Union Française des Métiers de l’Événement) estima que o evento gera 91 milhões de euros na actividade económica local. “É, portanto, com pleno conhecimento da importância de todas estas questões e as consequências para os nossos participantes e parceiros, mas sobretudo impulsionada pela preocupação de evitar riscos incontroláveis para os nossos participantes, que tomamos a decisão de cancelar a edição 2020” da SPACE, refere a organização, garantindo que o certame voltará de 14 a 17 de Setembro de 2021 ao Centro de Exposições de Rennes.

A Agroglobal, a maior feira profissional do setor agrícola em Portugal, que estava prevista para Setembro deste ano foi adiada para Julho de 2021. Em comunicado a organização sustenta que foi “inevitável o adiamento”, mas a crise atual assim o exigiu.

“Q ueríamos mesmo fazer a feira na data prevista”, mas “a crise atual é muito relevante para o setor agrícola e a Agroglobal poderia ser um momento de relançamento empresarial e um espaço de debate para muitas questões que nos preocupam”, considera Joaquim Pedro Torres, da Valinveste, entidade promotora do certame, que tem lugar de dois em dois anos em Valada do Ribatejo, em Santarém.

Segundo aquele responsável “esperámos, até ser possível, que chegasse uma notícia de esperança que pudesse trazer normalidade à vida das pessoas e das empresas”, mas “infelizmente para todos, os receios e as limitações mantêm-se e, nesse contexto, a atitude de muitas empresas e visitantes é de dúvida e hesitação relativamente a uma presença na

Agroglobal, tendo em conta que esta é preparada com antecedência”.

Considerando que a Agroglobal “é dinâmica, movimenta muitas pessoas tem muito contacto, muitas reuniões, tem restauração, seminários e transportes”, mas especialmente “tem visitantes e expositores que viajam do estrangeiro, até esta altura ninguém pode garantir que haverá condições de segurança para a realizar e até que teria cobertura legal”, sublinha Pedro Torres.

É que se o certame se realizasse nas circunstâncias previstas para Setembro, e tendo em conta as estimativas das autoridades de saúde, “na melhor das hipóteses teríamos uma Agroglobal em forte ‘perda’, frustrando a expetativa dos expositores que fizeram deste evento uma referência na atividade agrícola nacional e não só”, refere a organização. Nestas circunstâncias, acrescentam, “o adiamento era assim inevitável”, mas “já temos nova data”. A feira decorrerá nos dias 6, 7 e 8 de Julho de 2021 e a organização deixa uma mensagem de esperança: “como sempre, lá os esperamos no local habitual”.

Agroglobal adiada para Julho de 2021

Prevista para Setembro deste ano

Uma iniciativa dos municípios de Oleiros, Proença-a-Nova e Sertã

Cortiçada Art Fest

promove interioridade e a revitalização dos concelhos afetados pelos fogos

O “Cortiçada Art Fest - Festival de Experiências Artísticas na Paisagem”, uma iniciativa dos municípios de Oleiros, Proença-a-Nova e Sertã, produzido em colaboração com o escritório de arquitetura MAG – Marques de Aguiar, quer promover a interioridade, combater o despovoamento e dar uma nova vida a estes concelhos afetados de modo significativo pelos fogos florestais. Devido à pandemia da COVID-19, a agenda foi reformulada e adaptada às novas circunstâncias e o Festival surge agora com um formato completamente inovador, de modo a não parar o desenvolvimento desta iniciativa.

Financiado pela DGARTES no âmbito do ‘Programa de Apoio em Parceria - Revitalização do Pinhal Interior - Programa de Desenvolvimento Cultural do Território’, o projeto contará com a instalação de três obras artísticas na paisagem e um conjunto de eventos que envolvem artistas e população local, com uma dinâmica única que promoverá a integração e a coesão social, atraindo as atenções a nível nacional e, em simultâneo, promovendo a transformação da paisagem.

As três obras na paisagem - uma co-autoria de Marta Marques de Aguiar, Sofia Marques de Aguiar e Mariana Costa - vão nascer em cada um dos municípios, Oleiros, Proença-a-Nova e Sertã, explorando cada uma delas lugares de exceção na paisagem. Além destas obras de arte, o projeto inclui o Cortiçada Week, uma semana de oficinas de arte na paisagem direcionada para estudantes, dinamizada através de um concurso internacional de construção em madeira queimada.

O Cortiçada Weekend, um fim-de-semana de concertos e oficinas de arte na paisagem, dinamizadas com associações e população local, foi adaptado para acontecer dias 31 de Julho, 1 e 2 de Agosto em direto dos três municípios, contornando o isolamento social a que todos estamos obrigados à data devido à pandemia.

A exposição “Terras do Fogo”, que terá candidaturas abertas aos artistas plásticos do distrito de Castelo Branco, através da plataforma “Cortiçada Art Fest”, pretende ser uma mostra em espaço urbano de diversas interpretações do tema por quem vive, reflete e comunica esta problemática através da produção artística.

