CENTRO UNIVERSITÁRIO MOURA LACERDA
JÚLIA MARIA PUCCINELLI MINUCCI
MÓDULOS DE HABITAÇÃO COMPACTA REUTILIZANDO CONTÊINER
RIBEIRÃO PRETO 2016
JÚLIA MARIA PUCCINELLI MINUCCI
MÓDULOS DE HABITAÇÃO COMPACTA REUTILIZANDO CONTÊINER
TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO APRESENTADO AO CENTRO UNIVERSITÁRIO MOURA LACERDA PARA OBTENÇÃO DO TÍTULO DE BACHAREL EM ARQUITETURA E URBANISMO SOB A ORIENTAÇÃO DA Prof.ª . Me. LUCIANA PAGNANO.
RIBEIRÃO PRETO 2016
BANCA EXAMINADORA :
Luciana Pagnano
Tânia Bulhões
Convidada (o)
APROVADA EM: ____/_____/_____
DEDICATÓRIA AGRADECIMENTO
Agradeço primeiramente a Deus por
as pessoas que passaram comigo por essa
toda a força que me fez ter quando eu queria desistir pelo cansaço, pelo estres-
trajetória acadêmica. Cada um com sua particularidade mas com um valor enorme
portante, gostaria de agradecer aos amigos que fiz no Banco do Brasil.
se. ele me manteve firme para terminar o
pra mim.
Cada engenheiro, arquiteto e estagiá-
que eu me propus a fazer e me deu sabedoria pra entender que os desafios iriam
As minhas amigas da vida obrigada por sempre acreditarem e enxergarem uma
rio, que tiveram uma atenção enorme ao responder minhas duvidas sobre
me fazer crescer. Agradeço aos meus tios, Alexandra, Mau-
força que nem eu mesma sei que tenho.
tudo que eu precisava. Em especial ao
Ao meu amigo avner, que talvez não saiba,
meu chefe Luís Menechino que teve
ricio, Emerson e Daniela, por acreditarem
mas teve uma parcela de ‘’culpa’’ por ho-
todo carinho e atenção ao me ajudar
que eu era capaz, por se orgulharem e
je eu me formar arquiteta. Obrigada pela amizade, conselhos, e por todos os mo-
com o projeto final e todos os ensinamentos que me passou durante o
Um agradecimento mais que especi-
mentos compartilhados, eles me fizeram
período de estagio. Essa experiência
al a minha avó Neyr que, com o seu jeito e mesmo com nossas brigas, não mediu es-
ver a vida de forma diferente. Você é es-
e carinho vai ser levada para a vida
sencial.
toda com muita saudade.
forços para feze o melhor por para que eu conseguisse terminar a graduação com
Minha orientadora Luciana Pagnano, meu
tranquilidade. Obrigada por cuidar tão
todos os momentos difíceis durante o Tfg
bem de mim.
e por todo ensinamento e orientação dada.
por me aguentarem nos piores dias.
Não poderia deixar de agradecer
grande agradecimento pela paciência com
E por
fim, mas não menos im-
DEDICATÓRIA
DEDICO ESSE TRABALHO À MINHA MÃE E AO MEU AVÔ QUE JÁ NÃO ESTÃO MAIS PRESENTES NESSE PLANO ESPIRITUAL, MAS, QUE AINDA, COM SUA LEMBRAÇA, ME FAZEM TER INCENTIVO E BUSCAR SEMPRE MEUS SONHOS COM MUITA FORÇA E BRIHO NO OLHAR. A
SAUDADE
SEMPRE
MAS A LEMBRANÇA PENA SEM ELES.
ESTÁ
PRESENTE,
FAZ CADA DIA VALER A
SUMÁRIO CAPíTULO 1 introdução
pág: 10
1.1 objetivos
pág: 11
1.2 justificativa
pág: 12
CAPíTULO 2 habitação compacta 2.1 breve histórico do desenvolvimento das habitações
pág: 14 pág: 16
CAPÍTULO 3
ARQUITETURA E CONSTRUÇÕES SUSTENTÁVEIS
PÁG:
18
CAPÍTULO 4
O CONTÊINER E SUAS CARACTERÍSTICAS
PÁG:
21
4.1 contêiner para habitação
pág: 22
4.2 desempenho térmico do contêiner
pág: 23
4.3 Vantagens e Desvantagens do contêiner
pág: 24
SUMÁRIO CAPÍTULO 5
REFERÊNCIAS PROJETUAIS
PÁG:
26
5.1 casa corbas - são paulo - brasil
pág: 26
5.2 keetwonen - moradias estudantis em amsterdan pág: 31 5.3 CONTAINER GUEST HOUSE - POTEET ARCHITECTS
CÁPITULO 6 projeto
pág: 33 pág: 35
6.2 INSERÇÃO URBANA
pág: 42
6.3 LEVANTAMENTOS MORFOLÓGICOS
pág: 43
6.3.1 USO DO SOLO 6.3.2 EQUIPAMENTOS
6.3.3 OCUPAÇÃO 6.3.4 GABARITO 6.3.5 FLUXOGRAMA DE TRÂNSITO 6.3.6 HIERARQUIA FÍSICA E FUNCIONAL
6.3.7 LEGISLAÇÃO
pág: 43 pág: 44 pág: 45 pág: 45 pág: 46 pág: 47 pág: 48
SUMÁRIO 6.4 O LOTE
pág: 49 6.4.1 DESMEMBRAMENTO do lote
6.5 REPRESENTAÇÕES
pág: 50
CAPíTULO 1– introdução A necessidade de inovar está ca-
Tem-se como foco principal, o
do favorece principalmente o su-
da vez mais presente no mundo da construção civil. Técnicas que não agridam
desenvolvimento de um conjunto de habitações compactas feitas para
primento da demanda por mora-
o meio ambiente e que possibilitem uma
atender essa nova
rapidez construtiva estão sendo requeridas e desenvolvidas a todo instante
forma de morar que essas configurações familiares contemporâneas ne-
volvidas
por vários profissionais que trabalham nessa área.
cessitam. O projeto reutiliza material des-
de configuração familiar que vem se formando e suprindo as necessi-
dos
cartado que tem como função princi-
anos, está em constante modificação devido ao surgimento dessas novas téc-
pal o transporte de cargas e não o habitar: o contêiner, para desenvol-
dades diárias especificas de cada família.
nicas construtivas. A construção de
ver moradias compactas.
alvenaria tradicional está dando lugar a novos materiais, que, além de não de-
Esse material foi escolhido devido sua facilidade construtiva, sua
gradarem o meio ambiente, por serem ecologicamente corretos, visto que a
alta adaptabilidade a qualquer terreno, suas dimensões serem aptas a es-
discussão por sustentabilidade já está
cala humana de moradia e por reduzir,
enraizada no cotidiano da população de todo o mundo, são mais resistentes a
segundo a empresa de moradias em contêiner Costa Contêiner, em até
ação da natureza e possibilitam uma
30% os custos da obra. Além de for-
construção mais rápida, limpa e seca. Unindo a alteração das configu-
necerem uma construção limpa e rápida, evitando o esgotamento de recur-
rações familiares que a contemporaneidade trouxe com uma nova mentalidade
sos naturais, a poluição e eliminando o alto desperdício de resíduos no
que acelera transformações positivas é
canteiro de obrar.
A
arquitetura,
ao
longo
que o presente trabalho se desenvolve.
dias que as cidades necessitam. As habitações serão desenem
diversas
tipologias,
atendendo assim os variados tipos
O seu desenvolvimento rápi-
10
1.1- OBJETIVOS O objetivo desse trabalho é reutilizar o contêiner, que é destinado a transporte de cargas; para a construção de moradias compactas voltadas para as novas configurações familiares existentes no século XXI. Essas moradias terão metragens voltadas a atender à necessidade dessas famílias e o contêiner ajudará principalmente na diminuição de resíduos que as obras de alvenaria depositam no meio ambien-
te. O projeto também mostrará que com a junção de técnicas de isolamento térmico e acústico e técnicas menos degradantes ao meio ambiente, é possível habitar o contêiner de forma confortável e digna.
00 11
1.2JUSTIFICATIVA O processo de urbanização nas
familiar que vem se formando.
de recursos naturais.
grandes cidades vem trazendo novas tendências de moradia. A oferta por ter-
As moradias compactas refletem as mudanças que a sociedade, a
Com isso e tendo a certeza de que a construção civil é uma das
renos no centro das cidades e em áreas
economia e a configuração familiar tem
áreas que mais utiliza de desses
estruturadas em regiões de adensamento populacional, vai se tornando mais rara,
sofrido ao longo dos anos. São consequências também da redução dos es-
recursos, é fundamental que se comece a buscar formas e meios de se
obrigando a sociedade a buscar soluções criativas, para projetar casas
paços nas grandes cidades e na forma de consumo moderno que busca a otim-
frear a utilização excessiva desses recursos e começar a utilizar mais
e apartamentos que ofereçam conforto e
ização de recursos.
as práticas sustentáveis.
funcionalidade. Com isso, se abriu espaço para um novo conceito de morar do
A mudança de hábitos e modos de morar da população é um assunto
Tendo esse cenário em vista e as necessidades que essa nova forma
século XXI, as habitações compactas. Es-
que está em bastante evidencia, já que
de habitar trouxe, houve o interes-
sas moradias possuem dimensões mínimas com funcionalidades especificas que
as famílias se alteraram e a busca por moradias que supra as suas novas ne-
se por utilizar o contêiner para desenvolver esse projeto. Esse mate-
atendem as necessidades da população que a usufruem.
cessidades aumenta Outro assunto bastante abordado é a escassez de
rial, além de ser resistente, flexível, suscetível a mudanças inter-
As moradias compactas refletem
recursos naturais, devido a sua alta
nas e de local e facilmente alinha-
as mudanças que a sociedade, a economia e a configuração familiar tem sofrido ao
exploração por muitos e muitos anos. Segundo um estudo de Fittipal-
do ou empilhado, é descartado nos portos e em pátios de ferrovias
longo dos anos. São consequências tam-
di, as propostas de habitação não de-
sem
bém da redução dos espaços nas grandes cidades e na forma de consumo
vem ter apenas custos baixos, elas devem visar uma melhor qualidade, não
contribuindo para degradar ainda mais o meio ambiente.
moderno que busca a otimização de recursos.
só para o morador, mas também para o meio ambiente com um todo. Não é de
O contêiner tem as dimensões exatas para a escala humana, sen-
As habitações serão desenvolvi-
hoje que ouvimos que o planeta, em
do assim ele é facilmente adaptado
das em duas tipologias , que irá atender
alguma hora, entrará em colapso ambi-
para a moradia após passar por
os variados tipos de configuração
ental devido ao excesso de consumo
adaptações para o conforto
nenhuma
segunda
utilidade,
12 00
térmico e acústico de seus utilizadores.
o meio ambiente de forma positiva.
