Boletim do
ENEM
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A causa: Uma análise sociológica
Os casos de ataques ocorridos em Suzano, na Nova Zelândia e na Holanda, três com realidades diversas, com formações sociais e econômicas próprias, localizados em diferentes regiões do mundo e com motivações específicas, expressaram de forma clara e inconteste que os nossos vínculos sociais são frágeis e suscetíveis de atos cuja covardia e desumanidade assustam até mesmo aos mais incrédulos. A leitura de tais ações tem várias interpretações distintas ou próximas, mas o que as une é a violência dos atos. Assassinatos planejados, propagandeados e aplaudidos em nome de algumas “causas” que são alimentadas pela mídia, pela ignorância, pela cegueira confortável do ódio, sob as mais estapafúrdias justificativas. Longe de menosprezar as questões individuais e pessoais de quem sofre com abusos diários e recorrentes. No entanto, a questão social é posta de lado, tratando os fenômenos sociais como meras ações individuais e desvinculadas das dinâmicas sociais que as sustenta, impulsionam e motivam. É importante afirmar que a Sociologia pode ser uma grande ferramenta para o entendimento de tais ações em regiões tão distintas, além de apontar caminhos a compreensão das realidades sociais, morais e econômicas que animaram e que consolidaram atos atrozes e que, infelizmente, estão longe de serem os últimos. Max Weber, sociólogo alemão, discute, dentre outros temas, aquilo que nomeou de antagonismo de valores, uma questão central de toda e qualquer sociedade, em todo e qualquer período histórico. Os fatos apontados acima, são expressões de uma multiplicidade de valores ligados aos perigosos fins últimos que carregam todas as ações associadas a ele em questões que ganham o corpo de uma causa maior que, por isso, justificariam
e legitimariam quaisquer ações que tendam ou que pretendam promover o que esses fins últimos exigem. Aqui, o espaço da reconciliação desaparece, torna-se impraticável, desnecessário e odiado. É como se a possibilidade de extinção ou de questionamento do fim último fosse tratada como algo profano e impossível. O fim último é um caminho unívoco no mundo das possibilidades que os universos social e histórico apresentam. E, nesse ponto, há a ruptura dos limites sociais e morais, há a ruptura que permite que toda e qualquer ação pareça lógica e verdadeira. De fato, a partir da ruptura, a única questão que prevalece e que deve ser defendida é a razão, racional ou irracional, religiosa ou secular do fim último, já que a realidade de toda a existência se resume a ele. É mais que urgente perceber que as questões sociais devem ser vistas e pensadas como questões sociais e históricas, contextualizadas com seus cenários após a análise criteriosa e mediata dos fatos mais absolutos e chocantes. Afinal, todo e qualquer ato de assassinato, de violência ferem a todos nós. Podem, ainda, ser consideradas duas ideias complementares, nomeadas por Weber de paradoxo das consequências, a distinção entre ética de convicções e a ética de responsabilidade. Naquela, o seu adepto é dotado de uma intransigência que justifica um sentimento de obrigação acima de tudo, onde a realização do dever é o que se exige, não importando as consequências. É o tudo ou o nada, pois a realização do dever é absoluta, como o uso da violência para se acabar com a violência. Já na ética de responsabilidade, há uma leitura dos meios para se alcançar um determinado fim que exige a avaliação das consequências que podem ser resultado de uma ou de várias ações. Fato concreto é que o quadro social precisa ser revisto, repensado e reconstruído na direção da tolerância, da preservação dos antagonismos, mas com canais mais humanos para a resolução de nossos conflitos. Um caminho longo, difícil, mas possível, urgente e necessário.
Pedro Marcelo Galasso
Professor e Cientista Político.
