A Alvorada de março/2016 - EDIÇÃO DO CENTENÁRIO

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Ano santo da misericórdia

A ALVORADA CONGREGAÇÃO MARIANA DA ANUNCIAÇÃO

É o centenário da Anunciação. Não há como tentar percorrer a história desta Congregação sem que isto gere imediatamente um movimento de sadia contrição e de apelo à conversão. Porque a história desta Congregação é a história de pessoas dedicadas, abnegadas, focadas, empreendedoras e antes de tudo, comprometidas com a santa causa de Nosso Senhor e da Religião católica. Ao colocar-me em comparação com toda esta rica trajetória, é como estar diante de uma montanha sagrada, diante da qual há algum tremor em seguir diante. A Divina Providência permitiu que nosso pequeno grupo testemunhasse a histórica data de seu Centenário, uma data que deve ter sido imaginada por muitos daqueles que vieram antes de nós. E tal como Eliseu sobre Elias, peço que o Senhor conceda-nos porção dobrada do espírito que permeou o apostolado deste grêmio. Ele já foi um entre os muitos que existiam em Santos, o primeiro e, agora, o último. Dentro dos limites desta Diocese, serviu com esmero à missão mundial e histórica da Congregação Mariana, surgida em Roma no seio da Companhia de Jesus. Serviu à santificação das almas, à catequese, à liturgia, à cultura, à instrução básica – com a escola Santo Inácio -, aos esportes, à correta política. Cresceu debaixo da paterna direção dos jesuítas, a quem prestamos o voto de gratidão eterna. Foi fundada por um jesuíta, Pe. Visconti (foto acima), em 12 de março de 1916, com a adesão de 12 jovens. As Congregações experimentavam um extraordinário crescimento, tanto quantitativamente quanto pela variedade e influência de suas ações. O nome “congregado mariano” se convertera numa espécie de gíria para designar alguém zeloso no trato da moral e da religião. Ao ler as centenas de páginas das antigas atas das reuniões ordinárias e de Diretoria, nota-se um senso de ordem e de retidão na condução de cada pormenor da vida da associação, um legado documental deixado pela Divina Providência a nós para que dele possamos desenvolver nossas qualidades humanas e tirar frutos espirituais. Ao mesmo tempo, importante frisar, noto também que muitos problemas com os quais nos deparamos hoje nossos antecessores também testemunharam e enfrentaram. Falta de engajamento, de freqüência? Atas das décadas de 30, 50, 70... já registram queixas daqueles de outrora. Cada época tem o seu desafio. O mundo gira, seu movimento impõe-se contra a Cruz imutável de Nosso Senhor. A história e a espiritualidade da Congregação Mariana capacita o consagrado a ser um soldado do Senhor. A Igreja avança no tempo e o congregado mariano a chamado a estar na linha de frente. No “front” santista da batalha secular entre os descendentes da serpente e os descendentes da Mulher (Gênesis 1), esta associação deu um tesouro de exemplos de um ideal celeste, à sombra da Imaculada. José Renato Leal, Presidente da Diretoria, Congregação Mariana da Anunciação, ano 100

ANO IV – nº 49 – MAR 2016

100 ANOS


O DESAFIO DE UMA CRONOLOGIA... A história da Congregação Mariana da Anunciação é extensa. O que segue abaixo é apenas uma “palhinha” desta trajetória, enriquecido com algumas informações da história da Igreja e da CM mundial. Ficamos devendo ao leitor o trabalho de produzir uma cronologia e uma descrição dos fatos mais exaustiva, o que demandará a leitura pormenorizada, digitalização e transcrição de toda a documentação existente nos nossos arquivos e até fora de nossos domínios. Os assuntos dos documentos existentes giram em torno da formação religiosa, obras de caridade, liturgia, cronogramas e escalas de trabalho, averiguação de freqüência nas atividades, manutenção da sede, obtenção de subvenções do Poder Público, trâmites burocráticos diversos, tomadas de posição sobre atualidades, sadia diversão (em vista da evangelização). Na fase jesuítica da associação, tudo sempre sob o atento olhar do Diretor eclesiástico. Outra tarefa que merecerá nossa atenção é investigar os nomes, características e cronologia de todas as outras Congregações que existiram em Santos e região, bem como a história da Federação Mariana de Santos. Uma vez que, com a graça de Deus, consigamos tal proeza de explorar cada meandro deste volume de informação, compartilharemos com o leitor nossas descobertas ao longo das edições deste informativo. Pe. José Visconti

