Taquara, 15 de dezembro de 2017 • Edição 2372 • 24 Páginas • R$ 2,00 • www.jornalpanorama.com.br
TAQUARA IPTU tem vencimento em 10 de janeiro Página 3
Panorama deseja um Feliz Natal e abençoado Ano Novo Edições impressas e digitais voltam a circular em 2 de fevereiro.
O Natal com eles é mais solidário
Até lá, atualize-se pelo site, pela newsletter e pelo Facebook do jornal.
Páginas 11 a 15
Solidariedade e compaixão são combustíveis que movem centenas de voluntários na região com a proximidade do Natal. Nesta edição, Panorama conta quatro histórias de pessoas que dedicam tempo, amor e respeito ao próximo.
Justiça Federal afasta Instituto Vida do Hospital de Taquara Página 9
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Sexta-feira, 15 de dezembro de 2017
Abertura
EDITORIAL
Dois temas para 2018 Dois mil e dezessete está chegando ao fim, e o Brasil continua vivenciando os efeitos de sua maior crise financeira. A economia começa a dar pequenos sinais de reaquecimento, mas que, na vida real, ainda estão pouco perceptíveis à sociedade. O que não é nenhum um pouco imperceptível, no entanto, é a desorganização do poder público brasileiro. Um sintoma a ser combatido em 2018. No Judiciário, penduricalhos aumentam ganhos de muitas pessoas sem qualquer indicativo de corte. No Congresso, há benefícios e mais benefícios para parlamentares, muitos deles enrolados em casos de corrupção. No Executivo, ministros e membros do alto escalão são
usuários de benesses e costuram acordos espúrios. O Brasil precisa caminhar rumo à profissionalização do serviço público. Não dá mais para a sociedade ficar sustentando estruturas precárias, que servem a poucos, mas consomem os recursos, energias e esforço de muitos. Novamente, o ano que se encerra foi marcado pela turbulência política provocada pelos escândalos de corrupção. O presidente da República sofreu dois pedidos para se tornar réu em ação penal, só evitando os processos devido à costura política que realizou, escancarada com mais uso de dinheiro público para a notória compra de apoio político. Dois temas, portanto, surgem no
horizonte do próximo ano, quando o Brasil enfrentará um processo eleitoral. O inevitável combate à corrupção é a agenda número um do país. É preciso que todos os mecanismos de controle sejam aperfeiçoados e a sociedade continue vigilante a qualquer ideia que possa representar um embaraço às ações que flagram os donos de malas de dinheiro deste país. Mas outro debate que deve avançar é da desburocratização, eficiência e melhoria de processos do setor público. Enquanto a máquina continuar inchada, ineficiente e servindo a poucos, favorece-se a prática corrupta, elimina-se a transparência e multiplicam-se os jeitinhos. O Brasil precisa ser limpo e eficiente.
ÚLTIMA SESSÃO
BETO LEMOS RECLAMA
A Câmara de Vereadores de Taquara realizará, na próxima segunda-feira, sua última sessão ordinária deste ano. O encontro acontece a partir das 18 horas, no plenário do Legislativo. Depois, retoma as sessões semanais em fevereiro. A Câmara ainda terá, na próxima semana, a sessão de celebração dos eleitos para a mesa diretora, que acontecerá na quarta-feira, às 18 horas. Guido Mário Prass Filho (PP) é o presidente para o próximo ano, tendo Levi Batista de Lima Júnior (PTB) como vice-presidente e Magali Vitorina da Silva (PTB) na função de secretária.
O ex-vereador Adalberto Lemos (PSB), na condição de presidente da Associação de Moradores do bairro Empresa 2 (Amabe 2), pediu à Câmara de Vereadores de Taquara para usar a tribuna popular a fim de se manifestar sobre problemas no Hospital Bom Jesus. Contudo, Lemos foi surpreendido pela negativa da mesa diretora da Câmara, que se amparou em parecer jurídico do advogado Fábio Brack. No documento, o assessor da Câmara diz que a lei que regula o uso da Tribuna Popular não prevê o uso por associação social, e sim associações de classe ou entidade sindical. Acrescenta que o pedido de Lemos não apresentou o estatuto social da Associação e ata da eleição do ex-vereador como presidente. O advogado sustentou ainda que o pedido não se encaixaria na regra de que o uso da Tribuna se restringe a assuntos de interesse comunitário, "sendo vedadas opiniões de ordem religiosa, racial ou político-partidária, bem como, críticas pessoais a autoridades legalmente investidas do município". Segundo Fábio Brack, "trata-se de pedido para falar sobre casos específicos de atendimento hospitalar e situações vivenciadas pelo mesmo que, em um primeiro momento, não se revestem de interesse público no conceito legalmente utilizado. Os fatos relatados, se assim ocorreram, são efetivamente de imensa gravidade e devem ser apurados pelas autoridades competentes, como é o caso do Ministério Público e Polícia Civil". O assessor jurídico da Câmara pontuou, ainda, que cabe ao Ministério Público Federal e Estadual qualquer providência sobre a gestão do Hospital Bom Jesus, uma vez que firmou um termo de ajustamento de conduta com o Instituto Vida. Na Rádio Taquara, Lemos reclamou do cerceamento ao uso da Tribuna Popular pela Câmara, disse que a associação que preside está legalmente constituída e, novamente, voltou a dizer que os vereadores devem ser mais firmes na fiscalização das questões do hospital.
ESPERANDO UMA POSIÇÃO
O processo judicial que envolve as eleições de 2016 em Parobé é, com certeza, um dos mais tumultuados da Justiça Eleitoral. Recentemente, o ministro Herman Benjamin determinou que o caso de Irton Feller (PMDB) voltasse à primeira instância, para uma nova análise. Contudo, esse retorno ao Cartório Eleitoral de Taquara ainda nem chegou a acontecer. A coligação adversária ingressou com agravo, pedindo que o próprio Tribunal Superior Eleitoral (TSE) tome uma decisão sobre o assunto. Com isso, este agravo ainda está pendente de julgamento, desde o dia 20 de novembro, na mesa do ministro Jorge Mussi, que substituiu Benjamin no TSE. Não há prazo para uma decisão do novo relator e o TSE entra em recesso no dia 20 deste mês. Ou seja: é bem possível que o tema fique para ser decidido só depois do recesso, no final de fevereiro.
TESTE DO PEZINHO O Hospital São Francisco de Assis, de Parobé, informou que, desde o começo do mês, conta com um posto de coleta para triagem neonatal (teste do pezinho). O exame detecta precocemente (logo após o nascimento) doenças que podem implicar em riscos graves para a saúde da criança e permite, assim, o tratamento e o acompanhamento dos pacientes, o que pode ocorrer durante toda a vida. O teste será feito nos bebês que nascem no hospital e, por algum motivo, ficam internados, já que o procedimento deve ser feito do terceiro ao quinto dia de vida. Assim, os bebês com alta após o tratamento já saem com a coleta realizada. O Hospital Presidente Vargas, de Porto Alegre, é referência no Rio Grande do Sul na triagem neonatal e concedeu a oportunidade de abrir um posto de coleta no Hospital de Parobé para os bebês que não conseguirem ir até o quinto dia útil no posto de saúde. A equipe do hospital foi capacitada pela enfermeira Magda Ermel e a responsável pelo posto de coleta é a enfermeira Márcia Ganzer.
PANORAMA Fundado em 27/9/1975
Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil Amigos do Panorama! Permitam-me usar um texto bem interessante do P. José Kowalska do portal luteranos do dia 06/12/17. Diz ele: “2017 já está de malas prontas. Num piscar de olhos os dias do calendário se foram. Ao chegar ao fim do ano, muitas pessoas fazem uma revisão do que aconteceu e olham para o futuro cheias de esperança e de promessas que fazem a si mesmas e aos demais. Não foi assim também no fim de 2016? Nestes próximos dias, olharemos para a nossa vida e faremos um balanço, observaremos o agir, nosso, das outras pessoas e de Deus. Sim, pois nós sempre estamos em relação com outros, sejam eles pessoas, animais ou Deus. Devemos ser sinceros, nem sempre as coisas saíram como esperado. Às vezes, os sucessos foram ao contrário do que queríamos. A inconformidade ajudou o ser humano a transformar-se desde os seus inícios. Mas, estar
inconformado não resolve, deve procurar pelas causas da inconformidade e agir para solucionar. Muitas vezes responsabilizamos a Deus, mas será realmente carga divina? É como o pensamento num texto do Neukirchener Andachtsbuch de 2015 que diz: A graça de Deus não é como nós seres humanos gostaríamos que fosse, mas ela é como é. Por isso não faz sentido querer mudá-la por meio de interpretações. Não posso experimentar a força do sol se permaneço na sombra onde estou. Somente quando deixo o sol brilhar sobre mim sou aquecido. A graça de Deus é como o sol: somente quando a deixo iluminar-me posso sentir a força do seu agir. Oremos para que sintamos o agir de Deus em 2018”! Dos nossos sonhos e planos do início do ano conseguimos concretizar todos? Alguns? Ou nenhum? Pensemos nisto, enquanto lhes desejo um Feliz Natal e as ricas bênçãos de Deus para 2018.
Pastor Valmor Haag PROGRAMAÇÕES Sábado, 16: Culto no Lar OASE, às 15 horas; Tucanos, às 15 horas, com Ceia; e Santa Teresinha, às 16h30min, com Ceia. Domingo, 17: Culto, às 9 horas, na Igreja da Paz com participação do Lar OASE; 10ª. Noite Natalina em Canto, às 20 horas, na Igreja da Paz. Quarta, 20: Culto de Advento e Caminhada das Luzes, às 20 horas. Favor trazer um prato de salgados ou doces para a confraternização; Domingo, 24: Culto de Natal, às 20h30min, na Igreja da Paz; Domingo, 31: Culto de Véspera de Ano Novo,às 20h30min, com Ceia. Agradecemos a todos pelo apoio com seus talentos e por sua colaboração financeira na promoção da missão da Comunidade Evangélica de Taquara em 2017.
NOITADA CULTURAL
O Lar Padilha realizará, neste sábado, o seu tradicional evento de final de ano, a Noitada Cultural, que reúne todos os abrigados em uma apresentação aberta à comunidade. Segundo o diretor do Lar, Fernandes Vieira dos Santos, o show terá início às 20h30min, na sede em Padilha. Haverá ônibus gratuito, com saída às 19 horas, da unidade do Centro, na rua Marechal Floriano. A entrada é franca e todos os familiares, amigos, parceiros e colaboradores do Lar estão convidados. Neste ano, Fernandes ressaltou que a Noitada abordará a temática de gênero, um assunto que foi muito debatido na sociedade e que, também, é frequente no Lar, uma vez que muitos dos acolhidos têm problemas de violência familiar.
Editado pela EMPRESA JORNALÍSTICA GAÚCHA LTDA. Inscrição Estadual: 141/0071666 - CNJP: 88.279385/0001-19 Rua Rio Branco, 1006 - Fone: 3542.2288 - Taquara/RS - CEP: 95.600-000
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Agradecemos a todos os clientes que estão conosco há anos, muito obrigado pela parceria e pela preferência. SERVIÇOS Alarme de Incêndio - Hidrante - Para-raios Inspeção de Compressores - PPCI - Encaminhamento Alvará de Bombeiros - Consultoria
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Extintores - Luminárias de Emergência Barra Anti-pânico Paula Ramos Vendas
3141-5233 e 99642.2774 E-mail: exttaquarense@tca.com.br
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Sexta-feira, 15 de dezembro de 2017
Comunidade
Prefeitura quer usar antigo prédio da Beira Rio para Samu e Corpo de Bombeiros TAQUARA - A Prefeitura de Taquara encaminhou para análise da Câmara de Vereadores projeto de lei para alterar o convênio firmado com a empresa Calçados Beira Rio. Desde que o imóvel da calçadista sofreu incêndio, em 2014, a empresa não possui mais sua fábrica em Taquara. O prédio, então, foi parcialmente cedido à administração municipal, que construiu no local uma praça. Agora, a ideia é que os imóveis passem a sediar, também, o Corpo de Bombeiros e a unidade do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Para tanto, o prefeito Tito Lívio Jaeger Filho celebrou com a empresa um aditamento ao termo de permissão de uso do imóvel no bairro Santa Teresinha. Pela alteração no convênio, fica autorizada a instalação do quartel dos bombeiros e da unidade do Samu nos imóveis cedidos. "As partes acordam em implantar os referidos estabelecimentos para atender a população do município, visando a melhoria da vida em comunidade, tendo em vista que a destinação principal da permissão de uso [praça]
Imóvel no bairro Santa Teresinha está sem uso desde incêncio em 2014
permanece hígida e há fração da área dos imóveis que está desocupada", esclarece o termo. O termo de permissão de uso faz um esclarecimento de que todo o prédio está sendo alvo de uma discussão judicial que tramita em Três Coroas, ingressada pela MF Calçados Laruse Indústria e Comércio. Ficou estabelecido que a decisão da Justiça poderá ser de devolução dos imóveis à massa falida da empresa de Três Coroas, o que teria que ser acolhido pela Prefeitura. A Calçados Beira Rio ainda não possuirá qualquer encargo, responsabilidade, dever de indenizar ou ônus com relação aos imóveis e às eventuais benfeitorias necessárias para o uso pre-
tendido pela administração municipal. No texto da mensagem de lei, o prefeito Tito não especifica prazos para que a instalação das unidades dos bombeiros e Samu ocorra no local. "A administração municipal tenta buscar disponibilidade de um melhor local para possíveis instalações da base do Samu e, também, não desistiu do sonho de termos em nossa cidade um quartel do Corpo de Bombeiros. Portanto, é o que justifica a presente ratificação encaminhada a esta casa legislativa", explica o chefe do Executivo aos vereadores. O projeto de lei deverá ser analisado na sessão da próxima segundafeira da Câmara de Vereadores.
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IPTU de Taquara tem primeiro vencimento em 10 de janeiro O prefeito de Taquara, Tito Lívio Jaeger Filho, sancionou projeto de lei aprovado pela Câmara de Vereadores que institui o calendário de pagamento do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) para o exercício de 2018. O primeiro vencimento será em 10 de janeiro, tanto da cota única como da primeira parcela para quem optar por esta modalidade. Os carnês estarão disponíveis a partir do dia 22, no Centro Administrativo (rua
Tristão Monteiro) ou pela internet (site da Prefeitura). Segundo o texto, os contribuintes que estão em dia com o imposto, podem efetuar o pagamento em cota única no dia 10 de janeiro com 15% de desconto. Já os contribuintes que têm débito e optarem pela cota única terão desconto de 5%. Já quem optar pelo pagamento parcelado, poderá fazer em 11 vezes, com os seguintes vencimentos: 10 de janeiro,
12 de fevereiro, 12 de março, 10 de abril, 10 de maio, 11 de junho, 10 de julho, 10 de agosto, 10 de setembro, 10 de outubro e 12 de novembro. As parcelas não podem ter valor inferior a 15% da Unidade de Referência Municipal (URM), o que atualmente exigirá que as parcelas não sejam menores do que R$ 74,95. Para o próximo ano, segundo a lei orçamentária de Taquara, a Prefeitura espera arrecadar R$ 5,5 milhões com o IPTU.
Nosso Natal Ideal deste ano presenteou 92 crianças, com bonitos brinquedos, todos doados por nossos clientes e amigos, que abraçaram a campanha conosco. A todos, muito OBRIGADO! O gesto permitiu que nossa empresa alegrasse também as mães, doando vários brindes para sorteio entre elas.
Um Natal assim, com muita gente unida pelo bem, traduz a mensagem do aniversariante Jesus. E NÃO ESQUEÇA! Até 21 de dezembro você pode participar da nossa promoção que sorteará uma bicicleta e um tablet. Veja como participar na nossa página do Facebook. É muito fácil e divertido!
FÉRIAS: A imobiliária estará fechada de 22 de dezembro a 7 de janeiro.
