“TIMOR – A ILHA FEITICEIRA” (exposição fotográfica)
Autor Jorge Santos
Inauguração 23 de novembro de 2016, às 19h15
Horário 2ª a 6ª Feiras das 9h30 às 12h30 e das 15h às 19h
Informações 931 462 210 | anossajunta@jf-carnide.pt
Copyright © 2016, Jorge Santos, Todos os direitos reservados.
Centro Cultural de Carnide 23 / novembro – 5 / dezembro Lisboa, 2016
“TIMOR – A ILHA FEITICEIRA” (exposição fotográfica)
1 - “Madrugada às portas de Díli”
O dia nasce por volta das 6h00. Cerca de 10 kms a Leste de Díli, Hera mergulha-nos numa paisagem deslumbrante de mar, planície e montes. As montanhas são verdes ou vermelhas, consoante seja época de chuvas ou de seca. O mar e o céu, habitualmente azuis, pintam-se de variadas cores quentes ao nascer do sol. Simultaneamente, o mar acompanha esta dança de cores e a vida torna-se visível, com o zarpar dos pescadores mais madrugadores que, nos seus beiros a remo ou a motor, tentam a sorte por uma boa faina. Na foto: O céu, que começou por adotar cores azul turquesa e amarelo, foi-se transformando nos diversos tons de vermelho e laranja. E o sol ainda não tinha surgido no horizonte. Local e data: Hera, maio/2016. Ficha técnica Canon EOS 700D; TAMRON 16-300mm F/3.5-6.3 Di II VC PZD B016; 30 mm; F/11; 1/40 segundos; ISO 200. Página de origem: Timor – a ilha feiticeira Autor: Jorge Santos (JrgSnts.com)
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2 - “Nascer do sol com nevoeiro”
Gleno é uma localidade construída durante a ocupação indonésia, no vale que lhe deu o nome. Pertence ao distrito de Ermera e dista cerca de 40 kms da capital. A caminho de Gleno, é possível verificarmos o enorme potencial económico da região, graças ao microclima ali existente. Para além dos produtos agrícolas de qualidade, o café tem uma presença permanente. Ao amanhecer, enquanto o sol não aquece e dissipa a humidade do ar, a neblina confere uma luz que permite, a quem passa, viver a atmosfera de um cenário de sonho. Ali os vultos emergem e vão ganhando forma e cor conforme se aproximam. Na foto: É domingo, numa encosta coberta pela densa camada de nevoeiro que ainda invade o vale e a zona mais baixa das montanhas. Local e data: Gleno, maio/2016. Ficha técnica Canon EOS 700D; TAMRON 16-300mm F/3.5-6.3 Di II VC PZD B016; 52 mm; F/20; 1/400 segundos; ISO 200. Página de origem: Timor – a ilha feiticeira Autor: Jorge Santos (JrgSnts.com)
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“TIMOR – A ILHA FEITICEIRA” (exposição fotográfica)
3 - “Nasce o dia na cordilheira do Tata Mai Lau”
Timor-Leste ocupa uma área superior a 15.000 kms2. Para além das lagoas, vales e planícies, o grande relevo montanhoso é uma constante na paisagem timorense. Em todo o território, estão identificados mais de 40 picos com altitude superior a 2.000 metros (Fonte: peakery.com). Na foto: Vista a partir do meio da encosta do monte Ramelau. Local e data: Hato Builico, novembro/2015. Ficha técnica Canon EOS 700D; TAMRON 16-300mm F/3.5-6.3 Di II VC PZD B016; 200 mm; F/6.3; 1/2000 segundos; ISO 100. Página de origem: Timor – a ilha feiticeira Autor: Jorge Santos (JrgSnts.com)
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4 - “Mais próximo do céu”