Século VI – Fixação litúrgica da Festa da Anunciação em 25 de março 15/08/1534 – Fundação da Companhia de Jesus, liderada por Santo Inácio de Loyola (imagem ao lado) 25/03/1563 – Em Roma, o padre jesuíta Jean Leunis, professor, organiza entre os alunos do Colégio Romano a primeira Congregação Mariana, chamada futuramente de Prima Primaria 26/03/1585 – Jesuítas conseguem terreno para Missão definitiva em Santos. 08/08/1586 – Criação da primeira Congregação no Brasil, em Salvador/BA. 21/06/1591 – Morre São Luis Gonzaga, aos 23 anos em Roma 27/12/1673 – Santa Margarida Maria de Alacoque tem a primeira visão do Sagrado Coração de Jesus

Mariana de Nossa Senhora da Anunciação e São Luiz Gonzaga, presidida pelo padre jesuíta José Visconti, sendo o primeiro Diretor da associação. O primeiro Presidente foi Joaquim de Almeida Miranda, auxiliado por um 1º e 2º Assistente, um Secretário, um Tesoureiro e um Instrutor. Neste mesmo dia, foi criado o Grêmio São Luis, para moços solteiros. Durante muitos anos, a CM da Anunciação se nomeava e foi conhecida como “Congregação Mariana de Santos”. A multiplicação das Congregações podem ter feito este título cair em desuso. 06/02/1917 – Congregação é agregada à Prima Primaria de Roma sob o número 42.177, conforme determinava as Regras Comuns para todas as CCMM fundadas. 21/11/1921 – Nosso fundador Pe. Visconti, chamado de “Anchieta Santista” na época, cria a Escola Noturna Santo Inácio, mantida pela CM Anunciação e a primeira escola de Santos a oferecer ensino para adultos.

27/09/1748 – Papa Bento XIV escreve documento (breve Gloriosae Dominae) sobre as Congregações Marianas, concedendo privilégios e graças. 05/04/1867 – Nascimento do nosso fundador, Pe. José Visconti, em Giardinetto, Itália. 25/10/1902 – Inauguração do Santuário do Sagrado Coração de Jesus, que seria entregue aos jesuítas 3 anos mais tarde. 12/03/1916, 11 horas da manhã, salão lateral esquerdo do antigo Santuário do Sagrado Coração de Jesus, na Rua da Constituição, 306, onde hoje se encontra o Colégio Santista – Realiza-se a reunião de fundação da Congregação

1929 – A Congregação, depois de 3 locais provisórios, instala uma sede definitiva, onde permanecerá por quase 50 anos.


05/10/1927 – Criação do Grêmio de São José, voltado aos homens casados

31/07/1959 – Inauguração do novo prédio da Escola Santo Inácio

02/02/1931 – Criação do Grêmio São Tarcísio, voltado às crianças e adolescentes 26/09/1934 – Formação da Federação Mariana de Santos 01/10/1934 – Lançada 1ª edição do jornal A Alvorada, porta-voz das Congregações Marianas de Santos. O jornal, ao longo de suas edições, dá notícia de existência destas Congregações em Santos (entre 1934-35): CM de Santos (da Anunciação), CM da Catedral, CM da Villa Macuco, CM de N.Sra.Anunciação e S.José, CM de N.Sra. da Imaculada Conceição e Sta Ignês, CM dos Operários e CM da Pompéia. 1939 – Time de voleibol da CM da Anunciação sagrase campeão santista da modalidade 1943 – Criação do Grêmio de São Lucas, formado por congregados médicos. Teve curta duração. 1945 – Inicia-se a transmissão pela Rádio Clube de Santos da reza do terço, direto da sede da CM Anunciação

"Quero que todos saibam que desejo morrer com Jesus em meu coração. Por isto, perdôo a todos aqueles que me fizeram mal, e peço perdão àqueles que de mim tenham queixa". Palavras de Antônio Ablas Filho (foto) no leito de morte. Médico, congregado mariano, comendador da Santa Sé, presidente da CM Anunciação (1955-56)

Aspecto da antiga sede e da escola Santo Inácio 11/10/1962 – Começa o Concílio Vaticano II, o 21º da História da Igreja. 12/03/1966 – o Jubileu de Ouro. Neste período, a hierarquia da associação – o Conselho Geral - tinha a seguinte constituição: Diretor (eclesiástico) Presidente 1º e 2º Assistente 1º e 2º Secretário 1º e 2º Tesoureiro 1º e 2º Instrutor Bibliotecário Diretor da Escola (Sto. Inácio) Diretor de Patrimônio Diretor Cultural Diretor de Esportes 10 Conselheiros 09/01/1967, 03h03min – Tragédia do Gasômetro: reservatório de gás encanado explode e destrói parte do bairro Vila Nova, em Santos/SP.

