Em busca do mundo
Atleta de Vargem Gde. do Sul é ouro nos Abertos. Pág. 7
Sanjoanense quer disputar Mundial de Supino. Pág. 14
leivinha.com.br
Medalha regional
Lívia Campos
São João da Boa Vista, 23 de Outubro de 2013 | Ano 01 | Edição 17
Distribuição gratuita | 2.000 exemplares Luiz Gustavo Gasparino
na vida!
Pág. 10
Palestra - Apesar da arrogância em vários momentos com os jornalistas sanjoanenses, o ex-atleta Oscar Schmidt deu uma lição de vida para centenas de pessoas que lotaram o ginásio da Esportiva
Seis garantem classificação
'Veteranos' define vagas
Sanjoanense no Uruguai
Histórias da natação
Amador da Amizade tem rodada decisiva no domingo. Pág. 4
Quatro equipes disputam semifinais neste sábado. Pág. 6
Aleksander Rugeroni disputará 'Libertadores' do rugby. Pág. 8
José Marcondes conta sua vida na modalidade esportiva. Pág. 13
Pág. 2 | Jornal Linha de Passe
São João da Boa Vista | 23.10.2013
Editorial E xp
ediente
Jornal Linha de Passe Esportes Linha de Passe Ltda - ME CNPJ: 17.823.551/0001-58 Diretor
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Seu espaço
Dá-lhe São João! Cartas dos leitores
M
as vale um na mão do que dois voando... Antes só do que mal acompanhado... Em terra de cego quem tem um olho é rei. Enfim, esses são apenas alguns ditados populares para valorizar o menos com relação ao mais. A 77ª edição dos Jogos Abertos do Interior está rolando e São João está na disputa. Atletas do basquete, boxe, ciclismo, futsal e natação já estão em Mogi das Cruzes competindo em suas respectivas modalidades. Além deles, o rúgbi também está na disputa. Todos em busca de resultados positivos e medalhas para São João da Boa Vista. Ótimo. Mais uma vez o esporte mostra que está caminhando na terra dos crepúsculos maravilhosos. Entretanto, analisar os números significa perceber que a cidade ainda tem e pode crescer muito no esporte. Ao todo, 36 modalidades compõem os Jogos Abertos do Interior, sendo 25 oficiais e 11 extras. Este ano, temos seis esportes diferentes nos representando, ou seja, pouco mais de 15% do todo. Se considerarmos que temos mais de 80 mil habitantes, esse número é relativamente baixo. Além disso, o que muitos questionam é a naturalidade dos atletas que vestem nossa camisa e discutem o investimento para que fosse possível modalidade X ou Y estar à frente de São João. Resumindo: por mais que se faça, as críticas sempre existirão. São João poderia estar disputando as 36 modalidades, mas ainda assim não agradaria à todos. Argumentos contrários e favoráveis sempre existirão e são fundamentais para que o trabalho continue sendo feito. A melhor resposta só pode ser dada de uma única maneira: com resultados. Se seis é visto como “só isso” por uns, outros enxergam como “tudo isso”. Sanjoanenses ou não, uma coisa é certa: se pintar medalha, coletiva ou individual, todos se orgulharão do feito desses atletas. Não podemos nos esquecer que às vezes o “menos” é “mais” – mais vale ter seis bem representados do que 36 “meias boca”. Boa sorte São João!
FOTO DA SEMANA: Para competir no Supino, Valter Antonio veste uma camisa de força. A dificuldade de vestir a peça é tanta que é necessária a ajuda de, pelo menos, mais duas pessoas. Ainda assim, o levantador de peso tem dificuldades para se ajeitar na camisa.
Lívia Campos
Agradecimentos
Sanjoanense de Desportos perceber que o Campeonato Amador está em Lívia Campos e Jornal um nível alto demais para Linha de Passe - Esportes, esses árbitros limitadíssiobrigada pela linda hommos e com um emocional enagem ao meu pequeno mais fraco ainda. É bem craque, Mateus Manso. visivel a apreensão que Valeu! ficam quando apitam jogos de torcidas mais pesadas. Alessandra Caño Caem na pressão fácil. via Facebook Já é hora de mudar, pelo amor de Deus! Parabéns pela Fan Page do Linha de Passe no FaRenan Maura cebook. Muito bem atualVia Facebook izado, principalmente com a rodada do Amador.
