Renault 4 / 4 L

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Simples e rústico, mas muito prático e resistente O Renault 4 foi o primeiro automóvel verdadeiramente popular a ser concebido em França após a II Guerra Mundial, tendo em conta que os dois pequenos populares que o precederam foram de facto idealizados antes do início do conflito: o 4 CV da Renault que foi inspirado no KDWagen (que viria a ser o Volkswagen) e os primeiros protótipos do 2 CV começaram a rolar antes de Setembro de 1939. Numa época em que a economia francesa despertava para uma franca recuperação, e em que as pessoas se propõem adquirir um automóvel e espreitando o sucesso do concorrente Citroën 2 CV, a Régie Renault adoptou em 1956 algumas normas para a elaboração de um projecto de automóvel que se deveria reger pelos seguintes princípios básicos: Ter um piso plano que permitisse a máxima capacidade interior possível com um acesso fácil, sendo mais importante o aspecto prático do que o estético (mas obviamente tentando ser menos feio 13






Características Detalhadas CABEÇA DO MOTOR

Motor

Binário de aperto dos parafusos de fixação:

Características Motor a 4 tempos, 4 cilindros em linha, cambota de 3 apoios,árvore de cames lateral accionada por corrente. Válvulas à cabeça em linha. Tipo de Motor: 800. Cilindrada: 845 cm3 Diâmetro e curso: 58 x 80 mm Relação volumétrica: 8 (7,5)* Potência máxima: 33,3 CV a 5000 rpm Binário máximo: 5,9 mKg a 2500 rpm. Regime ralenti: 700 mais ou menos 25 rpm. Regime máximo: 5100 rpm. Altura da cabeça:

A frio

A quente*

6 mdaN

6,5 mdaN

Afinação da folga das válvulas A frio

A quente*

Admissão . . . . . 0,15 mm Escape . . . . . . . 0,20 mm

0,18 mm 0,25 mm

Empeno máx. do plano da junta: 0,05 mm Rectificação máx. autorizada: 0,50 mm * 50 minutos depois da paragem do motor

Relação volumétrica 8

Relação volumétrica 7,5

Normal

94,7 mm

96,4 mm

Reparação

94,2 mm

95,9 mm

27,3 cm

31 cm3

Volume das câmaras de compressão

3

NOTA – O volume das câmaras de compressão não pode ser alterado

Guias das Válvulas Diâmetro interior . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Diâmetro exterior e origem . . . . . . . . . . . 1.ª reparação . . . . . . . . . . . . . . . . . 2.ª reparação . . . . . . . . . . . . . . . . . Sedes das Válvulas Ângulos das sedes . . . . . . . . . . . . . . . . . . Largura dos apoios das sedes Admissão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Escape . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Diâmetro exterior Admissão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Escape . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Válvulas de Ø 6 mm

Válvulas de Ø 7 mm

6 mm 10 mm

7 mm 11 mm

10,10 mm 10,25 mm

11,10 mm 11,25 mm

120° 1,5 mm 1,8 mm

90° 1 a 1,5 mm 1,5 a 2 mm

31 mm

31 mm

27 mm

27 mm

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Clássicos Populares

TRAVÕES De comando hidráulico, de tambor às rodas dianteiras e às rodas traseiras. A bomba principal é accionada directamente pelo pedal. O travão de mão é mecânico, actuando por meio de alavanca. TRAVÕES DIANTEIROS: Diâmetro dos tambores: Modelo R 1123: – Até 1966: l80 mm. – De 1967 a 1976: 200,25 mm. Modelo R 2106: – Até 1966: l80 mm. – De 1967 a 1968: 200,25 mm. – De 1969 a 1976: 228,5 mm. Diâmetro máximo dos tambores após rectificação: Modelo R 1123: – Até 1966: 181 mm. – De 1967 a 1976: 201,25 mm. Modelo R 2106: – Até 1966: 181 mm. – De 1967 a 1968: 201,25 mm. – De 1969 a 1976: 229,5 mm. Diâmetro dos cilindros das rodas: 23,8 mm. Correcção do desgaste dos calços: manual. Largura dos calços: Modelo R 1123: – Até 1966: 30 mm. – De 1967 a 1976: 35 mm. Modelo R 2106: – Até 1966: 30 mm. 48

– De 1967 a 1968: 35 mm. – De 1969 a 1976: 40 mm. Espessura dos calços: 5 mm.

