Revista Ao Ponto! - 5a edição

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Editorial A Revista Ao Ponto! chega a sua 5a edição com muita coisa boa para você que assim como eu aprecia

Seções Novidades gastronômicas ..... 04

bons pratos. Para começo de conversa, o nosso prato do mês é uma mistura de frutos do mar com massa. Contamos também sobre a tradição do nhoque da sorte. Aprenda com o chef Librizzi como fazer um bom Gnocchi Al pesto com Zucchine e Gamgeretti e harmonizá-lo com vinhos. Não posso deixar de agradecer as jornalistas Karin Verzbickas e Tatiane Silva que contribuíram com ótimas matérias para esta edição. Karin ensina um prato com cordeiro de sua autoria e nos faz

Lançamentos............................06 Sugestões.................................08 Prato do Mês........................... 10 Indicação de Bebidas ............. 14 Viagem..................................... 16 Coluna Carnes ........................ 32 Essência do Tempero.............. 34

viajar pela gastronomia de New York e Tatiane nos leva para o mundo dos temperos com grandes chef de cozinha. Também não perca o nosso Perfil com

Cordeiro................................... 40 Perfil......................................... 44

o chef Eudes Rampinelli, chef de cozinha do novo point dos manezinhos da Ilha The Double Seven. Boa leitura!

Agenda..................................... 50 Expediente Textos e fotos: Juliana Galliano Design: La Barca Estúdio Criativo Redação: Rua Ivo Zanlorenzi, 925

Juliana Galliano, Diretora Editorial

ap 701 B - Ecoville Tel: (41) 9255-9607


Prato do Mês

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ESSÊNCIA DO TEMPERO

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Saiba fazer o Gnocchi Al pesto com Zucchine e Gamgeretti,um dos pratos da Macorronada Italiana, restaurante de Florianópolis chefiado por Ézio Librizzi

As ervas são o carro-chefe na cozinha de renomados profissionais. Conheça os diversos tipos e como utilizá-las

PERFIL

Chef Rampinelli tem atraído muitos admiradores para o seu cardápio. Conheça a historia do chef do The Double Seven, em Florianópolis (SC)

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Viagem Vá para Nova Iorque, deguste seus sabores sem sair da poltrona!


Novidades Gastronômicas Noites de ostras nos Restaurantes Victor Os apreciadores de ostras já podem comemorar. Para brindar o início da primavera e, consequentemente, de temperaturas mais agradáveis, os três restaurantes da Família Victor (Bar do Victor, Bistrô do Victor e Petiscaria do Victor) promovem entre os dias 03 e 06 de outubro a Semana das Ostras em Curitiba (PR). Os clientes poderão se deliciar com ostras harmonizadas com vinhos de qualidade superior. O evento será realizado apenas no jantar. Para mais informações, acesse: www.pierdovictor.com.br Armazém Italiano tem novo chef Edson Rodrigues da Maia é o novo chef contratado do restaurante Armazém Italiano, de Curitiba (PR). O chef de 26 anos trabalha com o segmento gastronômico desde os 15 e já fez parte da Rede Accor de Hotéis, de onde vem grande parte de sua experiência com a alta gastronomia. Edson traz, junto com o chef Pedro Calacans, novas ideias para o cardápio do estabelecimento. Aguardem! Mexicano comemora 8 anos A rede curitibana Mexicano Bras-Mex Grill, completa 8 anos e convidou 11 clientes para participar da nova campanha publicitária. Com o título “8 anos feito para você!”, ela difunde o aniversário da empresa e mostra o que gera a lembrança de marca aos diferentes públicos. A campanha pode ser vista em outdoors, tótens digitais e TV´S de publicidade digital. Tropical Banana quer mais expansão A rede Tropical Banana está em plena fase de expansão. Novas lojas estão em prospecção e desenvolvimento com franqueados já homologados em Londrina (PR), Curitiba (PR) e Porto Alegre (RS). Além disso, em novembro de 2011 vai inaugurar mais uma loja em Blumenau (SC), a Tropical Banana Shopping Park Europeu. Segundo a rede, os processos de seleção para candidatos à franquia para novas praças será retomado em breve, e desta vez com foco na região sudeste, iniciando com o estado de São Paulo. 4


Trattoria Boulevard lança “Festival de Sábado” A Trattoria Boulevard promove o “Festival de Sábado”. No cardápio, Polpetas de carne recheadas com fungui e queijo com calabresa, além de brocheti (espetinho de carne com tomate e cebola ao perfume de ervas). Para acompanhar, o restaurante oferece uma Salada de Folhas e dois tipos de massa: Talhatele com molho pomodoro e Gnocci com molho Alfredo. A opção é válida para o almoço de sábado e sai por R$ 34 por pessoa, à vontade. Informações: www.trattoriaboulevard.com.br Restaurant Week Entre os dias 10 e 23 de outubro, Curitiba recebe a 4ª edição do Restaurant Week, um dos principais festivais gastronômicos do mundo. Com a proposta de popularizar o acesso à alta gastronomia, o evento contará com 56 restaurantes. Na última edição, mais de 50 mil pessoas participaram, totalizando uma receita de R$ 3 milhões. Atualmente, doze cidades brasileiras participam do festival. O desafio que o evento propõe aos restaurantes é o de preparar cardápios diferenciados com entrada, prato principal e sobremesa a um preço fixo para todos os restaurantes inscritos: almoço por R$ 29,90 + R$ 1 e jantar por R$ 39,90 + R$ 1 (couvert, bebidas e taxa de serviço não estão inclusos). 5


Lançamentos Dos carros para a mesa Todos conhecem a indústria automobilística Peugeot, mas poucos sabem que ela também é uma indústria de artigos para a cozinha.Os moedores da marca, reconhecidos como os melhores do mundo, são objetos indispensáveis nas mesas daqueles que apreciam a gastronomia. Os moedores de pimenta-do-reino e de sal usam tecnologias especiais para selecionar o grau de moagem, têm mecanismos próprios para cada especiaria, além de um design único e chique. A linha é novidade na loja Roka, das empresárias Rosa e Koka Rigon, em Florianópolis. Corte de ervas O Jogo para Ervas e Temperos, da Dynasty Kitchen, auxilia no corte de ervas e temperos. O produto é feito de madeira e é ótimo para ter em sua casa e até mesmo presentear. Na embalagem está incluso uma faca meia lua de aço inox com cabo de madeira e uma tábua de madeira. Panela Super Chef A Panela Super Chef Glass 3 é novidade da Britânia. São 7 funções em 1 produto. Ela cozinha, frita, aquece, assa, tosta, gratina e grelha. A panela prepara todo tipo de alimento e pode ser levado à mesa. É ideal para comida chinesa e japonesa. Com revestimento antiaderente, a panela apresenta tampa transparente com saída de vapor. Disponível em 127V e 220V. 6


