TFG - PAISAGEM E ARQUITETURA - Construção de uma Didática Socioambiental

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PAISAGEM E ARQUITETURA Construção de uma Didática Socioambiental

Trabalho de Conclusão Orientanda Orientador

Novembro 2015 Juliana Stecca Barros Gastão Sales



PAISAGEM E ARQUITETURA Construção de uma Didática Socioambiental

Reflexão: “Os Principais benefícios esperados com a recuperação do rio compreendem a assimilação de sua importância pelas gerações atuais e futuras, entendendo-o como a espinha dorsal verde que conecta a natureza a comunidade, e como a alma da cidade.” (GORSKI, 2010)

UNIVERSIDADE SÃO JUDAS TADEU

CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO

TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO

NOVEMBRO 2015

JULIANA STECCA BARROS

RA:201105697 ORIENTADOR: GASTÃO SALES



AGRADECIMENTOS Primeiramente a Deus. O Professor Gastão Sales pela paciente orientação, conversas, ensinamentos que tanto agregaram a esse trabalho e fazer acreditar no meu potencial. A professora Alejandra Devecchi e Jon Maitrejean. Aos meus pais, pelo apoio e por fazerem acreditarem no meu sucesso, principalmente a minha mãe e Vó Rosa que esteve sempre presente ao meu lado e nos dias de desespero dando todo apoio, amor, atenção, carinho e forças. As amigas de faculdade, Tassia Botti, Caroline Maderic, Cibele Cunha, Camila Kobayakawa na amizade tão acolhedora e sincera, companheirismo, conversas, pelas risadas e apoio nos momentos mais difíceis ao longo desses cinco anos de faculdade e por se transformarem em uma segunda família para mim. Aos colegas do grupo de TFG, Camila Cavalcante, Camila Rodrigues, Jessica Caroline, Priscila Almeida, Renan França, Sarah Bastos. O Renan Kunigonis pela realização da maquete final. E a todos os amigos que fizeram parte do meu dia a dia.

Obrigada!


SUMÁRIO


SUMÁRIO APRESENTAÇÃO • PREFÁCIO • INTRODUÇÃO • JUSTIFICATIVA • MÉTODO

8

LEVANTAMENTO FÍSICO E FOTOGRÁFICO

55

9 11 14 16

REFERÊNCIAS

81

CONCEITO 19 • REVITALIZAÇÃO DO CÓRREGO ÁGUA BRANCA • EDUCAÇÃO AMBIENTAL

20 26

LEITURA E INTERPRETAÇÃO DO CONTEXTO URBANO

31

RIO TIETÊ

32

• RIO TIETÊ • A RETIFICAÇÃO DO RIO TIETÊ E SEU REBATIMENTO NA BARRA FUNDA

32 34

ÁGUA BRANCA • CRONOLOGIA • ANTECEDENTES • A EVOLUÇÃO DE SÃO PAULO X ÁGUA BRANCA • ÁGUA BRANCA • OPERAÇÃO URBANA CONSORCIADA ÁGUA BRANCA • SUBSETOR A • ARCO DO TIETÊ • REODERNAMENTO DO TERRITÓRIO

37

PRAÇA VICTOR CIVITA 83 THE HOUTAN PARK 87 ZOLLHALLEN PLAZA 90 RIO LOS ANGELES 91 PARQUE DE PARANOÁ 92 PAVILHÃO DO BRASIL 95 PROCESSO DE PROJETO

96

PROJETO

107

MAQUETES

131

BIBLIOGRAFIA

141

38 39 39 42 46 50 52 54

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PREFテ,IO


PAISAGEM E ARQUITETURA:Construção de uma Didática Socioambiental

PREFÁCIO A ideia do desenvolvimento da escolha desse tema, surgiu desde o 2º ano de Graduação de Arquitetura e Urbanismo, na disciplina de Paisagismo, quando realmente as relações do meio ambiente e a decadência de áreas verdes na cidade, devido a intensa urbanização, despertou a preocupação e incômodo da falta de espaço e áreas verdes qualificadas.

Sendo decidido escolher o local próximo aonde eu moro e onde todas as manhãs passo por ali a caminho do metrô Barra Funda para a Faculdade, nunca poderia ter notado uma área tão vazia e excluída pela sociedade, escondida por trás do muro que servia de passagens dos moradores para as habitações sociais : o Córrego Água Branca.

Ainda no 3º ano as ideias parque, lazer e meio ambiente eram fixas, mas não sabia exatamente onde e o que iria fazer a respeito, quando chegasse no TFG.

Foi quando porventura decidi visitar essa área e soube qual seria o lugar para o estudo e aprofundamento do tema de TFG.

Durante os anos, conversando com vários professores que pudessem auxiliar na definição do tema, soube que o melhor do TFG não é decidir o que fazer e depois procurar onde “ encaixar”, mas o contrário. Independente de fazer um trabalho final em arquitetura ou urbanismo/paisagismo, recomendaria:

O conjunto de pesquisa e estudo foi bastante proveitoso para o resultado preliminar, porém segundo a avaliação da primeira banca, o projeto ainda não tinha uma proposta clara e efciciente de um centro educacional, coerente com as intencões ecológico, sistema de reaproveitamento energético, conexão com público alvo que deverá ser educado. O edificio virou um prédio portineiro de uso escolar com forte influência formalista, enquanto o Parque e o Córrego deslocavam a sua relação com o entorno.

Primeiro: Escolher uma área /tema geral Segundo: Realizar/apresentar leituras temáticas das questões urbanísticas Terceiro: Identificar o programa, sendo urbanístico ou arquitetônico, que mais lhe interessa a partir de um estudo preliminar a ser elaborado (como ponto de partida para o desenvolvimento do projeto) Quarto: Iniciar o aprofundamento da pesquisa sobre tema específico. De acordo a esses critérios pude analisar e identificar melhor algumas regiões da cidade de São Paulo que apresentavam problemas.

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Após a autoavaliação da banca, pude perceber que estes espaços poderiam ser refinados, de modo que o projeto foi totalmente modificado para adquirir melhor resultado. O córrego apresenta seu formato sinuoso, restituindo a antiga morfologia do Rio Tietê, criando um grande parque e um pavilhão ecológico e educativo na relação da paisagem e arquitetura e principalmente a integração da área do Concurso da Operação Urbana Concorciada Água Branca.


INTRODUÇÃO


INTRODUÇÃO O objetivo deste projeto é realizar um estudo de viabilidade de melhoria do trecho entre o córrego Água Branca e a Água Preta, por meio de recursos urbanísticos e arquitetônicos que possibilitem a revitalização do espaço deteriorizado e desqualificado, visando à melhoria de infraestrutura urbana, Concurso Público da Operação Urbana Consorciada Água Branca, Parque, o córrego Água Branca (canal de drenagem), retenção temporária e o Pavilhão como os elementos estruturadores do projeto e o metabolismo circular que auxiliem no processo de recuperação do canal de drenagem. Este trabalho foi estruturado em sete partes, sendo eles: Conceito, Leitura e Interpretação do Contexto Urbano, Levantamento Físico e Fotográfico, Referências, Processo de Projeto, Projeto e Bibliografia.

CONCEITO

O conceito do tema Paisagem e Arquitetura: Construção como meio didática socioambiental, foram divido em dois elementos estruturadores, são eles: Revitalização do córrego Água Branca e Educação Ambiental. A temática escolhida se definiu mediante a busca por alguma necessidade real da cidade e a preocupação do desequilíbrio ambiental, que visa a partir da situação do córrego Água Branca, providenciar uma releitura do espaço, a fim de verificar as condições de recuperação do meio ambiente desprezado, promover o respeito da natureza, analisar as possibilidades de inserir a sustentabilidade, infraestrutura verde e a valorização do espaço recriando um ambiente humanizado e ecológico.

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LEITURA E INTERPRETAÇÃO DO CONTEXTO URBANO

No capítulo da leitura e interpretação do território urbano, estuda-se primeiramente a análise histórica do Rio Tietê, como critério primordial de apresentar o início da transformação dos rios e consequentemente os córregos. A partir da ocupação das várzeas do Tietê durante o crescimento da região metropolitana, várias indústrias se alojaram, convertendo radicalmente o meio urbano, isto é, o ciclo rápido e a falta de conhecimento técnico que auxiliasse os corpos hídricos provocaram a frequente deteriorização das margens e a qualidade de suas águas, com difícil processo de reversão do rio/córrego. O rio Tietê promovia atividade de esporte e lazer dos paulistanos, mas hoje está deteriorizado, poluído e sofreu a retificação que alteraram todos os percursos hídricos (rios e córregos). A partir desta crítica, busca-se o estudo da revitalização do córrego Água Branca (canal de drenagem) como parte do processo de recuperação e a reflexão: Seria possível os rios ou córregos limpos? Porque não voltar como era antes, vida em abundância? A segunda parte deste capítulo analisa-se a história da Água Branca, a partir da cronologia geral do processo evolutivo da região e antecedentes que mostra a expansão da estrada de ferro (no âmbito da produção do café) que possibilitou o início da formação da região e consequentemente a fomentação econômica, imigrações, ocupações de modo que foi aos poucos se consolidando o bairro Água Branca, apresentando resumidamente as etapas das transformações junto às fotografias históricas.


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Para dar a continuidade deste capítulo também está sendo analisada a Operação Urbana Consorciada Água Branca, estabelecendo novas diretrizes, mecanismo para a implantação e definição de programas de intervenções para a área; o Subsetor A, parte da área que está sendo estudada, com levantamento fotográfico e suas características gerais; o Arco do Tietê, o novo capítulo na história do Rio Tietê que visa qualificar, ativar,conectar e ocupar de maneira equilibrada, e por fim o reordenamento do território a partir da iniciativa do Concurso público da Operação Urbana Consorciada Água Branca pela prefeitura, que terá influência no processo de organizar o território e tirar o melhor proveito de qualificar o espaço, atribuindo melhoria da infraestrutura precária, eliminar as grandes glebas através do parcelamento do solo, etc.

LEVANTAMENTO FÍSICO E FOTOGRÁFICO

No levantamento físico e fotográfico tem o objetivo de investigar as características possíveis do bairro, através de mapas de estudo em relação à infraestrutura urbana, topografia, parcelamento do solo, gabarito, estrutura viária, equipamentos, elementos existentes, tipologia de sistema fundiário, rede hídrica, uso do solo, elementos fixos, recursos naturais, estrutura viária e levantamento fotográfico de determinado trechos, a fim de auxiliar o processo de desenvolvimento de análise geral ao aprofundamento da área de estudo.

tratamento adquirido por este após a realização de projetos e o segundo grupo priorizou espaços ecológicos e educativo. Esses estudos de caso foram analisados a fim de melhor fundamentar o trabalho e por meio da reflexão de autores reforça o pensamento dos conceitos projetuais. PROJETO No processo projetual a ideia é mostrar o resultado do desenvolvimento de estudos e análise geral, onde foi desenvolvido a partir da iniciativa do concurso da Operação Urbana Consorciada Água Branca, em necessidade de melhoria de infraestrutura urbana que possibilite o melhoramento e o parcelamento do solo (devido a grande gleba existente), entre o córrego Água Branca e Água Preta. Após a revisão, foi possível formalizar o recorte para o estudo do problema que consequentemente integra a área do concurso da Operação Urbana, onde pudesse transformar o local em um sistema sustentável e educação ambiental que possam auxiliar no processo de recuperação do córrego (canal de drenagem), viabilizando o sistema de infraestrutura ecológica, metabolismo circular (água) e melhoria que integrasse os cinco elementos do projeto: Concurso Público da Operação Urbana Consorciada Água Branca, Parque, o córrego Água Branca (canal de drenagem), retenção temporária e o Pavilhão.

REFERÊNCIAS

Neste capítulo foram divido em dois grupos de referências, primeiro como ênfase do estudo do córrego, parques, e o

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JUSTIFICATIVA


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JUSTIFICATIVA O tema a ser desenvolvido durante o trabalho final de Graduação é Revitalização do córrego Água Branca. A região situada na zona oeste de São Paulo, que está dentro do perímetro da Operação Urbana Consorciada Água Branca. A área do presente estudo tem as principais vias: Marginal Tietê e Avenida Marquês de São Vicente onde circulam próximo ao córrego Água Branca e a córrego Água Preta. Hoje por ser uma zona mista, possuem nos seus arredores comércios, serviços, residências, fábricas, equipamentos culturais e universidades. A temática escolhida se definiu mediante a busca por alguma necessidade real da cidade. O objeto de estudo encontra problemas de áreas degradadas sobre as margens do Córrego Água Branca com excesso de resíduos sólidos, entulhos e poluição onde existia a Favela do Sapo, por outro lado a área contaminada na proximidade córrego Água Preta canalizada, empresa responsável de concretagem. Sobre essas condições críticas e baixa qualidade de vida, o objetivo do tema a desenvolver durante o ano é averiguar e diagnosticar o espaço, viabilizando a recuperação da área, além de proporcionar a reeducação ambiental, tratando de ensinoaprendizagem na interação com as áreas verdes, parques, espaços públicos, de modo que contribuía melhor espaço de convívio para a sociedade. Reconhecendo a ausência da educação de sustentabilidade e ambiental, como o hábito que poderia ser positivo para a sociedade e ganhar uma nova mentalidade em relação aos rios urbanos, a ideia é propor um edifício ecológico e público que vise á integração destes espaços à vida urbana e até mesmo

pequena intervenções sustentáveis. Com propósito de oferecer programas e atividade de educação ambiental, as convivências abertas a pessoas de diferentes faixas etárias e formação para a sustentabilidade. Segundo o Relatório de Impacto no Meio Ambiente (RIMA) da Operação Urbana Consorciada Água Branca: “As áreas verdes urbanas são importantes para a melhoria da qualidade de vida e é um atrativo local, porém os benefícios vão além e contribuem para: estabilização climática; redução da poluição atmosférica e sonora; proporciona alimento e melhoria a paisagem urbana; controle de inundações; equilíbrio psicológico e social das pessoas, além de desempenharem funções sociais, culturais, políticas e ambientais para a cidade.” (PMSP – RIMA) Portanto, pretende contribuir a importância da recuperação e a proteção ambiental da área degradada com o objetivo de uso e apropriação do espaço, proporcionando a implantação de infraestrutura verde e lazer (um espaço público aberto). Desta forma, tem como prioridade de adequar uma parte de seu espaço em edifício ecológico e público de educação ambiental, a fim de conscientizar a população para manter o espaço despoluído e contemplar as funções do desenvolvimento sustentável.

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MÉTODO


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MÉTODO A metodologia a ser utilizada para o desenvolvimento e apresentação da proposta, seguirá as seguintes etapas: 1. Primeira Etapa: visita ao local, identificar o espaço através de levantamento fotográficos, relatar quais as características e principais problemas fisico-espaciais do local existente. Proceder com revisão bibliográficas e pesquisas sobre os temas para o aprofundamento do trabalho teórico. Refinar a justificativas e conceitos que visem a fundamentação do tema possibilitando levantamento de dados e elaboração de programa de necessidade. Conhecer a história da região em geral e o sitio escolhido.

Para a compreensão da proposta e para melhor desenvolvimento possivel desta etapas, ainda serão utilizados diversos recursos que estarão apoiados nas bibliografias adequadas, material fotográficos, análise de projetos com programas semelhantes, periódicos vinculados com a temática escolhida, referências de detalhamento construtivos. Além de modelagem por computador, diagramas e textos explicativos.

2. Segunda Etapa: Análise e levantamento do contexto urbano e o sitio escolhido, definindo metas para o desenvolvimento do partido geral e estudo de viabilidade.Apresentação de uma solução geral coerente e funcional, condizente com o tema proposto. Estabelecendo as propostas de melhorias para o espaço. 3. Terceira Etapa: Apresentação de estudo preliminar, no processo de pesquisa e investigação, concepção e a representação do conjunto de informações técnicas iniciais, necessários à compreensão da configuração da Proposta Urbanistica e Arquitetônico. 4. Quarta Etapa: Anteprojeto - Desenvolvimento do Estudo Preliminar estabelecido na etapa anterior. (Revisão Geral)

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Com base do estudo Preliminar, a seguir possui algumas imagens de desenhos e maquete que foram desenvolvidos no 1º semestre:

REVITALIZAÇÃO DO CÓRREGO ÁGUA BRANCA E O CENTRO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL

B

REVITALIZAÇÃO DO CÓRREGO ÁGUA BRANCA E O CENTRO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL

A AMPLIAÇÃO I

E

E D

AMPLIAÇÃO II

CORTE AA escala 750 obs: O desenho original está na escala 1: 500

C

AMPLIAÇÃO I escala 500

D

C

B

A AMPLIAÇÃO II escala 500 obs: O desenho original está na escala 1: 500 118

IMPLANTAÇÃO GERAL obs: O desenho original está na escala 1: 750 0 5

25

40

116

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CONCEITO


CONCEITO REVITALIZAÇÃO DO CÓRREGO ÁGUA BRANCA ANTECEDENTES Os rios urbanos, que já vinham passando por grandes transformações devido o intenso processo de urbanização das cidades, após a década de 1950, têm a condição de deterioração agravada pela crescente poluição ambiental, precariedade de saneamento básico, da condição hidrológica e morfológica, bem como a sua ocupação irregular de suas margens. Por outro lado, o meio urbano vem sendo constantemente exposto a inundações, á carência de mananciais adequados para o abastecimento público , além de sofrer a desqualificação da paisagem fluvial, transformando-se alvo de esquecimento e rejeição. (GORSKI, 2010) “A evolução da urbanização foi conseguindo eclipsá-los e anular sua importância, restringindo sua presença quase apenas aos sintomas perturbadores, ou seja: mau cheiro, obstáculo á circulação e ameaça de inundações”. (GORSKI, 2010) A preocupação com os distúrbios ambientais vem evoluindo mais significativamente a partir do final da década de 1960, com os movimentos e conferências mundiais sobre o meio ambiente. (GORSKI, 2010) No início da década de 1980, alguns arquitetos e planejadores de planejamento e projeto da paisagem testaram e desenvolveram princípios e técnicas de intervenção paisagística que visavam a um equilíbrio ecológico.

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Durante 1990, diversas cidades, implementaram planos e projetos considerados modelos, no que tange ao tratamento de sistemas ou corredores fluviais urbanos (GORSKI, 2010) “Não basta despoluir o rio ou córrego! Mesmo que ele volte a corre limpo, piscoso, potável, de nada modificará á percepção que a população tem do seu “esgoto a céu aberto”. O rio precisa voltar a se incorporar na vida do paulistano e, para isso, a única alternativa é reconstituí-lo como espaço de lazer”. (GORSKI, 2010) > Como reintegrar os cursos d’água á paisagem e a vida urbana dentro de parâmetros de qualid ade ambiental? > Como planejar a paisagem, em seu processo dinâmico, repensando a natureza dentro do meio urbano consolidado? CÓRREGOS LIMPOS É POSSÍVEL? Segundo a pesquisa desenvolvida pela LABVERDE (LANGRENEY, 2012), a ideia de recuperar os córregos é atribuir a revitalização das margens de modo contemplar a sustentabilidade, planejamento urbano, além de levar em conta na percepção da paisagem fluvial, considerando:


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Características formais ou aspectos estéticos da água e sua relação com a paisagem

Características

Unidade como consistência e harmonia; vivacidade como forte impressão visual, contraste, textura, coposição; variedade da apresentação da água e dos elementos a ela interligados, como o solo e a vegetação, e presença de elementos focais ou distintos.

Diversidade, integridade, composição e variedade de espécies

Ecológica

Componentes de apreciação cognitiva

Simbolismo, complexidade, legibilidade e mistério.

O objeto de estudo deste memorial, a área que fica na região da Água Branca, o relevo é plano próximo ao rio e possui alguns córregos que nascem nas cotas mais altas (Figuras 1, 2 e 3). A linha férrea já está em um nível acima do rio, assim como a maioria das ruas e edificações A parte mais plana entre a ferrovia e rio, no passado atraiu indústrias, que se beneficiavam da água do rio e do transporte do trem, dando início assim á ocupação urbana das margens dos córregos da região. (LANGRENEY, 2012)

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Ilustrações: Mapas hidrográfico de São Paulo – Rio Tietê retificado – Trecho entre o Rio Tamanduateí( à direita em vermelho ) e Rio Pinheiros ( à esquerda).

LEGENDA Córrego Água Branca

Os Córregos do Cortume, Água Branca, Água Preta, Sumaré, Quirino dos Santos e Pacaembú, fazem parte de um conjunto de micro-bacias, que compõem a região da Barra Funda.

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LEGENDA Da esquerda para a direita: • Córrego do Cortume • Córrego Água Branca • Córrego Água Preta • Córrego Sumaré • Córrego Quirino dos Santos • Córrego Pacaembú Córrego Água Branca Ilustração: Área em estudo - Mapa da região da Barra Funda com o desenho das pequenas bacias dos córregos que abastecem o rio principal: Tietê.