Patrocinador da Edição
ABRIL / MAIO DE 2019
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ED. 09 (ANO 04)
Universidades do Reino Unido que utilizam o ENEM
Estudar fora do país é um sonho que parece muito distante para inúmeras pessoas. E não é a toa, afinal a mudança de país envolve diversos fatores que dificultam demais a realização desse desejo. Entretanto, a realidade para os estudantes brasileiros, ano após ano, vem alterando esse panorama e trazendo diversas novidades, oportunidades e possibilidades. Tanto é verdade que, conforme já trouxemos em outros artigos, muitas pessoas nem imaginam que o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que muitas vezes esses estudantes fazem na sua respectiva cidade e sem nenhum custo, pode ser sua porta de entrada numa instituição de ensino superior internacional. As universidades mais famosas ficam em Portugal. Entretanto, não são apenas universidades portuguesas que consideram o exame nacional brasileiro. Você sabia que seu desempenho Enem pode ser utilizado também em instituições de ensino superior no Reino Unido? Sim, é isso mesmo. Há diversas universidades por lá que levam em consideração
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as notas do Enem para os participantes brasileiros que desejam realizar algum de seus cursos. É importante ressaltar que não há um padrão de utilização das notas. Ou seja, cada universidade tem sua própria ( e geralmente criteriosa) maneira de fazer a seleção seus estudantes, atribuindo pesos e avaliações diversas para constituir uma nota final ou para realizar, de fato, a seleção dos candidatos. Por isso, o infoEnem traz uma lista de cinco universidades do Reino Unido onde você poderá utilizar suas notas do Enem. Veja a abaixo e depois conheça cada uma em nosso portal: www.boletimdoenem.com.br 1- University of Bristol 2 – University of Oxford 3 – Kingston University 4 – University of Glasgow 5 – Birkbeck University of London
Produzido por: Paralelo e Informação Ltda. Responsável: Prof. Juliano Barboza.
Todo conteúdo assinado é de responsabilidade dos autores.
Ciências da Natureza e suas Tecnologias
Unidades de Medidas de Energia ENERGIA é uma grandeza física recorrente em grandes provas de vestibulares como Fuvest, Unicamp e Unesp, sendo tratada de forma muito especial, também pelo Enem. Há muitos temas em diversas áreas do conhecimento que são integradores de diferentes disciplinas como Física, Química, Biologia e Matemática. Em qualquer uma delas deparamos com unidades de medidas de energias diversas que dependem do sistema transformador. Embora muita gente despreze a unidade de medida, sua conversão de forma errada pode trazer consequências catastróficas como o que aconteceu com uma sonda espacial enviada pela NASA à Marte e que acabou desintegrando-se devido a um problema de conversão de unidade de medida, o raio de orbita do planeta vermelho foi lançado Unidade de Medida Calorias (cal)
em metros e o computador estava programado em pés. Detalhe, em 1999 o valor investido foi de 125 milhões de dólares. Como estávamos dizendo, há vantagens no uso de uma ou outra unidade de energia. Por exemplo, para medir energia consumida em residências, as concessionárias utilizam o quilowatt-hora (kWh), já que se trata de um consumo muito alto. Por outro lado, para medir a energia de pequenas partículas como os elétrons, é melhor utilizar o elétron-volt (eV) e nos alimentos a energia de combustão disponível é medida em calorias (cal). Segue abaixo um quadro comparativo das principais unidades de medidas, onde são utilizadas e sua relação com o joule (J), unidade de medida do Sistema Internacional (SI). Relação com Joule
Utilização Medida de energia nos alimentos.
Quilowatt-hora (kwh) Elétron-volt (eV) British Termal Unit (Btu)
1 cal = 4,18 J
Medida de energia elétrica.
1 kwh = 3,6 106J
Medida de energia de partículas.
1 eV = 1,6 10-19 J
Medida de energia do sistema inglês.
