costura - trabalho final de paisagismo - 2018

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costura

PAISAGISMO

SÃO SEBASTIÃO

2018


projeto de paisagismo - são sebastião

“Com a diferença de grau e intensidade, todas as cidades brasileiras exibem problemáticas parecidas. Seu tamanho, tipo de atividade, região em que se insere etc, são elementos de diferenciação, mas em todas elas, problemas como os de emprego, da habitação, do transporte e do lazer, da água, do esgoto, da educação e saúde são genéricos, e relevam enormes carências. Quando maior a cidade, mais visíveis se tornam essas mazelas.”’ _Milton Santos

O seguinte trabalho tem como objetivo fazer um diagnóstico da região Administrativa XIV - São Sebastião, focando na área do condomínio residencial Vitória, onde está localizado o terreno em que será feito um trabalho de projeto paisagístico focando na escala da praça para integração do bairro e proteção de mananciais da bacia de São Bartolomeu, além de oferecer lazer e identidade a um bairro que abriga uma população periférica e fragilizada.


PLANALTINA

FORMOSA

ÁGUAS LINDAS DE GOIÁS

PLANO PILOTO

SANTO ANTÔNIO DO DESCOBERTO

local do projeto

N

Principais vias de ligação da cidade (em vermelho) Ciclovias previstas em projeto (em azul) Área econômica (em cinza)

São Sebastião está localizado a cerca de 20 km do Plano Piloto, e é cortada pela Df-135, uma via importante que conecta a região com diversas outras, inclusive do entorno.

ortocarta 2009

Na área do terreno houve crescimento recente e rápido, na macrozona de proteção integral e área de regularização de interesse social (ARIS). A ocupação é inicialmente informal e periférica, o que causa desarticulação do tecido urbano, dificuldades de acesso e circulação, além da carência de equipamentos públicos. Região residencial.

ortocarta 2013

ortocarta 2015

crescimento 2009 crescimento 2013 crescimento 2015

LEGENDA

Cheios e vazios na região do terreno LEGENDA

contextualização geral

10km

matas e cursos d’água

edificações

vias

FONTE: GEOPORTAL


Por ser uma região essencialmente residencial unifamiliar, não há muitos equipamentos institucionais e comerciais, porém foram avistados alguns comércios informais, que funcionam junto às residências.

A região aparenta estar em construção, por isso carece equipamentos públicos, porém os poucos que existem, como uma quadra e um parquinho infantil, parecem ser bem utilizados. Além disso, há um ponto da CAESB, que indica distribuição de água , e um container A região possui uma urbanização de assistência técnica da recente e informal, que ainda está CODHAB. Há também distribuição em processo de registro, ainda de luz elétrica pública por postes. não há calçamento em asfalto dentro do bairro. a maior parte das edificações são

casas unifamiliares de 1 pavimento Há também, no terreno da praça, muradas, o que gera poucas distância considerável das edifi- fachadas ativas. Porém por ser um cações em volta e gabarito baixo bairro pequeno, há uma tendência grande a integração, que pode ser (máximo de 2 pavimentos) melhorada com a inserção de equipamentos públicos, que são escassos.

1

2

3

vistas

2 1

3

Vista de um dos terrenos com a mata ciliar que abriga um dos cursos d’água, que possui uma necessidade de ser protegido, ao mesmo tempo em que há uma demanda habitacional de uma população em situação fragilizada.

Vista de um dos terrenos, área que abriga uma quadra com cobertura em construção, alguns equipamentos, como pequenas traves, lixeiras, postes de luz. Os afastamentos das edificações são grandes e estas tem, no máximo, 2 pavimentos, criando um grande descampado sem conforto térmico.

Vista da DF-135 e a parada de ônibus. Essa via é de grande importância para São Sebastião, pois corta a cidade e dá acesso a maior parte das outras regiões administrativas e do entorno. Esta via dialoga diretamente com o terreno.