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Apesar da definição do córrego natural Água Branca ,pode comprovar que é um canal de drenagem resultante da retificação do rio tietê. O canal de drenagem,local onde desenvolve em direção ao rio Tietê paralelo á Rua Professor José Nelo Lorenzon e próximo do estabelecimento Telhanorte, passava por dentro da Favela do Sapo (hoje inexistente: Fotos 4 e 5), a qual contribuía para a degradação ambiental através da ocupação desordenada e do lançamento de resíduos de lixo direto no córrego. 4

5

Após o trecho canalizado por via subterrânea, onde corre a céu aberto, observa-se a ausência de vegetação ciliar arbórea e espécies atraentes. Devido os lançamentos de esgotos sanitários (doméstico e industrial), estes cursos d’água estão em condições precárias, existe uma carência de linha de drenagem adequada e mitigações das principais causas das constantes inundações nesta região no período de chuva. (LANGRENEY, 2012) Os córregos estão inseridos em uma zona muito urbanizada, que durante a sua história como veremos nos próximos capítulos, sofreram alterações nas características de seus cursos naturais como retificações, aterramento, canalizações e se tornaram receptores dos diversos tipo de detritos que alteram a qualidade das águas e provocam o seu assoreamento. O que se percebe é um ambiente hostilizado, desumano totalmente descaracterizado. Para garantir a recuperação deste córrego (canal de drenagem), melhoria da qualidade de vida da população e o resgate do antigo convívio social com a natureza, o ambiente precisa oferecer ampliações de áreas verdes, com o sistema de vias públicas mais confortáveis, eficientes e ecológicas, de modo que seja associada as pequenas distâncias nos bairros (residências, comércio e serviços). A partir da situação do córrego (canal de drenagem) aqui apresentada, tem o objetivo de providenciar uma releitura do espaço a fim de verificar as condições para a recuperação do meio ambiente desprezados, promover o respeito da natureza,

Favela do Sapo - 2011

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analisar a possibilidade de inserir a sustentabilidade, infraestrutura verde e a valorização do aspectos de lazer, caminhada, uso de bicicleta, para recriar um ambiente humanizado e ecológico. De acordo a LABVERDE, para que o espaço seja qualificado, faz-se necessário também um planejamento urbano, onde a gestão ambiental esteja inserida e atrelada a uma ação conjunta, com os diversos órgãos que atuam nestas bacias hidrográficas. (LANGRENEY, 2012): “O atual modelo de ocupação e uso dos cursos d’água, não será revertido em curto prazo, existem interesses econômicos que empurram a urbanização e, portanto, é necessário que ocorram intervenções de interesse do governo e profundas mudanças na sociedade, para que se crie condições para esta nova visão do mundo”. (LANGRENEY, 2012) Para justificar melhor a relação dos órgãos que inserem na contribuição do meio ambiente, o esquema a seguir mostra as principais variáveis:

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ESTADO - GOVERNO • Relações empresas e o estado para viabilizar a solução efetiva dos problemas ambientais. • Serviços Públicos • Meta para o desenvolvimento sustentável na cidade. • Contribuir a qualidade ambiental e social.

BENS E SERVIÇO

INCENTIVOS

MEIO AMBIENTE

EMPRESA/ MERCADO

• A Recolução Industrial : um marco da degradação ambientais. • Empresas no posisonamento da interação com o meio ambiente. • Gestão Estratégica. • Ecologicamente correto. • Preocupação com o ambiente natural e social. • Corrigir a degradação ambiental em forma de sustentabilidade e qualidade de vida da população. • Melhor Produtividade

• Necessidade do cumprimento da legislação governamental e ambiental. • Ações de mediação • Implementação e Operação • Incentivos e Ação corretiva • Órgão Públicos

PROTEÇÃO

LEGISLAÇÃO AÇÕES HUMANAS

SOCIEDADE

• Impactos Ambientais e Poluição • A responsabilidade social e gestão ambiental estão relacionadas diretamente com o bem-estar da população. • Aumento da conciência da população a serviço ambientalmente saudáveis. • Legislação como mitigação para os problemas ambietais • Gestão Participativa

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CASOS DE REVITALIZAÇÃO DE CÓRREGOS URBANOS Na Córeia do sul, em Seul, o córrego Cheong Gye Cheon hoje é um modelo de revitalização (Fotos 7 e 8). Ele foi totalmente despoluído e as vias e o viaduto que cobriam este canal urbano foram demolidos e apagados da paisagem da cidade. Segundo informações do site Rede Nossa São Paulo e o Sr. In-Heun Lee que coordenou o projeto de recuperação: “...do começo ao fim, o projeto custou US$ 380 milhões. Houve uma redução da temperatura de 3,6 graus na área, queda de 38% nas emissões de poluentes, valorização dos imóveis no entorno e um aumento de 4 para 25 espécies de peixes e de 6 para 36 espécies de aves.” Os resultados mostraram que estes investimentos asseguraram a melhoria da qualidade de vida dos cidadãos a partir da paisagem restaurada. 7 ANTES: Córrego Cheong gye cheon, em Seul, na Coréia do Sul antes da demolição do viaduto que cobria o canal.

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DEPOIS:Córrego Cheong gye cheon, em Seul, na Coréia do Sul depois da demolição do viaduto que cobria o canal.

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Na China, o distrito de Liwan, a oeste das antigas muralhas da cidade de Guangzhou, foi no passado um bairro tranquilo, com muitos canais, lagos e ruas estreitas. O canal Lizhiwan (Fotos 9 e10) ligava o Rio das Pérolas, aos jardins imperiais de Liwan. Com o passar do tempo devido ao processo de urbanização da cidade, o canal Lizhiwan foi coberto, transformando-se na estrada Xiguanguwan e em uma vala para drenagem de esgotos . Segundo Lincoln Paiva, do site Mobilidade Sustentável: (LANGRENEY, 2012) “Na década de 1990, Guangzhou começou a restaurar todo o sistema hidrológico no Distrito Liwan. Com a construção ocorrendo principalmente durante 2009-2010, foram restaurados 121 segmentos do rio e sistema de canal começou incluindo o canal Lizhiwan. Os esgotos foram conectados a tubulações novas, o canal foi dragado e descontaminados, as paredes do canal foi reconstituída e a terra ao longo do canal foi limpo, adicionando novas passarelas e um novo paisagismo. O canal foi ligado novamente ao Lago Liwan para permitir a água circulação dos canais. Em 2009, o distrito Liwan criou um novo distrito de 58 hectares que ficou conhecido como a Lizhiwan cultural , numa área circundante para preservar e restaurar muitos dos edifícios históricos ao redor que viraram museus.” (PAIVA LINCOLN, 2012)


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DEPOIS: Canal Lizhiwan- China: as obras e o desenvolvimento das hidrovias.

ANTES: Canal Lizhiwan- China: as obras e o desenvolvimento das hidrovias.

No Brasil, estado de São Paulo, Município de Sorocaba a prefeitura tem se destacado pelos seus trabalhos de ações integradas no projeto de recuperação e revitalização do Rio Sorocaba e de córregos urbanos. Os trabalhos envolvem, além do tratamento de esgotos domésticos, a construção de bacias de contenção, recuperação das margens e de áreas degradadas, construção de conjuntos habitacionais para famílias que vivem em áreas de risco, ciclovias e parques integrados (Fotos 11 e 12). (LANGRENEY, 2012) 11

Também no Brasil, estado de São Paulo e Município de São Paulo, o Córrego Pirarungáua,passou por um processo de revitalização (Fotos 13 e 14). Esse córrego é um dos formadores do Riacho do Ipiranga e sua nascente encontra-se dentro dos limites do Jardim Botânico, que faz parte do Parque Estadual das Fontes do Ipiranga. (LANGRENEY, 2012) O córrego corria por um canal subterrâneo construído em 1940, sem muita tecnologia, com paredes de tijolo e uma laje. Do ponto de vista estrutural, a revitalização tornou-se possível: o calçamento existente foi retirado e a recuperação das margens do Pirarungáua foi iniciada, permitindo que o córrego voltasse a correr a céu aberto. (LANGRENEY, 2012) O paisagismo das margens do córrego foi regenerado, com a utilização de espécies da Mata Atlântica e o corredor de entrada foi adaptado para permitir a acessibilidade de pessoas com dificuldade de locomoção. 13

14

12

ANTES E DEPOIS: Rio Sorocaba- longo trabalho para a despoluição das águas.

ANTES E DEPOIS: Córrego Pirarungáua: no canal subterrâneo,antes da retirada do calçamento.

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EDUCAÇÃO AMBIENTAL

Cronologia BRASIL

O campo ambiental no país já inicia sua atividade. 1820

INTERNACIONAL

Verificam-se diversas atividades relacionadas á temática ecológico-ambiental no Brasil. 1950

1825 Ernst Haeckel: Primeiro vocábulo “ecologia”.

Carta de Atenas: surge a preocupação com o meio ambiente.

ANTECEDENTES

Desenvolvimento Sustentável e Ambiental:Planejamento paisagístico e ecogênese. 1969

1960 Preocupação com os efeitos da degradação do. ambiente no EUA.

No debate sobre o meio ambiente, no início dos anos 70, diante a multiplicação da vulnerabilidade e a produção capitalista, assumiram o elemento chave para se entender as características e as transformação da nossa modernidade cada vez mais notória. (JACOBI, 2005) 15 Produz

Modelo de Desenvolvimento

Exclusão Social

Miséria/ Fome Perda da qualidade de Vida

Produz

Consumismo Degradação Ambiental

Opulência/ Desperdício

Perda da qualidade da experiência Humana

Sobre a sociedade produtora de risco, os educadores tem um papel estratégico e decisivo na inserção da educação

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A institucionalização da questão urbana e ambiental. 1970

Acelerou o aprimoramento das políticas urbanas e ambientais.

Inicia a preocupação com os mananciais.

A preservação e a conservação ambiental ganham destaque.

Os primeiros CEAs começaram a ser implementados: iniciam sua trajetória, sobretudo por intermédio de esforços demandados pelo setor público. 1970

ambiental, qualificando a sociedade para um posicionamento crítico face a crise socioambiental, tendo como horizonte a transformação de hábitos e práticas sociais e a formação de uma cidadania ambiental que os mobilize para a questão da sustentabilidade no seu significado mais abrangente. (JACOBI, 2005) “A questão ambiental problematiza as próprias bases de produção; aponta para a desconstrução do paradigma econômico da modernidade e para a construção de futuros possíveis, fundados nos limites das leis da natureza, nos potenciais ecológicos, na produção de sentidos sociais e na criatividade humana.” (JACOBI, 2005) Os sinais da crescente conscientização podem ser observados a partir de alguns referenciais, como é o caso dos movimentos sociais em defesa da ecologia e as Conferências internacionais promovidas pela ONU , tais como a Conferência de Estocolmo em 1972, Comissão Brundtland, entre outros.


Surgem alguns grupos ambientalistas nas principais cidades do Sul – Sudeste.

Denúncia e criação de consciência pública sobre os problemas de deterioração socioambiental.

1970

1971 A ONU realiza a 1º Conferência de Estocolmo + Ecodesenvolvimento

Criação de consciência pública sobre os problemas de deterioração socioambiental.

Primeiras iniciativas de Centro de Educação Ambiental – Unidade de Conservação de São Paulo (Núcleo de Perequê, situado no Parque Estadual da Ilha do Cardoso), considerada como “pioneiras” no Brasil. 1976

PAISAGEM E ARQUITETURA:Construção de uma Didática Socioambiental Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Centro de Estudos Costeiros, Limnológico e Marinhos, CECLIMAR), considerada como a segunda “ pioneiras” no Brasil. 1978

1977 As primeiras iniciativas remontam ao final dos anos 70, mais precisamente em 1977, com a escola de Natureza “ Can Lleonart”, situada no Parque Natural de Montseny, na Catalunha.

“O tema da sustentabilidade confronta-se com o paradigma da “sociedade de risco”. Isto implica a necessidade de se multiplicarem as práticas sociais baseadas no fortalecimento do direito ao acesso à informação e à educação em uma perspectiva integradora.” (JACOBI, 2005) Observa-se a necessidade de se incrementar os meios e a acessibilidade à informação, bem como o papel indutivo da educação ambiental, como caminhos possíveis para alterar o quadro atual de degradação socioambiental. Trata- se de promover o crescimento de uma sensibilidade e “uma reforma de pensamento” das pessoas face aos problemas ambientais, como uma forma de fortalecer sua responsabilidade na fiscalização e no controle da degradação ambiental. (JACOBI, 2005) A postura de dependência e de não responsabilidade da população decorre principalmente da desinformação, da falta de consciência ambiental e de um déficit de práticas comunitárias baseadas na participação e no envolvimento dos cidadãos, que proponham uma nova cultura de direitos

Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Centro de Estudos Costeiros, Limnológico e Marinhos, CECLIMAR), considerada como a segunda “ pioneiras” no Brasil. 1978

Proliferação de grupos ambientalistas nas regiões Sul e Sudeste. Começa a configurar-se um espaço próprio dessa prática educativa 1980 1986 O termo”biodiversidade” usado pela 1º vez, em um fórum americano sobre diversidade Biológica.

baseada na motivação e na participação na gestão do meio ambiente, nas suas diversas dinâmicas. (JACOBI, 2005) A partir da reflexões do autor, deve ressaltar que as práticas educacionais inseridas na interface dos problemas socioambientais também devem ser compreendidas como parte do macrossistema social, dialogando-se ao contexto de desenvolvimento existente vinculado ao processo de fortalecimento da democracia e da construção da cidadania ambiental. CONSTRUÇÃO COMO EDUCAÇÃO AMBIENTAL Quando nos referimos Educação Ambiental, não remete aos seus espaços conotações educativas. A construção como Educação Ambiental, pode e deve servir de instrumento educativo e adoção de medidas como: uso eficiente de água, fontes alternativas de energia, captação de água pluvial, uso de materiais “ecológicos” na construção, fomento ao reuso , etc. Todas essas medidas podem servir de relevantes elementos educativos, a serem devidamente e oportunamente “explorados” durante as atividades cotidianas. (SILVA, 2004)

[27]


PAISAGEM E ARQUITETURA:Construção de uma Didática Socioambiental

Verifica-se a emergência de CEAs mais sintonizados: surgem iniciativas ligadas a organização ambientalistas de denúncia de impactos ambientais.

BRASIL

Parque Ecológico do Tietê, com o enfoque conservacionista

1980

INTERNACIONAL

Ação multissetorial, pelo processo de institucionalização dos grupos ambientalistas e pelos esforços em articular a problemática da proteção ambiental com a do desenvolvimento econômico

1984

1990 Aparição do termo “ D e s e nv o l v i m e n t o Debate Internacional sustentável” no Rela- sobre a questão do desenvolvimento urbano tório de Brundtland. e Meio Ambiente.

1988

16 Atitudes, valores e comportamentos

Conhecimento compreensão/ habilidades

Ação Participação

Não garantir estanqueidade Entorno Captar Água para Reuso

[28]

Estratégia de Sustentabilidade

CONSTRUÇÃO COMO EDUCAÇÃO AMBIENTAL Filtrar a Luz

Edifício Didático

Produzir Energia

1992

2005 2002 a 2003 Em Portugal: criada Jor- Educação Ambiental: nadas Pedagógicas de Localizado em Dingmans Ferry, PennsylEducação Ambiental vania

Diante disso, GUERRA (2001, p.318) enfatiza (...) que todo esse processo de educação, com sua dimensão ambiental, gera um saber-poder de mudança que nos conduziria a novas formas de aprender e saber fazer, e também de saber ser e de conviver com os outros(...), mais especificamente em relação a educação ambiental, como um processo de reeducação, ou seja, onde significa que precisamos reaprender a com a natureza, sentindo, pensando e agindo. (BUENO, 2006)

Sensibilização Conscientização

Didaticamente podemos visualizar a definição da Construção como Educação Ambiental, conforme o diagrama a seguir: 17

1991

2001 Centro de Estudos Ambientais Adam Joseph Lewis.

Como exemplificação, entende-se que a sensibilização e a conscientização só serão possíveis se integradas a partir do conhecimento e da compreensão de uma determinada situação, onde haja uma ação e ou interação dos envolvidos no intuito de desenvolver habilidades, atitudes, valores e comportamento em pról da solução de determinada situação.

O Centro de Educação Ambiental e Pesquisa do Instituto Sul Mineiro

O próprio MEC lança um documento intitulado “Proposta para implementação de Centro de Educação Ambiental”.

Primeiros Encontro Nacional de Centros de Educação Ambiental, realizado em Foz de Iguaçu, surgiram diversas recomendações quanto ao Programas de CEAs a ser implementados pelo MEC

Com isso, o que a educação ambiental pretende fazer é com que a sociedade aprenda como está organizado e como funciona o meio ambiente natural e, ao mesmo tempo, o quanto a mesma depende dele, como o afeta e também como pode-se promover a sua sustentabilidade” , transformando novos valores e atitudes através da construção de novos hábitos e conhecimentos (BUENO, 2006). Para entendermos melhor, o diagrama a seguir mostra a pretensão da educação ambiental:


PAISAGEM E ARQUITETURA:Construção de uma Didática Socioambiental O CEAs ciriam a ser “ oficialmente alacancados a partir dos preparativos da ECO 92, que os Centros de Educação Ambiental passam a ser considerados “ oficialmente” como sendo instrumento de ação e de implementação de EA no País.

Criação dos Centros de Educação Ambiental do MEC, com a finalidade de criar e difundir metodologias em Educação Ambiental 1993

2006 Parco Delle Cave, Cagliari, Itália. Parque:programas de centro de Educação Ambiental.

18

Desenvolver

Conhecimento Compreensão Habilidades Motivação

Para Adquirir

II Encontro Nacional de Centros de Educação Ambiental, em Brasilia. 1996

2007 O Centro de Alabama 4- H, uma forte identidade de seu centro de educação ambiental em Lay Lake em Columbia.

Construção como Educação Ambiental

Necessários para lidar com

Valores Mentalidades Atitudes

Questões/ Problemas Ambientais

Soluções Sustentáveis

O conceito de Pavilhão, cuja a solução arquitetura faz com que seja um lugar agradável, arejado e prazeroso em sua utilização, a proposta tem a perspectiva de uma atualização do modelo dos anos 1970, em uma nova possibilidade alternativas de projetos, isto é, ao invés de “ambientes para aprendizagem”, a própria construção fomentaria o conhecimento, a educação e a reflexão para os seus visitantes, de modo a contemplar as progressivas inovações.

Já eram dezenas de Centros criados por diferentes instituições governamentais ou não govenarmentais, com as empresas, ONGs, universidades e prefeitura municipais 1997

O Pronea incorporou os CEAs como parte do programa e, portanto apoiados pelo MEC. 1998

Após a Aprovação de uma Política Nacional de Educação Ambiental no Congresso Nacional, verifica-se Centro de Edu“ boom” de inicia- cação Ambiental Parque do Carmo tivas de CEAs. 1999

2001

2009 O Noco DuPont Centro de Educação Ambiental:esforços para restaurar pântanos ao longo do rio Christina em Wilmington,melhorando o ambiente.

Um sistema construtivo que promova alterações conscientes no entorno, de forma a atender as necessidades do homem moderno, preservando o meio ambiente e os recursos naturais, garantindo qualidade de vida para as gerações atuais e futuras. O espaço será referência em Educação Ambiental, cuja a idéia do projeto é buscar soluções arquitetônicas sustentáveis (telhado verdes, placas fotovoltaicas, reutilização de águas pluvias, espaços abertos, ventilação, eficiência energética), adotar critérios de arquitetura bioclimática, favorecendo qualidades ambientais naturais, de ventilação e iluminação, reduzindo as demandas por energia, além de conservacionismo ambiental, tornando-o espaço atraente, amigável aos visitantes e visualmente rico. O pavilhão será usada ainda para eventos e exposições temporárias de interface ambiental, além da exposição permanente de soluções sustentáveis, com o objetivo de manter o debate constante e atualizado entre o poder publico, população e setores envolvidos, de forma dinâmica, intuitiva e interativa.

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PAISAGEM E ARQUITETURA:Construção de uma Didática Socioambiental

BRASIL

Educadores Ambientais passaram a olhar com mais atenção para a temática dos CEAs

INTERNACIONAL

A Rede Brasileira de Centros de Educação Ambiental, Rede CEAs, intercâmbio de experiências e de pesquisa na Espanha, realizado em 2001, o que permitiu conhecer com mais profundidade iniciativas de CEAs.

O centro de Educação Ambiental em Niterói. Durante alguns anos o Instituto Unibanco manteve uma da Rede de oito Centros de Educação Ambiental.