Localizada no centro do território, a cordilheira Tatamailau dista cerca de 100 Kms da capital. São 6 horas de viagem num todo-o-terreno por uma estrada que serpenteia nas encostas. Chegados à localidade de Hato-Builico, distrito de Ainaro, assentamos base numa das pousadas existentes para, no dia seguinte, iniciarmos a subida ao Monte Ramelau (Foho Tatamailau), o mais alto de Timor-Leste. O percurso a pé dura quase 3 horas e é dirigido por guias locais que, calçando chinelos e sem necessidade de beber água durante a subida, percorrem o trilho com enorme agilidade e sem qualquer manifestação de cansaço. Os mantimentos e o material de campanha são transportados pelos caminheiros ou num kuda (pequeno cavalo nativo) que é possível alugar na povoação. Com 2986 metros de altitude, Foho Tatamailau é o pico mais alto do território de Timor-Leste e foi, outrora, o ponto mais alto de todo o “império português”. Na foto: Momento de descanso, contemplação ou meditação. No pico, a concretização do objetivo e a grandiosidade da paisagem permitem uma dupla sensação: de insignificância do ser e de detenção do “mundo a seus pés”. Local e data: Foho Tatamailau, novembro/2015. Ficha técnica Canon EOS 700D; TAMRON 16-300mm F/3.5-6.3 Di II VC PZD B016; 63 mm; F/10; 1/320 segundos; ISO 200. Página de origem: Timor – a ilha feiticeira Autor: Jorge Santos (JrgSnts.com)
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5 - “O manto verde e prata”
Parte integrante do território de Timor-Leste, Oé-Cusse é um enclave localizado na metade ocidental da ilha, pertencente à Indonésia. Os primeiros portugueses a chegar a Timor, em 1515, desembarcaram nesta zona, na praia de Lifau. Na paisagem de Oé-Cusse predomina o verde da parede montanhosa e dos vales de arrozais e outras plantações agrícolas, florescentes graças aos valores excecionais de humidade que aqui se mantêm, ao longo de quase todo o ano. O tempo necessário para se chegar a este território varia conforme o transporte usado e a disponibilidade financeira. De barco a viagem requer mais de oito horas, de avião é possível realizar o trajeto em meia hora. Na foto: Várzea num vale em Oé-Cusse. Local e data: Oé-Cusse, fevereiro/2016. Ficha técnica Canon EOS 700D; TAMRON 16-300mm F/3.5-6.3 Di II VC PZD B016; 162 mm; F/11; 1/320 segundos; ISO 200. Página de origem: Timor – a ilha feiticeira Autor: Jorge Santos (JrgSnts.com)
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6 - “Turismo comunitário no vale”
Entre as cidades de Díli e Aileu, uma estrada secundária conduz-nos a um povoado distribuído ao redor de um vale. A variação de cores que ocorre neste espaço, ao longo do ano, é motivo suficiente para regressar mais do que uma vez. Aqui podemos encontrar búfalos e cavalos, aves de rapina e outras palmípedes, numa paisagem luxuriante ou de total aridez. Um pequeno charco, no tempo de seca, transforma-se, no período de chuvas, num enorme lago rodeado por um imenso arrozal. Numa das encostas, foi construído um pequeno complexo destinado ao turismo de base comunitária. Os alojamentos destinam-se a um segmento de turistas que pretendam descansar em contacto com a natureza e envolvidos pela atividade agrícola que se desenvolve nesta região. Na foto: Parte reduzida da paisagem que é possível observar, a partir do empreendimento de turismo comunitário de Seloi. Local e data: Seloi Kraik, junho/2016. Ficha técnica Canon EOS 700D; TAMRON 16-300mm F/3.5-6.3 Di II VC PZD B016; 16 mm; F/11; 1/800 segundos; ISO 200. Página de origem: Timor – a ilha feiticeira Autor: Jorge Santos (JrgSnts.com)
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“TIMOR – A ILHA FEITICEIRA” (exposição fotográfica)
7 - “Café”
Produto reconhecido pela sua qualidade em todo o mundo, o café de Timor tem um papel económico de grande importância para uma parte substancial da população timorense. A planta do café cresce nas encostas à sombra das Madre del Cacao e ajuda a evitar a erosão das terras. O fruto é colhido, descascado e seco pela comunidade, sendo depois vendido a quem o irá torrar, embalar e colocar no mercado. Em 2012, foi encontrada, a partir da identificação genética, a espécie de planta original do café de Timor. Inicialmente verde, o fruto do café adota tons de roxo, vermelho e laranja. O grão seco é de tom amarelado. As cores conhecidas do grão, castanho ou preto, são obtidas após a torrefação. Na foto: O café, fruto ainda verde. Local e data: Gleno, abril/2016. Ficha técnica Canon EOS 700D; TAMRON 16-300mm F/3.5-6.3 Di II VC PZD B016; 300 mm; F/6.3; 1/40 segundos; ISO 400. Página de origem: Timor – a ilha feiticeira Autor: Jorge Santos (JrgSnts.com)
