Casa, Decór & Saúde: O Design de Interiores como auxiliar ao tratamento da Depressão

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CASA, DECORAÇÃO

& SAÚDE

O design de Interiores como auxiliar ao tratamento da depressão

Juliana Costa São Paulo, 2019


PESQUISA


CENTRO UNIVERSITÁRIO BELAS ARTES DE SÃO PAULO

JULIANA DE ARAUJO COSTA

CASA, DECORAÇÃO E SAÚDE: O design de interiores como auxiliar no tratamento da depressão

São Paulo 2019


CENTRO UNIVERSITÁRIO BELAS ARTES DE SÃO PAULO

JULIANA DE ARAUJO COSTA

CASA DECORAÇÃO E SAÚDE: O design de interiores como auxiliar no tratamento da depressão

Trabalho apresentado ao Centro Universitário Belas Artes de São Paulo como requisito parcial para obtenção do título de Designer de Interiores. Orientador: Glaucus Cianciardi São Paulo 2019


CASA, DECORAÇÃO E SAÚDE: O design de interiores como auxiliar no tratamento da depressão

Trabalho apresentado ao Centro Universitário Belas Artes de São Paulo como requisito parcial para obtenção do título de Designer de Interiores.

Aprovada em Junho de 2019


AGRADECIMENTOS

A Deus em primeiro lugar, e aos meus pais meus grandes incentivadores e patrocinadores. Ao meu melhor amigo por ter suavizado essa jornada.


DEDICATÓRIA

A minha mãe, minha fonte de inspiração do que é ser humano.


“A beleza salvará o mundo.” Fiodor Dostoiewski


RESUMO Estudo da Neurociência aplicada a residência de pessoa portadora de depressão com base nos princípios do Design de Interiores- luz, cor, forma, textura e padronagem- visando compreender a importância do projeto de interiores nas questões que tangem a salubridade dos espaços e tratamento do transtorno depressivo. a) a autora poderá atuar no mercado de Design de Interiores de forma diferenciada, tendo por base a neurociência; b) o crescente número de pessoas depressivas no mundo poderá se beneficiar positivamente dos dados e resultados obtidos c) o estudo poderá conscientizar a academia quanto a necessidade de pesquisar temas de neurociência associados aos espaços residenciais. Para tanto, observa-se como referencial teórico os conceitos de depressão de LENT (2015) e a aplicação da neurociência ao ambiente construído de GOLHAdGEN (2017). Considera-se que o Design de Interiores pode ser um auxiliar ao tratamento da depressão. Palavras-chave: Depressão; Interiores Residenciais; Neurociência.


SUMÁRIO INTRODUÇÃO........................................................................................................................................11 A DEPRESSÃO E O CÉREBRO DEPRESSIVO....................................................................................12 A INFLUÊNCIA DO DESIGN DE INTERIORES..................................................................................18 BREVE ESTUDO DE CASO...................................................................................................................25 NEUROCIÊNCIA APLICADA A CASA DE PESSOAS DEPRESSIVAS............................................31 CONCLUSÃO..........................................................................................................................................37 REFERÊNCIAS........................................................................................................................................38


LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS ANFA Academy of Neurosciencie for Architeture DSM Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais OMS Organização Mundial da Saúde


LISTA DE FIGURAS Figura 1 Áreas afetadas no cérebro depressivo.................................................................................13 Figura 2 Diferença entre cérebro depressivo e grupo controle..........................................................15 Figura 3 Instituto Salk......................................................................................................................22 Figura 4 Ciclo Circadiano................................................................................................................23 Figura 5 Suíte 24 nov. 2018..............................................................................................................26 Figura 6 Suíte 04 dez. 2018..............................................................................................................26 Figura 7 Suíte 08 mar. 2019..............................................................................................................26 Figura 8Suíte 06 mai. 2019..............................................................................................................27 Figura 9 Sala 08 mar. 2019...............................................................................................................27 Figura 10 Sala 14 mar. 2019.............................................................................................................27 Figura 11 Sala 20 mai. 2019.............................................................................................................28 Figura 12 Sala 06 mai. 2019.............................................................................................................28 Figura 13 Sala 25 mai. 2019.............................................................................................................28 Figura 14 Sala de Jantar e Estar 14 mar. 2019...................................................................................29 Figura 15 Sala de jantar 14 mar. 2019...............................................................................................29 Figura 16 Sala de jantar 20 mar. 2019...............................................................................................29 Figura 17 Sala de Jantar e Estar 20 mar. 2019...................................................................................30 Figura 18 Sala de Jantar 25 mai. 2019..............................................................................................30


Figura 19 Cozinha 20 mar. 2019.......................................................................................................30 Figura 20 Cozinha 20 mai. 2019.......................................................................................................30 Figura 21 Ambiente com luz natural, verde e madeira.................................................................... 32 Figura 22 Cozinha integrada............................................................................................................ 34 Figura 23 Ă rea para relaxamento e prĂĄtica de hobbie...................................................................... 36