1950 – Reinstalação da seção de menores, cujo Patrono era Santo Estanislau Kostka 1949 – Formação de um grupo de teatro amador ligado à CM, que viria a ser chamar Cine Teatral Anchieta e que permaneceu ativo por, no mínimo, 12 anos. 08/09/1952 - Morte do nosso fundador, Pe. José Visconti, em São Paulo/SP. 1954 – Realiza-se o Congresso Mundial das Congregações Marianas. Contam-se, nesta época, 81.000 Congregações Marianas em 115 países e 1.291 dioceses, totalizando aproximadamente 6 milhões de congregados. O Brasil contava com mais de 2.700 Congregações, reunindo 400.000 membros. Fonte: congregado Alexandre Martins (sededasabedoria.org)

12/07/1967 – Aprovado os Estatutos da Congregação Mariana da Anunciação, pela qual consegue constituir-se em pessoa jurídica 1968 – Estruturalmente comprometido pela explosão do gasômetro, o Santuário do Sagrado Coração de Jesus é demolido.


1981 – São encerradas as atividades da Escola Santo Inácio, de gloriosa memória, tendo sua sede locada. 1986 – A antiga sede é vendida à Mitra Diocesana de Santos para a instalação do Centro Comunitário da Catedral. O valor estipulado para a venda foi menos da metade do avaliado. 01/09/1987 – Aprovado os novos Estatutos da Congregação Mariana da Anunciação. 1988 – Congregação transfere suas atividades para o 3º andar do Centro Comunitário da paróquia. A cessão do espaço à Congregação se deu em reconhecimento pelas doações em dinheiro da associação para a construção do Centro Comunitário. Santuário do Sagrado Coração de Jesus (demolido) 28/12/1967 – Instalação do Departamento Feminino, iniciando a fase mista da associação 1968 – Idealizada pelo congregado Osmar Novoa e Manoel Lourenço das Neves, é criada a Campanha da Reza do Terço, ainda em andamento.

22/08/1993 – É erigida pela CNBB as Congregações Marianas do Brasil, associação distinta da CVX. A Regra de Vida é aprovada. 1997 – Mauricy Telles Filho, então aluno do Curso de História da UNISANTOS, elabora TCC sobre a história de nossa Congregação.

1971 – Santa Sé aprova a CVX (Comunidades de Vida Cristã), criada para ser o novo nome e formato das Congregações Marianas em nível mundial. Entretanto, as mudanças encontram resistência, particularmente no Brasil. 09/06/1972 – É criada oficialmente a nova paróquia do Sagrado Coração de Jesus, no bairro Aparecida. O primeiro pároco foi Pe. João da Silva Passos sj. 1974 – Após 45 anos no mesmo endereço, as atividades da Congregação começam a ser transferidas para uma nova sede, alugada, ao lado da nova paróquia (Av. Bartolomeu de Gusmão, 116) 1975 – Início de um trabalho inspirado no modelo JAM, que resultou na ala juvenil da CM chamada JUMA (Juventude Mariana da Anunciação). Esta experiência duraria pouco mais de 10 anos. Fev/1980 – Os jesuítas encerram sua permanência em Santos. Pe. Paulo José de Souza, sacerdote jesuíta, nosso benfeitor e ilustre figura da história das CCMM do Brasil, interrompe a assistência contínua à CM Anunciação.

Paróquia Sagrado Coração de Jesus atualmente Abril/2004 – Congregação Mariana da Anunciação é a organizadora e anfitriã do 19º Encontro da Coordenação Estadual das CCMM de São Paulo, realizada em Santos na casa de retiro CEFAS. Neste período, a Congregação empreende uma nova iniciativa de trabalho com os jovens. 2015 – Campanha da Reza do Terço chega a marca de 95.000 terços (com livretos) distribuídos, inclusive para fora do país.

