Casa Brasileira: Centro Brasileiro de Cultura e Encontros no Japão

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casa brasileira ブラジル の 家

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o projeto

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73

128



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Em 1908, o primeiro navio – Kasato Maru – emigrando do Japão com destino ao Brasil aportou no cais de Santos marcando o início da imigração japonesa no país. Os japoneses, devido a uma política de emigração promovida por seu governo, tinham como destino inicial os Estado Unidos da América, o Canadá e a Austrália. No entanto, devido a um forte sentimento anti japonês, essas localidades impuseram um número limite de imigrantes. Os japoneses então voltaram sua atenção para outros países, como aqueles da América do Sul. O Brasil parecia perfeito e estava de portas abertas aos imigrantes: necessitava de mais mão de obra para as plantações de café, já que a Itália havia cessado de enviar trabalhadores ao país. Assim se inicia um laço histórico-cultural, que anos mais tarde se tornaria uma relação consolidada, entre os dois países (GOES, 2009). Desde o início da imigração, a comunidade japonesa criou laços muito fortes entre si, permitindo a manutenção de vários elementos identitários do país natal. Por ter uma filosofia de vida, modo de viver e cultura muito diferentes daquelas que temos no ocidente, a necessidade de fortalecer os traços nipônicos no Brasil se tornou ainda mais indispensável para sua adaptação ao novo continente. Por isso, e por outros motivos, podemos ver que atualmente muito da cultura nipônica foi introduzida ou adaptada em diversas cidades brasileiras. Mais de 100 anos após o início da imigração japonesa ao Brasil, a população descendente dos japoneses imigrantes - os nikeis já alcançou, em 2014, o impressionante número de 1,6 milhão de pessoas, se tornando a maior comunidade japonesa fora do Japão, representando aproximadamente 62% dos descendentes morando no estrangeiro segundo a Association of Nikkei.

no início, a maioria dos imigrantes passou a trabalhar como mão de obra nas fazendas do sul e sudoeste do país.

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Quando o Brasil começou a enfrentar dificuldades econômicas nos anos 1980 e depois de facilitação do Controle de Imigração japonês para a entrada de descentes até a terceira geração nos anos 1990, muito dessa população nipo-brasileira fez o caminho inverso e emigrou ao Japão para trabalhar permanente ou temporariamente. Problemas econômicos no Brasil, o laço histórico ao longo do século vinte entre os dois países e a coesão da comunidade nipo-brasileira contribuíram para que em 2008 a população brasileira no Japão chegasse ao número de aproximadamente 320.000 habitantes. Devido a facilitação de visto para nikeis e a dificuldade de conseguir visto de trabalho por outro meio, a maior parte desses imigrantes eram e são descendentes japoneses. Na procura de melhor qualidade de vida e de uma renda mais elevada, os nipo-brasileiros, esses imigrantes que, por mais que possuíssem fisionomias parecidas com os locais e que muitas vezes passaram uma vida no Brasil perpetuando a cultura japonesa, chegaram no país do sol nascente e foram categorizados como dekasseguis, ou trabalhadores imigrantes temporários, ocupando cargos que os japoneses haviam rejeitado e que exigiam baixa escolaridade (operariado). Independente da proximidade com a cultura do país, os japoneses nativos os tinham como dekasseguis, imigrantes. No Brasil, embora brasileiros de nascença, mantinham fortes laços com suas origens orientais; contudo, ao chegarem no Japão como seus descendentes, de modo algum eram considerados japoneses por aquele povo, mas sim brasileiros. Para os nativos, eles eram e são imigrantes. Para os dekasseguis, restou o sentimento conflituoso de dividir a alma entre os dois países: Brasil e Japão.

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Em 2008, a crise global foi sentida fortemente no Japão e os maiores afetados por essa nova dinâmica em formação foram os dekasseguis, a mão de obra que ocupava as esferas mais baixas de produção. Muitos foram demitidos e todos lutavam para sobreviver. Muitos nikeis voltaram ao Brasil nesse momento e a população quase diminuiu pela metade após esse contexto. Em 2014, a população brasileira no Japão, segundo o Itamaraty, chegava quase aos 180.000 habitantes. Por mais que essa população tenha diminuído visivelmente, o Japão ainda é o terceiro país com maior número de brasileiros morando no exterior. Em 2016, com a crise político-econômica brasileira desde 2014, foi o primeiro ano que se registrou um maior número de entrada – que de saída – de brasileiros n país. Esse número tende a crescer, visto o cenário brasileiro atual e as movimentações do governo japonês em ampliar a entrada de imigrantes no país (devido ao encolhimento de sua população).


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A diáspora brasileira, em tamanho significativo, é um acontecimento relativamente recente. A causa desse movimento de saída da população brasileira do país em busca de melhor qualidade de vida e renda mais elevada se deve principalmente a dificuldades econômicas do Brasil. A primeira leva mais significativa foi nos anos 1980, ao fim da ditadura militar, até início dos anos 2000. Somente no período entre 2002 e 2007 foram mais de um milhão de brasileiros que emigraram (MARINUCCI). Segundo o senso arbitrado pela SGEB (Subsecretaria-Geral das Comunidades Brasileiras no Exterior) em 2012, há cerca de 2,5 milhões de brasileiros vivendo no exterior. A diáspora brasileira possui um caráter peculiar. Os países para os quais os brasileiros mais emigram tem explicações óbvias, seja por proximidade física (Paraguai), seja por influências culturais e condições econômicas (EUA), seja pela língua (Portugal). No entanto, o fato do Japão estar nessa lista, sendo o terceiro país com maior população de brasileiros, é um tanto inusitada principalmente quando se comparado a outros países asiáticos. Porém, quando vemos o histórico de imigração japonesa no Brasil, gerando uma população considerável de descendentes japoneses, e a facilitação do governo japonês em conceder vistos permanentes para nikeis, esses números começam a fazer sentido. Ao permitir que até a terceira geração de descendentes japoneses possam retirar este visto, o governo nipônico possibilitou que essa porta de entrada a brasileiros ganhasse maiores proporções.

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25% 11%

1% 2%

outros estudantes intercambistas cônjuges de japoneses trabalhadores temporários residentes permanentes

61%

tipo de documentação

4%

18%

78%

+65 anos -18 anos entre 18-64 anos

idade

46%

54% mulheres homens

gênero

fonte: Consulado do Brasil em Tóquio, Itamaraty, acessado agosto 2017.

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diáspora brasileira fontes: pop brasileira site IBGE agosto 2017. Tabela de Brasileiros no mundo 2014 Itamaraty.