ALICE
imóveis TAQUARA: Júlio de Castilhos, 2663 - Fone: 3541.0400 PAROBÉ: Dr. Legendre, 37 - Fone: 3543.6588
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Sexta-feira, 15 de dezembro de 2017
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Treinador voluntário da escolinha do Palmeiras é exemplo de determinação e amor ao futebol TAQUARA – Francisco de Souza Soares é um homem de espírito ímpar. Aos 67 anos, o treinador da escolinha de futebol do Esporte Clube Atlético Palmeiras – projeto que faz parte do Bairro Empresa Melhor (BEM) – esbanja energia, carisma e envolvimento com as mais de 100 crianças e adolescentes atendidos pela iniciativa. Enquanto caminha pelo gramado do campo, Francisco se torna “Seu Chico” ou, ainda, “sor” – diminutivo de professor –, sinal de consideração daqueles que, muito além de respeitá-lo, também o admiram. Há mais de 26 anos Francisco comanda a escolinha do Palmeiras. Neste período, fez quatro pausas que, somadas, não chegam a completar um ano. Quando os outros treinadores desistiam, ele voltava ao posto. Sentia-se doído por ver as crianças sem alguém para orientá-las. Conforme defende, o técnico precisa conhecer o comportamento dos jovens, ter paciência e equilíbrio para lidar com os altos e baixos na relação. Homem simples, de origem humilde, Chico tem experiências de vida para dar bons exemplos. O pai de criação, João Ferreira Soares, trabalhava para a viação férrea do Estado, sendo transferido para o Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (DAER). Com o emprego próximo da capital, o genitor, a mulher Doralina Souza Soares e os filhos se mudaram para Canoas. Mas, a adolescência e início da fase adulta, Chico passou em Esteio com os dez irmãos – ele é o mais velho, fruto do primeiro casamento da mãe. Foi na Região Metropolitana onde conheceu e casou com Consuelo Gessi Soares, há 38 anos, e teve os dois primeiros filhos, o Eduardo e o Ismael. O
terceiro rebento do casal, André, é taquarense, após a família ter se mudado para o município. Chico lembra ter sido o único negro na escola que frequentava. Fez supletivo no La Salle para concluir o ensino fundamental, mas não o exame, pois estava sem dinheiro para pagar. Na época, trabalhava em uma loja de fogões na Ramiro Barcelos, em Porto Alegre. Chegava todos os dias cansado à aula. Só terminou os estudos quando já estava trabalhando na antiga Calçados Azaléia – atual Vulcabras|Azaleia. Não continuou no ensino médio porque necessitava dar atenção à família. Mesmo morando próximo à capital, vinha jogar pelo Palmeiras em Taquara. Um dos jogos foi contra o Tucanos, em 1969, na época com 19 anos. Também jogou no Esporte Clube Brasil, de Sapiranga – atualmente é a Associação Sapiranguense –, em Portão, pelo Cometa, com quem ganhou o campeonato intermunicipal de 1973. Em Esteio, era o treinador do Bento Gonçalves. Chegaram à final do torneio municipal, em 1978, contra o time do La Salle, mas ficaram com a vice colocação no primeiro e segundo quadros. Nesta época, Francisco conta que sentia a necessidade de trocar a área de trabalho – até então, já havia sido pedreiro e vigilante. Um conhecido o indicou a buscar oportunidade de emprego na Azaleia. Após passar na entrevista com a recrutadora, foi admitido para a função de serviços gerais. Deixou a família em Esteio e veio sozinho morar na casa de uma tia que residia em Taquara. Passado algum tempo, buscou a mulher e os filhos para junto de si, alugando uma resi-
va prestes a encerrar por falta de condições para manutenção das atividades. Passadas três semanas, a vereadora Sirlei Silveira procurou Chico, e sugeriu que o programa fizesse parte do projeto Bairro Empresa Melhor (BEM). A iniciativa, começada em 2005, foi implantada a partir de uma proposta da Justiça de Taquara na Escola Estadual de Ensino Fundamental Dr. Breno Oswaldo Ritter, quando Sirlei era diretora do educandário. Com a parceria, foi possível oferecer subsídio ao lanche e o fardamento dos jovens, além de materiais esportivos. “Se não fosse isso, eu teria desistido”, conta Francisco. Hoje, o projeto também conta com o apoio de voluntários, como os treinadores Sorriso auxiliares Bruno Wasé constante chburger, André Soares e enquanto Jair Rodrigues; e Roao treinador na Kleinkauf, Ricardo acompanha Kleinkauf, Lucimar Guerra as partidas dos e Maria Ribeiro, responjovens atletas sáveis pela elaboração da merenda. dência na rua Mato A escolinha tem aproGrosso, no bairro ximadamente 26 anos, Santa Teresinha. Posteriormenmesmo período em que Francisco te, também residiram no bairro está como treinador, por convite Medianeira. A morada atual do conselheiro tutelar da época foi adquirida no final dos anos Cléo Gonzaga. As atividades são 1980, de frente para o campo oferecidas a mais de 100 crianças do Palmeiras. O trabalho, deixou e adolescentes de sete a 17 anos. em 2003, quando conquistou a Algumas exceções com idade inaposentadoria. ferior são permitidas, desde que Em 2013, Francisco comprou os pais ou responsáveis acomuma máquina fotográfica – paga panhem o menor. É Chico quem em prestações – para filmar monta os times, de acordo com o os alunos do projeto. Com as tamanho dos pequenos. Ele fica observando o comportamento imagens em um pendrive, foi dos jovens em campo. Quando até a Câmara de Vereadores na necessário, chama a atenção, dá intenção de solicitar apoio ao conselhos, impulsiona as partiprojeto da escolinha, o qual esta-
das. Muitos dos que passaram pelo projeto hoje jogam em times do bairro, como o Viracopos, Força Jovem, Força Livre, Sabadaço e Olaria. Francisco conta ter visto a possibilidade de alguns crescerem na carreira, irem para clubes grandes. Lastima aqueles que perderam a oportunidade, seja por percalços da vida ou por falta de interesse dos pais ou do próprio atleta. “É um celeiro de jogadores bons, mas se não tem apoio, fica difícil.” Para o final de ano, está organizando um torneio, para arrecadar fundos para a escolinha. “Isso aqui é um pulmão para o bairro.” Quando era criança, o pai de Francisco dizia que ele era fominha por bola, pois queria jogar pela manhã, à tarde e à noite. Após crescer, tinha sonhos em que se via ao redor de um campo de futebol. Mal sabia que um dia, 29 anos atrás, estaria residindo em frente de um. O exemplo de amor ao futebol também inspirou aos três filhos dele, todos com passagens em times profissionais. Eduardo jogou no Caxias, Maier de Portugal, Santa Cruz, Brasil de Farroupilha, Esporte Clube Rio Grande, Aimoré e Nacional de Manaus. Ismael esteve no Juventude, São Luiz de Ijuí e em Carazinho. André foi para o Caxias e Cruzeiro de Porto Alegre. Um dos desejos de Chico é que outras pessoas sigam o exemplo do voluntariado para tocar projetos similares, contando com apoio e espaço para tanto. Desde o ano passado, está procurando pessoas para ajudar a treinar os pequenos. “Alguma coisa na minha vida me puxou para este lado, para gostar de futebol. A maior alegria é ver esses guris tendo espaço para fazer o que gostam, se destacando.” Fotos: Cristiano Vargas
Há 26 anos Chico faz trabalhos com crianças e adolescentes do bairro
Comunidade
Começa projeto de transposição de semáforo da ERS-115 em Taquara TAQUARA - Tiveram início as obras do projeto de transposição do semáforo da ERS-115 localizado junto ao entroncamento com a rua Tristão Monteiro, em Taquara. Conforme informações do prefeito Tito Lívio Jaeger Filho, segundo o cronograma, não havendo percalços, a obra deverá estar concluída ainda dentro deste mês. Pelo projeto, os motoristas, que hoje têm as ruas Tristão Monteiro e Carlos Kroeff como únicas opções de acesso à área central de Taquara, poderão fazer a entrada usando as ruas Pinheiro Machado, Marechal Floriano, Rio Grande, Guilherme Lahm e Rio Branco. Para tanto, a sinaleira será removida do seu atual local para as proximidades da sede da As-
Divulgação
Mudança de local de sinaleira visa a propiciar mais acessos à área central de Taquara, reduzindo tráfego da Tristão Monteiro
sociação dos Motoristas. O prefeito Tito lembra que o projeto foi apresentado pela administração à Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR) ainda em 2014, sendo aprovado pela companhia estadual. A ideia, segundo o chefe do Exe-
cutivo, é assegurar mais opções de acesso à cidade, desafogando o trânsito, atualmente quase que exclusivamente concentrado na Tristão Monteiro. "Mesmo diante das dificuldades, seguimos buscando melhorias", reforçou Tito.
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Faccat realizará vestibular em fevereiro TAQUARA - Estão abertas, até o dia 4 de fevereiro, as inscrições para o vestibular 2018 das Faculdades Integradas de Taquara (Faccat), que acontecerá dia 5 de fevereiro, às 19h30min, no campus. A prova abrangerá conteúdos de Língua Portuguesa, conhecimentos gerais e redação. O valor da inscrição é de R$ 30,00.
Conforme o diretor-geral da Faccat, Delmar Backes, este vestibular não é complementar porque houve uma reserva de vagas para todos os cursos. “O vestibular de fevereiro é considerado cada vez mais importante”, reforça o diretor, lembrando que este é um dos três vestibulares para ingresso na Faccat em 2018.
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Comunidade
MARIA PACHECO, UMA HISTÓRIA DE FÉ TAQUARA – “Uma vida sofrida, de muito trabalho, mas de amor no coração.” A frase de Maria Ironita da Silva Pacheco, 81 anos, resume a trajetória dela como mulher negra, mãe e religiosa. É no terreno da propriedade que mantém há 52 anos o Centro Espírita de Umbanda Pai Xangô, em que recebe amigos, promove encontros e está à disposição para aconselhar e pedir a proteção dos orixás. “Trabalho no amor, na paz e na justiça.” Entrou para a umbanda aos 28 anos. Com 30, fez a preparação para se tornar chefe de terreira. “Posso ser pequena, mas minha fé é inquebrantável, move montanhas”, garante. Na festa de inauguração, em 1969 – quatro anos depois da fundação –, mais de 300 pessoas comemoraram em festa o reconhecimento oficial do local pela então União de Umbanda do Rio Grande do Sul. Mas, até aí, a vida já tinha sido marcada por perdas significativas. Quando tinha dois anos, a família de Maria se mudou para Lajeadinho. Os pais, Manoel Antonio da Silva e Jovelina Pereira da
Silva, trabalhavam na roça, onde também começou aos cinco anos. Com sete anos, voltou a morar na cidade, para estudar no educandário do bairro Santa Rosa, atualmente a Escola Rosa Elsa Mertins. “Não aprendi nada, nem a letra A”, recorda com lamentação, contando dos castigos severos dos professores. O preconceito vinha inclusive daqueles que deveriam dar o exemplo e ensinar. A infância sofrida foi marcada pela carência de recursos financeiros. Faltava roupa, calçados e alimentos. Mas, uma lembrança guardada com afeto é dos amigos da época, Erno e Werner. Os dois se comoviam com a forma discriminatória com que Maria era tratada. Para acalentar o coração dela, presenteavam-na com fatias de pão com chimia durante o recreio. Depois disto, a mãe a retirou do educandário, sendo matriculada na Escola Estadual Rodolfo Von Ihering, onde aprendeu a ler e escrever. Nasceu em meio ao mato onde hoje fica o bairro Jardim do Prado. Foi naquela região que a mãe ajudou a formar a Vila África, redu-
to em que moravam famílias humildes em Taquara. Com recursos angariados, a comunidade construiu um barracão para realizar celebrações religiosas, como missas, batizados e casamentos. Os moradores fizeram uma festa para arrecadar dinheiro e construir a primeira igreja africana no município, mas todo o valor conquistado foi roubado. Com a abertura da ERS-115, as famílias foram realocadas em outros locais, como na rua Miguel Bauer. Com 11 anos, teve que trocar o lápis e papel pela rotina de trabalho. O primeiro emprego foi no Hotel Jaeger, onde fazia serviços gerais e passou a cuidar do filho de Ari e Arlete Jaeger, o Tito Livio Jaeger, recémnascido. Aos 13, entregava leite, mas o salário era muito baixo, e acabou trocando por uma vaga em uma residência de Igrejinha, responsável também pelos afazeres domésticos e babá. Depois, foi para uma empresa que produzia tinta. O emprego em um curtume de Taquara foi dos 14 aos 16 anos. A partir daí, foi contratada pela CRT, até os 22. Só saiu porque iriam
O centro recebe pessoas de diferentes ocupações, todos tratados como amigos pela anfitriã
transferi-la para Canela, o que era inviável, uma vez que havia casado recentemente com Euclides Pacheco, conhecido como Pirisa. O companheiro faleceu há 17 anos, em razão de apendicite aguda. Voltou ao mercado de trabalho aos 24, em um atacado do município. Depois, montou uma feira ambulante por três anos. Aconselhada por amigos, decidiu abrir um negócio
Na umbanda encontrou a paz de espírito Das quatro gestações de gêmeos, Maria perdeu três. Os seis filhos morreram antes de completarem um ano. Dos falecidos, a que mais durou foi Paula Celeste, até sete meses e 25 dias. Sobreviveram Paulo Roberto e Magda Aparecida, mas não sem antes o casal lutar pela vida dos rebentos, desenganados pela medicina. “Naquele tempo não tinha os recursos que existem hoje”, comentou. De outras duas gravidezes, nasceram Marli e José Vasconcelos. Segundo explicações, o que causava a morte logo após o nascimento é que Maria e Euclides teriam o mesmo tipo sanguíneo. Cada filho perdido era uma dor sem fim. Maria e Euclides estiveram à beira da loucura ao ver os recém-nascidos desfalecendo sem poder impedir a partida. Venderam dois terrenos para prover recursos médicos, mas nada adiantava. Após a morte de Paula Celeste, o marido fugiu de casa, sendo encontrado por conhecidos e levado até a residência dos pais dele, em Canela. Em Taquara, Maria, também estava emocionalmente abalada, mas precisava lidar com a saúde frágil de Paulo Roberto e Magda Aparecida. O menino, com pouco menos de dois anos, mas adoecido desde os seis meses, tinha
o corpo franzino, retorcido e mal se alimentava. Maria foi para a Serra junto do marido, com o filho enfermo. Lá, receberam a recomendação de que visitassem um curandeiro. Desconfiados, o casal relutou, pois já haviam contado com a ajuda espiritual de outros religiosos, mas nada resolvia. De madrugada, Paulo Roberto deu a impressão de que iria falecer. Maria suplicava pela vida do filho, implorando ao marido que aceitasse levar o pequeno até o benzedor. Os dois fizeram quatro viagens ao endereço daquele que poderia os ajudar, porém não encontravam ninguém em casa. Na última, decidiram que ficariam até ele aparecer. Quando o sujeito chegou, disse que não poderia fazer nada. Mas, Maria insistiu tanto que o curandeiro acabou cedendo às súplicas, aconselhando que buscassem recursos em um centro espírita indicado por ele. Lá, um senhor grisalho os atendeu, pedindo que voltassem na quarta-feira da semana seguinte, pois a sessão do dia havia encerrado há pouco. Maria estava temerosa de que o filho não fosse suportar. O médium Maurício Duarte, no entanto, tentou acalmá-la, dizendo que, ao
Cristiano Vargas
próprio, em frente a casa, quando deu início ao Bar Armazém Pacheco, de onde tirou o complemento da renda por 18 anos, até se aposentar. Durante toda a vida, conta ter sido vaidosa, com brincos e colares, além de turbante – exigência da umbanda – e unhas bem cuidadas. Ao acordar, gosta de se arrumar antes de tomar café da manhã. Vinda de família
chegar à casa dos sogros, receberiam um sinal de que as coisas iriam melhorar. Ao retornar, exaustos pelo dia de peregrinação, bateram à porta, e, ao ser aberta pela sogra de Maria, enxergaram Crédito uma luz. Crentes de que o filho havia falecido, ela desmaiou e o marido foi aos prantos. No entanto, o brilho que ofuscou os olhos do casal era de uma vela que a mãe de Euclides segurava, acendida para Nossa Senhora, e iluminava a casa, que havia ficado sem energia elétrica. Naquele dia, Paulo Roberto se alimentou, estava ativo, observando as outras crianças da casa, o que apaziguou os pais. Foram quatro idas ao centro espírita. Disseram que em duas semanas a criança começaria a caminhar. No Dia das Mães, o pequeno levantou da cadeira em que estava sentado e deu os primeiros passos em direção a Maria, que, emocionada e incrédula no que via, desmaiou. Os trabalhos continuaram na casa da família Pacheco, com a visita de Maurício. “Ele nos trouxe a paz de espírito.” A fama do médium se espalhou por Taquara, atraindo pessoas até o imóvel à procura de socorro. Aos poucos, ele começou a atender aos pedidos na cozinha de Maria. A movimentação no imóvel passou a
grande, formada por oito irmãos – Maria foi a quarta nos nascimentos –, ela também teve dez filhos, mas seis faleceram ainda recémnascidos. Também adotou, como os gêmeos Luiz e Luiza e André e Andreia, além de acolher as crianças da vizinhança. Hoje, tem orgulho dos 13 netos e oito bisnetos que ajudam a compor a história dela. “Graças a Deus, posso dizer que sou feliz.”
chamar a atenção de outros centros espíritas, que começaram a denunciar o caso como charlatanismo. Na época, o delegado de polícia sugeriu que fosse regularizada a situação junto a Federação Espírita e Umbandista do estado. Tirou do bolso um cruzeiro, dando a primeira contribuição para a campanha que arrecadaria fundos para a construção do Centro Espírita de Umbanda Pai Xangô. Também tiveram aqueles que doaram materiais de construção. Com a ajuda coletiva, o espaço de expressão de fé foi construído e inaugurado em 29 de setembro de 1969, no aniversário de Maria. “A terreira é pequena, mas lá em cima eu sei que ela é grande”, conta, apontando para o céu. O prédio atual, em alvenaria, foi construído há 22 anos. “Aqui passam médicos, advogados, vereadores, trato todo mundo como amigo”, ressaltou. A mulher que estudou até o quinto ano se autodefine “analfabeta para algumas coisas”, mas, quando o assunto é espiritualidade, ela leciona. Hoje é sócia vitalícia do Conselho Estadual da Umbanda e dos Cultos Afro-Brasileiros do Rio Grande do Sul, onde é conselheira. “Sou feliz e faço com que aqueles que se aproximem de mim se sintam acolhidos.”