2002

2009 Mercer Slough Environmental Education Center.

2009 EVOA – Centro de Interpretação Ambiental/ Maisr Arquitetos em Lezíria, Portugal

Nesse sentido, o Pavilhão revela-se o seu posicionamento, as relações entre a recuperação do Córrego Água Branca (canal de drenagem) e a Educação Ambiental, considerados dois elementos envolventes que possibilitam o desenvolvimento de atitudes de conservação do meio ambiente.

[30]

Foi formalizada a Rede Brasileira de Centros de Educação Ambiental, a partir da necessidade de se articular as diversas iniciativas de CEAs existentes no país.

Parque Villa Lobos é também a sede do Centro de Educação Ambiental Villa – Lobos.

2003

2003

2014 Karura Forest Environmental Education Trust – Karura, Quênia

Centro de Educação Ambiental, Villa Lobos - CEREA

2009


LEITURA E INTERPRETAÇÃO DO CONTEXTO URBANO

RIO TIETÊ


RIO TIETÊ “A cidade nasce da água. A historia urbana pode ser traçada tendo como eixos as formas de apropriação das dinâmicas hídricas. A trajetória das relações entre cidades e corpos d’água reflete, assim, os ciclos históricos da relação entre homem e natureza.“ (MELLO, 2008) O Rio Tietê, um dos rios primordiais na interiorização de São Paulo, a qual se desenvolveu com base nas riquezas disponíveis, cruza-se entre as seis bacias hidrográficas. Em meados do século XX, abastecia de pescada e esteve integrado à vida dos cidadãos paulistanos, no lazer, na prática de esportes e recreação. (Fotos 19 e 20) O rápido desenvolvimento econômico e desordenado de cidades ás margens de rios, aliado á falta de conhecimento técnico- científico da importância destes corpos hídricos, provocou a frequente deterioração de suas margens, leitos e na qualidade de suas águas. Cidades mais desenvolvidas, assim como a Região Metropolitana de São Paulo, viraram polos regionais, atraindo cada vez mais as indústrias. Este ciclo rápido e de difícil reversão gerou poluição (esgoto clandestino, poluentes tóxicos e resíduos sólidos) impedindo que os rios seja limpo e com vida em abundância. A Impermeabilização de suas margens, a retificação de trechos, o aterro de várzea e a retirada de vegetação nos arredores dos rios provocam enchentes. A tentativa de reversão e minimização destes impactos em um rio é conhecida como revitalização. Segundo Miranda:

[32]

“A revitalização de rios urbanos tem sido vista com bons olhos pela sociedade. No entanto (...) é uma questão delicada que envolve a conscientização da população e iniciativas governamentais.” (MIRANDA, 2011) 19

20

O Tietê era o Rio do Esporte e laser dos paulistas - 1926

Passeio de Barco no rio Tietê

21

22

Rios Tietê e Pinheiros antes da canalização (arquivo Fernando M. Franco)

Rios Tietê e Pinheiros antes da canalização (arquivo Fernando M. Franco)


PAISAGEM E ARQUITETURA:Construção de uma Didática Socioambiental

23

Sobre as origens das várzeas sinuosas (Fotos 21, 22 e 23), o rio Tietê nasce nas encostas da Serra do Mar, em Salesópolis ,no interior do Estado de São Paulo. O rio sofreu um lento processo de retificação, a qual passaram a abrigar as principais avenidas que cortam toda a cidade de São Paulo, as marginais. O primeiro a sofrer com o desenvolvimento foi o rio Tamanduateí (afluente do rio Tietê) que teve as suas várzeas ocupadas. Depois , sob o comando de uma empresa de geração e distribuição de energia elétrica foram os rios Pinheiros e Tietê. O rio Tietê hoje, possui projetos e programa para a despoluição, prevista a criação de serviço de coleta de esgoto, Educação Ambiental e preservação do meio ambiente.

Portanto, a revitalização de rios e/ou córregos urbanos tem por objetivo de garantir uma qualidade de vida á população local, “uns dos comprometimentos do poder público tem sido nas ações como o plantio de árvores nas margens do rio, melhorias em obras de saneamento, políticas de desenvolvimento urbano sustentável, programas de educação ambiental e desocupações de áreas irregularmente tomadas no entorno do rio”. (MIRANDA, 2011) A região da Água Branca + Várzea do Tietê –1940

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PAISAGEM E ARQUITETURA:Construção de uma Didática Socioambiental

A RETIFICAÇÃO DO RIO TIETÊ E SEU REBATIMENTO NA BARRA FUNDA

24

Na década de 1890, quando iniciou-se o estudos da retificação do Rio Tietê, a identificação da área inundável demonstrava que a área da várzea da Barra Funda era inadequada á ocupação. Ao comparar o projeto de regularização do rio Tietê elaborado em 1893 ao plano de arruamento da Chácara do Carvalho de 1986, pressupõe a ausência de proposta de arruamento para a porção de terra situada entre a ferrovia e o rio Tietê. Entretanto, a dimensão da área alagada identificada no final do século XIX (Fotos 24 e 25) já colocava a necessidade de soluções técnicas e urbanística para a utilização dessa área. Em 1923, foi efetivada á elaboração de um projeto de canalização e retificação do rio Tietê (Fotos 26 e 27), dirigida por Saturnino de Brito, por meio do Decreto-lei nº 2644, que permitiram o reconhecimento da situação fundiária das várzeas. (CANUTTI, 2008)

Enchentes do Rio Tietê (arquivo Fernando M. Franco)

25

“O projeto da retificação justificava-se pela necessidade de saneamento e controle das enchentes, tendo em vista o crescimento contínuo da cidade. Ao mesmo tempo, a retificação permitiria a ocupação de áreas bem localizadas inviabilizadas pelos recursos naturais e, consequentemente, a valorização daquelas áreas”. (CANUTTI, 2008) Após a retificação do Rio Tietê e abertura da Marginal Tietê, permitiu a utilização da várzea da Barra Funda e promoveu a realização de obras de drenagem e aterro, mas tais medidas não foram suficientes para a consolidação da ocupação extensiva da várzea neste período.

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Rios Tietê e Pinheiros antes da canalização (arquivo Fernando M. Franco).


PAISAGEM E ARQUITETURA:Construção de uma Didática Socioambiental

26

Ilustração – Projeto de retificação do rio Tietê proposto por Saturnino de Brito

27

Foto aérea da Água Branca e o desaparecimento da várzea tortuosa, devido a retificação do rio Tietê – 1954.

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SOBREPOSIÇÃO AEROFOTO GOOGLE EARTH + MAPA 1930


ÁGUA BRANCA


ÁGUA BRANCA CRONOLOGIA GERAL DO PROCESSO EVOLUTIVO DA REGIÃO 1850 - 1900 Barra Funda: pertencia a única propriedade Fazenda Iguape. Posteriormente: loteamento de chácaras menores. 1850

Inaugurada a primeira ferrovia SP Railway ( Estrada de Ferro SantosJundiaí)/crescimento urbano.

Crescimento explosivo de SP (circulação de riqueza e produção cafeeira).

1867

1870

Inauguração da Estação Barra Funda da Estrada de Ferro Sorocabana. Desenvolvimento impulsionado e população se instala ao arredores da estação. 1875

Período da ocupação mais intensa do local (Água Branca), o parcelamento do solo pelos loteamentos e o consequente início do processo de urbanização da área, com a instalação de inúmeras fábricas. 1880

Light: empresa canadense, recebeu a concessão para Surgiu “ Antártica Início do Estudo da explorar os serviPaulista” – Fábrica retificação do Rio ços de transporte urbanos na capital de Gelo e Cerveja- Tietê. paulista. ria”. 1888 1890 1899

1901 - 1960

1960

Com as construção das vias marginais e com término da retificação do Tietê, a paisagem da Água Branca se modificou. 1960

Estabelece nova diretrizes para a implantação da Operação Urbana Consorciada Água Branca – LEI 15.893/2013.

Aprovado o Plano Diretor Estratégico (Revisão) – Lei Municipal – 16.050/2014.

2013

2014

Urbanização : altos investiFundação da So- Transporte de Indústrias Reu- Edifício Fabril: Inauguração do Declínio da Inaugurado O Rio Tietê so- mentos em rociedade Esportiva Passageiro. nidas Francisco a casa das Cal- Shopping West A t i v i d a d e O Parque freu um proces- dovias e vias. Palmeiras. Matarazzo. deiras. Plaza. Cafeeira. Água Branca. so de poluição. 1914

1961 - 2014

1920

Oficialmente inaugurado o SESC Fábrica Construção dos da Pompeia, viadutos Antártica projeto de e Pompéia. Lina Bo Bardi. 1969 1982

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1920

Inicia o conceito OUC em São Paulo (não entra em vigor), durante a gestão do prefeito Mário Covas. 1985

1920

1991

Operação UrbaLinha Leste-Ona Consorciada este: Água Branca – Linha vermeLei 11.774/1995 lha concluída. 1988

1995

1929

1929

1950

PDE: AproInício do desenvado o volvimento Arco Plano Redo Futuro e Arco gional Estra- Inauguração Tietê, a qual intégico – Lei do Shopping clui a área da 13.885/2004 Bourbon Barra Funda. 2004

2008

2011


PAISAGEM E ARQUITETURA:Construção de uma Didática Socioambiental

ANTECEDENTES

A EVOLUÇÃO DE SÃO PAULO X ÁGUA BRANCA

A Região Metropolitana de São Paulo, segundo o Fernando de Mello Franco, uma vez conquistado o território, definiu-se as principais atividades para âmbito de interesse econômico. Ao expandir suas fronteiras, a produção agrícola, superou a subsistência, substituído-o por um modelo agroexportador. A fim de proporcionar uma nova viabilidade para o escoamento da produção do café, foi inaugurada em 1867 a primeira Ferrovia SP Railway (Estrada de Ferro Santos – Jundiaí - Foto 28).O sistema ferroviário, sobre a facilidade das exportações atribuiu o florescimento do primeiro ciclo industrial e consequente o desenvolvimento urbano e econômico. (FRANCO, 2005)

1981 a 1905

“O Período compreendido entre 1870 e 1930 é marcado por transformações sócias, econômicas e políticas na cidade de São Paulo, profundamente relacionadas com a produção do café, a implantação de estrada de ferro, a imigração europeia e o início da industrialização. É nesse contexto e período que surgem os novos bairros na cidade, como por exemplo, a Barra Funda.” (CANNUTTI, 2008)

29 LEGENDA Rio Tietê Ferrovia Delimitação aproximada do Bairro Chácara de Carvalho Estação da Luz Fábrica Antártica Largo das Perdizes

Planta Geral da Capital de São Paulo, 1897

30

28

LEGENDA Aparecimento do Canal Construído na Várzea do Rio Tietê.

Ilustração da Localização das Estradas de Ferro na cidade de São Paulo 1890 . Ferrovia SP Railway (estrada de ferro Santos – Jundiái) e Sorocabana.

Planta Geral da Capital de São Paulo, 1905

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PAISAGEM E ARQUITETURA:Construção de uma Didática Socioambiental

1905 a 1930

1930 a 1952

31

33

LEGENDA Rio Tietê Ferrovia Prolongamento da Avenida Pacaembu

LEGENDA

Delimitação aproximada da Barra Funda em 1897 Delimitação aproximada da Barra Funda em 1954 Limitação da Chácara do Carvalho - 1895 Área da Chácara após o reparcelamento 1931 Vila dos Ferroviários

Rio Tietê Ferrovia Delimitação Aproximada do Bairro Chácara de Carvalho Ruas Prolongadas até Avenida Rudge

Planta Geral da Capital de São Paulo, 1924

Planta Geral da Capital de São Paulo, 1954

32

34 LEGENDA

LEGENDA

Rio Tietê Ferrovia

Rio Tietê Ferrovia Chácara de Carvalho Viaduto Pacaembú Expansão do arruamento Da Barra Funda Delimitação Aproximada do Bairro

Indústria Francisco Matarazzo Chácara de Carvalho Delimitação aproximada da Barra Funda 1930 Delimitação aproximada da Barra Funda 1897

Planta Geral da Capital de São Paulo, 1930

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Planta Geral da Capital de São Paulo, 1966


PAISAGEM E ARQUITETURA:Construção de uma Didática Socioambiental

1972 a 1995 - expansão contínua até hoje

35

37 LEGENDA

LEGENDA Rio Tietê Ferrovia Chácara de Carvalho

Planta Geral da Capital de São Paulo, 1995

Planta Geral de Zoneamento da Lei nº 1.805/1972

38

36

LEGENDA Rio Tietê Ferrovia Expansão do arruamento Da Barra Funda

Planta Geral da Capital de São Paulo, 1974

Viaduto Pompéia, Antártica e Pacaembu

Rio Tietê Ferrovia Chácara de Carvalho Delimitação da Barra Funda 1974 Delimitação da Barra Funda 1991 Estação Barra Funda Parque Fernando Costa Memorial América Latina Vila dos Ferroviários

LEGENDA Rio Tietê Ferrovia Chácara de Carvalho Corredor de Novos Empreendimentos Comerciais Delimitação da Barra Funda 2007 Forum Criminal Forum Trabalhista Centro Universitário UNINOVE Shopping West Plaza Estação Barra Funda

Planta da Cidade de São Paulo 2006.Destaque dos principais equipamentos que se instalaram no bairro a partir de 1990.

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PAISAGEM E ARQUITETURA:Construção de uma Didática Socioambiental

ÁGUA BRANCA A Água Branca, referência ao córrego que o cortava (SPTURIS, 2015), um bairro nobre paulistano localizado no distrito da Barra Funda, zona oeste da cidade de São Paulo, como antecedentes, os diversos portos de areia localizados na várzea do Tietê, o uso agrícola e a posição geográfica propiciou-se que estabelecesse na região no século dezenove a propriedade Chácara Carvalho (Foto 39), do Barão de Iguape (A antiga propriedade se situava onde estão hoje, a Praça Marechal Deodoro e a Rua Brigadeiro Galvão, Barra Funda e Vitorio Carmilo). No âmbito econômico da produção cafeeira a fim de facilitar o escoamento, durante o desenvolvimento ferroviário da cidade de São Paulo, foi instalado a Estação Barra Funda (Foto 40) da Estrada de Ferro Sorocabana, em 1875, como a principal infraestrutura. Após o declínio da atividade cafeeira, devido à crise da Bolsa, em 1929, a expansão da ferrovia possibilitou a implantação da atividade industrial nos arredores da linha férrea. Dessa Forma, a região constituiu-se um bairro de usos misto, com habitações operárias (Foto 41) e uma série de indústrias de diferentes portes, desde pequenas fábricas de massas e óleos, até grandes grupos (Fábrica de Vapor de Tecido e Fiação de Corda e de Barbante, da família Maggi, ou as indústrias família Matarazzo) (Foto 42). A partir de 1920 e 1930, a medida que se adensava o uso habitacional ao lado sul da linha férrea, indústrias como fábricas de papel, tecelagem e bebidas, se instalam mais junto a Várzea da Barra Funda de maneira esparsa, estabelecendo o grande contraste entre os dois lados daquele eixo.

[42]

Apesar da história da Barra Funda seja sempre lembrada pelas imigrações, culturas italianas, por seus galpões fabris e os operários, o que estruturou esse bairro através do suporte de atividades que nele se desenvolveram, foi à linha férrea. 39

40

Chácara de Carvalho

Pátio Ferroviário Barra Funda, hoje inexistentes. Foto de 1978

41

42

Imóvel deteriorado tipo capomastri – rua Vitorino Carmilo nº 933

Indústrias Reunidas Francisco Matarazzo (IRFM) instalaram-se no início da década de 20


PAISAGEM E ARQUITETURA:Construção de uma Didática Socioambiental

A partir de 1945, com a substituição da ferrovia, pelas rodovias, muitas indústrias se deslocaram para as áreas mais próximas as rodovias. Em consequência das obras viárias, tais como a implantação dos viadutos Pompéia (Foto 43) e Antártica , o transporte de passageiros inicia com a primeira linha de bondes elétricos da Capital ao longo das ruas Barra Funda e Brigadeiro Galvão, fomentando os usos de comércio e serviço do bairro. Quando o bonde deixou de ser o meio de transporte coletivo, dando lugar aos ônibus e metrô (Fotos 44 e 45), a inauguração da estação Barra Funda (linha vermelha) e Marechal Deodoro em 1988, obteve grande expectativa de melhoria do antigo bairro operário e industrial, atraindo os moradores para o “boom imobiliário”. Com a cessação gradual das atividades industriais, as grandes glebas, foram aos poucos se transformando, em razão dos baixos custos da terra, equipamentos de importância metropolitana: culturais e de lazer, implantação de empreendimento de uso residencial, universidades, shopping Center, fórum, bem como centros administrativos de empresas públicas e privadas (Foto 46). 43

Viaduto Pompéia, 1969

45

46

Terminal Intermodal da Barra Funda

Complexo Empresarial Água Branca- 2006. Transformação da Paisagem.

47

48

Vista panorâmica da várzea do Tietê com a Água Branca ao fundo. (Foto Nelson Kon)

Vista da Água Branca (Foto Nelson Kon)

44

Corredor de ônibus na Avenida Marquês de São Vicente

Texto desenvolvido a partir da análise histórica dos autores BRUNELLI e CANUTTI.

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SOBREPOSIÇÃO AEROFOTO GOOGLE EARTH + MAPA 1930


PAISAGEM EE ARQUITETURA:Construção ARQUITETURA:Construção de de uma uma Didática Didática Socioambiental Socioambiental PAISAGEM

MACROÁREA (SATÉLITE)

LEGENDA Perímetro da OUCAB Área do Estudo

Fonte: Google Earth - Out/2014 (IMAGEM DE SATÉLITE) 0

150

500

Fonte: Mapa de Situação sem esccala

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PAISAGEM E ARQUITETURA:Construção de uma Didática Socioambiental

OPERAÇÃO URBANA CONSORCIADA ÁGUA BRANCA “As operações urbanas consorciadas apresentam-se como um instrumento urbanístico de parceria entre o poder público municipal e a iniciativa privada, por meio do qual se pretende a implantação de um projeto de renovação urbana e melhorias em determinada área da cidade (...). (PMSP, 2015) A partir de estudos e diagnósticos preliminares para a região realizados desde a década de 70, a EMURB em 1991, elaborou um documento denominado “Operação Urbana Água Branca”, onde foi decretada em 1995, na Lei nº 11.774, sobre a gestão de Paulo Maluf. Em 2009, na gestão de Gilberto Kassab, ela é revista em alguns de seus artigos. Em 2013, na gestão de Fernando Haddad , a Operação é estruturalmente revista, estabelecendo novas diretrizes, mecanismos para a implantação e definição de programas de intervenções para a área da Operação, na lei nº 15.893. (PORTO, 2009)

existente (diversas linhas de ônibus, estações de metrô e de trens da CPTM), ressaltando a necessidade de construção de habitação de interesse social (HIS), a fim de se dar uma condição digna de moradia. Segundo a revisão da Operação Urbana entre 2001 – 2008, no relatório feito das condições e potencialidades da área, foi dividida pela EMURB em 10 subáreas, que foram definidas quanto a sua acessibilidade, tipologias e ocupação do solo. Mas a divisão acabaram dificultando muito o melhoramento propostos para a região, devido a área não serem parceladas e regularizadas (Figura 49). (PORTO, 2009) 49

A OUCAB é limitada ao norte pelo canal do rio Tietê; a oeste pela ponte da Freguesia do Ó, seguindo pelas Avenidas Comendador Martinelli, Santa Marina e rua Carlos Vicari; a leste pela ponte da Casa Verde, seguindo pelas Avenidas Abraão Ribeiro e Pacaembu; e ao sul pela Turiassú, Avenida Francisco Matarazzo e a Avenida Antártica. As diretrizes da operação de 1995 tinham a intenção de chegar a um amplo projeto urbano que favorecessem o parcelamento das grandes quadras resultantes da antiga ocupação industrial, o adensamento habitacional, oferta de serviços e comércios (promoção de trabalho), construção de equipamento publico e áreas verdes que fossem atrelados os interesses públicos e setor imobiliário onde prevalecessem múltiplos usos, e por fim, o aproveitamento pleno de infraestrutura de transporte

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Subáreas de estudo


PAISAGEM E ARQUITETURA:Construção de uma Didática Socioambiental

Na gestão de Gilberto Kassab, e com as alterações feitas no decreto em 2009, nota-se um leve avanço na articulação entre os diferentes sistemas de transporte. São propostos alguns eixos de estruturação (como a Rua Quirino). Também, alguns sistemas de áreas verdes, e algumas áreas de maior interesse para a implantação de parques e equipamentos públicos (como o terreno da CET e á antiga TELESP). Entretanto , o enfoque da apresentação resumida do plano deixa evidente a defesa da parceria pública privada como a condição de viabilização dos projetos. (SILVA, 2014) Em 2008 a construtora Tecnisa comprou a área gleba Telefônica. A partir de então, começa uma nova fase na história desta Operação Urbana. Antes de iniciar qualquer construção a área devia ser parcelada, o que proporcionou o início de vários projetos entre a construtora e a EMURB (responsável pela elaboração do Plano Urbanístico da área do perímetro da Operação Urbana Consorciada Água Branca), de propor novos dinamismo de usos. (Figuras 50 e 51). (PORTO, 2009) 50

Projeto Aprovado para a gleba Tecnisa.