9431

km

120.000

reino unido

11h (londres)

alemanha

166.775

portugal

9h

eua

1.315.000 8h (ny)

brasil 349.842 2h

8

paraguai

pop. 202.932.638

espanha

128.638 10h

113.716 12h


japão 179.842

1736

9 km

22h

equador

0 .00 1 -

+1.0 00 .0 0 0

+ 1.000

0.000 + 10

+

9

0 .00 50

+ 1 0 .00 0


Por mais que se pareçam fisicamente, por mais que tivessem mantido sua cultura viva no ceio familiar, os nipo-brasileiros não são japoneses e são apontados e tratados pela população como dekasseguis. Segundo Chris Burgers, em relato para o The Japan Times (2014), isso vem em grande parte do discurso nacionalista, bastante difundido popularmente, que acredita que o Japão deva ser um país de população homogênea (tanitsu minzoku). Em seu primeiro mandato como ministro (2006-2007) Shinzo Abe, afirmava que os japoneses “se deram relativamente bem entre si até hoje”, o que os qualifica como um povo harmonioso e pacifista. A vinda de imigrantes com culturas diferentes iria, quem sabe, prejudicar essa harmonia e cooperação tradicional. De 2007 para cá, esse argumento perdeu força, mas ainda representa uma importância no discurso de homogeneidade de um povo.

Devido a essas tendências, percebe-se que os japoneses não podem fugir à questão dos imigrantes, por mais que não gostem, a maioria, desta perspectiva. Se os japoneses estão sérios em considerar a imigração como uma solução, também devem pensar seriamente em criar espaços de apoio para essa população, assim como criar ferramentas legais para melhorar sua vida no país. Atualmente, não existe nenhuma delas, diz Barry Brophy para o The Japan Times (2014). Segundo Debito Arudou, no mesmo artigo:

O Japão, no entanto, passa por um envelhecimento intenso de sua população como nenhum outro país no mundo. Segundo reportagem do canal estadunidense CNN, 20% da população japonesa já possui mais de 65 anos e as taxas de natalidade são extremamente baixas. A falta de mão de obra não especializada começou já a causar efeitos e a frear o crescimento do país em alguns setores. Portanto, por mais que haja uma relutância da população japonesa em receber imigrantes, há uma crescente movimentação que indica que não somente a aceitação aos imigrantes deve ser feita como a promoção dessa entrada deve ser realizada. Essas correntes de abertura acreditam que somente assim o Japão poderá sobreviver economicamente às próximas décadas. Esse princípio começou a crescer quando, em 2007, foi criado o Japan Immigration Policy Institute no qual seu diretor executivo e principal defensor, Hidenori Sakanaka, atribuiu ao Japão como “uma nação de imigrantes” (HOFFMAN, 2014).

milhões este ano - ainda outro recorde. O número de casamentos

“Pode ser difícil imaginar o Japão como uma ‘sociedade internacional’, mas é exatamente isto que está acontecendo. O número de estrangeiros registrados (aqueles que estão aqui com o vista de três meses ou mais) provavelmente irá alcançar dois internacionais está entre 40.000 casais por ano, um aumento de um terço de cinco anos atrás. (...) 250.000 trabalhadores sulamericanos de repente se tornaram a terceira maior minoria estrangeira - a sua porcentagem populacional em algumas áreas alcaçam o dobro desses dígitos.” (ARUDOU, The Japan Times, 2014. Tradução livre.)*

Os nipo-brasileiros nesse caso formam uma das populações mais significativas de imigrantes que entram neste país. Portanto, é necessário olhar para eles. E a proposta desse trabalho permeia a criação desse aparato social e emocional para a vida desses imigrantes brasileiros no Japão. Um local no qual possam se sentir em casa sem ter que sair do Japão.


Miscelânia de chamadas de artigos do The Japan Times e da CNN que tratam da questão do imigrante no Japão.

declínio populacional japonês 150k

128.057

população total

120k

90k

81.032

86.737 15-64 anos

60k

65 + anos

29.246

44.183 34.642

30k

0-14 anos 16.803

7.912

0

2010

2020

2040

2060

fonte: CNN, Can Japan survive without immigrants?, 2017.

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emigração ao japão

pricipais países

fonte: ministério da justiça do japão, senso de 2013

brasil

9%

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china

32% coréia do sul

25% vietnam

4%

10%

equador

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O Brasil e o Japão são países que possuem muitas diferenças. Pode-se dizer que eles são até opostos. Um é expansivo e caloroso, outro introspectivo e mais frio. Um está no extremo ocidente, outro no extremo oriente. As discordâncias são inúmeras. As culturas não podiam ser mais diferentes. A própria forma que os dekasseguis brasileiros são tratados no Japão mostra como essas diferenças são uma verdadeira barreira de interação entre os dois povos. Portanto, é muito fácil cairmos em uma análise que foque nesses pontos negativos. É muito natural tendermos a problematizar demais a situação de conflito e ruído entre eles. « Duas energias antagônicas que interagem e criam o mundo » é uma analogia utilizada em inúmeras culturas e sociedades para explicar o nascimento do mundo. O Yin e o Yang na filosofia taoísta chinesa; Purusha (espírito) e Prakriti (matéria) no Samkhya, corrente filosófica indiana; o átomo e o elétron que cria a matéria, na ciência tradicional; a escuridão e o sol que criam a vida. São inúmeros os exemplos que mostram essa conversa entre duas forças antagônicas não como uma força destrutiva, conflituosa e inflexível, mas sim como uma força criadora e dinâmica. Tendemos a esquecer de um princípio tão primitivo do mundo e focamos mais no conflito do que na potencialidade. Por que não ir contra a correnteza, voltando para às origens, e focar no aspecto positivo dessa interação de opostos? A própria cultura nipo-brasileira, já enraizada na cultura brasileira, mostra o relacionamento extremamente positivo destes dois polos. Abraçar as diferenças é um convite para que a relação entre essas duas culturas mostre o seu potencial criador no Japão, como ela mostrou-se no Brasil.

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A citação ao lado foi retirada de um artigo no qual o arquiteto japonês Toyo Ito fala sobre o projeto Home-for-All (Casa-paraTodos, em tradução livre) que ele liderou em 2012 na cidade de Rikuzentakata no Japão. O projeto consistia em elaborar um centro comunitário para os habitantes da cidade que foram desalojados por um tsunami. Ao visitar o local e no decorrer do desenvolvimento do projeto, percebeu-se que de quase igual força e importância tinha as infraestruturas básicas, que estavam sendo fornecidas pelo governo, e a reestruturação do sentimento de comunidade (ver mais do projeto nos estudos

Portanto espaço proposto neste trabalho tem como intuito servir como uma ferramenta justamente na formação dessa “casa emocional” para os brasileiros residentes no Japão. A Casa Brasileira ao evidenciar a cultura brasileira e nipo-brasileira e ao fornecer suporte e um aparato técnico-social, promove encontros, reune iguais em um mesmo local para que eles interajam e compartilhem seus sentimentos, emoçoes, etc. A Casa é um local para que esses laços da comunidade brasileira no Japão sejam estreitados e fortalecidos.

de caso). De um lado temos a casa no sentido literal - casa habitação -, e de outro uma casa em um sentido mais subjetivo e abstrato - o sentimento de se sentir em casa e em comunidade.