“Escola Noturna Santo Inácio – instituída em 1921, era mantida pela Congregação Mariana de Santos. Sitiada inicialmente na Rua da Constituição 370, foi transferida para o número 327 para atender um número maior de alunos. Lá eram ministradas aulas de acordo com o programa oficial, além de uma instrução cívico-religiosa, habilitando os educando a serem cidadãos úteis à Pátria. Posteriormente, a obra ganha uma sede própria na Rua Sete de Setembro, no mesmo bairro da Vila Nova. (...) O bairro [N.do R.: da Vila Nova] configurava-se como um importante centro religioso, agregando imponente templo católico do Coração de Jesus e a Congregação Mariana, dirigida pelos jesuítas e que reunia um grupo atuante na vida assistencial da cidade.” Barbosa, Paloma Lopes. A Origem do Colégio Coração de Maria e a relação com o bairro da Vila Nova. In: Pesquisa em Pós-Graduação – Série Educação – V.4, N.7. Santos: Universidade Católica de Santos, 2011.


Cem anos... Por Rubens de Moraes Pinto

Não poderia eu negar um pedido de nosso presidente em escrever algo para esta edição especial. Vamos ao assunto. Corria o ano de 1942. Estávamos eu e meu primo José Pinto Bittencourt no último ano do curso ginasial do então Colégio Santista, dos Irmãos Maristas, aos quais devemos os fundamentos de nossa formação religiosa, iniciada com os Padres Jesuítas no vizinho e inesquecível Santuário do Sagrado Coração de Jesus, na Rua da Constituição. Em aniversário na casa do primo, conversávamos sobre o nosso futuro, ao que, durante a conversa, veio à baila os convites que Affonso Bernardo Fernandes Vitali, Octávio Oliveira Rodrigues e Francisco Gomes Barreto, de saudosas memórias, nossos colegas de colégio, vinham nos fazendo para ingressarmos nesta Congregação Mariana. Decidimos dizer-lhes sobre nossa disposição em aceitar o convite. Fomos então apresentados ao Superior dos Jesuitas, Padre Valentim Rozman, concidentemente no dia do aniversário da Congregação (12/03/1942), que nos convidou para participarmos das festividades as quais, talvez por acanhamento, não comparecemos. Entre outros, já tinha se consagrado a Nossa Senhora, em 14/11/1941, juntamente com os já citados Affonso, Octávio e Francisco, nossos apresentadores, o estimado Eros dos Santos Chaves, hoje, com a saúde muito abalada, impedido de locomover-se. Durante nosso estágio como candidatos, recebemos as orientações dos congregados Marino Maradei, José Maria de Araújo Ponte e Henrique Fernandes, e lecionamos na nossa Escola Noturna Santo Inácio, que de 1916 a 1981, encaminhou muitos à vida ativa de nossa cidade. Por exemplo, registro dois casos que me deram muita satisfação: muitos anos depois, viajando no ônibus da linha 4, de uso habitual, o cobrador me cumprimentou, com um “boa noite” significativo, causando-me estranheza por ter citado meu nome. Ele explicou que fora meu aluno na Escola Noturna; tempos mais adiante, quando morava na rua Alexandre Martins, o carteiro, levando-me uma correspondência onde deveria constar minha assinatura, da mesma forma dirigiu-se a mim, dizendo que eu havia sido seu professor na Escola Santo Inácio. Nesse caso, o contato foi duradouro, até sua transferência para outras bandas. São episódios de gratas lembranças. Sobre a Escola Noturna Santo Inácio, o seu diretor no tempo de nossa preparação para a consagração era Manoel Oliva, sendo sucedido por Jacyr Durante, Manoel Penha, José dos Santos e Antonio Fernandes Ribeiro Júnior, que se consagrou a Maria Santíssima em 27/08/1950, tendo sido professor e vice-diretor, fundador da Congregação Mariana de Nossa Senhora do Bom Conselho e Santo Inácio de Loiola, para alunos e ex-alunos da escola, entre os quais destacamos o nosso congregado Abílio Marques. Ele, após a cessação da Congregação da Escola, integrou-se a nossa Congregação onde foi um elemento atuante. Antonio Fernandes foi Secretario e Vice-Presidente diversas vezes e presidiu a Diretoria da Congregação por dois recentes mandatos, uma delas pelo falecimento de Osmar Novoa. Atualmente, como o autor destas linhas, tem sua ação limitada por razões de saúde física. Fomos consagrados - eu e meu primo José Pinto - em 22/11/1942. Comemoramos nossos 74 anos de consagração a Nossa Senhora. Em 1949, meu primo deixou-nos, pois fora aprovado em concurso do Banco do Brasil. Reside no Rio Grande do Sul, onde constituiu família e vive até os dias atuais, embora jamais tenha se esquecido da sua Congregação, visitando-a sempre que vinha a Santos e contribuindo anualmente. Sempre sob o amparo da nossa Mãe Santíssima, fui presidente da Diretoria nos anos de 1960, 75, 76, 82, 83, 84, 97/99. Nos demais anos, à exceção de 1949/50 e 2012, quando não exercí qualquer cargo, sempre ocupei uma das secretarias. Embora penosamente, nos dias se


