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INFILTRAÇÕES A CIDADE EM FOCO
INFILTRAÇÕES - A CIDADE EM FOCO TGI II. 2012 JULIANNA PROTA G. DE OLIVEIRA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO INSTITUTO DE ARQUITETURA E URBANISMO SÃO CARLOS
PROFESSORES CAP: JOUBERT JOSE LANCHA LÚCIA ZANIN SHIMBO SIMONE HELENA T. VIZIOLI FRANCISCO SALLES T. FILHO
ÍNDICE
4-7 > 7-13 >
INQUIETAÇÕES
infiltrações referenciais
15-21 >
infiltrações na macro-escala da cidade
22-108 >
infiltrações na micro-escala da cidade
109-139 >
AÇÕES
PRIMEIRAS CONSIDERAÇÕES
4
Chegou o momento em que uma primeira síntese sobre os conhecimentos e experiências adquiridos ao longo do curso de Arquitetura e Urbanismo impõe presença e concretização projetual. Pensar sobre esta arte que envolve a construção e que permeia tantos outros campos do conhecimento; que é feita para e pelo homem e que, portanto, esta imersa na sua complexidade, assim como na complexidade de relações da cidade. Um processo que teve início no primeiro ano de faculdade, mas que ganha corpo durante as etapas de Pré-TGI e TG1, e agora delimita seu ciclo em TGI2. Um árduo processo de investigação na busca em concatenar idéias, não necessáriamente de forma linear nem com a pretensão de ser um produto acabado, mas que evidencia o processo. Constante ir e devir, da escala do macro ao micro e vice-versa, na busca por estabelecer relações. Muito mais um projetar condições do que condicionar o projeto. Além disso, um processo investigativo que foi antes um processo de desnaturalizar a minha própria forma de projetar e pensar a arquitetura, de modo a desligar algumas coisas do automático, (re)construção de um novo olhar não pautado pelas primeiras percepções; uma problematização que começa pelas questões simples.
INQUIETAÇÕES
O trabalho tem o nome de Infiltrações – a cidade em foco, devido ao interesse em lidar com o pré-existente, com a dinâmica da cidade, diferentemente da tábula rasa. Novos usos, atividades sempre devem ser pensados em relação aos já existentes. Não se deve perder de vista para quem a arquitetura esta sendo feita. A cidade, ao mesmo tempo que invade o projeto, é também invadida por este. Ter a consciência, que ao projetar, se está também redesenhando a cidade, seu funcionamento, organizando novas concepções em sua trama, agindo sobre seus fluxo e sobre sua dinâmica física e simbólica. Uma estratégia não baseada numa continuidade histórica nem espacial, nem na homogeneidade histórica ou social, mas sim na indeterminação e no dinâmico. O interesse no desenvolvimento do trabalho está primeiramente apontado para um enfrentamento em lidar com a indeterminação e o dinâmico, a instabilidade da configuração urbana num processo contínuo de articulação.
Assim um olhar que permeado primeiramente por pequenas mudanças, mesma no forma de nomear as coisas, foi tomando corpo e ampliando o seu horizonte. Um incessante questinar-se sobre as diferentes escalas do existente. Ter a noção, como coloca Marketica Potrc, que não podemos mais trabalhar com idéias pré-concebidas dos espaços. Devemos intensionar torná-los atuais. Isso se insere dentro de uma tentativa de olhar para as coisas em termos de sociedade e, sobretudo, em termo dos usuários dessa sociedade. Dessa maneira, Potrc, ao invés de se referir aos espaços da cidade como espaço público, usa o termo espaço compartilhado, uma vez que tal mudança tras implícito a idéia do usuário, de que existe uma participação. Este trabalho incorpora essa respossabilidade, essa maneira de olhar para a cidade e de lidar com um conhecimento que deve ser reinventado. Assim, é fundamental a análise de algumas obras como exemplos de soluções que dialogam com as inquietações aqui colocadas, de modo a aprofundar o entendimento do tema e as abordagens projetuais em relação a este.
infiltrações referenciais
CIDADE
P 7-13
Vale notar o modo inicial como Lina denomina este espaço a ser criado, dando preferência ao termo centro de lazer ao invés de centro cultural, pois “o cultural pesa muito pesa muito e pode levar as pessoas a pensarem que devem fazer cultura por decreto. E isso, de cara, pode causar uma inibição ou embotamento traumático”.
A relação entre arquitetura e a cidade encontra em Lina Bo Bardi, mais do que uma defensora, uma expoente praticante. Lina preconiza não a delimitação da arquitetura, mas a potencialização dos espaços, canalizando peculiaridades/potencialidades sensitivas do local a favor do projeto e tirando força da participação dos usuários. É dessa maneira, por exemplo, que ela realiza a intervenção na antiga fábrica de tambores de pompéia. Ao mesmo tempo em que ela preserva a identidade da fábrica e do local, com o aspecto de vila operária, estruturado por uma rua central e diversos pavilhões distribuídos ao longo dessa via, Lina busca disseminar o projeto na cidade, atuando nos limites e tensionando as relações. “Lina junta materiais, organiza relações espaciais e sobrepõe referências culturais, elaborando uma plasticidade plena de poesia e delicadeza para sua arquitetura. É a partir destas ações de juntar, aproximar e contrapor que a materialidade de sua arquitetura se configura.”
É de interesse deste trabalho a forma como Lina Bo Bardi encara o artesanato e sua relaçao com a cultura. Lina coloca que existe uma confusão inadequada entre os termos folclore e artesanato, reduz a potencia utilitária do artesanato, tomando-o apenas por seus aspectos superficiais e não por possibilidades estruturantes. Artesanato designa uma categoria de manifestação mais autenticamente porpular, vinculado à condiçõe s específicas para ser produzido. “Para Lina Bo Bardi, esta produção manufaturada deixaria de ter significado cultural sob duas condições: quando as condições sociais que a estruturam se esgotam e também quando o corporativismo estatal se apropria desta produção para legitimar um discurso nacionalista. Isto justifica sua preocupação em ajustar os termos de seu discurso” (ROSSETTI)
Me chama a atenção o cuidado que Lina Bo Bardi sempre persegue em seus projetos e em seus levantamentos críticos em não engessar, nem mesmo permitir que engessem, as coisas. Como Lina possui uma consciência de liberdade e sensibilidade com as subjetivações criadas por todos. A arquiteta busca ir na direção contrária a qualquer repressão, de instlação de códigos, normas.
Um cuidado com a materialidade já existente e na reinserção de novas, de modo a “agregar valor ao velho edifício a partir da reaparição do existente – da valorização dos elementos que o projeto conclama, emergidos a partir de uma confrontação com o presente e que nos fazem atentar à experiência arquitetural do passado”. Após as colocações a cima, percebe-se que o que foi primordial neste projeto de intervenção foi a forma adotada de ação no existente, baseada num pensamento relacional e, assim, que não busca imperativos, mas trabalha nas interfaces.