Sonho de voltar a desfilar Maria sempre esteve envolvida na Escola de Samba Unidos da Pinheiro, fundada por Romeu Rosa (Búgio), assumindo a presidência da agremiação de 1996 até hoje. Durante sua gestão, conseguiram
terreno para a sede da escola, onde são realizadas todos os anos festas para as crianças. “Vamos continuar lutando para sair o carnaval”, contou ela, que sonha em voltar a desfilar ao som de bateria, plu-
mas e confetes pela Júlio de Castilhos. Outro desejo é oferecer oficinas aos pequenos e organizar um carnaval mirim. “Era bonito ver a criançada unida, brincando. É a continuação da escola.”
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Sinal da TV analógica será desligado até o dia 31 de janeiro no Vale do Paranhana Região faz parte do primeiro grupo de municípios gaúchos a migrar completamente para o digital REGIÃO – Os municípios do Vale do Paranhana fazem parte do primeiro grupo dentre os 89 gaúchos que terão o sinal desligado da TV analógica até 31 de janeiro, quando a transmissão passa a ser apenas digital. Na região Sul do estado, a mudança acontece a partir de novembro do próximo ano, e, na Central, em dezembro de RBSTV Parobé e Taquara Sinal ativo desde 2010. Canal: 45.1 Igrejinha Sinal ativo desde 2014. Canal: 47.1 Três Coroas Sinal ativo desde 2016. Canal: 45.1 Rolante Sinal ativo desde 2015. Canal: 31.1 Riozinho Não haverá cobertura pela RBSTV. SBT-RS Parobé e Taquara Engenheiro de São Paulo e técnico de Porto Alegre do SBT iniciaram, ontem, o levantamento técnico para ver os locais de instalação de antenas que retransmitirão o sinal digital. Taquara seria um dos primeiros municípios no estado a receber a conversão, mas houve problema na liberação da outorga do canal pela
Anatel. A licença está em nome da Prefeitura. Uma nova licença deve ser homologada junto ao governo federal. Igrejinha Canal com outorga pela Prefeitura. Três Coroas A Prefeitura, responsável pela outorga do canal, tem interesse no sinal digital. Rolante e Riozinho Não há cobertura nestas cidades.
2018. O restante terá prazo estendido até 2023. A transição está prevista desde 2006 pelo governo federal e pela Agência Nacional de Telecomunicaçãoes (Anatel), com o intuito de promover maior qualidade de imagem e som. Confira qual a situação das emissoras com sinal na região. Três Coroas Sinal previsto para operar a partir de janeiro. Canal: 22.1
Rolante Se pegar, será o canal de Taquara, 17.1.
Rolante Sinal ativo desde a última semana de novembro. Canal: 22.1
TV PAMPA Parobé e Taquara Está autorizada a construção do espaço que abrigará os equipamentos. Agora, será mandado orçamento para a emissora e dependerá de aprovação para começar os trabalhos. Os equipamentos, bem como a antena de transmissão, já estão comprados. Canal: 26.1
Riozinho Não está prevista a cobertura da Band-RS. CANÇÃO NOVA Parobé e Taquara Sinal está ativo desde o ano passado. Canal: 17.1
BAND-RS Parobé e Taquara O sinal está programado para operar a partir do final de dezembro. Os equipamentos já foram adquiridos, mas aguardam a entrega para a instalação. Canal: 22.1
Igrejinha Alguns lugares podem captar o canal 17.1 da retransmissão de Taquara.
Igrejinha Sinal ativo desde novembro. Canal: 23.1
Três Coroas Sinal está ativo desde ano passado. Canal: 17.1
Riozinho Não terá cobertura da Canção Nova.
Igrejinha Tem equipamento que irá para lá, previsto para início de janeiro. Apenas substituir os equipamentos e fazer a instalação da antena. Canal: 26.1 Três Coroas Ainda não há previsão de compra de equipamentos para o digital. Rolante e Riozinho Não tem cobertura.
Prefeitura Municipal de Taquara informa IPTU 2018
Pagamento em cota única 10 de janeiro 15% de desconto para quem estiver em dia com o imposto 5% de desconto para quem possui débitos anteriores Pagamento parcelado, iniciando em 10 de janeiro Em até 11 vezes, de janeiro a novembro de 2018, em parcelas não inferiores a R$ 74,95 Carnês disponíveis a partir de 22 de dezembro no Centro Administrativo ou pela Internet
A TODA COMUNIDADE TAQUARENSE, VOTOS DE ABENÇOADO NATAL! Prefeitura Municipal de Taquara |www.taquara.rs.gov.br | Telefone: 3541.9200
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PanoramaEntrevista
por Vinicius Linden
Em entrevista ao Jornal Panorama, o diretor do Lar Padilha, Fernandes Vieira dos Santos, comentou sobre as preocupações para o final de ano, principalmente com a diminuição dos repasses de prefeituras neste período e o aumento dos custos com folha de pagamento. Santos ainda fez um balanço deste ano, agravado pela crise financeira, que comprometeu o fluxo de caixa. Aproveitou para convidar a comunidade a comparecer à Noitada Cultural do Lar, que acontecerá neste sábado, a partir das 20 horas, em Padilha. Haverá ônibus gratuito com saída às 19 horas na unidade do Centro, na rua Marechal Floriano.
Fernandes Vieira dos Santos Diretor do Lar Padilha fala sobre o balanço do ano na entidade de Taquara e conta sobre o sistema de acolhimento.
• Como foi o ano do Lar Padilha? Foi um ano difícil, está sendo ainda de muita apreensão, de colocar os pés no chão. Cada passo que demos tivemos que pensar muito mais, não só em razão das dificuldades econômicas, mas de trabalho mesmo. Terminamos o ano com a equipe bem exausta, em razão de várias demandas internas, de muita instabilidade, que não permitiu a realização de muitos projetos, por mais que tínhamos um planejamento do que queríamos desenvolver durante o ano. • Quais foram as principais dificuldades? Fluxo de caixa é a principal delas, aquilo que não entra no mês que estamos esperando, principalmente os atrasos públicos, além de alguns projetos que fomos contemplados, como alguns até do ano passado, que ainda não recebemos o recurso. Pensávamos em receber no início do ano, para desenvolver durante 2017, e ainda não recebemos. Agora estamos empurrando para o ano que vem. Na semana passada, recebi a informação de que entraria o recurso agora, dia 20 de dezembro. A maior dificuldade é financeira mesmo, porque ela não deu muita tranquilidade para pensar nas outras pontas, que é a execução do trabalho, o monitoramento das atividades, o que foi planejado fazer. Em razão disso arrastamos para o segundo semestre um projeto que queríamos ter começado no primeiro, que é uma avaliação do nosso trabalho. Escrevemos um projeto com uma parceira, que é a FLD (Fundação Luterana de Diaconia), e ela contemplou o Lar com recurso para fazer este processo de reavaliação e discussão do nosso planejamento estratégico para os próximos cinco anos e o nosso projeto pedagógico. Queríamos ter feito desde o começo do ano, mas no primeiro semestre não deu para fazer, então começamos agora no segundo. Tivemos três etapas, a primeira uma avaliação externa das duas unidades, feita por uma pessoa que conhece o meio, faz uma análise bem fria, sem comprometimento. E começamos o processo de formação, com dois encontros, abordando direitos humanos em geral e especificamente para crianças e adolescentes. Foi um primeiro momento para todos os funcionários se situarem e partirmos, no ano que vem, para começar a discussão da política pedagógica. Esse, com certeza, é um dos aspectos mais positivos do ano, começar este processo, que é discutir qual será o futuro da entidade. Esse primeiro momento é interno, mas depois haverá um segundo, externo, em que faremos uma consulta a parceiros, como entidades, comunidade, amigos do Lar, que também poderão opinar. • Para esse final de ano, o que acontece nesse período no Lar Padilha? Final de ano é bem intenso. Começamos em outubro, quando temos dois grandes eventos, um deles a Oktoberfest, em que trabalhamos para arrecadação praticamente 10 dias, e a gincana de Dia das Crianças, que sempre acontece dia 12, mas esse ano teve que ser adiada e ocorreu dia 15 de novembro. E a partir daí as atividades se emendam uma à outra. Em novembro, as crianças terminam de ensaiar para o evento que acontece neste sábado, a nossa Noitada Cultural. Em novembro e dezembro ainda tem a preocupação com o sucesso escolar deles, temos que estar muito mais próximos, tentando várias alternativas diferentes para que realmente tenham êxito. Fazer tudo isso no mesmo mês em que também é um período de muitas audiências das crianças, isso retira nós de dentro da instituição, se torna um mês bem agitado. Ademais que em dezembro ainda há um incremento muito grande de visitantes e doadores, temos que dar essa atenção às pessoas. • Esse período de festas libera as crianças? De toda essa movimentação, o aspecto mais importante
é a ansiedade que muitos têm de, talvez, passar um período em casa nesse final de ano. Em outros anos já tivemos mais sucesso, agora, neste ano, temos percebido bastante dificuldade de promover este retorno, em razão de que trabalhamos mais com adolescentes, que têm dificuldade maior de promover o retorno para a família, devido aos laços já estarem bem rompidos. Às vezes, as famílias também estão em uma situação muito difícil para receber eles e, então, essa é a maior apreensão de dezembro. As audiências dão o norte disso, de quem vai poder passar ou não as festas com as famílias. Nem todos têm audiências, era importante que tivessem, mas algumas comarcas não têm feito. A comarca de Taquara, nesse sentido, é exemplar, sempre faz audiências a cada seis meses, o que a lei exige. Algumas outras têm feito também, mas não todas. Isso causa uma tensão muito grande. Tem crianças que estão há um certo período acolhidos que nunca tiveram uma audiência. • Quantas crianças estão em cada uma das unidades? Hoje nós temos 19 aqui no Centro e 74 em Padilha. Isso muda quase todo dia. Nessa reta de final de ano mais ainda, em razão das audiências, que acabam fazendo o desligamento, que é quando a criança pode retornar para casa, ser adotada, entre outras medidas. Como há esse giro de saída, muitos municípios têm uma demanda reprimida. Há situações que necessitariam do acolhimento, mas não há vagas, então quando sai um já está se esperando para trazer outra criança. Esse é o momento que estamos vivendo. Temos mantido essa faixa entre 90 e 100 crianças durante o ano, o que é um número muito alto, queremos diminuir, estamos fazendo um esforço para isso. • O que seria o ideal? O ideal é 80 no máximo. • O que motiva o excedente? A resposta é complexa, mas em anos que estamos vivendo um período de crise, isso também contribui, pois voltamos a receber crianças que vêm por dificuldades econômicas, o que não é o normal acontecer. Nestes dois últimos anos, por exemplo, voltamos a receber crianças em que o motivo é a falta de condições econômicas da família, o que o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) preconiza que não deveria ser motivação, pois os serviços de assistência social dos municípios deveriam dar conta. E quando há uma crise como essa, aquela faixa da população que está no limite cai, desce um degrau, onde não consegue mais sustentar, e aí fica muito próximo da violação de direitos. Ou seja, falta alimento, dificuldade com a escola, entre outras. São situações que aumentam o acolhimento. Não estou me referindo apenas a Taquara, mas, quando não conseguimos dar atenção na básica, que é a prevenção, estoura lá na alta complexidade, que é o acolhimento. • Qual é a característica das duas casas? Na casa do Centro, na rua Marechal Floriano, a opção que fizemos é de atender de zero a oito anos, a primeira infância, principalmente em razão de conjuntos de irmãos. No Centro também funciona a República. E, em Padilha, dos oito aos 18 anos, com casas mais voltadas aos adolescentes, tendo outro foco de atendimento. • Depois dos 18 anos, o que acontece? Aí cada caso é individual. Para alguns, aqueles que têm condições de retornar, temos que promover o retorno ao convívio familiar. Para aqueles que estão com nós cerca de 10 anos acolhidos, que já perderam o vínculo familiar em razão dele nunca ter sido muito positivo, oferecemos a República, desde que se adequem às nossas condições e regras. O básico é trabalhar e estudar. Neste ano, tivemos bastante dificuldade de arrumar trabalho, pois não foi um ano fácil. Temos quatro meninas e
quatro meninos hoje, e seis estão trabalhando. Temos um menino e uma menina que não estão empregados, estavam, mas terminaram seus contratos. Não dá para simplesmente abrir a porta e jogar essas pessoas no mundo, pois se jogaria todo um trabalho fora. Então, na República, os jovens que aceitam as regras ficam ali até que consigam caminhar sozinhos. Para nós é motivo de orgulho, temos uma menina que está na República trabalhando e cursando Publicidade e Propaganda na Faccat. • Como tem sido o apoio da comunidade? Temos sido muito felizes. Em relação à comunidade de Taquara e região não há do que reclamar, pois se você ficar meia hora na casa do Centro, alguém chegará nesse intervalo trazendo alguma doação. Recebemos muitos itens de alimentação, higiene e limpeza, roupas, brinquedos, móveis, entre outras. Não temos equipe para conseguir dar a atenção que as pessoas precisam. Tentamos montar, mas sempre tem um atendimento aos acolhidos, acaba que temos pouco tempo de atenção a esse pessoal, a quem somos muito gratos. • Quais são as principais necessidades? É muito sazonal. Nessa época do ano, a primeira coisa que pedimos é dois empregos para esses dois jovens da República. Em segundo, com certeza, dinheiro, em razão de que novembro, dezembro, janeiro e fevereiro é um período em que despenca a entrada de verbas das prefeituras. Em março, isso volta a normalizar. Mas, é o período em que, ao mesmo tempo em que cai muito o recurso, temos praticamente duas folhas a mais, que é o décimo terceiro e as férias do pessoal. Isso acaba tendo um custo muito maior do que o normal. É um período também, principalmente em dezembro, janeiro e fevereiro, que tentamos fazer alguns passeios com as crianças, o que gera mais custos do que o normal. Em terceiro, para quem não pode fazer doação em dinheiro, pedimos para vir na semana conversar, fazer o contato e verificar as necessidades, que também são divulgadas, na medida do possível, na página do Lar no Facebook. O que podemos pedir sempre, que não é problema pela data de validade, é material de higiene e limpeza. Roupas, hoje, não temos condições de receber, pois não há espaço de armazenamento. Temos feito os brechós em outros municípios e em Padilha, apenas evitado realizar em Taquara para não atrapalhar os eventos de outras entidades. • Como as parcerias ajudam? Depois do poder público e dos projetos, essas parcerias bem pontuais, com Lions, Rotary, igrejas, comunidades, empresas, funcionários de companhias, entre outras, são fundamentais no orçamento do Lar. Fizemos a Oktoberfest com 50% de voluntários externos, em um evento que rendeu R$ 20 mil para o Lar, no repasse da festa e nos lucros com a venda dos lanches. • Fale-nos sobre a Noitada Cultural que acontece neste sábado: A noitada já acontece há muitos anos no Lar. Nasceu de uma expectativa que se tinha de mostrar para as famílias das crianças o resultado daquilo que elas desenvolviam durante o ano. E, com os anos, o evento cresceu, e temos muitos talentos no lar. Nós colocamos um ônibus à disposição, que passa às 19 horas aqui na casa do Centro, na Marechal Floriano. Toda a comunidade é convidada, as escolas, parceiros, voluntários, amigos do Lar, os moradores de Padilha. A Noitada deste ano vai ser um pouco diferente, tendo uma linha temática. Vamos abordar as questões de gênero, até porque em torno de 80% das crianças que estão conosco são fruto da violência doméstica. Fica o convite para este sábado, a partir das 20 horas, na sede do Lar Padilha, no interior, a Noitada Cultural.