O vereador da Cultura da Câmara de Oleiros salienta que “só com escala nos afirmamos. Dar dimensão ao nosso território e acrescentar-lhe alma e valor pode traduzir-se numa ‘floresta de oportunidades’”. Paulo Urbano acrescenta que “sendo esta uma região ameaçada pelos incêndios florestais e com um património valioso que urge revitalizar, em boa hora a DGARTES lançou esta medida que vem ao encontro de uma das prioridades do executivo camarário oleirense: a promoção das artes e da cultura de uma forma inclusiva e transversal”.

Por sua vez o presidente da Câmara de Proença-a- -Nova diz que, “decorrente do Aviso da DGARTES e do desafio lançado pela Diretora Regional da Cultura aos municípios, entendeu-se que através da intervenção na paisagem - ela que sofre de inação da gestão florestal e dos consequentes ciclos de fogos - e da expressão artística se quer deixar um apelo, ao mesmo tempo uma nova visão, motivando a atratividade e, em parceria com os artistas, mostrar locais de inconfundível beleza”, sublinha João Lobo.

Já o presidente da Câmara da Sertã diz tratar-se de “uma iniciativa absolutamente louvável e que olha o nosso território de uma forma original”. Para José Farinha Nunes “os eventos diferenciadores são decisivos para a afirmação destes concelhos e por isso o Município da Sertã não podia deixar de se associar ao Cortiçada Art Fest”. “Estamos certos de que poderemos retirar muitos dividendos desta iniciativa

e afirmar esta região como um importante polo cultural no contexto do país”, acrescenta o autarca da Sertã.

Marta Marques de Aguiar, do escritório MAG e da equipa dinamizadora do projeto, diz não saber “ainda as datas em que vamos poder avançar com alguns dos eventos, dadas as circunstâncias que atravessamos, mas o Cortiçada Art Fest está a criar as condições para manter a instalação das obras na paisagem e um conjunto de iniciativas online, como os vídeos que fizemos com as conversas com pessoas da terra, conversas e histórias de solidariedade, de

encontro, de saudade de um outro interior, um conjunto de debates sobre um futuro melhor na interioridade, dando voz a artistas, arquitetos, chefs, ilustradores, paisagistas, amantes da natureza e apaixonados das Beiras, as ‘Conversas da Cortiçada, À janela da Paisagem!’”, explica.

Marta Aguiar acrescenta que “a atual conjuntura que atravessamos, com a pandemia da COVID-19, faz-nos pensar neste projeto com mais força, porque, embora saibamos que estamos condicionados pela quarentena e pelo isolamento social, estamos a trabalhar para dar a uma região uma nova dinâmica que possa trazer nova vida à paisagem e a estes concelhos tão afetados pelos incêndios e pelo abandono da população”.

Deve estar operacional e em funcionamento a partir de 15 de Maio

Produtos locais vão estar disponíveis na plataforma online Smart Farmer

Com o objetivo de apoiar os produtores locais no contexto da pandemia da COVID-19, o Município de Palmela, em conjunto com os parceiros Associação Regional de Criadores de Ovinos Leiteiros da Serra da Arrábida (ARCOLSA) e Associação da Rota de Vinhos da Península de Setúbal (ARVPS), está empenhado em promover e dinamizar o funcionamento da plataforma de comércio eletrónico Smart Farmer, recentemente criada.

AAssociação das Rotas dos Vinhos de Portugal (ARVP), com a colaboração da Associação dos Municípios Portugueses do Vinho (AMPV) e dos seus cerca de 100 municípios associados, como forma de apoio urgente aos agentes económicos locais, nomeadamente, pequenos produtores de vinho e de produtos regionais, concretizou esta plataforma, em parceria com a OIKOS - Cooperação e Desenvolvimento.

Prevendo-se que o seu site www.smartfarmer.pt esteja plenamente operacional e em funcionamento a partir de 15 de Maio, a Smart Farmer será um mercado eletrónico nacional para produtos hortofrutícolas e produtos transformados, tradicionais e de qualidade reconhecida, com o objetivo de aproximar produtores e consumidores.

Conscientes de que o setor dos queijos tem sido bastante afetado neste período de pandemia, a Câmara de Palmela e a ARCOLSA estão a desenvolver um protocolo com a Smart Farmer, para que os queijos produzidos no concelho sejam comercializados nesta plataforma, com entrega ao domicílio. A ARCOLSA funcionará como posto de recolha das encomendas e poderá centralizar outros produtos locais, para além dos queijos, simplificando o processo de recolha e entrega. Também a ARVPS integrará a plataforma, no sentido de potenciar a comercialização dos vinhos dos seus produtores aderentes.

Recorde-se que, em 2016, também com a OIKOS, a autarquia de Palmela celebrou o acordo de adesão ao Pacto de Milão, tendo vindo a trabalhar na defesa de sistemas agroalimentares mais resilientes, solidários e sustentáveis.

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