Inserido num projeto mais amplo, que busca progressivamente devolver a vida ao Bairro da Luz na cidade de São Paulo, o projeto de intervenção no antigo Liceu de Artes e Ofícios refuncionalizou o edifício para um museu artístico nas mãos do arquiteto Paulo Mendes da Rocha, juntamente com os arquitetos Eduardo Colonelli e Wellinton Torres. Me interessa trazer este projeto pela forma como foi retrabalhado a pre-existencia e todas os questionamentos envoltos nessa operação. Um cuidado desde lidar com as camadas históricas e já existentes, perpassando por questões de implantação e ligação com a cidade até intervenções mais pontuais, na escolha e posicionamento dos materiais. Chama a atenção a maneira como são realizadas mudanças na espacialidade do existente, com a revelação dos espaços externos em espaços de permanência e de passagem, com a criaçao de novos eixos suspensos de circulação. Uma ação que possibilita novas formas de apreensão e fruição da arquitetura e do acervo em exposição.
“onde os aspectos da temporalidade não ficam presos às questões estéticas, éticas e morais de como conjugar dois tempos que, em verdade, não podem ser tomados como coisas diferentes, mas avança em seu comprometimento com a realidade que deve articular” [MULLER]
De fato, para além de uma inquietação, a relação arquitetura e cidade impõe uma forma mais consistente de proposta projetual. O objeto do trabalho, persegue, então, uma arquitetura mais próxima da experiência urbana, mais próxima de seus usuários, que se coloca como potência do pensamento, permitindo a capacidade do juízo, do dar-se conta. Assim, uma arquitetura pensada como um processo aberto, que estimula o movimento e a experimentação, na assimilação do improviso e no dar subsídios as reapropriações. “Medir-se com o improjetável. Mergulhar profundamente nos processos de subjetivação que se atuam no corpo-a-corpo com dispositivos contemporâneos, encourajando a aventura humana, despertando a capacidade de encontrar pontos de fuga, direções imprevisíveis e ingovernáveis que façam naufragar qualquer forma de poder que impõe a lei econômica à vida dos homens.”[LUTERO P. ALMEIDA]
13
av. Francisco Junqueira rua Barão do Amazonas
ves
n Jerô . v a imo al Gonç
rua Tibiriça
rua Álvares Cabral
rua Amador Bueno
rua Saldanha Marinho
rua José Bonifácio
rua São Sebastião
rua Bernardino de Campo
rua Rui Barbos
rua Campos Salles
rua Prudente de Morais
rua Lafaiete
rua Florêncio de Abreu
rua Américo Brasiliense
rua Visconde de Inhaúma
rua General Osório
rua Duque de Caxias
rua Cerqueira César
infiltrações na macro-escala
17
RIBEIRÃO PRETO É A CIDADE ONDE ESTÁ INSERIDA A ÁREA DE INTERVENÇÃO. CIDADE DO INTERIOR DO ESTADO DE SÃO PAULO, RIBEIRÃO POSSUI HOJE 604.482 HAB (IBGE 2010). CIDADE, PORTANTO, DE PORTE MÉDIO E QUE ESTA EM PLENA CONFORMAÇÃO. DESSA FORMA, VAI SENDO ORGANIZADA POR ÁREAS DE EXPANSÃO ALÉM DO SEU LIMITE URBANO, AO MESMO TEMPO EM QUE SÃO REAFIRMADAS OU SE ESTABELECEM NOVAS RELAÇÕES NA SUA ÁREA CENTRAL. A ÁREA EM DESTAQUE É O CHAMADO QUADRILÁTERO CENTRAL DA CIDADE, DELIMITADO PELAS AVENIDAS FRANCISCO JUNQUEIRA, INDEPENDÊNCIA, NOVE DE JULHO E JERÔNIMO GONÇALVES. ÁREA DE CONVERGÊNCIA DAS VIAS ESTRUTURANTES DA CIDADE, É UMA REGIÃO DE FÁCIL ACESSO.
O PROJETO TRABALHA SEGUNDO A PERCEPÇÃO DE DUAS CENTRALIDADES DENTRO DO QUADRILÁTERO CENTRAL DE RIBEIRÃO. UM CENTRO CUJO NÚCLEO É PRAÇA XV DE NOVEMBRO, QUE CONCENTRA GRANDE PARTE DAS ATIVIDADES, FLUXOS E EVENTOS DA CIDADE, COM UMA NÍTIDA DISTINÇÃO DO ENTORNO PELO GABARITO MAIS ALTO, DEVIDO A CONCENTRAÇÃO DE ELEVADOS EDIFÍCIOS; E UMA OUTRA CENTRALIDADE AO REDOR DO EIXO DO CÓRREGO DO RIBEIRÃO E SUA RESPECTIVA AVENIDA LINDEIRA JERÔNIMO GONÇALVES, MARCADA PELO DECLÍNIO DAS ATIVIDADES COMERCIAIS, DEVIDO AO ESPRAIAMENTO E MULTIPLICAÇÃO DOS SHOPPINGS CENTERS PELA CIDADE; CONSTITUI-SE NUMA CENTRALIDADE PARALELA, DOMINADA POR UMA PROFUSÃO DE FLUXOS DE CARROS E TRANSPORTE PÚBLICO E PONTES, POIS É UM DOS PRINCIPAIS PONTOS DE PARTIDA E DE PASSAGEM PARA OUTRAS ZONAS. ESTA SEGUNDA CENTRALIDADE, DE MANEIRA GERAL, TEVE SUA IDENTIDADE CRIADA PELA PRESENÇA DO MERCADO MUNICIPAL E PELA MULTIPLICIDADE DE ATIVIDADES COMERCIAIS DE DIFERENTES TAMANHOS MESCLADOS À MORADIA. AS QUADRAS SOFRERAM CONSTANTES TRANSFORMAÇÕES: NA IMPOSSÍBILIDADE DE CRESCER EM GABARITO, PELA DEBILIDADE DAS CONSTRUÇÕES, O CRESCIMENTO SE DEU EM DIREÇÃO AO MIOLO DE QUADRA, GERANDO CONFIGURAÇÕES QUE FOGEM À UMA LÓGICA CONSTRUTIVA .