FONTE: autoras


vegetação e cursos d’água

zonas ambientais

zona de conservação da vida silvestre

zona de ocupação espacial de interesse ambiental

zona de ocupação espacial de qualificação

A região possui um dicotomia: por ser próxima a duas correntes de água, é cercada por uma vegetação de mata ciliar mata galeria, porém é muito pobre em um trabalho de vegetação efetivamente dentro dos bairros, conversando com a malha urbana nova que está sendo formada.

Hidrograficamente, ela é banhada pela bacia de São Bartolomeu e seus cursos d’água possuem sensibilidade média, de acordo com levantamento da Segeth. Além disso, essa região de mata é considerada uma zona de preservação da vida silvestre, e está próxima da região de conectores ambientais.

Cursos d’água e conectores ambientais

FONTE: CODEPLAN


O terreno se localiza, de acordo com a DIUR 06/2014, numa ARIS (Área de Regularização de Interesse Social), em que deve ser ordenado da seguinte forma de acordo com as diretrizes urbanísticas:

O enfoque nas áreas de regularização fundiária é o ordenamento da ocupação urbana que ocorreu de forma irregular. Os respectivos projetos de regularização deverão definir áreas para a implantação de equipamentos públicos urbanos e comunitários, e especificar as situações em que houver obrigação quanto à realocação de moradias que vierem a ser identificadas em áreas de risco e/ou de restrição ambiental, especialmente considerando as ocupações em áreas de APP e com declividade superior a 30%.

legislação urbanística

Além disso, o terreno se localiza na zona A, que é uma sobreposição da Zona Urbana de Uso Controlado II do PDOT e Zona Especial de Ocupação Especial de Qualificação (ZOEQ) do zoneamento ambiental da APA de São Bartolomeu. São normas para a ZOEQ: o uso predominantemente habitacional de baixa e média densidade demográfica, com comércio, prestação de serviços, atividades institucionais e equipamentos públicos e comunitários inerentes à ocupação urbana; que as áreas degradadas ocupadas por assentamentos informais sejam qualificadas e recuperadas de modo a minimizar danos ambientais. Devem-se também adotar medidas de controle ambiental voltado para o entorno imediato das unidades de conservação, visando à manutenção de sua integridade ecológica; controle da propagação de doenças de veiculação por fatores ambientais; e que os parcelamentos urbanos adotem medidas de proteção do solo, de modo a impedir processos erosivos e assoreamento de nascentes e cursos d’água. Logo a região visa adequar uma demanda habitacional para uma população fragilizada socioeconomicamente aliando estratégias de proteção ambiental, visando principalmente proteção dos cursos d’água da bacia de São Bartolomeu.

coeficientes definidos pela DIUR 06/2014

diretrizes definidas pela DIUR 06/2014


Scanned by CamScanner

Scanned by CamScanner

percepção ambiental dos usuários

Scanned by CamScanner

Foram entrevistadas 4 pessoas, e foi pedido a 3 delas para fazerem mapas mentais do caminho que fazem da parada de ônibus próxima ao terreno até suas respectivas casas. Nas entrevistas, foi frisada a violência no local, a falta de iluminação, a falta de infraestrutura e descaso governamental. Além disso, falou-se também no descaso da própria população com relação aos equipamentos públicos. Entretanto as pessoas frisaram também falaram que gostavam da vizinhança e da localização onde moravam. com relação aos mapas mentais, é interessante perceber como a região do terreno, apesar de possuir poucos e precários equiamentos públicos, marcam a memória das pessoas, pois em todos os desenhos ele foi representado, em detrimento das casas em volta, que são todas muradas e não dialogam bem com a rua e os arredores.