Outro ponto positivo no contêi-
Levando todas essas questões em consideração, o projeto que será
ner é que ele se encaixa em qualquer
desenvolvido poderá contribuir para o
terreno, e pode proporcionar uma maior área permeável embaixo dele, contribu-
desenvolvimento dessa uma nova forma de morar que a população mostra
indo para a infiltração de agua da chuva nos lençóis freáticos.
que está necessitando cada dia mais.
Outra característica que o contêiner traz para esse tipo de construção é a redução nos custos da obra. Segundo Danilo Corbas, sócio da empresa Costa Contêiner, uma obra executada com esse sistema construtivo, pode ser barateada em até 30% se comparado com uma construção convencional de alvenaria. Essa redução de gastos para a execução da obra, poderá tornar essas habitações mais acessíveis a população.
O reaproveitamento de Água da chuva, as placas fotovoltaicas para diminuição de gastos com a energia elétrica, além de utilização de técnicas de conforto térmico também são de extrema importância nessas habitações. Além de tentar baratear esses custos com manutenção posteriores, contribui para
13 00
CAPíTULO 2 — habitação compacta A sociedade moderna passou por modificações, das mais diversas origens, que influenciaram diretamente os núcleos familiares. Isso significou o surgimento de variados grupos familiares que não eram encontrados nos séculos passados. Tais grupos são denominados famílias monoparentais, que podem ocorrer devido a morte de um dos cônjuges, porém a maior causa está no alto índice de divórcios, casais que re-
solvem não ter filhos ou que fazem um planejamento de quando e quantos filhos ter; grupos com ou sem laços conjugais ou de parentescos vivendo dentro de um mesmo espaço, resultante da dificuldade financeira de acesso à terra, e a crescente parcela da sociedade que mora sozinha, formada por viúvos/ as com filhos adultos, jovens que adquirem independência financeira, estudantes e empresários que tentam se aproximar do núcleo de estudo e trabalho
Na segunda metade do século XX, quando surgem novos formatos de grupos domésticos: famílias monoparentais, casais DINKs - Double Income No Kids -, uniões livres incluindo casais homossexuais -, grupos coabitando sem laços conjugais ou de parentesco entre seus membros, e uma família nuclear renovada, ainda dominante nas estatísticas, mas com um enfraquecimento da autoridade dos pais em benefício de uma maior autonomia de cada um de seus membros. Todos passos em direção a um - aparentemente - novo padrão social: pessoas vivendo sós. As causas desta evolução são inúmeras e, relativamente, recente (TRAMONTANO, 1998. Não paginado)
Tendo em vista essas mudanças, novas formas de morar foram desenvolvidas e uma delas é a habitação compacta. Essa campactabilização se dá por um modulo residencial peque-
colocadas por estrangeiros como as do médico norte-americano Augustin Rey que discute a higiene da habitação e as do arquiteto alemão Walter Gropius, que traz a moradia coletiva vertical. Nesse artigo, ele faz ressalvas importantes acerca das moradias mínimas, e usa de noções consagradas no Ciam, em que discussão desse tema, onde considera que a residência mínima, não se dá apenas pela redução de
área e do número de cômodos, mas principalmente pela racionalização de todos os processos vitais que compõe o habitat. A moradia trás para si uma concepção técnica e
no, estruturado com o básico e ambi-
econômica da moradia necessária. Franscico (1943) apura que seja 3
entes integrados ou não, porém com
principais motivos que podem con-
dimensionamento mínimo.
tribuir para a formação de unidades habitacionais cada vez meno-
O engenheiro Francisco Batista de Oliveira, em seu artigo intitulado ‘’Residência Minina: o problema da ar-
res. - o empobrecimento da maioria da população, superpopulação nas
quitetura contemporânea” (1943) dis-
cidades e consequentemente enca-
cute a moradia mínima tendo como re-
recimento dos terrenos e o des-
ferencias as diretrizes construtivas
membramento da família.
00 14
O autor ainda faz uma importan-
No Brasil, as mudanças na es-
te colocação onde ressalta que não basta substituir moradas convencionais
trutura das famílias também incentivam esse mercado. O censo do IBGE
por casas pequenas, o que se deve é
(2010) mostra que a porcentagem de
transformar a residência em instrumen-
casas com apenas um morador aumen-
to útil a serviço do habitante
tou de 8,6% em 2000 para 12,2% em
desse imóvel na malha da cidade tem
2010 e houve uma crescente demanda por apartamentos compactos em regi-
também uma elevada importância, visto
ões mais adensadas.
que, a população que busca esse tipo
confirmam que o mercado já absorveu
de moradia não tem condições de pagar
esse novo conceito de moradia e que
por mais metros quadrados mas busca
com o passar dos anos as unidades de
as vantagens de estar em bairros es-
habitação compactas terão cada vez
truturados com boa localização e que
mais destaque e receberam ainda mais
A preocupação com a inserção
tenha facilidade de mobilidade. Segundo a FOLHA (2015) nos Estados Unidos, as unidades habitacionais compactas têm área útil entre 25m² e 35m². O dormitório é integrado com a sala de estar, mas a cozinha e o banheiro contam com equipamentos para solucionar as necessidades diárias. Em compensação, as áreas comuns exter-
Estes números
investimentos e tecnologias. Sendo assim, essas moradias podem ser caracterizadas tanto como moradia permanente quanto como unidade habitacional provisória, sabendo que é uma possibilidade de investimento, tanto
para lazer, locação ou uso profissional, quando se trabalha em diferente cidade do domicílio.
nas são estruturadas para facilitar a socialização e complementar a falta de espaço interno dos apartamentos.
00 15
2.1 - BREVE HISTÓRICO DO DESENVOLVIMENTO DAS HABITAÇÕES va-se em cavernas e grutas e em regiões
construíram os primeiros sobrados com comércio no térreo e dormitórios
onde não havia cavernas, a alternativa
na parte superior. Na Revolução In-
era usar folhagens para se proteger
dustrial, portadores de dinheiro e de bens passaram a ter casas luxuosas e
Na pré-história, o homem abriga-
das intemperes da natureza e de predao homem abandonou o estado de nôma-
os pobres em condições precárias e sem saneamento, apertados em peque-
de e começou a se fixar em habitações,
nos espaços insalubres .
dores. Tendo o domínio da agricultura
A redução de áreas do espaço doméstico é um fenômeno relativamente recente. O que se viu, nos países que receberam da ajuda norte-americana para a rec o ns tr u ç ã o no pósSegunda Guerra Mundial, foi um ligeiro aumento das habitações menores e a acentuada diminuição das maiores (TRAMONTANO, 1998. Pág.,6)
consequentemente, por serem permanen-
No final do século XIX e início do
Estes são os precursores
tes tinham melhores condições de con-
XX, o maior conhecimento da arquitetura trouxe melhorias para a moradia.
das unidades habitacionais compac-
Sendo assim, o homem iniciou a
As noções de conforto que traziam a
segundo TRAMONTANO (1998). Até
vida em sociedade, o que no futuro se tomariam as cidades. Por estar em so-
importância da ventilação e insolação, as habitações passaram a ser mais
os anos 90, os "miniflats" japone-
ciedade, o homem se viu na necessidade de se diferenciar, para isso as casas
adequadas para um habitar digno. TRAMONTANO (1998) mostra
países.
tomaram características próprias e par-
que no primeiro pós-guerra, as moradi-
ticulares, expondo características fi-
as alemãs tiveram a cozinha integrada
nanceiras e culturais dos seus donos.
com a sala de estar, tornando-se um
forto.
Na antiguidade, a população por-
espaço privilegiado do convívio entre
tadora de bens vivia em casas com di-
os membros da família. Além disso, a
versos cômodos, enquanto que a popu-
pouca área útil de cada unidade foi
lação pobre morava nas periferias das
tratada com elementos flexíveis como
cidades.
camas escamoteáveis, mesas dobráveis
No Renascimento, os burgueses
ou móveis, portas de correr.
tas que surgiram com o modernismo
ses traziam espanto para os demais No século XXI, as moradias têm como conceito a sustentabili-
dade para a racionalização dos recursos. A violência dos centros urbanos, fez surgir habitações verticais e condomínios cada vez mais murados. A falta de planejamento das cidades brasileiras resulta no crescimento desarranjado das periferias, criando novas demandas
1600
demandas de transporte e con-
Conforme
estudo
feito
pela
sequentemente o trânsito, pois faltam políticas de incentivo a transporte pú-
BBC (2013) a redução do tamanho
blico.
profissionais de classe média é uma
Os programas para reduzir o déficit habitacional financiado pelo Governo Fe-
tendência em regiões centrais de me-
deral encontraram dificuldades na valorização imobiliária. Os centros urba-
e Ásia.
das moradias ocupadas por famílias e
trópoles da América do Norte, Europa
nos se tornaram áreas caras e empurraram os empreendimentos para as periferias, gerando novas demandas de infraestrutura. Outra consequência foi o encarecimento
da
desapropriação
de
imóveis para viabilizar a construção da infraestrutura como a construção de metrôs e outros equipamentos sociais. O adensamento populacional nas cidades e a valorização imobiliária estão transformando o modo de morar. As pessoas estão buscando qualidade de vida e com isso procurando locais com mais estrutura, mas as áreas urbanas estão com espaços cada vez mais escassos, sendo assim as habitações precisam ser adaptadas a estes novos estilos de vida, com a redução dos espaços internos tornando-se multifuncionais.
