Urbanismo Leitura Urbana Glicério 4° semestre

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SOBRE O GLICÉRIO

O Glicério é somente o Glicério, uma realidade diversa, inserido em um contexto próprio. Traz em suas vias o contexto do negligenciamento, das marcas do tempo.

• Será necessária uma leitura mais minuciosa das bordas da área para delimitá-la em seus aspectos urbanísticos, não somente nos limites administrativos. É o caso da porção sul da Baixada do Glicério, que apresenta déficit habitacional e urbano, e deve ser incluso na análise.

Entretanto, por falta de equipamentos urbanos e/ou manutenção dos mesmos, acaba exercendo pouco dialogo interno e metropolitano com o restante da cidade(na região, praticamente só o edifício multifuncional faz essa articulação metropolitana).

• Reaproveitamento de terrenos mal ocupados, como o exemplo do projeto metropolitano Multifuncional construído no terreno do antigo estacionamento do Fórum da Justiça.

a identidade local é elemento central na definição dos espaços públicos.

. O projeto de espaços públicos deve ser baseado no lugar, no clima, na geografia local, na cultura e no patrimônio histórico.

Estacionamento do Tribunal da Justiça/ terreno do projeto Multifuncional

• •

Manifestações artísticas são essenciais para a valorização desses espaços.

SOBRE OS QUE HABITAM

A identidade própria da região baseia-se na população sempre densa.

Os imigrantes do século XIX, ao se fixarem no trabalho do campo, foram submetidos a regimes análogos à escravidão, obrigando muitos a ir em buscas de novas perspectivas de trabalho. A participação direta de moradores e usuários locais é importante, criando a sensação de pertencimento nessa população. A participação social está cada vez mais presentes nos processos do planejamento urbano.

Leitura Urbana GLICÉRIO – Estúdio IV

ALUNOS: Carolina Mega(31706878)- Carole Dewandre(41844157)- Julia Bastos(31714374) TURMA: A11 PROFESSORES: Debora Sanches e Volia Kato

No seu chão encontram-se todas as gentes, de todos os lugares que habitam cada espaço de suas habitações.

EVOLUÇÃO URBANA • As obras de saneamento da várzea do rio e as intervenções no sistema viário influenciaram na transformação do espaço e como a falta de políticas públicas para preservação do patrimônio e para habitação social. • As orlas fluviais recebem diretrizes específicas vinculadas às questões ambientais, com ênfase na Área de Preservação Permanente, na paisagem urbana e nos corredores verdes.

• No Glicério, a comunidade africana que chegou encontra um primeiro lugar de apoio e moradia, aumentando o déficit habitacional na região e consequentemente o encortiçamento. •

Assegurar moradia digna para quem precisa, sem prejudicar aos outros.

Assim como a Igreja de São Gonçalo, o atual Largo Sete de Abril, construções de importante ponto de localização por sua identificação e permanência no mesmo lote em todos os mapas da série histórica. • Melhorar as condições ambientais através de: Manutenção das áreas verdes existentes; Criação de novas áreas verdes; Criação de áreas permeáveis, eliminando ou mitigando os riscos ambientais; Recuperação de áreas contaminadas;

SÍNTESE GERAL DO GLICÉRIO


Glicério possui lotes vazios com valor considerável, além de terrenos utilizados mal aproveitados como estacionamentos, enquanto a população sofre com os limites da falta de espaço para habitação( alguns ocupados para cultura e lazer e descarte irregular do lixo).

Nos últimos anos a precariedade das formas de habitar as casas, sobrados e galpões em situação de cortiço, tem se tornado cada vez mais visível, agravando os problemas de saúde, salubridade, zeladoria e diversos tipos de conflitos sociais

DELIMITAÇÃO EXIGIDA

Todavia, na prática, o PIU pode muito contribuir para o processo de gentrificação, uma vez que ele vai incentivar a atração do mercado imobiliária para investimentos, assim como a especulação urbana.

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PIU, ZEIS e

PIU- setor central

DELIMITAÇÃO PIU

Os limites do PIU também podem ser considerados inconsistentes, muitas vezes, uma vez que a porção sul da região também apresenta déficit habitacional e de equipamentos públicos e não pertence à região de intervenção.