INTRODUÇÃO Na atualidade é, cada vez mais, de conhecimento do público geral que o Design de Interiores vai além da decoração dos espaços, mas que a atuação desses profissionais tange os aspectos de salubridade dos ambientes construídos. Visto que, segundo a Organização Mundial da Saúde, a depressão é uma das doenças mais incapacitantes do mundo e atinge 300 milhões de pessoas este trabalho busca compreender a possibilidade de o projeto de interiores atuar também na saúde de pessoas com o transtorno depressivo. Por meio da compreensão do que é a depressão e como funciona o cérebro depressivo este trabalho busca quais os elementos compositivos e ferramentas do Design de Interiores- luz, cor, forma, textura e padronagem- que podem contribuir para a melhora do estado depressivo e prevenir o aparecimento do transtorno em pessoas que ainda não apresentaram , a partir de autores como Sarah Williams Goldhagen e Robert Lent, estudiosos do emergente campo da Neurociência.

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A DEPRESSÃO E O CÉREBRO DEPRESIVO Para projetar espaços que possam colaborar para a melhoria da qualidade de vida de pessoas depressivas, faz- se necessário entender do que se trata este transtorno e como funciona o cérebro depressivo. Segundo Lent (2015) em seu livro intitulado “Neurociência da mente e do comportamento” a depressão está dentro do grupo dos transtornos de humor, junto ao transtorno bipolar, e inclui a depressão maior, a distimia e outros tipos não especificados. De acordo com a 4ª edição do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM) depressão e distimia caracterizam-se respectivamente por: um ou mais episódios depressivos com pelo menos 2 semanas de humor deprimido ou perda de interesse, acompanhados de pelo menos quatro sintomas adicionais de depressão tais como alterações de peso, do sono, da psicomotricidade ( lentidão ou agitação), fadiga ou perda de energia, sentimento de inutilidade ou culpa excessiva, dificuldade de concentração ou indecisão e pensamentos de morte, incluindo ideação suicida, planos suicidas ou tentativas de suicídio.

E pelo menos 2 anos de humor deprimido na maior parte do tempo, acompanhado de outros sintomas depressivos que não satisfazem os critérios para um episódio depressivo maior.

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Entender o cérebro é de grande importância para a compreensão das patologias, com o avanço científico e tecnológico dos últimos anos tem sido possível mapear as áreas do cérebro que ficam mais ou menos ativas em pessoas depressivas. Pessoas com o transtorno tem diversas áreas ligada ao processamento emocional afetadas, são elas: a amígdala- envolvida no comportamento e julgamento social e processamento de expressões faciais, o córtex pré-frontal – responsável pela tomada de decisões e o córtex cingulado anterior importante na detecção de situações de conflito. Figura 1 Áreas afetadas no cérebro depressivo

Fonte: Abnara Neurociência¹ ¹ Disponível em:< http://abnaraneuro.blogspot.com/2013/04/depressao.html>. Acesso em: 04 de abril de 2019.

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Lent (2015) enfatiza que a influência do córtex pré-frontal na depressão, pois ele é dotado de lateralidade, ou seja, o lado esquerdo está relacionado ao afeto positivo e o direito ao negativo. Pessoas com maior atividade no córtex pré-frontal direito tendem a sentir ainda mais os efeitos negativos de uma situação, mesmo que não se passe com ela, como por exemplo em filmes, e ainda pesquisas tem mostrado que essa maior ativação atua na diminuição das células do sistema imunitário especializadas em combater tumores. Além do já exposto aqui, estudos do pesquisador e psiquiatra Andrew Leuchter indicam que pessoas depressivas apresentam cérebros hiperconectados, ou seja, essas regiões do cérebro rigidamente sincronizadas obrigam o cérebro a ser inflexível. Dessa forma o cérebro não pode desempenhar separadamente cada função, ficando preso a um processamento geral vicioso, geralmente com foco em informações negativas, impedindo a realização de tarefas até mesmo básicas, o que gera um desgaste geral no sistema levando a pessoa ao isolamento, cansaço e desmotivação característicos da doença.

²Fonte: Andrew F. Leuchter, Ian A. Cook, Aimee M. Hunter, Chaochao Cai, Steve Horvath. Resting-State Quantitative Electroencephalography Reveals Increased Neurophysiologic Connectivity in Depression. PLoS ONE, 2012; 7 (2): e32508 OI: 10.1371/journal.pone.0032508

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Figura 2 Diferença entre cérebro depressivo e grupo controle

Fonte: Meu Cérebro³

Ainda segundo Lent (2015) as causas da depressão ainda são fonte de muitos estudos, mas hoje já se sabe a importância do fator hereditário- os parentes de primeiro grau têm propensão de 1,5 a 3 vezes maior do que a população geral- e a influência da exposição a situações estressantes – existe um aumento significativo dessas situações no trimestre que precede o quadro depressivo. Duas teorias têm sido aceitas para as causas da depressão. ³ Disponível em: <https://meucerebro.com/cerebros-depressivos-estariam-hiperconectados/>. Acesso em 04 de abril de 2019.

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1.