51

Plano urbanístico pela Empresa Municipal de Urbanização EMURB, 2009

Com o início da gestão de Fernando Haddad, em 2013, a operação é revisada por inteiro, tanto em suas diretrizes de políticas urbanas e formas de articulação da região, quanto no que diz respeito ao constante debates, audiência, fórum e tomadas de decisão com a população local de maneira participativa e democrática, a fim de realizar junto aos agentes, a execução de diversos projetos relacionados. Desde o primeiro documento, de 1995, a proposta da OUCAB, tem direcionado pela construção de um projeto participativo, envolvendo os possíveis agentes privados da efetivação dos projetos, as diferentes secretarias e outros participantes na construção do plano (moradores, trabalhadores do bairro e do entorno). (SILVA, 2014)

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Portanto, a incessante proposta de transformação urbana para a OUCAB, a audiência pública (Abril 2013), teve como premissas a elaboração do desenho urbano , estratégias de implementação, diretrizes urbanísticas e planejamento territorial que adequasse na qualidade urbanística. A proposta desta etapa visava concentrar a transformação dos eixos estruturadores, devendo gerar centralidades de usos mais intensos de comércio, serviços, equipamentos públicos e áreas públicas. Esses eixos, além de promoverem centralidades, deverão criar as transposições sobre o rio Tietê e a linha férrea. Sendo apresentados os possíveis cenários de inovação da paisagem para a Operação, foram enfatizados aspectos relativos á qualidade e convivência do espaços que poderia concretizar. (Figuras 52 e 53)

52

Proposta e a transformação do eixos e frente fluvial.

[48]

53

Eixos 1 – Clubes + HIS.


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OPERAÇÃO URBANA CONSORCIADA ÁGUA BRANCA

LEGENDA Perímetro da OUCAB Área do Estudo

SUBSETORES

A Subsetor A

A

B

G

E F

C

B

Subsetor B

C

Subsetor C

D

Subsetor D

E

Subsetor E

F

Subsetor F

G

Subsetor G

H

Subsetor H

I

Subsetor I

H D

I

Fonte: Google Earth - Out/2014 (IMAGEMDE SATÉLITE) Fonte: Google Earth - Out/2014 (IMAGEMDE SATÉLITE)

Fonte: Mapa de Situação sem esccala

0

150

500

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PAISAGEM E ARQUITETURA:Construção de uma Didática Socioambiental

SUBSETOR A A área da Operação Urbana Água Branca possui grandes condições de transformações urbanas, uma vez que envolvem um amplo conjunto de questões e implicações que vão além das questões do desenho urbano. “O objetivo existente na lei da Operação Urbana como incentivar a ocupação das áreas vazias, por exemplo, nos trazem alguns questionamento de que ainda falta um projeto urbano com determinações mais precisas e com objetivos mais concretos. Mesmo com essas importantes questões, é visível que a área tem passado por melhoramento”. (PORTO, 2009) A imagem seguinte mostra a divisão dos setores proposta pela EMURB e a localização de novos empreendimentos em fase de construção ou já finalizados. Nota-se que a Operação Urbana movimenta o setor imobiliário também nas regiões próximas a seu perímetro:

Pode ser verificado que alguns setores tiveram maior procura para a implantação de empreendimentos que outros e que as maiores transformações concentram-se nos setores B, C, D e I, ou seja, nas áreas próximas as Perdizes e Pompéia. E quanto ao setores A , está sendo lentamente transformado, devido aos novos empreendimentos (Residencial Jardins da Barra.) que foram implantados ao lado do córrego Água Branca e o futuro empreendimento imobiliário previsto em frente a Avenida Marquês de São Vicente. 56 55

Subárea A

54

Foto aérea da Operação Urbana Água branca com a localização das novas propostas

[50]

O subsetor A , devido a proximidade com a Marginal Tietê, a ocupação é muito esparsa, ocupados por edificações utilizadas para atividades comerciais, serviços (Leroy Merlin e Telhanorte) e industriais. Quase metade da área é de propriedade pública com seu uso concedido ás associações desportistas Palmeiras e São Paulo e á CET, que ocupam o espaço onde a prefeitura tem a intenção de criar um parque público que fará a ligação entre uma área verde existente no setor B e a Marginal Tietê.


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“Muitos estudos vem sendo feitos para delimitar a área exata desse parque, pois além das questões operacionais e de custos envolvidas ainda existe a grande dificuldade que o poder público tem em reassumir ou até negociar a venda de suas áreas concedidas. Uma medida mais firme ou mais empreendedora parece ainda estar longe de acontecer, bem como o fato de o poder público interferir no capital imobiliário ainda ser assunto proibido.O fato é que a questão desses terreno já vem sendo postergada há alguns anos e parece estar longe de uma solução efetiva.” (PORTO, 2009) Cabe destacar que neste subsetor localiza-se a única favela existente em todo o perímetro , a do Sapo. A situação dos moradores da favela do Sapo deverá ser regularizada a partir da transferência dos mesmo a para duas áreas de HIS, proposta dentro do perímetro da Operação Urbana. E as diretrizes e propostas para este subsetor se define: • Aumentar a densidade demográfica • Incentivar a manutenção da ocupação esparsa • Incentivar a utilização de 70% para a HIS e HMP • Os usos industriais e habitação de alto padrão não serão incentivados nesse subsetor. • Promover o reordenamento , com o objetivo de implantar área verde pública, a partir do parcelamento das glebas existentes no Subsetor B (TECNISA), possibilitando a formação de eixos verdes de integração : a ferrovia e o rio Tietê. • Promover uma melhor utilização das áreas públicas municipais concedidas aos clubes de futebol, por meio de racionalização de sua ocupação, com o objetivo de torná-las, ao menos, parcialmente abertas á utilização pública.

O objetivo desta intervenção é a criação de um parque na área atualmente utilizada pelos clubes e pela CET. • Implantar a Avenida José Nello Lorenzon no trecho localizado entre a avenida Presidente Castelo Branco e Avenida Marquês de São Vicente.O objetivo desta intervenção é a melhoria de fluxos de circulação na área e acesso mais adequado ao Conjunto Cingapura e as ZEIS existentes. • Incentivar a doação de faixas do recuo frontal dos novos empreendimentos para a ampliação dos passeios públicos (EIA – RIMA, 2007). 57

Clube São Paulo

59

Empreedimentos Imobiliários

58

Clube Palmeiras

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Telhanorte

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ARCO DO TIETÊ O NOVO CAPÍTULO NA HISTÓRIA DO RIO TIETÊ O Arco do Tietê, considerado o primeiro passo para a construção do Arco do projeto Futuro (projeto da candidatura do então prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, em 2012), tem como estratégia de promover proposta de planejamento e orientar um desenvolvimento urbano mais equilibrado e compacto do ponto de vista social, econômico e ambiental para a cidade de São Paulo. As respectivas marginais e rios deveriam adquirir nova estrutura, voltando-se para os bairros adjacentes e o conectando, assim, as zonas leste, norte, oeste, centro e sul, por meio de um novo centro linear desempenhando simultaneamente atividade diversificadas, renovando a baixa densidade atualmente ocupado por antigos galpões industriais e dando nova função aos cursos d’água.

Dentro da temática ambiental, o projeto visa a recuperação ambiental das áreas prestadoras de serviços ambientais assim como das várzeas dos rios, principalmente quando considerados o contexto as mudanças climáticas. As diretrizes do eixo ambiental constam: • a proposição de sistemas de manejo das águas pluviais e mitigação das inundações; • a articulação do desenvolvimento e renovação urbana aos programas de despoluição do rio Tietê • a busca por adoção de novas formas de ocupação que reduzam impactos climáticos • a proposição de sistemas de recuperação ambiental e descontaminação do solo e o estabelecimento de sistemas de gestão de resíduos sólidos. 63 62

61

ATIVAR

REQUALIFICAR CONECTAR

OCUPAR

Esquema função do ARCO: Elaboração própria a partir das anotações da disciplina Organização da Prática Profissional.

No que tange á mobilidade, o plano tem como diretrizes a aproximação do desenvolvimento urbano ao longo dos eixos de transporte de média a alta capacidade em busca de qualificação e integração dos sistemas de mobilidade.

[52]

Apresentação Arco do Tietê. site Arco do Tietê - Gestão Urbana

No entanto o Arco do Tietê, quanto o Arco do Futuro, buscam reunir os últimos projetos, planos e estudos realizados para a região, para serem inseridos na revisão do PDE e dos instrumentos urbanísticos já citados no Capítulo I.


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Essas proposições serviram de escopo para o chamamento público (audiências e fóruns), promovido pela Prefeitura aos ciclos de perguntas e debates junto ao Secretário Municipal de Desenvolvimento, Fernando Mello Franco, e o diretor da SP Urbanismo, Gustavo Partezani, para o desenvolvimento de um estudo de pré viabilidade, que teve seu início em fevereiro de 2013. Os objetivos conceituais do concurso visava realizar estudos para orientar um desenvolvimento urbano mais equilibrado do ponto de vista social, econômico e ambiental para a cidade, apresentando conceitos e projetos de intervenção urbana, através de ações concentradas ou pontuais, contendo parcerias para o alcance dos objetivos em diferentes cenários de tempo. Sendo assim, possibilitar o incremento de diferentes setores produtivos na área do Arco Tietê, com alto valor agregado e oportunidade de novos empregos, além da oportunidade de promoção de habitação para diversas faixas de renda por diferentes programas habitacionais. 64

Apresentação Arco do Tietê. site Arco do Tietê - Gestão Urbana

As equipes premiadas que melhor apresentaram as propostas e abrangência das questões e diretrizes colocadas pela Prefeitura foram o Instituto URBEM e o consórcio ODEBRECHT – OAS, pois buscaram soluções em todos os eixos temáticos e também ao longo de todo o território. URBEM

65

66

67

Proposta URBEM Polo Oeste do Arco Tietê.

Segundo a Gestão Urbana, atualmente os objetivos deste projeto em um território desta escala, já propões inúmeras ações, porém de longo prazo. Alguns projetos estratégicos já estão sendo implantados que irão transformar a região. Caso Exemplar é a Operação Urbana Consorciada Água Branca que ocupa 10% da área do Arco do Tietê. Enquanto outros projetos estão em fase de desenvolvimento como o chamamento público para a proposição de parcerias público – privada em busca de atingir os diversos objetivos para a efetivação desta estratégica região.

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REORDENAMENTO DO TERRITÓRIO 68

Localização do Território e Premissas de Projeto Área do Concurso da Operação Urbana Consorciada ÁGua Branca Indicação da Área de Estudo

Nesta área a partir da iniciativa do concurso da prefeitura para o plano de urbanização do Subsetor A1, no perímetro da Operação Urbana Consorciada Água Branca, tem a estratégia de organização e transformação urbana desvalorizada, a fim de recuperar e dinamizar a interação entre o tecido urbano e o meio ambiente. A área composta por espaço público e com a infraestrutura urbanística precárias, visa investir e reordenar o território, contribuindo (...) “os conjuntos habitacionais, aliados aos equipamentos públicos educacionais, culturais, esportivos e de saúde desempenhando o papel importante em função de articular os espaços para o bem estar da sociedade e a aproximação do Rio Tietê.” (TERMO DE REFERÊNCIA, 2013)

[54]

Em decorrência desta reestruturação urbana e o potencial de transformação associada a um planejamento equilibrado , a área do Concurso da Operação Urbana Consorciada Água Branca, tem como possibilidade de melhoramento geral, quando apontada a área “a esquerda”, um elemento contínuo e integrador neste processo de desenvolvimento (próximo ao córrego Água Branca conforme apontado no mapa ao lado área de estudo) e consequentemente articulado ao contexto urbano em que se insere. Sendo assim, considerando o resultado da proposta do Concurso para o Plano de Urbanização do Subsetor A1 do Perímetro da Operação Urbana Consorciada Água Branca , como objetivo de buscar soluções para reverter esta situação, pode ressaltar que o plano de urbanização desta área também é visto como uma oportunidade para inaugurar um processo de transformação dos rios, suas margens, territórios da cidade historicamente ignorados. A imagem a seguir mostra o resultado final do 1º Prêmio: 69

O esquema apresenta o ciclo de análise territorial que articula em conjunto , para o desenvolvimento do projeto: 1. Concurso OUCAB

2. Estudo de Reodernamento

Tecido Urbano

do

3. Infraestrutura Precária

4. Despoluição do córrego


LEVANTAMENTO

FÍSICO E FOTOGRÁFICO


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LEVANTAMENTO FÍSICO A seguir serão apresentados mapas dos levantamentos físicos daregião, feitos através de visitas da autora ao local. Com os mesmos a intençãoé apresentar uma compreensão ampla de todos os aspectos que a região possui, contribuindo assim para um projeto embasado na realidade.

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GEOMORFOLOGIA: HIPSOMETRIA

LEGENDA Rios e Córregos Perímentro de Estudo de Infraestrutura ÁREAS DO LOTES EM M² Nível 716.0 Nível 717.0 Nível 718.0 Nível 719.0 Nível 720.0 Nível 721.0 Nível 722.0 Nível 723.0 Nível 724.0 Nível 725.0 Nível 726.0 Nível 727.0 Nível 728.0 Nível 729.0 Nível 730.0 Nível 731.0 Nível 732.0 Nível 733.0 Nível 734.0 Nível 735.0 Nível 736.0 Nível 737.0 Nível 738.0 Nível 739.0 Nível 740.0 Nível 741.0 Nível 742.0 Nível 743.0 Nível 744.0 Nível 745.0 Nível 746.0 Nível 747.0

Através desse mapa é possível identificar os diferentes níveis da topografia da região Água Branca, sendo predominan temente de baixo nível nas áreas próxima a Marginal Tietê e um acentuado aclive nas bordas (principalmente nas regiões onde encontra a Lapa sudoeste e Casa Verde - nordeste)

Fonte: Mapa de Situação sem esccala

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[57]


PAISAGEM E ARQUITETURA:Construção de uma Didática Socioambiental

REDE HÍDRICA

LEGENDA Rios e Córregos

CÓRREGO MANDAQUI

BACIA INTERM. MANDAQUI/CABUAÇO DE BAIXO

Bacias Hidrográficas Rio Tietê BACIA INTERM. MANDAQUI/TENENTE ROCHA

Área de Intervenção Nascente BACIA INTERM. TENENTE ROCHA

BACIA INTERM. SUMARÉ/ ÁGUA PRETA BACIA INTERM. ÁGUA PRETA/CURTUME

CÓRREGO ANHANGUERA

CÓRREGO CURTUME

CÓRREGO QUIRINO DOS SANTOS CÓRREGO ÁGUA PRETA CÓRREGO SUMARÉ

Através desse mapa é possível notar todos os cursos d’água e o Rio Tietê com suas respectivas bacias hidrográfica. A nascente do córrego Água Branca pertence a bacia Intermediária Água Preta/ Curtume.

[58]

CÓRREGO PACAEMBU

Fonte: Mapa de Situação sem esccala

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BASE CARTOGRÁFICA

LEGENDA Rios e Córregos Perímentro de Estudo de Infraestrutura

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Fonte: Mapa de Situação sem esccala

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ESTRUTURA VIÁRIA

LEGENDA Rios e Córregos Ferrovia

A

Pontes Fluxo Nivel 1 Fluxo Nivel 2 Fluxo Nivel 3 Fluxo Nivel 4 Rota de Bicicleta Existente Corredor de ônibus Existente Terminal Municipal Existente Bicicletário com Empréstimo Existente Paraciclo Estação de Metrô Barra Funda Futura Linha 6 - Laranja (previsão 2020) Estação CPTM - Água Branca CPTM Linhas Planejadas

1 B

C

2

5

D 3 4

Pontos e Terminais de ônibus

6

PRINCIPAIS VIAS Avenida Comendador Martinelli Avenida Nicolas Boer Avenida Ordem e Progresso Avenida Dr. Abrahão Ribeiro Avenida Marquês de São Vicente Viaduto Pompéia Viaduto Antártica Avenida Francisco Matarazzo

1 2 3 4

7 8

5 6 7

8

PONTES Ponte Freguesia do Ó A Ponte Julio de Mesquita Neto B Ponte do Limão C Ponte da Casa Verde D

Através desse mapa é possível notar as intensidades dos fluxos: a Marginal Tietê, Avenida Marquês de São Vicente, Avenida Comendador Martinelli, Avenida Nicolas Boer, Avenida Ordem e Progresso , Avenida Dr.Abrahão Ribeiro e a Avenida Francisco Matarazzo,as principais avenidas que apresentam grande movimentação no bairro. E forte influência de corredor de ônibus, metrô, CPTM e terminais (Barra Funda)

[60]

Fonte: Mapa de Situação sem esccala

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RECURSOS NATURAIS, ÁREAS CONTAMINADAS E PONTOS DE ALAGAMENTOS

LEGENDA Rios e Córregos Bacias Hidrográficas Ferrovia Vegetação Áreas Verdes Parques Estaduais POTENCIAL DE CONTAMINAÇÃO Área Contaminada - Cetesp Posto de Combustível - BR Posto de Combustível - BR Posto de Combustível - Shell Posto de Combustível - BR 4 Posto de Combustível - BR 5 POTENCIAL DE CONTAMINAÇÃO Área Contaminada - SVMA Área da Tecnisa - Área Verde 6 Sphera ( Klabin Segall) 7 Viação São Cristovão Ltda. 8 ÁREAS POTENCIALMENTE CONTAMINADAS - SVMA Área Contaminada - SVMA Posto Tilamar 9 10 Clariant 14 N/C 11 Baumstyl 15 N/C 16 Prime Ind. e 12 N/C Com. 13 N/C de Cosméticos 1 2 3

1 9 13 12 2 6

3

14

10 11

16

7

15

4

8

Fonte: EIA - Capítulo _ II_Meio Físico_parte 3.pdf. (Lei 15.893/2013).p. 65

OUTRAS CONTAMINAÇÕES Bário Chumbo Fresa (cal branco + liquido preto + betume)

Fonte: EIA - Investigação Confirmatória de Passivo Ambiental - CET p 79 e 80

5

POTENCIALIDADES DE INUNDAÇÕES Área Inundável (EMPLASA - 1985) Mancha de Inundações dos Córregos Água Preta e Sumaré segundo - AID Pontos de Alagamento

Fonte: EIA - Parte II (Lei 15.893/2013). p.39

SOLO - GERAL ( Perímetro da OUCAB) - Planícies Aluviais: Terrenos baixos e planos junto aos rios e córregos. Declividades geralmente inferiores a 5%, sujeitas a inundações; Assoreamento das várzeas; enchentes periódicas; dificuldade na drenagem e escoamento das águas servidas e pluviais; nível freático próximo a superfície do terreno; estabilidade precária das paredes de escavação; solapamento das margens dos cursos d'água; recalque das fundações. Através desse mapa é possível notar os recursos naturais possíveis e identificados,tais como: as áreas contaminadas, potencialidades de ocorrência de inundações e os elementos ambientais.

Fonte: Mapa de Situação sem esccala

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PAISAGEM E ARQUITETURA:Construção de uma Didática Socioambiental

ÍNDICE DE ELEVAÇÃO

LEGENDA Rios e Córregos Perímentro de Estudo de Infraestrutura GABARITO 1 a 3 Pavimentos 4 a 10 Pavimentos Acima de 10 Pavimentos Garagem / Estacionamento Posto de Gasolina

Através desse mapa é possível notar que a maior parte dos gabaritos encontrados estão entre 1 a 3 pavimentos Fonte: Mapa de Situação sem esccala

[62]

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PAISAGEM E ARQUITETURA:Construção de uma Didática Socioambiental

TIPOLOGIAS: SISTEMA FUNDIÁRIO EXISTENTE

LEGENDA Rios e Córregos Perímentro de Estudo de Infraestrutura ÁREAS DO LOTES EM M² 50 a 249 250 a 999 1000 a 4999 5000 a 9999 10000 a 19999 20000 a 39999 Acima de 40000

[59]

Através desse mapa é possível notar que a região possui o sistema fundiário variável, porém predomina em áreas do lotes (m²) entre 1000 a 9999.