17 00
CAPÍTULO 3 —
ARQUITETURA E CONSTRUÇÕES SUSTENTÁVEIS satisfatório de desenvolvimento social e econômico e de realização humana e cultural, fazendo, ao mesmo tempo, um uso razoável dos recursos da terra e preservando as espécies e os habitats naturais. ” (Relatório de Brundtland, 1987).
Sustentabilidade, essa palavra sofre uma enorme exaustão de uso nos dias atuais além de muitas vezes ser aplicada de forma inadequada.
As discussões sobre sustentabilidade se deram início na década 60 no
vimento sustentável. Com esses relatórios e discussões, podemos entender que há uma relação limite entre homem e meio ambiente para que haja um bem-estar da sociedade. Esse limite é imposto tam-
Clube de Roma, onde se era debatido as questões ambientais. Seu primeiro rela-
tras convenções foram feitas com fo-
bém para a utilização de recursos naturais, que deverão ser preservados
tório escancarou para a sociedade um
co em sustentabilidade e responsabili-
ao máximo visto que são recursos não
cenário bem degradado sobre o futuro do planeta se o padrão de desenvolvi-
dade social. Tivemos a ECO-92, que
recuperáveis.
mento continuasse igual os executados na época. Após esse relatório, o Clube de Roma desenvolveu outros relatórios que eram focados em preservar o meio ambiente e alterar os padrões desenvolvidos. A palavra sustentável, em sua essência, surge junto ao termo desen-
volvimento
sustentável,
apresentado
pela primeira vez no relatório de Brundland. O desenvolvimento que procura satisfazer as necessidades da geração atual, sem comprometer a capacidade das gerações futuras de satisfazerem as suas próprias necessidades, significa possibilitar que as pessoas, agora e no futuro, atinjam um nível
Após esse relatório, muitas ou-
inseriu
documentos
mais
objetivos,
É
imprescindível
destacarmos
não só no âmbito nacional, mas no in-
que a construção civil é o setor que
ternacional, sobre a combinação do
mais degrada os recursos naturais.
processo econômico e consciência eco-
Em sua maioria, as empresas do meio
lógica fundamentando ainda mais o de-
civil não se preocupam em seguir prin-
senvolvimento sustentável no plane-
cípios e passam por cima de qualquer
ta.
imposição para diminuir ou preservar a Dentro da ECO-92 foram de-
extração e degradação de recursos
senvolvidos vários apêndices que se
naturais, tendo como objetivo maior,
tornaram expressivamente importante
único e exclusivamente, o lucro. Segundo CORRÊA (2009) a As-
para o cenário das discussões sobre a sustentabilidade. A agenda 21 trouxe
sociação Brasileira dos Escritórios
objetivos concretos de sustentabili-
de Arquitetura – ASBEA define diver-
dade para diversas áreas, mostrando a necessidade de se encontrar novos
sos princípios que uma construção tem que ter para ser sustentável.
recursos financeiros para o desenvol-
18
São elas:
Aproveitamento de condições naturais locais; Utilizar mínimo de terreno e integrar-se ao ambiente natural; Implantação e análise do entorno Não provocar ou reduzir impactos no entorno – paisagem, temperaturas e concentração de calor, sensação de bem-estar. Qualidade ambiental interna e externa; Gestão sustentável da implantação da obra; Adaptar-se às necessidades atuais e futuras dos usuários; Uso de matérias-primas que contribuam com a eco eficiência do processo. Redução do consumo energético. Redução do consumo de água Reduzir, reutilizar, reciclar e dispor corretamente os resíduos sólidos. Introduzir inovações tecnológicas sempre que possível e viável Educação ambiental: conscientização dos envolvidos no processo
construção precisa se esforçar ainda
mostra que essas edificações são
mais.
desenvolvidas para executar o uso As empresas devem produzir e
gerir suas obras de forma mais consci-
consciente e racional de recursos naturais, utilizar materiais que se-
ente ambientalmente. Elas devem inse-
jam ecologicamente corretos e mo-
rir em suas obras soluções que tragam benefícios relevantes ao meio am-
dificar minimamente o ambiente em que estão inseridas. Com todas es-
biente focando em diminuir a extração
sas precauções, a edificação tem
de recursos naturais e diminuir o des-
uma redução no consumo de energia, água e outros recursos, tra-
perdício de resíduos construtivos.
zendo uma maior economia para ‘’A arquitetura ecoeficiente ou sustentável, como é mais conhecida, faz uso de técnicas de bioarquitetura, intervenções conscientes e planejadas, que buscam satisfazer as necessidades humanas, em concordância às condições naturais locais, empregando de forma sustentável os recursos, gerenciando sua procedência e seu uso, o destino dos resíduos gerados e sua reciclagem e por fim, buscando preserva-los para as próximas gerações. ’’
quem utiliza-la. Mais
precisamente
quando
se trata de moradias, é visível a preocupação com o morar sem destruir. Segundo Fittipaldi (2008, p 01.), ‘’ As propostas de habitação não devem ter apenas custos baixos, mas devem visar uma melhor qualidade não só para o habitante,
mas também para o meio ambiente Com todas essas discussões de
Há quem já pratique constru-
arquitetura e construções sustentá-
como um todo. ’’ Com o passar dos anos, fo-
ções sustentáveis pautadas nesse prin-
veis surgem as Edificações Sustentá-
ram sendo desenvolvidas técnicas
cípio, visto que essas práticas são algo
veis. Tais edificações trazem consigo
para que as edificações fossem se
utilizado já há algum tempo no merca-
um conceito extremamente útil para as
adaptando a sustentabilidade.
do. Porém ainda assim, o setor da
formas de construir dos dias atuais.
Dentre elas podemos desta-
Sendo assim, Souza (2015)
19 00
car a reutilização de agua da chuva
4. Aproveite a enorme inércia
com a utilização de cisternas, os telhados verdes, materiais de conforto tér-
térmica do recipiente - ( essa inercia termica do conteiner é promovida
mico que diminuem o uso de ventilação e
pelas paredes de aço, que permitem
refrigeração artificial, aberturas para um melhor aproveitamento de luz natu-
uma rápida refrigeração, mesmo nas horas de extrema radiação solar)
ral, diminuindo assim o uso de luz artificial durante o dia.
5. Certifique-se de respirabilidade e ventilação natural;
Todas essas e muitas outras técnicas devem ser sempre pensadas e estudadas para que a edificação se torne cada vez mais acessível sustentavelmente.
6. Certifique-se de impermeabilização, e evitar a condensação. 7. Fornecer acabamentos interiores saudáveis, ecológicos e
Sendo assim, não podemos colo-
facilmente substituíveis.
sustentável só por conta de ser um ma-
8. Certifique-se do equilíbrio eletromagnético e eliminar o efeito de
terial reutilizado. Garrido (2011) ana-
"Gaiola de Faraday"
lisa que há uma série de ações que deve ser desenvolvida para que esses contêi-
9. Garantir a recuperação, reparação e reutilização de
neres se torne formas de habitar sus-
componentes
tentáveis.
10. Otimizar o maximo possivel o uso de materiais
car o contêiner como uma construção
São elas: 1. Garantir um projeto adequado com relação ao clima local; 2. Melhorar o comportamento térmico e acústico; 3. Proporcionar isolamento do lado de fora;
11. Diminuir emissões o máximo possível 12. Reduzir o desperdício, tanto quanto possível. 13. Diminuir o consumo de energia, tanto quanto possível.
20 00
CAPÍTULO 4 —
O CONTÊINER E SUAS CARACTERÍSTICAS
Os containers são caixas de me-
dry cargo, open top, collapsible, open
tal com grandes dimensões que em sua maioria são destinados ao transporte
side, ventilated e garnetainer (figura 1)
de cargas por longas distâncias, tanto
O que será utilizado para o de-
em navios quanto em trens. Esse elemento de transporte
senvolvimento desse projeto é o high club. Este contêiner é básico, com
veio para substituir os toneis que ocupavam muito espaço e não davam mais
portas no final e é utilizado para cargas secas, como roupas, móveis, ali-
conta de transportar tanta carga.
mentos, entre outros.
Sua principal vantagem referente ao transporte é reduzir o frete e ba-
Os quadros abaixo nos mostra as dimensões que o hig club tem dispo-
ratear os gastos de empresas, além de
nível. O de 20 pés, com 6,06 metros e
ter sido peça fundamental no aumento
o de 40 pés, com 12,09 metros. Ambos tem 2,85 metros de altura e 3 metros
das exportações mundiais. A vida útil desses containers é de aproximadamente 10 anos. Após esse tempo, há necessidade de descarte desse material, segundo a norma, de forma consciente. já que é elaborado com ma-
de largura. (figura 2))
FIGURA 1. TIPOS DE CONTÊINERS.
QUADRO 1. DIMENSÕES 20 PÉS
20 ‘
teriais metálicos que não são biodegra-
LARGURA (m)
COMPRIMENTO ( m)
ALTURA ( m)
3,0
6,06
2,85
dáveis, se tornam um problema não só para as cidades portuárias, mas também para as cidades que tem terminais ferroviários, por se amontoarem nos pátios sem nenhuma utilização.