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“TIMOR – A ILHA FEITICEIRA” (exposição fotográfica)
8 - “Lafaek, o avô”
Diz a lenda que a ilha de Timor nasceu da morte, por cansaço, de um crocodilo gigante. Alguns recortes da paisagem do país, semelhantes à cabeça do réptil, parecem comprovar esta narrativa. Para o povo, o Lafaek (crocodilo, em tétum) é o avô, respeitado pela sua longevidade, que só colhe a vida a quem tenha perturbado o equilíbrio das coisas. O Lafaek é, assim, a figura mítica de referência da cultura timorense. O aumento do número de avistamentos em zonas mais densamente habitadas e o facto de estar a crescer o número de exemplares de uma espécie considerada não autóctone e oriunda da Austrália, são motivo de preocupação crescente. Nesta foto: Um crocodilo selvagem passeia-se em frente ao Palácio do Governo, em Díli. Local e data: Díli, dezembro/2015. Ficha técnica Canon EOS 700D; TAMRON 16-300mm F/3.5-6.3 Di II VC PZD B016; 173 mm; F/7.1; 1/320 segundos; ISO 200. Página de origem: Timor – a ilha feiticeira Autor: Jorge Santos (JrgSnts.com)
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9 - “O voo dos pelicanos”
Tasi Tolu, às portas de Díli, no lado ocidental, deve o seu nome ao facto de serem três (tolu) lagoas (tasi). Em período de chuvas, as três unem-se e formam uma única. O interesse deste local tem razões lúdicas, naturais e históricas. Esta é uma das zonas preferidas da população para realizar as suas compras e passear ao fim de semana. É um dos locais onde se pode assistir à concentração de aves diversas em busca do alimento que abunda nestas águas e no mar a menos de 100 metros dali. É também local da memória de quem testemunhou tempos cruéis, mas alimentou a esperança de paz, aquando da visita do Papa João Paulo II ao território. Em Timor-Leste, locais como este são o sepulcro de muitos anónimos mortos às mãos do ocupante indonésio. A alguns quilómetros dali, a caminho de Maubara, outro lago detém ainda, no seu manto, um número indeterminado de corpos para ali lançados depois das execuções de civis.
Na foto: O vôo de um bando de pelicanos em Tasi Tolu, às portas de Díli. Local e data: Tasi Tolu, dezembro/2015. Ficha técnica Canon EOS 700D; TAMRON 16-300mm F/3.5-6.3 Di II VC PZD B016; 238 mm; F/8; 1/1250 segundos; ISO 400. Página de origem: Timor – a ilha feiticeira Autor: Jorge Santos (JrgSnts.com)
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10 - “A dança dos antepassados”
A cultura tradicional timorense tem referências animistas que se revelam em atividades da comunidade e nos papéis sociais dos indivíduos. Também se constata nas diversas danças executadas por todos os reinos que constituem o mosaico étnico e cultural do país. Quanto ao traje, predominam os tais mane (homens) e os tais feto (mulheres). Em cerimónias de cariz tradicional, é frequente vermos os homens usarem a kaibauk, lua de metal sobre um lenço na cabeça. A lua maior e mais ornamentada pertence ao liurai ou rei tradicional. Além disso, empunham a surik (espada) e ao peito ostentam o belak (disco metálico). No braço usam uma pulseira metálica, a lokum, e uma salenda no ombro. As mulheres usam na cabeça a kaibauk (adorno representativo da Lua), o sasuit (pente de dentes largos), o mortene (colar) ao peito, a kelui (pulseira metálica) no antebraço, um pano branco à cintura e uma salenda no ombro. Na foto: Dança tradicional no Centro Cultural Xanana Gusmão, em Díli. Local e data: Díli, junho/2015. Ficha técnica Canon EOS 700D; Canon EF90-300mm F/4.5-5.6 USM; 90 mm; F/4.5; 1/125 segundos; ISO 100. Página de origem: Timor – a ilha feiticeira Autor: Jorge Santos (JrgSnts.com)