Além do incentivo nessa construção de uma “casa emocional”, o espaço pretende também criar um espaço que essas pessoas possam “se sentir em casa”. Por serem dekasseguis, eles estão e sempre estarão divididos entre duas culturas. O espaço se propõe também a ser um local que eles possam sentir confortáveis em agir e revelar ambas as origens: brasileira e japonesa. Uma reunião de hábitos e crenças sob um mesmo teto, sem discriminação ou rejeição. Um lugar onde as duas culturas e uma terceira, criada pela união delas, possam “se sentir em casa”.

Da mesma forma que os japoneses perderam suas casas por um tsunami, os brasileiros que se mudaram para o Japão para tentar a vida também deixaram as suas: seja de modo físico quanto emocional. Assim que migraram para o Japão sua casa física ou já estava garantida, devido a acordos pré-estabelecidos de trabalho com empresas, ou foram resolvidos de imediato, nos primeiros momentos da sua chegada. No entanto, a casa emocional, sua comunidade em um país estrangeiro, foi, é e sempre será um processo mais longo e complexo que dificilmente se resolve nas situações iniciais. Muitas vezes é um processo que não se resolve satisfatoriamente até em anos.

Apesar de ser voltada majoritariamente para os dekasseguis, a Casa Brasileira estará aberta igualmente aos nativos. Ela procura oferecer oportunidade aos japoneses em conhecer mais sobre nossa cultura, sobre a cultura nipo-brasileira construída nesse último século, e a compreender melhor as diversas culturas existentes no Japão que também fazem parte da história japonesa. A Casa busca incitar os japoneses a conhecerem mais sobre esse estreito laço entre os países.

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Em 2011, um tsunami assolou o território japonês e deixou milhares de desabrigados, sendo uma dessas cidades Rikuzentakata. Em 2012, o projeto home-for-all foi para a cidade com o intuíto de ali atuar. Um grupo de arquitetos, liderados por Toyo Ito, ficou encarregado do trabalho. Quando ali chegaram perceberam uma fato muito importante: as casas temporárias (ou as casas que estavam sendo construídas) já ofereciam individualidade suficiente. Perceberam que quando as pessoas se sentem deslocadas, elas precisam de algo mais importante que privacidade, elas precisam de uma comunidade. O projeto home-for-all então focou em criar um espaço que pudesse reunir as pessoas, fortalecer laços, reconstruir a comunidade espiritual, enquanto a infraestrutura já estava sendo realizada pelo governo. Um centro comunitário. O edifício construído serve como um nó em uma sociedade que até então tinha pouco a oferecer em termos de espaço público e encontro.

• casa não é só o espaço individualizado e sim o sentimento de pertencer a uma comunidade • no Japão a cultura de não oferecer muito em questão de espaços públicos (DANIELL, 2008) que possam permitir o encontro torna espaços, como o home-for-all, importantíssimos para o fortalecimento da comunidade já presente • como as pessoas que foram afetadas pelo tsunami, os imigrantes brasileiros perderam suas casas, no sentido simbólico, ao sair do Brasil • como o home-for-all em Rikuzentakata, o projeto pode ser “simples e poderoso, mas ao mesmo tempo muito simbólico


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O pavilhão temporário na Expo Milão tem como principal objetivo representar a cultura brasileira e expô-la ao mundo. O desafio dessa construção foi de combinar arquitetura e cenografia para criar experiências sensoriais capazes de transmitir os valores brasileiros e aspirações de nossa agricultura e pecuária. O objetivo era criar um espaço que integrasse momentos lúdicos, informações científicas, interação e aprendizado. O pavilhão é dividido em duas partes: uma é a entrada e a grande praça do projeto, e a outra parte comporta as demais demandas exigidas dessa tipologia.

flexível, fluída e descentralizada, representando a pluralidade do Brasil;

permeável como a cultura brasileira;

tropicalidade do país;

reforça a fluidez e remete à arquitetura moderna utilizada nos pavilhões do país ao longo dos anos;

apagando limites da geografia;

inspiração no Rio Amazonas;

em sintonia com a natureza área de atendimento. em laranja os elementos escolhidos para serem levados para a fase de projeto da casa brasileira

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bloco lateral espaços expositivos auditório pop-up store café lounge para eventos restaurante bar administração

bloco principal • abrigo da maior parte conceitual que está sendo proposta • grande praça interativa • espaço lúdico • área de aprendizado: conhecer elementos e avanços da agricultura e da pecuária do país

elemento que permite a incidência da luz nesse grande painel que iluminará as áreas

materialidade: uso do pré moldado e de pouco material (uso de pouco recurso)

conceito + lúdico

abrigo de todas as outras funções

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O centro de imigrantes em São Paulo tem como principal propósito servir como porta de entrada dos imigrantes no país. Desde à escolha do local que é a requalificação de dois edifícios de uma antiga estação ferroviária até o programa de necessidades tem esse foco e procura ter essa referência. O foco do projeto é criar um espaço onde todos os processos burocráticos da Polícia Federal possam ser executados. O centro também promove áreas de lazer e convivência com o intuito do imigrante se sentir acolhido no novo país.

público: café, área de acesso à internet, praça de convivência (multiuso), jardim, recepção privado: área de retaguarda , escritórios, administrativo em geral

as atividades exercidas na casa brasileira devem ser pensadas sobre essa dinâmica do público e do privado, mesmo que não haja atividades tão burocráticas como as apresentadas neste projeto

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recepação (articulação)

separa os dois tipos de uso um público e um mais resguardado para as atividades da Polícia Federal

café

área de apoio à praça café + internet + recreação infantil

atendimento

praça do imigrante

edifício principal destinado às questões mais burocráticas relacionadas à Polícia Federal

dimensão de espaço público fluxo de acessos abriga festas, assembleias, reuniões

acesso

“boas-vindas” expresso pela escadaria

zona de retaguarda

público

restrito

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A Row House (ou Casa Azuma) de Tadao Ando é uma casa inserida em uma rua de casas estreitas geminadas em Osaka, Japão. Apesar do seu tamanho esta é uma das obras mais memoráveis do arquiteto. Talvez isto venha da sua grande simplicidade geométrica em contraste com o entorno tradicional. A fachada da casa é uma parede de concreto marcada apenas por uma abertura central que dará acesso ao espaço interno. A residência é dividida em três triângulos iguais: dois cheios (os blocos que vão abrigar o programa) e um vazio (o pátio interno). Por mais moderno que a edificação possa parecer em um primeiro momento, Ando traz no desenho uma forte memória da arquitetura residencial tradicional daquele local com o uso do pátio interno que remete aos jardins e pátios dessa arquitetura. O vazio neste projeto é tão importante quanto o cheio.