Teoria da Serotonina

A serotonina é um dos mais importantes neurotransmissores ⁴ presente naturalmente no cérebro humano influindo em quase todas as funções cerebrais é responsável por elevar o bom humor e a sensação de bem estar, pela regulação do sono, temperatura corporal, sensibilidade à dor, atividade motora e funções cognitivas o que segundo Lent leva a teoria clássica da depressão, relacionando esse transtorno a déficits de neurotransmissão mediada por serotonina e atribuindo o efeito dos remédios como facilitadores dos mecanismos de transmissão sináptica. Para Lent o problema inicial dessa teoria é o grande período de latência para os remédios poderem fazer o efeito desejado no organismo. Outro argumento, exposto no Portal do Dr. Dráuzio Varella⁵, é que mesmo que a serotonina seja encontrada em quantidade diminuída no cérebro de pessoas que tentaram suicídio de forma violenta, nunca foi possível foi possível provar a deficiência de serotonina em pacientes depressivos, o que leva a segunda teoria sobre a depressão.

³ Disponível em: <https://meucerebro.com/cerebros-depressivos-estariam-hiperconectados/>. Acesso em 04 de abril de 2019. ⁴ Mediador químico que faz a comunicação entre as células cerebrais.

⁵ Disponível em : < https://drauziovarella.uol.com.br/drauzio/artigos/estresse-e-depressao/ >. Acesso em: 17 mar. 2017.

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2.

Teoria do estresse

Para a compreensão dessa teoria faz-se necessário entender os conceitos de neuroplasticidade e neurogênese. Para Lent (2015) neuroplasticidade é a propriedade do sistema nervoso de alterar sua função ou a sua estrutura em resposta as influências ambientais que o atingem, sejam físicas ou sociais e é neste ponto que é possível justificar a atuação do profissional do Design de Interiores, que será explicada mais adiante. Já a neurogênese é a capacidade de proliferação neural, que acreditava-se ocorrer apenas nas fases embrionárias e na infância, mas já se comprovou que acontece em algumas regiões do cérebro adulto. Diferentes estudos na área de neurociência têm demostrado que a produção dos hormônios do estresse, como o CRF e o cortisol, prejudicam a formação de novos neurônios no hipocampo, área importante no processamento das memórias, e a longo prazo altera a arquitetura dos circuitos cerebrais e do próprio cérebro causando a diminuição do hipocampo. Os medicamentos antidepressivos utilizados até então se mostrariam insuficientes por atuarem exatamente nessa região do cérebro.

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A INFLUÊNCIA DO DESIGN DE INTERIORES Depois de compreender minimamente a depressão o questionamento que fica é: de que forma o profissional de Design de Interiores pode intervir num transtorno tão sério e que ainda está sendo debatido por profissionais no campo da neurociência? A resposta vem da pesquisadora Sarah Williams Goldhagen - autora do livro Welcome to Your World: How the Built Environment Shapes Our Lives, crítica de longa data da The New Republic e exprofessora da Harvard Graduate School of Design- que tem procurado pistas da ligação entre cérebro e ambiente construído. Para Goldhagen essa evidência fica clara a partir do famoso estudo com os taxistas de Londres, que comprova mais que a neuroplasticidade, como afirma em entrevista ao Common Edge traduzida pelo Archdaily: Agora, a outra parte fascinante disso é que o hipocampo é a área do cérebro na qual consolidamos as memórias de longo prazo: ele controla a navegação espacial e contém o que sabemos ser neurônios de reconhecimento de lugar e até mesmo construir neurônios de reconhecimento. O que isso significa é que você não pode desenvolver uma memória de longo prazo que não contenha algo do lugar em que estava, quando teve essa experiência. Nós navegamos pelo espaço usando algumas das mesmas vias neurais que usamos para desenvolver memórias autobiográficas. Então, o que isso significa? Significa nada menos que essa arquitetura e o ambiente construído são centrais para a formação de nossas identidades. Essa descoberta só dá ao ambiente construído uma espécie de importância e peso que ninguém teria pensado. (GOLDHAGEN, 2017)

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Assim como afirma Goldhagen na entrevista as áreas da Psicologia e Percepção Ambiental já vêm estudando essas evidências entre saúde mental e arquitetura/ design de interiores, mas são pouco aceitas pelo que chama de “ciências duras”. Angelita Corrêa Scardua, psicóloga e co-criadora do projeto Héstia afirma: Um dado interessante sobre o efeito da disposição dos móveis numa casa é que alguns experimentos psicológicos demonstraram que nossas escolhas fora de casa – dos locais por onde queremos andar, em quais preferimos parar e o que buscamos olhar – são afetadas pela organização dos espaços em nossos lares. Simbolicamente falando, nossa motivação para explorar o mundo tem a intensidade e a dimensão dos sonhos que a nossa casa nos permite abrigar. (SCARDUA)