TRAVÕES TRASEIROS: Diâmetro dos tambores: 160,25 mm. Diâmetro máximo dos tambores após rectificação: 161,25 mm. Diâmetro dos cilindros das rodas: Modelo R 1123: – 19 mm Modelo R 2106: – Até 1968: l9 mm. De 1969 a 1976: 20,6 mm. Correcção de desgaste dos calços: manual. Largura dos calços: 25 mm. Espessura dos calços: 5 mm.

BOMBA PRINCIPAL: Diâmetro da bomba: Modelo R 1123: – Até 1965: 22 mm. – De 1966 a 1972: 20,6 mm. – De 1973 a 1976: 19 mm. Modelo R 2106: – Até 1965: 22 mm. – De 1966 a 1968: 20,6 mm. – De 1969 a 1976: 22 mm. Curso: Modelo R 1123: – Até 1972: 26 mm. – De 1973 a 1976: 25,5 mm. Modelo R 2106: – 26 mm.


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Comprimento da vareta de impulsão: Modelo R 1123: – Até 1965: 88 mm. – De 1965 a 1972: 80 mm. – De 1973 a 1976: 58 mm. Modelo R 2106: – Até 1965: 88 mm. – De 1966 a 1968: – De 1969 a 1973: – De 1974 a 1976:

80 mm. 86,5 mm. 58 mm.

REPARTIDORES E LIMITADORES DE TRAVAGEM: Modelo R 1123: Pressão de controlo do repartidor: 36 bares. Modelo R 2106: – Até 1974: Pressão do controlo: Repartidor: Fechadas: 40 bares. Envidraçadas: 45 bares. Limitador do lado direito: Fechadas: 22±3 bares. Envidraçadas: 26±3 bares. Limitador do lado esquerdo: Fechadas 26 ±2 bares Envidraçadas” 30 ± 2 bares Depois de 1974: Pressão do controlo: Depósito cheio: Fechadas: Envidraçadas

24 ± 3 bares. 28 ± 3 bares

Depósito meio: Fechadas Envidraçadas: Depósito vazio: Fechadas: Envidraçadas:

22 ± 3 bares 26 ± 3 bares. 20 + 3 bares. 24 + 3 bares.

BINÁRIOS DE APERTO: Parafusos de purga: 0,8 m. da N. Flexível no cilindro dos travões das rodas da frente: 1,8 m.da N. “Raccords” das canalizações rígidas: -De cobre: 1,2 m.daN. -De aço:1,4 m.daN.Depósito de compensação sobre a bomba principal: 0,7 m.da N.

EQUIPAMENTO ELÉCTRICO DÍNAMO: Femsa, tipo DNO 12-2. Tensão: 12 V. Intensidade: 22 A. Resistência das indutoras: 5,7 a 6,3 ohms. Diâmetro do colector: 32,5 mm (mínimo). Comprimento das escovas: 22 mm (origem); 11,5 mm (mínimo). Profundidade entre lâminas: 1 mm. REGULADOR: Femsa, tipo GRC 12-2. MOTOR DE ARRANQUE: Femsa, tipo MTA 12-19. Potência: 650 W. Intensidade com o carreto bloqueado: 260 A. 49


Clássicos Populares

Fig. 39

Carburadores Solex 26 DIS e 26 DIS 5 (fig. 39)

Afinação da abertura positiva. • Fechar a borboleta de arranque e medir a abertura positiva. • A afinação efectua-se deformando o tirante de ligação da alavanca da borboleta de arranque a frio e da borboleta de gases. Carburador Zenith 28 IFE (fig. 40) Este carburador está munido de borboleta de arranque a frio por comando eléctrico. Abertura positiva: • Mede-se com auxilio dum calibre (P), entre a borboleta e a face interior do corpo do carburador (ver fig. 41). • A afinação faz-se actuando no parafuso (1),este último apoiado no dente mais alto de excêntrico (2) (fig. 42). 72

Carburador Zenith 28 IF (fig. 43). A abertura positiva A abertura positiva mede-se com o auxílio dum calibre (P) entre a borboleta e a face interior do corpo do carburador. • Fechar a borboleta de arranque a frio. • Mediar a abertura. • A afinação efectua-se fazendo deslizar a haste (2),depois de desapertado o parafuso (1) (fig. 44). REASPIRAÇÃO DOS VALORES DE ÓLEO Montam-se 3 sistemas de reaspiração dos vapores de óleo: Tomada de ar livre; – Circuito simples; – Circuito duplo.