• o espaço vazio é tão importante quanto o espaço preenchido; • dois espaços e um terceiro que faz a conexão entre eles; • a memória dessa cultura arquitetônica japonesa de negar o urbano e se voltar para dentro do lote; • entrada que não é obvia: apesar da fachada indicar que o acesso é feito diretamente no ponto de abertura, ainda há uma antessala antes de adentrar o espaço; • terreno estreito.

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km 69 173 equador

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O Japão é um país insular, cercado por mar de todos os lados. Administrativamente o país é divido e 47 províncias, como será visto posteriormente. Geograficamente, o país está em uma área de encontro de quatro placas tectônicas, fato que confere ao país um cenário único: é tomado de montanhas, vulcões e com terremotos frequentes.

Além do país ser pequeno, 70% de sua área é tomada por montanhas, a maior parte de sua população habita as planícies que são concentradas principalmente ao longo da costa voltada ao Oceano Pacífico. Esse cenário induz a uma alta densidade demográfica das cidades.

A maior parte do território japonês está na zona temperada, onde as quatro estações são bem definidas, sendo a temperatura média anual entre 10º e 18º . No entanto, nas montanhas, na costa voltada ao Mar do Japão (mar voltado ao continente), e mais ao norte as temperatura podem chegar a mínimas muito baixas como é o caso da região chamada de País das Neves ou da ilha de Hokkaido que já atingiram -30º.

Atualmente a economia japonesa gira em torno de tecnologia, a maior parte dos recursos naturais ultlizados pelo país é importado (o Brasil, mais precisamente o região do cerrado, é o principal fornecedor de soja ao Japão). As indústrias automobilísticas e de eletrônicos japonesas são mundialmente reconhecidas.

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placa tectônica da américa do norte rússia rússia ilha hokaido sapporo

coréia do norte

sendai

coréia do sul nagano

tóquio

china

kobe hiroshima

kyoto

nagoya

osaka

matsuiama

placa tectônica do

nagazaki

placa tectônica da euroasia

ilhas okinawa

placa tectônica das

taiwan (china)

países nagoia • cidade sede capital outras cidades japão países vizinhos limite placas tectônicas

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Se o projeto tivesse como função principal ser uma casa de divulgação da cultura brasileira no Japão, como é o caso da recém inaugurada Japan House em São Paulo, a escolha da localidade seria um tanto quanto óbvia: a capital, Tóquio. No entanto, como o propósito desse centro é também ser um aparato de cultura e acolhimento, um espaço criado para os brasileiros residentes naquele país, a escolha da cidade exigiu um olhar mais detalhado. Uma análise da distribuição dos brasileiros em território japonês, pela quantidade de brasileiros que moram em cada província, mostra que a maior parte dessa população vive na região central japonesa, onde estão concentradas as regiões mais industrializadas do Japão. A região de Tóquio e seus arredores possui uma quantidade significativa desses dekasseguis. No entanto, é no eixo Nagoya-Hamamatsu que essa população se concentra. Isso fica claro quando percebemos que essas duas cidades mais a capital do país são as únicas cidades que possuem consulados brasileiros. No diagrama de regiões japonesas vemos que 56% dos dekasseguis brasileiros moram na região de Chubu (Ministério da Justiça do Japão, 2015).

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brasileiros no japão por província

fonte: consulado geral do brasil em tóquio, retirado no ministério da justiça do japão, 2015.

47 províncias japonesas divididas em 8 regiões

tóquio

nagoya hamamatsu

+ 40.000 + 20.000 + 10.000 + 7.000 + 4.000 + 3.000 + 2.000 + 500 - 500 cidades que possuem consulado

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Essa região é também conhecida pelo nome de “teto do Japão” por conter os Alpes Japoneses e o Monte Fuji, a montanha mais conhecida do país. Esta região tem abertura tanto para o Mar do Japão como também para o Oceano Pacífico. A área voltada ao continente asiático neva muito e é muito propícia ao cultivo de arroz, sendo conhecida como o celeiro do país (NINOMIYA, 2011). Já a área voltada ao Pacífico é conhecida por ser uma grande zona industrial. Chubu possui três zonas industriais: a Zona Industrial de Chukyo (fábrica principal: Toyota Motors), a Zona Industrial de Tokai (sede da Yamaha), e a Zona Industrial de Hokuriku. A província de Aichi, cuja capital é Nagoya, apresenta forte produção industrial, pertencendo à Zona Industrial de Chukyo. Faz parte dessa área as províncias de Aichi, Gifu e Mie (da região denominada Kansai). É justamente nesse polo industrial que se concentra os imigrantes brasileiros que foram trabalhar como mão de obra não especializada.

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regiões japonesas subdividido por províncias

fonte: consulado geral do brasil em tóquio, retirado no ministério da justiça do japão, 2015.

hokkaido -1%

47 províncias japonesas divididas em 8 regiões

tohoku -1%

chubu 56% dos brasileiros

residem nessa região

kanto chugoku

tóquio

25%

3% nagoya hamamatsu

kansai 15%

shikoku -1%

kyushu & okinawa -1%

tóquio - capital nagoya - centro da região de aichi hamamatsu - grande comunidade brasileira (cidade pequena)

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Nagoya é a quarta maior região metropolitana do Japão e capital de Aichi, uma das províncias mais industriais e centro da Zona Industrial de Chukyo. É uma cidade portuária que teve o seu desenvolvimento econômico inicial muito atrelado à indústria pesqueira, como muitas das cidades da região. Atualmente é uma cidade que vive da indústria automotiva, como a Toyota. Por este setor ser bastante desenvolvido, os índices de uso de veículos particulares é mais elevado do que em outras cidades japonesas. Apesar disso, Nagoya é conhecida pela quantidade elevada de parques e praças urbanas, sendo considerada uma cidade com boa qualidade de vida. Em Nagoya existe o projeto de planejamento urbano chamado Machizukuri, que promove o seu desenvolvimento mediante políticas de baixo carbono (MURAYAMA, 2013). Por todas essas características, por ser o centro desse polo industrial e pela concentração de brasileiros por ele atraídos, que Nagoya foi a cidade escolhida para sediar a Casa Brasileira.