Em seu livro “ O que o cérebro tem para contar- Desvendando os mistérios da natureza humana” V.S. Ramachandran afirma a existência do belo e da estética e sua importância na evolução humana, assim como para Goldhagen, para este neurocientista a beleza vai além das obras de arte esteticamente aceitas pela história ocidental, mas pode ser aplicada ao design e a vida em geral, o autor postula o que chama de noves leis da estética, que são : agrupamento, efeito de deslocamento de pico, contraste, isolamento, esconde-esconde ou solução do problema perceptual, aversão a coincidências, ordem, simetria e metáfora reafirmando teorias da Gestalt e psicologia através das chamadas “ciências duras” . Para Goldhagen, em seu livro já citado, mesmo quando não se presta atenção consciente ao ambiente construído ou concentra-se apenas em aspectos selecionados, o ambiente funciona como uma concatenação interminável do que os psicólogos chamam de prime. Um prime é um estímulo ambiental percebido inconscientemente que pode influenciar os pensamentos, sentimentos e respostas subsequentes de uma pessoa, ativando memórias, emoções e outros tipos de associações cognitivas. O ambiente

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construído é repleto de prime e, por isso, um design pode ser deliberadamente composto para incentivar as pessoas a escolher uma ação em detrimento da outra. Uma mudança em um eixo visual, ou sequência espacial, ou a forma como os sólidos são concentrados e os volumes compostos podem inflamar cognições muito diferentes.Não existindo ambiente neutro, apenas ambientes que agem de forma positiva ou negativa no cérebro humano. Dessa forma o ambiente positivo deve respeitar a forma de processamento e cognição do cérebro humano e sua afinidade com a natureza, pois como espécie o homem evoluiu de forma biofílica. De acordo com Goldhagen a boa arquitetura deve estar ligada a natureza, pois as pessoas são atraídas para áreas fechadas onde podemos nos refugiar, juntamente com vistas e acesso a terrenos abertos e expansivos onde podemos “prospectar” oportunidades e de acordo com os psicólogos ambientais Rachel e Stephen Kaplan, desfrutar de uma paisagem natural promove o que eles chamam de foco sem esforço. Quanto maior o acesso de um morador da cidade a espaços verdes, claros e abertos, melhor ele resolverá problemas, entenderá e receberá novas informações; reduzindo as taxas de criminalidade e estresse. Um grande exemplo do design associado a natureza é o Instituto Salk de Estudos Biológicos em La Jolla, Califórnia, projetado por Louis Kahn em 1965. A primeira visão do instituto é projetada segundo o princípio que o olho humano só tem um pequeno cone de visão e sua visão periférica é limitada a imaginação, o ponto focal dessa área é o céu de La Jolla e a natureza em si, mostrando desde já a vocação do instituto que é a biologia. Ao adentrar a praça o visitante encontra um filete de água que provém de uma pequena fonte, que traz o som da natureza do projeto. Aproximando-se ainda mais dos edifícios o foco passa a ser os sentidos

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humanos que são aguçados pelas superfíceis dos materiais, muito mais que apenas a forma. Para Goldhagen o cérebro acessa suas memórias para compreender padrões, texturas, cores e outras caraterísticas dos materiais, ativando mais do que a visão, mas outras sensações cognitivas e emoções, os materiais são experimentados com o corpo e com as emoções, dessa forma pode-se dizer que este processo vai além da sinestesia, que é experimentação dos objetos através de uma combinação dos 5 sentidos. Os materiais do Instituto Salk são bem pensados nesse sentido; a madeira tem uma sensação térmica mais quente e acolhedora do que o metal por exemplo, é um material natural e ao mesmo tempo evoca domesticidade por ser comum o seu emprego em residências; com o travertino também são feitas ricas associações com a natureza através da sua textura e dureza e ao mesmo tempo a fragilidade dos seus poros.

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Figura 3 Instituto Salk

Foto: Liao Yusheng Fonte: Archdaily ⁶

Ana Beatriz de Oliveira, em seu artigo “Luz- elo entre neurociência e arquitetura”, afirma que a luz é o principal elemento de design que influência o cérebro humano, pois atua no Ciclo Circadiano que é responsável pela produção de melatonina e serotonina no organismo regulando os ritmos biológicos, psíquicos e fisiológicos. Lent (2015) cita em seu livro a chamada Higiene do Sono, que são recomendações de especialistas em Medicina do Sono para dormir bem, entre elas está: “Vá para cama somente quando estiver com sono, não usando a cama para leitura, ver televisão ou alimentar-se; para essas atividades ⁶Disponível

em:

<https://www.archdaily.com.br/br/01-78716/classicos-da-arquitetura-salk-institute-louis-

kahn/78716_78728>. Acesso em: 05 de abril de 2019

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prefira a sala ou outro ambiente” e “ Evite ficar na cama sem dormir; se necessário, levante e faça uma atividade calma até ficar sonolento novamente. Ficar na cama rolando de um lado para outro gera estresse e piora a insônia”. Dessa forma fica a responsabilidade do profissional de design de interiores, com o consentimento do cliente, de projetar um espaço de relaxamento fora do quarto, para que o mesmo seja usado apenas na hora de dormir, além de permitir a devida entrada de luz natural e gerenciar o bom projeto de iluminação artificial. Figura 4 Ciclo Circadiano

Fonte: Luminicenter ⁹ ⁹Disponível em: < http://www.lumicenteriluminacao.com.br/luminaria-led-regula-o-ciclo-circadiano/>. Acesso em: 05 de abril de 2019.