córrego do Retiro
PREFEITURA MUSEU DE ARTE ESCOLA MUNICIPAL PRAÇA XV DE NOVEMBRO
SESC
PRAÇA DAS BANDEIRAS CATEDRAL
PRAÇA LUIS DE CAMÕES
BIBLIOTECA MUNICIPAL CENTRO CULTURAL TEATRO PALACE PEDRO II
ESTÚDIOS KAISER DE CINEMA
MERCADO MUNICIPAL
CENTRO POPULAR COMPRAS
o ibeirã R o g e órr
c
PARQUE MAURÍLIO BIAGI TERMINAL RODOVIÁRIO PRAÇA UNIDADE SCHMIDT DE SAÚDE
Preto
infiltrações na micro-escala
22
> ILUSTRAÇÃO DA ÁREA ELEVADA E, PORTANTO, DE USO EXCLUSIVO PARA O PEDESTRE, ENTRE O MERCADO MUNICIPAL E O CENTRO POPULAR DE COMPRAS [CPC]. UM DOS ÚNICOS ESPAÇOS DA ÁREA DESTINADOS À CIDADE. UM INTERSTICIO QUE GANHA VIDA NA APROPRIAÇÃO DO SEU ESPAÇO
> VISUAL A PARTIR DA RODOVIÁRIA, COM DESTAQUE PARA PRESENÇA DO TERMINAL DE ÔNIBUS E, MAIS ADIANTE, O CPC.
> DESTAQUE PARA AS DINÂMICAS DA ÁREAS, MARCADA PELO USO COMERCIAL PERMEADO PELO IMPROVISO.
> ILUSTRAÇÃO DAS ÁRES DE ESTACIONAMENTOS, REOORRENTES EM TODA A EXTENSÃO DA ÁREA.
delimitação da área de intervenção avenidas que delimitam o quadrilátero central em destaque Francisco Junqueira e Jerônimo Gonçalves
intensidade do fluxo demarcação das duas centralidades
28
> LOCALIZADA NO ENTRE DAS DUAS CENTRALIDADES DO QUADRILÁTERO CENTRAL, A ÁREA DE INTERVENÇÃO É CONSTRUÍDA POR FLUXOS. PERMEADA NESTE NÓ DE TRANSPORTES, O CARÁTER DE ESPAÇO PÚBLICO FOI QUASE POR COMPLETO DISSOLVIDO.
rua Bernardino de Campos
rua Rui Barbosa
rua Campos Salles
rua Prudente de Morais
rua Lafaiete
rua Florêncio de Abreu
rua Américo Brasiliense
rua Visconde de Inhaúma
rua São Sebastião
rua Barão do Amazonas
rua General Osório
rua Cerqueira César
rua Duque de Caxias
av. Francisco Junqueira
rua Bernardino de Campos
rua Rui Barbosa
rua Campos Salles
rua Prudente de Morais
rua Lafaiete
rua Florêncio de Abreu
rua São Sebastião
rua Américo Brasiliense
rua Visconde de Inhaúma
rua General Osório
rua Barão do Amazonas
rua Duque de Caxias
av. Francisco Junqueira
rua Cerqueira César
rua Tibiriça rua Tibiriça rua Álvares Cabral rua Álvares Cabral
rua Amador Bueno rua Amador Bueno rua Saldanha Marinho rua Saldanha Marinho
rua José Bonifácio rua José Bonifácio
s
alve
nimo
s
alve
Gonç nimo
av.
av.
Jerô
> diagrama de intensidade do fluxo na área, sobreposição dos percursos de pedestre, com os de carro e meios de tranporte urbano.
> delimitação da área de intervenção.
Gonç
Jerô
> destaque para os eixos de fluxo que atravessam a área de intervenção.
A INFILTRAÇÃO ENTÃO SE ENTRANHA ENTRE QUADRAS E GERA UM ESPACO INTERNO A ESTAS, NUMA POSSIBILIDADE DE FUGA À LÓGICA ORTOGONAL DO TRAÇADO URBANO, AO MESMO TEMPO QUE PRIVILEGA A BUSCA DA CONTINUIDADE E DINÂMICA DOS ESPAÇOS DA CIDADE. RE-TRABALHAR ESTE ESPAÇO DE FLUXOS EM ESPAÇOS QUE TAMBÉM PERMITAM PERMANÊNCIAS. DIVERSAS SÃO AS FORMAS QUE SE PODE ENCARAR ESSE VAZIO CRIADO. POR ISSO, A INTERVENÇÃO É CONSTRUÍDA NUM INCESSANTE IR E VIR DE ESCALAS, DE CAMADAS. UMA AÇÃO QUE PREZA POR DESPERTAR REFLEXÕES ANTES DE CONDICIONÁ-LAS, SE COLOCANDO ENTRE O PROGRAMADO E ABERTURA À CONSTRUÇÃO DE NOVAS SITUAÇÕES.
33
COM BASE NA PERSPECTIVA DE INTERCÂMBIO ENTRE ESPAÇOS COMPARTILHADOS DA CIDADE, COM ATIVIDADES CULTURAIS E DE LAZER, A INTERVENÇÃO PROPÕE A CRIAÇÃO DE UM ESPAÇO DE LAZER EM RIBEIRÃO PRETO, EM QUE, ATRAVÉS DO PROLONGAMENTO E DESDOBRAMENTO DOS PASSEIOS PÚBLICOS NO INTERIOR DAS QUADRAS, ESTABELECEM-SE VÍNCULOS COM OS USOS DO ENTORNO.
AINDA SOBRE RIBEIRÃO, VALE COLOCAR QUE É UMA CIDADE QUE SE DESTACA NO CENÁRIO REGIONAL NO ÂMBITO CULTURAL, DEVIDO, POR EXEMPLO, A EVENTOS COMO A FEIRA NACIONAL DO LIVRO E POR VIRADAS CULTURAIS. TAIS EVENTOS SÃO REALIZADOS, PRIORITARIAMENTE, NA PRAÇA XV DE NOVEMBRO. JÁ ESTE ANO, ESSE ESPAÇO REVELOU-SE INSUFICIENTE PARA A PRODUÇÃO DOS FESTIVAIS. PARA ALÉM DE COLOCAR A QUESTÃO DA ESCASSES DE ESPAÇOS COMPARTILHADOS NA CIDADE, BUSCA-SE AQUI EVIDENCIAR O ESPRAIAMENTO DA PRODUÇÃO DESSES EVENTOS POR OUTROS ESPAÇOS DA CIDADE, OCUPANDO ATÉ PRAÇAS E RUAS. A PRIMEIRA VISTA, NOTA-SE, EM RIBEIRÃO, UMA CONCENTRAÇÃO DE ATIVIDADES CULTURAIS NAS ÁREAS TEATRAIS, MUSICAIS E DE CINEMA, TENDO NO TEATRO D. PEDRO II E, MAIS RECENTEMENTE, NOS ESTÚDIOS KAISER DE CINEMA, ESPAÇOS POTENCIAIS DESSAS ATIVIDADES ARTÍSTICAS.