139 km 176 km 344 km 483 km

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名 古 屋 市


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Em 2012, a cidade de Nagoya desenvolveu um guia de promoção de coexistência multicultural com o propósito de promover e construir uma comunidade boa para todos devido ao alto número de imigrantes morando na região. Em 2016, a população de estrangeiros em Nagoya chegou a corresponder a mais de 3% da população total da cidade, logo, em 2017, houve uma revisão deste plano e criou-se uma segunda parte do documento que é o aqui apresentado. O novo plano descreve a direção das medidas para coexistência cultural para os próximos cinco anos, além de políticas públicas específicas para alcançar tal objetivo. O plano também fornece dados importantes sobre a população de estrangeiros em Nagoya e fatores que os imigrantes julgam essenciais para promover uma melhor coexistência e integração na sociedade japonesa (ver os gráficos na página seguinte).

A Casa Brasileira casa perfeitamente com essas medidas. Com o intuito de promover interação, conhecimento e acolhimento, ela permeia diversos pontos levantados como necessários para melhorar a suas vidas no seu novo lar. Como podemos ver no último gráfico a Casa Brasileira atua diretamente em 2 principais pontos (marcados em laranja) e outros 3 indiretamente.

Este plano deixa claro que, além de ser de interesse do governo brasileiro (promover a cultura e melhorar a vida de seus cidadãos), o projeto e gestão do espaço da Casa Brasileira é também de interesse do governo japonês (mais precisamente o de Nagoya) promover um espaço como esse. A Casa Brasileira reforça a intenção de coexistência multicultural.


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nagoya

centro + terreno

esc 1/80000

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nagoya

metrô + principais vias vias principais metrô/ trem

esc 1/80000

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centro de nagoya interações com o entorno metrô

ya catelo de nago

a

casa brasileir

consulado brasil

esc 1/8000

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implantação

伊 勢 町 通 り

95m x 17m

otsu dori

ise-machi dori

casa brasileira e seu entorno

大 津 通

projeção entorno

(lotes vazios atualmente que serão ocupados no futuro)

transporte público

edifícios existente

ônibus = 400m metrô = 500m

vias esc 1/1000

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O terreno escolhido para receber o projeto fica no centro da cidade, próximo ao Castelo de Nagoya, principal ponto turístico da cidade, e também ao Consulado do Brasil. A área é próxima das principais vias da cidade e fica a alguns metros das linhas de metrô e ônibus. Hoje, o terreno selecionado faz parte de uma grande área subutilizada no centro do quarteirão que é utilizada como um estacionamento rotativo. O espaço atual do estacionamento corresponde à junção de vários lotes distintos vazios. Dentro desse espaço livre, a área selecionada para receber a Casa Brasileira é equivalente a aproximadamente dois lotes. Um dos grandes potenciais dessa área, além de sua localização central, é que, ao juntar dois lotes virados um de costas para o outro, ela atravessa todo o quarteirão, permitindo dois tipos de acesso distintos. 1.615 m² 2.210 m²

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A legislação de Nagoya, que trata da região central e comercial da cidade, prevê que estes lotes sejam altamente adensados. taxas previstas para a região: • ocupação do solo (kenpiritsu): 80%; • área construída (yousekiritsu): de 200 a 1300%. No entanto, a Casa Brasileira vem com a proposta de ser um respiro para a sociedade brasileira no contexto japonês, então o projeto também vem para ser um respiro na malha urbana. Por tal motivo, foi deliberada a escolha de não adensar o terreno até os índices especificados. Desta forma, pela presença de políticas públicas previamente mencionadas e pelo alto teor simbólico do projeto, acredita-se que seja permitido uma construção com as características da Casa Brasileira. taxas da Casa: • ocupação do solo (kenpiritsu): 60%; • área construída (yousekiritsu): de 140%.


Para a escolha do terreno que abriga a Casa Brasileira, foi necessário fazer um recorte no espaço disponível. Três motivos principais explicam o gesto.

Observando os demais lotes, verificou-se que o tamanho destes são frequente pequenos ou não muito grandes. Usar todo o espaço disponível seria não só desproporcional como perderia a possibilidade de tornar a Casa um ambiente mais intimista. Pode-se ver também que por mais que o espaço total tenha sido reduzido ele ainda sim é maior do que a média dos edifícios no entorno, o que permite abrigar todo o programa.

O lote da casa colonial brasileira tradicional é comprido e estreito. As Machiyas, casas de cidade da arquitetura tradicional japonesa, também são estreitas. A escolha de um terreno com essas mesmas características é uma forma de fazer alusão a essas tipologias.

O espaço restante disponível também é um objetivo. Pensando no Plano de Coexistência Multicultural de Nagoya e na intenção de construir uma sociedade que abraça outras culturas e os imigrantes, esta área livre ao redor da Casa permite que essa intenção possa ser expressada através da forma que os edifícios construídos ao redor se relacionam com a Casa Brasileira.

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伊 勢 町 通り

implantação

casa brasileira e seu entorno

Ao fazer o uso de dois dos lotes disponíveis, o terreno da Casa Brasileira possibilita dois tipos de acessos distintos e de contato com a cidade de Nagoya.

ise-machi dori

伊 勢 町 通り Acesso oeste, voltado para uma rua local e interna (ise-machi dori). Possui uma escala mais reduzida e privada. 95m x 17m

otsu dori

伊 勢 町 通り Acesso leste, voltado para uma avenida de grande circulação que conecta Nagoya (otsu dori). Essa via é o oposto da anterior. Pela escala e dimensão da rua na cidade, o acesso voltado a essa rua tem um caráter mais público e externo, o que faz a fachada ter grande potencial de divulgação da Casa.

伊 勢 町 通 り

大 津 通

As laterais norte e sul do terreno não possuem acesso devido a previsão de construção de outros edifícios (ver nesta mesma página: o recorte). projeção entorno

(lotes vazios atualmente que serão ocupados no futuro)

transporte público

edifícios existente

ônibus = 400m metrô = 500m

vias esc 1/1000

伊 勢 町 通り

48


casa brasileira

casa brasileira

49



o projeto

51


cas

a fe

cha

da

união

52


cas

aa

ber

ta

53


simbologia

os quatro elementos

casa fechada

união

jardim

casa aberta

54


os dois opostos

casa fechada

casa aberta

A casa fechada é o polo introvertido, contido, fechado em si. A distinção entre extreno e interno é clara, como também é a distinção entre o que é nacional e o que é de fora. A aparência impermeável do edifício no nível do acima do solo disfarça o acesso ao interior do espaço que se dá através de um jogo de planos de sua casca rígida. Essa espécie de impermeabilidade representa a dificuldade de adentrar uma cultura e as barreiras culturais entre países.