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“TIMOR – A ILHA FEITICEIRA” (exposição fotográfica)
11 - “O macaco e o seu dono”
A par de uma grande variedade e riqueza de árvores e plantas, a fauna timorense é, também ela, diversa e de grande beleza. A extensão da sua variedade ainda não estará totalmente conhecida. Estão identificadas mais de duas centenas de espécies de aves, a maioria das quais residentes. Búfalos, veados, macacos, crocodilos, tokês, cobras e morcegos são apenas alguns exemplos do que também podemos encontrar em terra. No mar, não é difícil observar baleias, golfinhos, peixes de variadas cores, tamanhos e formas, corais e algas de diferentes tipos. A proximidade de alguns destes animais com o ser humano é frequente e constata-se com a frequência com que podemos ver, por exemplo, crocodilos, veados e macacos no seu estado selvagem ou em cativeiro. A tradição animista tem ajudado a respeitar e a proteger a natureza neste país e recentemente uma zona de Ataúro foi considerada, pela comunidade científica, o local onde se concentra a maior biodiversidade da Terra. Na foto: Inicialmente agressivo para o fotógrafo, mostrou, depois, ao colo do dono, completa indiferença. Local e data: Díli, abril/2015. Ficha técnica Canon EOS 700D; Canon S18-55mm F/3.5-5.6 IS STM; 44 mm; F/8; 1/200 segundos; ISO 400. Página de origem: Timor – a ilha feiticeira Autor: Jorge Santos (JrgSnts.com)
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12 - “Feto”
A tradição determinava que apenas o homem tinha acesso ao estatuto do poder. A mulher pertencia ao homem que havia pago por ela o barlaque exigido pela sua família. À mulher competia cuidar dos filhos e tratar das tarefas domésticas. No final do século XX, as mulheres apareciam nos mercados onde comercializavam os seus produtos agrícolas. Ainda hoje assim se passa em algumas regiões do país e em alguns segmentos da população. Porém, a mudança está a ocorrer na sociedade, com o acesso quase generalizado das jovens à educação, a partilha de papéis no interior das famílias, a redução do número de filhos por casal... Atualmente, é frequente encontrarmos mulheres a trabalhar no comércio, artesanato, polícia, forças armadas, serviços domésticos, política, governo... Na foto: Mulher vendedeira de Taibessi. Local e data: Taibessi, maio/2015. Ficha técnica Canon EOS 700D; Canon EF90-300mm F/4.5-5.6 USM; 155 mm; F/5; 1/200 segundos; ISO 640. Página de origem: Timor – a ilha feiticeira Autor: Jorge Santos (JrgSnts.com)
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13 - “O rapaz do peixe”
As crianças timorenses têm, desde cedo, responsabilidades no seio da família: ir buscar água, limpar a casa, tratar da roupa, cuidar das crianças mais pequenas, participar nas atividades da família... são tarefas que lhes pertencem e que realizam a par da vida escolar. No entanto, apesar das muitas responsabilidades que cada uma destas crianças tem diariamente, os seus sorrisos são constantes e contagiantes. Na foto: Rapaz de Manatuto, durante a preparação do peixe acabado de chegar do mar. Local e data: Manatuto, dezembro/2015. Ficha técnica Canon EOS 700D; TAMRON 16-300mm F/3.5-6.3 Di II VC PZD B016; 141 mm; F/6.3; 1/25 segundos; ISO 100. Página de origem: Timor – a ilha feiticeira Autor: Jorge Santos (JrgSnts.com)
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“TIMOR – A ILHA FEITICEIRA” (exposição fotográfica)
