Projeto Casinha Adaptada

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PROJETO CASINHA ADAPTADA


Elaboração: Equipe Laboratório Interdisciplinar de Produção de Objetos de Aprendizagem para Pessoa com Deficiência Juliana Pinheiro Chagas Fernandes Profª. Dra. Regina Célia Passos Ribeiro de Campos Prof. Dr. Charles Moreira Cunha

Apoio: NAI GEINE Pró reitoria de extensão UFMG 2016


APRESENTAÇÃO A Educação Especial se configura hoje como uma modalidade de educação, que dispõe de recursos e serviços pedagógicos especiais que podem contribuir para inclusão escolar das pessoas com necessidades educacionais especiais. Hoje em dia, propõe-se formas de integrar ao sistema nacional de educação pública as técnicas, recursos e profissionais especializados, que antes trabalhavam isoladamente dentro das escolas especiais. Trata-se do conceito de inclusão escolar: permitir, por lei, o ingresso do público alvo da educação especial às escolas em salas comuns, e promover estratégias para garantir a permanência e a aprendizagem dessas crianças na escola comum. Com a Política da Educação Inclusiva, a escola regular torna-se desafiada a se transformar, então, não só em um espaço de diversidade que acolhe todos os indivíduos, mas também um espaço de flexibilização de regras, e consequentemente de busca por novos recursos, estratégias, formas de organização, projetos político-pedagógicos e práticas avaliativas; procurando sempre se adaptar para atender as demandas dos os alunos, indiscriminadamente. Esse novo modelo de inclusão escolar representou avanços para com os direitos das pessoas com necessidades educacionais especiais, mas não foi capaz de sanar todas as lacunas da educação especial. Há ainda dificuldades no diálogo entre os profissionais da educação, dificuldades na adaptação física dos ambientes aos quais as crianças têm o direito de acesso e apropriação; e há, sobretudo, uma grande dificuldade de se produzir materiais, didáticas ou mesmo estratégias pedagógicas que sejam capazes de estimular as crianças e promover uma aprendizagem efetiva. O Laboratório de Produção de Objetos de Aprendizagem para Pessoas com Deficiência surge então com a proposta de desenvolver materiais que sirvam de auxílio didático para o professor, e que consiga sintetizar ou ilustrar conteúdos de uma disciplina específica de forma diferente da tradicional, não só para a criança com deficiência mas também para toda a classe na qual essa criança está incluída. Além do objeto de aprendizagem, o laboratório visava construir também um conhecimento coletivo, com a colaboração de agentes envolvidos no ambiente escolar, propondo também um maior diálogo entre eles (alunos, professores, direção, funcionários e familiares).


O PROJETO 01

CASINHA ADAPTADA

O Laboratório de Produção de Objetos de Aprendizagem para Pessoas com Deficiência trata-se de um projeto interdisciplinar, contando com seis subprojetos focados em diferentes áreas do ensino. Este caderno apresenta o subprojeto “Casinha Adaptada”, com o objetivo principal desenvolver um objeto de lazer, de acordo com os preceitos do Design Universal, que estimule ao máximo o desenvolvimento cognitivo, sensitivo e social da das crianças, trabalhando com a percepção espacial delas. Trabalhamos nesse projeto em parceria com uma UMEI de Belo Horizonte, com um aluno cego matriculado em uma turma inclusiva de Educação Infantil. Por isso, a questão da ludicidade será essencial, tanto pela faixa etária trabalhada quanto pelo desafio de criar um objeto que seja pedagógico mas também de lazer. O brincar instiga a imaginação e a criatividade da criança, trabalhando capacidade de abstração que estimulam um avanço no nível cognitivo da mesma. Ele pode também trabalhar com diversas outras dimensões e habilidades, como a dimensão sensorial por meio de estímulos de sons, texturas, cores e cheiros; ou mesmo o estímulo à coordenação motora.

ETAPA 1 estudos teóricos e pesquisas bibliográficas capacitação pesquisadoras objetos de referência contextualização

ETAPA 3 protótipos maquetes processuais estudo de materiais construção do objeto

ETAPA 2 trabalho de campo observações periódicas entrvistas

ETAPA 4 aplicação do objeto como instrumento pedagógico avaliação da atividade


OS PERSONAGENS Ni n

a essa é a nina. ela é uma menina muito ativa e divertida. adora brincar com bonecas. é também uma criança cega!