Tipos de contêiner
QUADRO 2. DIMENSÕES 40PÉS
40 ‘
LARGURA (m)
COMPRIMENTO ( m)
ALTURA ( m)
3,0
12,19
2,85
FIGURA 2. CONTÊINER TIPO HIGH CLUBE 40 PÉS
Existem diversos tipos de contêiner no mercado. Temos : high club
21 00
4.1 - CONTÊINER PARA HABITAÇÃO De acordo com dados do porto
Docknads, existe a “Container City”,
de São Paulo a geração dos Resíduos
de Santos, localizado no litoral sul
ou a cidade do contêiner, que consis-
de Construção e Demolição (RCD) va-
do estado de São Paulo, a média anual
te num conjunto deles, encaixados,
riava entre 54% e 70% dos Resíduos
de containers que desembarcam em san-
criando uma construção modular ver-
Sólidos Urbanos. Na cidade de Salva-
tos é de mais ou menos 112.00 mil. Uma
sátil e bonita. No Haiti, o equipamento
dor,
grande parte deles são descartados,
foi usado em projetos habitacionais
nos mostra que os RCD representam
mesmo estando em boas condições, devi-
populares, após o terremoto, para
cerca da metade dos resíduos sólidos
do a exigências da norma que estabele-
abrigar inúmeras famílias.
urbanos e correspondem à geração
ce seu prazo de uso como sendo de 10 anos. Tendo como prioridade, atual-
mente, se construir com mais sustentabilidade
diminuindo
os
resíduos
da
por
exemplo,
LIMPURB,(2004)
diária de aproximadamente 2.000t. O “Há também a redução dos recur-
crescimento populacional, o desen-
sos naturais como areia, água, tijo-
volvimento econômico e a utilização
lo, cimento; reaproveitamento de peças metálicas, uso da ventilação
de tecnologias inadequadas têm con-
cruzada nos ambientes e, sobretu-
tribuído para que esta quantidade au-
construção civil, unido a necessidade
do, a diminuição significativa da
mente cada vez mais.
de criar moradias que se encaixe aos
quantidade de entulho. ” Sotello
novos hábitos das recentes configura-
(2012, não paginado).
ções familiares e a necessidade de se dar um destino a esses inúmeros contêineres, depositados nos portos e pátios de ferrovias, é que se decidiu utilizalos para a construção de módulos de habitação compacta. A prática já é popular em países da Europa, nos Estados Unidos e na China. Na Inglaterra, mais
precisamente
em
Trinity
Whart, na região portuária de
Bouy
A produção de quantidades significativas de resíduos da constru-
ção civil é também um dos principais problemas enfrentados nas cidades. Em alguns países europeus, segundo SJÖSTRÖM (1992) o volume de entulho produzido é o dobro do lixo sólido urbano. Dados levantados entre 1995 e 1997 por PINTO (1999), indicam que em cinco cidades do interior
Essas habitações feitas com contêineres, além de visar à sustentabilidade, através do uso de um material que é desprezado, podem, segundo Romano
(2014,
apud
Schonarth,
2013), se tornar uma forma mais rápida e barata para a construção de habitações,
tendo
uma
diminuição
de
30% no preço final da obra se comparado com métodos tradicionais, diminuindo assim os valores altos cobrados por moradias.
22
4.2 - DESEMPENHO TÉRMICO DO CONTÊINER O uso original do container não
conforto acústico devido a extrema
partir de garrafas pets descarta-
é ser um espaço de moradia, porém a es-
vibração que o material do contêiner
cala em que ele foi desenvolvido se en-
este sujeito. . O aço entra em vibra-
dos, segundo a fabricante TRISOFT, é desenvolvido especialmente para
caixa perfeitamente à escala humana.
ção com barulhos externos e internos
isolamento
Sendo assim, a principal preocupação,
e
para que se possa habita-lo, durante a
enorme. Um dia de chuva pode causar
acústico em sistemas drywall de paredes com placas de gesso / cimentí-
montagem, é que esse contêiner garanta
grande desconforto para os morado-
condições mínimas de habitabilidade. Se
res desses módulos.
causa
um
desconforto
acústico
térmico
e
isolamento
cia e construções a seco em steel frame e wood frame. É ecologicamen-
essa preocupação, sobre como adequar
Desde que se começou a usar
te correta, reciclada e totalmente
o contêiner para moradia não for leva-
os contêineres como forma de mora-
da em consideração, o contêiner pode
dia, vem sendo desenvolvidos vários estudos para que essa habitabilidade
reciclável. Isola os ruídos entre os ambientes internos e proporciona
consumir muito mais energia que uma ha-
melhor conforto térmico entre uni-
já
aconteça e da melhor forma possível. Utilizado já em Londres, Nova Iorque,
dades residenciais e comerciais. Outra técnica de conforto utilizada
que o material em que o contêiner é
Holanda, China e muitos outros paí-
produzido é condutor de calor.
ses, o contêiner precisa de técnicas para que tenha o conforto necessario
para melhorar o desempenho térmico e acústico dessas habitações são as
bitação convencional para se estabilizar,
principalmente
termicamente,
Embora sejam ambientalmente adequadas em muitos aspectos, suas características térmicas apresentam-se extremamente insatisfatórias, o que acarreta a utilização praticamente constante de climatizadores de ar, a fim de viabilizar a ocupação humana. (CASTRO, PRADO, 2014. Não paginado)
contêiner são recentes, mas já contam
mercado três materiais capazes de se adequar junto às telhas metáli-
com técnicas para conforto térmico e
cas para proporcionar o conforto
acústico adequado para habita-lo como a lã de pet, a telha termo acústica
necessário. São elas: lã de rocha, poliuretano e o poliestireno expan-
de poliuretano, a utilização de vidros
dido (EPU) (figura 4). Ambos os materiais configu-
No Brasil as construções em
duplos, telhados verdes e chapas de drywall dupla. Além do conforto térmico, temos que entender a necessidade de um
telhas termo acústicas. Existem no
Chamadas por lã de pet (figura
3), esse material, que é fabricada a
ram o mesmo sistema para o conforto. São telhas que configuram um sistema ‘’sanduiche’’ (figura 5)
23
que se necessário pode-se aumentar a espessura do material interno para atender necessidades mais rigorosas de isolamento.
O poliuretano assim como a lã de rocha e o EPU possuem um baixo coeficiente de condutividade térmica, oferecendo uma resistência nas trocas constantes de calor externo e interno
FIGURA 3. Materiais termo acústicos
nas edificações. Quando pintadas com tinta branca, reflete a luz e tem um me-
lhor desempenho. Essas telhas termo acústicas oferecem também um elevado desempenho
no
isolamento
acústico,
Telha metálica na face superior Preenchimento de material adequado com espessura variada Telha metálica na face inferior
com capacidade de reduzir entre 15 a 40 decibéis a carga de ruídos externos,
FIGURA 4 .Sistema de telha ‘’sanduiche’’
conforme a frequência das ondas sonoras.
VIDRO EXTERNO
A junção dessas e de outras técnicas, que vem sendo utilizadas para o conforto térmico e acústico, com o
CÂMERA DE AR DESIDRATADO INTERNO VIDRO
PERFIL METÁLICO
estudo de insolação para a implantação no lote, fazem com que esses contêineres tenham um potencial alto para se-
SELAGEM SECUNDÁRIA: ESTABILIDADE
rem habitados com diversas finalida-
SILICONE OU POLISSULFETO
des.
FIGURA 5. VIDRO DUPLO TERMICO-ACúSTICO
24
4.3– Vantagens e Desvantagens do contêiner Para uma construção em contai-
ner deve-se considerar não só suas vantagens, que em sua maioria contribui para o meio ambiente, mas suas desvan-
Preservação das árvores no terreno
e projeto paisagístico para ajudar
sidência não é muito comum, o que
no sombreamento da construção e
pode dificultar na obtenção do
amenizar o calor excessivo.
aval de construção em alguns países. Além da inexistência de legis-
tagens também, que se não forem fiscalizadas podem gerar danos a qualidade
Redução
de
resíduos
sólidos
lação e normas que regulem o uso
na
de container para esse fim;
construção
de vida do ser humano.
VANTAGENS
HÁ uma economia de recursos naturais
que não foram utilizados na constru-
DESVANTAGENS
mo isolante acústico exige acabamen-
água, ferro etc. Isso gera uma obra
tos e revestimentos para garantir o
mais limpa, com redução de entulho e
conforto do usuário;
de outros materiais. Mais economia e rapidez na terrapla-
O fato de ser fabricado em aço, que é um bom condutor de calor e péssi-
ção da casa: areia, tijolo, cimento,
O uso de estrutura metálica em re-
nagem.
Possibilidade de contaminação tanto com relação a manutenção e produção do container, como tam-
bém em relação à carga que transportava anteriormente. Por isso é necessário exigir do vendedor um documento que certifique que o container adquirido nunca transportou produtos tóxicos ou preju-
Por ser um material cujo manuseio e
diciais à saúde e mesmo assim rece-
corte exige mão-de-obra especializa-
beu tratamento adequado.
da, isso pode encarecer os custos,
A impermeabilização máxima de 15% do
porém, o custo total da obra conti-
terreno
nua sendo inferior a uma obra tradi-
preserva o solo e
lençol
cional;
freático. O projeto respeita ao máximo o relevo natural do terreno, evitando interferências no solo e no lençol
Necessita-se de equipamento especia-
freático. Mais de 85% do terreno fica
lizado, como empilhadeiras e guin-
permeável,
dastes, para transportar, movimen-
contribuindo para
ção da água das chuvas.
absor-
tar e auxiliar na montagem;
25 00 00
CAPÍTULO 5 —
REFERÊNCIAS PROJETUAIS
5.1- CASA CORBAS - SÃO PAULO - BRASIL A residência de 192 m² de área
de são Paulo, chegando ao terreno já
garagem e quarto de hóspedes. Já
útil foi projetada e construída pelo arquiteto Danilo Corbas, em 2011, na
desamassados e com portas e janelas já recortadas foram colocados no
no superior de forma alternada referente ao piso inferior, os contêi-
cidade de cotia-sp.
terreno, por um guindaste, na posição
neres se dispõe para abrigar as du-
O projeto une 4 contêineres marítimos inutilizados de 12,19 metros
definitiva, fixados em sapatas isoladas, pequenas e rasas, sem necessida-
as suítes e as varandas. Corbas montou os 3 contêineres de forma
de comprimento, 2,80 de largura e 2,90 (40 pés) (figura 6)
de de ferragens. (figura 7)
que os inferiores sustentasse o superior e criasse terraços no pavimento superior e o inferior uma área de convívio embaixo do contêiner elevado.