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Fig. 41

Fig. 40

a) Tomada de ar livre: sem calibrador. b) Circuito simples: directo da tampa das válvulas ao carburador, sem calibrador. c) Circuito duplo: Com “T” intercalado no circuito “tampa das válvulas-carburador”. Monta-se um calibre com furo de 1,3 mm de diâmetro, quer no interior do tubo de ligação ao colector ou incorporado no colector de admissão.

Fig. 42

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Fig. 60

Veio secundário: * Cubo da 2.ª - 3.ª • Elevar a temperatura do forno eléctrico ou placa térmica a 250˚ C. • Colocar o cubo novo no forno ou na placa térmica e retirá-lo cerca de 15 minutos depois, para termos a certeza que a temperatura no centro da peça é de 250° C,ao montar-se a esta temperatura inicial o forno ou a placa. * Carreto de 2.ª • Existem dois tipos de carretos loucos de 2.ª e de molas de sincronização. – carreto sem gola (A),com mola (A),sem unha. – carreto com gola (B) e mola (B), com unha (ver fig. 60).

• Montar a mola do sincronizador no pinhão de 2.ª de maneira a cobrir as 3 entradas do carreto. • Montar no pinhão de ataque: – O carreto de 2.ª e sua anilha. – Os freios de fixar o cubo do sincronizador. – Montar um freio de 1 mm de espessura. • Tirar o cubo do forno e montá-lo no pinhão de ataque. • Montar o cubo com a prensa até que toque o seu freio de fixação. • Manter a prensa em pressão durante certo tempo até o cubo arrefecer. • Deixar de exercer pressão com a prensa. • Colocar o 2.º freio de fixação do cubo. • Existem freios de diferentes espessuras: – de 1 a 1,35 mm de 5/100 em 5/100 mm. Escolher o freio que tenha menos folga. 83


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TRAVÕES TRASEIROS Extracção: Nota - Os dois tambores de travão devem ser do mesmo diâmetro,a rectificação de um tambor implica obrigatoriamente a rectificação do outro.

• Montar depois a chapa de freio e o troço. • Encher o tampão do cubo com cerca de 10 g de massa e voltar a montá-lo. • Afinar os calços.

• Retirar o tampão do cubo,o troço,a chapa de freio da porca,a porca e a anilha da manga. • Desajustar os calços do tambor. • Retirar o tambor.

EXTRACÇÃO DOS CALÇOS DO TRAVÃO TRASEIRO

Reposição: • Guarnecer o cubo com massa de rolamentos (cerca de 10 g), nos rolamentos e entre os rolamentos. • Proceder à montagem e afinar os rolamentos.

• Desafinar os calços do tambor. • Retirar o tambor. • Montar o grampo Fre 05 nos cilindros receptores. • Com o auxilio do alicate Fre 572 retirar a mola de chamada superior (1) (fig. 111). • Retirar os freios (3) e separar as maxilas. • Tirar as maxilas e a mola de chamada inferior.

AFINAÇÃO DA FOLGA DOS ROLAMENTOS • Apertar a porca da manga de eixo a 3 m da N, rodando o tambor. • Desapertar a porca de 1/6 de volta. • Fixar no cubo a ferramenta T.Av. 235. • Apertar o parafuso de modo a soltar a folga dos rolamentos. • Retirar a ferramenta e fixar num dos pernes da roda o suporte Rou. 541 munido de um comparador. • Verificar se a folga axial está compreendida entre 0,01 e 0,05 mm., • Se houver necessidade, apertar ou desapertar a porca a fim de obter a afinação preconizada.

Nota – A substituição dos calços deve fazer-se por trem completo; nunca montar calços de marcas ou qualidades diferentes.