Juli

a essa é a julia. ela adora ajudar os colegas. gosta muito de desenhar e pintar.

Joã o

esse é o joão. ele é muito agitado. gosta muito do recreio e de jogar bola.

An d esse é o andré. ele gosta muito das cantigas de roda. adora também super-heróis

An in

ha

essa é aninha. ela é muito quietinha. adora ler e inventar histórias.


CONTEXTUALIZAÇÃO

Observamos inicialmente, a infra-estrutura da escola e a organização da sala de aula. Ela dispõe de uma grande diversidade de espaços internos (como salas de música, refeitórios e etc) e externos(como horta, parquinho e etc) além das salas de aula. Em parâmetros de acessibilidade, a escola é bem adaptada, com rampas e corrimões, mas a ausência de alguns elementos prejudica o acesso de algumas crianças, já que não há por exemplo pisos táteis. Entretanto observa-se um cuidado para evitar a presença de obstáculos nas áreas de circulação. Tradicionalmente, as construções escolares seguem um Programa de Necessidades estabelecidos pelas Secretarias de Educação. A concepção projetual dessas construções envolve extensos estudos, dentre os quais iremos nos preocupar com o projeto arquitetônico. Para elaboração de tal projeto, é indicada a incorporação de metodologias participativas, que levem em consideração as necessidades e desejos dos usuários, a proposta pedagógica e a interação com as características ambientais. É recomendado que a áreas externas correspondam ao mínimo 20% do total da área construída. São ambientes destinados para atividades de lazer, atividades físicas, eventos e festas da escola e comunidade e são, portanto, de suma importância no desenvolvimento físico e social das crianças. Os equipamentos que esses espaços devem dispor variam de brinquedos como escorregador, trepa trepa, balanços, a ambientes alternativos como anfiteatro,horta, jardim e etc. A acessibilidade deve ser garantida por meio de rampas de acesso ou plataforma de percurso vertical com as adaptações necessárias para garantir total segurança. O brincar durante a Educação Infantil também é essencial, pois instiga a imaginação e a criatividade da criança, trabalhando a capacidade de abstração e, consequentemente, avanços no nível cognitivo da mesma. Ele pode também trabalhar com diversas outras dimensões e habilidades, como a dimensão sensorial por meio de estímulos de sons, texturas, cores e cheiros; ou mesmo o estímulo à coordenação motora


DESENEVOLVIMENTO

Para pensar em um objeto, realizamos uma série de visitas à escola, bem como entrevistas e pesquisas acerca de objetos adaptados para crianças cegas. Em uma dessas visita inicial à escola foi observada uma casinha desmontada. Ela foi ‘demolida’ pois com o tempo ela se tornou insegura para as crianças, não só pela questão estrutural como também pela exposição de materiais como pregos que se tornaram perigosos para crianças nessa faixa etária. Percebemos também que há na escola uma produção e busca por novos recursos inclusivos para as salas de aula e áreas de lazer, e assim a construção de uma nova casinha, em parceria com uma das professoras da escola, feita de caixas de leite se apresentou então como uma possibilidade que trabalharia uma série de questões espaciais e sociais, mas também atenderia as demandas reais da escola. Elaborar um objeto de lazer, externo à sala de aula mas ainda com um caráter pedagógico se mostrou de grande importância, já que a educação inclusiva busca o desenvolvimento não só intelectual, mas também psíquico e social. Era necessário que esse objeto fosse capaz de criar de espaços de socialização e de coletividade entre as crianças durante o recreio. A “Casinha Adaptada” remete aos brinquedos clássicos de playgrounds infantis, mas apresenta uma releitura no contexto de inclusão, contando com elementos que garantam a acessibilidade universal, mas ainda sendo ambiente de brincadeira e faz-de-conta. cia essa Lú é a lúcia. é a professora. ela é muito criativa, cria muitos objetos pedagógicos para a turma.