O terreno se localiza numa região central do bairro em que está localizado, o que permite que ele seja um grande integrador da população, para criar uma sensação de vizinhança, pertencimento e cuidado. Além disso, há vontade da população em ter acesso a lazer e cuidar do que é oferecido, além da necessidade de educação.

potencialidades e fragilidades

O terreno se localiza próximo a via DF-135, uma via importante de fluxo e de conexão com outras regiões Ademais, há também, próximo ao terreno adjacente, um curso d’água, que pode ser produtivo se o terreno for tratado com cuidado. Há um descaso governamental com a região, tornando o local sem infraestrutura e com equipamentos de baixa qualidade, que não respeitam as individualidades do local nem as demandas da população. Há também reclamações com relação a segurança, pois o local é considerado alvo de muita violência. Pensando nisso, o projeto foca no urbanismo tático: ser apenas um interlocutor para a população revelar suas necessidades e e trabalhar em conjunto com a mesma para permitir a reapropriação do espaço pelos próprios usuários. Com isso, foi pensado em aplicar um horat com equipamentos de apoio a população, a relação entre o contruído e a vegetação e sombreamento, pois é uma região que sofre com a insolação e o calor, fazer uma junção entre o espaço de transição que atualmente é o terreno e um espaço de convivência, além de poder ser um espaço de interferência positiva da população, que ela se sinta pertencente aquele local.

Espaço de transição vs. espaço de convivência Vegetação, interferência da população urbano vs. rural horta comunitária e centro de apoio a população, terreno tampão de proteção ao curso d’água


A

51

PROJETO - PLANTA DE SITUAÇÃO

68 A A

NTRAL

RU

DA RU

56

AV. CE

67

66

64 A

65

61 A RU

RU A A 6

0

63

64

U

R

69

QD

RU

A

62 B R.

57

62

A

60

R.

RU A

RU

A

A

59

58 RU A

A

QD 301

RU

RU

68

A

R.

57

RU

A

A

RU

RU

A

A

RU

A RU

QD 201

RU

A

54 RU A 54

A

GA M

RU

53

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RU

EL EI R

52

A

40

A RU

A RU

RU

69

62

DF

QD

-1

35

QD

QD QE QE

QD

25

29

23

QD

23

QD

21

21

QD

19

QD

17

QD

01

QD

03 05

QD

QD

N

escala 1:4000

07

2


57

A RU A

62

DF

R.

A

RU

62 B

RU

60

2A

A

R. 6

RU

-1

35

PROJETO - PLANTA DE IMPLANTAÇÃO

912m

corte BB 913m

QE

914m

corte AA

QE

corte CC

N

escala 1:2000


parada de ônibus

feirinha para incentivar comércio local, uso da praça e da horta comunitária

PROJETO - DETALHAMENTOS

CAESB

uso da quadra existente, aliando-a a diversos usos coletivos e lúdicos para costurar a malha da praça e seu entorno, gerando espaços de convivência aliados aos espaços de transição existentes

N

escala 1:750


horta comunitária plantas frutíferas

com

PROJETO - DETALHAMENTOS

Curso d’água e mata ciliar adjacente ao terreno

administração de apoio a horta e centro para oferecimento de cursos diversos para a comunidade, de modo a promover a integração maior desta.

N

escala 1:750


centro administrativo de apoio a horta comunitária

horta comunitária com á r v o r e s frutíferas

curso d´água com mata ciliar

corte AA 1:500

PROJETO - CORTES

quadra

corte BB 1:500 espaços lúdicos

quadra

espaços lúdicos

feira comunitária

parada de ônibus DF - 135

corte CC 1:500


Módulos de apoio espaco lúdico/de exercicios

Centro de apoio para a horta comunitária e disponibilização de cursos gerais para a população.

espaço com equipamentos que estimulam a interação e atividades físicas, tanto para crianças quanto para adultos.

Módulos / Feirinha

PROJETO - VOLUMETRIA

Estandes de feira para estimular o comércio e o uso da região, além de criar interação entre a praça e a região circundante.

l

siona

en tridim o l e mod 1:750 la esca


MEMORIAL BOTÂNICO


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