Fonte: Mapa de Situação sem esccala

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PAISAGEM E ARQUITETURA:Construção de uma Didática Socioambiental

ELEMENTOS

LEGENDA Rios e Córregos Perímentro de Estudo de Infraestrutura

1

10 11

2

3

12 45

3

4

13 5

14 15

6

22

17 30

16

31

32

40 33 43

8

41 43

9 34

35 18 26

37

19

36

25

27 24

21 44

39 42

23

20

Através desse mapa foi possível identificar os principais elementos existentes do bairro. Fonte: Mapa de Situação sem esccala

[64]

ELEMENTOS 1 Indústrias 2 Favela do Sapo/ Cingapura 3 Edificios Residenciais 4 Córrego Água Branca 5 CT São Paulo 6 CT Palmeiras 7 Nacional Atlético Clube 8 Futuro Jardim das Perdizes 9 Estação Água Branca 10 Telhanorte 11 Leroy Merlin 12 Galpões 13 FREMIX 14 Córrego Água Preta (canalizada) 15 Galpão Mancha Verde 16 CET + DETRAN 17 C & C 18 Casa das Caldeiras 19 Centro Empresarial Água Branca 20 Parque da Água Branca 21 Cursinho Objetivo 22 Duratex - Deca 23 Espaço das Américas 24 Estádio Palestra Itália 25 Shopping Bourbon 26 SESC Pompéia 27 Shopping West Plaza 28 UNINOVE 29 UNIP 30 Feirão de Automóveis 31 Antigo Playcenter 32 Fábrica dos Sonhos 33 Fórum Criminal 34 Fórum Trabalhista 35 Rede Record 36 Memorial da América Latina 37 Terminal Barra Funda 38 UNESP - Campus Barra Funda 39 Sonda Supermercado 40 Motel Opium 41 Livraria Saraiva 42 Villa Country 43 Walmart 44 Faculdade Flamingo 45Shark Tratores

0

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TIPOLOGIAS: ELEMENTOS FIXOS

LEGENDA Rios e Córregos Perímentro de Estudo de Infraestrutura Elementos Fixos 1 2

1

Habitação Social Empreendimento Imobiliário residencial UNIP Empreendimento Imobiliário multiuso Edifícios Corporativos Existentes Fórum Trabalhista Fórum Criminal UNESP Memorial da América Latina Empreendimento Imobiliário Corporativos UNINOVE Estadio Arena Palmeiras Shopping Bourbon Fábrica do Samba - Oficina Estação Metrô Barra Funda

3 4 5

2

2 3 2 14

2

2

7

2

4 5

2 5

11 12 13 14 15

2 5

5

6

5

2

6 7 8 9 10

5

5

8 2 5 13

15 5 2

12

9 11

9 10 11

Através desse mapa é possível notar os elementos fixos, isto é, os elementos notáveis. Fonte: Mapa de Situação sem esccala

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PAISAGEM E ARQUITETURA:Construção de uma Didática Socioambiental

USO DO SOLO PREDOMINANTE

LEGENDA Rios e Córregos Perímentro de Estudo de Infraestrutura USO DO SOLO

Comércio e Serviços Residencial + Comércio e Serviços Residencial + Industrias e Armazéns Residencial Horizontal de Médio a Alto Padrão Residencial Horizontal de Baixo Padrão Residencial Vertical de Baixo Padrão Residencial Vertical de Médio a Alto Padrão Equipamentos Públicos Comércio e Serviços + Industria e Armazéns Industria e Armazéns Clubes Universidades Áreas Livres/Verdes Terrenos Vagos Outros sem predominância

Através desse mapa é possível notar que a maior parte das ocupações tem seu uso industrial, Residencial Vertical de Médio a Alto Padrão, Comércio e Serviços.

[66]

Fonte: Mapa de Situação sem esccala

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PAISAGEM E ARQUITETURA:Construção de uma Didática Socioambiental

TIPOLOGIAS: PARCELAMENTO DO SOLO

LEGENDA Rios e Córregos Perímentro de Estudo de Infraestrutura PARCELAMENTO Parcelamento TIPO 1 TIPO 1

Lotes vazios e lotes grandes com os edifícios isolados (verticalizados). Outros liberam grandes espaços como por exemplo clubes, escola de samba, CET.

TIPO 2

TIPO 3

Parcelamento TIPO 2 Parcelamento de lotes médios, são característicos de galpões industriais.

Parcelamento TIPO 3

Parcelamento misto entre pequeno e médio a qual se caracterizam usos diversificados.

Parcelamento TIPO 4 TIPO 4

Parcelamento de lotes menores, porém uns diversificados em relação a usos e outros predominantemente residenciais (rua sem saída).

Diferenças de Parcelamento do Solo Lado Sul da Ferrovia

A urbanização ao sul da ferrovia, na porção localizada entre a linha férrea e o bairro de Perdizes, caracteriza-se pelo uso predominantemente residencial o que resultou em lotes e quadras menores, e consequentemente em um traçado regular e um maior adensamento.

Diferenças de Parcelamento do Solo Lado Norte da Ferrovia

Ao norte da ferrovia, entre a Marginal do rio Tietê e a linha férrea, foi baseado no desenvolvimento de atividades industrial. Como resultado, verifica-se o parcelamento do solo em lotes grandes e quadras extensas, e consequentemente , o traçado é irregular e a ocupação mais esparsa. Fonte:

Através desse mapa é possível notar os tipos de parcelamento, sendo predominante o tipo 1 e 2 e as diferenças de parcelamento do solo lado Sul/Norte da Ferrovia.

Fonte: Mapa de Situação sem esccala

EIA

0

-

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RIMA

_Capítulo

500

[67]

I.pdf


PAISAGEM E ARQUITETURA:Construção de uma Didática Socioambiental

EQUIPAMENTOS: EDUCAÇÃO + ESPORTE + CULTURA

5

1

LEGENDA 6

Rios e Córregos Perímentro de Estudo de Infraestrutura

8 9 10 11

3

2

7

4

13

EQUIPAMENTOS URBANOS: EDUCAÇÃO

12

Escola Municipal (Educação Infantil) Escola Particular Universidades Ensino Técnico e Superior Escola Estadual (Fundamental e Médio)

14

EQUIPAMENTOS URBANOS: ESPORTE

15

Clube Outros SESC

16 17

EQUIPAMENTOS URBANOS: CULTURAL 19

18

Shows e Concertos Centro Cultural Cinema Fonte: Conjunto mapas Arco do Tietê.pdf

20 21

59

22

23

24 34 35

25 26

37 36

33

38

41

27 29

30

50 48

31

42 43

46

53

51

40 32

28

62

44 45

39

52

60

49

54

47 55

Através desse mapa é possível notar os equipamentos de educação, esporte e cultura muito predominante no entorno e pouco evidente no perímetro.

[68]

63

57

56

64

58 61

65

Fonte: Mapa de Situação sem esccala

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PAISAGEM E ARQUITETURA:Construção de uma Didática Socioambiental

APRESENTAÇÃO DO OBJETO

LEGENDA Perímetro da OUCAB Área do Estudo

Fonte: Google Earth - Out/2014 (IMAGEM DE SATÉLITE)

Fonte: Mapa de Situação sem esccala

0

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[69]


PAISAGEM E ARQUITETURA:Construção de uma Didática Socioambiental

LEVANTAMENTO FOTOGRÁFICO - CONTEXTO

72

73

AV. MARQUÊS DE SÃO VICENTE X AV. COMENDADOR MARTINELLI X AVENIDA SANTA MARINA

70

4

3

1. Vista da Avenida Marquês de São Vicente: Universidade Paulista, no entorno há presença de grandes empresas, posto de gasolina e grandes lotes industriais.

1 2

74

2. Vista da Avenida Marquês de São Vicente ao lado do Córrego Água Branca, pode-se observar a verticalização acentuada. E do seu lado direito há o clubes de São Paulo e Palmeiras. 75

N 71

3.Vista da Avenida Comendador Martinelli, percebe grandes empresas, lotes industriais, hotel no entorno e a Avenida apresenta intenso fluxo durante o dia e noite, sentido (norte) para a Ponte da Freguesia do Ó e a Marginal Tietê.

[70]

4.Vista da Avenida Comendador Martinelli sentido para a Ponte Freguesia do Ó, pode-se notar a presença de edifícios residenciais ao fundo.


PAISAGEM E ARQUITETURA:Construção de uma Didática Socioambiental

78

79

AV. MARQUÊS DE SÃO VICENTE X AV NICOLAS BOER X AV POMPÉIA

76

4

1

3 1. Vista do final da Avenida Nicolas Boer, ao lado da CET podemos observar grande avanços na construção dos condomínios residenciais do terreno Tecnisa (conjunto de empreendimentos). 80

2

2. Vista do final do Viaduto Pompéia, podemos perceber vários edifícios comerciais e serviço seguindo ao longo da Avenida Marquês de São Vicente (lado leste) 81

N 77

3. Vista da Avenida Nicolas Boer, podemos identificar a grande área verde da rotatória, edifícios de uso misto a esquerda e o conjunto de blocos de edifícios empresarial aos fundos.

4. Vista da Ponte Julio de Mesquita Neto onde podemos notar a predominância de edifícios residenciais e ao lado esquerdo edifício “Office”.

[71]



PAISAGEM E ARQUITETURA:Construção de uma Didática Socioambiental

84

85

CÓRREGO ÁGUA BRANCA – LADO A

82

Vista da abertura através da Avenida Marquês de São Vicente: passagem dos moradores que seguem á moradia de baixa renda ao lado esquerdo do córrego Água Branca diariamente. 86

A

Vista córrego Água Branca, pode-se notar a sujeira que encontra no córrego (lado esquerdo) e a “boca” onde deságua a água. 87

N 83

A Vista Geral do córrego Água Branca – LADO A. Novos investimentos imobiliários ao lado direito do córrego Água Branca

Entre o córrego Água Branca e os Edifícios Residenciais, existe um terreno vazio sem nenhuma utilização desses espaços.

[73]



PAISAGEM E ARQUITETURA:Construção de uma Didática Socioambiental

90

91

CÓRREGO ÁGUA BRANCA – LADO B

88

B

Vista do córrego Água Branca, entre a Telhanorte e Habitação Social

92

Vista córrego Água Branca em direção á Marginal Tietê

93

N 89

B Ao lado das Habitações sociais e córrego Água Branca encontra uma escola pública

Vista da Rua Capitão Francisco Teixeira Nogueira: sentido a Marginal Tietê

[75]



PAISAGEM E ARQUITETURA:Construção de uma Didática Socioambiental

96 CÓRREGO ÁGUA BRANCA – LADO C

94

C

Ainda encontra favelas e entulhos localizados ao lado do córrego Água Branca, próximo a Marginal Tietê

N

97

95

C

Vista:da Marginal Tietê

[77]


PAISAGEM E ARQUITETURA:Construção de uma Didática Socioambiental

LEVANTAMENTO FÍSICO Através do levantamento fotográfico, pode-se perceber nos cortes existentes as diferentes paisagens que constam ao longo do córrego Água Branca.

- sem escala

No corte AA, a esquerda atualmente o terreno esta sem utilização, mas tem a previsão de um novo empreendimento residencial. Aos fundos nota-se as moradias de baixa renda e ao lado direito o Clube de São Paulo.

- sem escala

No corte BB, a esquerda nota-se as moradias de baixa renda, com a sua fachada frontal para a rua estreita de aproximandamente 5m e próximo ao córrego Água Branca. Enquanto a direita possui estacionamento ou lotes subutilizados.

- sem escala

No corte CC a esquerda possui a Habitação Social, com grande recuo frontal de aproximadamente 15 m de frente para a rua e o córrego. Aos fundos tem uma passagem que atravessa sentido a Telhanorte (estaciomento para os funcionários).

- sem escala

Implantação e indicação do cortes Sem escala

No corte DD a esquerda tem a função de escola pública também possui o recuo lateral de aproximandamente 8 m de frente para a rua e o córrego. Aos fundos encontra-se a Marginal Tietê e a direita possui um grande galpão industrial. De um modo geral ao longo do córrego Água Branca apresenta pouca arborização, iluminação e vitalidade de espaços nas margens do curso d’água. Além do espaço caracterizar baixo gabarito.

[78]


PANORAMA DA ÁREA DE INTERVENÇÃO


PANORAMA DA ÁREA DE INTERVENÇÃO


REFERÊNCIAS


1

O primeiro grupo de referências possui como principal ênfase o estudo do córrego, parques e o tratamento adquirido por este após a realização dos projetos. Esses estudos de caso foram analisados a fim de melhor fundamentar o trabalho até aqui apresentado. São os seguintes projetos:

2

Grupo 01 1. Praça Victor Civita - São Paulo - Levisky Arquitetos 2 .The Houtan Park - China - Turenscape (Beijing Turen Design Institute) 3 Zollhallen Plaza - Alemanha - Atelier Dreiseitl 4 Rio Los Angeles - Los Angeles - Mia Lehrer &Associates 5. Parque de Paranoá - Paranoá - DF

3

Reflexão:

4

5

[82]

Segundo a reflexão do autor Bartalini, as áreas verdes nunca chegaram a formar um conjunto dotado de intencionalidade, que poderia advir uma série de vantagem tanto no ponto de vista ambiental, quanto recreativo e de organização da paisagem urbana. (BARTALINI, 2009) O objetivo é avaliar a qualidade ambiental, a fim de contribuir o planejamento ambiental urbano e melhoria da qualidade de vida da população, que necessita de um ambiente ecologicamente equilibrado, reforçar os proveitos da sobreposição das áreas verdes á rede hídrica, constituir uma rede de continuidade, entrelaçamento, comunicação com o entorno e possibilidade de prever a recuperação destes espaços.


REFERÊNCIAS 1. PRAÇA VICTOR CIVITA 98

Implantação da praça um grande lote numa quadra.

A Praça Victor Civita localizado no Bairro de Pinheiros em São Paulo, anteriormente como um Incinerador de lixo (Foto 99), passou por um processo de recuperação urbana de uma área ambientalmente degradada e insalubre, onde incorporou diversos princípios sustentáveis como social, cultural e política. Segundo Brigido, após a desativação do Incinerador de Pinheiros, a área foi ocupada por cooperativas de reciclagem que permaneceram no local ate o final de 2006. Os primeiros estudos da área apontaram que a contaminação do solo impossibilitaria o contato humano, a partir dessa constatação, surgiu o conceito de praça suspensa, onde foi preciso acrescentar 50 cm de solo sadio em todo o terreno para controlar o processo de contaminação. (BRIGIDO, 2011) Assim o desafio do projeto realizado pelo escritório Levisky Arquitetos foi múltiplo: além de viabilizar a ideia que originou a parceria público-privada entre o Grupo Abril e a Prefeitura Municipal de São Paulo, tratava-se de resgatar para o uso público.

Conceitualmente, a praça foi desenhada como um centro cultural a céu aberto. Um grande deck de madeira elevados delimita as diferentes áreas (Foto 103), garantindo que o usuário não tenha contato direto com as áreas contaminadas do solo e convida a um passeio pelo local. Sobre as decisões projetuais de ordem tecnológica e ambiental foram implantados dois tipos: tec-gardens (Foto 105) e wetland (Foto 106), que reutiliza a água das chuvas para irrigar as jardineiras verticais e regar o bosque, além de tratar a água utilizada nos sanitários e na limpeza do prédio do Museu. O antigo edifício de incineração foi transformado no “Museu da Sustentabilidade”(Foto 102), preservando a história do lugar. Outros espaços foram concebidos como a oficina infantil, horta pedagógica, plantação de variáveis espécies, promovendo o desenvolvimento agrícola sustentável. Portanto (...)o fruto dessa concepção arquitetônica e paisagística arrojada e transformadora, implementada com as mais recentes soluções em sustentabilidade, é um espaço que vai muito além de uma praça: é um ambiente privilegiado (Foto 104), para o resgate da convivência, educação informal, discussão sobre urbanismo e o fomento cultural em sua forma mais diversa e ampla. (RICCO, 2012) 100 99

ANTES

DEPOIS

[83]


PAISAGEM E ARQUITETURA:Construção de uma Didática Socioambiental

LINHA DO TEMPO E VISITA Funcionamento do Incinerador Pinheiros 1949 a 1989

As origens de um novo espaço público, com a desativação do Incinerador 1990 a 2001

Parque Sumidouro: Foram realizadas as primeiras análises químicas do solo 2002

101

Vista da Praça Victor Civita no Museu de Sustentabilidade: Atividades culturais a céu aberto.

104

Arena coberta onde ocorre shows e apresentações culturais

As primeiras Pesquisas: projeto Gestão Ambiental Urbana – Modelo de Gerenciamento de Recuperação de Áreas Degradadas por Contaminação na cidade de São Paulo. 2003

Plano de Recuperação da Area e Ínicio das Obras.

2004

2006 a 2007

102

A Praça foi oficialmente entregue á comunidade em novembro de 2008. 2008

Nova Arena Cultural Um ano de Praça: apresentações de grandes nomes 2009

Inserção no Cenário Novas Cultural da direções e projetos Cidade. 2010

2011

2012

103

Museu de Sustentabilidade e horta

105

Deck de madeira elevado

106

Plantio e sistema agrícola sustentável – tec-garden

Em visita realizada em 22 de novembro de 2014, a Praça Victor Civita pode-se notar o grande deck de madeira elevada que principia –se desde a entrada até o final do terreno. Através dos espaços abertos (salas abertas e a Arena coberta), bastante utilizados na vida diária da população (moradores e trabalhadores) devido as programações, neste mesmo dia estava ocor-

[84]

A viabilização da Praça foi inserida na Operação Urbana Faria Lima.

Sistema “wetland” para tratamento das águas do antigo prédio incinerador.

rendo um grande evento da música reggae e aula de Yoga a céu aberto. Considerando o conjunto da Praça Victor Civita possui grande referências de sustentabilidade e transformação de uma área degradada em exemplo de reabilitação e redefinição de uso na apropriação do próprio espaço .


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A PRAÇA + SISTEMA TEC GARDEN E SISTEMA DE ALAGADOS

107

De acordo o autor, a Praça em seu projeto paisagístico, possui as espécies de plantas utilizadas para a produção de biocombustíveis e na medicina fisioterápica onde toda a plantação é protegida do solo contaminado e mantida por meio de sistemas funcionais do uso dos tec-gardens (jardins suspensos para produção agrícola, que funciona a irrigação por capilaridade). A irrigação é feita com água de reúso e processos de coleta de águas pluviais.” (RICCO, 2012) Além disso, o sistema de alagados “wetland”, promove o tratamento das águas do prédio do antigo incinerador e a irrigação das plantas do bosque. Através do sistema, que não utiliza bombas, a água da chuva e os dejetos líquidos do edifício do Museu são transportados até um filtro de cascalho e plantas, onde passam por tratamentos físicos, químicos e biológicos. Após filtragem, ela segue para o espelho d’água, onde vivem peixes e plantas. De lá, através da força da gravidade, uma calha em declive transporta a água tratada até o bosque, garantindo a irrigação das árvores. (PRAÇA VICTOR CIVITA, 2015) 108

Implantação Praça Victor Civita. Elaboração própria a partir do Diagrama de água.

“tec-gardens”.

109

“Wetland”.

[85]


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110

DECK DE MADEIRA

1

2

Captação de Água Pluviais para reuso.

2

3

4

TEC - GARDEN

1

Filtragem de água para reuso por sistema orgânico .

[86]


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2. THE HOUTAN PARK - CHINA 111

Localização The Houtan Park

Construído em um “brownfield”¹ de uma antiga zona industrial (Fábrica de aço e um estaleiro ), Houtan Park demonstra um sistema vivo regenerativo em Shanghai’s Huangpu ribeirinha, onde a infraestrutura ecológica do Pantanal do Parque construído, controle de enchentes ecológica, estruturas e materiais industriais recuperados, e agricultura urbana são elementos integrantes de uma estratégia global de design reparadora para tratar a água do rio poluído e recuperar a orla degradada de uma forma esteticamente agradável na baixa manutenção e alta perfomance. (YU, 2011) 112

ANTES

113

“brownfield”

O objetivo do projeto do parque foi criar uma Expo verde, para demonstrar tecnologias verdes, restaurando o meio am-

biente degradado. A água do rio Huangpu era altamente poluído. O desafio do projeto local eminente era transformar essa paisagem degradada em um espaço público seguro e agradável. O segundo desafio foi o de melhorar o controle de enchentes. O “floodwall”² concreto existente foi projetado para proteger contra a inundação superior de 6,7 metros, mas é rígida e sem vida. O terceiro desafio foi o próprio site. A área é longa e estreita bloqueado entre o rio Huangpu e uma vida expressa urbana com fachada de água é superior a 1,7 km (uma milha) de comprimento, mas com média de apenas 30-80 m de largura. As estratégias de design regenerativos usados para transformar o local em um sistema vivo , oferecem serviços ecológicos de: Produção de alimentos

Tratamento de água

Tratamento das inundações

Criação de habitat combinados em uma forma de educação e estética.