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A ATIVIDADE 02

O subprojeto consiste na construção de um brinquedo espacializado, de escala maior que trabalhe com a movimentação e noção espacial das crianças. Inicialmente foi pensado uma ‘casinha’, que remete aos brinquedos já existentes e complementaria o playground da Escola . Contudo, a casinha a ser criada, deverá ter as dimensões recomendadas por norma para acessibilidade universal, mas na escala específica para uso das crianças; e trabalhando ainda com a ludicidade, a imaginação e o ‘faz-de-conta’. Para conceber essa casinha, foi pensada uma atividade pela qual tornamos o projeto mais colaborativo Primeiramente, foi pensada uma atividade pedagógica para trabalhar em sala de aula tanto a questão da cegeuira e a inclusão na turma, quanto as proposições dos alunos de objetos e elementos que a nova casinha deveria ter. A atividade foi feita também, aproveitando os conceitos da disciplina de Geografia, trabalhando a noção de espaço, representação e apropriação a partir de uma maquete - que seria complementada pelos objetos moldados em massinha pelos alunos - e atividades que trabalhem a corporeidade e movimentação no espaço. A atividade não só tem a função pedagógica, como também inclui os alunos no processo de desenvolvimento do projeto, propondo um processo participativo e comunitário, e de certa forma, empoderando as crianças como sujeitos ativos na construção do seu espaço. Ela seria então dividida em duas partes: “vamos experimentar?” e “mãos na massa”. Na primeira parte os alunos são convidados a simulares algumas dificuldades do cotidiano de uma pessoa cega, trabalhando o tato, a audição e movimentação e coordenação motora. Após o experimento, as crianças devem propôr elementos para a casinha mas que também contribuam para a inclusão de pessoas com deficiência durante as brincadeiras. Sem dúvida essa proposição é muito desafiadora para as crianças, que deveriam imaginar de fato quais adaptações físicas do espaço poderiam contribuir para a inclusão. Vale comentar, que apesar da atividade ter sido realizada com crianças de 4 e 5 anos, é recomendada uma faixa ertária mais alta. Apesar disso, as crianças conseguiram fazer uma série de propostas interessantes, pelo convívio intenso e contínuo com uma colega cega.


1° PARTE: vamos experimentar? Os alunos deverão ser organizados em roda e orientados a ficarem quietinhos porque será feita uma atividade diferente que requer silêncio. Deve-se explicar que a atividade tem como objetivo mostrar como seria algumas atividades do dia a dia sem o sentido da visão. Pediremos para que alguns alunos se voluntariem para participar das seguintes atividades:

Será entregue ao voluntário um saco com algum material que faz parte do cotidiano mas que possua uma textura peculiar. Eles devem colocar a mão no saco e descobrir o que tem dentro de cada um, de olhos fechados. Após a dinâmica, os alunos devem ser perguntados sobre a experiência, sobre como é não enxergar, o que eles sentiram, quais foram as dificuldades e etc.

Para essa atividade precisaremos de dois voluntários. A dupla terá uma criança que deverá fechar os olhos e deverá passar por um percurso definido por marcas no chão ou pelo comando do professor, mas seguindo apenas as instruções/ orientações do outro colega da dupla. Após a dinâmica, os alunos devem ser perguntados sobre a experiência, sobre como é ficar sem enxergar, o que eles sentiram, se é fácil confiar e seguir as direções do colega, quais foram as dificuldades,..


A professora indicará um aluno para dizer uma palavra ou frase simples, e o aluno de olhos fechados deverá identificar que falou duas vezes, uma vez com a sala em silêncio, e outra vez com a sala ‘barulhenta’. Após a dinâmica, os alunos devem ser perguntados sobre a experiência, sobre como é ficar sem enxergar, o que eles sentiram, quais foram as dificuldades e etc

Resultados Os alunos se voluntariaram animados para a atividade, e participaram todos, inclusive Nina pediu para realizar uma parte da experiência, seguindo o roteiro da atividade. A atividade das texturas deve ter muitas texturas diferentes, mas é necessário cuidado com os materiais escolhidos. Ao serem questionados ao final da parte 1 da atividade, os alunos revelaram uma surpresa quanto à dificuldade nessas experiências, principalmente para a locomoção e reconhecimento do espaçosemutilizarosentidodavisão.Tambémressaltaramahabilidade da Nina em caminhar pela escola sem apoio de bangala e piso tátil. A avaliação das pesquisadoras e da professora para essa estapa da atividade foram muito positivas, pela organização e dinâmica proposta, mas também pelo interesse despertado nos alunos, que se voluntariaram para participar em todos os momentos,