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Na atualidade, ao citar o bom uso da iluminação em interiores não se pode deixar de falar dos dinamarqueses e seu estilo de vida sintetizado na palavra Hygge. Por enfrentarem longos e frios invernos, com apenas 4 horas de luz solar por dia os dinamarqueses preparam bem suas casas para que não sofram com a chamada depressão sazonal. As casas são sempre claras para refletir a pouca luz que entra pelas janelas, as velas estão sempre presentes gerando além da luz o aconchego do fogo e as luminárias são sempre bem projetadas por nomes como Poul Henningsen, Arne Jacobsen e Verner Panton. Além de todo sentido de aconchego e acolhimento dado as casas por meio do apelo aos cinco sentidos e proximidade da natureza, com uso de materiais naturais como madeiras e lãs e as plantas. No Brasil o uso dos conhecimentos de Neurodesign ainda são incipientes, mas em outras partes do mundo têm- se buscado amplamente contribuir com esse campo, é o caso do sociólogo, arquiteto e professor norte-americano John Zeisel, presidente e cofundador da Fundação Hearthstone para pacientes com Alzheimer, que segundo Lent (2015) é a mais neurológica de todas as doenças psiquiátricas. Zeizel projetou suas clínicas para idosos com base na neurociência e tem lançado luz a espaços escolares e hospitalares em seu livro Inquiry by design: Enviroment/ Behavior? Neurocience in Architecture, Inteiriors, Landscape and Planning (2005) afirma: “O Design dos espaços, quando bem projetado, ajuda os usuários a serem mais conscientes de onde e quem são, ficam menos agitados e passam a atuar de modo mais independente.”

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BREVE ESTUDO DE CASO A partir das pesquisas feitas a autora realizou um breve estudo de caso em uma residência unifamiliar no interior de São Paulo, na qual uma das moradoras, com 43 anos, é portadora do Transtorno Depressivo Maior e têm forte relação com a casa, fazendo alterações de layout e decoração em momentos de crise. A casa apresenta problemas em relação a falta de espaço de armazenamento e a má distribuição da luz e mobiliário, de qualquer forma a moradora em questão parece sentir-se mais incomodada com isso do que os demais moradores, essa observação já foi feita em “A arquitetura da felicidade”, Botton (2013): Talvez precisemos ter deixado uma marca indelével em nossas vidas, ter casado com a pessoa errada, perseguido uma carreira insatisfatória até a meia-idade ou perdido um ente amado antes que a arquitetura comece a ter qualquer impacto perceptível entre nós. (...)(BOTTON, 2007, p.22)

E ainda: É no diálogo com a dor que muitas coisas belas adquirem o seu valor. A familiaridade com o sofrimento acaba sendo um dos pré-requisitos mais insólitos para a apreciação arquitetônica. Talvez, muito além de outras exigências, tenhamos de estar um pouco tristes para que os prédios possam nos emocionar de verdade.(BOTTON, 2007, p.25)

A autora fotografou a residência em diferentes datas conforme o registro abaixo:

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Figura 5 Suíte 24 nov. 2018

Figura 7 Suíte 08 mar. 2019

Figura 6 Suíte 04 dez. 2018

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Figura 8SuĂ­te 06 mai. 2019

Figura 10 Sala 14 mar. 2019

Figura 9 Sala 08 mar. 2019

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Figura 12 Sala 06 mai. 2019

Figura 11 Sala 20 mai. 2019

Figura 13 Sala 25 mai. 2019

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Figura 15 Sala de jantar 14 mar. 2019

Figura 14 Sala de Jantar e Estar 14 mar. 2019

Figura 16 Sala de jantar 20 mar. 2019

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Figura 17 Sala de Jantar e Estar 20 mar. 2019

Figura 18 Sala de Jantar 25 mai. 2019

Figura 19 Cozinha 20 mar. 2019

Figura 20 Cozinha 20 mai. 2019

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NEUROCIÊNCIA APLICADA A CASA DE PESSOAS DEPRESSIVAS Visto as pesquisas anteriormente apresentadas, o breve estudo de caso e a estatística da Organização Mundial da Saúde, que a depressão atinge mais de 300 milhões de pessoas e é uma das doenças mais incapacitantes do mundo¹º, justifica- se a necessidade desse estudo; que tem por objetivo principal compreender quais elementos compositivos através das ferramentas do Design de Interiores – luz, cor, forma, textura e padronagem – podem melhorar a salubridade do espaço residencial para pessoas depressivas e evitar a ocorrência do transtorno em pessoas que ainda não apresentaram os sintomas. Este capítulo aponta de forma prática quais elementos atuam contra os principais sintomas da depressão. As cores, por exemplo, podem por elas mesmas ser excelentes ferramentas no combate a depressão conforme abaixo: 

O amarelo é amplamente usado em terapias por ser uma cor vivaz e luminosa;

o azul se bem dosado pode diminuir a ansiedade e dores de cabeça;

o laranja é uma cor estimulante para pessoas abatidas e doentes;

o marrom melhora o humor e traz calma, pode estar presente através da madeira

o verde em tons claros é um bom auxiliar na tomada de decisões e instiga o cortéx pré-frontal

respondendo de forma afetiva as conexões emocionais e julgamento sociais, capacidades perdidas em pessoas depressivas, pode fazer parte do projeto por meio do paisagismo; 

vermelho impulsiona a amígdala e influi no prazer, estimulando entusiasmo e dinamismo, em

excesso pode ser irritante;

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o rosa em tons escuros instiga a iniciar ações individuais.