Em um lugar onde a terra tem um valor considerável e a população sofre com os limites da falta de espaço para habitação, cultura e lazer, sejam ainda encontrados lotes totalmente vazios, sendo utilizado apenas para o descarte irregular do lixo e o uso de entorpecentes por parte de alguns.

A Operação Urbana Centro foi criada com o objetivo de promover a melhoria e a revalorização da área central, para atrair investimentos imobiliários, turísticos e culturais e reverter o processo de deterioração do Centro.

PRECARIEDADE HABITACIONAL

O objetivo d PIU é claro: aumentar em pelo menos 53,8% o adensamento da região. Apesar de essa proposta garantir a diversidade social da região, ela dificulta o progresso habitacional de pessoas que já moram ali e vivem em péssimas condições de moradias.

O PIU ,recorrentemente, faz concessões de áreas públicas p criar áreas privadas inviabilizando seu objetivo inicial.

PIU- setor central DELIMITAÇÃO

DELIMITAÇÃO PROPOSTA

Leitura Urbana GLICÉRIO – Estúdio IV

ALUNOS: Carolina Mega(31706878)- Carole Dewandre(41844157)- Julia Bastos(31714374) TURMA: A11 PROFESSORES: Debora Sanches e Volia Kato

PIU/ZEIS/PRECARIEDADE


Todo o processo de investigação partiu das problemáticas observadas na área de estudo, onde foi possível verificar a influência de grandes obras de intervenção urbana, como a retificação do Rio Tamanduateí e principalmente a construção do Viaduto do Glicério, que rasgou na malha urbana, deixando para trás um rastro de degradação que perdura até os dias atuais.

Enfoque integrado da cidade: forma, função e conectividade dos espaços públicos.

• As ruas devem servir à mobilidade multimodal, num tecido urbano amplamente conectado, com fachadas ativas e equipamentos de conectividade virtual, garantindo, assim, lazer e cultura para os próprios moradores;

Nossa proposta é manter o viaduto de forma que, abaixo dele, onde existe uma “barreira” para o outro lado, se torne espaços de área verde e de convivência.

Para o melhoramento da mobilidade subregional, criar ciclo faixas de forma que facilite o caminho para os locais como atravessar o viaduto, estações de ônibus e metro.

Leitura Urbana GLICÉRIO – Estúdio IV

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• A forma com que os edifícios se desenvolvem no entorno dos espaços públicos contribuem para seu êxito, estimulando interações sociais;

MOBILIDADE E INTERAÇÃO ESPACIAL


CONTEXTUALIZAÇÃO DA PROBLÉMATICA ATUAL A falta de políticas públicas de preservação e habitação contribuíram para a consolidação de uma realidade marcada pela indiferença e pela negligência ante a situação do encortiçamento das unidades habitacionais.

Maiores possibilidades de conexão e permanência nessas verdadeiras “salas de estar” ao ar livre da cidade são fundamentais.

• A criação de uma ‘rede de espaços públicos’ é passo vital para a recuperação da área central. Esse território é pontuado por diversas praças, largos, calçadões, mas falta interligá-los em um circuito claro, legível, seguro e confortável o qual, com elementos de beleza e conforto ambiental, ajudarão a irrigar o tecido urbano do centro com mais vida e energia. • Para ser plenamente eficaz ele deve ser acessível a todas as idades e possibilitar usos diversificados;

Espaços públicos bem planejados estimulam a instalação de comércio e serviços locais, valorizando a criação de empregos e das vivências locais, gerando potencialização de investimentos públicos em infraestrutura urbana anteriores

CULTURA E CONTEXTO: a identidade local é elemento central na definição dos espaços públicos. O projeto de espaços públicos deve ser baseado no lugar, no clima, na geografia local, na cultura e no patrimônio histórico.

Na região estudada, locais como os galpões e os terrenos baldios na R. do Glicério são ótimas fontes para aproveitamento de espaços públicos e culturais.

OBS! Ressaltando que o cuidado com os espaços públicos tendem a entreter positivamente os cidadãos e atrair investimentos privados, gerando um movimento positivo de apropriação dos espaços e de zelo pela cidade.

Leitura Urbana GLICÉRIO – Estúdio IV

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