Materiais saco com materiais diversos: arroz, EVA, clips, etc. fita para marcação do chão


2° PARTE: mãos na massa! Os alunos deverão ser organizados em roda novamente, após as discussões quanto às experiências do 1°passo. Eles deverão propor elementos a serem incluídos na casinha, e modelá-los em massinha para colocar na maquete. Vale ressaltar, que a primeira proposta deve ser do aluno cego. A partir das propostas realizadas pelas crianças e, sobretudo, pelo aluno com deficiência, serão pensados alguns elementos que possam ser estimulantes não só para a pessoa cega como também para as demais crianças, mas que também sejam instrumentos pedagógicos dentro da casinha. Eles serão incluídos na casinha e serão avaliados através da observação do desempenho e adequação de uso nas brincadeiras propostas. Será também, elaborado o manual do usuário, com sugestões de brincadeiras e possibilidades de atividades a serem feitas com o objeto produzido.

Materiais maquete básica sem teto feita de papel paraná ou papelão pacote de massinha


A CONSTRUÇÃO 03

Nessa parte explicaremos o processo de construção da casinha e dos elementos sugeridos pelas crianças durante a atividade. Algumas sugestões e orientações serão feitas de acordo com a experiência que tivemos nesse processo, mas ressaltamos que sempre há novas formas de construir esses objetos (adaptados a um contexto específico), e pela flexibilidade da atividade, os elementos também são variados. A partir das propostas realizadas pelas crianças e, sobretudo, pelo aluno com deficiência, foram pensados alguns elementos que possam ser estimulantes não só para a pessoa cega como também para as demais crianças, mas que também sejam instrumentos pedagógicos dentro da casinha. Eles serão incluídos na casinha e também apresentamos aqui um manual do usuário, com sugestões de brincadeiras e possibilidades de atividades a serem feitas com o objeto produzido. As propostas das crianças para os elementos foram muito concretas, tendendo a refletir objetos que fazem parte de seu dia-a-dia doméstico, como vaso sanitário, pai, mãe, televisão, flor e etc; visto na imagem acima. Concluímos então, que essa atividade talvez seria mais adequada para crianças de faixa etária um pouco mais elevada, na qual a s crianças já têm uma maior habilidade de abstração. Apesar disso, pensamos em cada proposta feita pelos alunos e selecionamos algumas ideias que poderiam ser transformadas em elementos que acrescente um caráter pedagógico e acessível à casinha


CONTEXTUALIZAÇÃO Pensamos inicialmente em trabalhar com um elemento que, ainda que não proposto pelos alunos, é essencial para a acessibilidade de todos os locais para um deficiente visual: o piso tátil.Esse tipo de piso é dividido em dois modelos: o ‘direcional’, para orientação de percurso, e o de ‘alerta’, para avisar a mudança de direção, nível ou perigo. São placas de borracha, antiderrapante, com superfície de relevos de diferentes formatos para cada modelo. Optamos por não produzir esse elemento, mas comprá-lo já que este deveria seguir as especificações da NBR9050 e serem certificados pelo Instituto Brasil Acessível, ou seja, serem aprovados como Produto Inclusivo. O segundo elemento que optamos por construir foi o relógio, sugerido pela turma, que pode ser um instrumento pedagógico de auxílio durante o ensino do reconhecimento dos números e de leitura das horas. Ele foi feito com uma base redonda, com os números posicionados assim como no relógio clássico, e os ponteiros de horas e minutos. Ao lado de cada número em algarismo arábico, há o código em braille que representa esse valor. O terceiro elemento seria uma campainha, como um componente que trabalhe a audição, por meio do sinal sonoro; e ainda remetendo aos objetos do dia-a-dia. Pensamos em um circuito simplificado, utilizando um ‘buzzer’ e um botão de pressão, para simular uma campainha. Já o quarto elemento, é também um recurso de sinalização utilizado no marco da porta, como proposto pela turma. Utilizamos então um material que já possui uma textura característica, cortado no formato de sinalização similar ao formato do piso tátil direcional.