1 Btu = 1053 J
Química no ENEM - 2014 à 2018 (nº de questões) 71
Físico-Química
55
Geral
43
Orgânica
29
Atomística
15
Meio Ambiente Bioquímica
05
Ciências Humanas e suas Tecnologias
BREXIT: PERGUNTAS E RESPOSTAS O QUE É O BREXIT? A saída do Reino Unido da União Europeia. Leia toda matéria para saber mais do Reino Unido. O QUE É A UNIÃO EUROPEIA? Bloco de 28 países (contando o Reino Unido) que se iniciou nos anos 1950 e se transformou em um mercado comum altamente integrado, caminhando para uma entidade supranacional (acima dos países) com leis comuns além da questão comercial, uma integração de fato. O Reino Unido entrou na UE em 1973, apesar de não aderir a temas importantes como a moeda única (euro) e o Acordo Schengen (livre circulação/residência/trabalho). POR QUE O BREXIT? A queixa em geral é de que a UE restringe a liberdade econômica e mesmo nacional dos membros e impõe diversas obrigações, entre elas ajudar os membros em dificuldades financeiras e receber os refugiados da recente crise. Em junho de 2016 um referendo a respeito da saída obteve vitória para os “brexi-
ters”: foram aproximadamente 52% a favor, 48% contra. TODAS AS UNIDADES DO REINO UNIDO VOTARAM DA MESMA FORMA A FAVOR DE SAIR? Não. Na Inglaterra os votos a favor foram 53,4%. Na Escócia a votação foi de apenas 38% a favor. No País de Gales a votação foi de 52,5% a favor. Na Irlanda do Norte foi 44,2% a favor. O QUE ESTÁ EM JOGO? Sair da UE tem custos. Além de uma indenização que pode chegar a R$190-200 milhões, fica em aberto o status do Reino Unido em relação ao bloco europeu. A saída implica em rever diversos acordos comerciais em que o Reino Unido, se sair, pode ser prejudicado. Há também a questão das Irlandas. A Irlanda do Norte é parte do Reino Unido mas tem muitas relações econômicas com a república da Irlanda. Uma “fronteira dura” (sem qualquer tipo de privilégio, pode custar caro para a economia local da Irlanda do Norte, além de trazer transtornos para o cotidiano de uma
população que é em grande parte um mesmo povo, apesar da fronteira. Há também a possibilidade do Reino Unido criar uma “fronteira especial” entre as Irlandas, para não prejudicar a Irlanda do Norte, mas isso significaria na verdade criar outra fronteira entre a Irlanda do Norte e o resto do Reino Unido, igualmente complexo. Também é necessário definir o que fazer com os cidadãos britânicos que moram/trabalham na UE e os cidadãos da UE que moram/trabalham no Reino Unido. Na prática, as economias são muito integradas e um rompimento sem algum acordo especial pode trazer graves consequências. O Reino Unido já sentiu na economia alguns efeitos, algumas empresas estão se retirando do país pois seus mercados estão no continente. A Escócia ameaça sair do Reino Unido caso o Brexit prossiga. Para a UE, interessa que não haja saída, pois poderia incentivar outros movimentos de saída. COMO ESTÁ A NEGOCIAÇÃO? Emperrada. O UE exige um posicionamento claro do Reino Unido mas os termos apresentados pela UE foram duros. Recentemente o Parlamento britânico recusou a proposta de um novo referendo (que
poderia terminar com o assunto e manter o Reino Unido na UE). Uma saída sem acordo (“no deal”) significa rompimento total. Energia, produtos básicos, situação das pessoas dos dois lados, tudo isso pode ser afetado. QUAL É O PRAZO? O QUE FALTA DECIDIR? 29 de março de 2019. Até lá é necessário decidir o que fazer e pode haver uma saída sem acordo. A UE pode aceitar prolongar o prazo, mas isso requer uma série de reuniões e votações entre os países membros. Nesta semana o governo britânico pediu que o prazo seja mudado para 30 de junho. Na prática falta decidir quase tudo que é essencial, já que não há acordo nem dentro do Reino Unido, nem entre o Reino Unido e a UE. O governo britânico busca um acordo que seja o melhor possível, mas isso é visto por muitos na UE como um incentivo para outras separações. Internamente, o Parlamento discorda do governo em diversos pontos. O tema permanece em aberto,