14 - “A ponte é uma passagem…”
As atuais estradas e pontes em Timor-Leste já permitem deslocações confortáveis e relativamente rápidas entre vários pontos do país. O tempo das estradas só utilizadas por jipes e motas vai sendo, dia após dia, uma situação vivida no passado. Na foto: O trânsito habtual de uma ponte em Maliana, onde é frequente ver pessoas ou veículos a percorrê-la. Local e data: Maliana, janeiro/2016. Ficha técnica Canon EOS 700D; TAMRON 16-300mm F/3.5-6.3 Di II VC PZD B016; 300 mm; F/11; 1/320 segundos; ISO 200. Página de origem: Timor – a ilha feiticeira Autor: Jorge Santos (JrgSnts.com)
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“TIMOR – A ILHA FEITICEIRA” (exposição fotográfica)
15 - “Jaco”
Há quem a considere a praia mais linda do mundo. É um lugar de beleza extrema, de águas límpidas e quentes, de areia branca, de silêncio, de paz. A fauna e a flora marítimas, facilmente visíveis a quem nada nestas águas, fazem também do ilhéu de Jaco um local a visitar. Apenas podem aqui pernoitar os filhos desta região, tradição que os pescadores responsáveis pelo transporte dos visitantes fazem respeitar.
Na foto: Acabados de chegar a Jaco, no barco que regressa a Tutuala. Local e data: Jaco, maio/2016. Ficha técnica Canon EOS 700D; TAMRON 16-300mm F/3.5-6.3 Di II VC PZD B016; 17 mm; F/13; 1/500 segundos; ISO 200. Página de origem: Timor – a ilha feiticeira Autor: Jorge Santos (JrgSnts.com)
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“TIMOR – A ILHA FEITICEIRA” (exposição fotográfica)
16 - “Estrela do mar”
As águas quentes e calmas da costa marítima norte de Timor-Leste revelam-nos toda a sua riqueza logo nos primeiros passos, antes mesmo do primeiro mergulho. Dotada de uma vasta área de coral, as águas transparentes permitem-nos observar a enorme biodiversidade existente em plantas e animais. Caminhando do areal até ao fundo do mar, de tudo um pouco nos é possível acompanhar: porcos, cabras, vacas e búfalos, aves de várias espécies, crustáceos, peixes coloridos, estrelas do mar, polvos, tartarugas,... Na foto: Uma das inúmeras espécies de estrelas do mar que é possível encontrar em Timor-Leste. Local e data: Praia do Dólar, fevereiro/2016. Ficha técnica Canon EOS 700D; TAMRON 16-300mm F/3.5-6.3 Di II VC PZD B016; 63 mm; F/11; 1/250 segundos; ISO 100. Página de origem: Timor – a ilha feiticeira Autor: Jorge Santos (JrgSnts.com)
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17 - “Pesca ao pôr do sol”
A pesca artesanal é, para muitas famílias, uma importante fonte de rendimento. Por isso, os beiros e outros barcos de pesca avistam-se ao longo da costa marítima e nas areias das praias de Timor-Leste. A venda do peixe é feita em locais destinados para o efeito, mas também perto das praias, expondo o pescado ou levando-o pendurado ao ombro em suportes de madeira. Na foto: Pescadores preparam-se para iniciar o seu turno de pesca artesanal. Local e data: Metiaut, julho/2016. Ficha técnica Canon EOS 700D; TAMRON 16-300mm F/3.5-6.3 Di II VC PZD B016; 133 mm; F/11; 1/60 segundos; ISO 100. Página de origem: Timor – a ilha feiticeira Autor: Jorge Santos (JrgSnts.com)
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18 - “Fim de dia flamejante”
Em Timor-Leste, o dia chega ao fim por volta das 18h30. O sol despedese numa variedade de cores e desenhos. E todos os dias o espetáculo é diferente. Junto à baía de Díli, há sempre quem descanse antes de regressar a casa, depois de um dia de trabalho. Na foto: O céu rasga-se em tons de fogo, como se irradiassem a partir das montanhas de Ataúro. Local e data: Díli, julho/2015. Ficha técnica Canon EOS 700D; Canon S18-55mm F/3.5-5.6 IS STM; 18 mm; F/6.3; 1/30 segundos; ISO 200. Página de origem: Timor – a ilha feiticeira Autor: Jorge Santos (JrgSnts.com)