Informação
Fumagalli Henrique A direção do Linha de Passe via Facebook informa que as próximas edições estarão com 16 Obrigado pela matéria fapáginas, devido a um novo lando do nosso time, União estudo de reformulação. Durval Nicolau. Abraços! Pedimos aos leitores do LP que não se preocupem, pois Gerson estamos trabalhando para via torpedo celular levar o melhor do noticiário esportivo sanjoanense e da região para vocês.
Reclamação
Já passou da hora da Liga
Direção LP
RESPOSTA enquete - 09/10 Qual equipe pode superar o Vila Nova na fase decisiva do 25º Amador Regional da Amizade? 1º Vargeana = 31% 2º Sport Durval = 17% 3º Pratinha = 16% 4º Santo Antonio = 14% 5º Guanabara = 13% 6º Atlético DER = 8%
NOVA enquete Confira a enquete da semana na fan page do Jornal Linha de Passe Esportes, na rede social Facebook. Clique, responda e concorra a vários brindes.
São João da Boa Vista | 23.10.2013
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Bola na área Mais ou menos na base
Depto. Esportes
saram para as semifinais, deixando o CSU DER com a última posição. No Sub-13, apenas o DER (foto - 2º) se classificou, deixando fora SES, Palmeiras, Estrelinha de Jesus e Vila Nova. No Sub-15, a classificação foi de DER e Vila Nova, e eliminados alvinegros e rubro-negros. Das 15 equipes sanjoanenses que disputaram a 1ª fase Fechando, no Sub-17, CSU da Copa São João Base, ape- DER (1º) e Esportiva (3º) avançaram, deixando o Palnas sete delas avançaram. meiras de fora; Estrelinha Na categoria Sub-11, Paltambém foi eliminado. meiras (1º) e SES (3º) pas-
Visão do esporte Cendi Fabretto
Avaliação física
Cendi Fabretto (CREF – 028640- G/SP) é educadora física, especializada em Fisiologia do Exercício e diretora técnica do CF Studio Pilates. Seu e-mail é cendifabretto@cfstudiopilates.com.br.
Todos os dias, algumas pessoas procuram por atividades físicas que promovam o bem-estar e a saúde. Outras buscam emagrecer ou ganhar mais músculos. Porém dificilmente observo a preocupação em procurar um especialista para fazer uma avaliação física antes de iniciarem suas atividades. A avaliação física é essencial para que o profissional prescreva seu treinamento e monitore Na tarde de terça-feira, dia Mais uma vez, o campeona- sua evolução. Quanto mais dados temos sobre o aluno, mais 22, três equipes do Amador to amador é decidido nos da Amizade foram julgadas. tribunais. Até quando os di- personalizado o treinamento Palmeirinha (pelo WO corigentes das equipes não vão fica e temos maior chance de atingir os objetivos propostos. metido na 1ª Divisão), Santo se ligar com as suspensões Uma boa avaliação deve ser Antonio (jogador irregular) de cada atleta? Traremos o constituída de uma anamnese e Cachoeira (artigo 23). resultado na próxima edição. (questionário detalhado sobre seu estilo de vida – hábitos, vícios, doenças, etc.), teste de capacidade cardiorrespiratória, análise antropométrica e da A situação mais complicada é O futsal volta a ser pauta composição corporal, avaliado Santo Antonio, que poderá em São João. Teve início no ção postural e neuromotora. sábado, dia 19, o Regional perder 12 pontos na classiO teste de capacidade carda modalidade, com equipes diorrespiratória pode ser exeficação, sendo rebaixado. O cutado de diversas formas: de toda a região em várias goleiro Silas, que atuou em categorias, da base ao adul- eletrocardiograma em esforço, quatro partidas, estava susque consiste em andar/correr to. Vale a pena pretigiar. penso e não poderia jogar. (esteira) ou pedalar (bicicleta
Julgamento
Tapetão
Complicado
Futsal
ergométrica) em esforço crescente com monitoramento da atividade do coração. Por estar monitorando a atividade cardíaca em esforço, ele pode detectar problemas que o eletrocardiograma comum não revela; costuma ser utilizado para detectar doença arterial coronariana. Estes testes devem ser sempre acompanhados por um cardiologista. Nos testes antropométricos e de composição corporal, teremos as medidas de peso e estatura, perímetros musculares, diâmetros ósseos e dobras cutâneas. Isso nos possibilita quantificar de forma precisa a porcentagem de gordura corporal, de massa muscular e óssea, e tecido residual (líquidos, vísceras e órgãos). Na avaliação postural, verifica-se através de observação ou fotografia desvios da coluna vertebral, ombros, joelhos, pés, vícios posturais e desequilíbrios musculares. Já a avaliação neuromotora compreende os testes de força, resistência muscular localizada e flexibilidade. Os testes para verificação de