As cores só são percebidas por meio da luz, por isso é um elemento essencial, principalmente por interferir no ritmo circadiano. Pessoas depressivas tendem a se isolar em ambientes escuros onde não conseguem ver a vida acontecer piorando o seu quadro, ambientes com entrada de luz natural trazem a dinâmica da vida para dentro da casa e o bom projeto de iluminação artificial que respeita a intensidade e coloração correta dos momentos do dia permitem que o controle da falta ou excesso de sono. Figura 21 Ambiente com luz natural, verde e madeira

Fonte:Studio Ilse¹¹ ¹ºFolha Informativa sobre a depressão da Organização Pan- Americana da Saúde (PAHO) da OMS atualizada em março de 2018. Disponível em:<https://www.paho.org/bra/index.php?option=com_content&view=article&id=5635:folhainformativadepressao&Itemid=1095>. Acesso em: 08/04/2019 ¹¹ Disponível em:< http://www.studioilse.com/embassy-house>. Acesso em: 08 de abril de 2019.

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O cérebro busca por equilíbrio compositivo por isso as linhas simétricas ou formas mais padronizadas são sempre as favoritas, as composições mais orgânicas também podem ser fortes aliadas do bom funcionamento cerebral, pois segundo pesquisa da Academy of Neurosciencie for Architeture (ANFA), objetos pontiagudos geram uma resposta imediata da amígdala de recusa ou medo, o que não ocorre com objetos arredondados. A simetria está ligada historicamente a saúde, a escolha de parceiros sexuais, o planejamento de temporadas de caça, entre outros, dessa forma está enraizada no cérebro. A linha apesar de não aparecer de forma pura na natureza tem forte peso compositivo, quando em linhas curvas se assemelha mais a natureza sendo mais bem interpretada pelo cérebro, que está sempre à procura de padrões naturais, quando reta na posição horizontal é mais calmante que vertical ou diagonal, que sugere movimento e dinâmica. Os materiais e texturas utilizados nos interiores são os grandes responsáveis pela sensação de bemestar e acolhimento do usuário no espaço e essa sensação não é a mesma para todos os usuários, dessa forma o profissional de design de interiores deve compreender a história do seu cliente e o entorno do projeto. “Os materiais naturais, como pedra, madeira e cerâmica

transmitem qualidade orgânica,

duradoura, social e aconchegante”(KAUFFMAN, 2017, p.72) ao contrário de materiais sintéticos, porém deve-se tomar cuidado ao utilizar materiais muito rústicos e estrutura aparente em casas e bairros que já têm esse histórico de construções não terminadas, a casa deve ser um oásis, um mundo perfeito a parte, onde o morador se refugia dos problemas do mundo exterior, principalmente a casa de pessoas depressivas, por isso não deve repetir padrões externos negativos.

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A presença de obras de arte na casa de pessoas depressivas também pode se mostrar um auxiliar, visto que segundo Dr. Charles Limb, Chefe do departamento de Ontologia, Neurologia e Cirurgia da base do crânio da Universidade da Califórnia a arte suprimi as áreas de autocrítica e ativa memória e emoção, atuando de forma terapêutica na perda de expressão emocional, característica do transtorno. E ainda sob a ação dos neurônios espelho fotografias de pessoas sorrindo atingem o cérebro com sensações de felicidade. Visto o isolamento social de pessoas depressivas as áreas socias da casa devem ser amplas e confortáveis possibilitando a permanência de visitas por tempo considerável, no estilo de vida Hygge, por exemplo, são muito estimulados os jogos para adultos e o ato de se cozinhar juntos, a cozinha integrada as salas pode ser um diferencial.

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Figura 22 Cozinha integrada

Fonte: Instagram Doma Arquitetura ¹²

Considerando a falta de concentração, o cansaço fácil e a desvitalização dos portadores do transtorno um ambiente equilibrado que ajude a recarregar as energias, mas que não leve ao tédio é de ser interessante, podendo ser uma área para a prática de um hobbie, por exemplo. A presença de plantas em especial as frutíferas que atraiam pássaros e demonstrem a passagem do tempo, ajudam a pessoa a sair da letargia do transtorno. ¹²Disponível em: <https://www.instagram.com/domaarquitetura/?hl=pt-br>. Acesso em: 08 de abril de 2019

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Figura 23 Área para relaxamento e prática de hobbie

Fonte: Studio Ilse ¹³

¹³ Disponível em: < http://www.studioilse.com/apartment-residency>. Acesso em: 08 de abril de 2019

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CONCLUSÃO Com este trabalho é possível concluir que o Design de Interiores associado aos estudos da Neurociência pode melhorar a qualidade de vida das pessoas, em especial as depressivas, através do projeto das suas residências. Este campo de estudo ainda é novo, principalmente no Brasil, e tem mais perguntas do que respostas, mas este trabalho abre as portas para que outros pesquisadores se interessem pelo tema, visto a urgência da busca de alternativas para os quadros depressivos que aumentam cada vez mais ao redor do mundo.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGÁFICAS ABNAURA

NEUROCIENCIA.