03 O que fazer quando seus pais não apoiam sua escolha profissional? Um desejo muito comum dos jovens é fazer uma escolha profissional em que os pais se sintam orgulhosos. Mas o que fazer quando eles não apoiam sua escolha? Selecionei aqui 4 questões comuns de embate entre pais e filhos, sugerindo formas para você dialogar com seus pais: 1. “Meus pais querem que eu tenha estabilidade financeira” No mercado de trabalho atual não existe garantia de estabilidade financeira. Estabilidade, na verdade, é uma questão de se organizar e planejar para estar sempre atuando dentro da sua missão de vida e gerindo suas finanças a curto e longo prazo. Habilidades de gestão pessoal (organização, determinação, persistência, planejamento a longo prazo), por exemplo, garantem mais estabilidade na vida hoje do que um emprego em si. 2. “Meus pais acham que a faculdade que eu escolhi não dá dinheiro”
AGENDA DO ENEM
ABRIL
MAIO
01/04/2019 à 10/04/2019
06/05/2019 à 17/05/2019
Pedido de isenção de taxa de inscrição
Período de inscrição
OUTUBRO
Novembro
DATA À CONFIRMAR
03/11/2019
Divulgação dos locais de provas
Aplicação das provas do grupo 01 (LC, CH e redação)
Novembro
Novembro
10/11/2019
13/11/2019
Aplicação das provas do grupo 02 (CN e Matemática)
Publicação dos gabaritos e cadernos de questões
Os pais desejam o melhor para os filhos e a autonomia financeira é um sinal de sucesso para eles. No entanto, muitos pais desconhecem as inúmeras possibilidades de atuação profissional que o mundo do trabalho oferece hoje e como a realização pessoal impulsiona a superação dos desafios e a determinação para maiores conquistas dentro do trabalho. Atualmente os trabalhadores estão mais livres e optando por escolher caminhos de trabalho que lhe tragam mais sentido de vida e felicidade. É isso que garante, na maior parte das vezes, o crescimento na área profissional. Aproveite esta oportunidade de preocupação dos pais e reflita com eles sobre o retorno financeiro das profissões, mas também “Qual profissão você vê sentido em seguir?”. A escolha tem que ser feita baseada em questões mais amplas,
como a paixão pelo trabalho, não só a financeira. 3. “Meus pais querem que eu siga a profissão da família para continuar os seus negócios” É preciso ter muito diálogo e compreensão de ambas as partes. Cada pessoa é responsável pela própria jornada. O indicado é que você tente conversar com seus pais sobre os seus sonhos, suas habilidades, suas competências e como a sua própria escolha faz sentido para você e te fará feliz e realizado ao longo da sua vida. 4. O sonho dos meus pais é me ver numa universidade pública” As expectativas dos pais são grandes mesmo em relação aos seus filhos, não espere menos. Nem você deveria esperar menos de você, mas sim acreditar na sua capacidade de conseguir a melhor universidade! Expectativas nos ajudam a nos impulsionar para darmos nosso máximo. Então, tranquilize-se, mas também converse com seus pais sobre outras universidades particulares tão boas quanto uma pública, enxergando-as como possibilidades também. Pesquisem juntos! São muitas as questões nesta hora tão difícil da decisão profissional. Mas lembre-se de que há sempre uma saída para tudo na vida e seus pais podem ser seus parceiros! Quanto mais informação e decisão você tiver sobre sua escolha profissional, mais segurança você passa a seus pais para te apoiarem! Dra. Rachel Matos é psicóloga (PUC - SP) e Psicopedagoga (Universidade Católica de Brasília). Psicóloga do Colégio e Curso Maximus (Ensino Médio) e coordenadora do Ciclo de Palestras Despertare.
Fita superadesiva inspirada nos pés das lagartixas Não é novidade que alguns grupos de pesquisadores tentam, há algum tempo, desenvolver produtos tecnológicos inspirando-se na fisiologia dos animais ou alguma outra característica da natureza. Entre tantas possíveis, uma que é bastante útil já está à disposição dos consumidores: trata-se da fita adesiva inspirada na maneira como as lagartixas conseguem ficar coladas em praticamente qualquer tipo de superfície. Chamada Geckskin, a fita faz parte de um conjunto de produtos com a mesma inspiração disponibilizada pela empresa de materiais Felsuma. Ela prende-se a diversos
tipos de superfícies com uma força descomunal e ainda podem ser reutilizadas. E a melhor parte: não é cara, com produtos custando a partir de R$ 1,50 por peça, ou R$ 4,90. A Felsuma já anuncia em seu site 13 produtos que usam a tecnologia Geckskin, entre fitas adesivas, seladoras de frestas, suportes de diversos tipos e mais. Alguns deles estão registrados como “experimentais” ou ainda estão em “pré-venda”. Porém, parecem ser capazes de muita coisa, como colar sobre superfícies irregulares que nenhum outro tipo de fita seria capaz e ainda suportar um peso de 4,5 kg sem se abalar.