resistência muscular são feitos através da execução de movimentos repetidos num determinado espaço de tempo e é geralmente feito com abdominais e flexões de braço. E a flexibilidade é o grau de amplitude de movimento de uma articulação ou conjunto de articulações. No teste é medida a capacidade que o músculo tem de se estender ao máximo. Enfim, esse conjunto de testes vai determinar sua real condição física, seus pontos fortes ou deficiências, ajudando-o a encontrar uma atividade que você melhor se adapte. Isso permite perceber seus progressos e dará ao professor informações preciosas para montagem de um programa eficiente e seguro. Todos os testes devem ser aplicados por um avaliador físico, ou seja, o profissional com essa especialização. As reavaliações devem ser feitas conforme indicação dos profissionais, de acordo com os objetivos a serem alcançados, a cada seis meses ou anualmente. Cendi Fabretto
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São João da Boa Vista | 23.10.2013
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Futebol amador 1ª Divisão
Seis equipes garantem vaga nas quartas do Amizade Classificação – 1ª Divisão
Seis equipes garantiram a classificação antecipada às quartas de final do 25º Campeonato Amador Regional da Amizade – 1ª Divisão, na manhã deste domingo, dia 20. Porém, muita coisa ainda podia acontecer e mudar todo o rumo da competição. No início da noite de terça-feira, dia 22, o Santo Antonio
foi julgado pela Comissão Disciplinar da Liga Sanjoanense por atuar com um atleta irregular em quatro partidas da 1ª fase. Caso perca os 12 pontos previstos no CBJD – Código Brasileiro de Justiça Desportiva –, o time estará rebaixado. O julgamento não foi encerrado até o fechamento da edição. Dentro de campo, jogando no Lívia Campos
Defesas - Juninho Decanine salvou Esportiva da derrota contra o Pratinha
CIC, o Santo Antonio empatou em 3 a 3 contra o River Plate. João Ricardo (duas vezes) e Rick fizeram 3 a 0, mas deixaram os aguaianos empatarem com Almir (também dois gols) e Marcos Paulo. Se a 1ª fase terminasse hoje, o River estaria rebaixado. Contudo, a situação da Esportiva não é nada animadora. A rubro-negra empatou em 0 a 0 com o Pratinha, também no CIC, e como folga na última rodada, terá que torcer para que a equipe de Aguaí não some pontos em sua partida. Brigando para classificar entre os oito está o Cruzeirinho, que, jogando no CSU DER, foi derrotado de virada para a Vargeana por 3 a 1, com gols de Leandrinho (duas vezes) e Testa; Danilo Pelé fez o de honra dos azuis. Quem também quer a vaga é o Olaria São Pedro, que, atuando no Pratinha, não superou o forte Vila Nova, já garantido na liderança da 1ª fase. O placar foi de 2 a 1 para os craques de Aguaí, que marcaram com Gustavo e o artilheiro David; o zagueiro Caetano marcou para o Olaria. E fechando a rodada, o Atlé-
1º Vila Nova (C) 2º Vargeana (C) 3º Atlético DER (C) 4º Sport Durval (C) 5º Pratinha (C) 6º Santo Antonio (C)* 7º Olaria São Pedro 8º Guanabara 9º Cruzeirinho 10º Esportiva (E) 11º River Plate 12º Palmeirinha (E)(R)
PG 26 19 15 15 15
J 10 10 10 10 10
V 8 5 4 4 4
E 2 4 3 3 3
D 0 1 3 3 3
GP 26 16 17 16 15
GC SG 8 18 9 7 15 2 14 2 14 1
15 10 4 3 3 22 24
-2
13 10 3 4 3 15 12
3
13 12 11 11
10 10 11 10
3 3 3 2
3 4 6 3
13 19 15 16
15 26 20 19
-2 -7 -5 -3
00
5
0 0 5
1
15 -14
4 3 2 5
(E)(R) = Eliminado e rebaixado para a 2ª Divisão. (C) = Classificado para as quartas de final. *O Santo Antonio foi julgado nesta terça-feira, dia 22 (não encerrado até o fechamento da edição) e poderá perder 12 pontos por ter escalado um atleta irregular em 4 partidas.