Através do centro do parque, foi concebido para criar uma orla revigorada como uma máquina de vida para tratar a água contaminada do rio Huangpu (Foto 116). Cascades e terraços são usados para oxigenar a água rica em nutrientes, remover e reter nutrientes e reduzir sedimentos em suspensão, criando as características da água agradáveis (Fotos 120 e 121)

¹“brownfield”: é um termo de origem que designa “instalações industriais e comerciais abandonados, cuja expansão ou revitalização é complicada por contaminações ambientais. Fonte: http://pt.wikipedia.org. último acesso em 30/03/2015 ²” “floodwall”²: é uma barreira vertical, principalmente artificial projetado para conter temporariamente as águas de um rio . Fonte: http://en.wikipedia.org/wiki/ Flood_wall. último acesso em 30/03/2015 [87]


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114

The Houtan Park

Diferentes espécies de plantas do pantanal foram selecionados e projetados (Fotos 119,120 e 121) para absorver diferentes poluentes da água e fornecer uma oportunidade educacional para as pessoas a aprender sobre agricultura e dentro da cidade. A água tratada pode ser usado com segurança em toda a Expo para usos não potáveis, e salvar meio milhão de dólares norte americanos quando comparado o tratamento convencional de água. O pantanal também atua como um tampão de proteção contra inundações. O vale sinuoso ao longo do pantanal cria uma série de limites, criando um visual interessante e refúgio dentro da exposição mundial movimentada, com oportunidades de lazer, educação e pesquisa. “Sobreposto na matriz de paisagem ecologicamente regenerada são camadas de passado agrícola e industrial do site e futuro do eco-civilização pós-industrial.Inspirado pelos campos da paisagem agrícola chinês”(...)“Terraços foram criados para quebrar a 3-5 metros mudança de elevação da borda da água para a estrada, e para retardar o escoamento direcionado para o córrego na wetland construído.”(...) (ARCHDAILY, 2015)

[88]

Inúmeras plataformas e fechados containers são concebidos como os nós da rede de pedestres, incluindo o “jardim suspenso” (Foto 122) transformado a partir de uma estrutura de fábrica e o cais paisagístico. Bosques de bambu e árvores Redwood chineses agir como telas ao longo dos caminhos para acabar com os espaços e os recintos cercados por árvores são usadas para expor arte moderna e relíquias industriais encontrados no local. Portando o Houtan Parque demonstra um sistema inteligente, onde a infraestrutura ecológica pode fornecer vários serviços para a sociedade e natureza e novas de tratamento de água e controle de inundações métodos ecológicos. O projeto de pós-industrial demonstra uma paisagem produtiva única evocando as memórias do passado e do futuro da civilização ecológica, prestando homenagem a uma nova estética com base baixa manutenção e paisagens de alto desempenho (Fotos 117 e 118, 123 e 124) DEPOIS

115

The Houtan Park: vista do sudoeste .


PAISAGEM E ARQUITETURA:Construção de uma Didática Socioambiental

FOTOS E CARACTERÍSTICAS 116

119

120

117

2. Espaço comum. The Houtan Park.

118

3. A rede de caminhos é projetado para permitir que os visitantes cercam na paisagem , grama de solteira Native (Miscanthus sinensis) phytoremediates em solo brownfield e requer pouca manutenção.

1.O mecanismo de limpeza de água. The Hountan Park. 4. O pantanal linear no meio do parque com terraços cobertos por uma variedade de gramíneas nativas e plantas do pantanal .(Vista voltado para o norte )

121

5. O pantanal terraço cria 122 um vale calmo , permitindo que as pessoas acessem a água e apreciar a vista. Além de ser fortemente plantada para limpar a água contaminada e calçadão ecológico composto de bambu.

6. Culturas ( girassol e arroz no verão ) são cultivadas em terraços ao longo dos seaons para filtrar o excesso de nutrientes da água do rio Huangpu , e para tornar a paisagem produtiva e educacional. 7. O jardim suspenso é projetado em torno da estrutura industrial existente, com suspensão de plantadores instalados acima das casas de chá localizadas em um centro de lazer do parque.

123

8. O jardim flutuante projetado em torno do cais da carga existente, integrado com uma estrutura de sombra , assentos, te-

las e plantadores , tornar-se um mirante acima do rio Huangpu durante a maré baixa .

124

9. O mandril de aço no pantanal é composto por painéis de aço reciclado a partir do site , que fornece sombra , abrigo, e molda espaços.

[89]


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3. ZOLLHALLEN PLAZA - ALEMANHA 125

Compreendendo o funcionamento ecológico, a praça possui um interessante sistema de armazenamento de água pluviais por meio de camada de filtração (piso drenantes ou permeáveis) e drenagem, capaz de serem absorvido pelas caixas de armazenamento de água no subsolo, onde é levada para o tubo de descarga e em seguida ao reservatório, como mostra o esquema a seguir: Localização Zollhallen Plaza

Zollhallen Plaza , a praça projetada pelo Atelier Dreiseitl (construída em 2011), localizada nos costumes históricos existente na Alemanha, foi restaurado para um belo exemplo de desenho urbano sensível a água, desconectado do sistema de esgoto. As áreas da praça foram recuada, criando uma zona de inundação na superfície. Um bosque de cerejeiras brilhante fornece a quantidade ideal de sombra, enquanto as jardinagens bonitas auxiliam os pontos de infiltração com perenes e gramíneas ornamentais promovendo uma suave paisagem atraente.

126

127

128

129

Os materiais são 100% hardscapes¹ de alta qualidade de demolição reciclados a partir da velha railyard². Isso faz sentido, não apenas do ponto de vista da gestão de recursos, mas harmoniza o design moderno limpo com a arquitetura histórica dos costumes.

¹”Hardscape” é constituído pelos elementos inanimados de paisagismo, especialmente qualquer trabalho de alvenaria ou madeira. Fonte: http://landscaping.about. com/cs/lazylandscaping/g/hardscape.htm. Acesso em 09/04/2015 ² Um pátio ferroviário, pátio ferroviário ou ferrovia estaleiro é o termo dos Estados Unidos para uma série complexa de ferrovia faixas para o armazenamento, triagem, ou de carga / descarga, vagões e / ou locomotivas . Fonte: http://en.wikipedia.org/wiki/ Rail_yard. Acesso em 09/04/2015

[90]

Sistema de captação de água através de pisos drenantes e reservatórios semienterrado - Zollhallen Plaza


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4. RIO LOS ANGELES 130

Os problemas relacionados ás inundações aumentaram devido á impermeabilidade da várzea. Durante a chuva, essa massa recebe poluição das águas pluviais provenientes das rua da cidade que escoam para o leito do rio, ocasionando poluição.

Localização do Rio Los Angeles

O Plano de Recuperação do Rio Los Angeles (Califórnia, EUA) , no início de 2002 foi destinada a revitalização do rio, que estava poluído, canalizado e desarticulado do tecido urbano. Trata-se de um modelo complexo que aborda as questões relacionadas á prevenção de inundações, com a recuperação e proteção ambiental. Os principais objetivos do plano é resgatar, além da função ecológica do rio, transformando numa faixa verde que atravesse a cidade de forma reconectar as comunidade do rio, privilegiando a vitalidade dos espaços e a identidade dos lugares, minimizando os impactos da ocupação do entorno do rio e as consequências negativas da degradação, bem como as potencialidades de sua recuperação, visando o desenvolvimento urbanístico da região dentro de parâmetros ambientalmente adequados. (GORSKI, 2010) O impacto da implantação das estradas de ferro e, posteriormente, das rodovias diminuiu a importância do rio quanto á função de transporte e circulação de mercadorias e pessoas, não sendo apreciado como patrimônio público valioso.

Para atingir a implementação do plano pretende incrementar o acesso público e o valor recreacional, a fim de melhorar a qualidade da água, implantar vias de transporte não motorizadas e restabelecer as funções naturais do rio. ANTES

131

O corredor industrial do rio Los Angeles na ponte Seventh Street, no centro de Los Angeles. DEPOIS

132 Proposta alternativa para atualizações do rio., o plano seria facilitar a conectividade ecológica das montanhas para o rio.

133

O plano diretor Los Angeles River olha para melhorar o acesso à água, enquanto continua a fornecer melhorias ecológicas e de proteção contra inundações.

[91]


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5. PARQUE DE PARANOÁ - BRASÍLIA (Concurso) 134

O Principio do Parque de Paranoá é a sustentabilidade entendida em sua acepção mais ampla e que levam em conta tanto o âmbito natural quanto o construído em termos retrospectivos, atuais e prospectivos. De acordo o parque , esta preocupação não se limita ao meio ambiente natural e, conforme explicitado na Agenda 21, integra-se aos aspectos econômico, social, ambiental e político institucional envolvendo atores sociais na discussão dos problemas, na formação de parcerias e no compromisso para a solução, particularmente no que se refere ao pré- existente (natural e construído), a proposta considera fundamental sua conservação sempre que possível, aproveitando-se, ao máximo, suas possibilidades, além disso, podem ser referências e sugestões para os novos elementos de composição do novo parque. Assim sendo, a proposta estruturalmente leva em conta: • os aspectos pré existente; •os aspectos do sítio físico; • os requisitos funcionais, de uso, de formas de ocupação, assim como do todo e de suas partes, tanto na relação do parque com a cidade do Paranoá e o sistema viário circundante quanto das zonas constituintes do parque; • as incidências bioclimáticas; • os aspectos culturais • as questões referentes ao encontro, orientação e identificação. O Parque será implantado no sítio que abrigou a vila Paranoá, em um bairro informal, onde levou a formação de inúmeros assentamentos de construção para migrante e tem dotado de forte sentimento comunitário e intensa vida urbana.

[92]


PAISAGEM E ARQUITETURA:Construção de uma Didática Socioambiental

A característica fundamental de Brasília, a escala bucólica de seu entorno imediato se define por domínio visual dos elementos de sítio físico (vegetação, relevo e aquíferos) sobre edifícios, sistemas de caminhos e mobiliário urbano. Portanto, o caráter bucólico do parque Paranoá é uma das características essenciais de sua organização espacial, assim como a preservação dos campos visuais a partir de si para o plano piloto, esta medida atenderia recomendações das entidades de preservação do patrimônio cultural ao alertarem para os problemas de desfigurações do plano piloto de Brasília a partir da paisagem de suas áreas de entorno tornada progressivamente pouco evocativa do bucolismo, associado ao que pertence á vida e aos costumes do campo e dos pastores e por extensão, á vida natural, o bucolismo solicita qualidade no parque para que seu espaço corresponda adequadamente a essa ideia. A proposta do Parque tem como o objetivo de integrar o entorno de si os atributos funcionais, de mobilidade e acessibilidade, bioclimáticos expressivos, paisagísticos e econômico-financeiros. Além disso, proporcionar identidade aos espaços urbanos e dotar os novos setores propostos de uma linguagem compreensível a todos seus usuários. A satisfação estética da paisagem que o parque propõe é conseguida mediante o equilíbrio entre a par coerência/ complexidade da vegetação e da identidade visual dos espaços abertos. Os espaços exteriores que acompanham a promenade, isto é, a zona do passeio, se beneficia do cone de sombra que brinda a pérgola assegurando um sistema eficaz de amortecimento da radiação solar direta.

Este circuito descrito nos leva ao coração do parque, onde nos encontramos com o programa social, a cafeteria, o restaurante, a administração, salas de reuniões e de exposições, etc. Este setor contará com uma série de elementos que na forma de quipamentos urbanos conterão planos horizontais para sentar-se, tabuleiros de mesas, em combinação com planos horizontais e verticais leves e curvos sobre os quais crescerá alternativamente vegetação. 135

Cobertura de sombra do parque.

136 O parque e a sua vegetação intensa, encontram diferentes paisagens que acompanham a topografia distintas.

137

Propostada nova edificação (oficinas, administração do parque + espaços de encontro + restaurante).

No entanto, considerando esses critérios de organização do parque levará a reflexão destes espaços de forma tornar o objeto de estudo para a proposta do parque na região da Água Branca.

[93]


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6 Pavilhão do Brasil - 1º colocado

Já o segundo grupo priorizou espaços que atuam no mesmo sentido em que se pretende levar o objeto arquitetônico. São os seguintes projetos: Grupo 02 6/7 Pavilhão do Brasil (1º colocado e 2º colocado)- Milão

7 Pavilhão do Brasil -2º colocado

Reflexão: A partir da ausência de lugares propícios a vivência humanas, espaços públicos, relação com o meio ambiente e espaços que integre o sistema como o todo, objetiva-se desenvolver um edifício que seja receptivo e ao mesmo tempo explore novas possibilidades de trocas e aprendizagem alcançando diferentes públicos e o contato com a natureza. Para tal objetivo Herman Hertzberger traz o conceito da forma convidativa. “Tudo o que projetamos deve ser adequado a cada situação que surja; em outras palavras, não deve ser apenas confortável, mas também estimulante - e é esta adequação fundamental e ativa que eu gostaria de designar como “forma convidativa”: a forma que possui mais afinidade com as pessoas”. (HERTZBERGER,1999). Agregar os conceitos da forma convidativa proposta por Hertzberg reflete a importância de se pensar a arquitetura para as pessoas. A identidade dos lugares só é alcançada através da interação humana, isto é sinônimo de espaços existenciais, entendidos pela inter-relação de três esferas atributos espaciais, ambientais e humanos.

[94]


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6/7 . PAVILHÃO DO BRASIL - EXPO 2015 - MILÃO 138

Proposta do 1º colocado 139

Proposta do 2º colocado O pavilhão do Brasil destinado à participação do nosso país em evento internacional tem o papel de apresentar a respeito da nossa sociedade e diversificada cultura, impulsionando novas ideias e conceitos. Sendo assim, em busca de soluções arquitetônicas que atendam não só aos preceitos de estética e funcionalidade, mas que dediquem atenção ao bioclimatismo, eficiência energética e conservacionismo ambiental. A construção, enfim, poderá exprimir o partido arquitetônico capaz de oferecer tanto a beleza arquitetônica quanto a simplicidade funcional, tratando-se da alta demanda técnica e custo de execução razoável, controle térmico ambiental e os gastos energéticos do edifício. O projeto do novo pavilhão, também tende a apresentar como um objeto atraente, amigável aos visitantes e visualmente rico, determinada pela necessidade de ligação entre os espa-

ços do térreo do pavilhão e as alamedas de circulação de pedestres, considerando grande público visitante como um forte condicionante de projeto. Estes critérios de organização são os que pretende adquirir no projeto de estudo do pavilhão dentro do parque na região da Água Branca. Outro aspecto importante do projeto é a combinação de espaços expositivos internos e externos, que por sua vez, contribuem para um ambiente de entretenimento educativo. Esta variação de áreas fechadas e abertas, configura uma relação interespacial inovadora, possibilitando ao visitante frequentar ambientes diversificados e estimulantes, muito bem iluminados e ventilados. A seguir mostra as relações e tratamento semelhante das plantas térreo de acordo as características apresentadas: 140

Planta Térreo - Pavilhão 1º colocado 141

Planta Térreo - Pavilhão 2º colocado

[95]


PROCESSO DE PROJETO


PAISAGEM E ARQUITETURA:Construção de uma Didática Socioambiental

PROJETO

1

Através de todo o estudo anteriormente apresentado neste memorial, foi desenvolvido uma série de proposta para multiplicidade de problemas apresentados. PROCESSO DE PROJETO – EVOLUÇÃO DA ESCALA Inicialmente a ideia do projeto era propor a recuperação no córrego Água Branca integrada a Educação Ambiental para o local que atualmente sofre impacto ambiental, degradação nos cursos d’água e desqualificação da paisagem fluvial. Porém foi necessária essa expansão em vista das complexidade apresentadas pela área. O infográfico ao lado ajuda a ilustrar o desenvolvimento. Área Inicial – Revitalização do Córrego Água Branca e a Educação Ambiental - Propor um projeto que desse condição para a recuperação do córrego e inserir a educação ambiental. Devido a necessidade de intervir na infraestrutura urbana precária , o reordenamento do território e o parcelamento do solo para a antiga gleba industrial localizada, foi adicionada à área de intervenção mais abrangente visando a melhoria e equilíbrio desses espaços, possibilidade na construção de adensamento e múltiplos usos.

2

3

Adiciona-se o resultado da área do Concurso da Operação Urbana Consorciada Água Branca, a fim integrar, articular, promover maior dinamismo, equilibrando a área de intervenção. Apresentado esses elementos que tem como objetivo de reordenamento do território, integrar e atender a necessidade do espaço urbano , foi definido a partir desta análise o recorte para o estudo do projeto, conforme mostra no mapa.

Recorte da área de estudo que integra com a área do Concurso da Operação Urbana Consorciada Água Branca

[97]


PAISAGEM E ARQUITETURA:Construção de uma Didática Socioambiental

POTENCIALIDADES X PROBLEMÁTICA A partir de todo o diagnóstico levantado anteriormente é possível identificar os elementos estruturadores e algumas características da área que servem como potencialidades e problemática a serem solucionadas e assim servir de guia para as propostas: A. POTENCIALIDADES Podemos observar a partir do diagnóstico mostrado alguns pontos que ressaltam na região sendo pontos-chave para o desenvolvimento da proposta. B. PROBLEMÁTICAS O conjunto de problemática é levantado a fim de se resolver o máximo das mesmas, em busca de uma revitalização deste espaço. A

[98]

PROPOSTAS As principais proposta em escala macro são: Reordenamento territorial, permitindo a adequação espacial através de parcelamento do solo (antiga gleba industriais), possibilitando melhor a dinamização destes espaços , promover o desenvolvimento da região de modo harmonioso e integrar a área do Consurso da Operação Urbana Consorciada Água Branca Recuperação do córrego, com proposta de parque conectando a área de lazer, área verde, espaço público e reconectando a sociedade regional com o rio/córrego. Educação Ambiental, viabilizando a reeducação ambiental que possa contribuir com a recuperação do córrego.

B


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PROGRAMA DO PARQUE

PAISAGEM E ARQUITETURA Construção como Meio Didática Socioambiental

Obs: os programas foram selecionados a partir das referências, atendendo de acordo as necessidade possíveis de projeto.

PARQUE

PAVILHÃO PRINCIPAL

• ACESSO PRINCIPAL (informações/ administração/bicicletário) • ALUGUEL PARA BICICLETA • PONTO DE ÔNIBUS • ESPAÇO DE ENCONTRO • PAVILHÃO • BORBOLETÁRIO • QUADRA DE TÊNIS • SANITÁRIOS/ BEBEDOUROS • LANCHONETE • PRAÇA COM ASPERSORES D’ÁGUA • PARQUE INFANTIL • EQUIPAMENTO PARA ATIVIDADES FÍSICAS • PRAÇA PARA ATIVIDADES LIVRES • ESPAÇO QUADRA POLIESPORTIVA

• PORTÃO - A • ESTACIONAMENTO - A • DRENAGEM NATURAL CONDUZIDA • ETE ( Estação de Tratamento de Esgoto) • TEC - GARDEN • SEDE ADMINISTRATIVA • DECK DE MADEIRA • LAGO DE RETENÇÃO • PASSARELA • RAMPAS (acesso ao córrego) • BOSQUES FRUTÍFERAS • HORTA COMUNITÁRIA • ARQUIBANCADA AO AR LIVRE • BOSQUES • PORTÃO - B

• ESTACIONAMENTO - B • PONTO DE COLETA SELETIVA • QUIOSQUES • TRILHA • PÉRGOLA • BOMBEIRO / POLICIAMENTO • PERCURSO EM PEDRISCO • PORTÃO - C • ESTACIONAMENTO - C • BOULEVARD • ELEMENTO ESTRUTURAL/ MONUMENTO • CICLOFAIXA • CALÇADA • CANTEIROS • PRAÇA SECA

TÉRREO

1º PAVIMENTO

2ºPAVIMENTO

• ACESSO PRINCIPAL • HALL DE ACESSO • INFORMAÇÕES • ÁREA EXPOSIÇÃO TEMPORÁRIA • SALA DIGITAL • CAFÉ/ LANCHONETE • COZINHA • DEPÓSITO • EVENTO CÊNICO/ ESPACIAL • ESPELHO D’ÁGUA • QUEDA D´ÁGUA • JARDINS • SANITÁRIOS • ELEVADORES

• ESPAÇO INTERATIVO • HORTA DE CULTIVO • SALA DE EXPOSIÇÃO TEMPORÁRIA/ PERMANENTE (o território e a cidade) • BILHETERIA • ESPAÇO CONTEMPLATIVO • OFICINAS • SECRETARIA • ADMINISTRAÇÃO • SALA DE REUNIÃO • SALA PARA FUNCIONÁRIOS • REFEITÓRIO • DEPÓSITO • SANITÁRIOS • ELEVADORES

• EXPOSIÇÃO PERMANENTE • HORTA/ CANTEIROS • ESPAÇO CONTEMPLATIVO • OFICINAS • SANITÁRIOS • DEPÓSITO • ELEVADORES COBERTURA (Tipologia de Cobertura) • COBERTURA SOMBRAS • COBERTURA VEGETAL • COBERTURA ABERTA • COBERTURA FILTRADAS • COBERTURA FILTRADA (com fechamento transparente)

[99]


PAISAGEM E ARQUITETURA:Construção de uma Didática Socioambiental

ESTUDOS INICIAIS Para entender o processo de desenvolvimento deste trabalho, foram feitos croquis e análise, conforme mostra as imagens a seguir: CÓRREGO E PARQUE 142

Despoluir as águas e recuperar as áreas

Ter a capacidade de atrair a população

Qualificar o espaço

Promover vitalidade do espaço

Criar novos espaços públicos

“Sistema de Parques”

Atenuar o Impacto social

Acompanhar o progresso da re c upe ra çã o do córrego

Incentivar a participação da comunidade

Por meio do de Educação Ambiental?