CONSTRUÇÃO DA CASINHA Passo 1: A preparação das caixas deve ser feita com o uso de jornais no interior para ajudar a secá-las, depois da lavagem, e para ajudar a dar estabilidade. Quando secas, fechar as caixas em formato retangular com o papel dentro.

Passo 2: Com cola quente, colar as caixas intercalando as fiadas como se fossem tijolos. Para os cantos cortar as caixas ao meio fazendo paredes retangulares.

Passo 3: Lembre-se de fazer a montagem das paredes já deixando os vãos da porta e das janelas. Esses vãos devem ser reforçados por pedaços de madeira para maior sustentação.


Passo 4: A cobertura pode ser feita de diversas formas e com diversos materiais. No caso do brinquedo ser usado dentro de casa, pode-se cortar o papelão em peças no formato de telhas e fazer a montagem com sobreposição. No caso do brinquedo ser utilizado ao ar livre, recomendamos o uso de material impermeável para a cobertura, como por exemplo um toldo.

Passo 5: Por fim são apenas os acabamentos. A casinha pode ser pintada de acordo com o gosto das crianças, e também enfeitada e decorada. Agora é a hora da brincadeira!


1° ELEMENTO: piso tátil Como comentado não é recomedado a produção prórpia do piso tátil pois ele deve seguir regras e parâmetros indicados por normas. Entretanto trata-se de um elemento essencial para a locomoção de pessoas cegas.

2° ELEMENTO: relógio em braille O relógio foi pensado tanto para atividades de matemática e ler as horas, quanto para o reconhecimento do números em braille. Com uma montagem simples, é possível também a fabricação desse elemento em sala de aula com a ajuda das crianças.

materiais e montagem O primeiro passo é cortar uma base de isopor em formato circular, e um circulo em EVA do mesmo tamanho, e colá-lo no isopor. Corte também os demais elementos em EVA: os números e os ponteiros. Cole os números no círculo. Para o ponteiro, devese cortar o tubo de uma caneta, e colocá-lo na extremidade de fixação do ponteiro, isso dará estabilidade e para manter o ponteiro no lugar desejado, é só usar a tampa da caneta! Por fim, cole as peças para o braile no formato correto. Recomendamos contas adesivas, é importante que a peça seja tridimensional. Seu relógio está pronto!


3° ELEMENTO: campainha É sempre recomendado o uso de recursos sonoros para ensino de pessoas cegas. Como a campainha foi sugerida pelas crianças, decidimos incluí-la na casinha, porém sua montagem deve ser feita por adultos

materiais e montagem Para esse elemento é necessário um conhecimento básico de eletrônica, como indicado no esquema acima. Primeiramente deve-se soldar dois fios de cobre encapados em cada uma das extremidades do botão. Depois, esses fios devem ser doldados nas extremidades do buzzer, assim como feito com o botão. Mais uma vez, deve-se soldar os fios no suporte da bateria, nesse momento é importante identificar qual fio será soldado na extremidade negativa, e qual na positiva, por isso recomndamos o uso de duas cores de fio. Após isso o circuito está pronto! Coloque a bateria ou pilha no suporte e teste o funcionamento!

4° ELEMENTO: sinalizador da porta Esse é mais um elemento que trabalha o tato, e foi inspirado no piso tátil. Sua execução é muito simples, é só selecionar algum material de textura diferente e interessante, cortá-la no formato indicado, e colar no marco da porta e, se necessário, nas janelas da casinha!


04 CONCLUSÕES O desenvolvimento do projeto desde o início foi impulsionado por uma vontade e necessidade de entender primeiramente as deficiências, a história das pessoas deficientes e os desafios que a educação inclusiva ainda enfrenta. Ao longo do ano, aprofundamos bastante nos estudos direcionados para cada subprojeto, com temáticas diversas, o que permitiu que compartilhemos ainda mais conhecimentos entre o grupo de pesquisa. Acredito que o projeto alcançou seu objetivo, de desenvolver objetos pedagógicos que permitam a interação e inclusão de um aluno deficiente no contexto de uma turma comum. O contato com a criança para a qual iriamos projetar esse recurso, foi essencial tanto para o crescimento pessoal quanto para entender realmente as dificuldades das pessoas com deficiência, tanto em ambiente de aprendizagem quanto nas atividades cotidianas.


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