TOMA-SE A CIDADE COMO UM GRANDE ESPAÇO COLETIVO ABERTO. ASSIM A EXPLORAÇÃO PROGRAMÁTICA PROPOSTA, BASEADA NA INTERAÇÃO ENTRE ARTES DO FAZER, ENTRELAÇAMENTO ENTRE O ARTESANATO, O DESIGN, E EXPRESSÕES ARTÍSTICAS URBANAS, É ENTENDIDA COMO COMPLEMENTO AO CONJUNTO DE ESPAÇOS DE LAZER DA CIDADE. É IMPORTANTE RESSALTAR, A INTERVENÇÃO BUSCA CRIAR UM ESPAÇO COLETIVO, QUE POSSUI ARTICULAÇÃO COM USOS CULTURAIS DA CIDADE, MAS QUE NÃO PERSEGUE BASES NUM CORPORATIVISMO ESTATAL. ESSE ESPAÇO É PARA O POVO E POR ELE DEVE SER GERADO, ORGANIZADO.
educação
cinema
arte educação
educação lazer eventos lazer esporte arte música teatro
arte música teatro
educação
educação
música eventos cinema eventos
ARTESANATO ARTE DESIGN
lazer esporte
> ÁREA DE INTERVENÇÃO
Q01
Q02
s
o
m i n ô r e J a d aveni
e v l a ç Gon
Q03
38
_ 538,70
_ 534,70
_ 531,70
_ 528,70
_ 525,70
_ 522,70
O PROJETO CONSTITUI-SE, PRIMARIAMENTE, POR DOIS GRANDES PLATÔS NA SUPERFÍCIE [NAS COTAS DE NÍVEL 525,70 E 528,70] QUE SE ARTICULAM CONFORME O ENCONTRO DAS ATIVIDADES PROPOSTAS E DO CRUZAMENTO DE FLUXOS NOS PATAMARES , NUM ENTRELAÇAR COM A CIDADE E SEUS USOS, CONSTRUINDO OS ESPAÇOS DE PERCURSO E DE PERMANÊNCIA DENTRO DO PROJETO E DAS MEDIAÇÕES AS QUADRAS DE INTERVENÇÃO. ATRAVÉS DO EIXO LONGITUDINAL CENTRAL INSEREM-SE OUTROS EIXOS TRANSVERSAIS DE CIRCULAÇÃO EM CONJUNTO COM GRANDES ÁREAS DE CONVÍVIO AO AR LIVRE, QUE BUSCAM VÍNCULOS COM OS USOS DO ENTORNO.
f
_ 538,70
e
_ 534,70
d
_ 531,70
c
_ 528,70
b
_ 525,70
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_ 522,70
a
_ 522,70
0
10
15
rua são sebastião
rua josé bonifácio
20
f
_ 538,70
e
_ 534,70
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_ 525,70
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_ 522,70
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_ 525,70
0
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rua são sebastião
rua josé bonifácio
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0 10 rua s達o sebasti達o
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rua josé bonifácio
0 10 rua s達o sebasti達o
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rua josé bonifácio
0 10 rua s達o sebasti達o
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rua josé bonifácio
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_ 538,70
rua josé bonifácio
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rua s達o sebasti達o
_ 525,70
0
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15
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planta de cobertura
rua josĂŠ bonifĂĄcio
TOMA-SE A CIDADE COMO UM GRANDE ESPAÇO COLETIVO ABERTO. ASSIM A EXPLORAÇÃO PROGRAMÁTICA PROPOSTA, BASEADA NA INTERAÇÃO ENTRE ARTES DO FAZER, ENTRELAÇAMENTO ENTRE OS CAMPOS DO ARTESANATO E DO DESIGN, E EXPRESSÕES ARTÍSTICAS URBANAS, É ENTENDIDA COMO COMPLEMENTO AO CONJUNTO DE ESPAÇOS DE LAZER DA CIDADE. O EDIFÍCIO COMO RECEPTOR E PROPULSOR DE CONEXÕES, DESDE VÍNCULOS COM OS USOS DO ENTORNO, ATÉ DIVERSAS COMBINAÇÕES ENTRE AS ATIVIDADES LIGADAS AOS PRÓPRIOS CAMPOS PROGRAMÁTICOS PROPOSTOS, ESPAÇOS TAMBÉM ENTRELAÇADOS POR ESPAÇOS DE EXPOSIÇÃO E DE EXPERIMENTAÇÕES TEATRAIS, MUSICAIS, DE DANÇA, ENTRE OUTROS. FOI PRECISO PENSAR E LIDAR COM O CAMPO DO ARTESANATO NA ATUALIDADE. PERCEBER QUE O ARTESANATO, HOJE, TRABALHA SEGUNDO UMA IMPRECISÃO, SEJA NO FAZER EM SI, EM QUE SEU ALCANCE FOI RELEGADO A UM SABER ARCAICO, DESPROVIDO DE GRANDES UTILIDADES, RESERVADO AO MERCADO DE FUTILIDADES OU AO TURISMO; SEJA NA DELIMITAÇÃO DO SEU PRÓPRIO CAMPO DE AÇÃO, QUE ESTÁ CADA VEZ MAIS PRÓXIMO DE OUTRAS ARTES DO FAZER. DESSA FORMA, PERSEGUE-SE AUMENTAR O CONHECIMENTO A RESPEITO DO ARTESANATO EM CONJUNTO COM O DESIGN E À ARTE. REPENSAR O SISTEMA DE ENCONTRO ENTRE ESSES CAMPOS, O QUE IMPLICA EM CRIAR CONDIÇÕES PARA QUE OS ENVOLVIDOS NA PRODUÇÃO ENCONTREM O SENTIDO DE SEU TRABALHO E POSSAM, ELES MESMOS, NORTEÁ-LO DE ACORDO COM AS SUAS NECESSIDADES.
