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Terça-feira, 31 de março de 2020.
Nº834
Brasil // hodierno.com
música,
esportes,
estilo,
Morre Riachão, pilar do samba brasileiro e autor de clássicos do gênero, aos 98 anos. Pág 14 // Fonte: El País.
Olimpíada de Tóquio já tem nova data: de 23 de julho a 8 de agosto de 2021. Pág 10 // Fonte: El País.
Harry e Meghan Markle renunciam aos títulos e financiamento público. Pág 7 // Fonte: El País.
saúde,
Coronavírus: No Rio, Sambódromo recebe moradores de rua a partir de amanhã A iniciativa tenta evitar a disseminação do vírus responsável pela covid-19. A prioridade no espaço, segundo a Prefeitura do Rio, será para idosos, grávidas e mulheres acompanhadas de crianças. Pág 20 // Fonte: Uol.
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Jonathan Kho, Unsplash.
internacional,
Um mundo em quarentena busca saídas para a crise “Vivemos um momento histórico de desaceleração, como se freios gigantes detivessem as rodas da sociedade”, compara, falando do seu confinamento na Floresta Negra, o filósofo alemão Hartmut Rosa, que dedicou boa parte de sua obra a estudar o que ele chama de “aceleração” desenfreada das sociedades capitalistas. // Fonte: El País.
// Samuel Sanchez, El País.
Brasil // hodierno.com
cultura
Em plena crise do coronavírus, Bob Dylan lança sua canção mais monumental, ‘Murder Most Foul’
Brasil // hodierno.com // Alberto Cabello
São 1.376 palavras distribuídas em 16 minutos e 56 segundos, É a música mais longa de sua carreira. O recorde era de Highlands, incluída no álbum de 1997, Time Out of Mind, com 16min31s. O escritor Benjamín Prado, especialista na obra de Dylan, destaca a relevância de Murder Most Foul: “Dylan fechou outro círculo. Ele nunca gostou de falar, mas de cantar falando: começou fazendo talking blues e acabou recitando poemas pop. É uma canção belíssima, que no estilo talvez homenageie Leonard Cohen e na letra lamenta o declínio de uma época.”
Carlos Marcos & Felipe Branco Cruz
“Dylan fechou outro círculo. Ele nunca gostou de falar, mas de cantar falando.” Benjamín Prado
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ele o está impedindo de fazer o que mais gosta neste mundo: se apresentar em público. O texto foi publicado há algumas horas em sua conta no Twitter. É curto. Diz assim: “Obrigado aos meus seguidores pelo apoio e lealdade durante todos estes anos. Esta é uma canção inédita que gravamos faz algum tempo e que pode ser interessante para vocês. Mantenham-se a alvo, fiquem atentos e que Deus esteja com vocês”. “Pode ser interessante para você?” Enquanto os astros da música estão abarrotando suas contas do Instagram
com shows acústicos inflados com histórias engraçadinhas ou compondo músicas que quando a pandemia terminar serão esquecidas, Dylan (Minnesota, EUA, 78 anos) apresenta a peça mais monumental de sua carreira, por duração, por densidade lírica e por número de palavras. Murder Most Foul (que pode ser traduzida como Um Assassinato Muito Sujo) também é sua primeira nova canção em oito anos, desde o álbum Tempest de 2012. É a música mais longa de sua carreira, na qual o cantor remete à momentos icônicos.
“Um recado providencial ao mundo sobre as consequências de se cultivar o ódio.”
// Oscar Keys, Unsplash.
Quase dezessete minutos, 1.376 palavras, um relato prolixo sobre o Ocidente: assim é esta prazerosa obra do veterano músico. No final do breve texto se intui que Bob Dylan está no mundo em que todos vivemos. “Mantenham-se a salvo”, diz ele. Embora logo saia dos trilhos: “Fiquem atentos e que Deus esteja com vocês”. Atentos? Parece que o lendário músico se inteirou de que há um vírus que está massacrando o planeta. Afinal de contas,
A música, que não tem refrão e não repete nenhum verso, traz ainda referências a figuras centrais da cultura dos anos 1960 e 70, como os Beatles e o festival de Woodstock. Há até uma breve referência ao filme A Hora do Pesadelo e citação para o The Who. Murder Most Foul também é o título em inglês do filme Crime Sobre Crime (1964), de George Pollock, baseado no livro A Morte da Sra. McGinty, de Agatha Christie.
Porém, mais significativo que tudo isso, é que Dylan, aos 78 anos, usa o assassinato de Kennedy para mandar um recado providencial ao mundo sobre as consequências de se cultivar o ódio. O mesmo artista que cantou que a “resposta é soprada pelo vento” fala sobre política em meio a uma das maiores crises da história recente da humanidade. Mas a poesia se sobrepõe à mensagem política.
Muder Most Foul é um grande painel sobre tudo de bom produzido na arte popular nas últimas décadas, com tantas referências, duplos sentidos e múltiplas interpretações que provavelmente renderá debates por muito tempo entre os entendidos em música e literatura. // Fonte: El País & Veja.
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Brasil // hodierno.com
extras
Musicais no teatro São Pedro,
Um dos mais tradicionais teatros paulistanos, o São Pedro (fundado em 1917), vai receber produções musicais a partir de 2020. Intitulado Novo Theatro São Pedro, o projeto prevê uma mescla no calendário: além das tradicionais óperas, que se tornaram as principais atrações do espaço, a programação vai ser diversificada com espetáculos musicais. “A temporada vai continuar com quatro atrações, como é hoje, mas teremos mais récitas e o espaço será também utili zado por outras ativi-
// Alberto Bigoni, Unsplash.
Estadão Conteúdo,
dades como desfiles de moda e programas de gastronomia, por exemplo”, anuncia Paulo Zuben, diretor artístico-pedagógico da Santa Marcelina Cultura, a Organização Social que geren-
Chefs ensinam receitas pelo Instagram, Clara Campoli
Sem a possibilidade de sequer cozinhar para delivery, chefs de todas as partes estão promovendo transmissões ao vivo nas redes, para ensinar os seguidores a cozinhar e também transmitir um pouco de alento. Um dos primeiros
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exemplos foi o italiano Massimo Bottura, que está fazendo transmissões ao vivo diariamente em seu perfil do Instagram: a ideia é mostrar o chef cozinhando em casa com a família. Outros chefs que aderiram foram Paulo Tarso, Paola Carosella, Heloisa Bacellar, Rita Lobo, Renato Carioni. // Fonte: El País & Veja.
cia o São Pedro. Em 2020, portanto, serão duas óperas e dois musicais. A primeira estreia será de West Side Story, um dos maiores musicais de todos os tempos, no dia 6 de abril. A temporada continua em agosto, com a estreia de Ariadne em Naxos, de Richard Strauss e no final de setembro com Capuletos e Montéquios. Finalmente, encerrando a temporada de 2020, no dia 9 de novembro estreia Porgy & Bess, clássico de George Gershwin por unir elementos da música clássica com o jazz. // Fonte: Exame.
// Peter Dawn, Unsplash.