Depressão.

Disponível

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<

http://abnaraneuro.blogspot.com/2013/04/depressao.html>. Acesso em: 17 mar. 2019. ARCHDAILY. Como a arquitetura afeta seu cérebro: A ligação entre a neurociência e o ambiente construído. Disponível em: < https://www.archdaily.com.br/br/907599/como-a-arquitetura-afeta-seucerebro-a-ligacao-entre-a-neurociencia-e-o-ambiente-construido >. Acesso em: 17 mar. 2019. ARCHTRENDS PORTOBELLO. Estilo hygge: a união entre o aconchego e simplicidade. Disponível em: < https://archtrends.com/blog/estilo-hygge/ >. Acesso em: 17 mar. 2019. ARQUITETURA E URBANISMO. Entrevista John Zeisel Muito além do Abrigo. Disponível em: < http://au17.pini.com.br/arquitetura-urbanismo/162/artigo60710-1.aspx>. Acesso em: 17 mar. 2019. BBC. A palavra que contém o segredo do povo mais feliz do mundo. Disponível em: <https://www.bbc.com/portuguese/noticias/2015/10/151004_hygge_dinamarca_feliz_lab>. Acesso em 17 mar. 2019. BOTTON, Alain de. A arquitetura da felicidade. Tradução Talita M. Rodrigues. - Rio de Janeiro: Rocco, 2007. CASA

VOGUE.

Pode

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arquitetura

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https://casavogue.globo.com/Arquitetura/noticia/2012/12/arquitetura-cerebro-neurociencia.html

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CASA VOGUE. Entenda o que é hygge e veja 5 jeitos de aderir ao estilo de vida. Disponível em: < https://casavogue.globo.com /Interiores/Ambientes/noticia/2017/05/entenda-o-que-e-hygge-e-veja-5-jeitos-de-aderir-ao-estilo-devida.html>. Acesso em: 17 mar. 2019. DM

OPNIÃO.

Neurodesign-

psicologia,

design

e

emoção.

Disponível

em:

<

http://www.dm.com.br/opiniao/2018/09/neurodesign-psicologia-design-e-emocao.html>. Acesso em: 17 mar. 2019. DRAUZIO

VARELLA.

Estresse

e

Depressão.

Disponível

em

:

<

https://drauziovarella.uol.com.br/drauzio/artigos/estresse-e-depressao/ >. Acesso em: 17 mar. 2019. GOLDHAGEN, Sarah Williams. Welcome to your world: How to built environment shaer ours lives.Harpes 2017. KAUFFMANN, Letícia D. Neurodesign aplicado aos interiores de clínicas para reabilitação clínica. 2017. Centro Universitário Belas Artes de São Paulo, São Paulo, 2017. LENT, Roberto. NEUROCIÊNCIA da Mente e do Comportamento. – Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2018. OFICINA DE PSICOLOGIA.

Dentro de um cérebro deprimido. Disponível em: <

https://www.oficinadepsicologia.com/dentro-de-um-cerebro-deprimido/ >. Acesso em: 17 mar. 2019. PSIQWEB.

Neurônios

e

Neurotransmissores.

Disponível

em:

<

http://www.psiqweb.med.br/site/?area=NO/LerNoticia&idNoticia=290 >. Acesso em: 17 mar. 2019.

39


RAMACHANDRAN, V.S. O que o cérebro tem para contar: Desvendando os mistérios da natureza humana. – Rio de Janeiro, Zahar, 2014. SCARDUA, Angelita Corrêa. Psicologia do Design de Interiores: O que faz de uma casa um lar? Disponível em: <https://projetohestia.com/quem-somos/home-office/psicologia-do-design-de-interioreso-que-faz-de-uma-casa-um-lar/>. Acesso em: 09 de abril de 2019.