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Justiça Federal determina afastamento do Instituto Vida do Hospital de Taquara TAQUARA - A assessoria de imprensa da Justiça Federal no Rio Grande do Sul confirmou, na tarde desta quinta-feira, que foi determinado o afastamento do Instituto de Saúde e Educação Vida (ISEV) da gestão do Hospital Bom Jesus, de Taquara. A medida foi tomada a pedido do Ministério Público, que, em agosto, ingressou com uma ação civil pública apontando irregularidades na contratação do gestor do hospital e problemas de atendimento. Um acordo foi feito e criou o Conselho de Acompanhamento de Gestão do Hospital, que teria prazo de atuação de quatro meses, mas, como Panorama mostrou na edição impressa da última sexta-feira, o próprio Conselho denunciou ao Ministério Público o descumprimento deste acordo. Conforme a assessoria da Justiça, foi nomeado o Instituto Silvio Scopel, de Cerro Branco, para a gestão do hospital. Em setembro, este Instituto chegou a ser apresentado pelo Conselho Municipal de Saúde de Taquara como entidade interessada em administrar o Bom Jesus. Além disso, a Justiça determinou o bloqueio nas contas do Instituto Vida, relacionadas a Taquara, a fim de assegurar o atendimento local. A assessoria de imprensa informou que mais detalhes da decisão serão divulgados ainda na tarde desta quinta-feira, como as fundamentações que levaram à determinaçao. A Prefeitura de Taquara terá 180 dias para organizar um chamamento público a fim de contratar uma organização social para gerir o hospital, enquanto o governo do Estado terá que realizar uma auditoria contábil e médica na gestão do Instituto Vida em Taquara
POSIÇÃO DA PREFEITURA
Contatado pelo Jornal Panorama, o prefeito Tito Lívio Jaeger Filho informou que, assim que tomou conhecimento da decisão, na manhã desta quinta-feira, revogou o direito de uso do prédio por parte do Instituto Vida, a contar da próxima segunda-feira, dia 18. A data foi estipulada, segundo Tito, na decisão judicial para a entrada da nova entidade gestora do hospital. Tito disse que a decisão será acatada pela administração, que nunca teve preferência por qualquer entidade, sempre buscou uma instituição que pudesse assegurar o atendimento à comunidade. Segundo o prefeito, ainda nesta sexta-feira, a Prefeitura deverá buscar contato com o Instituto Silvio Scopel, a fim de estabelecer a logística para assegurar a entrada da nova entidade gestora no Hospital. O prefeito voltou a afirmar que a administração não é a contratante dos serviços do Hospital, e sim o governo do Estado. Apenas é proprietária do prédio, que cede à entidade indicada pela gestão gaúcha para gerir a casa de saúde. “Não temos preferência por instituto nenhum”, assegurou Tito. O prefeito frisou que a administração municipal fará sempre de tudo para assegurar um atendimento de qualidade no hospital. Tito informou, ainda, que nomeou uma comissão de servidores munici-
pais que fará um levantamento de bens do Bom Jesus, a fim de garantir a manutenção de tudo o que foi comprado com dinheiro público na casa de saúde.
POSIÇÃO DO ISEV
Em nome do Instituto Vida, manifestou-se, nesta quinta-feira, o advogado Aloísio Zimmer. Segundo ele, a instituição vem dialogando com o Ministério Público e com a Secretaria Estadual de Saúde para aperfeiçoar o seu trabalho, tendo a Promotoria apresentado uma postura mais crítica, enquanto o Estado entenderia que o ISEV realiza um bom trabalho. Zimmer disse que, na interpretação do Instituto, a decisão judicial foi precipitada, porque coloca em risco as pessoas. Para tanto, o ISEV recorrerá ao Tribunal Regional Federal da Quarta Região (TRF-4), ainda nesta sexta-feira, e aguarda uma posição no final de semana, para tentar derrubar a liminar. O advogado afirmou que a sociedade e a imprensa de Taquara devem fazer uma reflexão sobre as dificuldades que estão sendo encontradas pelo ISEV e que o próprio Sistema de Saúde Mãe de Deus sofreu na gestão do Hospital Bom Jesus, principalmente analisando a postura dos médicos locais. “Tenho certeza de que, sairá o ISEV, e os problemas vão continuar os mesmos”, disse. Segundo ele, o ISEV entende que o hospital “não é um restaurante” e não pode ser fechado repentinamente. Quanto aos questionamentos feitos à gestão, Zimmer reforçou que o Instituto vinha tratando com o Ministério Público e a Secretaria Estadual de Saúde.
COLETIVA DE IMPRENSA
Nesta semana, o Instituto Vida chegou a realizar uma coletiva de imprensa para rebater informações sobre o Hospital e apresentar dados. Também anunciou um serviço de teleneurologia, que seria implantado a partir da próxima segunda-feira. A coletiva foi realizada pelo coordenador regional do Instituto, Fabiano Voltz, e a diretora-geral do hospital, Vera Regina Leitzke Martins Neto, acompanhados do diretor-adjunto da casa de saúde, Marcelo Sottana. Conforme os dados, o hospital possui o maior quadro de funcionários de toda a rede do ISEV, com 235 em novembro. O salário, porém, está atrasado, tendo sido pago 40% do valor referente à novembro. A intenção era efetuar o pagamento com recursos a serem repassados pelo Estado hoje. Contudo, a decisão da Justiça, possivelmente, mudará esta situação. Os médicos de urgência e emergência receberam a folha de setembro e outubro. Na coletiva, os diretores sustentaram que o ISEV contratou urologista e estaria providenciando quatro pediatras, obstetras e anestesistas. Sobre as recomendações do Conselho Regional de Medicina (Cremers), disseram ser impossível atender às mudanças físicas em um curto espaço de tempo. O Cremers informou que o Hospital está sob indicativo de interdição ética.
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Portas abertas para o Natal Moradores mantêm tradição na decoração natalina há gerações PAROBÉ – As micro lâmpadas natalinas brilhantes na parte externa da residência do casal Denise Müller e Odair Toledo, na rua Emília Mosmann, no Centro, chamam a atenção de quem passa em frente. Mas, é no interior do lar que está pujante a essência do Natal. As peças decorativas espalhadas pelo imóvel refletem o desejo de acolhimento e paz dos moradores, apaixonados pela data que celebra o nascimento de Jesus Cristo. A decoração da residência em estilo colonial começa aproximadamente 45 dias antes do Natal. Com os trabalhos adiantados, os moradores recebem visitas de amigos e familiares. “Papai Noel sempre deixa pirulitos para as crianças”, comenta Denise. O marido Odair brinca, dizendo que é ele o responsável pela assistência técnica das luzes e dos enfeites que exigem instalações. São mais de 30 papais noéis grandes, fora os muitos outros que lembram a figura do “bom velhinho” em vários objetos. O gosto por decoração em datas especiais vem de família. Denise recorda a infância, quando os pais, Telmo Lauro Müller e Hanni Müller, se esmeravam para tornar as comemorações de Páscoa e Natal em momentos de ludicidade e magia. Desde que teve a casa própria, passou a dedicar tempo aos enfeites. Foi neste ambiente afável que ela e o marido criaram os filhos Carolina Müller, hoje casada com Marcelo Buratto, e mãe do pequeno Lucca Müller, e Fernando Müller, casado com Paula Cardoso, e pai de Isabelli Cardoso Müller. Alguns enfeites foram da bisavó de De-
nise, outros dos pais dela, como o presépio comprado 70 anos atrás no primeiro Natal dos genitores na casa própria. As relíquias herdadas conservam o amor de quem cultiva há décadas o espírito natalino. Muito além de peças, representam para o casal a crença em um mundo melhor. Todos os anos, adquirem algumas novidades. Em viagens, quando encontram algo que possa enriquecer o acervo pessoal, não titubeiam em adquiri-lo. Também há alguns presentes de amigos. Apesar da grande quantia de peças espalhadas pelos cômodos da casa, inclusive no banheiro, a decoração é visualmente agradável, bem organizada, refletindo a atenção e o capricho aplicados por Denise, que também enfeita a residência para a Páscoa. A aproximação do Natal traz expectativa à ela. “A alegria dobra neste dia”, salienta. A ceia com a família acontece no lar do casal, dia 24. Às 18 horas, Papai Noel faz a visita para entregar os presentes aos pequenos. “O clima é de família”, reforça. Denise é uma pessoa de natureza altoastral, como ela mesma se define. Muito sorridente, transmite alegria, leveza e acolhimento em cada palavra. Tal qual é a casa: simples, porém transbordante de calor humano e bons sentimentos. A felicidade maior dela e do marido é proporcionar o encantamento daqueles que se emocionam com a decoração. Ela reflete que há muitas coisas ruins acontecendo na rua, mas, por outro lado, com a decoração alusiva, “tornamos nossa casa em um local de paz”.
Netos Lucca e Isabelli na árvore da família em Parobé
Luzes que iluminam residência chamam atenção de quem passa na rua
Experiência de vida do casal Denise e Odair influenciou no gosto pela decoração
Sala de estar é revigorada com enfeites natalinos
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Que a magia nunca acabe! O Natal de 1964 traria uma informação desconfortável para Tibúrcio Grings, na época com 15 anos. Após aguardar durante dias a chegada do Papai Noel, a mãe, dona Erna Grings, revelou ao adolescente que o “bom velhinho” se tratava de uma invenção criada para encantar e presentear crianças bem comportadas. “Eu gostava muito dele. Prometi a mim mesmo que faria minha parte para que esta lenda nunca acabasse”, relembra o empresário, hoje aos 68 anos. A inocência sobre a figura do Papai Noel fez com que Tibúrcio conservasse a magia do Natal, data que até hoje o revigora. No ano seguinte à revelação, tratou de encaminhar tecido a uma costureira, encomendando a primeira roupa para incorporar, ele próprio, o personagem atrelado a São Nicolau, religioso conhecido pela boa ação às crianças e aos menos favorecidos. Caracterizado, saía às ruas, sendo convidado por famílias para entregar presentes. Já participou de eventos pelo Lions Clube e pela Prefeitura. Há mais de 30 anos, inseriu a família nos trabalhos. A comitiva atual conta com o apoio da mulher Dania Weber Grings, com quem está casado há 42 anos, e dos filhos Michel Guto Grings e Cristine Camila Grings Nogueira. A entrega dos brinquedos também tem ajuda da nora Maria Verônica Grings, do genro Eduardo Perez Nogueira e dos netos Maria Eduarda Grings, Isadora Grings Nogueira, Lucca Grings e Valentine Grings Nogueira – estes dois, pela primeira vez neste ano. Os pequenos são vistos como “sementes” para dar continuidade aos trabalhos no futuro. “Para mim, isso é muito gratificante”, conta, ao expressar o sentimento
por ver os familiares seguindo seus passos. A ideia de doar brinquedos no lugar de doces veio há quase 20 anos. Quando estava prestes a se aposentar, Tibúrcio decidiu que usaria o valor do benefício na campanha solidária de final de ano promovida por ele. Estipulou uma meta de brinquedos a comprar e, quando o valor ultrapassasse ao reservado, completaria com doação do posto de combustíveis Alles Blau, do qual é proprietário. No aniversário de 60 anos, em 2009, pediu de presente brinquedos ou em dinheiro, utilizado para o Natal daquele ano. A ação, inicialmente, era realizada apenas em Igrejinha. A partir de 2008, também ampliou para outros municípios da região. Neste ano, será no dia 16, passando por Igrejinha, na parte de manhã, Parobé, Taquara e Três Coroas, à tarde, com paradas em escolas e locais de costume. No início do mês, os pontos foram visitados pela organização do evento. Além do caminhão usado para transportar os brinquedos, a carreata natalina também conta com pelo menos cinco carros de apoio e aproximadamente 20 “duendes” voluntários. Em cada parada, uma surpresa. O Papai Noel de Tibúrcio usa óculos e gorro, mas não tem barba, o que chama a atenção das crianças. O empresário explica aos pequenos que ele é um ajudante, que está auxiliando com a entrega das encomendas. A equipe organiza as filas para a entrega dos presentes. Mas, antes, ele conversa com as crianças, fazendo com que elas reflitam sobre o sentido do Natal. Os mais de seis mil brinquedos que serão distribuídos em 2017 foram pesquisados e comprados pelo
Entregas ganham reforço da família. Na foto, Tibúrcio, a filha Cristine e a Isadora
Fotos: Augusto Lehn
Tibúrcio, entre as crianças, tem o carinho delas como a maior recompensa próprio Noel, que encomenda direto com os fornecedores e fecha os pedidos. Todos os anos, conta buscar novidades para agradar à criançada. Os brinquedos adquiridos contemplam crianças de zero a dez anos, jamais incluindo armas, espadas ou quaisquer outros tipos que estimulem a violência ou possam machucar. Também não compra sem saber a origem e ter certificação de qualidade. Juntamente com os brinquedos, distribui escovas de dente infantis, doadas pelo dentista Dr. Laerte
Schenkel. Apaixonado pelo Natal, Tibúrcio fez o possível para conservar a crença dos filhos no Papai Noel. Tanto que, na infância deles, deixou de se caracterizar como tal para acompanhar a reação de Cristine e Michel com a chegada do “bom velhinho”, garantindo a identidade em segredo. “Tudo o que vivemos, conseguimos mudar através das crianças, mostrando outros caminhos para elas”, reflete. “Natal representa vida nova, esperança de um mundo melhor. É a época mais bonita do ano.”
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Com
Os jovens “bons velhinhos” Eles estão longe de terem barbas ou cabelos brancos, tampouco estão gordinhos ou com rugas no rosto. Em comum com o Papai Noel, o que os voluntários do Natal Solidário de Igrejinha têm é a felicidade pela alegria das crianças. Desde 2012, o grupo reúne jovens entre 20 e 35 anos para arrecadar, organizar e distribuir pacotes de doces em bairros carentes do município. Tudo começou com Fabio Rodrigues da Rocha, 24 anos, quando ele ainda tinha 19. Jovem, porém ansioso por realizar algo que beneficiasse os menos favorecidos. Desde pequeno, conta que participava das entregas de balas, pirulitos e brinquedos que outros grupos faziam. “Cada ano que passava, eu alimentava mais a ideia de criar tal projeto para ajudar a levar alegria às crianças de nossa cidade”, recorda.
Voluntários nos preparativos para iniciar a carreata
A ajuda para o primeiro ano veio de amigos e alguns familiares, arrecadando pouco mais de 40 quilos de balas e pirulitos. Em 2016, já estavam com a quantia de 200 quilos de doces. “Nosso voluntariado é grande e envolve pessoas de várias cidades, como Alvorada, Porto Alegre, Canela, Gramado, Santa Maria, Morro Reuter, Taquara e Três Coroas”, reforça. A lista passa de 100 colaboradores espalhados pelo estado. As atividades dos voluntários ocorrem em todos os bairros do município, partindo do CTG Os Tauras da Colina, no Viaduto, na manhã do dia 25 de dezembro em carreata. De carro aberto, a música natalina e as buzinas vão avisando a aproximação do Papai Noel. Fabio conta que os idosos ficam tão felizes quanto as crianças. Com o passar do tempo, a iniciativa foi recebendo importante apoio de Gabriele de Oliveira – noiva de Fabio –, Oberdan Kieling, Cintia Boes, Vinicius Ariel, Rogerio Rocha, Susamara Anchieta, Arlindo Rocha e Celita Rocha. Este ano, o projeto não fará a 6ª edição por falta tempo a alguns integrantes da equipe. Os pedidos de doações são sempre feitos em balas e pirulitos, e nunca dinheiro. No entanto, aqueles que, por falta de tempo, apenas conseguem ajuda financeira, são divulgados pelas redes sociais, como forma de prestar contas. Cada voluntário também ajudava a buscar novos doadores, colaborando com a quantia de R$ 50 em produtos. “Fizemos novas amizades e conquistamos nosso espaço na cidade”, conta Fabio, lembrando que a iniciativa inspirou outros a promover o Natal a crianças carentes. Fabio também já vestiu a roupa de Papai Noel, na época, emprestada por um amigo. Depois, a família adquiriu um traje sob medida para ele, que também recebeu a doação de um coturno de um policial rodoviário de Gramado. A primeira vez, conta ter sido emocionante. “Era um dia de céu limpo e sol muito forte”, recorda. “O calor quase derrubou todos, as fantasias eram grossas e pesadas, não dava para respirar direito.” Com pouca quantia de balas e pirulitos, passaram, mesmo assim, em todos os bairros, mas sem conseguir atender todas as crianças. A maior recompensa do voluntariado, conforme Fabio, é ver o sorriso dos pequenos. “Nossa equipe sempre foi forte e unida, nosso grupo, o único na cidade a contar com Papai e Mamãe Noel”, destaca. Para ele, o Natal é traduzido em apenas uma palavra: magia! “Está presente em tudo, no amor, na alegria, na felicidade, na emoção e na paixão por fazer parte de algo tão bacana, como o nosso projeto.”