Fig. 111

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Clássicos Populares

AFINAÇÃO • Começar sempre por afinar o calço da frente e acabar pelo calço de trás. • Efectuar a afinação com a chave Fre.279-02. • Rodar a chave para baixo para aproximar os calços e para cima para afastar os calços. EXTRACÇÃO DOS PRATOS DO TRAVÃO DE TRÁS • Extrair o tambor. • Tirar o rolamento do cubo. • Retirar a tubagem rígida do cilindro receptor. • Desapertar os 4 parafusos de fixação do prato do travão. • Retirar o prato. REPOSIÇÃO DOS PRATOS DO TRAVÃO DE TRÁS • Proceder em sentido inverso das operações de extracção. • Purgar o circuito hidráulico. • Afinar a folga dos rolamentos. • Afinar os travões. EXTRACÇÃO DO CILINDRO RECEPTOR DE TRÁS • Retirar o tambor. • Desafinar as maxilas. • Soltar a tubagem rígida do cilindro receptor. • Tirar os 2 parafusos (v) de fixação do cilindro e retirá-lo (fig. 112). 110

Fig. 112

REPOSIÇÃO DO CILINDRO RECEPTOR DE TRÁS • Operar em sentido inverso ao da extracção. • Afinar a folga dos rolamentos e dos calços. • Purgar o circuito. CONTROLO DO REPARTIDOR DE TRAVAGEM Este aparelho incorporado no circuito de travagem tem a finalidade de limitar a pressão máxima no trem traseiro e de repartir em caso de um golpe brutal de travão,as pressões sobre os dois eixos, assegurando assim uma travagem equilibrada e eficaz. Está fixo na longarina traseira esquerda. Foi montado no lado direito em certos veículos.


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• Ligar o manómetro Fre. 214-02 num cilindro receptor traseiro. • Purgar o manómetro. • Apoiar progressivamente o pedal de travão e verificar se a pressão permanece inferior à preconizada para o tipo de veículo. • Em caso de fuga ou mau funcionamento do repartidor, substitui-lo. • As experiências de estrada só são válidas se forem efectuadas com calços já rodados cerca de 1000 Km.

Reposição (fig. 113) • Fixar o repartidor ao seu suporte. • Ligar as 2 uniões rígidas. • Purgar o circuito de travagem. • Verificar a pressão de corte do repartidor. CONTROLO DO LIMITADOR DE TRAVAGEM

SUBSTITUIÇÃO DO REPARTIDOR DE TRAVAGEM Extracção • Desapertar as duas uniões rígidas do repartidor e a porca de fixação deste ao chassis. Nota: – O repartidor não se repara, é substituído.

Fig. 114

Fig. 113

• Para efectuar esta operação: – Montar no lugar do purgador dum cilindro receptor traseiro,o manómetro de controlo Fre 214-02. – Purgar o circuito de travagem (a purga do manómetro efectua-se utilizando o purgador P) (fig. 114). 111


Clássicos Populares

– Limitador do lado direito: Nota – A afinação do limitador de travagem deve fazerse com uma pessoa a bordo, com o depósito de gasolina cheio e com a bagageira vazia.

• Desapertar a contra-porca (1) • Apertar ou desapertar o parafuso (2) para obter uma pressão de corte correcta (fig. 115). • Tornar a apertar a contra-porca. Nota: Não retirar a chapa de protecção para efectuar a afinação. Fig. 116

EXTRACÇÃO DA BOMBA PRINCIPAL Nota – Há 3 tipos de montagem:

Fig. 115

Limitador do lado esquerdo: • Desapertar a contra-porca e actuar na porca (E) do tirante de afinação (fig. 116). • Calçar o pedal do travão, depois controlar várias vezes a pressão de corte obtida no cilindro receptor traseiro. • Retirar o manómetro e purgar o circuito de travagem. 112

1.˚ modelo:com depósito separado e reta de impulsão cilíndrica; 2.˚ modelo:com depósito na bomba principal e vareta de impulsão; 3.˚ modelo: com depósito na bomba principal e vareta de impulsão com cabeça esférica. • Despejar o depósito de compensação. • Desenfiar a tubagem de saída da bomba principal. Para o 1.˚ e 2.˚ modelos: • Desligar os fios do interruptor de stop. • Desapertar e retirar os dois parafusos de fixação. • Retirar a bomba principal.


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REPOSIÇÃO DA BOMBA PRINCIPAL • Proceder na ordem inversa à extracção. • Garantir a vedação entre a face de apoio da bomba principal e a carroçaria com um cordão de Mastic 503. • Afinar a folga da bomba principal. • Purgar o circuito de travagem. REPARAÇÃO DA BOMBA PRINCIPAL • Comprimir o conjunto “pistão-mola”, depois soltar o freio de retenção (1). • Retirar em seguida: – a anilha de retenção (2); – o pistão completo (3); – a anilha (4); – a borracha de vedação (5); – a mola de chamada do pistão (6); – a válvula completa (7) (fig. 117).