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Sugestões Guia do Almoço Está disponível na Internet uma nova ferramenta de divulgação de restaurantes e bares. O Guia do Almoço é um site que indica o prato do dia para os amantes da gastronomia, sendo um verdadeiro cardápio online. O site tem tido uma ótima aceitação. Vale a pena conferir para decidir onde será o almoço do dia! O endereço é http://guiadoalmoco.com.br

Blog Tem Delícia na Cozinha A jornalista Júlia Sizinando Rossi é autora do blog Tem Delícia na Cozinha. Apaixonada por gastronomia e, principalmente, pelas panelas, ela divide a paixão com leitores do mundo todo, por meio do blog. O Tem Delícia na Cozinha foi criado em fevereiro deste ano e conta com cerca de mil acessos por dia. Confira: www.temdelicianacozinha.com.br

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Meu Livro de Receitas A Sadia lançou o site interativo Meu Livro de Receitas. Nele, você pode postar suas receitas, compartilhar com amigos, dar sugestões gastronômicas e montar o seu próprio livro de receitas. O site é tudo o que os apreciadores da culinária querem para mostrar os dotes. Acesse: www.meulivrodereceitas.com.br

O Livro de Brigadeiro O Livro do Brigadeiro, da editora Panda Books, traz diversos tipos de brigadeiros e curiosidades deste néctar dos deuses, além de receitas inéditas do ateliê Maria Brigadeiro, como o crepe de brigadeiro e o bolinho de chuva com calda de brigadeiro, a importância dos ingredientes e dos utensílios usados no preparo, a harmonização com vinhos e até a montagem da mesa para festas. Muito bem ilustrado, o livro de estréia da doceira Juliana Motter mostra que o popular docinho guarda muito mais segredos do que se imagina e é uma excelente opção para quem gosta de livros práticos e interessantes. 9


Prato do mĂŞs

Gnhocchi al pesto, Zucchine e Gaberetti


Nosso Prato do Mês desta edição é o Gnhocchi Al pesto, Zucchine e Gaberetti, do chef Ézio Librizzi, proprietário da Macarronada Italiana, um dos restaurantes mais tradicionais de Florianópolis (SC). Segundo Librizzi, o nhoque remete a momemntos especiais. “Massas e risotos são consumidos diariamente nas casas italianas. Já o gnocchi, como todas as massas mais trabalhosas, geralmente são ‘guardados’ para ser preparados pelas mamme e nonne somente em dias festivos como domingos e feriados. Por este motivo tem o ingrediente especial de “comida afetiva”, sendo típico de ocasiões mais comemorativas, festivas”. O Dia 29 Uma tradição italiana que começou na Idade Média e chegou aos nossos dias já é difundida em todo o mundo: o Nhoque da Fortuna. No Brasil, os imigrantes que chegaram da Itália no século passado trouxeram o costume de todo o dia 29 do mês comer nhoque com algum dinheiro embaixo do prato. Esse dinheiro é guardado, como um amuleto, até o dia 29 do mês seguinte. Segundo a lenda, esse ritual traz sorte e dinheiro. O ritual deve acontecer no ambiente em que o nhoque foi preparado para esta finalidade para que a simpatia funcione. Os descendentes de italianos que colonizaram o Sul do País preservam a tradição e seguem as normas à risca. Alguns restaurantes mudam até o cardápio no dia 29 de cada mês como é o caso da Macarronada Italiana. O Nhoque da Fortuna começou quando um missionário que peregrinava pela Itália parou numa aldeia que vivia do plantio de batatas. Ele foi recebido com muito carinho pelos moradores que comemoraram sua presença com uma refeição feita de batatas. Como o casebre onde o missionário foi recebido era muito pequeno, algumas pessoas tiveram que comer em pé. O visitante ficou tão impressionado com a receptividade do povo que pediu a todos para se reunirem sempre que possível. Assim a aldeia cresceria e prosperaria. Foi exatamente o que aconteceu. A partir daquele dia, todos passaram a se reunir sempre no dia 29, dia em que o missionário esteve lá, e a confraternização ajudou-os a prosperar. 11


Prato do mês Como fazer a simpatia Deve-se comer sete bolinhas de nhoque em pé com algum dinheiro embaixo do prato, seja o valor que for, e fazer um pedido. Depois, guarda-se este dinheiro como um amuleto até o próximo dia 29. Esta simpatia deve ser feita sempre no dia 29 do mês e para funcionar, o nhoque tem que ser preparado especialmente para isso.

Gnocchi aL pesto com zucchine e gamgeretti Receita do Gnhocchi Al pesto, Zucchine e Gaberetti chef Ézio Librizzi Para duas porções. ZUCCHINE: Em uma frigideira preparar o zucchine: 2 colheres de azeite. 1 folha de louro. Alecrim Deixar dourar e acrescentar: 300 gr de zucchine, abobrinhas, fatiado em rodelas. 2 cravos da índia. Salgar. Dourar o zucchine e acrescentar: 50ml de cachaça ou vodka. Flambar. 12


PESTO ALLA GENOVESE: 150 gr. de basílico genovese (manjericão), 2 dentes de alho, 20 gr. de “pinoli”, 70 gr. de parmesão ralado (italiano ou sbrinz da Conaprole), Azeite, sal e pimenta do reino moída na hora. Colocar em uma tigela as folhas de manjericão, bem lavadas, o alho, os “pinoli” e socar tudo (ou liquidificar) até obter uma polpa homogênea. Acrescentar o parmesão, duas colheres de azeite e duas colheres de água quente e misturar o todo. Ao final, acrescentar pimenta do reino e sal a gosto.

CAMARÃO: 2 colheres de óleo extravirgem de oliva. 1 dente de alho 1/4 de cebola bem picada. Deixar dourar sem queimar e adicionar: 400 gr de camarão. Salgar levemente o camarão. Deixar cozinhar e em seguida acrescentar: 2 tomates sem casca picados. 4 folhas de basilicão. Acrescentar: Cebolinha, salsinha, sal, pimenta do reino e manjericão Acrescentar o zucchine da primeira frigideira. Acrescentar: cebolinha, salsinha, sal, pimenta do reino e manjericão.

FINALIZAÇÃO O Gnocchi (nhoque) não ganha peso na cocção, por isto deve-se ferver, para duas porções, 500 gr de Gnocchi artesanal em 4 litros água com sal. Quando subir, boiar na superfície da água, está cozido. Escorrer. Empratar o Gnocchi Al pesto. Saltar o molho Zucchine e Gamberetti juntos em frigideira e servir sobre o gnocchi. Decorar com Zucchine e folhas de manjericão.