hoje, hoje tenho dado minha colaboração ocupando o cargo de 2º Secretario, quase que nominalmente. Nós, congregados, participamos dos Congressos Eucarísticos em São Paulo e Rio de Janeiro e, a convite do Padre Francisco de Assis Rocha, outrora superior dos jesuitas no Santuário do Coração de Jesus, fízemos Retiros Espirituais de três dias no então noviciado jesuíta em Itaíci, a partir do ano de 1960 e, anos depois, anualmente, também em Itaicí, encontros de formação sob a orientação do Padre Paulo José de Souza, sj, até seu falecimento. Saudosas lembranças temos de nossas atividades sociais e dos almoços festivos em nossas antigas dependências na Rua Sete de Setembro, 45, onde hoje funciona a Associação Amigos da Casa João Paulo II, ligada à Catedral . Esses almoços tinham o específico fim de confraternizar, unir. Eram elaborados pelas esposas dos congregados, eventos muito concorridos, lotando nossa quadra esportiva com as mesas nela dispostas. Os passeios ou excursões, mais raros evidentemente, também ocorriam, destacando-se o efetuado ao Rio de Janeiro, com episódios pitorescos entre os congregados. Registro também minha participação, acompanhando o Padre João da Silva Passos, SJ e Osmar Novoa, na procura de terreno para construção da nova igreja do Coração de Jesus, após a explosão do gasômetro, de triste lembrança. Tomei parte também na fundação da paróquia Santa Margarida Maria e depois em muitas decisões nas Assembléias gerais, na venda/doação de nossos parciais recursos à Catedral e doação à construção do Centro Social Monsenhor Primo Vieira, prédio em que estamos sediados no terceiro andar. Prosseguindo as lembranças que remontam saudades do tempo passado, registro a participação ativa de nós, congregados, nas procissões de Corpus Christi e do Sagrado Coração de Jesus, no encerramento do mês de junho consagrado ao Coração Sagrado e do mês de maio, consagrado a Maria Santíssima, nas “rezas” mensais nestes sessenta dias citados, com a presença de sacerdotes convidados para serem seus oradores em alguns dos dias, com predominância de jesuítas. Lembro ainda das comunhões pascais anuais dos homens, realizadas anualmente, das romarias ao Monte Serrat... Lembro da Federação das Congregações Marianas de Santos, sediada em nossas dependências, da fundação de vários movimentos religiosos com suas reuniões de organização realizadas em nossas dependências, como as Equipes de Nossa Senhora; Encontro de Casais com Cristo... ... das nossas atividades não religiosas, como a barraca de praia que propiciava o bem estar de nossos familiares e alguns amigos, onde praticávamos o jogo de voleibol, com as indispensáveis discussões, assim como nosso time de futebol que aos sábados enfrentava adversários de times formados por amigos, inclusive algumas vezes indo a São Paulo ou convidando times de amigos de lá, em geral equipes de firmas ou escritórios comerciais; ... de nossa barraca junina nos anos de 1957 a 1960, na qual os congregados e suas esposas se dedicavam até altas horas da noite, com o fim de obtenção de meios para custear a obra da construção do novo prédio que abrigaria a Escola Noturna Santo Inácio, pois até então a escola funcionava improvisada em salas da dependência da Congregação; Certamente muito mais haveria de se falar de nossa centenária Congregação, única “sobrevivente” da época áurea em que todas as paróquias tinham sua Congregação Mariana ativa, com muitos e muitos elementos. Restam as saudades inclusive de nossa Federação e das Congregações das Filhas de Maria. Nos dias presentes, não somos tão ativos quanto gostaríamos, falando também em nome do Vice-Presidente, Antonio Fernandes Ribeiro Júnior. Com auxílio dos irmãos congregados mais jovens e das bengalas, ainda nos fazemos presentes, mas outros, como Eros dos Santos Chaves, Fernando Guilherme Martins e Antonio P. Fonseca, estão impossibilitados de se locomoverem, dependentes de terceiros. Esperamos que possam ir na missa das 19 h do dia 12 de março e que outros mais que estão distantes o possam fazer também. Maria Santíssima, nossa padroeira sob o título da ANUNCIAÇÃO, certamente lhes agradecerá.