Sexta-feira, 15 de dezembro de 2017
munidade
Papai Noel motociclista e gaudério
Arquivo pessoal
A motocicleta CG 125 utilizada para trabalhar com anúncios de rua por Paulo Francisco Ew, 52 anos, ganha missão especial com a aproximação do final de ano. A caixa de som fixada na garupa é embrulhada em papel de presente e, na condução do veículo, Papai Noel troca as famosas renas pelo som motorizado sobre duas rodas. É assim há 19 anos, quando Paulo, por iniciativa própria e com o apoio da mulher Rita Lúcia de Souza, com quem está casado há 27 anos e tem a filha Paola Souza Ew, 17 anos, decidiu incorporar o “bom velhinho”. A primeira vez como Papai Noel foi quando ainda morava com a esposa em São Francisco de Paula, de onde é natural. A companheira lembra que o casal havia perdido três filhos ainda durante a gestação. Como sempre gostaram de crianças, decidiram fazer algo por elas. Rita, mesmo sem ser costureira, confeccionou a primeira roupa com tecido comprado por eles. A máscara foi adquirida em Porto Alegre. Caracterizado, Paulo relembra que os vizinhos passavam por ele na rua, mas não o reconheciam. Também recorda a alegria das crianças, desacostumadas a ver aquele tipo de figura por lá, ao receber as balas que fez questão de entregar na mão de cada uma. O roupeiro do Papai Noel tem três casacos, dois pares de luva, cinto, bengala, sino, bombacha e bota de couro, como típico gaúcho serrano. A ação é realizada em bairros mais carentes de Parobé, Igrejinha, Taquara e São Francisco de Paula. “Sempre fiz por conta, mas quem quiser, pode ajudar”, fala, ao divulgar o telefone 9967.32194 para quem estiver interessado em doar balas. Quando tinha restaurante, já em Taquara, contava com apoio de fornece-
Paulo e a filha Paola, quando criança, em muitos dos Natais em família
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dores. Na frente do estabelecimento, instalava brinquedos para a criançada se divertir. Também faz apresentações para entidades e empresas, cobrando o cachê em doces para distribuir no Natal. Quando coloca a roupa, entra no personagem, contando que “peço a Nossa Senhora Aparecida e a Deus que me iluminem, agradecendo pela oportunidade”. O calor embaixo da fantasia é superado pelos abraços, beijos e sorrisos conquistados durante o trajeto. “O sorriso de orelha a orelha das crianças é lindo de ver. Não tem dinheiro que pague”, salienta. Na abertura do Natal Mágico de Taquara, chamou a atenção da plateia junto ao Consulado Colorado. Sempre fez os trajetos de motocicleta, com o saco de balas no tanque de gasolina. Carro apenas quando está chovendo ou a família desejar participar. O encantamento da filha pela disposição do pai em promover a iniciativa extravasa. “Tenho muito orgulho dele”, afirma, lembrando que “a partir do momento que eu consegui subir na moto, queria acompanhar ele. Ficava brava quando não me levava junto”. Paola e Rita ajudam na montagem dos pacotes de doces. Compreensivas, as duas garantem não ficar magoadas por Paulo passar os dias 24 e 25 na rua, pois sabem que ele está fazendo o bem a outras pessoas. “Natal, para mim, é levar a felicidade para as crianças”, ressalta Paulo.
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A corrente natalina da Família Melo A semente de solidariedade plantada há 21 anos por Eclair Melo vingou, cresceu e deu frutos. A ação de final de ano voltada a beneficiar crianças carentes no dia de Natal hoje é seguida pelos filhos Eclair Melo Filho, 30 anos, Bruna Melo Carvalho e Kátia Melo, 26 anos, e esposa Rosane de Oliveira Melo, 52 anos, além de muitos amigos. Tudo começou no Natal de 1996. Na época, Eclair tinha uma fábrica de móveis e, certo dia, soube que o depósito da loja de um cliente havia incendiado, danificando a embalagem de alguns brinquedos. Sugeriu, então, que os produtos fossem doados para crianças carentes, já que não poderiam ser comercializados. O empresário convidou André Lanz, funcionário naquele período, para ajudar na distribuição dos presentes, juntamente com pacotes de balas montados para a ocasião. Enquanto Eclair pilotava a Belina da família, André, vestido de Papai Noel, distribuía os presentes pelo porta-malas do carro, auxiliado por Eclair Filho, Bruna e Kátia, sentados no banco de trás. Foram cerca de 150 cestas doadas. A quantia foi pouca para o número de crianças que queriam ser agraciadas. O empresário, como recorda a esposa, ficou tocado, e disse que continuaria a ação nos próximos anos, o que se concretizou. O evento cresceu e conquistou voluntários. Em 2016, foram arrecadados mais de R$ 22 mil pelo empenho e organização de um grupo criado há três anos no WhatsApp. Com o valor foi possível distribuir mais de 1,2 mil conjuntos de materiais escolares, 120 cestas básicas de alimentos, 1,2 mil kits de guloseimas e cinco mil picolés para crianças carentes dos bairros Mundo Novo, Campestre, Medianeira, Tucanos, Aimoré e Empresa. O mutirão para montar os pacotes reuniu mais de 40 pessoas. A carreata com carro de som, caminhão e automóveis movimentou as ruas. Eclair foi diagnosticado com câncer de próstata em 2006. Ainda assim, não deixou de fazer a boa ação de todos os finais de ano. Em 2008, a pedido dele, os familiares realizaram duas festas extras, uma na Páscoa e outra no Dia das Mães. Os eventos solidários, com atividades gratuitas à população, tiveram o envolvimento e a criatividade de Eclair, que, mesmo debilitado pela doença, enfrentando as quimioterapias, ajudou nos preparativos e esteve presente nas confraternizações. Lembrado pela origem humilde e disposição para fazer
o bem, ele partiu no dia 28 de janeiro de 2009, aos 45 anos, deixando para familiares e amigos o legado de compaixão ao próximo. Continuar a ação no Natal foi um desejo de Eclair atendido pela família. O filho assumiu a organização do evento, reunindo voluntários, planejando toda a execução das atividades. Kátia foi a Papai Noel a partir de 2009, contando com apoio da irmã Bruna e da mãe Rosane. Suportou o calor escaldante sob a fantasia o quanto pôde. Peregrinou com carreatas que duravam quase cinco horas. De contrapartida, recebeu o afeto, carinho e acolhimento de crianças e adultos pela rua. “A maior recompensa é nossa. É ver o sorriso, a felicidade delas em ser lembradas. Tiramos muitas lições destas experiências”, ressalta Bruna. Até hoje, quando os pequenos os encontram na rua, abraçam e beijam, em demonstrações de gratidão espontânea. Há três anos, a família lembra que o trabalho ganhou ajuda do casal Paulo Schneider e Andréa Marcos, que conseguiram doação de materiais escolares e valores em dinheiro e ajudavam na confecção e distribuição dos kits. Nestas mais de duas décadas de atividades, também agradecem o apoio de voluntários como André
Almeida, Cassia Machado, Paola Almeida, Edson Melo, Ana Laura Benetti, Luiz Henrique Schein, Vladimir Meller, Ivete da Motta, Adriani da Motta Meller, Sabrina Meller, Rômulo Campana, Rodrigo Fagundes, Tiago Fagundes, Lia Santos, Karine Rodrigues, Leonardo Rodrigues, Daniele Kaiser, Kellen da Rosa, Naide Matias, Dario Baaklini, Denise Baaklini, Fabiano Rodrigues, Reniel Carvalho e Marcelo Braga, dentre outros que sempre se dispuseram a contribuir. O evento de 2017 acontecerá dia 24, no mesmo trajeto de outros anos, com os mesmos kits. Os cômodos da casa da família Melo começavam a ficar abarrotados de doações a partir de setembro. Rosane lembra que, em razão do envolvimento na atividade, a decoração da residência fincava em segundo plano. “Parece que se não fizéssemos aquilo, não era Natal”, explica, ao recordar que a família nunca planejou viagem para a data, reservada para a solidariedade.
Neste ano, 40 voluntários ajudaram a montar os kits de comida, materiais escolares e doces
Arquivo pessoal
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Comunidade
Papai Noel por vocação
Kátia Melo Fotografia
te na atividade seguinte. João também é O que era para ser uma participação voluntária para parceiro. “Tento mostrar para ele o quanto animar uma festa de Natal tornou-se uma grande paixão. é importante fazer algo espontâneo, sem O consultor de vendas Daniel Ferreira, 43 anos, explica os interesse em receber algo em troca. Com isso, motivos de tanto carinho por ser Papai Noel: “Quando você recebemos o carinho de verdade.” Quando o vê a felicidade de uma criança, aquela emoção pura, não tem filho era criança, Daniel conta que tentava mandinheiro que pague. Só quem faz isso sabe o sentimento que ter o mistério sobre a identidade do Papai Noel, nos proporciona”, reflete. Desde 2006, faz atividades em vários sendo descoberto aos poucos. bairros, escolas e festas. O maior retorno para ele é transmitido nos abraços, Natural de Marcelino Ramos, na região Norte do estado, Daniel beijos e agradecimentos das crianças. “É uma energia muiatualmente mora em Novo Hamburgo, mas viveu 39 anos em Taquara com to gostosa. Fico feliz em poder proporcionar isso”, externou, ao a mulher Janaina Valle, com quem está casado há 21 anos e tem o filho João lembrar que o Natal, para ele, sempre significou união, carinho e amor. Vitor, 13 anos. A primeira vez como Papai Noel, há 11 anos, foi a partir de um acordo com os amigos Paulinho e Toninho Rosa, da Empresa Car, que promovia festas para famílias carentes no bairro Empresa. “Peguei gosto pela coisa”, conta, lembrando ter recusado pagamentos para animar festas particulares. Arquivo pessoal Outro convite na época foi da cunhada Carla Silveira, então diretora da Escola Municipal de Ensino Infantil Tia Bete, no bairro Santa Maria. A roupa usada nas primeiras vezes foi emprestada de um amigo, mas Daniel nunca a devolveu. Ser Papai Noel foi algo natural para ele, sem nervosismo. “Gosto muito de crianças, então foi tranquilo”, afirma. No último Natal, acabou atrasando a ceia em família por que tinha muitos pedidos de entregas de presentes em residências e atividades que o requisitaram. Em 2016, foram várias festas, 12 escolas e muitas casas visitadas, tanto que é impossível quantificar o número de crianças alcançadas. “Onde precisar do Papai Noel, eu vou.” Muitos lugares são de última hora, como lembra. Os únicos agendados são os eventos, como a festa para as crianças do Quilombo do Paredão, realizada hoje. O calor da roupa é superado pela satisfação em fazer o bem. “São crianças que realmente acreditam no Papai Noel. O brilho nos olhos delas é algo que não tem explicação”, pontua. As famílias também ficam emocionadas ao ver a alegria proporcionada aos filhos, realizados com pacotes de doces, que, embora simples, talvez não tivessem condições para comprar. As guloseimas são adquiridas por doação, em algumas vezes com recursos próprios e ajuda da mãe, dona Zila, e dos irmãos. A família o apoia na ação. A mulher, inclusive, cuida das peças de roupa do Papai Noel, lavando-as a cada vez que o Daniel em atividades com crianças marido chega a casa, para que possa ser usada novamendo interior de Taquara
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Foto: Cristiano Vargas
O clima de Natal segue na região - Em Taquara, o desfile de bike foi realizado no último dia 7 e, ontem à noite, houve o desfile pet e apresentação do Coral Viva a Vida. A programação do Natal Mágico se encerra na próxima quinta-feira, dia 21, com show da cantora lírica Isadora Apollo. O Papai Noel também estará na praça recebendo doações de brinquedos para a distribuição a instituições do município.
Divulgação/Magda Rabie
Desfile de bike, na semana passada, foi uma das atrações do Natal Mágico
- Em Rolante, a programação "Um Doce de Natal" continua nesta sexta-feira, com o espetáculo Meu Sonho de Natal, do grupo Curto Arte, de Dois Irmãos. A peça será encenada às 20h30min, na Rua Coberta. Na próxima sexta-feira, dia 22, haverá sessão de cinema na Rua Coberta, com filme a ser escolhido pela comunidade. A atividade será às 21 horas. No sábado, dia 23, acontece o Natal das Crianças, a partir das 15 horas, na Rua Coberta e Praça da Matriz. Entre as atrações, brinquedos infláveis, lanches, chegada do Papai Noel e dramatização de terno de reis. O encerramento será com a missa natalina, no dia 24, a partir das 20h30min, na Igreja Nossa Senhora do Caravaggio, em Boa Esperança. - Em Igrejinha, a programação do Natal Voluntário teve seu ponto alto no final de semana passado, com eventos de música e teatro na praça central. O município possui 200 árvores de Natal espalhadas pela principal avenida, no chamado Caminho dos Pinheirinhos. O Papai Noel está atendendo na Praça Dona Luísa, de domingo a sexta, das 19h30min às 21h30min. Já nos sábados, das 19h30min às 22h30min.
Divulgação
Decoração natalina de Igrejinha foi acesa em eventos do Natal Voluntário
- Em Parobé, as atividades do Natal começaram na última segunda-feira. Hoje, às 20 horas, acontecem apresentações das igrejas católica e evangélica, na Rua Coberta da Praça 1º de Maio. Em seguida, às 21h30min, será a vez da Caminhada da Luz, com todas as igrejas, e o encerramento será com o Abraço da Paz. Já neste sábado, das 14 às 19 horas, acontece a Festa das Crianças, com diversas brincadeiras e a chegada do Papai Noel, às 18 horas. - Três Coroas realizará a chegada do Papai Noel na próxima segunda-feira, dia 18. A atividade acontecerá a partir das 19 horas, na Praça Affonso Saul, com grupos da comunidade e atrações de dança, coral e reflexão. Às 20h30min acontece a premiação do concurso Brilha Três Coroas e, às 21 horas, tem a chegada do Papai Noel. Em caso de chuva, o evento acontecerá no Ginásio Armando Brusius.
Casal conserva matrimônio de 71 anos na devoção a Deus e compreensão mútua IGREJINHA – Os olhos atentos do casal Dorvalina dos Santos Pothin, 100 anos, e Floriberto Pothin, 95 anos, acompanham com interesse a partida entre Grêmio e Pachuca, pela semifinal do Mundial de Clubes, na terça-feira à tarde, na televisão de tubo 21 polegadas, na sala de estar da residência na localidade de Morro Fortaleza, interior de Igrejinha. Ela, gremista apaixonada – “o (time) de azul é o melhor”. Ele, colorado assumido – “não adianta, temos que torcer igual, tá representando todo mundo”. Em comum, uma história de matrimônio de 71 anos, seis filhos, 11 netos e nove bisnetos. O bom-humor é marca registrada de Pothin. Foi entre uma brincadeira e outra que ele conquistou o coração de Dorvalina. Na época, ambos estudavam o curso ginasial e trabalhavam no Instituto Adventista Cruzeiro do Sul (IACS). Ela era responsável por afazeres na cozinha, enquanto o companheiro colaborava na padaria do educandário. “Ele botou os olhos em mim e não largou mais”, descontrai a centenária, enquanto o marido rebate: “mas foi ela quem me pediu em casamento”. O fato é que, entre uma provocação e outra, o convite realmente aconteceu, dando início à vida conjugal conservada há sete décadas. A diferença de idade deles nunca foi impedimento. O diretor do IACS daquele tempo, Dario Garcia, advertiu Pothin, então com 23 anos, dos “riscos” de uma relação com uma mulher mais velha – Dorvalina tinha 28. “Eu nunca dei bola pra isso, o que me importava era ela”, recorda, lembrando o jovem apaixonado que era em sua primeira experiência amorosa. “As mulheres têm que casar com homens mais novos, para eles poderem cuidar delas quando envelhecerem”, aconselha sorrindo a mulher, que já havia desistido de dois noivados até conhecer o atual marido. As alianças nas mãos esquerdas trazem a lembrança do casamento, realizado no dia 11 de setembro de 1946, em Guaíba, cidade da família dela. Na noite anterior, Pothin estava em Porto Alegre para pegar a balsa até o município da celebração. No entanto, atrasou-se e perdeu a condução que faria a travessia, ainda a tempo de vê-la desaparecendo no horizonte. Mesmo que inconformado, foi obrigado a passar a noite na capital, para, no dia seguinte, partir cedo. Ele e a família contrataram dois carros de praça, sendo que um dos veículos estragou no meio do percurso até o local onde aconteceria o enlace. O sacrifício também foi dela, que dormiu sentada em uma cadeira para não estragar o penteado. Apesar de todos os
contratempos, a cerimônia aconteceu pela manhã, com a benção do pastor Osvaldo Azevedo. Na saída, nada de luxo: casal e convidados caminharam até a balsa que os traria de volta a Porto Alegre, onde Pothin e Dorvalina passaram a noite de núpcias. Para custear os gastos, o homem contraiu um empréstimo, pago com satisfação. Desde o casamento, o marido se pôs na responsabilidade de prover o sustento da família. Durante grande parte da vida profissional, trabalhou como empresário de ônibus, que ele mesmo dirigia, fazendo linhas na região Sul e na Fronteira do estado, mas se aposentou como motorista de caminhão. Exímia cozinheira e bordadeira, Dorvalina ficava encarregada da residência, alimentação e cuidados com os filhos e o marido. A primogênita do casal, Iria, hoje reside com eles, juntamente com o esposo Edir Wolff, com quem completará 50 anos de matrimônio em janeiro. Depois vieram Marli, Arlete, Marinelta, Hélio e Hélmio. A vinda para Igrejinha, quase na divisa com Taquara, foi há 10 anos. Já idosos, passaram a depender da ajuda e supervisão de familiares. Como aqui residem três filhas, procuraram um sítio em que pudessem desfrutar de sossego. Hoje, Arlete toma conta dos pais na parte da noite, dividindo a rotina com a cuidadora Jurani. “Eles são exemplo de caráter, perseverança, prazer em fazer as coisas”, comenta a filha, recordando gostosos momentos em família. O casal é unânime em dizer que os filhos são a maior fonte de riqueza de um lar, que continua se renovando, pois, em fevereiro, Hélio, aos 57 anos, será pai pela primeira vez, dando o 11º neto para Pothin e Dorvalina. Após anos de muitas atividades, a rotina hoje, na morada rodeada por verde e o gorjear dos pássaros, é leve, entremeada pela atenção da família e visitas de amigos. “Eles representam a união de uma família”, confessa o genro. Assim como na vitória do Grêmio, em gol de Éverton, após sair do banco de reservas, na primeira etapa da prorrogação do jogo contra o Pachuca, no estádio Hazza Bin Zayed, em Al Ain (EAU), a relação de Pothin e Dorvalina foi marcada por emoções, conquistas, sonhos e realizações. O casal em bodas de zinco compartilha o segredo para tantos anos de convivência: “Em primeiro lugar, servir a Deus. Depois, é preciso se entender entre si”, revela a esposa, sobre a necessidade do diálogo, compreensão e parceria. “Tem que perdoar um ao outro pelos erros, e viver a vida como a gente pode, e não como a gente quer”, reflete o marido.