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IndicaÇão de Bebidas

Chef Ézio Librizzi explica sobre a harmonização dos vinhos com massas Para a harmonização, torna-se importante conhecer os componentes do sabor do alimento para saber o que se deve valorizar e contrabalançar com a ajuda do vinho. Equilíbrio é fundamental para um bom resultado degustativo. Como regra geral, os vinhos leves devem ser tomados antes dos encorpados, os brancos antes dos rosés, estes antes dos tintos e os secos antes dos suaves ou doces. Em termos de estrutura, quanto mais temperado ou forte for o prato escolhido, mais complexo e encorpado deve ser o vinho. Os vinhos brancos são indicados para peixes e frutos do mar e acompanham muito bem nossas massas artesanais. Principalmente os brancos estruturados. Os rosés são bastante versáteis e combinam muito bem com carnes brancas, pratos com molhos de média estrutura e risotos em geral. No caso dos tintos, o conhecimento das castas de uvas ou a experiência 14

pessoal, apurando o próprio gosto, são o melhor caminho para obter o melhor benefício. Não é toda hora que um Cabernet Sauvignon, por estar na moda, cai bem; experimente também vinhos menos travados como por exemplo Merlot, Malbec, Pinot Noir, Cortes ou ainda composições clássicas como o Chianti. Todos os tintos de nossa carta, de média ou grande estrutura, são estupendos com nossas massas artesanais. Os amantes de vinhos suaves e adocicados, que não são poucos, encontrarão várias opções de vinhos agradáveis e equilibrados. Os vinhos devem ser degustados na temperatura adequada para cada tipo, de forma a valorizar a sua estrutura. Os espumantes entre 4 a 6ºC, brancos entre 8 e 10°C, os rosés e tintos jovens entre 12 a 14ºC e os tintos encorpados entre 16 e 18ºC, para propiciar melhores sensações.


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VIAGEM

Nova York, um convite irrecusável à gula A jornalista Karin Verzbickas é nossa convidada especial desta edição para contar a deliciosa experiência de viajar para a metrópole dos EUA e degustar diversos sabores

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Por Karin Verzbickas Nova York, a capital mundial da gastronomia, tem algo como 30 mil restaurantes. Impossível conhecer todos? Praticamente. Mas, raro mesmo é conseguir construir uma lista consensual dos “top ten”, por mais afinidade que exista entre os julgadores. Essa é, sem dúvida, a cidade ideal para quem valoriza a gastronomia sem fronteiras, com endereços japoneses, chineses, espanhóis, italianos, tailandeses, peruanos, russos, turcos, escandinavos, mexicanos, brasileiros, entre muitos outros. Os melhores chefs do mundo estão ali, seja com um restaurante, ou com uma escola de gastronomia ou fazendo apresentações de tempos em tempos. Todos querem deixar escrita ao menos uma linha na história por onde flui a gastronomia mundial. Que o digam os mestres - e já quase novaiorquinos - Mario Batali, Daniel Boulud, Charlie Palmer, Marcus Samuelsson, Gordon Ramsay e Thomas Keller.

linha, mas não se engane, há também muita porcaria travestida de comida contemporânea. O produtor Nelsinho Motta, tido por muitos anos como o embaixador cultural do Brasil em Nova York, viveu lá nove anos seguidos e em 19 endereços diferentes. Segundo o produtor, a maior contribuição gastronômica dos EUA para a humanidade foi, sem dúvida, o junk food. “Eles sabem como ninguém fazer aquelas porcarias todas, que encantam e engordam todo mundo”. Mas Nelson Motta, assim como aqueles brasileiros que frequentam NY com assiduidade, sabe apontar de olhos fechados os endereços mais quentes e descolados da Ilha em matéria de gastronomia. Um dos indicados de Nelsinho é o Aureole, considerado um restaurante de cozinha americana progressiva, que fomos conferir.

Essa Disneylândia irresistível aos pecadores da gula reserva iguarias, sabores e aromas dificilmente encontrados em outra cidade na mesma proporção e diversidade, mas também pode pegar os mais desavisados em verdadeiras “arapucas turísticas”. Sim, elas existem e estão em cada esquina de Manhattan te seduzindo com preços combos incríveis e gordura trans escorrendo ao redor. Em suma, há muita comida de alta qualidade e de boa procedência, feita por chefs de primeira 17


VIAGEM

AUREOLE, BY CHARLIE PALMER O visual moderno e clean do restaurante já impressiona. A adega, suspensa num mezanino transparente e cheio de aço e vidro envolta numa bolha tubular, dá um certo ar hightech ao espaço. A sala principal do Aureole, se funde com a área do bar futurista e dá acesso ao salão reservado. O cardápio é restrito. Nada de dezenas de centenas de opções, molhos, acompanhamentos e composições. Charlie Palmer, o premiadíssimo chef da casa parece prático, direto e flexível, e montou um menu para cada ocasião: o de 18

Domingo, um de almoço com preço fixo, um apenas de aperitivos para o bar, um de jantar no bar, outro de jantar no salão pré-teatro (isto é, antes das 20h), tem também um de degustação gourmet e outro para tarde da noite ( o “late night” novaiorquino é qualquer hora depois das 22 e antes das 23, quando a maioria dos restaurantes fecha). Enfim, cada cardápio de Palmer resume a essência da sua arte em poucos e bons acordes, sem cansaço e nem espaço para muitas indecisões. É confortante também ver que o serviço é gentil, próximo e altamente qualificado


para detalhar a composição dos pratos. Uma sommelier fica à espreita para orientar na melhor harmonização de pratos com vinhos ou espumantes, assim como aconteceu quando optamos por um prato de peixe - um delicioso SCOTTISH SALMON, grelhado em azeite com agrião e beterrabas. A sugestão foi um legítimo champanhe francês, da vinícola Agrapart & Fills, Blanc the Blanc Les 7 crus, produzido com 100% de uvas chardonnay das 7 aldeias da família Agrapart. Excelente relação custo-benefício por 80 dólares, e que caiu muito bem. E o preço do prato? Nada proibitivo: 32 dólares por pessoa. Aureole, sim, na nossa próxima visita a Nova York ele estará na agenda.