tico DER goleou o Sport Durval por 4 a 1, no CSU DER, com gols de Cidinho, Danilo, Lucas e Perninha; Bruno Palermo descontou. As duas equipes estão garantidas na próxima fase. Tirando o problema judicial, seis equipes estão nas quartas
de final e outras quatro brigam pelas duas vagas restantes, além da última vaga do rebaixamento. Em caso de perca de pontos do Santo Antonio, o mesmo é rebaixado e abre-se uma vaga entre os oito melhores. Confira todos os números do Amador da Amizade: L.G.G.
São João da Boa Vista | 23.10.2013
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Futebol amador Números
Os melhores da 1ª Divisão: 9 PONTOS
Leandrinho (VAR)
Lú e Léo Caxeta (VNO), Cidinho (DER)
David (VNO) 11 PONTOS Edilson (SPD)
8 PONTOS Maézinho (PRA), Marreta (DER), Du Ferraz (VAR) 7 PONTOS Marcinho (DER)
Artilharia – 1ª Divisão: 13 GOLS David (VNO) 9 GOLS Leandrinho (VAR) 8 GOLS William Paulista (STA) Maézinho (PRA)
5 GOLS Toni (SES) Rick (STA) Almir (RPL) 4 GOLS Bruno (GUA) Mamadeira (STA) Bruno Palermo (SPD) Fotos Valter Ferreira
Artilheiro - David, do Vila Nova, segue na ponta da artilharia
PG J
V E
D GP GC SG
1º Botafogo (C)
19
7
6
1
0
29
6
23
Última rodada – 1ª fase – 2ª Divisão
2º Ressolagem B. Vista (C)
16
7
5
1
1
27
13
14
3º Cruzeirinho B (C)
15
7
5
0
2
31
12
19
Grupo A
4º Regatas São João (C)
14
7
4
2
1
13
7
6
5º Unidos N. Horizonte (E)
10
7
3
1
3
19
14
5
6º Colorado (E)
07
7
2
1
4
11
17
-6
7º Ecapre (E)
06
7
2
0
5
11
18
-7
8º União D. Nicolau (E)
06
7
2
0
5
5
29
-24
9º Atlético Recanto (E)
00
8
0
0
8
5
35
-30
Grupo A
17 PONTOS 15 PONTOS
Classificação – 2ª Divisão
Artilheiro 2 - Leandrinho, da Vargeana, segue na cola do líder
Grupo B PG J
V E
D GP GC SG
1º Bar do Célio (C)
22
8
7
1
0
20
7
13
2º Seis de Agosto
19
8
6
1
1
24
5
19
3º Grêmio 1º de Maio
19
8
6
1
1
22
5
17
4º Santa Maria
16
8
5
1
2
22
19
3
5º Santo Antonio B
16
8
5
1
2
12
9
3
6º Unidos S. Paulista (E)
10
8
3
1
4
16
18
-2
7º Vila Operária (E)
06
8
2
0
6
13
25
-12
8º Califórnia (E)
06
8
2
0
6
14
29
-15
9º Cachoeira (E)
02
8
0
2
6
5
16
-11
10º Fazenda S. Pedro (E)
00
8
0
0
8
8
23
-15
Grupo A Pratinha - 8h - Ressolagem Boa Vista 9 x 0 União Durval Nicolau
CIC - 8h - Atlético DER x Olaria São Pedro
Pratinha - 15h - Botafogo 5 x 1 Ecapre
CSU DER - 10h - Vargeana x Santo Antonio Pratinha - 8h - River Plate x Sport Durval Pratinha - 10h - Guanabara x Cruzeirinho
1º de Maio - 10h - Colorado x Cruzeirinho B Sto. Antonio - 8h - Ecapre x Unidos Novo Horizonte Sto. Antonio - 10h - União Durval Nicolau x Botafogo
Grupo B CSU DER - 15h - Califórnia x Vila Operária/Nova Onda Pratinha - 15h - Seis de Agosto x Santo Antonio B 1º de Maio - 8h - Grêmio 1º de Maio x Bar do Célio 1º de Maio - 15h - Cachoeira x Fazenda São Pedro Sto. Antonio - 15h - Unidos da Serra da Paulista x Santa Maria
8ª rodada – 2ª Divisão – 20 de outubro
Última rodada – 1ª fase – 1ª Divisão CIC - 10h - Pratinha x Vila Nova
CSU DER - 8h - Regatas São João x Ressolagem Boa Vista
Sto Antonio - 8h - Atlético Recanto 2 x 13 Cruzeirinho B Sto Antonio - 15h - Unidos Novo Horizonte 5 x 1 Colorado
Grupo B CSU DER - 15h - Bar do Célio 1 x 0 Cachoeira 1º de Maio - 8h - Santo Antonio B 2 x 1 Unidos da Serra da Paulista 1º de Maio - 10h - Vila Operaria/Nova Onda 0 x 5 Seis de Agosto 1º de Maio - 15h - Santa Maria 1 x 4 Grêmio 1º Maio Sto Antonio - 10h - Faz. São Pedro 0 x 4 Califórnia
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Futebol amador 2ª Divisão