Rua José Bonifácio
Rua Lafaiete
Rua Florêncio de Abreu
Rua Américo Brasiliense
Rua São Sebastião
Rua Saldanha Marinho
ponto de ônibus ponto de ônibus-em nivel com a quadra em questao
DESIGN ARTESANATO ARTE
NÍVEL 531,70 diagrama exploração programática
espaços das edificações existentes espaços dos núcleos densos adicionados dispositivos de conexão
escadas
elevadores
rampas
passarelas
CORTE LONGITUDINAL
fluxo passeio permanência
eixo de circulação vertical
eixo de circulação vertical
estúdios de malharia, tecelagem, pintura
VER CONVERSA APRENDER FAZER PERMANÊNCIA CAMINHA exposição PERMANÊNCIA FAZER ATELIÊS ACESSO ACESSO ESPAÇO COMPARTILHADO CONVERSA ACESSO REFRESCA PERCURSO EVENTO CAFÉ CONVERSA arquibancada espaço para estar apresentações repouso >teatrais, leitura musicais, de dança, etc
eixos de circulação vertical
espaço com equipamento para
VER CAMINHA VER PERMANÊNCIA CAMINHA VER ESPAÇO CAFÉ DESCANSA EXPOSIÇÃO COMPARTILHADO
APRENDER desenvolver protótipos FAZER VER FAZER EXPERIMENTAÇÕES ACESSO REFRESCAR MULTIMEIOS
CRIA-SE UM ESPAÇO COMPARTILHADO, FORMADO POR UM CONJUNTO ARQUITETÔNICO ARTICULADO ENTRE UMA BASE EDIFICATÓRIA EXISTENTE E NÚCLEOS DENSOS DE EDIFICAÇÕES NOVAS, CUJA INTERFASE É TRABALHADA POR DISPOSITIVOS DE CONEXÃO, REPRESENTADOS POR EIXOS FIXOS DE CIRCULAÇAO VERTICAL (ESCADAS, ELEVADORES E RAMPAS) E HORIZONTAL (PASSARELAS).
edificações existentes núcleos densos adicionados intercâmbio com usos do entorno pontos de ônibus eixo longitudinal central eixos secundários de percursos
BUSCA-SE VER NA INTERPRETAÇÃO DA QUALIDADE DO VAZIO UMA EXTENSÃO DO OBJETO NÃO APRISIONADO AO PRAGMATISMO DA FORMA E DO DOMÍNIO. UM ESPAÇO QUE É PENSADO E CRIADO A PARTIR DO CAMINHAR: TIRAR FORÇA DO GRANDE FLUXO DE PESSOAS QUE PASSAM PELA ÁREA DE INTERVENÇÃO, PROPORCIONANDO-LHES NOVAS FORMAS DE TRANSPOSIÇÃO DIÁRIAS, MAS TAMBÉM ESPAÇOS ONDE ELA POSSAM PERMANECER E NOS QUAIS ELAS SE IDENTIFIQUEM. A IMPLANTAÇÃO ESTRUTURA-SE A PARTIR DE UM EIXO CENTRAL QUE BUSCA A UNIDADE VISUAL E QUE TIRA PARTIDO DA TOPOGRAFIA PARA CRIAR VÍNCULOS ENTRE OS ESPAÇOS E AS QUADRAS. AO PERCORRER A EXTENSÃO DA ÁREA SE ARTICULAM PERCURSOS, ATIVIDADES, PÁTIOS, PRAÇAS; UM TENSIONAMENTO DAS DISTINTAS SITUAÇÕES EXISTENTES.
Q1 Q2 Q3
liberação de visuais para melhor percepção das edificações existentes criação de vínculos intra e interquadras
A INTERVENÇÃO É PENSADA ENQUANTO PERCEPÇÃO SIMULTÂNEA DA MULTIPLISCIDADE DE NÍVEIS DA COMPLEXIDADE DA CIDADE. LIDAR COM UMA SITUAÇÃO EXISTENTE, QUE SERÁ CONFRONTADA, EXTRAPOLADA, RECOLOCADA. UM PROCESSO QUE VAI DESDE A ESCALA DO URBANO ATÉ UMA AÇÃO MAIS PONTUAL, DOTADA SEMPRE DA PREOCUPAÇÃO COM O COLETIVO E NA BUSCA POR CRIAR PARÂMETROS POSSÍVEIS DE RELAÇÕES DENTRO DA NOÇÃO DESSE ESPAÇO COMPARTILHADO. ISSO POSTO, OPERA-SE SEGUNDO UMA ESTRATÉGIA DE DESCONSTRUÇÃO, DE MODO A LIBERAR AS CAMADAS DO EXISTENTE EM QUESTÃO. TAIS CAMADAS SERÃO TRABALHADAS ENQUANTO RELAÇÕES: RECIPIENTES DA EXISTÊNCIA, QUE, POR SUA NATUREZA RELACIONAL, NÃO DETERMINAM, MAS POSSIBILITAM ACONTECIMENTOS.
PREEXISTÊNCIAS
rua Saldanha Marinho
> A REGIÃO CONSTITUI-SE NUM DOS PONTOS INICIAIS DA CIDADE E, ASSIM, ESTEVE PERMEADA POR CONSTANTES TRANSFORMAÇÕES, INCLUSIVE DESCARACTERIZAÇÕES DE SUA ARQUITETURA ORIGINAL. FATO AGRAVADO PELO USO PREDOMINANTEMENTE COMERCIAL DA ÁREA. ASSIM, ADAPTAÇÕES, AO LONGO DO TEMPO ÀS DINÂMICAS ECONÔMICAS, SOCIAIS E CULTURAIS.
rua Lafaiete
rua Florêncio de Abreu
rua Américo Brasiliense
rua São Sebastião
rua José Bonifácio
INFILTRAÇÕES
rua Saldanha Marinho
rua José Bonifácio deliminitação da área de intervenção edificações existentes a intervir edificações total ou parcialmente desocupadas uso como estacionamento demolições
edificações adicionadas dispositivos de conexão escadas
rua Lafaiete
rua Florêncio de Abreu
rampas passarelas rua Américo Brasiliense
rua São Sebastião
elevadores
uso comercial reinserido
> A INFILTRAÇÃO CONSISTE EM ADIÇÕES E SUBTRAÇÕES AO PREEXISTENTE, ADICIONANDO NÚCLEOS DENSOS [EDIFICAÇÕES NOVAS], DISPOSITIVOS DE CONEXÃO REPRESENTADOS POR EIXOS FIXOS DE CIRCULAÇÃO VERTICAL [ESCADAS, ELEVADORES E RAMPAS] E PLANO HORIZONTAL [PASSARELAS] - E APARATOS FLEXÍVEIS, QUE AUXILIAM NA OCUPAÇÃO E APROPRIAÇÃO DESSE ESPAÇO
CAMADA DAS EDIFICAÇÕES EXISTENTES
P 71-82
CAMADA DAS EDIFICAÇÕES ADICIONADAS
P 83-90 CAMADA DOS DISPOSITIVOS DE CONEXÃO
P 91-98
APARATOS FLEXÍVEIS DE OCUPAÇÃO
P99-104
a Laf a ru
A ncio de ê r o l F a ru
rua A méric o Bra sili
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Seb
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rua Saldanha Marinho
rua José Bonifácio
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çal mo Gon i n ô r e J
CAMADA DAS EDIFICAÇÕES EXISTENTES
infiltrações
FORAM SELECIONADAS TRÊS EDIFICAÇÕES NA ÁREA DE INTERVENÇÃO A SEREM RETRABALHADAS. OPERA-SE NO SENTIDO DE QUESTIONAR A DISTINÇÃO NOS EDIFÍCIOS DE UMA FACHADA PRINCIPAL, VOLTADA PARA AS VIAS DE CIRCULAÇÃO DA CIDADE, EM CONTRAPONTO, AS DEMAIS FACHADAS. A INTERVENÇÃO,AO LIBERAR TRANSPOSIÇÕES NO INTERIOR DAS QUADRAS, EXPÕE ESTE RACIOCÍCIO E O TENSIONA ATUANDO EM DIFERENTES NÍVEIS DE INTERVENÇÃO, QUE TRABALHAM DESDE INFILTRAÇÕES NA ESCALA DO URBANO - POSSIBILITAR O PROLONGAMENTO DOS PASSEIOS URBANOS -, ATÉ INFILTRAÇÕES MAIS PONTUAIS, COMO NA INTEGRAÇÃO ENTRE ESPAÇOS DO EDIFÍCIO AO PROMOVER RECORTES NAS LAJES. CADA QUADRA CONCENTRA DETERMINADO NÚMERO DE PREEXISTÊNCIAS. TAL DIFERENÇA DELINEOU UMA FORMA DE COMO OPERAR.