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VIAGEM MARIO BATALI REINVENTADO “Life is too short not to eat well”. O slogan na entrada do completo e irreverente Eataly nunca foi tão convincente. Quem tem a oportunidade de passear pelos vários setores do Eataly e sentir de perto a qualidade, o aroma, as cores das iguarias italianas ali disponíveis pensa na hora que andou perdendo tempo e paladar consumindo baixa gastronomia. A vida é realmente muito curta para não se comer bem. E o Eataly é reduto daqueles que amam gastronomia, cultura italiana, design, acessórios para cozinha, vinhos, literatura, ingredientes raros e inusitados. Instalado num pavilhão quase industrial em plena Fifth Avenue, e pertinho do Flatiron Building, o Eataly foi idealizado pelo mestre Mario Batali, um restauranteur aclamado pela crítica. Esse grande mercadão começa com um passeio pelo café: vários tipos, sabores, procedências, queimas. Depois você pode passar pelos gelatos italiani e quase em frente estará a doceria, ou a Pasticceria, com tortas e guloseimas que dão a impressão de serem cênicas de tão perfeitas. Tudo ali pode ser comido ali mesmo, em pé, sentado, às vezes, ajoelhado. E tudo o que se come, também está à venda para se levar para casa. Não só o prato pronto, como também os ingredientes que o fizeram perfeito. Depois disso você chega às prateleiras de doces italianos industrializados: geléias, cremas, frutas secas, castanhas, ahhhh, e os chocolates. Vitrines e mais vitrines das composições e fórmulas mais raras de cacau com gengibre, com pimenta, com leite de cabra, com morangos 20


silvestres, em concentrações que partem do quase nada – 10% - ao quase tudo – 90%. E aí, quando acha que já viu tudo, é que começa a verdadeira babilônia gastronômica. Há pelo menos seis restaurantes ali: Manzo – o mais requintado e que só atende com reservas, mas tem um bar bem democrático - , o La Verdure – para vegetarianos exigentes -, o La Piazza – restaurante que tem um queijeiro que faz a mussarela de búfala diariamente em frente ao público, o Il Pesce – onde se come ostras e peixes frescos assados na grelha-, o La Pizza & Pasta – o mais popular de todos com a melhor massa artesanal de Nápole -, o Il Crudo – canto dos mais valorizados com vinhos, queijos e frios, e a Paninoteca, uma padaria de ficar de joelhos diante dos milagres feitos a partir de farinha e água. Detalhe: todos os restaurantes são abertos e debruçados para o salão. Excentricidades à parte, todo o complexo oferece produtoscom valores acessíveis. Come-se uma pizza veramente napolitana a 13 dólares, talvez mais barato que muitos lugares do Bexiga, em São Paulo. E leva-se um legítimo pão italiano para casa por 5 dólares. Uma temporada de apenas 12 dias em Nova York nos levou três vezes ao Eataly. Nenhuma parecida com a outra, sendo as três irretocáveis experiências de boa gastronomia. O espaço abre todos os dias às 10 da manhã e pode-se entrar até as 11 horas da noite. Se você ficou com água na boca, mas não tem planos de ir à Big Apple nas próximas horas, vá matando a curiosidade fazendo um passeio virtual pelo Eataly ou conhecendo o cardápio de cada restaurante: www.eatalyny.com. 21


VIAGEM HELL´S KITCHEN IN NY Quem assiste ao temperamental Gordom Ramsay, chef de cozinha escocês que fez uma maratona nervosa de reality shows na TV fechada, mostrando cozinhas absurdamente desorganizadas com equipes catastróficas, não imagina que seu restaurante em Nova York, o Maze by Gordon Ramsay, instalado junto ao Hotel The London, em Manhattan, seja tão sóbrio e esbanje uma atmosfera tão relaxante. “Proporcionamos uma experiência gastronômica relaxante e informal num

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ambiente altamente luxuoso”, traduz com fidelidade o cardápio do Maze. Mas, apesar de clássico e esteticamente muito agradável, não é o ambiente seu ponto alto. É a cozinha de Ramsay, impecável na apresentação e inesquecível ao paladar. Toda aquela exigência e rabugice do chef devem, de alguma forma, ter resultado em pratos que beiram a perfeição. Não experimentamos todo o cardápio, mas aquilo que pedimos foi surpreendentemente bom. Anote aí: para a entrada, Carpaccio de Atum com Peixe Espada, marinado em molho de soja. E para os pratos principais, duas grandes pedidas: Um risoto negro com congumelos e chips de Parmesão (por apenas 18 dólares) e um filé mignon curado de 8oz, isto é, 225 gramas, com creme de espinafre, maçã e cogumelos Portobello grelhados (21 dólares). Inexplicável os preços dos pratos que, apesar de toda a qualidade e elaborada técnica, são muito acessíveis. Exemplo? Um dos pratos prediletos do Menu a La Carte, a clássica Bouillabaisse de Marselha, sai por 22 dólares. É o prato mais caro do cardápio. A ira de Ramsay certamente não foi despejada no Menu, acessível e impecável. Ela está na coluna de preços da Carta de Vinhos. Uma carta boa, completa, mas com pouquíssimas opções abaixo de 100 dólares. Nossa opção? Um francês Red Rhone Wine, Hermitage, Tardien-Laurent, safra 2006. Espetáculo!


muito gelo na base, leva até a mesa do privilegiado cliente ostras e outras iguarias O Balthazar, um clássico novaiorquino, fica marítimas, em proporções nada francesas. no coração do Soho, mais precisamente no É impossível não reparar na qualidade dos número 80 da Spring. Podem até reclamar crustáceos e na quantidade de acessórios que as mesas são pequenas, que as para abri-los e devorá-los com o requinte cadeiras ficam muito próximas umas das que a misancene pede. outras, que ouvimos a conversa da mesa Para terminar a sua visita ao Balthazar, não vizinha talvez melhor que a voz do nosso deixe de fazer uma visita à Balthazar Bakery, acompanhante, mas não tem jeito. Seja a que possui uma vitrina típica daquelas hora que for, do café da manhã à última padarias charmosas de Saint Germain. ceia da noite, o Balthazar estará lotado. O cardápio dessa charmosa brasserie francesa, que tem como chefs Riad Nasr e Lee Hanson, tem dois queridinhos consagrados: a Sopa de Cebola Gratinada, o pedido original de todo novo e velho cliente, e o Steak Frites, com o tradicional e igualmente famoso molho béarnaise. COMO ERA GOSTOSO O MEU FRANCÊS

No fundo do salão, chama a atenção o Bar com frutos do mar crus. A cada novo pedido, um carrinho especial, com 23


VIAGEM

MEATPACKING AÍ VOU EU Desde que o Meatpacking District virou reduto dos fashionistas e descolados de Manhattan, o Pastis está por lá. Essa esquina cheia de charme do antigo bairro de frigoríficos de carne de NY, já serviu 24

de cenário para Sarah Jessica Parker no consagrado Sexy and the City. O bistrô acabou virando o queridinho de Holywood e não é raro ver por ali figuras como Sienna Muller e Jude Law. Pastis é o nome de um aperitivo com sabor de anis do sul da França, que é ingrediente de muitos


dos criativos coquetéis servidos na casa. Seu menu delicioso é combinado com saudáveis pratos Provençal, cerveja gelada e vinho francês. Nossa opção, acertada porém nada excepcional, foram pelo Ravioli de Lagosta e pelo Linguini feito em casa com alho e mariscos. E quem assina o cardápio são os mesmos chefs do Balthazar, Riad Nasr e Lee Hanson, tendo como chefe de cozinha o francês Pascal Le Seac’h. Mas, o seu grande valor está na atmosfera, nas pessoas caricatas do lugar, nos artistas e designers que dão vida ao espaço. Se você freqüenta NY e ainda não conhece o Pastis, aviso urgente: está perdendo.