Definidos semifinalistas dos Veteranos A rodada de sábado, dia 19, definiu os quatro classificados às semifinais do Campeonato Amador de Veteranos, organizado pela Liga Sanjoanense de Desportos. Jogando no Santo Antonio, Cruzeirinho e Os Legal já estavam garantidos na próxima fase, e se enfrentaram para definir a liderança. Mostrando serem os melhores da competição, a partida terminou empatada em 3 a 3. Na briga pelas duas últimas vagas, o Cruzeirinho B passou fácil pela AABB por 4 a 0, garantindo a 3ª posição. O outro classificado foi o Juventus, que segurou o empate em 0 a 0 contra o Juá e terminou com a quarta vaga. No próximo sábado, dia 26, Os Legal e Juventus se enfrentam no CSU DER, enquanto que os Cruzeirinhos (A e B) se encaram no campo do Pratinha, em apenas uma partida. Os vitoriosos garantem vaga na final e, em caso de empate, disputa de pênaltis. Com o horário de verão, as partidas estão marcadas para começar às 17h. L.G.G.
Estreantes distintos Lívia Campos
Embaixo de muito sol, a equipe do Bar do Célio enfrentou o Cachoeira Futebol Clube no CSU DER, na tarde de domingo, dia 20. Durante a partida, o sol forte desgastou, e muito, os jogadores de ambos lados, fato que caracteriza a vitória magra do Bar do Célio por 1 a 0. A partida selou a classificação de um e a eliminação de outro. “O jogo foi bom, meio difícil. Além disso, estava muito quente e a molecada não aguentou”, explica Celso Batista da Silva, o Célio, dono do time, técnico e também jogador, caso seja necessário. Com a vitória, o time garantiu a primeira colocação do Grupo B e também a classificação antecipada para a próxima fase do campeonato. O sucesso da equipe é surpreendente até mesmo para os jogadores que, assim como o time do Cachoeira, são estreantes no Amador da Amizade de São João da Boa Vista. “Ninguém esperava o sucesso. Nós resolvemos montar o time de última hora e fomos surpreendidos”, explica Célio. Formado apenas por amigos, os jogadores são todos do Jardim Industrial – local onde está localizado o estabelecimento que dá o nome ao time da segunda divisão. Mesmo
Novatos - Bar do Célio e Cachoeira disputam Amador pela primeira vez
debutando na competição, os amigos do Bar do Célio se conhecem há algum tempo. O elenco conta com jogadores que têm idade entre 16 e 45 anos. Juntos, eles disputam há três anos jogos amistosos em São João e em cidades da região. Atualmente, 20 jogadores formam o elenco do Bar do Célio. Assim como outros, Célio garante que, caso o acesso venha, o time estará na primeira divisão no próximo ano. Mas antes disso, é preciso garantir uma vaga na final. “Agora é mais difícil e não pode bobear, mesmo classificando em primeiro, nós podemos ser surpreendidos nessa fase de mata-mata”, conclui. Cachoeira Mesmo com a derrota, Ag-
naldo Salvi Moreira, um dos dirigentes do Cachoeira, não avalia a partida com maus olhos: “o jogo esteve bom, apesar da derrota. A derrota em si, não é boa nunca. Afinal, a partir do momento que se está na competição, a gente quer vencer. Tivemos oportunidades de marcar gols, mas não marcamos”. Como outros times do campeonato, o Cachoeira tem sua origem na zona rural. O nome se dá por causa da Fazenda Cachoeirinha, localizada na estrada que liga São João a Aguaí. A base do time já jogava junto os amistosos da Fazenda, mas segundo o dirigente, são poucos os jogadores que seguiram na equipe. O time é praticamente uma extensão da família de Agnaldo. Além dos jogadores Thiago
