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HISTÓRIA E EVOLUÇÃO

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INTRODUÇÃO

INTRODUÇÃO

LOCALIZAÇÃO

A Baixada de Jacarepaguá é uma planície costeira localizada na zona oeste do município do Rio de Janeiro, entre os maciços costeiros da Tijuca e Pedra Branca, e limita-se ao sul pelo Oceano Atlântico (MARQUES, 1984; WEBER, 2001).

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Localização da Baixada de Jacarepaguá no município do Rio de Janeiro. Imagem ortorretificada. Fonte: Alterado do Google Earth (2013).

O município do Rio é a 2° maior metrópole do Brasil , ficando atrás apenas do estado de São Paulo e o 6° na américa latina com seus mais de 43.780,172km² e com população estimada em 2017 com mais de 17 milhões de habitantes.

A Baixada de Jacarepaguá é composta pelos seguintes bairros: Anil, Barra da Tijuca, Camorim, Cidade de Deus, Curicica, Freguesia, Gardenia Azul, Pechincha, Praça Seca, Recreio dos Bandeirantes, Rio das Pedras, Tanque, Taquara, Vargem Pequena, Vargem Grande e Vila Valqueire.

Bairros da Baixada de Jacarepaguá. Fonte: http://ihja.blogspot.com/2010/06/baixada-de-jacarepagua-e-composta-pelos_25.html

Segundo Cabral (1979), a área da baixada de Jacarepaguá abrange uma área de 102 km², dos quais 89 km² correspondem à terra firme e 13 km² são ocupados por lagunas, e podem-se considerar dois tipos de materiais depositados na área: continentais e marinhos, como regolitos, coluviões, restingas, eluviões e turfeiras, por exemplo (Silva, 2010).

A Baixada de Jacarepaguá era originalmente uma imensa região de restinga, propícia à criação de gado bovino, equino, suíno, caprino e bufalino. Como realmente se deu ao longo de mais de 4 séculos de história, pois a área é ocupada por essas e outras atividades desde o século XVII, com a criação da Freguesia de Nossa Senhora do Loreto e Santo Antônio de Jacarepaguá (1661), a 4ª freguesia da cidade e 1ª na então zona rural (atual Zona Oeste).

A sequencia de imagens mostra como em 50 anos temos a evolução de uma área sem nada, para uma área bem ocupada.

Em 1969, o arquiteto Lucio Costa é convidado a preparar o plano para a Barra da Tijuca e a Baixada de Jacarepaguá, uma área de expansão da cidade do Rio de Janeiro.

Em 1974, no Governo Chagas Freitas é concluído o Elevado do Joá, elemento importante dentro do complexo viário que viabiliza a ocupação da região como extensão da Zona Sul da cidade.

Com isso, a partir da segunda metade da década de 70, são construídos diversos empreendimentos imobiliários em que se destacam os condomínios privados, que dão origem a um novo conceito de moradia, associando residências a serviços e lazer. Nos anos 80, surgem empreendimentos destinados à atividade comercial, de serviços e de lazer, fora dos limites dos condomínios privados, observando-se, ainda, a construção de um expressivo número de unidades residenciais multifamiliares de menor porte. Destaca-se, principalmente, o surgimento dos apart-hotéis ou hotéis-residência, edificações que mesclam os usos residencial e turístico, empreendimento que atrai particularmente o setor imobiliário. Em 1994, por ocasião da comemoração dos 25 anos de criação do Plano Piloto, o urbanista faz uma avaliação da evolução do plano e de sua polêmica implementação: “O plano foi uma concepção pessoal para a ocupação racional daquela área. Eu não contemplava, por exemplo, essa ideia da falta de convivência entre os moradores de cada condomínio.” (...)“Nem tenho lembrança de ter sido o criador deste projeto. Ele nasceu como um belo filho, muito elogiado e sempre querido. Depois cresceu e sumiu no mundo. A única certeza urbanística é a de que as coisas nunca ocorrem como planejadas”. (Costa, 1994)

Com isso, chegamos a conclusão que a ocupação dessa área não ocorreu como deveria e mesmo se tivesse seguido a risca o Plano de Lucio, ainda existiriam falhas de um pensamento que deveria ter obtido mais estudo e embasamento. Não é diferente a questão da habitação para a população de baixa renda, que ao longo do tempo, se transforma num dos pontos fracos e objeto de críticas ao processo de implantação do Plano Piloto.

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