Esquema de Elaboração própria a partir da análise de projeto

A partir da idéia de criar um córrego (canal de drenagem) sinuoso, fazendo restituir a morfologia antiga do rio Tietê e qualificar o entorno, os croquis acima teve como a tentativa de organização (acesso, circulação, vistas, programas) e desenho para o parque e córrego. 143

ELEMENTOS PARA A REVITALIZAÇÃO DO CÓRREGO Para atender os objetivos e as necessidades, a revitalização do córrego foi organizado a partir dos principais elementos de projeto são eles: 1. Calçadas + Ciclofaixa + Iluminação = segurança + implantação de arborização; 2. Rampas para a acessibilidade ao público, quanto aos deficientes (adotado máx de 5% de inclinação) em todos os diferentes níveis;

Croquis Implantação do Parque e Córrego

Na proposta de revitalização do córrego, o projeto tem o seguinte objetivo:

[100]

3. Patamares chanfrados com o objetivo de criar diferentes paisagens;


PAISAGEM E ARQUITETURA:Construção de uma Didática Socioambiental

4. Utilização de Pisos Drenantes ou Permeáveis: Infraestrutura ecológica - sistema de armazenamento de água pluviais por meio de camada de filtração (piso drenates/ permeáveis) > camada subsolo > para o tudo de descarga onde é armazenada no “reservatório” principal, de forma que pode reutilizar a água. (REF: Zollhallen Plaza) 5. Muros Verde (tratamento de muros urbanos) 6. Inserção de vegetação arbórea + canteiros + diferentes espécies de plantas

Distribuição

9. Gramíneas + Fitoplanctôn (algas ou organismo aquático com clorofila que auxiliam na oxigenação da água ) para oxigênar a água rica em nutrientes e promover oxigênio, ajudar a reter os nutrientes e reduzir sedimentos em suspensão ( REF: Houtan Park) 10. “Travessias” entre o lado leste e oeste do córrego por meio das “passarelas”. Obs: todos os itens foram adotados na etapa de projeto.

Armazenamento (Reservatório)

Córrego

Esquema de Elaboração própria a partir da análise de projeto

TUBO DE DESCARGA Por meio de distribuição de redes ramificadas, as águas pluviais passa pelo tudo de descarga e chega ao reservatório principal , conforme mostra o esquema a seguir:

7. Deck de madeira suspenso, como forma de proteção do solo, deixando o solo permeável e livre. (REF: Praça Victor Civita + Shangai Houtan Park) 8. Cascades (queda de água) para evitar que a água fique parada. 717 715

Tubo de Descarga

Reservatório no Pavilhão Reaproveitamento desta Água?

Reservatório Principal

Esquema de Elaboração própria a partir da análise de projeto

COMO? Através da cota mais alta da topografia, a distribuição de rede (tubo de descarga) , poderá chegar sobre a gravidade , no armazenamento principal , localizado no Pavilhão , enquanto os demais armazenamento seriam adotados em cotas mais baixa. Obs: todos os itens foram adotados na etapa de projeto.

[101]


PAISAGEM E ARQUITETURA:Construção de uma Didática Socioambiental

METABOLISMO CIRCULAR Obs: esse esquema foi elaborado a partir do conjunto de referências de modo providenciar melhorias de drenagem, infraestrutura urbana, aproveitamento de captação de águas pluviais, sustentabilidade e qualidade da área de estudo ou bairro.

O diagrama a seguir foi elaborado o metabolismo circular, com o objetivo de apresentar todo o funcionamento de infraestrutura ecológica que irá constituir no projeto entre o córrego, parque e o Pavilhão.

IRRIGAÇÃO /CULTIVO

TEC- GARDEN 1

+ CÓRREGO

2

CHUVA 3

“PISOS DRENANTES”

CAIXA DE ARMAZENAMENTO

+

TUBO DE DESCARGA

DRENAGEM

RUA

RESERVATÓRIO DOMÉSTICO REUTILIZAÇÃO (ÁGUAS PLUVIAIS)

LANÇA NO RIO TIETÊ (PARCIALMENTE LIMPO)

IRRIGAÇÃO /CULTIVO

RESERVATÓRIO SUBTERÂNEO (RETENÇÃO TEMPORÁRIA)

ESGOTO

CANAIS DE ESCOAMENTO DE ÁGUAS PLUVIAIS

ETE

RETENÇÃO E INUNDAÇÃO TEMPORÁRIA

LENÇOL FREÁTICO ÁGUA TRATADA

PAVILHÃO

BOMBEAMENTO

CÓRREGO

LANÇA NO RIO TIETÊ (PARCIALMENTE LIMPO)

[102]

RESERVATÓRIO SEMI- ENTERRADO (PAVILHÃO)

REUTILIZAÇÃO DA ÁGUA PLUVIAL (EDIFÍCIOS E OUTROS USOS “NÃO NOBRE”)

Esquema de Elaboração própria a partir da análise de projeto


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SISTEMA EXISTENTE X SISTEMA ECOLÓGICO 144

DIRETRIZES DE POLITICA DE DRENAGEM URBANA Obs: Os numeros no desenho 2 correspondem a numeração citada abaixo: Relacionadas com a diminuição dos problemas com as inundações e aumento da qualidade dos cursos de água e do ambiente urbano em geral: 1

Esquema elaborado a partir da referência GISELLE e COLHADO, 2012 P. 54 e 55

145

2

3

Esquema elaborado a partir da referência GISELLE e COLHADO, 2012 P. 54 e 55

Coleta de esgoto separado das 4 Coleta, retenção e utiliáguas pluviais e tratamento zação da água de chuva : antes do despejo nos rios : Pequenos reservatórios melhoria da qualidade geral subterrâneos locais de dos cursos de água e regulariretenção temporário e zação e diminuição da quancanais de escoamento tidade de água a ser tratada superficial em praças nas estações de tratamento de (riacho temporários de esgoto. enxurradas), assim como reservatório de retenção Córregos abertos, não retilípara a água das calhas neo, com margens vegetadas e para usos “não nobres” áreas inundáveis : (rega de jardins, lavagem Diminuição da velocidade de de veículos, áreas exterescoamento e da ocorrência de nas, etc... inundações nas áreas mais baixas. Melhoria geral da qualida- 5 Coleta e utilização de de do ambiente, com o aumenáguas de afloramento do to da unidade relativa do ar e lençol freático : a diminuição do efeito ilhas de Reservatórios domésticalor. cos para águas de drenagem de “olhos d’água” e Calçadas compavimento semicisternas em condomípermeáveis, canteiros, arborinios e edifícios comerzados, jardins e praça: ciais que bombeiam água Aumento da permeabilidade para drenar subsolo, para e retenção de água de escoaproveitamento nos fins amento superficial, evitando “ não nobre”. a sobrecarga das galerias pluviais. (GISELLE e COLHADO, 2012. p.54 e 55)

[103]


PAISAGEM E ARQUITETURA:Construção de uma Didática Socioambiental

PAVILHÃO 148

146

Croquis Parque + Pavilhão estudos de eixos, vistas e direções para a implantação do Pavilhão.

147

Croquis de estudo do Pavi149 lhão - organização espacial e programático com base as referências analisadas.

150

A fim de encontrar o partido que pudesse se adequar o desenho do pavilhão aliado ao córrego Água Branca (canal de drenagem) e consequentemente o entorno, os estudos mostraram que as direções e eixos que conectavam ao redor, auxiliaram no processo de organização da implantação inicial, de modo tornar o objeto em um possível “elemento monumental” (vista em direção ao eixo da via). A seguir apresenta os estudos iniciais do pavilhão:

[104]

Na etapa seguinte, alguns desenhos apresentam os estudos da estrutura de lajes apoiadas e outras atirantadas do pavilhão, com o objetivo de tornar o edifício leve na utilização da estrutura metálica e espacialmente livres.


PAISAGEM E ARQUITETURA:Construção de uma Didática Socioambiental

A seguir apresenta os croquis idéia :

151

154

152 Croquis de estudo da estrutura do Pavilhão Croquis de estudo Pavilhão (externo).

155 153

Croquis de estudo do espaço externo.

[105]


PAISAGEM E ARQUITETURA:Construção de uma Didática Socioambiental

156

Croquis de estudo Pavilhão sobre critérios sustentáveis.

157

Croquis de estudo Pavilhão (interno).

[106]

158

Croquis de estudo Pavilhão (interno).

159

Croquis de estudo Pavilhão (interno).


PROJETO


PAISAGEM E ARQUITETURA:Construção de uma Didática Socioambiental

MEMORIAL A região Água Branca exerce na cidade a importância histórica e Cultural situada pelo inicio da existência da Ferrovia e a Várzea do Rio Tietê. Sendo convertido radicalmente o meio urbano devido a rápida evolução do bairro, o rio Tietê, local onde promovia atividades e lazer dos paulistanos, sofre uma consequente decadência e poluição. No projeto de retificação do Rio Tietê, a solução de drenagem para que fossem capazes de diminuir as áreas inundáveis, teve um fator importante na contribuição do crescimento, mas partes dessas medidas não foram suficientes para a consolidação da ocupação extensiva da várzea Água Branca. A partir das iniciativas do Concurso Público da Operação Urbana Consorciada Água Branca, em necessidade de melhoria da infraestrutura urbana e o reordenamento territorial, devido a grande gleba existentes, entre o córrego Água Branca e Água Preta, o objetivo do projeto é realizar um estudo de viabilidade em otimizar a área, por meios de recursos urbanísticos e arquitetônicos que proporcionem a revitalização do espaço deteriorizado e desqualificado. O conceito Paisagem e Arquitetura: Construção como Meio Didática Socioambiental se definiu mediante a busca por alguma necessidade real da cidade e a preocupação do desequilíbrio ambiental, que visa a partir da situação do córrego Água Branca (canal de drenagem), providenciar uma releitura do espaço a fim de verificar as condições possíveis de recuperação do meio ambiente desprezado, promover o respeito da natureza, analisar a possibilidade de inserir a sustentabilidade, infraestrutura verde e a valorização do espaço recriando um ambiente humanizado e ecológico.

[108]

Para resgatar o convívio social com a natureza, o meio ambiente, a carência de linha de drenagem, mitigações que possam reverter à situação do córrego (canal de drenagem) e a qualidade das águas, percebe-se a ausência de um equipamento associada à infraestrutura urbana que possa garantir no processo de recuperação do canal de drenagem e a melhoria da qualidade de vida da população. De modo promover a revitalização desses espaços, a integração da área do Concurso Público da Operação Urbana Consorciada Água Branca, Parque, o córrego Água Branca (canal de drenagem), retenção temporária e o Pavilhão, principia-se como sendo os elementos estruturadores para o projeto e acionar o metabolismo circular que auxiliem no processo de recuperação do córrego. O córrego (canal de drenagem) tem o seu formato sinuoso, na ideia de reconstituir a antiga morfologia da várzea do rio Tietê e assim organizar os espaços do parque em ambiente diversificado e sustentável. O Pavilhão 130 x 25 m, cuja solução arquitetura faz com que seja um lugar agradável, arejado e prazeroso em sua utilização, a proposta tem a perspectiva de uma atualização do modelo dos anos 1970, em uma nova possibilidade alternativas de projetos, isto é, ao invés de “ambientes para aprendizagem”, a própria construção fomentaria o conhecimento, a educação e a reflexão para os seus visitantes, de modo contemplar as progressivas inovações.


PAISAGEM E ARQUITETURA:Construção de uma Didática Socioambiental

Um sistema construtivo sustentável, bioclimática e conservacionismo ambiental que tornaria um espaço atraente, amigável aos visitantes, onde promoveriam alterações conscientes no entorno, de forma a atender as necessidades do homem moderno, preservando o meio ambiente e os recursos naturais, garantindo qualidade de vida para as gerações atuais e futuras. O Pavilhão linear e seus dois blocos independente (apoiados) formam o conjunto da estrutura em lajes suspensa (tirante de aço) na circulação central e nas extremidade de forma tornar leve e equilibrado. Em situação programática será usado ainda para eventos e exposições temporárias de interface ambiental, além da exposição permanente de soluções sustentáveis, com o objetivo de manter o debate constante e atualizado entre o poder publico, população e setores envolvidos, de forma dinâmica, intuitiva e interativa. Através do ciclo hidrológico e a captação de águas pluviais pela drenagem urbana do bairro, o projeto tem o objetivo atender a um sistema ainda inexistente, isto é, o processo de captação de águas pluviais para o reservatório subterrâneo (retenção temporária), em seguida o canais de escoamento de água pluviais (rede ramificadas) e retenção temporária (canal de drenagem). Em condições de reaproveitar as águas pluviais, o pavilhão tem o propósito de adotar os reservatórios de Água Pluviais e reutilizar a água para usos “não nobres” do edifício. Nesse sentido, o conjunto revela-se o seu posicionamento nas relações entre a recuperação do Córrego Água Branca (canal de drenagem) e a Educação Ambiental, considerados elementos envolventes que possibilitam o desenvolvimento de atitudes de conservação do meio ambiente.

[109]


PAISAGEM E ARQUITETURA:Construção de uma Didática Socioambiental

QUADRO DE ÁREAS

PAVILHÃO

PARQUE

TÉRREO - Área Total: 5.187,87 m²

Área Total: 171.931,43 m² (17,19 ha)

+ Circulação (Elevadores, Escadas, Rampas): 213,15 m² + Espelho D’água: 123,40 m² + Área Jardim: 131,82 m² + Sala Digital: 343,55 m² + Café: 73,66 m² + Área Úmida: 60,84 m² + Circulação Livre (Área Expositiva Temporária): 4.241,45 m²

+ via : 10.013,93 m² (1 ha) Projeção Edificação: Área Total: 11.056,43 m² (1,1 ha) + Pavilhão: 5.187,87 m² (0,51 ha) + Outras Edificações (sanitários, borboletário, portões, lanchonetes, aluguel de bicicleta, ETE): 5.868, 56 m² (0,58ha) Área Água: 10.064,95 m² (1 ha) Área Permeável: 53.481,77 m² (5,3 ha) Área Semi-Permeável: 82.526,37 m² (8,25 ha) Área Pavimento: 14.801,91 m² (1,4 ha) ÁREA DO CONCURSO DA OPERAÇÃO URBANA CONSORCIADA ÁGUA BRANCA Área Total: 181.958,43 m² (18,19 ha)

[110]

1º PAVIMENTO - Área Total: 3112,82 m² + Circulação (Elevadores, Escadas): 213,15 m² + Sanitários: 89,50 m² + Depósito: 19,35 m² + Oficinas: 274,50 m² + Secretaria: 35,00 m² + Administração: 34,68 m² + Sala De Reunião: 24,72 m² + Sala Para Funcionários E Refeitório: 31,55 m² + Circulação Livre (Área Expositiva Permanente): 2.390,37 m² 2º PAVIMENTO - Área Total: 3359,86 m² + Circulação (Elevadores, Escadas): 213,15 m² + Sanitários: 89,50 m² + Depósito: 19,35 m² + Oficinas: 274,50 m² + Circulação Livre (Área Expositiva Permanente + Horta + Jardins): 2.763,36 m² (Exceto Cobertura) + Cobertura: 250,00 m² COBERTURA- Área Total: 3316,17 m²


PAISAGEM E ARQUITETURA:Construção de uma Didática Socioambiental

[111]


RIO

TIE

TOPOGRAFIA ATUAL / PROPOSTA esc: 1:2000 N 0 5

15

25

40


DO Ó

LEGENDA

GUESIA

PLANO MASSA DE VEGETAÇÃO BOSQUES NATIVAS

QUERESMEIRA ESPAÇAMENTO 8 m

Jatobá Suinã Peroba rosa Pau d’alho Pau brasil Monjoleiro Jaracatiá Guapuruvu Cerejeiras

PONTE FRE

RESEDÁ ESPAÇAMENTO 5 m PATA DE VACA ESPAÇAMENTO 6 m IPÊ AMARELO ESPAÇAMENTO 10 m

AVENID A AVENID A

PAU FERRO ESPAÇAMENTO 15 m

MARGI NA

L TIETÊ

PRESID

ENTE C

ASTELO

RIO

BRANC O

BOSQUES FRUTÍFERAS

JACARANDA ESPAÇAMENTO 15 m

Pitangueira Jenipapo Gabiroba Cambuci Uvaia Cagaita Jabuticaba Grumixameira Abacateiro

BOSQUES NATIVAS ESPAÇAMENTO

TIE

BOSQUES FRUTIFERAS ESPAÇAMENTO CEREJEIRAS

49 58

PISOS - TIPOS PISO 1 - EM PLACA DE CONCRETO 40 x 40

49

EI

RA

CO

T

PISO 3 - EM PLACA DE CONCRETO 40 x 40

25

GRAMA SÃO CARLOS

54

VEGETAÇÃO NATIVA RASTEIRA MÓDULO DE CULTIVO PARA HORTAS COMUNITÁRIAS EM COBERTURA

53

42

Bosques e Arquibancada

PISO 4 - SEMIPERMEÁVEL (Praça seca e Praça com aspersores d’água) 40x40

Ref: Quilapilún Park

PISO 5 - SEMIPERMEÁVEL (Praça seca) 40x40

43

44

S.D .O

39

RUA

A RU

CA

AN

PISO 2 - EM PLACA DE CONCRETO 40 x 40

24

45

RUA A

P

O ITÃ

FR

51

47

S CI

LI DADOR MARTI NEL

48

G NO

01

50 24

Ref: Park am Gleisdreieck Ref: Valenje City Center Promenade Flaschenhals

Bosques

Ref: Quilapilún Park

AVENID A

COMEN

X EI

44

37

40

PISO 6 - SEMIPERMEÁVEL (Acessos, escadas, rampas) 40x40 16

50

22

42

RUA S.D.O

PISO 8 - PERMEÁVEL DRENANTE CONCRETO POROSO (calçada) 40 x 40

38

41

Passarela

PISO 7 - INTERTRAVADO PERMEÁVEL JUNTAS ALARGADAS (via de tráfego) 16 x 8

59

40

55

02

PISO 9 - RETANGULAR PERMEÁVEL DRENANTE CONCRETO POROSO (ciclovias) 16 x 8

03

PISOGRAMA

16

PONTE JULIO DE MESQUITA NETO

I UE

46

49

Trilhas

AVENIDA S.D.O

RA

Bancos, gramìneas e canteiros

50 37

Ref: Perreux River Banks 24

39

58

21

03 57 58

Deck de madeira do córrego

Passarela

16

57

04

Ref: Park Groot Schijn 17

24

Ref: The Lahnaue Giessen

56

60 36

04

06

10

18

37 59

35

19

23

57

15

58

Deck de madeira suspensa Ref:Yanweizhou Park in Jinhua City

07

RU AS

25

.D.