Piso inferior
Figura 6. residência em cotia-sp
Figura 7. colocação dos contêineres
Corbas, após estudar sobre a reutilização
Os
de contêineres como forma de habitação,
(figura 7 ) de maneira que abrigue ho-
decidiu então construir sua própria casa
rizontalmente no piso inferior sala de
com contêineres.
estar, sala de jantar e cozinha gou-
A construção levou 6 meses para ser finalizada e os contêineres fo-
4
conteineres
estao
dispostos
mert integrada, área de serviço,
ram comprados em são Vicente, litoral
Piso superior
26 00 00
Aberturas projeto
As areas de convíveo tem su-
que as aberturas se dão conforme a locação da habitação no terreno além
perfícies envidraçadas que se abrem por completo, fazendo com que haja
de levar em consideração as atividades
um controle da ventilação natural
desempenhadas em cada ambiente inter-
igualmente nas aberturas para o terraço. ( figura 8)
Pode-se
observer
no
namente.
A escada, banheiros, dormitórios e cozinhas tem aberturas menores pois necessitam de maior privacidade (figura 9) Aberturas privativas
Abertura para Acesso ao terraço
Possibilidade
terraço
De abertura completa Abertura completa Interior mais ‘livre”
Figura 9. aberturas privativas
Figura 8. aberturas livres
27 00
Conforto e sustentabilidade da casa contêiner
O projeto adotou o conceito de sustentabilidade ao utilizar alguns ma-
teriais. Para o desempenho térmico o projeto recebeu painéis de drywall com
Telha
isolamento de lã de PET ( figura 10) e telhas tipo sanduíche de poliuretano, que refletem os raios solares e ameniza a temperatura no interior da habitação,
tipo
sanduiche
de
poliuretano
Figura 11. telha tipo sanduiche
com uma camada entre a telha e o contêiner de lã de rocha (figura 11 e 12) Camada de lã de rocha Entre o contêiner e a telha
Figura 12. camada de lã de rocha
Lã de pet
O isolamento termoacustico com lã de pet pode ser feito em coberturas metálicas, telhas, drywall, forros, diviFIGURA10. lã de pet
sórias entre outros. Ele cria uma barreira e não permite passagem de calor para dentro do ambiente, quando utilizado em coberturas e fachadas. Sendo assim ele ajuda na melhora do conformo térmico
Além de não ser agressivo ao meio ambiente. A lã de pet também é um ótimo isolante acústico. Ela isola o ruído se instalada adequadamente. No caso do contêiner ela evita a vibração das placas de aço.
28 00
Os acabamentos são ambientalmente corretos. Como exemplo, a pintura com tintas a base d'água com baixos índices de VOC (compostos orgânicos voláteis) das paredes internas de drywall e o microci-
mento que reveste a parede de stell frame (figura 13) do fundo da sala e os degraus da escada. A tubulação se faz toda dentro do sistema de drywall, (figura 14 ) fican-
Figura 14. divisórias de drywall e tubulações
do aparente só o que o arquiteto já havia previsto que ficasse. No andar de cima, as suítes abremse para amplas varandas, com piso vegetal (figura 15). Trata-se do telhado verde instalado sobre os contêineres do térreo, mais um recurso para controlar a temperatura da casa e mantê-la fresca sem o uso de ar-condicionado.
Figura 15– telhado verde
Figura 13– anexo de steel frame—escada
29 00
O projeto paisagístico preservou as arvores originais e impermeabilizou apenas 15% da área de 800 m² do terreno (figura 16), o que facilita o escoamento da agua da chuva e evita a formação de ilhas de calor.
Notamos também que o sistema de conforto térmico e acústico utilizado por Corbas, se encaixaria perfeitamente para suprimir o calor que seria gera-
do nos contêineres se implantados na cidade de Ribeirão Preto, que é extremamente quente. Outro ponto positivo dessa construção é que ela aceita o relevo natural do solo e não impõe grandes modificações, se adequando a maioria dos terrenos e se tornando uma construção de moradia mais rápida e pratica.
Figura 16– topografia preservada
Após estudo de referencia da casa contêiner de Corbas, temos como di-
retrizes sistemas que propuseram sustentabilidade e conforto tornando um contêiner habitável de forma digna. Essa
construção
não
gerou
entulhos
monstruosos além de que quase todo o material que seria descartável foi reaproveitado.
30 00
5.2- KEETWONEN - MORADIAS ESTUDANTIS EM AMSTERDAM Um exemplo prático de quem inici-
automática, aquecimento através de
ou com poucos containers e hoje já tem mais de 1000. Em Amsterdam foi cons-
caldeira com gás natural central, água quente fornecida por um tanque
truído
foi
de 50 litros por apartamento e cone-
considerado um dos maiores complexos para moradia estudantil do mundo
xão de internet de alta velocidade. Além do óbvio uso “verde” dos
construído com contêineres. A obra iniciou no final de 2005
contêineres, Keetwonen integrou um telhado para acomodar a drenagem de
e na metade de 2006 estava concluída.
águas pluviais, enquanto proporciona
As unidades são muito populares entre os estudantes que disputam para con-
a dispersão de calor e isolamento para os contêineres abaixo.
num
complexo Keetwonen,
seguir uma vaga e, apesar de terem outras opções de aluguel na região, eles querem o container, mesmo, segundo o
Figura 18–distribuição interna
site container.sa, o aluguel chegar a R$ 1.150,00 por cerca de 12m²
Todo o projeto foi concebi-
Cada apartamento modular pos-
do de acordo com a maneira que os estudantes gostariam de viver: Ter
sui banheiro, cozinha, sala-quarto e varanda (figura 17 18), além de grandes
um lugar para eles sem ter que divi-
janelas que oferecem uma vista panorâmica e luz natural e, até mesmo, um sistema de ventilação automática com velocidades variáveis diversos ambientes sociais também construídos com os contêineres. Entre os serviços incluídos no complexo estão: estacionamento se-
dir o chuveiro e vaso sanitário com estranhos era primordial. Mas ao Figura 17. distribuição dos módulos
mesmo tempo que o complexo oferece áreas privativas para os estudantes, ele disponibiliza áreas comuns para haver a integração e convívio social entre todos.
guro para bicicletas, ventilação
3100
A “cidade universitária” conta com um café, supermercado, espaço de escritórios e área de esportes. As unidades são organizadas em “blocos” (imagem 19) e cada bloco con-
tém uma unidade de serviço com eletricidade centralizada, internet e sistemas de rede. Os blocos têm uma área fechada interna para estacionamento de bicicletas ( imagem 20) Figura 20. pátio de bicicleta
Figura 22. junção dos andares
O edifico é estruturado apenas
Esse edifício nos faz pensar
pelos próprios contêineres, que foi desenvolvido para aguentar muitos
que a construção de moradias em con-
outros contêineres em cima nos pátios de armazenagem. Toda a estrutura das
edificações de construção térrea.
varandas e passarelas são feitas em
traz uma facilidade para subir edifica-
metal. (figura 21 e 22)
ções maiores e beneficiar um número
têineres não está ligada somente a O
fato do contêiner se auto sustentar
maior de população
Figura 19. blocos habitacionais
Figura 21. estrutura do edifício
32 00
5.3 CONTAINER GUEST HOUSE - POTEET ARCHITECTS Esse projeto consiste em uma casa
(FIGURA 24) A abertura locali-
de contêiner criada pelo escritório poteet architects em 2010 em san antonio,
zada na superfície frontal, encontrase sombreada por conta de uma cober-
no texas.
tura colocada que permite que se crie
do teto.
A ideia surgiu após um estudo que indicava o quanto o contêiner era um re-
um terraço. (FIGURA 25) O contêiner tem um sistema de calefa-
Cobertura e
curso mais barato devido ao abandono das empresas maritimas em seus destinos
ção, ar condicionado, instalações elétricas e hidráulicas, cobertura salien-
ao inves de transporta-los vazios.
te para se criar um terraço e um pátio,
Esse projeto conta com apenas um contêiner (figura 23)
e possui ainda cobertura verde.
do ar condicionado. A agua que sobra do lavatório e chuveiro é coletada e utilizada na irrigação do jardim Cobertura verde
terraço
Aberturas da sala e dormitório
O contêiner foi modificado para
Figura 25. vista lateral—cobertiras
O container tem sua vedação
Figura 24. VISTA INTERNA
atender as necessidades do usuário e ga-
A cobertura tem uma estrutura de aço preenchido com garrafas Reci-
nhou duas grandes aberturas que dão
cladas que formam uma “almofada”.
Figura 23. CONTAINER GUEST HOUSE
visão para a sala de estar e o dormitório.
Ela tem a função de servir de
feita com placas de drywal. A moradia é suspense por antigos postes de madeira, que servem de base e tem como função não permitir que o container tenha contato com o solo, sendo assim, há uma diminuição da temperature interna.
base para o equipamento de entrada
3300
A planta se faz de forma livre (figura 26), permitindo assim que o arranjo do mobiliário crie ambientes diferentes conforme as necessidades dos usuários. A única parte fixa é o banheiro (figura 27 e 28) devido as instalações hidraulicas e aguá e esgoto.