• Mergulhar todas as peças em líquido de travões, conforme a norma indicada na tampa do depósito de compensação, e proceder à montagem do conjunto. AFINAÇÃO DA FOLGA • Efectua-se actuando na vareta de impulsão da bomba principal. A folga deve ser K = 5 mm (fig. 118).

Fig. 118

AFINAÇÃO DO COMANDO DO TRAVÃO DE MÃO

Fig. 117

• Verificar a superfície interior da bomba principal (ovalização e irregularidades). • Lavar as peças com álcool desnaturado. • Controlá-las e substituir sistematicamente por peças de origem todas as peças que apresentem sinais de desgaste.

Comando por cabo: • Utilizar a forquilha (1) para uma correcção ligeira. • Quando esta afinação for insuficiente proceder como segue: – Soltar a forquilha (1) e actuar na caviIha da forquilha (8). Completar com a forquilha (1).Verificar se as rodas giram ‘livremente, quando se soltar o comando (fig. 119) 113


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Fig. 92

• Nesta posição traçar 2 marcas A e B face a face, no apoio e no braço. • Introduzir em seguida o apoio à prensa, respeitando as marcas A e B e a distância C = 225 mm entre os apoios (fig. 93).

Fig. 93

SUBSTITUIÇÃO DE UM CASQUILHO INTERIOR Extracção: Ao contrário dos casquilhos exteriores, que podem ser substituidos sozinhos,os casquilhos interiores, quando da sua substituição, tem de ser retirado todo o apoio. • Separar o apoio. • Serrar o casquilho,tendo o cuidado de não rebarbar o tubo. • Limar o bordo do casquilho e extraí-lo com o auxílio de um alicate. Reposição: • Efectuar a reposição na prensa respeitando a orientação do apoio. • Colocar o apoio no tubo do braço, de maneira a obter em (A) a cota de 4 mm. • Traçar duas marcas face a face no tubo e no apoio e em seguida meter o apoio à prensa, respeitando as marcas e a distância C = 225 mm entre os 2 apoios (fig. 94).

Fig. 94

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Clássicos Populares

SUSPENSÃO EXTRACÇÃO DAS BARRAS DE TORSÃO DIANTEIRAS

• Retirar a barra. • Em caso de dificuldade para retirar a barra, soltar a cavilha de articulação inferior sem retirar a porca e bater na extremidade da cavilha para retirar a barra de torsão.

Por alavanca: • Com a ferramenta Sus. 311. • Recuar o banco ao máximo do lado em causa. • Retirar a tampa de protecção da alavanca de fixação. • Montar na alavanca de fixação a chave Sus.311. • Colocar a barra (A) da ferramenta Sus.2501, na posição, entre as 2 barras de torsão. • Contrabalançar o efeito da barra de torsão com a chave Sus.313 alongada com um tubo. • Retirar os parafusos (1) e (2) (ver fig. 95).

Por excêntrico: • No interior do veículo, avançar o banco. • Aliviar sem desapertar o parafuso de fixação do excêntrico. • Recuar o assento e retirar o tampão de borracha, para ter acesso ao excêntrico: levá-lo a zero,rodando no sentido do exterior do veículo. • Apertar no excêntrico um parafuso de 8 mm de diâmetro.

Fig. 95

Fig. 96

100


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• Levantar o veículo e suspender o lado em causa no cavalete • Retirar a tampa de protecção da alavanca de afinação. • Engatar a chave Sus. 311 na alavanca de afinação para contrabalançar o efeito da barra de torsão e, no interior do veículo, desapertar os parafusos de fixação da alavanca e do excêntrico de afinação. • Retirar o excêntrico no sentido da frente do veículo,pelo parafuso de 8 mm previamente apertado nele,depois soltar a ferramenta. • Marcar a posição da barra de torsão: – Lado “alavanca de afinação”:c/um marcador, marcar a posição da alavanca de afinação na travessa do piso:traço (A) (fig.96). – Lado do “braço de suspensão”: marcar a posição da barra em relação ao encaixe da fixação do braço inferior. Retirar a barra do braço e verificar se a marca feita corresponde à gravação de referência,na extremidade da barra, ou, se não coincidir, quantas estrias está deslocado e em que sentido (ver fig. 97). REPOSIÇÃO DAS BARRAS DE TORSÃO DIANTEIRAS Por alavanca: • Lubrificar as extremidades da barra de torsão com massa. • Colocar a barra de torsão em posição no braço inferior e montar a alavanca de fixação de modo a ter o máximo curso para a afinação.