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VIAGEM

DO LADO DE LÁ DA PONTE Desde que Peter Luger abriu sua Steakhouse no Brooklin, novaiorquinos e turistas em geral passaram a considerar o esforço de atravessar a ponte e deixar Manhattan por uma boa experiência gastronômica. E são muitas as boas opções do lado de lá. Para os românticos e apreciadores de uma vista incrível para a Ponte do Brooklyn e arranha-céus de Manhattan, indicamos um clássico: The River Café. Chova ou faça sol – e da última vez estivemos lá debaixo de um grande temporal – o cartão postal é de tirar o 26

fôlego. O salão principal do restaurante fica numa plataforma marítima sobre as águas do Houston, logo abaixo da Brooklin Bridge. Essa localização foi considerada arriscada pela prefeitura, que negou a licença de instalação do The River no início dos ano 60, quando ali só havia docas e... drogas. Mas, seu idealizador, Michael O’Keeffe, conseguiu realizar o sonho de abrir o The River em 1977. E lá se vão mais de 4 décadas de sucessos, prêmios e citações pelos guias mais badalados do mundo, como o Michelin. Os preços não chegam a ser proibitivos, mas exigem certo planejamento. No jantar,


por exemplo, o preço fixo do menu é de 100 dólares por pessoa, ou 125 caso seja o menu degustação do chef da casa, Brad Steelman. Grife com direito a Foie Gras de entrada ou outras 8 opções e pratos principais especiais como o “Colorado Rack Lamb”, que são costeletas defumadas de carneiro feito à moda do Colorado, com salsichas, batatas e molho de menta. De sobremesa, não deixe de pedir pela “Chocolate Marquise Brooklyn Bridge”, uma minuciosa escultura de chocolate, réplica da ponte do Brooklyn, que encerra à altura uma refeição dos deuses.

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VIAGEM

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O MELHOR HAMBÚRGUER DO MUNDO O PJ Clarke´s já é um querido e velho amigo, daqueles que nos acolhem a cada ida a NY e ainda é capaz de surpreender com seu charme e irreverência aos mais 100 anos de idade. Sim, há 125 ele está no “top ten” da Big Apple. Quem procura por uma comida americana fiel e de excepcional qualidade, servida num bar que te dá a sensação de que vai encontrar Huffrey Boggart a qualquer momento, o PJ é o the Best. Quando Frank Sinatra fazia shows em Nova York, conta-se que ele ia a muitos bares depois da apresentação, mas suas noites sempre terminavam no PJ e com “canja” para quem ainda estivesse por lá para ouvi-lo. Para quem vai estrear, o PJ original fica na Terceira, na altura da 55, em uma portinha discreta num prédio de tijolo aparente de 1864, e que resistiu bravamente a todos

os mega arranha-céus do Upper East Side. No caminho, já vá pensando na música que vai escolher no Juke Box imenso e original que o bar preserva e que é disputadíssimo pelos clientes. E enquanto ouve Miles Davis, Aretha Franklin, Sting ou B.B. King, não deixe de pedir pelo melhor hambúrguer do mundo, o famoso Cadillac. A atmosfera boêmia pede também uma boa cerveja na pressão, tirada com maestria daquelas antigas chopeiras douradas. Depois disso, acredite, você vai voltar muitas vezes, e aí já pode se aventurar nas outras boas opções de lagostas, prime ribs e sopas ou quem sabe até integrar-se ao famoso clube de uísque do PJ. E viva Patrick Joseph Clarke, o visionário que tem nos proporcionado ótimos momentos em NY.

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VIAGEM A CARNE NÃO É FRACA É indiscutível que as Steakhouses de Nova York são o ponto forte da gastronomia novaiorquina. E que a temperatura das mega-churrasqueiras americanas nesses restaurantes atinge um ponto inacessível para qualquer churrasqueiro doméstico mortal e brasileiro como nós. Essas Steakhouses também são bem diferentes das brasileiras na ambientação. Lá, eles adoram poltronas vermelhas altas, salões acarpetados e lustres dos tempos de “Saloon”. Não tem cheiro de

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brasa no ar. Nada de buffet de saladas, espetos correndo solto, chão com pisos derrapantes ou aquela gauchesca sendo entoada no palco principal. Mas e a carne? Bem, digamos que a deles não é fraca. Os cortes, em sua maioria diferem dos nossos e lembram grandes bifões, que, apesar de excessivamente altos, são muito tenros e saborosos. A quantidade da porção, geralmente aparece no cardápio em onças (oz) e pode variar de 4oz até 25oz, o que equivaleria a aproximadamente de 100 a 700 gramas.


Também é importante saber pedir pelo grau de cozimento da carne. Lá eles costumam utilizar os termos como Raw (cru), Rare (mal-passado sangrando), Medium Rare (mal-passado com vermelho no interior), Medium (vermelho apenas no centro e rosa ao redor), Medium well done (rosa claro no centro e bem passado ao redor), Well Done (carne cinza, quase carbonizada) e Overcook (muito, mas muito passada, já atingindo um sabor amargo). E são muitas as casas de carne premiadas de NY: Benjamin, Peter Luger, Porter House, Uncle Jack´s, BLT, Smith & Wollensky, Delmonico’s e The Strip, nomes que figuram sempre entre as “mais-mais”. Testamos uma Steakhouse lendária, a Frankie & Johnnie´s. Apesar da sua localização turística, em meio aos teatros da Broadway, a casa não é para turistas, mas para adoradores da carne e fiéis seguidores de gerações de clientes desde

1926, quando foi fundada. Em família, fizemos 3 pedidos: um T-Bone colossal, uma porção de Pork Chops (costeletas de porco apimentadas) que serviria uma família inteira, e um salmão na brasa quase inteiro – talvez o melhor que eu tenha comido nos últimos anos. A dica é que, se quiser acompanhamento peça por ele. O prato não tem guarnição e os garçons não fazem questão de avisar. Boa viagem e bom apetite!