AGENDA DA CONGREGAÇÃO

MARÇO

PARABÉNS PELOS ANIVERSÁRIOS:

para confirmar: cmanunciacao@gmail.com.br / (13) 99751-5799)

Natalícios dia 2, Pe. Antonio Alberto Finotti 3236-8155 dia 8, Giovana Maria do Amaral 3323-0525 dia 21, Lourdes Buchalla 3231-7899 dia 29, Luiz Torres 3301-4601 de casamento 19/03/49, Iracema–Rubens de Moraes Pinto 3271-3589 de consagração 12/03/08, José Renato Leal 3238-4207 12/03/34, Augêncio Miranda 3261-8383 13/03/66, Luiz Antonio Fontes Novoa 3271-5501 26/03/98, Lourdes Buchalla 3231-7899 26/03/98, Maria Nadir Bertassi Aléo 3236-8182 26/03/98, Vicente Paulo Aléo 3236-8182 de agregação 08/03/14, Luiz Torres 3301-4601

VIA-SACRA Paroquial: 7, 14 e 21, 15h / 2, 9, 16 e 23, 19h30 Dia 4, 6ª feira - Devoção ao Sagrado Coração de Jesus – Missa às 7h30 e 19h. Dia 5, Sábado – Devoção ao Imaculado Coração de Maria. A Missa compromissal foi transferida para 12/03/2016. Dia 7, 2ª feira – Reunião ordinária, 20h. CPP, 20h. Dia 12, Sábado – JUBILEU DO CENTENÁRIO DA

CONGREGAÇÃO MARIANA DA ANUNCIAÇÃO. Missa às 19h e logo após homenagens e confraternização na sede social, com a posse da nova Diretoria para o período 2016-2017 Dia 13, Domingo, Visita ao asilo dos Vicentinos, 14h Dia 14, 2ª feira – Celebração penitencial quaresmal seguida de Confissão (auricular) com diversos padres, 19h30 Dia 19, sábado – Solenidade de SÃO JOSÉ, Esposo de Maria, pai adotivo de Nosso Senhor, padroeiro da Igreja Universal, “primeiro Congregado Mariano” Dia 20, Domingo de Ramos Dia 21, 2ª feira – Reunião ordinária, 20h Dia 24, 5ª feira- INSTITUIÇÃO DA EUCARISTIA e LAVAPÉS Dia 25, 6ª feira- PAIXÃO DO SENHOR (Jejum e abstinência) 453º aniversário da Congregação Mariana (Roma, 1563) Dia 26, SÁBADO SANTO e VIGÍLIA PASCAL Dia 27, Domingo - PÁSCOA DO SENHOR Dia 28, 2ª feira – Reunião de diretoria da CM, 20h

A CRISTO POR MARIA PELO BEM DO BRASIL Divulgue o Rosário! Doamos terços c/livreto (13) 99751-5799 (José)

PÁSCOA DO SENHOR Acreditar na ressurreição de Jesus, para o cristão, é uma condição de existência: é-se cristão porque se acredita que Jesus está vivo, triunfou da morte, ressuscitou, e é, para todos os humanos, o único mediador entre Deus e os homens. Dessa mediação participam a seu modo tudo aquilo (o universo e tudo aquilo que contém) e todos aqueles (dos mais sábios aos mais humildes) que, pela vida e pela palavra, proclamam o poder e a misericórdia de Deus que sustenta todo o universo e chama todos a participar de sua vida. A fé na ressurreição de Jesus Cristo é o fundamento da mensagem cristã. A fé cristã estaria morta se lhe fosse retirada a verdade da ressurreição de Cristo. A ressurreição de Jesus são as primícias de um mundo novo, de uma nova situação do homem. Ela cria para os homens uma nova dimensão de ser, um novo âmbito da vida: o estar com Deus. Também significa que Deus manifestou-se verdadeiramente e que Cristo é o critério no qual o homem pode confiar. Fonte: pt.aleteia.org

Direto da edição nº 3 da “A Alvorada” do dia 01/11/1934...

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A Alvorada – Informativo mensal da Congregação Mariana da Anunciação – Sede: Av. Bartolomeu de Gusmão, 114, 3º andar (fundos) - Santos/SP CEP 11045-401 – Telefone: (13) 3231-9271 – (13) 99751-5799


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