A casa aberta é o polo extrovertido, expansivo e convidativo. A distinção entre o externo e interno não é clara pela presença do grande deck que transpassa todo o espaço, unificando-o. O edifício convida o externo a adentrar aquele novo terreno. Convida tanto o local como o estrangeiro a estarem ali. O edifício se comporta como uma espécie de convite que suaviza barreiras culturais e possibilita a interação entre o que está dentro e o que está fora.

jardim O jardim é onde a atração dos opostos acontece. Ele é o vazio e o cheio entre os polos. Ele simboliza tanto o vazio, a separação, como também aquilo que os conecta, a natureza. vazio representação da grande separação física e emocional dos dois países. De um lado separação através das grandes distâncias a serem percorridas entre as duas nações, do outro a separação causada pela diferença cultural cheio a intensa relação com a natureza por parte das duas culturas faz com que esse seja um dos seus grandes pontos em comum, um ponto que os conecta, é o espaço comum aos dois

união O edifício da união é o ponto médio entre os opostos. É o momento em que eles se encontram e onde há forças iguais dos dois lados. O elemento escultural que marca a entrada reflete a abertura da casa aberta enquanto o programa no subsolo retoma ideias da casa fechada

Além da conexão simbólica da natureza é no jardim que há a passarela: o grande conector entre as duas casas. Ligando extremos do terreno, é nesse caminho que os polos podem se encontrar e acessar um ao outro.

o entre 55


simbologia

o programa que acontece em cada componente é reflexo de suas características e simbolismo

programa

casa fechada funções majoritariamente individuais, introspectivas e estáticas • espaço de leitura • auditório • área de estudo

união coletivas e individuais, junção do aprendizado com a interação social • salas multiuso • salas de línguas

casa aberta funções majoritariamente coletivas, interativas e em movimento • restaurante • loja • deck (multiuso) • adm

56


simbologia

por mais que as duas casas tenham características particulares, como uma cultura que não é interamente receptiva e outra não é interamente inacessível, há um pouco de casa fechada na casa aberta e vice versa.

casa fechada aberta casa aberta fechada

o aberto na casa fechada A casa fechada se abre de maneira sutil, menos óbvia e intimista. É no subsolo - no não superficial, na profundidade - que ela permite o jardim adentra-la e é também ali que ela se permite uma pequena expansão.

o fechado na casa aberta O fechamento da casa aberta é representado pelo bloco lateral que se assemelha ao fechamento da casa oposta, porém em escala reduzida. Por mais aberta que possa ser, há sempre uma parte que não se mostra tão receptiva quanto o resto.

57


o projeto

+1

rdc

-1

58

-2


simbologia story board

opostos se atraem

os dois polos são introduzidos no terreno

nos extremos do terreno, no contato com o mundo externo, duas casas opostas

a passarela é o elemento que conecta o acesso entre as duas casas, ela é o trajeto da atração

casa aberta e casa fechada interagem, cada uma à sua maneira, com a passarela e com o externo

no ponto central entre os dois opostos está a união: o elemento tem a abertura (nível do solo) e o fechamento (uso do subsolo para o seu programa)

opostos se atraem em lugar e a atração gera algo novo

59


planta baixa rdc

casa fechada recpção

apoio

+0,80m

+0,80m

proj. +1

9

+0,80m 27 26 25 24 23 22 21 20 19 18 17 16

wc m +0,80m 18 17 16 15 14 13 12 11 10 9 8 7 6 5 4 3 2 1

entrada casa fechada

-2,20m

35 34 33 32 31 30 29 28

15 14 13 12 11 10 9 8 7 6 5 4 3 2 1

0,00m

wc f

27 26 25 24 23 22 21 20 19 18 17 16 15 14 13 12 11 10

ise-machi dori 伊 勢 町 通 り

espaço leitura

proj. +1 0,00m

união


casa aberta wc f

0,00m

pne

0,00m

recepção

depósito restô entrada

erta

casa ab

0,00m

proj. +1

5 4 3 2 1

proj. +1

wc m

+0,80m

deck

restô

24 23 22 21 20 19 18 17 16 15 14 13 12 11 10 9 8 7 6 5 4 3 2 1

+0,80m

otsu dori 大 津 通

serviço restô proj. +1

proj. +1

16 15 14 13 12 11 10 9 8 7 6 5 4 3 2 1

+0,80m

entrada serviço

terreno: 95m x 17m

projeção entorno

(lotes vazios atualmente que serão ocupados no futuro)

edifícios existente vias esc 1/200

61


planta baixa +1

casa fechada

15 14 13 12 11 10 9 8 7 6 5 4 3 2 1

27 26 25 24 23 22 21 20 19 18 17 16

ise-machi dori 伊 勢 町 通 り

foyer

+5,20m

+3,80m

auditório

união

62


casa aberta wc

niões

adm loja

varanda

otsu dori 大 津 通

loja

+4,80m

cbogó

varanda

24 23 22 21 20 19 18 17 16 15 14 13 12 11 10 9 8 7

loja

loja proj. cobertura

depósito

sala reu

projeção entorno

(lotes vazios atualmente que serão ocupados no futuro)

edifícios existente vias esc 1/200

63


planta de cobertura

casa fechada

2%

ise-machi dori 伊 勢 町 通 り

2%

2%

+6,80m

união

64


casa aberta

2%

otsu dori 大 津 通

2%

2%

2%

+7,80m

projeção entorno

(lotes vazios atualmente que serão ocupados no futuro)

edifícios existente vias esc 1/200

65


planta baixa -1

casa fechada estudo

arquivo

-1,00m

-2,20m

estudo terraço pne wc f 27 26 25 24 23 22 21 20 19 18 17 16 15 14 13 12 11 10

c

proj. rd

c

proj. rd

5

cm x 27

-2,20m

9 8 7 6 5 4 3

35 34 33 32 31 30 29 28

-2,20m 35 x 17

cm

wc m

estar

estar

18 17 16 15 14 13 12 11 10 9 8 7 6 5 4 3 2 1

ise-machi dori 伊 勢 町 通 り

sala estudo

união

66


casa aberta +0,80m

m

proj. rdc

wc

estoque seco

estoque frio

16 15 14 13 12 11 10 9 8 7 6 5 4 3 2 1

copa

0,00m

-2,20m

assepsia

pratos montados

hortifruti

apoio cocção

preparo sobremesa

vestiário

preparo frios

0,00m

otsu dori 大 津 通

preparo quentes

terreno projeção entorno

(lotes vazios atualmente que serão ocupados no futuro)

edifícios existente vias esc 1/200

67


planta baixa -2

casa fechada sala ensino línguas

sala ensino línguas -1,00m

erta

em cob

passag

pátio 27 26 25 24 23 22 21 20 19 18 17 16 15 14 13 12 11 10

ultiuso

sala m

9 8 7 6 5 4 3 2 1

35 34 33 32 31 30 29 28

ise-machi dori 伊 勢 町 通 り

-5,20m

estar

união

68

p


pne

casa aberta depósito salas

otsu dori 大 津 通 wc f

wc m

terreno projeção entorno

(lotes vazios atualmente que serão ocupados no futuro)