ONDE ENCONTRAR:

Eataly – 200 5th Avenue (www.eatalyny.com) Aureole - 135 West 42nd St (www.charliepalmer.com/Properties/Aureole/NY) Maze - 151 West 54th St (www.gordonramsay.com/mazeatthelondonnyc) Balthazar – 80 Spring St (www.balthazarny.com) Pastis – 9 9th Avenue (www.pastisny.com) The River Café – 1 Water Street (www.rivercafe.com) PJ Clarke´s - 915 3rd Ave (www.pjclarkes.com) Frankie & Johnnie´s – 32 West 37th St (www.frankieandjohnnies.com)

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Coluna CARNES

PICANHA

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Picanha é uma das carnes mais conhecidas e tradicionalmente existe duas maneiras de fazê-la: grelhada(fatiada) ou assada(inteira). Para fazermos da forma assada, colocamos o sal grosso na peça inteira. Ao colocarmos na churrasqueira, deixamos a parte da gordura virada para cima, virando algumas vezes para que asse de uma forma uniforme. Mal passada ou ao ponto são as formas de servir a carne, uma vez que bem passada ela perde seu sabor além de ficar mais dura. Para fazermos da forma grelhada é preciso cortar a picanha em fatias, que em média terão entre um a dois dedos de tamanho. Quando o fogo estiver no braseiro é a hora de colocá-la para grelhar. Se for salgá-la no sal grosso, coloca-se o sal uns 2 minutos antes de grelhá-la, retirando o excesso. Ao colocá-la na churrasqueira, se for sal fino, coloca-se nas fatias assim que for ao fogo e ao virar a carne também faz o mesmo processo. O importante antes de tudo é verificar o peso da mesma quando for comprá-la, pois se adquirirmos uma peça de picanha com um peso superior a 1,2 kg estaremos levando além da picanha, parte do coxão duro. Fica a dica e bom churrasco!

Por Guilherme Vieira 33


eSSÊNCIA DO TEMPERO

As estrelas da boa cozinha

Apreciadas há milênios pelo homem, as ervas, além de destacarem a comida, proporcionam uma alimentação saudável, cheirosa e saborosa Por Tatiane Silva, do Blog Garfadas O tempero é essencial para realçar o sabor de um prato. É o que garante a personalidade a receita preparada. Em suma, tempero é vida, sem ele o alimento fica sem graça e não faz sentido ao paladar. Para boa parte dos chefs de cozinha, as ervas não podem faltar no arsenal de um cozinheiro que se preze. Trata-se de uma verdadeira bênção oferecida pelas plantas para a culinária.

tempo a economia mundial e foram alvo de cobiça dos povos da antiguidade. Para a chef de cozinha Sônia Jendiroba, profissional que não dispensa o uso das ervas em seus pratos, não podem faltar o tomilho, o manjericão, o alecrim e a salsa. Há 25 anos no ramo da gastronomia, Sônia conhece bem a maneira correta de utilizar estes temperos. “Algumas ervas tem o poder de salgar o alimento, outras de diminuir o sabor do sal”, afirma a chef que utiliza esses temperos para preparar desde um cuscuz até um assado. Ela salienta que as ervas mais delicadas não podem ser cozidas, pois perdem suas propriedades, aroma e sabor. O cozimento do manjericão, por exemplo, faz com que a planta perca seu cheiro perfumado.

Além dos seus atributos aromáticos e saborosos, as ervas possuem potencialidades terapêuticas comprovadas pela ciência. Por isso, são essenciais para compor uma alimentação saudável e nutritiva. Há cinco mil anos, os povos já alçavam mão do uso das ervas, tanto para fins medicinais, como culinário. Essas plantas O chef Ricardo Caldas, que por quatro anos trabalhou no Rules Restaurant, especiais movimentaram por muito 34


um dos mais antigos de Londres, é um verdadeiro aficionado por ervas. Tanto é que possui uma horta em casa só para ter o direito de tê-las sempre fresquinhas a hora que quiser. “Utilizo as ervas na maioria das minhas preparações. Com um toque de maestria elas deixam de ser coadjuvantes e tornam-se as estrelas enriquecendo desde um prato simples até o mais sofisticado”, avalia.

Caldas não dispensa o uso do alecrim, o estragão fresco e o coentro, mas demonstra verdadeira afeição pelo Lemon Thime (Tomilho com aroma de limão), que devido a suavidade característica da planta, pode combinar perfeitamente com peixes e frutos do mar. Aprenda as receitas dos chefs Sônia Jendiroba e Ricardo Caldas, que carregam em seu tempero as mais perfumadas, nutritivas e saborosas ervas.

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eSSÊNCIA DO TEMPERO

Ervas e suas combinações Entradas de verão

LIMÃO SICILIANO RECHEADO COM COUSCOUS MARROQUINO 6 pessoas

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Ingredientes: - 03 limões sicilianos grandes - 2 colheres de sopa de salsinha fresca picada na hora - 1/2 pimentão amarelo (sem pele) - 1/2 Pimentão Vermelho ( sem pele) - 02 cebolas roxas frescas - 2 xícaras de couscous marroquino - suco de meio Limão - 1/2 xícara de extra virgem - 06 camarões médios limpos e com o rabo para decorar - 1 colher de sopa de corcuma para colorir o açafrão - 03 xícaras de água quente - 03 tomates sem pele cortados em cubos pequenos - 02 dentes de alho fresco - sal e pimenta a gosto

pequenos e uniformes. Em uma vasilha misture os mesmos juntamente com o alho e adicione o azeite; Tempere com sal e pimenta a gosto. Em uma vasilha plana, adicione o couscous e o açafrão misturando bem. Adicione água morna e misture bem. Depois que o couscous estiver bem úmido, coloque papel filme sobre a tigela, para que a água morna cozinhe o couscous por aproximadamente 05 minutos. Em seguida, adicione imediatamente o restante do azeite extra virgem e misture, para que o couscous não grude. Depois acrescente os pimentões, tomates e alho marinados em azeite Borges e misture bem; Em seguida adicione o suco de limão e a salsinha fresca e prove! Modo de Preparo Para finalizar, grelhe os camarões, Em primeiro lugar, corte os pimentões tempere com sal e pimenta e regue com em lâminas retirando a casca e a parte azeite Borges. branca interna dos mesmos; Corte os tomates em quatro, retirando as Montagem sementes, vire a barriga do tomate para Coloque o limão no centro do prato, caso cima e com uma faca pequena e afiada a montagem seja individual, coloque o retire a casta do mesmo de maneira couscous colorido e perfumado dentro uniforme; Descasque o alho e corte bem do limão, adicione o camarão para pequeno. Depois, corte os pimentões, decorar e uma regada de oliva Borges cebolas roxas e os tomates em cubos sobre o mesmo. Sirva imediatamente. 37


MOUSSE DE TRUTA - ½ kg de carne de truta sem espinhas e sem pele - 01 clara de ovo - 01 ovo inteiro - 01 colher de manteiga - 250 ml de creme de leite fresco - ½ maço de tomilho fresco - ½ fava de baunilha (raspar as sementes) - sal e pimenta do reino a gosto 38

Modo de fazer Bata no processador a carne de truta com o ovo; acrescente a manteiga derretida e o creme de leite e a baunilha e tomilho debulhado; bata as claras em neve e acrescente delicadamente a mistura; disponha em aros untados com manteiga; leve para assar no vapor por 05 minutos, deixe esfriar.Retire do aro e passe no pimentão amarelo cortado em pequenas brunoises misturadas com gengibre negro.