Fig. 97

• Montar na chave Sus. 311 a chave dinamométrica Mot.50 e rodar a barra de torsão com um momento de 23 m da N. • Fixar a alavanca de fixação no furo mais próximo. • Poisar o veículo sobre as rodas. • Fazer uma experiência com o veículo, depois medir as alturas sobre os chassis. • Conforme as alturas medidas, torcer ou distorcer a barra de torsão. Por excêntrico: • Lubrificar as extremidades da barra de torsão e montar nela: – a junta de vedação da tampa de protecção; – a alavanca de afinação. 101


Clássicos Populares

• Encaixar a alavanca no interior da travessa, depois empurrar a barra para trás para passar por cima da barra estabilizadora. • Meter a barra no braço inferior, respeitando a marcação. • Colocar a alavanca de afinação em posição, no estriado, respeitando a sua orientação em relação à travessa do piso, marca feita previamente (na extracção), ou colocar a alavanca de afinação a uma distância Y = 17 mm do piso (ver fig. 98).

Fig. 98

• Com a chave Sus. 311 engatada na alavanca de afinação, rodar a barra, depois centrar o excêntrico no seu alojamento empurrando para trás com o parafuso de 8 mm enroscado nele (ver fig. 99). 102

• Fixar a alavanca de afinação e o excêntrico na travessa. • Voltar a pôr o veículo no solo e fazê-lo rodar. • Medir a altura sob os chassis e corrigi-la: – quer através do excêntrico; – quer por rotação das barras. • Repôr o carter de protecção do alojamento da afinação. EXTRACÇÃO DAS BARRAS DE TORSÃO TRASEIRAS Por alavanca: • Calçar o veículo. • Retirar o amortecedor e a barra estabilizadora. • Montar na alavanca de fixação a chave Sus. 312. • Contrabalançar o efeito da barra de torsão e retirar o parafuso que prende a alavanca de fixação ao chassis. • Retirar a barra de torsão. Por excêntricos: • Colocar o veículo sobre cavaletes. • Retirar a chapa de protecção do limitador de travagem. • Pôr o excêntrico de afinação em zero. • Retirar o amortecedor e a barra estabilizadora traseira, se houver. • Construir uma ferramenta conforme o desenho (fig. 100), constituída por: – haste roscada com 10 mm de diâmetro e 350 mm de comprimento;


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– uma forquilha; – espaçador de 10,5 mm de dâmetro interior e 30 mm de comprimento. • Montar a ferramenta no lugar do amortecedor. • Apertar a porca até que a alavanca de fixação deixe de torcer (no excêntrico). • Retirar a barra.

Fig. 99

Fig. 100

REPOSIÇÃO DAS BARRAS DE TORSÃO TRASEIRAS Por alavanca: • Lubrificar as extremidades das barras de torsão com massa. • Enfiar a barra no apoio.Montar a alavanca de fixação na barra de torsão, de modo a ter o máximo de curso para afinação. • Montar a ferramenta Sus. 312 como anteriormente. • Nesta ferramenta montar a chave Mot.50 munida da escala (c) e aplicar um aperto de 12 m da N com as rodas suspensas. • Fixar a alavanca de fixação no furo mais próximo do chassis. • Repôr o amortecedor, a barra estabilizadora. • Repôr a roda. • Poisar o veículo no solo. • Fazer uma experiência depois de medir as alturas sob o chassis. • Se a altura for incorrecta, actuar nas alavancas de fixação. 103


Clássicos Populares

Por excêntricos: A fim de dar ao braço uma posição que permita a montagem correcta da barra, é necessário apertar a porca na extremidade da haste roscada de modo a obter a distância (x). Esta distância deve ser de: 280 mm para “boas e más estradas”; 295 mm para “equipamentos especiais”; 290 mm para os veículos R 2106 (fig. 101).