05

RUA X

34

27

04

11

34

Praça - pisos drenantes Ref: Zollhallen Plaza

08

26

10 31

33 32

30

24

28

24

04

29

AVEN I

DA M A

RQU

REF: http://www.smobras.com.br http://www.oterprem.com.br http://www.intercity.empresascity.com.br/pisos

CONCURSO ÁGUA BRANCA - OUCAB 01 ACESSO A PASSARELA TERRENO NORTE 02 PASSARELA 03 EQUIPAMENTOS ESPORTIVOS 04 BACIA DE RETENÇÃO SECA 05 ESPELHO D’ÁGUA 06 MARQUISE 07 CEU - BLOCO PRINCIPAL 08 CEU - BLOCO ESPORTIVO 09 UBS 10 BOSQUES FRUTÍFERAS 11 PISTA DE SKATE 12 CGMI 13 ESTAÇÃO BRT/ BICICLETÁRIO BIKE SHARING 14 PASSARELA DE TRANSPOSIÇÃO SOBRE A ROTATÓRIA 15 PRAÇA CÍVICA 16 BOSQUES NATIVAS PARQUE

57

O

DECK DE MADEIRA

ÊS D

E SÃ O VIC

ENTE

12

17 ACESSO PRINCIPAL (informações/administração/bicicletário) 18 ALUGUEL PARA BICICLETA 19 PONTO DE ÔNIBUS 20 ESPAÇO DE ENCONTRO 21 PAVILHÃO 22 BORBOLETÁRIO 23 QUADRA DE TÊNIS 24 SANITÁRIOS/ BEBEDOUROS 25 LANCHONETE 26 PRAÇA COM ASPERSORES D’ÁGUA 27 PARQUE INFANTIL 28 EQUIPAMENTO PARA ATIVIDADES FÍSICAS 29 PRAÇA PARA ATIVIDADES LIVRES 30 ESPAÇO QUADRA POLIESPORTIVA 31 PORTÃO - A 32 ESTACIONAMENTO - A 33 DRENAGEM NATURAL CONDUZIDA 34 ETE 35 TEC - GARDEN 36 SEDE ADMINISTRATIVA 37 DECK DE MADEIRA 38 LAGO DE RETENÇÃO 39 PASSARELA 40 RAMPAS (acesso ao córrego) 41 BOSQUES FRUTÍFERAS 42 HORTA COMUNITÁRIA 43 ARQUIBANCADA AO AR LIVRE 44 BOSQUES 45 PORTÃO - B 46 ESTACIONAMENTO - B 47 PONTO DE COLETA SELETIVA 48 QUIOSQUES 49 TRILHA 50 PÉRGOLA 51 BOMBEIRO / POLICIAMENTO 52 PERCURSO EM PEDRISCO 53 PORTÃO - C 54 ESTACIONAMENTO - C 55 BOULEVARD 56 ELEMENTO ESTRUTURAL/ MONUMENTO 57 CICLOFAIXA 58 CALÇADA 59 CANTEIROS 60 PRAÇA SECA

IMPLANTAÇÃO PARQUE esc: 1:2000 13

Aspersores d’água

N

Ref: Joel Weeks Park

0 5

Parque Infantil Ref: Joel Weeks Park

14

15

25

40








PAISAGEM E ARQUITETURA:Construção de uma Didática Socioambiental

RADIAÇÃO E TROCA DE CALOR

Legenda Radiação Solar Evaporação Ventilação / Ar Frio

Calor / Ar Quente Placas Solares N

COLETA DE ÁGUA PLUVIAIS

Legenda

[120]

Chuva

Calha

Coleta de Água da Chuva

Condutores Verticais

Inclinação 3%

Reservatório de Água Pluviais

Reaproveitamento de Água Pluviais Pisos Drenantes


PAVILHAO EXPLODIDA

PAISAGEM E ARQUITETURA:Construção de uma Didática Socioambiental

Vedação (Chapa de Aluminio)

Cobertura (Placas Fotovoltaicas, abertas e filtradas) Estrutura horizontal da Cobertura (superestrutura) Treliças Tranversais (superestrutura) Laje - 2º Pavimento (estrutura) Estrutura horizontal da Laje - 2º Pavimento (estrutura) Tirante de Aço (estrutura) Laje - 1º Pavimento (estrutura) Estrutura horizontal da Laje - 1º Pavimento (estrutura) Pórticos (superestrutura) Pilares e vigas dos blocos internos (estrutura) Elevadores e Circulação (estrutura) Treliças Longitudinais (superestrutura)

[121]


LEGENDA

721.00 719.45

01 HORTA / CANTEIROS 02 TELHADO VERDE 03 ESPAÇO AO AR LIVRE

721.00

s

s

719.45

720.45

719.25

TIPOLOGIA DE COBERTURA 720.65

COBERTURA SOMBRAS (placas fotovoltaicas)

720.00 719.25

C

B 720.00

X1

X2

719.55

X3

X4

D

720.90

X5

X6

X7

721.50

COBERTURA VEGETAL

721.00 720.35

X8

X9

X10

X11

X12

X13 X12a

722.00

X14

COBERTURA ABERTA

720.65

722.00

V2

COBERTURA FILTRADAS (PERFURADOS)

Y7 719.25

720.00

COBERTURA FILTRADAS (COM FECHAMENTO TRANSPARENTE)

ELEVAÇÃO POSTERIOR

Y6

Chapa de Aluminio

V1

TIPOLOGIA DE GRADES NOS PAVIMENTOS TÉRREO, 01 e 02

01

Y5

01

02 01

GRADES (TREPADEIRAS)

03 733.00

02

735.95

735.95

02

Y4

ELEVAÇÃO LATERAL ESQUERDA

A

733.00

741.05

Y3

A W8

i = 3%

i = 3%

i = 3%

i = 3%

i = 3%

i = 3%

i = 3%

i = 3%

i = 3%

i = 3%

i = 3%

i = 3%

i = 3%

Y2 Y1a

W7 01

Y1

02

741.05

W6

733.00

03

W5

W4

B

D

C

W3

ELEVAÇÃO FRONTAL

W2

W1

IMPLANTAÇÃO NÍVEL 740.85

esc: 1:500

N ÁREA: 3316,17

0

5

15

40


LEGENDA

721.00 719.45

01 ACESSO 02 HALL DE ACESSO 03 INFORMAÇÕES 04 ÁREA EXPOSIÇÃO TEMPORÁRIA 05 SALA DIGITAL 06 CAFÉ/ LANCHONETE 07 COZINHA 08 DEPÓSITO 09 EVENTO CÊNICO/ ESPACIAL 10 ESPELHO D'ÁGUA 11. QUEDA D'ÁGUA 12 JARDINS 13 SANITÁRIOS 14 ELEVADORES

721.00

s

s

719.45

720.45

719.25

720.65

720.00 719.25

C

B 720.00

X1

719.55

X2

721.00

720.90

X5

X4

X3

D

X7

X6

720.35

721.50

X8

X9

X10

X11

X12

X13 X12a

722.00

X14 720.65

722.00

V2 Y7 723.00

720.00

ELEVAÇÃO POSTERIOR

Y6 V1

linha de projeção do 1º pav.

06 08

723.00 23 2 2 1 2 0 2 9 1 8 1 7 1 6 1 5 1

14

07

2 24 5 3

4

6

7

28 7 2 6 2

8

9

10 1 1 2 1 3 1 4 1

linha de projeção do 1º pav.

Y5

5

1

s

2

05 08

Y4

13

13

Chapa de Aluminio

10

722.45

723.00 linha de proj. do 1º pav.

04

linha de projeção do 1º pav.

ELEVAÇÃO LATERAL ESQUERDA

04

723.00

linha de proj. do 1º pav.

A

Y3

13

12

723.00

04

723.65

09

12

S

linha de proj. do 1º pav.

A

723.65

722.00

linha de projeção do 1º pav.

13

W8

linha de projeção do 1º pav.

05

11

723.00

723.00

04

linha de projeção do 1º pav.

Y2 Y1a

Y1

linha de proj. do 1º pav.

04

W7

722.45

04

723.00 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14

W6

s

719.25

28 27 26 25 24 23 22 21 20 19 18 17 16 15

14

03 02

W5 01

W4

B

D

C

W3

ELEVAÇÃO FRONTAL

W2

W1

PLANTA TÉRREO NÍVEL 723.00 N

0

5

esc: 1:500

ÁREA: 5.187,87

15

40


LEGENDA

721.00 719.45

01 ESPAÇO INTERATIVO 02 HORTA DE CULTIVO 03 EXPOSIÇÃO TEMPORÁRIA 04 BILHETERIA 05 ESPAÇO CONTEMPLATIVO 06 OFICINAS 07 SECRETARIA 08 ADMINISTRAÇÃO 09 SALA DE REUNIÃO 10 SALA PARA FUNCIONÁRIOS 11 REFEITÓRIO 12 DEPÓSITO 13 SANITÁRIOS 14 ELEVADORES

721.00

s

s

719.45

720.45

719.25

720.65

720.00 719.25

C

B 720.00

X1

X2

719.55

X4

X3

D

721.00

720.90

X5

X7

X6

720.35

721.50

X8

X9

X10

X11

X12

X13

TIPOLOGIA DE GRADES NOS PAVIMENTOS TÉRREO, 01 e 02

720.65

X12a

722.00

X14

722.00

V2

GRADES (TREPADEIRAS)

Y7 723.00 719.25

720.00

ELEVAÇÃO POSTERIOR

Y6

Chapa de Aluminio

V1

linha de proj do gesso pendular

linha de proj. do 2º pav.

728.00

Vidro controle de transparência

01

728.00

Y5

Climatização (ar condicionado) controle da Multimídia (som/vídeo)

Painel para exposição

11

Painel Móvel e Interativo Porta de Correr

13

13

06

Y4

linha de projeção da cobertura

06

vazio

04

723.00 linha de projeção do 2º pav.

728.55

ELEVAÇÃO LATERAL ESQUERDA

vazio

12

A

Y3

13

W8

05

728.65 vazio

Y2 Y1a

728.35

A

728.70

Projeção painel teto cores quentes (amarela) em contraste com o aço corten do teto.

723.00

W7

07 728.00

08

Y1

Guarda-corpo de vidro transparente

728.00

vazio

06

728.65

723.00

03 linha de projeção do 2º pav.

06

728.80

02

728.45

13

728.00

723.00

728.00

vazio

09

W6

10

11

linha de proj. do gesso pendular

01

14 Mesa para exposição

728.00

W5

W4

B

D

C

W3

ELEVAÇÃO FRONTAL

W2

W1

PLANTA 1 º PAVIMENTO NÍVEL 728.00 N

0

5

esc: 1:500

ÁREA: 3112,82

15

40


LEGENDA

721.00 719.45 721.00

s

s

719.45

720.45

719.25

01 EXPOSIÇÃO PERMANENTE 02 HORTA /CANTEIROS 03 ESPAÇO CONTEMPLATIVO 04 OFICINAS 05 SANITÁRIOS 06 DEPÓSITO 07 ELEVADORES

720.65

720.00 719.25

C

B 720.00

X1

719.55

X2

721.00

720.90

X5

X4

X3

D

X7

X6

720.35

721.50

X8

X9

X10

X11

X12

X13 X12a

722.00

X14

TIPOLOGIA DE GRADES NOS PAVIMENTOS TÉRREO, 01 e 02

720.65

722.00

V2

GRADES (TREPADEIRAS)

Y7 719.25

720.00

ELEVAÇÃO POSTERIOR

Y6

Chapa de Aluminio

V1

733.50

07

Y5

733.80

01

733.00

02

04

Y4

linha de projeção da cobertura

733.70

723.00

04

ELEVAÇÃO LATERAL ESQUERDA

06

A

Y3 723.00

05

733.00

02

04 04

723.00

A

01

03 733.00

02

W7 733.00

02

Y1

01

02

733.65

Y2 Y1a

733.00

733.35

05

W8

733.35

728.00

733.00

W6

07 02

W5

W4

B

D

C

W3

ELEVAÇÃO FRONTAL

W2

W1

PLANTA 2 º PAVIMENTO NÍVEL 733.00 N

0

5

esc: 1:500

ÁREA: 3359,86

15

40









MAQUETES


PAISAGEM E ARQUITETURA:Construção de uma Didática Socioambiental

MAQUETE GERAL - esc:1:2500

N

Implantação

[134]

N


PAISAGEM E ARQUITETURA:Construção de uma Didática Socioambiental

Área de Estudo

[135]


PAISAGEM E ARQUITETURA:Construção de uma Didática Socioambiental

MAQUETE PAVILHÃO- esc:1:500

[136] Vista Frontal - Entrada

N

Implantação

Vista Frontal

Vista Posterior


PAISAGEM E ARQUITETURA:Construção de uma Didática Socioambiental

Vista Lateral Direita

Vista Lateral - Direita

Vista Posterior

Vista Lateral Esquerda

[137]


PAISAGEM E ARQUITETURA:Construテァテ」o de uma Didテ。tica Socioambiental

MAQUETE ELETRテ年ICA - sem escala

[138]

Vista Frontal


PAISAGEM E ARQUITETURA:Construção de uma Didática Socioambiental

Vista Posterior

[139]


PAISAGEM E ARQUITETURA:Construção de uma Didática Socioambiental

Vista Geral

Vista Frontal + Entrada Principal

Vista Lateral Esquerda

Vista Posterior

[140]


PAISAGEM E ARQUITETURA:Construção de uma Didática Socioambiental

Vista Lateral Direita

Vista Interior - Térreo

Vista Interior - 1º Pavimento e 2º Pavimento

Vista Interior - Sala Digital

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PAISAGEM E ARQUITETURA:Construção de uma Didática Socioambiental

Vista Geral

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BIBLIOGRAFIA


PAISAGEM E ARQUITETURA:Construção de uma Didática Socioambiental

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PAISAGEM E ARQUITETURA:Construção de uma Didática Socioambiental

LISTA DE FIGURAS

LEITURA E INTERPRETAÇÃO DO CONTEXTO URBANO

CONCEITO

RIO TIETÊ

1. LANGRENEY, Brigitte e RIOLI , Regina Quartim Barbosa, 2012.p 2012.p.120 e 124 2. LANGRENEY, Brigitte e RIOLI , Regina Quartim Barbosa, 2012. 2012.p.120 e 124 3. LANGRENEY, Brigitte e RIOLI , Regina Quartim Barbosa, 2012. 2012.p.125. 4. http://por.habitants.org/. Acessado em 15/04/2015 5. http://por.habitants.org/. Acessado em 15/04/2015 6. Esquema de elaboração própria a partir da análise de órgãos participativos que contribuem para o meio ambiente. Estudos para a disciplina AUOP (Organização Prática Profissional) 7.http://www.ufrgs.br/arroiodiluvio/a-bacia-hidrografica/images-de-seul. Acessado em 18/04/2015 8. http://portalarquitetonico.com.br/uma-impressionante-renovacao-urbana-em-seul/ Acessado em 18/04/2015 9. http://mobilidadesustentavel.blog.uol.com.br Acessado em 18/04/2015 10. http://mobilidadesustentavel.blog.uol.com.br Acessado em 18/04/2015 11. http://www.revistas.usp.br. Acessado em 18/04/2015 12. http://www.revistas.usp.br. Acessado em 18/04/2015 13. www.panoramio.com. Acessado em 18/04/2015 14. www.panoramio.com. Acessado em 18/04/2015 15. Diagrama da análise sistêmica do contexto socioambiental, a partir do autor BUENO. p.28 16. Categoria de objetivos da educação ambiental, a partir do autor BUENO. 17. Esquema de elaboração própria a partir do autor SILVA. 18. Esquema de Pretensão da Educação Ambiental, a partir do autor BUENO.p. 69

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19. BORGES, Maria Luisa, 2004 20. DAEE. Retificação e Decadência. http://www.daee.sp. gov.br/. Acessado em 03/04/2015 21. BRAGA, Milton Liebentritt de Almeida., 2006, p.18 22. BRAGA, Milton Liebentritt de Almeida., 2006, p.18 23. GeoSampa – SMDU/Prodam 24. BRAGA, Milton Liebentritt de Almeida, 2006, p.18 25. BRAGA, Milton Liebentritt de Almeida, 2006, p.18 26. CANUTTI, Rita Cassia, 2008. p. 70. 27. GeoSampa – SMDU/Prodam ÁGUA BRANCA 28 . Companhia do Metropolitano – Metrô – Relatório do Tramo Oeste, 1997,vol.II.p.24. 29. Imagens de Elaboração própria a partir de CANUTTI, Rita Cassia., 2008. 30. Imagens de Elaboração própria a partir de CANUTTI, Rita Cassia., 2008. 31. Imagens de Elaboração própria a partir de CANUTTI, Rita Cassia., 2008. 32. Imagens de Elaboração própria a partir de CANUTTI, Rita Cassia., 2008. 33. Imagens de Elaboração própria a partir de CANUTTI, Rita Cassia., 2008. 34. Imagens de Elaboração própria a partir de CANUTTI, Rita Cassia., 2008. 35. Imagens de Elaboração própria a partir de CANUTTI, Rita Cassia., 2008. 36. Imagens de Elaboração própria a partir de CANUTTI, Rita Cassia., 2008. 37. Imagens de Elaboração própria a partir de CANUTTI, Rita Cassia., 2008. 38. Imagens de Elaboração própria a partir de CANUTTI, Rita Cassia., 2008.


PAISAGEM E ARQUITETURA:Construção de uma Didática Socioambiental

39. Imagens de Elaboração própria a partir de CANUTTI, Rita Cassia., 2008.p. 35 40. Imagens de Elaboração própria a partir de CANUTTI, Rita Cassia., 2008.p.106 41. BRUNELLI, Aidelli S. Urbani., 2006.p 27 42. História Casa das Caldeiras. p. 3 43. CANUTTI, Rita Cassia, 2008. p. 101 44. BRUNELLI, Aidelli S. Urbani., 2006.p 27 45. BRUNELLI, Aidelli S. Urbani., 2006.p 27 46. CANUTTI, Rita Cassia, 2008 p.101 p 125 47. BRAGA, Milton Liebentritt de Almeida, 2006. p.18 48. BRAGA, Milton Liebentritt de Almeida, 2006. p.18 49. SEMPLA. Relatório de estudos de reavaliação crítica e proposição de elementos para elaboração de resolução normativa. Abril 2002. 50. EMURB, 2008 51. EMURB, 2009 52. PMSP. Imagens apresentação da Operação Urbana Água Branca 11/04/2013. 53. PMSP. Imagens apresentação da Operação Urbana Água Branca 11/04/2013. 54. PORTO, Débora de Fátima Surati., 2009. p. 119. 55. EIA – RIMA. Capítulo I. 56. EIA – RIMA. Capítulo I. 57. Acervo da Autora.Visita 09/03/2015 58. Acervo da Autora.Visita 09/03/2015 59. Acervo da Autora.Visita 09/03/2015 60. Acervo da Autora. Visita 09/03/2015 61. Esquema função do ARCO: Elaboração própria a partir das anotações da disciplina Organização da Prática Profissional. 62. Apresentação Arco do Tietê. site Arco do Tietê - Gestão Urbana 63. Apresentação Arco do Tietê. site Arco do Tietê - Gestão Urbana 64. Apresentação Arco do Tietê. site Arco do Tietê - Gestão Urbana 65. URBEM. Acessado em 04/05/2015

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PAISAGEM E ARQUITETURA:Construção de uma Didática Socioambiental

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PAISAGEM E ARQUITETURA:Construção de uma Didática Socioambiental

CRONOLOGIA ÁGUA BRANCA 1850 – 1900 1850: EIA RIMA: Operação Urbana Consorciada Água Bran 1867: VILLAÇA, Flavio., 2001. 1870: EIA RIMA: Operação Urbana Consorciada Água Branca. 1875: EIA RIMA: Operação Urbana Consorciada Água Branca. 1880: RAMOS, Aluisio Wellichan, 2002. 1888: SOUZA, Diógenes Rodrigues de. Parque Antarctica, 2014. 1890: CANUTTI, Rita Cassia, 2008. 1899:BORGES, Maria Luisa, 2004.

1961 – 2014 1969: CANUTTI, Rita Cassia, 2008. 1982: http://arteforadomuseu.com.br/arquitetura/sesc-pompeia/. Acessado em 03/04/2015 1985: Anotações acadêmica. 1988: Anotações acadêmica 1995: Prefeitura.com.br. Acessado em 05/03/2015 2004: Prefeitura.com.br. Acessado em 05/03/2015 2008: wikipedia.org. Acessado em 07/03/2015 2011: Prefeitura.com.br. Acessado em 05/03/2015 2013: Prefeitura.com.br. Acessado em 05/03/2015 2014: Prefeitura.com.br. Acessado em 05/03/2015

1901 – 1960 1914: SOUZA, Diógenes Rodrigues de. Parque Antarctica, 2014. 1920: EIA RIMA: Operação Urbana Consorciada Água Branca. 1920: RAMOS, Aluisio Wellichan, 2002. 1920: RAMOS, Aluisio Wellichan, 2002. 1991: SOUZA, Diógenes Rodrigues de. Parque Antarctica, 2014. 1929: EIA RIMA: Operação Urbana Consorciada Água Branca. 1929: Cidade de São Paulo. http://www.cidadedesaopaulo. com/sp/br/o-que-visitar/atrativos/pontos-turisticos/4049-parque-da-agua-branca. Acessado em 07/03/2015. 1950: BORGES, Maria Luisa, 2004. 1960:Anotações do Trabalho acadêmico de Teoria e História de Urbanismo , 4º ano – 2º semestre. 1960: Anotações acadêmica

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