1
10 3 4
2
Figura 27e 28. lavatório e banheiro
9
5 8
7
11 6
Figura 26. planta baixa 1— terraço
8— aquecimento, ventila-
2– estar / dormitório
ção e ar condicionado
3— chuveiro
9—depósito
4—luminária
10— canteiro em balan-
5—vaso sanitário
ço
6— canteiro para com- 11—tanque de coleta de postagem
(
reciclagem água
do lixo) 7— malha para plantio
34 00
Capitulo 6 — projeto O
presente
projeto
trata
de
Os blocos dos módulos de habitação fo-
A rampa tem inclinação aces-
módulos de hbitação compacta reutilizando contêineres onde tem por princípio a
ram pensados para que no seu interior houvesse espaços
organização dos espaços a partir de
convivência onde há quiosques, bancos,
com
combinações desses contêineres.
brinquedos e espécies de arvores para o
possam
sombreamento dos caminhos internos.
residências
terreno que ao todo tem 9 metros de desnível. Seu ponto mais alto se localiza
Os módulos são empilhados uns nos outros, chegando a 3 pavimentos
na entrada da Avenida Portugal, já o
mais o térreo.
ponto mais baixo se dá na entrada da
0.20 cm acima do nível do terreno, sus-
Para que os modulos pudessem ser implantados, o terreno precisou passar por cortes, ficando entao não mais com 1,0 metro de desnível entre uma curva e outra, mas sim com 2,0 m. sendo assim foram feitos platôs. (figura 29) Para que os moradores possam
tentados por blocos de concreto, sapa-
siveis ( com 8,33¢ de inclinação). As essas circulações verticais sevem como muro de arrimo para o desnivel.
reduzida
acessar
(P.M.R)
facilmente
suas
Plataforma de Acesso ao módulo
O bloco do térreo encontra-se
Avenida maurilo biagi.
circular e vencer os níveis do terreno, foram colocadas escadas e rampas aces-
mobilidade
tas e estacas, que serão dimensionadas
de
acordo
com
o
solo
do
0,35
A implantação foi pensada em um
de
sível (8,33%) para que pessoas em cadeira de rodas (P.C.R) e pessoas
Figura 30
terreno
(figura 30) devido a necessidade de se
Rampa de acesso
elevar o contêiner para conforto térmi-
(8,33%)
co e para não haver desgaste do seu material quando em contato direto com o solo, foi implantada uma rampa do solo do terreno até as platafor-
mas de circulação.
Topografia Original do terreno
Há lugares que não há possibilidade de acesso por conta desse desnivel. Sendo assim foi implantado jardim em taludes.
Topografia Figura 29
alterada terreno
35
Levando em consideração os estu-
A circulação horizontal nos pisos superiores se dá por passarelas de
dos feitos e as referências projetuais
ferro chumbadas no contêiner que levam da circulação vertical até os módulos
estudadas, adotou-se a lã de pet em um sistema de sanduiche com chapa dupla
habitacionais.
de gesso acartonado para solucionar
Para a circulação vertical, foi
tais necessidades. (figura 32)
utilizada uma caixa de escada em ferro.
Chapa contêiner
(figura 31)
Figura 33 - perfil metálico
Isolamento ( lã de pet) Chapa dulpa de Gesso acartonado Figura 32 - esquemático de isolamento
Entendendo que a moradia deve ser acessível à todos, os módulos loca-
figura 31. caixa de escada Os módulos de habitação tem o aço do contêiner como estrutura base, sendo assim, se faz necessário um revestimento para que se tenha conforto térmico e acústico.
O sistema hidráulico consiste na entrada de água nos módulos habitacionais por tubulações, embutidas em bonecas, revestidas de gesso acartonado ( canos de pvc de 2’’) que a trarão de uma caixa d’água elevada, localizada no ponto mais alto
lizados no térreo são voltados as pessoas com cadeiras de roda ( p.c.r) e as
do terreno, até as torneiras, descargas e chuveiros por gravidade.
com mobilidade reduzida (p.m.r), pelo seu
As saídas de água, também se-
fácil acesso e pela sua distribuição in-
rão feitas por tubulações e ligam os
terna ser apta a receber esses morado-
vasos sanitários, ralos e pias à caixa
res.
de espeção que levará em seguinte ao coletor de esgoto e consequentemen-
Os contêineres serão empinhados, porem sera necessário um perfil metálico em ‘’I’’ para eleva-los 20 cm um do outro onde irá passer a tubulação de hidráuli-
te a rede pública de esgoto. (figura 34)
ca.(figura 33)
36 00
ENTRADA DE ÁGUA (VINDA DA CAIXA)
COLETOR DE ESGOTO
figura 34. CORTE ESQUEMÁTICO DE HIDRÁULICA
CAIXA DE INSPEÇÃO DE ESGOTO
37 00
O
abastecimento
elétrico
se
Esse quadro, por sua vez se encarrega
namente dos módulos por eletrodu-
faz, resumidamente, pela captação de energia solar, através de placas fo-
de distribuir para os módulos habitacionais .
tos de energia elétrica aparente de aço galvanizado (figura 34 e 35)
tovoltaicas e por energia vinda dos
A energia pública é usada quando
postes públicos. A energia solar que é capitada chega ao controlador que
as placas não captam energia suficiente (figura 34)
encaminha para a bateria e posteriormente para o quadro de distribuição.
A fiação é distribuída subterraneamente por eletrodutos de pvc e inter PAINEL FOTOVOLTAICO
figura 35 e 36. conduite de aço galvanizado
QUADRO DE DISTRIBUIÇÃO INDIVIDUAL
CENTRO DE DISTRIBUIÇÃO
BATERIA CONTROLADOR
figura 37. CORTE ESQUEMÁTICO ELÉTRICA
38
O resfriamento do contêiner é algo que se deve levar em grande con-
Outra técnica que foi adotada pa-
O sistema é conhecido como lami-
ra resfriamento e não absorção de calor
sideração. Para que os módulos hab-
pelo contêiner é o telhado verde.
nar (figura 38). Ele conta com uma reserva que acumula água da chu-
itacionais tenham um melhor desempenho térmico, foi adotado o uso de
Será montado a estrutura do te-
va, responsável pelo resfriamento
lhado verde no ultimo módulo de habita-
do telhado. A cama acima da reser-
tinta anti-corrosive e reflexive. Essa tinta ajuda a refletir os raios solares,
ção. Esse sistema armazena água, aju-
va consiste em pisos elevados, eco
dando assim a não absorver o calor vin-
evitado a tranferência de calor para o
dos dos raios solares.
drenos, que mantêm a planta acima do nível da agua que fornece por
ambiente interno. (figura 37)
capilaridade a irrigação necessária vegetação Argila expandida
para a planta. A membrana existente, abaixo da planta não permite que sujeiras passem para a parte
debaixo. O excesso de água é drenada Eco dreno Lâmina de água
por uma tubulação de pvc e levada até o solo do
Memb. De absorção Módulo galocha(base) chapa contêiner Esquemático telhado verde
Figura 38. tinta reflexiva
Como a base inicial é o contêiner, o sistema pode ser adotado sem a impermeabilização, já que não há laje de concreto no projeto.
Figura 39 . Sistema laminar de telhado
39
Para as áreas comuns e de pas-
recebimento, esse piso, poderá contri-
O gesso acartonado conheci-
seio, pensando na necessária absorção de água para o lençol freático, foi uti-
buir para o não agravamento das enchentes.
do como rosa (figura41) é resistente ao fogo, ou seja, suporta altas tem-
lizado um piso drenante (figura 40). Es-
peraturas. Esse material e será usa-
se piso, chamado Elastopave, segundo com-
do em todas as partes dos módulos habitacionais, paredes e forro, para
posto de poliuretano que misturado a pedras ou cascalhos, funciona como
dar mais segurança, exceto uma parte da cozinha e banheiros.
a uma das fabricante, a basf,
é
uma supercola, formando superfícies resistentes e drenantes que impedem o empoçamento da água. Para o estacionamento e vias será utilizado o Concreto Permeável que
Figura 40. pisos drenantes.
também segundo a fabricante, basf é um
Como o contêiner tem é feito de
concreto com alto índice de vazios, preparado com pouca ou nenhuma areia,
aço e esse material por si só já é um grande absorvedor de calor e vibra
que permite a passagem de grandes
atrapalhando a acústica interna, para
quantidades de água.
tência mecânica, sendo ideal para áreas
que se pudesse habitar os módulos, foi adotados revestimentos e isolamentos
de grande circulação, como estaciona-
termo acústicos em seu interior.
mentos. Este tipo de concreto tem baixo consumo de água e de areia em sua fa-
O isolamento termoacustico é feito com uma camada de lã de pet e placas du-
Para essas áreas molhadas o
bricação. Levado em consideração, que o
plas de gesso acartonado (detalhe1) O gesso acartonado que com-
material que será utilizado é o gesso acartonado verde unido com o reves-
escoamento de agua dessa região é
pleta o sistema de drywall adotado se
timento vinílico.
grande e que o rio existente nas proxi-
divide em dois tipos: gesso acartonado
midades já não comporta mais o alto
rosa e gesso acartonado verde
Tem maior resis-
Figura 41. gesso acartonado rosa
40
O gesso acartonado verde (r.u) (figura 42) por ser impermeabilizado com uma camada de silicone, ele resiste a umidade das áreas molhadas mas não pode ser colocado diretamente com áreas enchardas. Sendo assim, o revestimento vinílico (figura 42) foi escolhido como complemento desse material. Ele será utilizado em todo o módulo habitacional como piso e nas paredes do box do banheiro por ter, segundo
Figura 41. gesso acartonado verde (r.u)
um dos fabricantes, a tarkett, as juntas, dos revestimentos de pisos e paredes soldadas a quente, fazem com que as superfícies sejam completamente cobertas e formem um sistema à prova d’água. Outro ponto positivo de se usar esse piso, é que ele não tem desníveis entre o box e o restante do piso do banheiro, facilitando o acesso de pessoas
com mobilidade reduzida e cadeirantes.