Fig. 102

Fig. 101

• Antes da reposição, lubrificar as estrias da barra com massa. • Colocar a alavanca de fixação sobre o excêntrico verificando que a zona de contacto está na zona neutra do excêntrico (Z) (fig.102). • Depois de ter a alavanca bem posicionada, meter-lhe a barra de torsão. • Fixar o excêntrico de afinação na travessa. • Repôr o veiculo no piso e fazê-lo rolar. • Medir a altura sobre o chassis e corrigi-la: – quer através do excêntrico; – quer através da rotação das barras; – controlar e regular o limitador de travagem. 104

ALTURA SOB O CHASSIS Afinação por alavancas: À frente: • Retirar as tampas de protecção das barras de torsão e montar nas alavancas de fixação a ferramenta Sus. 311 alongada com um tubo. • Montar a barra (A) da ferramenta Sus 2501 em posição entre as 2 barras. • Desapertar o parafuso (1) e torcer a barra de torsão para retirar o parafuso (2) sem estar em esforço (fig. 103). • Aumentar o esforço na ferramenta Sus. 311 para aumentar a altura sob o chassis. • Diminuir o esforço para diminuir a altura sob o chassis. • Voltar a fixar a alavanca de fixação com o parafuso (2).Apertar o parafuso (1).


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• Recuar o banco e retirar o tampão para ter acesso ao excêntrico (fig. 104). • Rodá-lo no sentido do interior para aumentar a altura.

Atrás: Fig. 104

• Aliviar a porca de fixação e rodar o excêntrico conforme o desenho, para aumentar a altura (fig. 105). Fig. 103

Atrás: Proceder como para a frente, utilizando as ferramentas Sus. 312 e Sus. 25-01. – AFINAÇÃO POR EXCÊNTRICOS: À frente: • No interior do veículo, avançar o banco. • Aliviar, sem desapertar, o parafuso de fixação do excêntrico.

Fig. 105

105


Clássicos Populares

• Depois de qualquer modificação na altura sob o chassis,afinar o limitador de travagem. AFINAÇÃO POR ROTAÇÃO DAS BARRAS: Suspensão dianteira: • Venficar a pressão nos pneus. • Pôr todos os excêntricos a zero. • Medir a altura sob os chassis,à direita e à esquerda,com o depósito da gasolina atestado. • Calcular a diferença (h) entre a altura sob o chassis preconizada e a altura medida. • A deslocação da barra de torsão de um dente em relação à montagem inicial, faz variar a altura sob o chassis em cerca de 3 mm. • Determinar o número de estrias, correspondentes à deslocação a efectuar dividindo h por 3. • Retirar as barras tendo o cuidado de verificar a posição das diferentes marcas. • Para aumentar a altura sob o chassis, rodar as barras conforme o desenho, de um número de estrias igual a h : 3 ( fig. 106).

• Para diminuir a altura sob o chassis, rodar as barras em sentido contrário ao desenho, de um número de estrias igual a h:3. Suspensão traseira: • Verificar a pressão nos pneus. • Colocar todos os excêntricos a zero. • Medir a altura sob o chassis, à direita e à esquerda com o depósito de gasolina atestado. • Calcular a diferença (h) entre a altura sob o chassis, preconizada e a altura medida. • Depois de ter obtido uma folga (A) de 0,5 mm máxima, entre a alavanca e o excêntrico de afinação, medir a distância (x) (ver fig. 107).

Fig. 107

Fig. 106

106

• Para aumentar a altura sob o chassis, é necessário diminuir a distância (x) de (h):3,5. • Para diminuir a altura sob o chassis é necessário aumentar a distância (x) de (h):3,5. • Depois de qualquer modificação da altura sob o chassis, afinar o limitador de travagem.


RENAULT 4

TRAVÕES

TRAVÕES DIANTEIROS EXTRACÇÃO DOS CALÇOS DE TRAVÃO: • Aliviar o travão de mão e desafinar as maxilas do tambor. • Desapertar e retirar os 3 parafusos de fixação do tambor. • Marcar a sua posição em relação ao cubo da roda. • Em caso de dificuldade na extracção: – extrair o conjunto cubo-tambor; – se o tambor tiver furos roscados, utilizar 2 parafusos de diâmetro de 6 mm e passo de 100, ficando latente no cubo (ver fig. 108)

Fig. 108

• Retirar os freios de fixação das maxilas ao prato. • Ou retirar as 2 molas (R) com uma vareta cilindrica (T) que se apoie na extremidade da mola (ver fig. 109).

Fig. 109

• • • •

Colocar o grampo Fre 05 no cilindro da roda. Retirar a mola superior. Retirar a maxila A e barra do travão de mão. Retirar a maxila B e soltar o cabo de travão de mão.