intervenção no existente, de modo a facilitar a Leitura da edificação, com a repintura das paredes, na cor branca, de modo a revelar seu desenho e ressaltar as aberturas, essas também retrabalhadas, com a remoção de caixilhos e telas de proteção, e uso de chapa metálica em substituição as antigas esquadrias.
redefinição dos acessos do edifício com redesenho das aberturas retirada das portas metálicas; uso da madeira [entradas] e vidro como materialidade.
edificação do entorno demolida criação de um novo acesso a quadra; nova forma de apreensão da cidade e da edifícação existente.
retirada da antiga marquise, com a reincorporação de uma nova, desenhada na linguagem dos dispositivos de conexão - marcação dos distintas camadas adicionadas. ELEMENTOS RETRABALHADOS
ELEMENTOS REMOVIDOS
DEMOLIÇÕES
Q1
rua são sebastião
rua saldanha marinho
acesso criado
infiltrações pelos dispositivos de conexão
HO A MARIN
DANH RUA SAL
abertura de acessos ao interior da quadra aberturas no térreo redefinição dos acessoas acessos
RUA JOSÉ BONIFÁCIO
abertura de acessos ao interior da quadra aberturas no térreo redefinição dos acessoas acessos
elementos retrabalhados elementos removidos
> EM CONTRAPONTO AS DEMAIS QUADRAS DA ÁREA DE INTERVENÇÃO, ESTA QUADRA NÃO APRESENTA UM EDIFÍCIO EM SI COMO OBJETO DE INTERVENÇÃO. A INFILTRAÇÃO AO ROMPER COM UM ESPAÇO INTERNO AS QUADRAS, CONSTRÕE-SE A PARTIR DE UM CONJUNTO DE PAREDES, QUE SERÃO EXPLORADAS COMO ESPAÇOS PARA APROPRIAÇÃO POR EXPRESSÕES ARTÍSTICAS URBANAS.
Q2
rua josé bonifácio
painéis expositivos, com as técnicas de grafiti, lambe-lambe, stencil, entre outras
acesso criado
galeria ao ar livre espaços de arte
intervenção no existente, de modo a facilitar a leitura da edificação, com a remoção de caixilhos nas aberturas.
edificações do entorno demolidas criação de um novo acesso a quadra; nova forma de apreensão da cidade e da edifícação existente.
remoçaõ da laje do teto do último pavimento, para se ter acesso a luz zenital das aberturas na cobertura, com a recuperação da estrutura do telhado.
redefinição dos acessos do edifício com redesenho das aberturas retirada das portas metálicas; uso da madeira [entradas] e vidro como materialidade. retirada do revestimento existente, de modo a revelar a estrutura original, em tijolo.
ELEMENTOS RETRABALHADOS
ELEMENTOS REMOVIDOS
DEMOLIÇÕES
Q3
rua florêncio de abreu
rua saldanha marinho
acesso criado
ace
sso
cri
ado
espaço para apropriações artísticas liberação de visuais para melhor percepção da edificação existentes criação de vínculos intra e interquadras
abertura de acessos ao interior da quadra aberturas no tÊrreo redefinição dos acessoas acessos
82
rua São ião
ast
Seb
85
a Laf a ru
de Abreu o i c n ê r o rua Fl
rua A méric o Bra silie nse
rua Saldanha Marinho
rua José Bonifácio
ves
av. al o Gonç m i n ô r Je
CAMADA DAS EDIFICAÇÕES ADICIONADAS
infiltrações
A CAMADA ADICIONADA DAS NOVAS EDIFICAÇÕES EMPREGA O CONCRETO APARENTE COMO MATERIALIDADE, DE MODO A SER UMA BASE NEUTRA QUE EVIDENCIE AS DISTINTAS TEMPORALIDADES, SEJA EM RELAÇÃO AS PREEXISTÊNCIAS, SEJA EM RELAÇÃO AS OUTRAS CAMADAS ADICIONADAS. DA MESMA FORMA, O USO DO CONCRETO VEM NO SENTIDO DE NÃO GERAR UM OBJETO QUE SE IMPUSESSE A PAISAGEM, NEM QUE SUBJULGASSE AS PREEXISTENCIAS A SUA NOVA ORDEM.