Figura 42. revestimento vinílico
41
6.2 INSERÇÃO URBANA A escolha do local teve como partido principal a escolha de um bair-
Avenida Portugal e pela marginal da Avenida Maurilio Biagi.
ro que fosse inserido dentro da malha
consolidada da cidade de Ribeirão Preto. Local esse que deveria ter proximidade e fácil acesso, principalmente pelo transporte público, à área central da cidade, além de ter equipamentos públicos que pudessem suprir as necessidades diárias da população, sem que ela precisasse se deslocar para maiores distâncias para busca-los. Outro fator fundamental para inserir o projeto nessa área é a condição de infraestrutura que o bairro oferece, não sendo necessária obras grandiosas para implantação dos módulos de habitação, além do terreno, que ofe-
BAIRRO SANTA CRUZ FIGURA 43 RIBEIRÃO PRETO—SP FIGURA. 42
CENTRO
ÁREA
DE
IMPLANTA-
rece grande aproveitamento para im-
ÇÃO
DO
plantação das mesmas. Sendo assim, o terreno escolhi-
PROJETO FIGURA 44
do para a implantação do projeto é uma propriedade privada, com uma área total de10.142,93m² localizado no Bairro Santa Cruz, na zona sul de Ribeirão Preto – SP. Seu acesso é feito pela
42
6.3 LEVANTAMENTOS MORFOLÓGICOS O bairro sofreu uma transformação ao longo do tempo. Inicialmente ele
6.3.1— USO DO SOLO
era um bairro onde as famílias de pe-
quenos produtores, vindas da área rural, fixaram suas casas e seus negócios, que inicialmente eram vendas, para suprir a necessidade local das poucas famílias que ali residiam. Com o tempo o bairro foi se desenvolvendo e novas habitações sendo criadas, se tornando um bairro totalmente residencial. O levantamento executado no bairro confirma essa transformação ao longo do tempo com as habitações antigas que se localizam em seu centro. Hoje encontra-se concentrações de serviços e comercio, principalmente nas suas principais vias. O bairro se tornou um
misto, contribuindo para suprir as necessidades de serviços e equipamentos que a população, que mora e trabalha no bairro, tem diariamente, evitando o deslocamento para outros pontos da cidade constantemente.
43
A população que busca moradias
6.3.2 — EQUIPAMENTOS
compactas para habitar busca também praticidade no dia-a-dia. Há uma necessidade vinda desses moradores de se
ter serviços, lazer e estabelecimentos que proporcione o complemento das habitações compactas. O terreno escolhido está inserido em um bairro em constante desenvolvimento e bem localizado na cidade. Sendo assim, ele traz para os moradores dos módulos habitacionais essa praticidade de deslocamento e facil acesso a esses serviços buscados por eles.
44
Como o bairro tem seu desenvolvimento antigo, a predominância é de ga-
6.3.4— GABARITO
barito que vai do baixo ao básico com grande adensamento, eliminando os espaços vazios entre as habitações antigas. Os gabaritos altos, são pontuais, recentes e em crescente desenvolvimento, visto que a demanda por moradia na cidade tem aumentado, contribuindo para a verticalização da cidade como um todo
6.3.3— OCUPAÇÃO
45
6.3.5— FLUXOGRAMA DE TRÂNSITO Outro ponto que exalta a escolha do bairro para a implantação da HIS, é o sistema viário que se desenvol-
veu no entorno. Tendo as análises como base, notamos que o sistema viário que atende a região tem em sua maioria baixo fluxo, com exceção das avenidas Portugal e Leais Paulista que, em horários de pico (7h – 12h – 18h), ficam congestionadas, já que sua estrutura física não suporta a quantidade de veículos que necessitam dela para o seu deslocamento. Outros pontos de trafego intenso em horários de pico são as ruas Chile e a Platina. Sua característica física é de via local, porém ela exerce a função de coletora ficando sobrecarrega-
das por distribuírem o transito das/ para avenidas Maurilio Biagi, Portugal e Leais Paulista.
46 00
6.3.6— HIERARQUIA FÍSICA E FUNCIONAL
4700
6.3.7— LEGISLAÇÃO DEFINIÇÃO
DEFINIÇÃO
MACROZONEAMENTO
ZUP – ZONA DE URBANIZAÇÃO PREFERENCIAL – Composta por áreas dotadas de infraestrutura e condições geomorfológicas propícias para urbanização onde é permitido densidades demográficas médias e altas
DENSIDADE POPULACIONAL
ARTIGO 42: Fica estabelecida a densidade populacional liquida básica de 850 hab./ha. Para efeito de cálculo, serão adotados os números médios de 3,4 pessoas por unidade residencial unifamiliar.
SOLO NATURAL
GABARITO
GABARITO BÁSICO: 10 m de altura para todas as edificações novas ou a reformar no município de Ribeirão Preto ARTIGO 35: O gabarito básico poderá ser ultrapassado na ZUP desde que atenda as exigências de recuo, taxa de ocupação e coeficiente de aproveitamento
ARTIGO 44: É obrigatória a manutenção de solo natural coberto com vegetação, na proporção de 10% da área total do lote.
RECUOS DAS EDIFICAÇÕES
ARTIGO 45: Todas as edificações com gabarito superior ao básico (10 metros) deverão conter recuos de todas as divisas do terreno de acordo com a seguinte formula matemática: R=H/6 maior ou igual a 2;
TAXA DE OCUPAÇÃO
ARTIGO 39: A taxa de ocupação máxima para edificações residências é de 70%, respeitando os recuos e a taxa de solo natural desta lei.
COEFICIENTE DE APROVEITAMENTO
ARTIGO 41: O coeficiente de aproveitamento máximo será até 5 vezes a área do terreno.
FONTE: INFORMAÇÕES RETIRADA DA LEI COMPLEMENTAR Nº 2.157/07
48
6.4— O LOTE Densidade Populacional: Considerado e 3,14 hab./unid. e 425 hab./hec (Devido as moradias serem executadas com contêineres. Esse
material,
demanda
afastamentos
maiores entre si para que haja circulação de ar, ajudando assim no resfriamento desse material.) 256,87 hab./hec 75,5 unid. Recuos (R=H/6): -Baixo (4m): 5 m frontal / 2m lateral e fundo -Básico (10m): 5 m frontal/ 2 m lateral e fundo
Área Total: 10.000 m² Área destinada à HIS: 6.044.50 m² 2- Área destinada à Insti-
tucional: 3.960,37 m² Taxa 4231,15 m²
de
Ocupação
(70%):
-15m: 5 m frontal / 2,5m lateral e fundo -20m: 5m frontal / 3,3m lateral
e
fundo
-25m: 5 m frontal / 4,16 m lateral e fundo
C.A (5X): 30.222,50 m² Taxa
de
Permeabilidade
10%:
604,45 m²
49
6.4.1—DESMEMBRAMENTO DO LOTE:
visto que esse projeto trará para o bairro a necessidade de novas vagas para a educação, e o mesmo
O lote escolhido sofrerá o processo de desmembramento.
conta apenas com uma creche e uma
Esse processo se dá, entre outros fatores, quando o lote tem metra-
única escola de nível fundamental.
gens superiores as necessárias para o desenvolvimento do projeto e deseja-se dividir em dois ou mais lotes para o desenvolvimento de projetos diferentes. O processo acontece de forma que pode-se dividir, sem doações para o poder público, apenas lotes com metragens até 10.000. Segundo entrevista com a arquiteta Ligia, responsável pelo setor de
terreno
desmembramento da Secretária do Pla-
Sendo assim, após a obtenção
nejamento de Ribeirão Preto, para o terreno escolhido, o processo é valido
dessas informações obtidas na Secretária do Planejamento, o lote número
e o lote poderá ser dividido em dois,
1, com área de 6.044,50 m² será des-
como mostra figura X Ligia também informa que a doa-
tinado para a elaboração do presente projeto, já o lote número 2, com
ção de área institucional obrigatória ao lote poderá ser concentrada no lote 2,
área de 3.960,37 m², completando a área total de 10.000 m², será desti-
já que para esse lote será destinado a
nado a área institucional, possibilitan-
futuras construções públicas para su-
do, no futuro, a construção de uma
prir as necessidades da população.
escola de nível infantil à fundamental
50
LISTA DE FIGURAS
FIGURA 1. TIPOS DE CONTÊINERS
FONTE:<http://www.atmosferis.com/short-sea-shippingcompetitividad-del-sistema/> Acesso em 10/09/2016
FIGURA 2. contêiner tipo hihg clube 40 pés
FONTE: <http://www.atmosferis.com/short-sea-shippingcompetitividad-del-sistema/> Acesso em 10/09/2016
FONTE: www.youtube.com.br
FIGURA 4 — Sistema de telha ‘’sanduiche’’
Figura 11. telha tipo sanduiche
FONTE: www.youtube.com.br
Figura 12. camada de lã de rocha
Figura 13. anexo de steel frame— escada
Fonte:
http://estadodeminas.lugarcerto.com.br/
app/galeria-de-fotos/2013/02/04/
FONTE: http://www.mfrural.com.br/detalhe/telha metalica-galvalume-isotermica-sanduiche-143836.aspx
interna_galeriadefotos,472/casas-conteineres-
FIGURA 5. VIDRO DUPLO TERMICO-ACúSTICO
por-danilo-corbas.shtml
FIGURA 14. divisórias de drywall e tubulações
FONTE: http://www.cliquearquitetura.com.br/artigo/ vidro-isolante-termo-acustico.html
Fonte:
app/galeria-de-fotos/2013/02/04/
Figura 6. residência em cotia-sp
FONTE: http://revistacasaeconstrucao.uol.com.br/escc/ Edicoes/74/imprime235642.asp
por-danilo-corbas.shtml
Figura 15. telhado verde
Fonte:
Fonte: http://estadodeminas.lugarcerto.com.br/app/ g a l e r i a - d e - f o t o s / 2 0 1 3 / 0 2 / 0 4 / interna_galeriadefotos,472/casas-conteineres-pordanilo-corbas.shtml
Figura 8. aberturas livres
http://estadodeminas.lugarcerto.com.br/
interna_galeriadefotos,472/casas-conteineres-
Figura 7. colocação dos contêineres
Figura 18. distribuição interna
http://planetasustentavel.abril.com.br/ noticia/cidade/estudantes-amsterda-micro-
FONTE: www.youtube.com.br -
FIGURA 3. Materiais termo acústicos
FONTE: http://www.mfrural.com.br/detalhe/telha metalica-galvalume-isotermica-sanduiche-143836.aspx
FIGURA10. lã de pet
http://estadodeminas.lugarcerto.com.br/
app/galeria-de-fotos/2013/02/04/ interna_galeriadefotos,472/casas-conteineres-
apartamentos-lata-confortavelsuperinteressante
Figura 19. blocos habitacionais
http://planetasustentavel.abril.com.br/ noticia/cidade/estudantes-amsterda-microapartamentos-lata-confortavelsuperinteressante-555994.shtml
Figura 20. pátio de bicicleta
http://planetasustentavel.abril.com.br/ noticia/cidade/estudantes-amsterda-microapartamentos-lata-confortavelsuperinteressante-555994.shtml
Figura 21. estrutura do edifício
http://planetasustentavel.abril.com.br/ noticia/cidade/estudantes-amsterda-microapartamentos-lata-confortavel
Figura 22. junção dos andares
http://planetasustentavel.abril.com.br/ noticia/cidade/estudantes-amsterda-microapartamentos-lata-confortavelsuperinteressante-555994.shtml
por-danilo-corbas.shtml
http://www.archdaily.com.br/br/01-49352/
Figura 16. topografia preservada
Figura 23. container guest house
FONTE: www.youtube.com.br - ACESSADO 27/ MARÇO/2016
container-guest-house-poteet-architects/
23/09/2016
container-guest-house-credit-chris-cooper
http://planetasustentavel.abril.com.br/noticia/
cidade/estudantes-amsterda-micro-apartamentos-
http://www.archdaily.com.br/br/01-49352/
lata-confortavel
container-guest-house-poteet-architects/
Fonte:http://revistacasaeconstrucao.uol.com.br/escc/ Edicoes/74/imprime235642.asp
acessado
em
Figura 9. aberturas privativas
Fonte:http://revistacasaeconstrucao.uol.com.br/escc/ Edicoes/74/imprime235642.asp 23/09/2016
acessado
em
Figura 17. distribuição dos módulos
container-guest-house_1302726050-16-
Figura 24. vista interna
container-guest-house_1302726050-16-
container-guest-house-credit-chris-cooper
51
LISTA DE FIGURAS
Figura 25.