edifícios existente vias esc 1/200

69


projeto

corte longitudinal

ise-machi dori 伊 勢 町 通 り


co +8,8m

+1 +4,8m

rdc

+0,8m

-1 -2,2m

-2 -5,2m

otsu dori 大 津 通

esc. 1/200

71


72


73


開 casa aberta い た

74


75


planta baixa rdc casa aberta

0,00m

wc f

depósito restaurante

recepção

lavatório pne wc m

proj. +1

0,00m

proj. +1

+0,80m

acesso asa fechada c união +

restaurante

+0,80m

acesso +1

0,00m

restaurante serviço

proj. +1

proj. +1

acesso cozinha

+0,80m

esc. 1/150

76


story board casa aberta

abertura da casa no sentido da circulação dentro do terreno: leste/oeste.

deck que transpassa toda a casa e liga o interno ao externo, traz a rua para dentro do edifício. criação de um espaço urbano.

recuo da fachada. a casa se abre a partir do bloco lateral. parede interna de sustentação.

o pavimento 1 como uma espécie de mezanino permite que a todo momento haja conexão entre os dois andares.

clarabóias para iluminação zenital, ventilação e contato com o céu.

77


planta baixa +1 casa aberta

wc copa

adm

sala de

reunião

o loja

varanda

depósit

loja varanda loja

cobogó

loja

proj. cobertura

+4,80m

esc. 1/150

78


planta baixa -1 casa aberta

+0,80m

0,00m

estoque frio

estoque seco

vestiário wc

-2,20m

copa

assepsia

pratos montados

preparo frios

0,00m

apoio hortifruti cocção

preparo sobremesa

preparo quentes

+0,80m

esc. 1/150

79


referências projetuais casa aberta

casa maracanã (2012) terra e tuma

casa maipu (2016) terra e tuma

casa jardins (2014) cr2 arquitetura


referências projetuais - varanda casa aberta

casa punta (2012) mk27

engawa (séc.xv) varanda japonesa

casa da bahia (2012) mk27

house in shinjuku (2012) junpei nousaku

81


82


83


corte

casa aberta

clarabóias

+1 +4,8m

rdc

+0,8m

loja

loja

restaurante (serviço)

clarabóias

restaurante

adm

recepção

isolação de base

-1 -2,2m

cozinha

esc. 1/75

84


corte

casa aberta

clarabóias

+1 +4,8m

rdc

+0,8m

loja

loja

deck restaurante

isolação de base

-1 -2,2m

esc. 1/75

85


86


87


casa aberta loja brasileira

loja temporária

Ao invés de ter um espaço expositivo a Casa Brasileira abriga uma loja, que é por si própria uma espécie de exposição. Mostrando produtos que representam o Brasil durante todo o ano e, também, abrigando um espaço temporário para marcas brasileiras, a loja procura oferecer mais que algo para olhar, e, sim, um pouco do Brasil que os visitantes podem levar para casa.

como uma exposição, este é o espaço tempotário para receber diferentes marcas brasileiras ao logo do ano

estoque

4 3

2

1

espaço para oferecer ao longo de todo ano uma gama de produtos que representem o brasil, de comida aos objetos

caixa

voltado à escada e com vista de todos os ambientes

88


89


閉 casa fechada じ た


91


planta baixa rdc casa fechada

apoio

recepção

+0,80m

+0,80m

wc f acesso auditório

-2,20m

proj. +1

espaço

leitura

wc m

acesso aberta

casa união +

+0,80m

acesso

-1

proj. +1

0,00m

esc. 1/150

92


story board casa fechada

duas superfícies maciças em formato de “u ” interagem entre si de tal forma que permitam o acesso, mas o mantenham escondido, presenvando a estética sólida da casa

bloco suspenso do auditório proporciona pé-direito duplo e simples no térreo. ideia de peso/escuro em cima e livre/claro em baixo.

criação de um subsolo. ressaltando a ideia de maior claridadade e abertura na parte inferior, há um recorte do plano do térreo para dar acesso ao subsolo, de onde a claridade também sobe.

o jardim decai da casa aberta até a casa fechada. assim é possível abrir o subsolo ao jardim, permitindo o livre acesso e também a entrada do exterior dentro do edifício e do interno ao jardim.

cobertura quase em todo o perímetro. clarabóias são colocadas somente em algumas àreas para ventilação e um pouco de iluminação.

93


planta baixa +1 casa fechada

+5,20m

+0,80m

foyer

+3,80m

auditório

esc. 1/150

94


planta baixa -1 casa fechada

estudo

arquivo

+3,20m

pne wc f +3,20m +3,20m

estudo

estar

wc m la

assare

proj. p

jardim

esc. 1/150

95


referências projetuais - japão casa fechada

green edge house (2013) ma-style architects ishibei-koji, kyoto rua tradicional de kyoto

house t casa azuma (1976) tadao ando

96


referências projetuais - brasil casa fechada

casa butantã (1964) paulo mendes da rocha fau-usp (1969) vilanova artigas

fundação oscar niemeyer (2002) oscar niemeyer

97


98


99


corte

casa fechada

clarabóias

auditório

+1 +3,8m

recepção

rdc

espaço leitura

+0,8m

-1 -2,2m

estudo

isolação de base

esc. 1/75


corte

casa fechada

clarabóias

+1 +3,8m

auditório espaço leitura

rdc

wc

+0,8m

entrada

estar

-1 -2,2m

estudo

arquivo

isolação de base

esc. 1/75




detalhes técnicos

clarabóias casa fechada + casa aberta

clarabóias

para ventilação e iluminação

para iluminação

2%

2%

2%

2%

2%

2%

2%

clarabóias

para iluminação

para ventilação e iluminação

clarabóia

para ventilação e iluminação

intercessão na parede

isolamento cobertura

controle remoto de abertura e fechamento da clabóia através de um sistema elétrico

drenagem

sensor de água clarabóia aberta imediatamente se fecha na presença de água

suporte para elevamento vedação por espuma

sistema elétrico de controle remoto

aço para


detalhes técnicos

isolação de base casa fechada + casa aberta

abalo sísmico

O Japão está inserido na região de encontro de 4 placas tectônicas. Por tal motivo foi necessário a escolha de uma técnica que diminuisse o impacto do abalo sísmico no edifícios.