MOUSSE DE ALHO PORÓ - 01 kg de alho poró finamente picado - 500 g de creme de leite fresco - 01 colher de cebola roxa picada - pimenta da Jamaica a gosto - 06 folhas de gelatina sem sabor - 01 colher de azeite extra virgem - manjerona - sal a gosto MOUSSE DE KANI KAMA - 01 kg de kani kama - 250 g de creme de leite fresco - Suco de 01 limão - 1 xícara de manjericão verde - 250 g de creme de maionese - 35 g de gelatina em pó sem sabor - Sal e pimenta verde a gosto

Modo de fazer Refogue a manteiga com a cebola até que fique transparente; junte o alho poró deixando que cozinhe por 3 minutos; acrescente o creme de leite e deixe ferver. Bata no pulsar no liquidificador e devolva para a panela deixando ferver para reduzir 1/3; junte a gelatina já hidratada para que se dissolva no calor do creme de leite. Tempere com sal ,manjerona e a pimenta da Jamaica em aros untados com oliva; coloque a mousse e leve para gelar por duas horas. Depois de retirar dos aros delicadamente, passe em pequenas brunoises de pimentão verde misturado a gergelim branco e preto. Modo de fazer Passe o kani kama no processador; num recipiente misture a pasta do kani com a maionese; bata ligeiramente o creme de leite com o suco de limãoaté que fique firme e junte a gelatina já hidratada e derretida. Tempere com sal juntando o manjericão cortado a pimenta verde ou pimenta do reino branca, se preferir. Unte aros com azeite de oliva, preenchaos e leve para gelar por 2 horas e retire delicadamente do aro. Envolva em pimentão vermelho finamente picado com manjericão. 39


cordeiro

SABOROSA E SUCULENTA

Para quem aprecia carnes, o cordeiro é uma excelente opção de sabor e para criar pratos. Foi o caso dos gourmands Karin Verzbickas e Sérgio Moritz. Acompanhe as maravilhosas receitas que os dois criaram com a carne. FARFALLE COM CORDEIRO À BITENCOURT A receita do Cordeiro à Bitencourt foi criada em homenagem ao jornalista Róger Bitencourt, por sua esposa e sócia Karin Verzbickas. O prato, além do cordeiro que é a carne mais apreciada pelo jornalista, é preparado de forma que fique sempre tenro e leva ingredientes também da preferência do homenageado: champignon fresco e massa de grano duro. A dica é comprar sempre o cordeiro mais novo que puder, abatido até 10 meses de idade, para garantir a maciez da carne e o molho denso.

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6 pessoas Ingredientes: - 2 kg de pernil de cordeiro sem osso cortado em cubos de 4 centímetros - 8 colheres de sopa de manteiga - Sal e pimenta moída a gosto - 5 dentes de alho socados - 2,5 colheres de sopa de farinha de trigo peneirada - 1 garrafa de vinho branco seco - 2 folhas de louro - 1 colher de sopa de tomilho fresco - 4 cebolas grandes picadas - 8 tomates grandes picados - 400gr de cogumelos frescos - Cheiro verde (salsinha e cebolinha picadas) - 1 caixa de massa de grano duro tipo farfalle Modo de Preparo: Comece na véspera. Numa grande caçarola, derreta a metade da manteiga e, antes que ela mude de cor, adicione uma porção do cordeiro (6 a 8 pedaços por vez). Refogue bem de todos os lados e reserve. Faça essa operação várias vezes, e sem pressa, até que todo o cordeiro esteja refogado. Com a panela vazia, adicione o restante da manteiga e todo o cordeiro de um só vez, junte o alho e cozinhe por 3 minutos sem deixar de mexer. Polvilhe então a farinha de trigo, mexendo muito bem para que ela se incorpore à carne. Agora, diminua o fogo e junte uma taça de vinho, o louro e o tomilho. Mexa, tampe a panela e deixe cozinhar por 5 minutos. Junte mais um cálice de vinho e deixe cozinhar em fogo baixo por 1 hora com a panela tampada. Junte então o vinho restante e cozinhe da mesma forma por mais 15 minutos. Depois de frio, coloque todo o cordeiro e o molho num pote com tampa e leve à geladeira por no mínimo 24 horas. No dia seguinte, faça um grande refogado com a cebola e o tomate. Em seguida junte o cordeiro e o molho da panela. Deixe ferver e prove o sal. Se estiver macio,a ponto de desmanchar é hora de concluir o prato adicionando o champignon fresco cortado em lâminas. Deixe incorporar por 5 minutos e desligue o fogo, acrescente o cheiro verde. O molho deve ter uma aparência espessa e com cor de carne. Sirva uma concha grande sobre cada prato já com o farfalle cozido em água e sal e passado na manteiga. Como acompanhamento, apenas queijo parmesão ralado na hora e um bom vinho tinto para harmonizar. 41


cordeiro

STROGONOFF DE CORDEIRO COM PINHÃO A história de Sérgio Moritz na criação deste prato está na sua paizão pela carne de cordeiro, elegida como imprescindível em sua cozinha. “Ao me tornar um gourmet “para mim mesmo” e para os amigos que me cercam, comecei a fazer valer meu gosto apurado para prepará-las.Do carré ao pernil, passando pela paleta e pela picanha. Assada de forno ou de panela, tem feito a alegria de muita gente”, conta. Mas o Strogonoff de Cordeiro com Pinhão surgiu em 2009, quando foi convidado para participar, em Florianópolis, da Confraria do Strogonoff e também do 7º Festival do Strogonoff, evento beneficente que reúne quarenta “estrogonofeiros”, gourmets e chefs renomados da ilha. Era preciso elaborar uma receita nova que não “copiasse” nenhum dos tipos já existentes e tradicionais. Segundo o gourmand, os amantes da iguaria se “lambuzam” com o prato. Experimente!