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19 - “Anoitecer na Areia Branca”
A Praia da Areia Branca está situada a poucos quilómetros do centro de Díli. Local de passeio, de encontros de família e de amigos, de festas e de repouso, é pela Areia Branca que se chega ao Cristo Rei. O regresso a casa é feito aos poucos por aqueles que escolheram o sol e o mar como destino do dia de lazer. Por isso, o pôr do sol acontece em silêncio, apenas acompanhado pelo som do mar e o sabor refrescante da água de côco. Na foto: Visão de um pôr do sol sob um teto de nuvens na Praia da Areia Branca. Local e data: Areia Branca, maio/2015. Ficha técnica Canon EOS 700D; Canon S18-55mm F/3.5-5.6 IS STM; 26 mm; F/25; 1/30 segundos; ISO 400. Página de origem: Timor – a ilha feiticeira Autor: Jorge Santos (JrgSnts.com)
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20 - “Pelos mortos que libertaram”
Em 12 de novembro de 1991, um cortejo pacífico de homenagem a um jovem, abatido duas semanas antes, numa contestação à ocupação indonésia, é barbaramente interrompido a tiro em frente ao Cemitério de Santa Cruz. As imagens captadas pelo jornalista britânico, Max Stahl, mostravam a violência da atuação dos militares e o pânico dos sobreviventes dentro do cemitério onde se haviam refugiado. Dias depois, essas imagens saíram clandestinamente do território e despertaram o mundo para a realidade vivida em Timor-Leste, na década e meia de ocupação indonésia. Calcula-se que tenham morrido perto de 300 pessoas e que tenham sido feridas outras tantas. O número de desaparecidos também rondou as três centenas. Nesta data, Timor-Leste homenageia anualmente as vítimas do massacre e comemora o seu Dia Nacional da Juventude. Na foto: Velas acesas durante toda a noite, em homenagem às vítimas de Santa Cruz. Local e data: Díli, novembro/2015. Ficha técnica Canon EOS 700D; TAMRON 16-300mm F/3.5-6.3 Di II VC PZD B016; 24 mm; F/4; 1/40 segundos; ISO 3200. Página de origem: Timor – a ilha feiticeira Autor: Jorge Santos (JrgSnts.com)
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“TIMOR – A ILHA FEITICEIRA” (exposição fotográfica)
O autor
Foto de João Paulo Redondo
Jorge Santos nasceu em Lisboa, em 1964. Em 1967, viajou com a mãe para Timor, onde o pai estava a cumprir o serviço militar. Permaneceu em Dili até 1969, ano em que a família se moveu para o interior do território, onde o pai, recém-admitido nos quadros da administração colonial portuguesa, foi colocado. De toda a presença em Timor, o autor guardou na sua memória as suas vivências, as gentes, os espaços, referências culturais e o contacto com a natureza. Quando, em 1973, se mudou com a família para Moçambique, a forte ligação a Timor intensificou-se com o grande desejo do retorno à ilha da sua infância, local de nascimento do irmão. Em 1974 regressou a Portugal onde viveu até 2015, ano em que voltou a Timor Leste, a sua “terra d’alma”, depois de aceitar um convite para lecionar na Escola Portuguesa Ruy Cinatti. O interesse do autor pela fotografia é atribuído pelo próprio ao que via o seu pai fazer nos anos em que o acompanhou em Timor e em Moçambique. Considerada por si como um simples hobby, imagens suas foram recentemente publicadas em artigos da LUSA, da SAPO Timor Leste e do AICEP. O gosto pela imagem, pela comunicação e a sua paixão vitalícia por Timor levaram-no a criar a página “Timor - a ilha feiticeira”, espaço virtual onde partilha frequentemente alguns dos milhares de instantes que tem registado sob a designação ‘Jrgsnts photo’.
Apoio à organização Junta de Freguesia de Carnide
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