40


PROJETO


PROJETO 01. Painel Conceitual 02. Planta Original 03. Planta Reforma 04. Concept e Justificativas- Social 05. Concept e Justificativas- SuĂ­te 06. Horta (plantas usadas) 07. Fotos Antes & Depois


neurodesign DESIGN DE INTERIORES

biofilia PAINEL CONCEITUAL 43


BANHO SOCIAL

SUÍTE

LAVANDERIA

COZINHA

SACADA SALA DE JANTAR

HALL DE ENTRADA SALA DE ESTAR

S

LAYOUT ORIGINAL ESC. 1:75

44


BANHO SUÍTE DORMITÓRIO 11,95 m²

2,80 m²

BANHO SOCIAL 3,72 m²

JARDIM DE VASOS

SUÍTE

3,20 m²

12,00 m²

LEGENDA

JARDIM PRIVATIVO 3,25 m²

MANTER

DEMOLIR

ÁREA GOURMET 6,45 m²

SALA DE JANTAR 11,55 m²

COZINHA 12,10 m²

CONSTRUIR

SALA DE ESTAR

COZINHA EXTENDIDA PARA LAZER

30,40 m²

S

AUMENTO DA SALA E INTEGRAÇÃO ENVIDRAÇAMENTO DA SACADA

LAYOUT REFORMA ESC. 1:75

45



AC Ladrilho Hidráulico Ladrilhar Modelo: Maurício Arruda Navy 2 Cores: Branco, Terracota Claro, Terracota Comum, Amarelo Ouro, Mostarda, Azul Royal, Turquesa e Rosa Queimado.

Conjunto de quadros Urban Arts

CONCEPT BOARD

Pendente meia lua Rose gold

Área Social

Artesanato

Cadeira Acapulco

Cadeira Famme Fatale

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Rose gold resgata o laranja, estimulante.

Linhas horizontais são mais calmantes, madeira traz conforto e o marrom ativa a produção de serotonina*.

Horta para a moradora ter o prazer de extrair seus próprios alimentos , incluindo medicamentos naturais.

Jardim ornamental, a beleza também trás alegria e vida para a casa.

A vivacidade das plantas também nos interiores

Revestimentos coloridos trazem alegria de forma lúdica,fugindo da monotonia que pode agravar quadros depressivos.

Transparência da mesa e cadeiras, traz leveza econtinuidade visual ao projeto.

Serotonina é um neurotransmissor que proporciona a sensação de bem-estar e é essencial contra depressão e ansiedade.

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Espaço para o relaxamento da moradora, a presença da natureza proporciona clareza aos pensamentos.

Poltronas que lembram a infância da moradora, ativando boas memórias.

Entrada do sol, para tratamento através da Helioterapia.*

A cor laranja é um ótimo estimulante para pessoas dontes e abatidas.

Puffes de crochê podem der confeccionados pela própria moradora, tornando-se um hobbie. Estampa traz dinâmica e movimento.

Verde mesmo em tonalidades escuras acalma.

Branco ativa o córtex esquerdo responsável pela positividade no cérebro.

*A helioterapia é uma terapia indicada para o tratamento da ansiedade, estresse e depressão, a comunidade científica acredita que as pessoas que vivem sob o sol tendem a ser mais felizes. A exposição moderada seria responsável por acelerar a produção de endorfinas, provocando uma sensação 48 natural de bem-estar.


Além da presença das plantas purifcar o ar e trazerem bem estar aos moradores, Ricardo Monezi, pesquisador do setor de Medicina Comportamental da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) afirma que a prática de jardinagem alivia tensões e aumenta a autoestima. Por isso um jardim frutífero que exige cuidado constante, que poderá se tornar mais que um hobbie, mas uma terapia.

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Pendente branco e madeira

Jogo de Cobre-Leito Dupla Face Plaza Militar e Bege Westing

AC

CONCEPT BOARD

Vaso rose gold

Arandela articulada rose gold

SuĂ­te

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Iluminação para cromoterapia.*

Linhas horizontais são mais calmantes, madeira traz conforto e o marrom ativa a produção de serotonina.

Quadros de bons momentos em família trazem segurança e ativam boas memórias.

Branco ativando o cortéx esquerdo e o rose gold lembrando o laranja. Verde calmante.

Presença de plantas saudáveis imprimem vida ao espaço impactando positivamente no descanço e renovação das energias para um novo dia.

*Cromoterapia é a ciência que emprega as cores para alterar ou manter vibrações do corpo em frequência que resulta em saúde, bem estar e harmonia.

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BromÊlia, aspargo- pendente, filodendro, jaboticaba. amora, carambola, suculentas,tomate cereja, alecrim, manjerição, camomila, erva cidreira, capim santo, chifre de veado, jiboia e columeia.

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TOMATE CEREJA Fortalece o sistema imunológico.

ALECRIM Relaxante muscular, calmante e melhora o desempenho da memória.

MANJERICÃO Contém grandes quantidades de um composto orgânico chamado linalol (que é comumente usado em aromaterapia). Uma equipe de cientistas japoneses realizou um estudo em ratos de laboratório que descobriu que a exposição ao linalol reduz a atividade de centenas de genes que normalmente entram em ação em situações estressantes.

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CAMOMILA Os principais benefícios do chá de Camomila incluem: Diminui a hiperatividade; Ajuda a acalma e a relaxar; Alivia o estresse; Auxilia no tratamento da ansiedade.

ERVA CIDREIRA Tem efeito calmante que melhora casos de insônia, ansiedade, depressão e ajuda na redução do estresse

CAPIM SANTO O chá de capim-santo ou seu suco é recomendado para o tratamento de insônia e problemas de ansiedade.

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