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Sexta-feira, 15 de dezembro de 2017
Musical sobre o Rio Grande do Sul busca financiamento coletivo na internet IGREJINHA – Após estudos sobre a história do Rio Grande do Sul, o artista e produtor Gustavo Essbich escreveu um musical ambientado em 1835, em plena Guerra dos Farrapos, mostrando a vida de três personagens na luta pelos ideais republicanos do movimento. O projeto foi lançado no site Catarse, voltado ao financiamento coletivo, para angariar o recurso para a execução da peça. A ideia surgiu, de acordo com Gustavo, após perceber a necessidade de recontar a história do Rio Grande do Sul em uma linguagem contemporânea para os jovens, uma forma que conseguisse atrair e encantar. “Todo o espetáculo será uma homenagem ao Estado em forma de musical, embalado com sucessos da música gaú-
cha, executados ao vivo pelos artistas”, explica o roteirista. A cultura de teatro musical, para Gustavo, ainda é pouco difundida no Brasil. “Muitas pessoas já ouviram falar no nome Broadway ou o próprio termo ‘musicais’, mas nunca viram nada do gênero”, elucida. Um dos propósitos do show é garantir uma produção de qualidade internacional, mas acessível à população. A apresentação terá dois atos, com duração total aproximada de 2h30min, sendo a classificação etária para maiores de 14 anos. O espetáculo quebrará o conceito de palco, não sendo executado em um teatro, mas, sim, em um ginásio. “Teremos público nos três lados. As performances ocorrerão no centro
deste espaço, criando uma proximidade maior com o público e remetendo à nossa própria cultura, pois em festivais como o ENART as apresentações ocorrem dessa forma”, antecipa. O financiamento coletivo funciona como uma vaquinha online, com pessoas doando a partir de R$ 10, podendo ser feito no cartão de crédito ou boleto bancário, dependendo da quantia. Todo valor doado tem uma recompensa. A produção necessita angariar aproximadamente R$ 80 mil para iniciar os trabalhos. “Além de homenagear nosso Estado, quem ajudar também estará criando um polo produtor de musicais no sul do país, botando o Rio Grande do Sul na rota de grandes produções”, lembra.
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MUNDO DOS
NEGÓCIOS negocios@jornalpanorama.com.br
CÂMARA DE DIRIGENTES LOJISTAS (CDL) de Igrejinha e Três Coroas reuniu, nesta semana, em assembleia geral ordinária de prestação de contas, associados efetivos, assessoria jurídica e diretoria. Em sua fala, a presidente Giseli Selau destacou sua grande satisfação por estar à frente de uma CDL que a cada ano demonstra maiores evoluções. “E já estamos preparando muitas coisas novas para 2018”, antecipou ela. As contas de 2017 foram apresentadas por Cristiane Dreher, contadora do escritório de contabilidade Dreher. Para encerrar o encontro, o consultor Marcio Staudt falou sobre o tema: Cenários 2018: Como fazer um ano melhor. REDE FAGUNDES, através dos seus postos em Três Coroas e Ipirangão, em Taquara, está com a promoção Ganhe na Troca no JetOil. Quem for viajar no período de férias, pode aproveitar para trocar o óleo do motor e, com mais 50 quilômetros de vantagens da Ipiranga, ganhar de presente um alicate multifuncional.
Apoie o projeto: https://www.catarse.me/ventonegro
Mariano Telles conquistou apoio para projeto do seu show Com um CD pronto, o artista taquarense Mariano Telles, atualmente radicado em Porto Alegre, sonhava em fazer o show de lançamento do seu trabalho. Nesta entrevista ao Panorama, ele conta como foi a proposta de realizar a captação dos recursos para o show através de financiamento coletivo, e como deu certo a iniciativa. O show aconteceu na semana passada, no Teatro Hebraica, em Porto Alegre. Para Mariano, foi uma noite especial, com muitas participações no palco e os apoiadores da campanha na plateia. Agora, pretende divulgar ao máximo o álbum e seguir o trabalho de entrega das recompensas asseguradas aos apoiadores do financiamento.
Mariano obteve recursos para fazer o seu show de lançamento, realizado semana passada em Porto Alegre
Panorama - Como surgiu a ideia de submeter o projeto de lançamento a um financiamento coletivo?
dedicadas ao apoiador. Uma coisa importante é ter recompensas para todos os bolsos, com algumas de valor alto para equilibrar.
Mariano - Por eu circular bastante no meio cultural, já havia acompanhado e inclusive apoiado muitos projetos do tipo. É um formato de financiamento que vem se consolidando nos últimos anos. Achei que seria uma boa opção pelo engajamento que gera em torno do trabalho. As pessoas acompanham, torcem, e se sentem parte do projeto. Isso acaba gerando um vínculo muito forte com o teu público final!
Panorama - Como se deu a divulgação do projeto para alcançar a meta?
Panorama - Como foi o trabalho de planejamento para chegar ao valor necessário? E a definição das recompensas? Mariano - Não existe dinheiro fácil, um crowdfunding exige muito trabalho. Para realizar o planejamento e me orientar na campanha eu contratei uma assessora, que fez toda a diferença, por já ter orientado vários outros projetos. Tive de estudar bastante o assunto, além de aperfeiçoar minhas técnicas de divulgação e preparar bastante o terreno antes de lançar. Na escolha das recompensas, obviamente, estavam incluídos o CD e ingressos para o lançamento, porém, ao invés de coisas físicas, tentei vender principalmente experiências, como recitais particulares, aulas, vídeos exclusivos e até composições
Mariano - A maior parte das ações da campanha se dá no ambiente virtual, mas é um erro de muitos projetos achar que só isso é o suficiente. No meu caso, houve um trabalho pesado e diário de divulgação nas redes sociais, mas também houve televisão, rádios, jornais, e muito boca a boca. Fiz também ações específicas de ir tocar em locais onde achava que podia conseguir mais apoios. É interessante notar que na reta final a campanha se torna de interesse público, com muitos apoiadores que você nem conhece participando. Panorama - Como foi a tua reação ao alcançar o valor proposto como meta? Mariano - Foi muito surreal! Eu fui dormir no antepenúltimo dia da campanha com ela em 93%, porém eu sabia que havia vários boletos aguardando a confirmação do pagamento e que se eles entrassem, bateríamos a meta. Durante a noite sonhei que havíamos chegado em 100%, acordei eufórico, fui conferir, e de fato havia chegado. Acho que foi um dos dias mais felizes da minha vida, e ainda estávamos no penúltimo dia. No final ela chegou a 112%.
SEGUE NA PRÓXIMA PÁGINA COM O PROJETO DO CANTOR JÉF
PREFEITURA DE IGREJINHA, através do prefeito Joel Wilhelm e do vice Dalciso Oliveira (foto), e a empresa Heineken, representada pelo diretor Industrial, Dilermano Sobrinho, o diretor de Tributos, José Domingos Fracischinelli, e o diretor Comercial da região Sul, Bruno Ibargoyen, assinaram a carta de intenções para ampliar a produção e empregos na unidade local. Pelo acordo, a multinacional adere ao Programa de Desenvolvimento Econômico do município (Proden). O Proden é gerido pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico, que tem vice-prefeito como responsável. Para ele, esta parceria é benéfica para todos, pois incentiva a investir no município e aumentar a arrecadação e o número de postos de trabalho. “A empresa entrou com uma carta de intenções solicitando isenção de impostos e taxas, o que é amplamente respaldado pelo nosso programa. Em troca, ela se compromete garantindo percentuais mínimos de crescimento e de geração de empregos”, enfatizou. Conforme Joel, a parceria com a Heineken é muito importante para o município, pois, além da geração de empregos, a expectativa é que o aumento da capacidade produtiva também estimule o acréscimo no índice tributário do município no Estado. Já Fracischinelli salientou que será possível a redução da capacidade ociosa da empresa. “Futuramente, investimentos maiores acontecerão. A tendência dessa fábrica é só crescer no município”, garantiu.
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Sexta-feira, 15 de dezembro de 2017
Jéf obteve recurso para projeto do seu novo CD
informática Coordenador dos Cursos da Área de TI da Faccat
Marcelo Azambuja
Só se fala em Bitcoin! Bitcoin é uma moeda que, diferentemente das que estamos acostumados a lidar, não é controlada por nenhum Banco Central de algum país. Na verdade, uma das grandes diferenças dessa moeda é justamente não ser necessária a existência de bancos para que as transações aconteçam. A troca de dinheiro é via computador e se dá diretamente entre as pessoas, sem que seja necessária a validação de terceiros. A tecnologia por trás da bitcoin (a blockchain) registra cada transação ao redor do mundo, em milhões de computadores distribuídos (computadores dos próprios usuários da moeda bitcoin, ou seja, não há uma “central” ou empresa por trás dos registros de transações). Basicamente, você tem a sua conta e recebe ou envia valores de outras contas desse mesmo tipo. Rápido, simples e, em boa parte dos casos, sem rastreios e necessidade de pagamentos de taxas (mesmo para pagamentos internacionais). Como não há banco algum por trás dessa moeda, e nem mesmo possui alguma pessoa que a gerencie, o custo sobre transações é muito baixo. O incrível é que a tecnologia computacional desenvolvida para controlar isso tudo funciona quase sozinha! É uma verdadeira revolução tecnológica e monetária que está atraindo milhões de pessoas no mundo todo. A possibilidade de você ter escutado falar sobre essa moeda nas últimas semanas provavelmente se deve a sua impressionante valorização. Na média, desde o seu surgimento em 2008/2009, a bitcoin sempre teve crescimento em seu poder aquisitivo. Mas recentemente o valor explodiu, e foi isso que tem gerado as notícias sobre a moeda. Veja só um histórico resumido do valor de 1 bitcoin: em dezembro de 2015, valia R$ 1.700. Um ano após, R$ 2.600. Maio de 2017: R$ 9.000. No momento em que escrevo este artigo, dia 13 de dezembro de 2017, acredite, 1 bitcoin vale R$ 57.886,79. Veja o quanto ganharam as pessoas que adquiriram essa moeda poucos meses ou anos atrás. Um dos principais motivos para essa valorização foi a entrada em vigor, no Japão (terceira maior economia do planeta), da primeira lei no mundo que reconhece a bitcoin como forma de pagamento. Além disso, bolsas de valores, com a de Chicago, passaram a negociar a moeda. Ou seja, se muitos ainda tinham dúvida sobre a segurança e se a bitcoin realmente era dinheiro “de verdade”, essa dúvida deixou de existir, e o valor da moeda explodiu. Nos Estados Unidos, pode-se adquirir produtos da Microsoft com bitcoins. A Cruz Vermelha e o Greenpeace aceitam doações com essa moeda. Para não irmos longe: outro dia vi uma pousada em São Francisco de Paula, com uma grande placa em frente: “aceita-se bitcoins”. Obviamente, há quem veja muitos riscos nessa valorização impressionante. Muitos analistas afirmam que o risco é grande, há possibilidade de uma “bolha econômica” nessa moeda, e o risco de o valor despencar em algum momento. Outra crítica, e essa vinda do Prêmio Nobel de Economia Joseph Stiglitz, é sobre uma das principais características da bitcoin, que é a possibilidade de anonimato nas transações. Se hoje o mundo e os governos clamam por transparência nas grandes transferências de valor entre bancos e nações (que podem ser originadas de corrupções e crimes, por exemplo), uma moeda que dá margem para anonimato não seria bem vinda. Finalmente, como diz o prof. Reginaldo Caetano, da Faccat, como a bitcoin é uma moeda sem o lastro da economia de um país por trás (como é o Dólar ou o Real, por exemplo), muito do valor da bitcoin hoje é baseado só na crença que as pessoas botam na moeda (embora isso aconteça com muitos outros ativos mundo a fora, tais como o ouro por exemplo). Pelo andar da carruagem, em um curto espaço de tempo teremos respostas sobre a consolidação ou não dessas moedas. Além da bitcoin, existem outras “criptomoedas”, como são genericamente chamadas todas as moedas digitais. Algumas também famosas são a Litecoin e a Etherum, por exemplo. Veja então que a chance de que em breve essas moedas acabem chegando até grande parte das pessoas é muito grande. Mas não se assuste, essas tecnologias só realmente vingarão se forem seguras e trouxerem vantagens reais para nós. Aproveito para desejar a todos ótimas festas e um grande 2018, repleto de realizações!
TRÊS COROAS - O cantor três-coroense Jeferson de Souza, o Jéf, conseguiu, recentemente, o recurso necessário através de financiamento coletivo para o projeto do seu novo CD. Segundo ele, a ideia de captação de verbas surgiu após conhecer a plataforma do Catarse (site na internet para este fim) e alguns projetos de amigos. “Achei legal a iniciativa de mobilizar as pessoas que gostam do trabalho para financiar o projeto”, comentou. Segundo Jéf, muito tempo foi investido em planejamento para realizar as ações que levaram a atingir a meta. “A definição das recompensas eu usei como base vários outros projetos que estudei e achei que teriam a ver com o meu público”, contou. Jéf utilizou as redes sociais para divulgação, além de rede de contatos, fãs e amigos que participaram e se engajaram. O cantor conta que foi bem difícil alcançar a meta, mas que ficou muito feliz com o resultado, que fluiu bem na última semana. “Agora vamos sentar e planejar as datas para fazer tudo o que precisa ser feito até março ou abril. Serão 10 músicas a princípio, todas com o tema amor como base. Após termos uma pré-definição de pos-
Plínio Zíngano Do Meu Cinicário – Há tanta gente desejando e praticando o bem e o amor, que chego a uma terrível conclusão sobre a persistência do mal e do ódio: imbatíveis! A tensão entre a fanfarrice do maluquete Donald Trump e a do líder supremo do paraíso terrestre chamado República Popular Democrática da Coreia, lembrou-me um pequeno conto meu, baseado em um exame médico real. Divirtam-se!
HIPOCONDRIA – Aumentou o meu calibre! Ela falou assim, de repente, bem no meio da reunião. Todos pararam. Foi um choque. Logo ela! A Lúcia, sempre amiga, exclamou: “Coitadinha”! Os outros, mais comedidos, pensaram um pouco, mas concluíram que também deveriam solidarizar-se. Afinal, nunca se sabe quando a gente pode precisar de alguém. Passaram a emitir comentários de apoio, que "isso não poderia ficar assim", "quem já viu uma coisa dessas?", "onde a gente vai parar?", que "isso é coisa dessas bombas atômicas". O Paulo, mais ligado em atualidades, protestou: “Não se explodem mais bombas atômicas”. – Explodem, sim. Outro dia eu vi na televisão que, não sei quem, ia estourar umas bombinhas no paiol de monoquíni. – Irra! Atol de Bikini. Foi a França. – Não seja metido. Quem é que pode imaginar uma atol usando biquíni (sim, porque pra usar biquíni tem que ser “uma”, né?)? E que é "uma atol"? Seguiu-se uma longa discussão sobre o que seria "uma atol" e quais os males que seriam causados pelas explosões atômicas. Nesse meio tempo, ela,
que tinha anunciado tão bombasticamente (sem trocadilho) que seu calibre havia aumentado, ficou olhando, desapontada, sentindo-se um verdadeiro canhão de grosso calibre. Ninguém se interessara por aquele fato tão doloroso? Quem sabe o aumento do calibre não era o prenúncio de uma morte próxima? E eles, ali, falando de picuinhas, tipo bomba atômica. Bem que, no início, parecera-lhe ter notado alguma pincelada de carinho por parte de todos eles. Logo em seguida, porém, entraram naquela conversa inútil de bombas. Mas, o que era o mundo diante do seu sofrimento? O que eram alguns bilhões de pessoas? Nada, só perda de tempo. Nunca mais iria revelar seus íntimos segredos a gente tão insensível. Eles não perdiam por esperar. Um dia ainda morreria de uma doença bem ruim, bem pior do que aquele "tênue aumento do calibre das veias safenas internas, restrito exclusivamente à desembocadura em sistema venoso profundo". Quando tal acontecesse, aí, sim, eles iam ver se não era mais catastrófico do que uma explosão atômica. Só que, então, já seria tarde! Enquanto isso, a Lúcia, lá na sua cadeira, continuou pensando: "Coitadinha!