e Rodrigo, que são filhos, Gabriel, que é o técnico, é sobrinho dele. E mais três irmãos integram o elenco. “Eu participo como massagista. Arrumamos uns outros jogadores da cidade também. Todo mundo contribuiu com dinheiro, não temos patrocinador, apesar de terem arrumado uniforme para gente”, explica Agnaldo. Com apenas dois pontos conquistados e já eliminado da competição, o Cachoeira sai de cabeça erguida da primeira participação no Campeonato Amador. “Os jogadores acharam que poderia ter sido melhor. A equipe é boa, mas por ser o primeiro ano e muitos nunca terem disputado o Amador antes, está ótimo. Todos gostaram de jogar, assumiram o compromisso e cumpriram. Ninguém falhou. Formamos um grupo sério”, valoriza Agnaldo. Para o ano que vem, algumas mudanças podem acontecer. “Terminando o campeonato, nós vamos conversar, procurar reforços. A competição é difícil e se não tiver um patrocínio para ajudar é mais difícil ainda. Vamos torcer para ter um bom jogo e fazer uma boa partida na última rodada”, deseja o dirigente. L.C.
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Outras modalidades Jogos Abertos
Basquete avança às quartas; futsal é eliminado na 1ª fase Os Jogos Abertos do Interior estão acontecendo desde o dia 14 de outubro, em Mogi das Cruzes/SP, e seis modalidades estão representando São João da Boa Vista. Alguns já voltaram para casa, mas outras continuam na briga por medalha. Quem se despediu cedo da competição foi o futsal feminino. A equipe comandada por Cristiany Boratto tomou uma goleada na estreia, dia 17, – 11 a 0 contra Bebedouro, e só empatou na segunda partida sobre Botucatu, dia 18 – 2 a 2. Esses resultados eliminaram o time ainda na 1ª fase. No boxe masculino, categoria 91 kg, Wellinton Leônidas perdeu na estreia para o lutador de Praia Grande por nocaute técnico (no dia 20). Mesma coisa ocorreu com Julierme Silva, que também perdeu para o atleta de Poá, na categoria 81 kg, por nocaute (dia 21). No basquete masculino, uma vitória e uma derrota garantiu São João nas quartas de final da modalidade. Triunfo sobre Hortolândia – 87 a 53 (dia 21) – e derrota para Bauru – 56 a 52 (22). O adversário na próxima fase não havia sido definido até
Arquivo pessoal
Eliminado - Futsal feminino sanjoanense caiu na 1ª fase com um ponto
o fechamento da edição. Região Cidades da região também contam com representantes na famosa ‘Olimpíada Caipira’. Vargem Grande do Sul, por exemplo, já conquistou medalha de ouro com o atleta Paulo Guerra, no Salto em Altura. Ele pulou 1,75m e ficou com o título na 2ª Divisão. Outra modalidade da vizinha cidade foi a Malha masculina,
que acabou sendo eliminada nas oitavas de final, perdendo para Bragança Paulista por 142 a 124, após duas vitórias por WO na 1ª fase – sobre Ribeirão Preto e Embu Guaçu. No futsal, tanto no feminino como no masculino, Espírito Santo do Pinhal conquistou bons resultados, mas foram derrotados na fase de mata-mata. Depois de uma vitória e um empate na 1ª fase – 5 a 1 em Bocaína e 1 a 1 contra Osasco
Esportes VGS
Ouro - Paulo Guerra levou a melhor no Salto em Altura
–, derrota no masculino contra a forte Orlândia, nas oitavas, por 3 a 1. No feminino, a 1ª fase do futsal pinhalense foi mais oscilante: derrota de 5 a 1 sobre Cotia, empate em 4 a 4 contra Taubaté e vitória de 8 a 1 sobre Votuporanga. Nas oitavas de final, nova vitória de 4 a 2 sobre Agudos, mas, nas quartas de final, derrota para Osasco por 8 a 0. A competição prossegue até domingo, dia 26. L.G.G.