Q3
Q2
Q1
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rua São ião
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Abreu ncio de ê r o l F a ru
rua A méric o
rua Saldanha Marinho
rua José Bonifácio
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av. al o Gonç m i n ô r Je
CAMADA DOS DISPOSITIVOS DE CONEXÃO
infiltrações
ESCADAS RAMPAS ELEVADORES PASSARELAS
O RACÍCINIO PARA A CONCEPÇÃO DO ESPAÇO CRIADO TIRA FORÇA DAS ESTRUTURAS DE CIRCULAÇÃO, CONSTITUÍDA PELOS DISPOSITIVOS DE CONEXÃO, FORMADA POR PONTOS FIXOS DE CIRCULAÇÃO VERTICAL (ESCADAS, ELEVADORES E RAMPAS) E DE CIRCULAÇÃO HORIZONTAL (PASSARELAS); E AS ÁREAS DE TRÂNSITO, ESPAÇOS QUE SE ABREM AO USO COTIDIANO, ENTRELAÇADOS AS ATIVIDADES, COM ESPAÇOS MAIS DELIMITADOS, GERANDO PONTOS DE INDETERMINAÇÃO DESSAS RELAÇÕES, ABERTOS AS APROPRIAÇÕES. DESSA MANEIRA, UM ESPAÇO ESTRUTURADO PELO CAMINHAR E CUJOS PERCURSOS TENSIONAM A PRÓPRIA INTERVENÇÃO. DETERMINADOS PELOS NÍVEIS DAS EDIFICAÇÕES EXISTENTES, OS DISPOSITIVOS DE CONEXÃO DESENHAM UM PASSEIO SUSPENSO, DE MODO GERAL, CONCENTRADO AO EIXO CENTRAL, MAS QUE SE EXTENDE E SE INFILTRA, ALÉM DO EIXO EM ALGUNS MOMENTOS, DE MODO A POSSIBILITAR OS DISTINTOS MOMENTOS AO LONGO DO ESPAÇO DAS QUADRAS E GARANTIR A RELAÇÃO COM O CONTEXTO URBANO. ESSAS CAMADAS ADICIONADAS DE CIRCULAÇÃO, TRABALHADAS EM CONJUNTO COM A TOPOGRAFIA, SÃO ELEMENTOS QUE ATUAM NAS INTERFACES, NUMA INFILTRAÇÃO QUE SE COLOCA COMO ELEMENTO AGREGADO AO MESMO TEMPO EM QUE PERFURA DETERMINADOS PONTOS DAS EDIFICAÇÕES, TENSIONANDO AS RELAÇÕES NO CONJUNTO DOS TRÊS MOMENTOS DA ÁREA DE INTERVENÇÃO [AS TRÊS QUADRAS].
> INFILTRAÇÕES NAS PREEXISTENCIAS, POR MEIO DE SUBTRAÇÕES rasgar perfurar conectar SOBREPOSIÇÕES.
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conexão ao nível do térreo
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> REAFIRMANDO UMA ARQUITETURA ACOPLADA À OUTRA, ALÉM DE EIXOS PRINCIPAIS DE CIRCULAÇÃO, OS DISPOSITIVOS CRIAM PERCURSOS SECUNDÁRIOS,VOLTADOS PARA O EIXO LONGITUDINAL CENTRAL EXPLORADO NA ÁREA DE INTERVENÇÃO. TAIS PASSEIOS PARALELOS POSSIBILITAM A DESCOBERTA DO ESPAÇO PELO MOVIMENTO..
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> INFILTRAÇÕES NAS PREEXISTENCIAS, POR MEIO DE SUBTRAÇÕES rasgar perfurar conectar SOBREPOSIÇÕES.
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> PRIORIZANDO A CONSTRUÇÃO ESPACIAL DESSE EIXO LONGITUDINAL CENTRAL, OS DISPOSITIVOS SE AGREGAM AOS NOVOS EDIFÍCIOS E EM ALGUNS PONTOS OS PERFURAM COMPLETAMENTE, AMPLIFICANDO AS RELAÇÕES E TENSIONANDO A PRÓPRIA CENTRALIDADE EXPLORADA.
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Q2 VISUAL EXPLORADA A PARTIR DESTE PONTO
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PREEXISTÊNCIA
> TENSIONAM-SE DS CIRCULAÇÕES, APARTIR DE UMA CONSTRUÇÃO QUE PARTE DE UM EIXO LONGITUDINAL CENTRAL, ENTRELAÇADO À PERFURAÇÕES TRANSVERSAIS. UMA INTERVENÇÃO QUE DETEM O OLHAR SOBRE O TODO DAS TRÊS QUADRAS, AO MESMO TEMPO QUE EXPLORA PATICULARIDADES DE CADA MOMENTO.
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EDIFICAÇÃO NOVA EDIFIC
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EIXO LONGITUDINAL CENTRAL
AÇÃO N OVA
Q3 VISUAIS EXPLORADAS A PARTIR DESTES PONTOS
98
99
APARATOS FLEXÍVEIS DE OCUPAÇÃO
infiltrações
FOI ENVOLVIDO POR ESTES CAMPOS, EM QUE É ESSENCIAL UM FAZER, QUE OPERA-SE COM UM QUARTO NÍVEL DE INTERVENÇÃO, QUE BUSCA EXPLORAR O DESENHO DE OBJETOS E MÓVEIS PARA COMPLEMENTAR A ARQUITETURA. OS APARATOS SÃO ELEMENTOS MÓVEIS DE OCUPAÇÃO, PENSADOS TANTO PARA ESPAÇOS DE PERMANÊNCIA, COMO SUPORTE PARA AS APROPRIAÇÕES SÃO PENSADOS ENQUANTO COMPONENTES ADICIONADOS, ACOPLADOS AO CORPO DA ESTRUTURA, COMPOSTOS POR MATERIAIS LEVES QUE CONTRASTEM COM O CONCRETO E, ASSIM, RESSALTEM AS CAMADAS ADICIONADAS. NA NOÇÃO DE OBRA ABERTA, TODOS OS ELEMENTOS ESTÃO DEFINIDOS MAS É NO DIA-A-DIA QUE A OBRA SE RE-COMPLETA.
> de modo a explorar o desenho de diferentes configurações de objetos a partir de uma mesma materialidade, opera-se com elementos do sistema de infraestrutura dos prédios. assim, aparatos flexíveis de ocupação que utilizam tubos de PVC trabalhados em conjunto com as tubulações hidráulicas e elétricas do edífico que, enquanto elementos aparentes, busca-se tirar proveito de seu grafismo como estruturadores dos espaços - espaços que se propôem mais democráticos.
vista superior
> os aparatos de tubos de PVC, articulados com planos horizontais de chapa metálica, seguem uma modulação de 0,40 e 1,10 metros de altura.
0,40 m 0,25 m
vista frontal
> suporte arquibancada
> suporte mesa
> suportes expositivos
vista superior
2,26 m
1,16 m 0,86 m 0,46 m 0,06 m
0,06 m vista frontal
> aparatos para apropriaçþes artĂsticas
vista superior
3,36 m 2,26 m 2,26 m
1,16 m 0,46 m 0,06 m 0,06 m vista frontal
104
> aparatos são estruturas passíveis de serem transportadas entre os diferentes espaços [uso de rodízios]. >aqui estão demonstrados os usos dos aparatos enquanto extensões deste corpo que se apropria do espaço compartilhado. >acima: suporte para apropriações artísticas; abaixo, uso dos aparatos nas áreas de exposição.