Divulgação
Jéf projeta lançamento de novo CD para março ou abril
sível data de lançamento começamos a planejar a turnê de divulgação e os shows. Muito trabalho pela frente, e isso é ótimo”, projetou.
Inge Dienstmann
Autoconfiança e soberba Como pode ser tênue a linha que separa duas coisas tão distantes em significado – a autoconfiança e a soberba. Outro dia vi uma mulher dando “piti” na fila do raio-X no aeroporto. Pudera! Não podia haver mais penduricalhos nela para apitar no tal aparelho! Aí ela começou a se despir dos metais, reclamando do transtorno, atrasando o andamento da fila. E ela era cheia de pose, literalmente mandou que os funcionários subissem a bagagem de mão para a esteira, porque não podia molestar a coluna. Da mesma forma, fez com que descessem a bagagem (certamente com mais de cinco quilos), porque ela se declarou incapaz de fazê-lo. Depois de se recompor com os acessórios, apareceu momentos mais tarde no portão de embarque, com ares de superioridade, reclamando em voz alta do tratamento a que foi exposta. Nunca teria viajado de avião, a ponto de desconhecer os procedimentos? - eu me perguntava, ou seria pura empáfia? Em contrapartida, lembro do dia em que cruzei com uma senhora numa loja popular da cidade. Eu estava sendo atendida pela vendedora, e ela nos interrompeu, da seguinte forma: - “Com licença, me permitem só uma pergunta: A senhora já comprou antes esta marca de roupa de cama que está levando? A qualidade é boa? Preciso dar um presente e não quero decepcionar” – concluiu ela. Pela indumentária simples, mas bem composta, percebi que comprar aquele presente era algo muito importante para ela, talvez até com algum esforço de sua parte. Recomendei-lhe que comprasse sem medo de errar, pois realmente já conhecia a marca. Ela despediu-se agradecida e ficou aguardando ser atendida por outra vendedora. Aquela senhora mostrou-se confiante em dirigir-se a uma estranha, pedindo licença para fazer sua pergunta. Foi elegante na sua simplicidade, e nada inoportuna. Já vi muitos destes extremos, e também em condições opostas: gente de muitas posses revelando uma simplicidade encantadora e grande respeito pelos semelhantes mais humildes; por outro lado, pessoas de modestas condições, cheias de amargura, como se estivessem em constante autodefesa, e para isso precisam sair agredindo a quem consideram “a classe dominante”. Esta reflexão me veio a propósito do Natal que se aproxima, da mensagem que o nascimento de Cristo traz em si: vir ao mundo num berço humilde ou de ouro não define a trajetória de ninguém, e que as aparências pouco dizem sobre as pessoas. Feliz e Abençoado Natal!
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Cultura Lazer
Sexta-feira, 15 de dezembro de 2017
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Especial/Alvaro de Souza
Érica Ostrowski
Presentes
Momento emocionado de confraternização dos músicos após apresentação beneficente
Cordas Vivas mobilizou público em duas noites TAQUARA – Foram duas noites de Sociedade Cinco de Maio lotada para mais uma edição do Cordas Vivas, a 22ª do evento. O festival é promovido pelo professor Álvaro Vicente, juntamente com seus alunos e músicos convidados.
Na primeira noite, 16 canções e, na segunda, 15, embalaram os presentes. Álvaro ressalta que o evento beneficente tem todo o seu lucro revertido a uma instituição de Taquara, a ser escolhida após a apuração dos resultados.
Casa do Rock In Concert acontece neste sábado TAQUARA - A quarta edição do evento anual Casa do Rock In Concert, que reúne os alunos de violão, guitarra, teclado e técnica vocal da Associação Cultural Casa do Rock do Vale do Paranhana, acontecerá neste sábado. O local será o Centro Educacional Índio Brasileiro Cezar (antigo Cine Viena), a partir das 19 horas, com ingresso espontâneo ao preço de R$
15,00. Também participarão os alunos de bateria do parceiro da Associação, Moisés de Assumpção, de Três Coroas. O músico e organizador do evento, Kiko Sousa, conta que “os alunos terão a incrível experiência de participar de um show de verdade, acrescentando em sua bagagem musical a experiência de tocar com uma banda de músicos profissionais”. Cada alu-
no escolheu uma música, de acordo com seu nível técnico, e desenvolveu uma versão diferente para a canção, algumas em versões originais e outras modificadas, mantendo os arranjos. “Serão diversos estilos em uma mostra musical que contará com mais de 21 apresentações, a expressão artística mais completa e popular do nosso tempo”, acrescentou Sousa.
Acredito que as coisas são cíclicas, em algum momento elas retornam, de outra forma ou maneira, mais consciente e evolutiva. E, neste exato momento, estamos em um visível retorno à simplicidade. Desde tendências de moda à nossa alimentação. Limpo, orgânico, natural. A valorização das pequenas coisas do dia a dia estão em postagens de frases motivacionais pela internet, conteúdos em absolutamente tudo da vida, mas ninguém nega o prazer do folhar um livro. As novelas estão dando lugar às series, grandes show não desmotivam encontros culturais singelos e tocantes. Os que consomem apenas as manchetes começam a perder força, a verdade e a honestidade voltam a ser valores da maioria ou desejo de muitos. O escracho, o deboche e as ironias estão cada vez menos populares. O foco é necessário, mas o foco no conjunto da obra, medicina familiar, horta caseira, grupos de estudos espirituais, grupos de apoio, vida mais sustentável consciente, tudo isto para que haja equilíbrio, a famosa paz de espírito, sem perder o pique e o desejo pelas coisas boas da vida, da busca contínua pelo melhor, e que este melhor seja de dentro para fora de cada um, a evolução pessoal. Presente de Natal é estar presente de fato na vida de quem nos importa o ano todo. Presentes são palavras amáveis no dia a dia, presente é um abraço carinhoso, um ouvido atento, uma atitude na hora certa, um carinho, um afago um sorriso e um olhar. Desejo de Natal a quem entenda e mereça que ganhe e doe o luxo de ter tempo, o valor da água na vida, o sabor das ervas e do sal, apenas na medida, à luz do dia nas ideias e à luz da lua no amor, e as bênçãos do Ser maior sobre nossos destinos. Faça apenas o “seu” melhor. O suficiente, sem medo, sem preguiça, sem vergonha de ser feliz.
Feliz Natal
NOVIDADE PARA 2018 - MATERNAL NO SANTA ALUNOS NOTRE DAME A PARTIR DE 2 ANOS DE IDADE! O Santa está se preparando para atender, no próximo ano, crianças a partir de 2 anos de idade. A credibilidade pelo trabalho que já realizamos com alunos desde os 3 anos nos permite ampliar a oferta de uma educação de excelência. O cuidado bondoso e firme, característica do nosso jeito de educar, nos possibilita abrir as portas do Santa para acolher os pequenos. Interessados devem contatar com o Colégio.
Atividades extraclasse para 2018 no Santa Teresinha Práticas Esportivas
Ballet e Jazz
Karatê
Dança Aérea
Taekwondo
Inglês
Oficina de Matemática
Oficina de Redação
Teatro
Doce Costura
Cultura Gaúcha
Curso: Desenvolvendo Habilidades para o Mercado de Trabalho
MATRÍCULAS ABERTAS! Agende seu horário através do fone 3542.1328.
Polícia
Sexta-feira, 15 de dezembro de 2017
Morador de Parobé é encontrado morto na zona rural de Novo Hamburgo REGIÃO - A Polícia Civil confirmou, na quarta-feira, a identidade de um homem encontrado morto no início da noite do sábado, no bairro Lomba Grande, interior de Novo Hamburgo. Segundo a corporação, a vítima é o aposentado Alcides Vitorino da Silva, 68 anos, morador de Parobé. Segundo as informações, ele residia em uma casa na zona rural do município e trabalha com venda de veículos. Silva foi encontrado morto com um cadarço enrolado no pescoço na Estrada Porto das Tranqueiras, zona rural de Novo Hamburgo. Por volta das 18h40min, dois moradores que trabalhavam em uma obra entraram em um mato às margens da rua e viram o corpo de um homem branco,
sem as calças e com as pernas enroladas em um edredom. O cadáver estava de bruços no local. Uma das testemunhas relatou que, no momento em que saiu do mato e correu de volta à estrada, viu um Chevrolet Corsa bordô com duas pessoas dentro. O motorista do veículo arrancou do local, segundo o morador. O corpo do aposentado foi reconhecido por uma filha na terçafeira. Silva era conhecido por atuar em compra e venda de carros pela região. Familiares da vítima procuraram a Polícia Civil no domingo, um dia depois do crime, para registrar o desaparecimento dele, relatando que, após inúmeras tentativas de contato por telefone, foram até sua
residência. Lá, encontraram a casa aberta, com luzes acesas e vazia. A possível motivação do crime não foi citada, para não atrapalhar as investigações. Na noite de terçafeira, a Brigada Militar foi acionada via 190 com uma denúncia de um Chevrolet Chevette preto abandonado próximo ao Cemitério de São João do Deserto, localidade do interior de Novo Hamburgo. No local, foi encontrado o carro com placas de Novo Hamburgo, que pertence a Silva. O veículo, achado por volta das 21h30min, estava trancado e com marcas de sangue nos bancos. O carro foi encaminhado ao Instituto-Geral de Perícias e a Polícia Civil aguarda o laudo da inspeção.
Idosa é vítima de golpe do bilhete TAQUARA - O famoso golpe do bilhete premiado fez mais uma vítima no município. Desta vez, uma idosa, de 75 anos, caiu no conto, na manhã de quartafeira, na rua Pinheiro Machado, no bairro Petrópolis. Conforme a polícia, a vítima estaria caminhando, quando foi abordada por um homem, que perguntou se ela conhecia determinado endereço. Diante da negativa da idosa, ele teria contado que precisava trocar um bilhete premiado no banco, pois havia ganhado um prêmio da Mega Sena. No mesmo instante, uma mulher teria se aproximado e dito que o ajudaria, contanto que a idosa a
Pai e filho agridem homem com golpes de enxada TAQUARA - Um indivíduo, de 36 anos, e seu filho, de 17 anos, agrediram, com golpes de enxada, um homem, de 25 anos, por volta das 18 horas, na tarde do sábado, na localidade de Quilombo, interior de Taquara. O fato ocorreu durante uma festa, na residência do ferido.
Conforme a polícia, o pai e o filho teriam agredido o homem, por causa de uma discussão que ele teria tido com sua irmã, que é mulher do adolescente. Os dois atingiram o homem com enxadadas na cabeça. A vítima teve que ser internada no Hospital de Pronto-Socorro de Canoas.
Ladrões furtam até pijama em Taquara TAQUARA - Uma residência foi alvo de arrombamento, por volta de 16h30min de segundafeira, na rua Santarém, no bairro de mesmo nome, em Taquara. Segundo a polícia, a vítima saiu de casa para passear com a avó e, quando retornou, notou que a janela dos fundos havia sido arrombada. Da residência, foram furtados uma corrente de ouro, vestidos, sapatos e até um pijama de sua avó. Não foi o único caso de furto residencial ocorrido em Taquara na semana. Na terça-feira, por volta de 14 horas, um idoso de 83 anos
teve sua carteira furtada de dentro do apartamento em que reside, na rua Rio Branco, no Centro. Segundo a polícia, a vítima teria ido ao banco para sacar seu salário, e, ao retornar deixou a carteira em cima da mesa, com a quantia em dinheiro. Depois, o idoso recebeu a visita de uma pessoa do prédio onde mora, o qual permaneceu no local por cerca de meia hora. Ainda conforme a vítima, logo após, ele se deu conta do sumiço da carteira. Ele relatou à polícia que ninguém mais esteve no local. Já numa revenda de
automóveis situada na ERS115, um ladrão furtou um automóvel GM/Corsa prata, por volta de 17 horas de segunda-feira. Conforme o registro policial, o acusado pediu a um vendedor para experimentar o automóvel, pois estaria com o dinheiro em mãos para comprá-lo. O indivíduo, então, saiu com o veículo pela ERS-115 e não mais retornou. Na localidade de Padre Tomé, no interior de Taquara, a Escola Municipal Pinto Bandeira foi arrombada entre a noite de sexta-feira e a manhã de segunda-feira. Conforme a polícia, os ladrões invadi-
V FACÇÃO - Agentes da 6º Promotoria Especializada Criminal de Porto Alegre, em conjunto com a Brigada Militar, cumpriram, na terça-feira, 47 mandados de busca e apreensão, além de apreensão de veículos e sequestro de imóveis avaliados em quase R$ 8 milhões. As ações ocorreram nos municípios de Novo Hamburgo, Estância Velha, Sapiranga, Parobé, Canela, Butiá, Minas do Leão e Charqueadas. A Operação Aliança contou com cerca de 250 policiais da Brigada Militar. As investigações tiveram início em março deste ano e identificaram organização criminosa ligada ao tráfico de drogas.
Agradecemos a todos que de alguma forma lhe ajudaram durante esta caminhada, em especial à sua esposa Claudete pela dedicação sem igual para cuidar de você, seu filho Diego, sua filha Aline, seu neto Leonardo (que alegrava seu coração e lhe enchia de carinho), seu genro Lucas, seus amigos Humberto e Claudia, suas cuidadoras Laci e Íria, sua fisioterapeuta Renata e fonoaudióloga Elisa, Dra. Carla, à Loja Benoit, ao pessoal do SUS, aos demais amigos e familiares. Com amor, Claudete, Aline, Diego, Lucas e Leonardo. Te amamos!
OBITUÁRIO Falecimentos comunicados pela Rádio Taquara de 07/12/2017 a 14/12/2017
11/12 - Jussara Maria de Mello, 70 anos. Cemitério do Morro da Pedra. 12/12 - Dinarte Dutra da Silva, 98 anos. Cemitério Municipal de Taquara. 12/12 - Alsindo Flesch, 79 anos. Cemitério Municipal de Taquara. 13/12 - Sérgio Cemim (Mandinho ou Caolho), 58 anos. Cemitério Municipal de Taquara.
ram o local e furtaram uma impressora, um aparelho de DVD, um forno micro -ondas, dois botijões de gás e diversos materiais.
A sua Rádio Taquara conta pra você o que acontece nas praias. Estaremos em algum ponto do litoral norte trazendo as principais notícias, como condições de banho, fluxo nas estradas, agenda de eventos e muito mais. 16ª COBERTURA DA TEMPORADA DE VERÃO Nas segundas, quartas e sextas às 10h50min e às 17h50min. Sábados às 10h30min
Saudade eterna... Querido Marido, Pai, Sogro, Avô Astor Rohlser, estamos com enorme dor no coração com a sua partida, mas sabemos que você estava sofrendo muito na incansável batalha contra a doença que lhe acometeu. Temos a certeza de que, em qualquer lugar que estejas, estás feliz e sem dor, olhando por todos nós, ao lado de nosso Grandioso Pai. Amamos você!
ajudasse. Os três embarcaram em um veículo, momento em que o homem disse que daria uma quantia em dinheiro para as duas, desde que a idosa repassasse um valor para ele, como garantia. Nesse momento, os três foram a várias agências bancárias em Taquara, Parobé e Sapiranga, onde a idosa efetuou diversos saques. Ainda em Sapiranga, o homem disse estar passando mal e pediu para a idosa descer e comprar um remédio na farmácia. Foi então que, ao retornar, a senhora não encontrou mais o veículo. O caso foi registrado na delegacia de Taquara e será investigado.
Patrocínios
Capão da Canoa
Óculos solares
3541.5537 0800.083.0800
3542.3314
Taquara – 3541.9500
F.: 3669.1800
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NOVA TRAMANDAÍ
25 anos
Sexta-feira, 15 de dezembro de 2017
Esportes Cristiano Vargas
Comemoração da taça juntamente com familiares de Zequinha, homenageado no final da competição
Santos goleia e conquista taça do municipal de Taquara TAQUARA - O sábado à tarde de sol marcou a final do Campeonato Varzeano 2017 – 1ª Copa José Luis Kelsch, no campo do Taquarense. A Sociedade Esportiva e Recreativa Santos goleou por 4 a 0 o time do Vila Nova na decisão da final. Já no confronto pelo terceiro e quarto lugar, o Padilhano venceu o Bitruka, em um resultado apertado de 7 a 6.