Figura 38. tinta reflexiva
http://planetasustentavel.abril.com.br/noticia/cidade/
http://www.nanothermic1.com.br/tinta-termica-
e s t u d a n t e s - a m s t e r d a - m i c r o - a p a r t a m e nt o s - l a t a -
containers.html
confortavel-superinteressante
Fonte:
Figura 26. planta baixa
Figura 39. Sistema laminar de telhado https://ecotelhado.com/wp-content/
http://www.archdaily.com.br/br/01-49352/container-
uploads/2014/03/Manual-e-especificac%CC%
guest-house-poteet-architects/49352_49376
A7o%CC%83es-Sistema-Laminar-Me%CC%
Figura 27 e 28. lavatório e banheiro
81dio.pdf
http://www.archdaily.com.br/br/01-49352/container-
guest-house-poteet-architects/49352_49376
Fonte:http://www.oterprem.com.br/site/index.php?
g=produtos_pisos_drenantes
Figura 29. corte terreno
Acervo pessoal
Figura 30. ranpa acessivel
Acervo pessoal
Figura 31. caixa de escada
http://www.archdaily.com.br/br/01-49352/containerg ues t- ho use - p ot ee t-ar c h i tec t s/ co n t a iner -g ues t -
Figura 40. pisos drenantes.
Figura 41. gesso acartonado rosa.
Fonte:http://iluminagesso.com.br/forro-de-gessoacartonado-em-7-modelos/
Figura 42. gesso acartonado verde.
Fonte:http://iluminagesso.com.br/forro-de-gessoacartonado-em-7-modelos/
house_1302726050-16-container-guest-house-credit-
chris-cooper
Www.google.com/maps
Figura 32. esquemático de isolamento
Figura 43. ribeirão preto Figura 44. santa cruz
Acervo pessoa
Www.google.com/maps
Figura 33 - perfil metálico
Figura 45. localização do projeto
Www.metalica.com.br
Www.google.com/maps
Figura 34. corte esquemático de hidráulica
Acervo pessoal
Figura 46. revestimento vinílico
http://www.eucatex.com.br/pt/ambientes/
Figura 35 e 36. conduite de aço galvanizado para elétrica
Fonte:
http://www.lojajl.com/produto/329/149693/
eletroduto-pesado-galvanizado-a-fogo-12-a-6,-3-
QUADRO 1
http://brascontainers.com.br/medidas .
metros,-nbr-5597-(npt)5598-(bsp).aspx
http://brascontainers.com.br/medidas .
Figura 37. corte esquemático de elétrica
QUADRO 2
Acervo pessoal
52
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53
AV. M AURIL IO
9 8 7 6 5 4 3 2 1
BIAGI
10 11 12 13 14 15 16
9 8 7 6 5 4 3 2 1
S
10 11 12 13 14 15 16
RUA PLATINA
S
PORTUGAL
TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO N
AV.
MÓDULOS DE HABITAÇÃO COMPACTA REUTILIZANDO CONTÊINER
01/11
IMPLANTAÇÃO ALUNA: JÚLIA MARIA PUCCINELLI MINUCCI
ORIENTADORA: LUCIANA PAGNANO
Escala Data
1:1000 NOVEMBRO/2016
AV. MAURILIO BIAGI SO
ACES
10 11 12 13 14 15 16
s
ACES
9 8 7 6 5 4 3 2 1
S
SO
10 11 12 13 14 15 16
ACES
9 8 7 6 5 4 3 2 1
s
SO
9 8 7 6 5 4 3 2 1
ACESSO
ACESSO
S
S
ACESSO
10 11 12 13 14 15 16
ACESSO
s
SO ES AC
S
10 1 1 2 1 3 1 4 1 5 1 6 1 6 8
ACESSO
7
SO
9
ACES
S
ACES
SO
9 8 7 6 5 4 3 2 1
10 11 12 13 14 15 16
5
4
3
2
1
SO
ES AC
s
ACESSO ACE
SSO
S
5
4
3
2
1
ACESSO
10 1 1 2 1 3 1 4 1 5 1 6 1
SO ES AC SO
ES
AC
6 7 8
9
S
9 8 7 6 5 4 3 2 1
s
10 11 12 13 14 15 16 ACESSO
s
s
ACESSO ES
SO
ss
9
8
7
6
9 8 7 6 5 4 3 2 1
5
4
3
2
1
S
10 1 1 2 1 3 1 4 1 5 1 6 1
AC
ES
SO
AC
ACESSO
S
ACESSO
ACESSO
10 11 12 13 14 15 16
ss
ACESSO
s
GAL
TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO N
ORTU AV. P
MÓDULOS DE HABITAÇÃO COMPACTA REUTILIZANDO CONTÊINER
PLANTAS PAV. TÉRREO, 1º,2º e 3º. PLANTAS PAV. TÉRREO, 1º,2º e 3º. ALUNA: JÚLIA MARIA PUCCINELLI MINUCCI
ORIENTADORA: LUCIANA PAGNANO
03-10 Escala Data
INDICADA NOVEMBRO/2016
0.20
DETALHE PERFIL DE ESPAÇAMENTO
CORTE - BLOCO
CORTE - TERRENO
TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO MÓDULOS DE HABITAÇÃO COMPACTA REUTILIZANDO CONTÊINER
CORTE - TERRENO E MÓDULO HABITACIONAL ALUNA: JÚLIA MARIA PUCCINELLI MINUCCI
ORIENTADORA: LUCIANA PAGNANO
2/10 Escala Data
INDICADA NOVEMBRO/2016
DETALHAMENTO
ACESSO
1
PLANTA - TIPOLOGIA 1 - 42 m²
TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO MÓDULOS DE HABITAÇÃO COMPACTA REUTILIZANDO CONTÊINER
PLANTA - TIPOLOGIA 1 ALUNA: JÚLIA MARIA PUCCINELLI MINUCCI
ORIENTADORA: LUCIANA PAGNANO
05/10 Escala Data
INDICADA NOVEMBRO/2016
2
CORTE A-B
Vegetação Memb. de Absorção Módulo Piso Nuvem Lâmina de água Módulo Galocha
3
CORTE C-D
TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO MÓDULOS DE HABITAÇÃO COMPACTA REUTILIZANDO CONTÊINER
CORTE AB e CD - TIPOLOGIA 1 ALUNA: JÚLIA MARIA PUCCINELLI MINUCCI
ORIENTADORA: LUCIANA PAGNANO
06/10 Escala Data
INDICADA NOVEMBRO/2016
4
VISTA 1
5
6
VISTA 2
7
VISTA 4
VISTA 3 TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO MÓDULOS DE HABITAÇÃO COMPACTA REUTILIZANDO CONTÊINER
ELEVAÇÃO - TIPOLOGIA 1 ALUNA: JÚLIA MARIA PUCCINELLI MINUCCI
ORIENTADORA: LUCIANA PAGNANO
07/10 Escala Data
INDICADA NOVEMBRO/2016
ACESSO
1
DETALHAMENTO
PLANTA - TIPOLOGIA 2 - 32 m²
TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO MÓDULOS DE HABITAÇÃO COMPACTA REUTILIZANDO CONTÊINER
PLANTA - TIPOLOGIA 2 ALUNA: JÚLIA MARIA PUCCINELLI MINUCCI
ORIENTADORA: LUCIANA PAGNANO
08/10 Escala Data
INDICADA NOVEMBRO/2016
Vegetação Memb. de Absorção Módulo Piso Nuvem Lâmina de água
Módulo Galocha
2
3
CORTE A-B
CORTE C-D TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO MÓDULOS DE HABITAÇÃO COMPACTA REUTILIZANDO CONTÊINER
CORTE AB e CD - TIPOLOGIA 2 ALUNA: JÚLIA MARIA PUCCINELLI MINUCCI
ORIENTADORA: LUCIANA PAGNANO
09/10 Escala Data
INDICADA NOVEMBRO/2016
4
6
VISTA 1
VISTA 3
5
VISTA 2
7
VISTA 4
TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO MÓDULOS DE HABITAÇÃO COMPACTA REUTILIZANDO CONTÊINER
ELEVAÇÃO - TIPOLOGIA 2 ALUNA: JÚLIA MARIA PUCCINELLI MINUCCI
ORIENTADORA: LUCIANA PAGNANO
10/10 Escala Data
INDICADA NOVEMBRO/2016