AFINAÇÃO DOS CALÇOS DE TRAVÃO: • Esta afinação efectua-se, aproximando as maxilas aos tambores por intemédio de excêntricos. • Começar sempre pelo calço de trás e terminar pelo calço de trás. • Rodar a chave para baixo para aproximar os calços e na direcção de cima para os afastar do tambor. 107


Clássicos Populares

EXTRACÇÃO DOS PRATOS DO TRAVÃO DA FRENTE • Retirar o cubo. • Soltar o cabo do travão de mão. • Soltar a bicha e o cabo do prato. • Soltar a tubagem rígida do tubo flexivel na chapa de suporte. • Retirar o freio do felxível. • Retirar o prato, desapertar o flexível.

REPOSIÇÃO DOS PRATOS DO TRAVÃO DA FRENTE • Proceder de modo inverso às operações de extracção. • Trocar a junta de cobre do flexível. • Purgar o circuito hidráulico. • Afinar os travões.

EXTRACÇÃO DO CILINDRO RECEPTOR DA RODA DA FRENTE • Retirar o tambor. • Desafinar as maxilas. • Aliviar as 4 porcas de fixação do cubo e retirar os parafusos do cilindro. • Retirar o cilindro soltando-o pela parte da frente do prato. • Soltar a tubagem flexível do seu suporte, na carroçaria. • Separar a tubagem flexível do cilindro receptor. 108

REPOSIÇÃO DO CILINDRO RECEPTOR DA RODA DA FRENTE • Proceder de modo inverso ao da extracção. • Afinar os calços. • Purgar o circuito de travagem.

REPARAÇÃO DO CILINDRO RECEPTOR DA RODA DA FRENTE. • Desmontar o cilindro receptor (fig. 110). • Antes de voltar a montar,verificar o estado do cilindro e do pistão; quaisquer vestígios de riscos ou oxidação implicam obrigatoriamente na substituição do cilindro completo. • Se o cilindro estiver em bom estado,lubrificando as peças móveis com líquido de travões, montar o sangrador e o seu tampão. • Montar a mola, as borrachas, pistões e as tampas protectoras. • Verificar se as peças deslizam livremente. • Manter o conjunto reunido com o auxílio de um grampo Fre.05.

Fig. 110



Clássicos Populares

Berlina – amovíveis

Fig. 139

1 - Capot; 2 - Cava da roda; 3 - Guarda-lamas dianteiro; 4 - Porta dianteira;

5 - Porta traseira; 6 - Porta da bagageira; 7 - Guarda-lamas traseiro.

1 - Capot; 2 - Cava da roda; 3 - Guarda-lamas dianteiro;

4 - Porta dianteira; 8 - Porta da carga; 9 - Portinhola do tejadilho.

Furgoneta – amovíveis

Fig. 139

124


Actualização - 4 GTL e 4 F

4 GTL

4F

(R1128)

(R210B)

Elementos Vários:

Ficha Técnica

MOTOR

a) Binários de aperto: Parafusos da cabeça em frio: 6,5 mkg. Parafusos do volante motor: 5 a 5,5 mkg. Porcas das tampas das bielas: 4 a 4,5 mkg. Parafusos das tampas dos apoios da cambota: 5,75 a 6,5 mkg. Parafusos e porcas dos suportes dos veios dos balanceiros: 1,5 a 1,7 mkg. Parafuso de afinação da polia da árvore de “cames”: 4 a 6 mkg. Carreto da árvore de “cames”: 3 mkg. Porcas do colector: 1,5 a 2,5 mkg.

4 tempos. 4 cilindros em linha. Arrefecimento por água. Cambota de 5 apoios. Árvore de “cames” lateral com banho de óleo, accionada por corrente. Válvulas à cabeça, em linha com inclinação. Camisas húmidas amovíveis.

b) Tolerâncias: Altura das camisas: 0,04 a 0,11 mm. Altura da cabeça: 72 mais ou menos: 0,05 mm. Rectificação máxima da cabeça: 0,03 mm. Empeno máximo do plano da junta: 0,05 mm.

Potência:

38 CV DIN às 4500 rpm

Taxa de compressão: Binário máximo:

8,3 : 1 7,3 mKg às 2000 rpm

Diâmetro

70 mm

Curso

72 mm

Ordem de inflamação:

1-3-4-2

Cilindrada:

1108 cm3

129



Próximo Volume

8

Mini 850 - 1000 Cooper 1275 GT

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