> INFILTRAÇÕES ESTA PAUTADO POR UM OLHAR QUE VÊ NO COLETIVO SUA FORÇA. ASSIM, SÃO ESPAÇOS ORIGINADOS DA INTERAÇÃO COM SEUS ESPAÇOS ADJASCENTES E QUE, ENTÃO, NÃO PODEM SER PENSADOS ENQUANTO ENTIDADES ISOLADAS. UMA INTERVENÇÃO QUE OPERA NAS INTERFACES, ATRAVÉS DE AÇÕES DE SUBTRAÇÃO, PERFURANDO OS LIMITES E INTEGRANDO OS ESPAÇOS. 105
TEM-SE ENTÃO PANOS OPACOS ,QUE ROMPIDOS EM DETERMINADOS PONTOS DE SUA ALTURA, NUNCA OCUPAM POR COMPLETO O PÉ-DIREITO DOS LUGARES ONDE ESTÃO LOCALIZADOS. DA MESMA FORMA, ESPAÇOS QUE NECESSITAM DE DETERMINADO ISOLAMENTO - ACÚSTICO, POR EXEMPLO SÃO TRABALHADOS POR VEDAÇÕES CUJA MATERIALIDADE PREZA PELAS RELAÇÕES VISUAIS.
531,70
528,70
109
AÇÕES
110
CORTE LONGITUDINAL
APROXIMAÇÃO CORTE LONGITUDINAL
532,70
531,70
529,90
528,70
526,70
525,70 0
5
10
Q2
APROXIMAÇÃO CORTE LONGITUDINAL
531,70
528,70
528,20 527,70
APROXIMAÇÃO CORTE LONGITUDINAL
530,20 529,70 528,70 527,70
CORTE TRANSVERSAL 117
espaços das edificações existentes espaços dos núcleos densos adicionados dispositivos de conexão
escadas
elevadores
rampas
passarelas
eixos de circulação vertical
extensão de atividades do mercado municipal feiras, festivais gastronômicos
VER CAMINHA PASSEIO COMER CAMINHA PERMANÊNCIA CONVERSA ACESSO PERMANÊNCIA ACESSO REFRESCAR MULTIMEIOS EXPOSIÇÃO REFRESCO ESPAÇO ENTORNO DESCANSO PROJEÇÕES COMPARTILHADO mercado municipal
0
5
535,70
532,70
529,70
525,70 523,20 523,00 522,70
10
APROXIMAÇÃO CORTE TRANSVERSAL
nível 528,70 ponto de ônibus Rua Saldanha Marinho
RECEPÇÃO
ESPAÇO ATELIÊ
EXPOSIÇÃO
BIBLIOTECA
CAFÉ
BIBLIOTECA
Rua São Sebastião
Rua José Bonifácio
Rua Américo Brasiliense
ESTÚDIOS
circulações primárias internas acessos com a cidade acessos perímetro plato dispositivos de conexão áreas de trânsito edificações novas edificações existentes
Q1
rua josé bonifácio acesso criado
proximidade do mercado municipal possibilitar o uso do espaço criado também como uma extensão desse esquipamento.
CORTE TRANSVERSAL 123
espaços das edificações existentes espaços dos núcleos densos adicionados dispositivos de conexão
escadas
elevadores
rampas
passarelas
PAREDE COMO ESPAÇO DE EXPRESSÃO ARTÍSITICA
ACESSO
DESCANSAR VER PERMANÊNCIA
ESPAÇO MULTIUSO PERCURSO SANITÁRIOS VER PASSEIO PERMANÊNCIA CONVERSA CAFÉ DESCANÇO SOMBRA GALERIA AO AR LIVRE PERMANÊNCIA PONTO DE ÔNIBUS
0
5
10
APROXIMAÇÃO CORTE TRANSVERSAL
537,70 534,70 531,70
529,70 528,70 527,70 526,70 525,70 524,70 523,70 522,70
Q2 nível 531,70
ponto de ônibus
Rua Florêncio de Abreu
Rua José Bonifácio
Rua Américo Brasiliense
LEITURA DESENHO
LEITURA
SALAS MULTIUSO
Rua Saldanha Marinho
circulações primárias internas acessos com a cidade acessos perímetro plato dispositivos de conexão áreas de trânsito edificações novas edificações existentes
Q2
iado acesso cr
rua saldanha marinho
CORTE TRANSVERSAL 129
espaços das edificações existentes espaços dos núcleos densos adicionados dispositivos de conexão
escadas
elevadores
rampas
passarelas
eixos de circulação horizontal eixos de circulação vertical
eixos de circulação vertical
EXPOSIÇÃO MIRANTE PASSEIO VER CAMINHA ESPAÇO PRÁTICO MULTIMÍDIA ENTORNO ENTORNO ACESSO TRANSPOSIÇÃO ACESSO ESPAÇO COMPARTILHADO PERMANÊNCIA CONVERSA REFRESCAR
0
5
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APROXIMAÇÃO CORTE TRANSVERSAL
533,70
530,70 529,70
EXTENSÃO DO ESPAÇO «BOM PRATO»
ponto de ônibus
Q3 nível 529,70
sanitários
Rua Saldanha Marinho EXTENSÃO DO ESPAÇO «BOM PRATO» RECEPÇÃO
sanitários
circulações primárias internas acessos com a cidade acessos perímetro plato 6,0
Rua Lafaiete
Rua José Bonifácio
Rua Florêncio de Abreu
ESPAÇO MULTIMIDIA
dispositivos de conexão áreas de trânsito edificações novas edificações existentes
530,70
> PERCURSO NO ENTRE QUADRAS [Q1-->Q3]
ALMEIDA, Lutero Proscholdt. Dobras Deleuzianas, Desdobramentos de Lina Bo Bardi - considerações sobre «desejo» e o «papel do arquiteto» no espaço projetado. Disponível em: <http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/13.146/4422> BUCCI, Angelo. São Paulo, razões de arquitetura – da dissolução dos edifícios e de como atravessar paredes. São Paulo: Romana Guerra, 2010 CALIL, Ozório Jr. O centro de Ribeirão Preto: os processos de expansão e setorização. Dissertação de Mestrado em arquitetura e Urbanismo, Instituto de Arquitetura e Urbanismo, São Carlos, USP, 2003. FERRAZ, Marcelo. Numa velha fábrica de tambores. SESC-Pompéia comemora 2 5 a n o s . D i s p o n í v e l e m : <http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/minhacidade/08.093/1897> GUATELLI, Igor. A ampliação da Biblioteca de Estocolmo. Discussões sobre d o i s a r q u i v o s . D i s p o n í v e l e m : <http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/08.087/221> LEON, Ethel. Design e artesanato: relações delicadas. Revista D'ART Disponível em <http://www.centrocultural.sp.gov.br/revista_dart/pdfs/dart12%20desig n%20e%20artesanato%20rela%C3%A7%C3%B5es%20delicadas.pdf> MULLER, Fábio. Velha-nova Pinacoteca: de espaço a lugar. Disponível em: <http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/01.007/951>
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«uma pessoa não pode possuir o espaço, mas somente pode usá-lo» LINA BO BARDI