LC
Liguagens e Códigos e suas Tecnologias NOITES ABENSONHADAS
Eu cresci e perdi a simplicidade com que uma criança enxerga o mundo, mas, depois que eu a conheci, por incontáveis noites, sonhei que nós dois fazíamos as viagens mais incríveis que alguém pudesse supor, caminhamos pelo País das Maravilhas, nadamos no Reino das Águas Claras, namoramos em cada planeta do Pequeno Príncipe, navegamos até Lilliput e voamos pela Terra do Nunca. E eu juro, eu nunca tive sonhos tão bons antes de amar você.
Aquinno dos Reis Pai nasceu em Poços de Caldas, Minas Gerais, em 15 de maio de 1984. Professor e Poeta, escreveu “Primavera Agônica” e “Inconsciência”, ambos pela Chiado Editora.
A ciência mostra que nossos ancestrais da Idade da Pedra já mentiam. Se não conseguiam alcançar seus objetivos por meio da força bruta, tinham que recorrer a outras técnicas, mais sutis, de manipulação e trapaça. Podia ser para manter o respeito do grupo ao voltar da caça de mãos vazias, para fugir de um predador, para conseguir alguém para acasalar ou para exercer a liderança sobre um grupo. Ou seja, somos hoje considerados mentirosos por natureza por causa das muitas vantagens adaptativas que a arte da dissimulação proporcionou aos nossos antepassados – e que continua a proporcionar a nós. “Sem a mentira, a vida em sociedade entraria em colapso. Se você duvida disso, basta imaginar o que seria a vida se você resolvesse dizer a todos os seus amigos o que realmente pensa de cada um deles”, provoca o filósofo e psicólogo evolutivo David Livingstone Smith, diretor do Instituto de Ciência Cognitiva e Psicologia Evolutiva da Universidade da Nova Inglaterra, EUA. “Além disso, em muitos aspectos, mentir é um passaporte para o sucesso nos negócios, na política e na vida social. Indivíduos que não sabem mentir são párias sociais.”
capazes de identificar as fake news. Apenas 28%, na média mundial, admitem que não o são. Os italianos são o povo mais desconfiado: Apenas 29% admitem que já caíram nas falsas notícias. “A pesquisa mostra que houve uma redução da confiança nos políticos e um aumento no uso indevido dos fatos”, diz o Ipsos. https://www.terra.com.br/noticias/dino/brasil-e-o-pais-que-mais-acredita-em-fake-news-no-mundo,acbdeccec78a0351201bafd2285942a0b1ehpqxx.html
Texto 03
Imagem de Susan Cipriano por Pixabay
PROPOSTA DE REDAÇÃO Com base na leitura dos textos motivadores seguintes e nos conhecimentos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em norma padrão da língua portuguesa sobre o tema COMBATE À PROLIFERAÇÃO DE FAKE NEWS NO BRASIL, apresentando proposta de conscientização social que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista. (Proposta elaborada pelo Professor Aquinno dos Reis Pai).
MAT
Texto 01
Texto 02
POR QUE MENTIMOS? DARWIN EXPLICA
Brasil é o país que mais acredita em fake news no mundo
Borboletas, macacos ou orquídeas, não importa. Eles mentem. A grande diferença é que para os humanos mentir não é só uma questão de sobrevivência e reprodução 31 out 2016, 18h52 Mais do que uma falha de caráter, mentir é uma questão de sobrevivência. E mais: se serve de consolo, o humano não é o único a viver de enganos. Outros seres vivos, como plantas e animais, também aprontam para conseguir o que querem. Até os vírus têm hábeis estratégias para trapacear os sistemas imunológicos de seus hospedeiros.