O primeiro gol da grande final foi de Guilherme de Souza Wurfel, que, de fora da área, chutou a bola na gaveta do goleiro do Vila Nova. Lucas Fernandes dos Santos ampliou o resultado da decisão. Para encerar o primeiro tempo, Anderson Oliveira de Melo, aos 40 minutos, fez o terceiro para o Santos. No retorno dos vestiários, Fabrício Lombardi
marcou para o time do bairro Santa Teresinha. O goleador da competição foi Charles, do Vila Nova, time que também levou o título de disciplina. O troféu de goleiro menos vazado ficou com Rodrigo Feijão, do Santos. O torneio deste ano, que iniciou dia 22 de outubro, reuniu 13 times divididos nas três chaves.
APF anuncia novo treinador para a temporada de 2018 A diretoria da Associação Parobeense de Futsal (APF), nem bem terminou a Série Prata deste ano com a taça de campeã, está se preparando para a temporada 2018. No próximo ano, a APF disputará a Série Ouro. Na terça-feira, foi divulgada a primeira contratação, do novo treinador da equipe. Será Guilhermo Petrucci Verfe, também conhecido como Guigo, de 33 anos e natural de Porto Alegre. O novo comandante da equipe já conhece Parobé, pois foi treinador do Atlé-
Guilherme Verfe retorna a Parobé após seis anos atuando em outros clubes
tico do Vale, em 2012, na Série Prata. Naquele ano,
foi vencedor da Copa dos Campeões. Passou ainda por Sapucaiense Sot Log, de Sapucaia do Sul, Unidos da Campina, de São Leopoldo, AGF, de Guaíba, e ASIF, de Ibirubá, onde foi eleito o melhor treinador da Ouro em 2016. Recentemente, esteve no Tubarão, de Santa Catarina, disputando a Liga Nacional. Em títulos, Guilhermo é tetra-campeão da Copa dos Campeões de Esteio, campeão do Aberto do Soberano, em 2013, do Aberto de Dois Irmãos, em 2014, e da
Série Prata, em 2014. Por duas vezes ficou em quarto lugar na Série Ouro, em 2015 e 2016. Sobre o acerto, o treinador disse estar feliz em retornar ao município em que começou a sua carreira. Disse que espera contribuir com a APF trazendo frutos da experiência obtida nesses seis anos que o separaram de Parobé. Guilhermo fez um agradecimento à diretoria da APF por acreditar no seu trabalho e propiciar essa oportunidade.
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Comassetto garante medalhas TAQUARA – O atirador Cláudio Comassetto conquistou importantes colocações na Copa do Brasil e no Campeonato Brasileiro de Tiro Esportivo, em duelos de 20 segundos. O evento foi de 22 a 26 de novembro, no Rio de Janeiro. Na mala de volta para casa, trouxe 13 medalhas, a maioria de primeiro lugar, algumas por equipe, mas também individual pela categoria Master masculino. Na prova Revólver Snob, onde ele já tem seis recordes
nacionais, conseguiu novamente o topo do pódio.
Confira os resultados: REVÓLVER SNOB 1º lugar por equipe na Copa do Brasil, conquistando o tricampeonato e quebrando o recorde nacional, com 584 pontos. 1º lugar na categoria Master na Copa do Brasil. 1º lugar na categoria Master no Campeonato Brasileiro. PISTOLA MAIOR 1º lugar por equipe na Copa do Brasil. 1º lugar na categoria Master na Copa do Brasil. 1º lugar na categoria Master no Campeonato Brasileiro. PISTOLA MENOR 1º lugar na categoria Master na Copa do Brasil. 3º lugar na categoria Master no Campeonato Brasileiro. REVÓLVER MAIOR 2º lugar por equipe na Copa do Brasil. 3º lugar na categoria Master na Copa do Brasil. 2º lugar na categoria Master no Campeonato Brasileiro. REVÓLVER MENOR 2º lugar na categoria Master na Copa do Brasil. 1º lugar na categoria Master no Campeonato Brasileiro.
EDITAL DE CASAMENTOS
ELIZABETH MARTINI, registradora do Registro Civil das Pessoas Naturais e Especial de Taquara-RS. Faz saber que pretendem se casar: 1) RICARDO WINGERT e KAREN ZAGO DA CONCEIÇÃO. Quem souber de algum impedimento, que oponha-o na forma da lei. DADA e PASSADO nesta cidade de Taquara-RS. Aos treze (13) dias do mês de dezembro (12) de dois mil e dezesseis (2017). Rua Rio Branco, nº 1145 - Sala 104. Panorama, 15 de dezembro de 2017.
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Sexta-feira, 15 de dezembro de 2017
Perfil
Magda Mohd Souza Rabie
37 anos, jornalista, assessora de imprensa da Prefeitura de Taquara Sou responsável em tudo que me disponho a fazer, amiga, parceira, adoro dançar, estar com minha família, meu marido, meus peludos e em meu lar, sou emotiva, carinhosa, mas também sou braba, algumas situações me tiram do sério. Muitas pessoas vão dizer que não imaginam este meu lado, mas tenho sim meus momentos de fúria, indignação e de baixo-astral também como qualquer ser humano. Odeio falsidade e gente que adora tirar vantagem dos outros. Sou a mesma pessoa sempre, em qualquer lugar. Compro no shopping e no brechó. Ando de salto alto, de tênis. Curto do eletrônico ao sertanejo e choro até em comerciais de TV. Sou consumista, não posso negar, mas me preocupo em fazer o bem e suprir um pouco a carência de algumas pessoas. Neste momento analiso minha vida e percebo que estou no caminho certo, de outro lado, olho ao redor e me pergunto o que mais poderia fazer?, não pra mim, mas pelas pessoas que não têm oportunidades e são discriminadas. A humanidade perdeu a compaixão, talvez nunca teve, e é muito cruel saber que tem muita gente passando fome e quem deveria ter a solução pra isso não se importa.
“
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QUEM SOU EU
QUESTIONÁRIO Conte-nos um pouco sobre sua relação com Taquara? Eu sou paranaense, nasci na cidade de Prudentópolis. Vim para o Rio Grande do Sul em 1997, para estudar jornalismo, não porque lá não tinha faculdades, mas por meus pais, principalmente meu pai árabe palestino, acharem mais eficaz vir pra cá e morar com parentes. Cheguei em Taquara no ano 2000, não conhecia e nem tinha ouvido falar da cidade. Vim pra cá com meus pais que decidiram se despedir do Paraná e seguir a vida por aqui com a família e amigos que estavam distantes. Hoje residem em Novo Hamburgo. Logo que adentrei a cidade, lembro que me chamaram a atenção as edificações antigas. O prédio da Prefeitura achei espetacular. No começo foi difícil estar numa cidade onde não se conhece ninguém, mas aos poucos a cidade e as pessoas foram conquistando o meu carinho e, hoje, considerome taquarense de coração. Como se deu a escolha pelo jornalismo? Sempre me dei bem com o português, com o texto, com a leitura, com a comunicação, com a relação com as pessoas. Acho que foi por aí que escolhi seguir a comunicação social. Tenho a plena certeza que fiz a melhor escolha. Como profissional da área, qual a tua avaliação sobre a importância do jornalismo para a sociedade? É uma das profissões mais importantes no quesito sociedade. Imagina o mundo sem jornalistas? Se já está assim, com tanta corrupção, violência, discriminação, com as informações publicadas, televisionadas, informadas todos os dias por inúmeros jornalistas e profissionais de comunicação, imagina sem eles. O povo iria ser enganado muito mais. Gostaria que as notícias fossem mais positivas, enfatizando coisas boas, mas aí é outro ponto a ser tratado e a discussão seria longa. E como se deu a escolha pelo serviço público? Primeiro foi a estabilidade. Ingressei em 2003, como agente administrativo, e fui lotada na Secretaria da Saúde, trabalhei na Farmácia e no Almoxarifado, mas logo que tive a oportunidade fiz o concurso para jornalista, nos dois concursos obtive o primeiro lugar. Mas passar para o cargo que cumpro hoje foi muito especial. Tenho a Prefeitura como a minha segunda casa e faço o melhor que posso para deixar a comunidade informada das
ações da municipalidade. Conquistei amigos queridos que quero cultivar para sempre. Devo muito ao serviço público, pois muitas outras oportunidades de trabalho (freelancer) surgiram desde então, não só em Taquara, mas em outros municípios. Muitas vezez vocês já fez defesas firmes dos servidores públicos através de redes sociais. Muitas das críticas à categoria são injustas? Muitas sim, muitas não. Nestes quase 15 anos de serviço público (que completo em março de 2018) posso afirmar com convicção que a maioria dos servidores públicos (concursados e cargos de confiança) trabalha muito. Mas há aquelas maçãs podres que mancham a categoria e somos colocados todos no mesmo barco. É comum ouvirmos “ah, é funcionária pública”, “como eu queria ser funcionário público”, como se não trabalhássemos, estivéssemos ali só decorando o ambiente. Todos os funcionários, sem exceção, já passaram por muitos perrengues, principalmente por causa política. Não vivemos um mar de rosas, mas sim é muito bom ser funcionária pública, ainda mais quando fazemos jus ao cargo e servimos devidamente o público, a comunidade. Conte-nos sobre a experiência no Lar Padilha? Acho que faz uns cinco anos que me aproximei da entidade. Tem épocas que estou mais presente, outras nem tanto, mas sempre auxilio em alguma coisa. Já fui oficineira de criação de fanzines, de jornalzinho interno, de dança, além de auxiliar em ações como brechó, bilheterias de eventos, neste momento estamos produzindo, eu, o jornalista Anderson Peters, que é funcionário do lar, mais alguns adolescentes, o Jornal Comunitário do Lar Padilha. São edições mensais que buscam integrar o lar à comunidade padilhana e arredores. Foi muito bem-aceito pelas pessoas, já estamos na sétima edição. Também auxilio na parte de assessoria de imprensa. O Lar Padilha é um lugar único, sempre digo que só permanece lá quem tem muito amor pra dar.
concursos e etc passou. Quando eu e o Mateus [Portal, marido], trabalhamos juntos sempre deixo a cargo dele a fotografia. Mas sim, acho essencial uma foto bem-feita para que a matéria seja bem complementada. Pelo boom das redes sociais a fotografia tornou-se mais importante ainda, uma foto com qualidade e emoção não vai passar batida. Para você, como foi participar do livro Taquara – Retratos de Um Mundo Novo como sendo uma das autoras? Foi muito, mas muito especial mesmo. Quando fui convidada, não aceitei de imediato, mas o Mateus, que já estava fotografando para o livro, me convenceu. Escolhi seguir o texto poético, mais leve, por ser um livro fotográfico e não histórico. Um livro que mostra a cidade como está hoje. Algumas pessoas me perguntam se eu já escrevia poesia. Só quando adolescente. Nem lembrava. Foi no susto mesmo e deu certo, pelo menos acho que deu. Mas cada palavra foi pensando nas pessoas que conheço, nos lugares que já estive, nas paisagens que idolatro quando sigo pelo interior, nas impressões que tive dos casarões quando pisei pela primeira vez em Taquara. Nem todos se agradarão, mas ninguém teve a ideia antes, a iniciativa que a Diretoria de Cultura teve, através do diretor Paulo Wagner, a quem agradeço pela confiança e respeito.
E como é a tua relação com a fotografia? Vou ser bem sincera em dizer que já gostei bem mais de fotografar. Acho que são muitos anos e foi tornando-se uma atividade tão normal pra mim, o entusiamo que tinha de participar de
MEUS CLIQUES
Minha base, minha família não poderia ficar de fora, são tudo pra mim, realmente o que sou hoje devo muito a ela, meus irmãos Soheyla e Ryad e meus
pais Armando e Bete. O Cícero, meu gatinho representa meus outros peludos (os quatro cães Max, Preta, Malu e Bóris), não saberia viver sem um animalzinho
por perto, e sou daquelas que aperta, beija, abraça. Também destaco um dos dias recentes mais especiais pra mim, que foi o dia do lançamento do Livro
Taquara: Reflexos de Um Mundo Novo. Receber o carinho dos amigos e pessoas que nem conhecia encheu meu coração de gratidão.
Sexta-feira, 15 de dezembro de 2017
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Por Vanessa Wagner
Feliz Natal e ótimas viagens em 2018. 3542.1307 | 3541.3127
Marcella Haack e Diogo Rocha nos Emirados Árabes: o casal aproveita os encantos de Dubai aguardando a partida final do Mundial de Clubes. Na foto à esquerda, Marcella no belíssimo cenário do Miracle Garden. Acima, Diogo na torcida pelo Grêmio na semifinal contra o Pachuca.
Churrascaria
VITÓRIA II desde 1990 Agora com
Espaço
Fernanda Santos registrou na selfie grupo de gremistas do Vale do Paranhana na semifinal do Mundial de Clubes da Fifa em Al Ain, Abu Dhabi: Paola Behs, Luiza Behs, Vinícius Silveira, Álvaro Behs, Bernardo Silveira e Mário Silveira.
Kids
3523.4357 Parobé Tanísia Hehn e a filha Lala fotografadas por Letícia Wolff.
Desejamos que suas festas sejam especiais, repletas de amor e carinho, assim como as comemorações realizadas no nosso espaço! Feliz Natal! Que 2018 tenha muitos momentos para celebrar a vida!
Recreação de Férias
Segunda a Sexta nos meses de dezembro, janeiro e fevereiro* Horário 13h30min às 17h30min
Valor por criança R$ 28,00
Reservas pelo WhatsApp
Foto de Fato
Atividades com monitoras, lanchinho e ambiente climatizado.
(51) 99765 5145
*Consulte datas disponíveis
Av. Sebastião Amoretti, 2880 - Taquara www.planetakids-rs.com
Marli e Ivo Maggioni comemoraram bodas de ouro no mês de dezembro. A renovação dos votos será realizada nos mesmos locais do casamento há 50 anos: celebração na Igreja Senhor Bom Jesus e festa na Sociedade Carlos Gomes.
Marcelo Pereira também foi presença na partida que garantiu o Grêmio na semifinal do Mundial Interclubes.
Taquara, 15 de dezembro de 2017
Artista plástica Tanara Renck participará de exposições internacionais em 2018 TAQUARA – O ano de 2017 foi de estreia de obras da artista taquarense Tanara Renck para além do Oceano Atlântico, com exposições, em outubro, no Carrossel du Louvre, em Paris, e, em seguida, em Madri, na Escuela y Galería Ara Art. A turnê ainda ganhou um bônus com passagem pela Galeria Julio César Alvarez, em Pedro Juan Caballero, no Paraguai, e, agora em novembro, no Forte São Francisco, em Chaves, Portugal. A primeira exibição no exterior em 2018 já está agendada para o final de março, em Dubai, além de outras possibilidades em planejamento. A movimentação artística realizada pela Confraria Sociartista, da qual Tanara é sócia-fundadora e atualmente secretária, juntamente com a visibilidade nas mídias e redes sociais, abriram oportunidades para novos horizontes. Tanara foi convidada pela curadora da Artcom Expo International Association of Artists, Baronesa Jiselda Salbu, para expor em outros países. Veio, também da Baronesa, o convite para Dubai, além de Málaga e Madrid, na Espanha, Lisboa e Chaves, em Portugal. As exposições, como lembra Tanara, são coletivas, reunindo trabalhos de aproximadamente 30 artistas. “Realizadas em locais de grande importância e que possuem alto custo para a organização, as curadoras levam vários artistas para participar e conseguir custear as despesas”, revela a taquarense radicada em Campo Grande (MS) há cinco anos. Em média, cada artista expõe de uma a três obras.
e a suavidade das pinceladas revelam esse vínculo profundo transformado em arte”, conta. A exposição no Paraguai surgiu do convite feito pelo artista Julio César Alvarez, na galeria dele, em Pedro Juan Caballero. Já a de Portugal, veio da curadora de Madrid, Márcia Vinhas Fernandes, e a abertura ocorreu no primeiro final de semana de novembro. Atualmente, Tanara conta preferir trabalhar com técnica de óleo sobre a tela, onde se sobres-
saem os temas com figuras de animais. O trabalho dela possui várias influências artísticas, transitando entre o hiper-realismo, surrealismo, Pop Art e o abstracionismo. Nas próximas exposições, diz estar pensando em inovar. “Vou deixar o coração e os pincéis me guiarem. Quem sabe, deixe os animaizinhos um pouco de lado e comece uma nova temporada”, reflete ela, que morou em Taquara até os 36 anos. Divulgação
A sensação de mostrar os trabalhos no exterior foi maravilhosa para Tanara. “Gerou muita ansiedade e expectativa desde o início de 2017, quando recebi o convite para participar das exposições de Paris e Madrid. Ver seu trabalho exposto e reconhecido fora do Brasil é uma sensação indescritível”, externa, ao garantir ser “a realização de um sonho especial”. A repercussão dos trabalhos, garante ela, foi positiva. As obras temáticas para Paris retrataram imagens de uma pequena cachorrinha pintando a Torre Eifel e, para Madrid, os animais com temas da cultura flamenca, com vestidos vermelhos, leques e flor na cabeça. “Amo animais, e a ternura
Quadro da cadelinha pintando a Torre Eifel, ao centro, em uma galeria de Paris