chapa de aço grossa conectada a uma coluna/radier

borracha natural

A isolação de base é uma técnica bastante adotada no país para contenção de danos. Basicamente ela consite na isolação do edifício de sua fundação. Desta maneira quando a terra se movimenta, essa movimentação não é passada em sua totalidade ao edifício. Existem várias tecnologias distintas que usam este mesmo princípio, desde alta tecnologia à soluções mais acessíveis. A escolha da tecnologia utilizada na Casa Brasileira é uma mais simples devido ao porte do edifício.

enchimento de aço

núcleo de chumbo

chapa de aço grossa conectada à fundação

rolamento com conector de chumbo

isolação de base

(dupla fundação, radier antes e depois da isolação)

isolação de base


接 união 続



planta baixa rdc união

0,00m

-2,20m

+0,80m

acesso

berta

casa a

+0,80m

acesso

a echad casa f

acesso

-2

+0,80m rma platafo ria elevató a) úlic (hidra

esc. 1/150


planta baixa -2 união

sala ensino de línguas

sala ensino de línguas

depósito

ultiuso

erta

jardim

em cob

passag

sala m

ultiuso

sala m

0,00m

wc f c

proj. rd

estar

-5,20m

pne

wc m

esc. 1/150


referências projetuais - pátio união

casa maipu (2015) terra e tuma

pátio interno (antes séc. xvi) arquitetura tradicional japonesa

(2017)

takashi okuno

residência castor delgado (1959) rino levi


referências projetuais - entrada união

nest we grow (2014) faculdade de projeto ambiental uc berkeley + kengo kuma & associates

kou-an glass tea house (2015) tokujin yoshioka

mube (1987) paulo mendes da rocha

expo milão (2015) atelier marko brajovic

111


112


113


corte união

+1 +3,8m

rdc

+0,8m

passarela

jardim

-1 -2,2m sala aula/multiuso

salas ensino de línguas

-2 -5,2m

pátio interno

sala aula/multiuso

esc. 1/75

114


corte união

+1 +3,8m

rdc

+0,8m

passarela

wc

-1 -2,2m

sala

-2 -5,2m

sala línguas

multiuso

estar

esc. 1/75

115


detalhes técnicos

teto verde + muro de arrimo

muro de arrimo com cascalho na borda para escoamento da água

Na parte do jardim que está em cima da união, optou-se por tratá-la como teto verde. Por mais que, em momentos, a camada de terra seja mais espessa, o tratamento foi escolhido para que haja drenagem correta e não haja danificação do sistema estrutural. teto verde

teto verde

teto verde

vegetação

sistema utilizado em ambos os lados substrato natural

drenagem

membrana impermeável

116

camada protetora

estrutura


detalhes cubo vazado

ponto de ancoragem

clipes

det. cabo de aço esticador

ras

u old

s

s

sa

en

p us

m

e od

o

b

ca

pas

sar ela

bas

es

dec

em

i-e

nte

(0)

rra

da

k (-

2)

ara

o

çã

da

un af

ep

s ba

cubo vazado moldura do cubo e moldura da passarela todas feitas em madeira

base metálica com tratamento para a cor (semi enterrada)

117


estética brasileira pela flora japonesa

118


jardim 庭

119


paisagismo

planta referência: -1

jardim que adentra a casa fechada

espelho d’água

seixos

concreto

-1,00m

-2,20m

c

18 17 16 15 14 13 12 11 10 9 8 7 6 5 4 3 2 1

proj. rd

jardim central dividido em 3 zonas:

zona oeste

zona central


gramado

gramado

0,00m

16 15 14 13 12 11 10 9 8 7 6 5 4 3 2 1

zona leste

esc 1/200

121


paisagismo zona leste

1/2/3 3/4

1

Ophiopogon japonicus 'Gyoku Ryu' dormência: sempre verde altura: 12cm

Farfugium japonicum 'Kin Kan' dormência: inverno altura: 60cm

122

Aspidistra elatior 'Asahi' dormência: sempre verde altura: 80cm

2 3

Cimicifuga japonica 'Silver Blush' dormência: inverno altura: 80cm

4


paisagismo zona central

1/2

3

1

Ajuga reptans 'Planet Zork’ dormência: sempre verde altura: 5cm

Arachniodes standishii dormência: inverno altura: 45cm

3

Carex oshimensis 'Eversheen' dormência: sempre verde altura: 25cm

2

123


paisagismo zona oeste

1 2 3 4/5

2

124

1

Selaginella uncinata dormência: sempre verde altura: 15cm

4

Angelica dahurica dormência: inverno altura: 180cm

dormência: sempre verde altura: 61cm

Asarum asperum 'Silver Streak’ dormência: sempre verde altura: 8cm

3

Aucuba japonica 'Hosoba Hoshifu' dormência: sempre verde altura: 180cm

5


referências projetuais paisagismo

burle marx

sítio burle marx (1973-1994) burle marx

edifício gustavo capanema (1943) burle marx

125


126


127


DANIELL, Thomas. After The Crash: Architecture in Post-Bubble Japan. Princeton Architectural Press. Nova York, 2008. JODIDIO, Philip. Ando: Complete Works. Taschen. Cologne, 2012, MOURA DELPHIM, Carlos Fernando. Jardins do Brasil. Atlântica, São Paulo, 2012. NINOMIYA, Masato. Mini Enciclopédia do Japão. Comissão Executiva do Intercâmbio Cultural Brasil-Japão. 2011. OKAKURA, Kakuzo. O Livro do Chá. Estação Liberdade. São Paulo, 2008. TANIZAKI, Jun’Ichiro. Em Louvor da Sombra. Penguin Classics Companhia das Letras. São Paulo, 2017. YOUNG, Michiko & David. The Art of Japanese Architecture. Tuttle. Hong Kong, 2007.

ARUDO, Debito & BROPHY, Barry. Japan and the immigration issue. The Japan Times Online, 2004. BRANDÃO, Helena & MOREIRA, Angela. A varanda como espaço privado e espaço público no ambiente da casa. Vitruvius, 2008. BURGESS, Chris. Japan’s ‘no immigration principle’ looking as solid as ever. The Japan Times Online, 2014. CALAZANS, Erika. Life as Dekkasseguis: The Brazilian Community in Japan. Focus Magazine Volume 58, 2009. GOES, Paula. Japan, Brazil: Crisis puts an end to the dream of a better life. Global Voices, 2009. GUERRA, Abilio & RIBEIRO, José Castroviejo. Casas brasileiras do século XX. Vitruvius, 2006. HASEGAWA, Kanae. Architecture for All, Without Limits: Toyo Ito at 72. Studio Internaciona, 2013. HOFFMAN, Michael. Will Japan be a country that welcomes all?. The Japan Times Online, 2014. JOZUKA, Emiko & OGURA, Junko. Can Japan survive without immigrants?. CNN Online, 2017.

128


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129



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