Mais de 120 milhões de brasileiros acreditam em fake news, segundo levantamento do Instituto Ipsos, divulgado no dia 2 de outubro. Segundo os dados, 62% dos brasileiros acreditam em notícias falsas, seguidos de Arábia Saudita e Coreia do Sul (58%) e peruanos e espanhóis (57%). A pesquisa mundial, feita entre junho e julho, ouviu 19.243 pessoas em 27 países e revelou que 58% dos consultados se acham
• O rascunho da redação deve ser feito no espaço apropriado. • O texto definitivo deve ser escrito à tinta, na folha própria, em até 30 linhas. • A redação com até 7 (sete) linhas escritas será considerada “insuficiente” e receberá nota zero. • A redação que fugir ao tema ou que não atender ao tipo dissertativo-argumentativo receberá nota zero. • A redação que apresentar cópia dos textos da Proposta de Redação ou do Caderno de Questões terá o número de linhas copiadas desconsiderado para efeito de correção.
Matemática e suas Tecnologias
Como Processamos um Problema de Lógica?
Você sabe como processamos um problema de lógica? Antes de responder a esta pergunta, que tal começarmos com um? Será que você consegue descobrir qual número completa a figura ao lado?
Levantamento feito pelo Instituto Ipsos, aponta que país está a frente de Arábia Saudita e Coreia do Sul. Portal Terra – 05 de outubro de 2018
INSTRUÇÕES:
Pensou? Descobriu qual é o número que completa? Se você descobriu, parabéns! Se você não descobriu, imagino que você tenha encontrado uma lógica, não é mesmo? Mas percebeu que no meio do caminho sua lógica furou e, então, tentou encontrar um outro caminho, certo? Vamos ver se esta é a lógica que você pensou inicialmente: Primeiro você observou que 88 – 63 = 25 e, seguindo a regra, percebeu que 25 – 9 = 16. Quando achou que havia desvendado o problema, viu que, na terceira linha, 16 – 34 não dá 14. Nem mesmo se fosse 34 – 16. E agora? Acredito que você tenha buscado novos caminhos. Talvez tenha até notado que 25 + 9 = 34, mas que isso não ajuda para o resto da figura.
Bom, respondendo à pergunta “você sabe como processamos um problema de lógica?” A nossa linha de raciocínio se divide em categorias. Por exemplo, no problema de lógica acima, o primeiro raciocínio que parecia certo foi o de subtrair os termos para gerar o número abaixo. Ao fazer isto, o nosso cérebro já começou a seguir a linha de operações básicas como adição, subtração, multiplicação e divisão. Quando a lógica fura na terceira linha, tentamos encontrar um outro caminho. Porém, o nosso cérebro já está processando qualquer possibilidade dentro da categoria de operações básicas. Se a lógica do problema não está nesta categoria, fica muito difícil do nosso cérebro enxergar outra categoria. Mas e se eu disser que a lógica está nesta categoria? Bom, aí entramos em uma subcategoria: a forma de executar as operações básicas. Quando sua primeira lógica parecia certa usando a subtração, você esta-
va executando os números como um todo e não separando-os algarismo por algarismo. Por isso é difícil enxergar a verdadeira lógica do problema: a soma dos algarismos dos dois números de uma linha gera o número abaixo. Observe os números 88 e 63: 8+8+6+3 = 25. Faça o mesmo para os números 25 e 9:2+5+9 =16. Depois para os números 16 e 34 : 1+6+3 + 4 = 14. Por fim, para os números 14 e 88: 1 + 4 + 8 + 8 = 21. Logo, a solução para o problema é 21. Agora que você sabe um pouco melhor como o nosso cérebro processa os problemas de lógica, você poderá manipular seu cérebro a trabalhar de uma nova forma! Grande Abraço. Rodrigo Takashi Kubota
Mestrando em Matemática pela Unicamp. Professor no Colégio Maximus, Objetivo Valinhos, Precoltec e na Unicamp no programa POTI (Polos Olímpicos de Treinamento Intensivo).