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Ingredientes: Para o strogonoff - 1,5 kg de pernil de cordeiro sem osso, cortado em cubos ou em tiras - 03 cebolas médias cortadas miudinho - 04 dentes de alho amassados - 200 gramas de champignon - 500 gramas de molho de tomate pronto (tipo pomarola) - 01 colher de café de açúcar - 500 gramas de pinhão cozido com sal e descascado - 400 ml de creme de leite fresco (nata) Para o tempero da carne de cordeiro (quantidades a gosto) - Alho e sal - Tomilho - Alecrim - Cominho - Alfavaca - Hortelã - Salsa - Cebolinha Modo de preparo 1) Tempere a carne com o alho e sal e os demais temperos picados. Reserve. (se puder temperar no dia anterior, o sabor ficará mais apurado) 2) Refogue a cebola e o alho no óleo ou azeite. Acrescente a carne de cordeiro. 3) Cozinhe por aproximadamente 1 hora, deixando sempre bem hidratada. A carne destila líquido e o ponto certo de cocção se dará quando restar o equivalente a umas 02 xícaras do líquido. 4) Acrescente o champignon (flambe antes, se quiser), os pinhões e, em seguida, o molho de tomate e o açúcar. 5) Cozinhe por mais uns 15 minutos em fogo baixo. 6) Acrescente o creme de leite e cozinhe por mais 10 minutos. E está pronto! Sirva com arroz e batata palha, acompanhamento clássico. 43


perfil

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PAIXÃO PELA GASTRONOMIA O menu gastronômico do The Double Seven, filial de uma casa nova-iorquina e novo point de Florianópolis (SC), traz um mix das cozinhas italiana e brasileira, além de clássicos americanos. Quem assina o cardápio é o chef executivo Eudes Rampinelli, radicado há seis meses na Ilha da Magia. E é a história dele que vamos conhecer a seguir. 45


perfil Revista Ao Ponto! - Desde quando você trabalha com gastronomia? Chef Eudes Rampinelli - Comecei com 16 anos. Montei em Guriri (ES) um quiosque em que fazia drinks diferenciados. A brincadeira foi sucesso total. Depois, com 18 anos, abri com alguns amigos uma pizzaria, mas acabei vendendo e fui morar na Europa. No início trabalhava com eventos e publicidade, mas sempre percebi que a gastronomia era o que me movia. Então, em 2005, fui para Lisboa, estudar e trabalhar com gastronomia. O primeiro restaurante que passei foi o Don Pomodoro (considerado pela Academia Italiana de Cozinha, o melhor restaurante italiano de Lisboa, Portugal), em que pude fazer parte da equipe que abriu o estabelecimento. Para nos dar treinamento, foi contratado o melhor chef da cidade, o Michele Bono. Trabalhei no restaurante 1 ano e meio, sendo 6 meses como chef. Depois, resolvi ir para a Itália para aprender a fazer massa na casa

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de uma família tradicional. Ali permaneci por 2 meses. Então, segui para Barcelona, onde fiz cursos na ESPAI Sucret escola de gastronomia especializada em sobremesas, trabalhei durante um ano no Hotel W como chef de partida, também desde a inauguração do local e um curso de texturas e técnicas da alta gastronomia com o chef Albert Adria, do El Bulli (considerado o melhor restaurante do mundo, 3*Michelin). Ao Ponto! - O que o levou a trabalhar com a cozinha? Chef Rampinelli - Minha família tem muita influência da cultura italiana, aprecia a boa mesa. Então, já cresci gostando de ir a restaurantes e degustar pratos. Sem falar que trabalhar na cozinha é muito divertido, o ambiente é muito bacana e todo dia tem um incêndio para apagar. Esses cinco anos que passei em Barcelona só me fez me apaixonar ainda mais por gastronomia.


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perfil Ao Ponto! - Como foi sua formação profissional? Chef Rampinelli - Minha formação foi quase que 100% na prática, trabalhando nos restaurantes e recebendo os treinamentos dos mesmos durante esses 7 anos na Europa. E posso dizer que foi uma experiência espetacular, estive com grandes chefs mundiais e agora, neste retorno ao Brasil, vejo como estamos atrasados quanto a alta gastronomia. Por isso, temos que ir com calma quando implantamos determinados pratos nos restaurantes. Ao Ponto! - Como está sendo o desenvolvimento da cozinha no The Double Seven? Chef Rampinelli - Estou há 7 meses em Florianópolis e estou gostando bastante de trabalhar para o The Double 48


Seven. Nele, implantamos a cozinha internacional criativa, em que oferecemos pratos elaborados, em que fugimos do tradicional. Aqui oferecemos comida boa com toques que dão um requinte ao prato. A culinária italiana é um dos destaques da nossa cozinha. Como o bar é franquia dos EUA também trazemos hambúrguer. Sem falar nos drinks que o The Doublé Seven oferece diversas opções, os mesmos da matriz novaiorquina. O chef de bar Diego Rita, que trabalhou em bar de hotel 5 estrelas nos Estados Unidos, contou com o reforço de Cyrus Kehyari, considerado um dos melhores bartenders de Nova York, para treinar o nosso time brasileiro de barman.Temos os melhores equipamentos em nossa cozinha e com certeza não perdemos em nada para os grandes restaurantes. 49


Agenda Workshops Fotografia de Comida

São Paulo, Curitiba e Rio de Janeiro serão as próximas cidades a receber o workshop Fotografia de Comida, realizado pelo chef alemão Heiko Grabolle e o fotógrafo Michel Téo Sin. O curso aborda a teoria e prática do food styling, a técnica de preparar o prato para ser fotografado, e os segredos da fotografia de alimentos. As inscrições já podem ser feitas pelo e-mail: contato@fotografiadecomida. com.br. O valor é R$ 450 e não é preciso levar equipamentos fotográficos ou de culinária. São Paulo -- 1º de outubro HB Hotels Ninety. Al. Lorena, 521, Jardim Paulista Das 9h às 12h e das 13h30min às 18h Curitiba -- 5 de novembro* Rio de Janeiro -- 12 de novembro* * Datas previstas e locais a definir

Cozinha pré-nupcial: Receitas e técnicas para quem vai casar

Um programa criado para quem está prestes a se casar. A Chef Vivian ensina em 5 aulas como enfrentar o dia a dia na nova vida de casados. A primeira compra, escolhendo frutas, verduras e legumes frescos; estocagem de insumos; técnicas de cortes e mise en place; montagem de mesa para café da manhã; saladas, molhos vinagretes são alguns dos temas abordados durante o curso. Período: Noite Data: 30/09/2011 | Sexta-Feira Cidade: Curitiba Investimento: R$ 490,00 Informações: www.espacogourmetgastronomia.com.br

Cozinha Italiana

O Senac, de Florianópolis SC, oferece o curso Cozinha Italiana. O treinamento ensina as delícias desta culinária que encanta tanto os brasileiros. Massas são o prato principal do curso, é claro. De: 17/10/2011 à 21/10/2011 Horário: das 19:00 às 22:00 Valor da Parcela: R$ 360 Turno: Noturno Informações:www.sc.senac.br 50


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