Sanjoanense fica em 2º na Maratona de São Paulo O corredor sanjoanense Renato Francioli participou, no último dia 6 de outubro, da 29ª edição da Maratona de São Paulo, terminando em segundo lugar na sua faixa etária (55 a 59 anos). Na classificação geral, o atleta terminou com a 57º posição. Seu tempo foi de 3 horas e 2 minutos. Em julho, também neste ano, Francioli esteve no Rio de Janeiro participando da Maratona da Cidade do Rio, onde terminou com a 3º colocação em sua faixa etária. O corredor sanjoanense conta com o apoio das empresas Lamesa, São João Tintas e Sorveteria Milk Moni. Arquivo pessoal
Vice - Franciolli conquista
bom resultado em São Paulo
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Entrevista especial Aleksander Rugeroni
Leal acima de tudo
Uma característica comum no universo esportivo é encontrar atletas bem sucedidos que se dedicam às suas respectivas modalidades desde muito cedo. Atletas que desde criança nadam, correm, jogam futebol, vôlei, basquete, enfim... que descobrira ainda pequenos a paixão e o interesse pelo esporte. Entretanto, toda regra tem sua exceção. E no esporte não é diferente. Exemplo disso é encontrado aqui em São João da Boa Vista. Aleksander Rugeroni, de 17 anos, que joga rugby no time do Tucanos/SES, estará em Montevidéu – no Uruguai –, no mês de novembro, para disputar o XX Torneio Valentin Martinez. O garoto fará parte do time do São Paulo Atlético Clube (SPAC) na categoria Juvenil M-19. Não pense você que o sonho de menino de Aleksander era fazer parte desta equipe, pelo contrário. O Rugby entrou na vida do adolescente um pouco mais em janeiro deste ano. “Na verdade nunca fui bom em nenhum esporte, porque sempre fui gordinho e nunca me saía bem. Meu avô, quando ele era vivo, jogava rugby. Ele era argentino e lá há uma tradição muito forte na modalidade”, explica o garoto. Mas também não foi o avô que colocou o rugby na vida dele. A modalidade entra na vida de Aleksander por mero acaso, quando, ele mesmo pensava que gostava de futebol americano: “eu via os ‘caras’ todos grandes, aí pensei que pudesse me enquadrar nessa modalidade. Pedi para minha mãe comprar uma bola de fu-
tebol americano para mim de Natal. Ela comprou. Só que a bola era de rugby e eu não sabia, para mim era tudo a mesma coisa”, recorda. Foi um amigo que o alertou sobre o equívoco do presente quando Aleksander não tinha nem ideia do que era o rugby ao qual o amigo estava se referindo. “Ele me explicou que era um esporte muito parecido com o futebol americano. Eu tinha uns 11 anos quando isso aconteceu”, conta o jogador. Depois desse fato, ainda demoraria quase cinco anos para que Aleksander tivesse contato com a modalidade. “Uns quatro, cinco anos depois, com 14 anos, meu amigo me convidou para treinar em Águas da Prata. Até cogitamos montar um time nosso, mas ele não poderia porque não era formado em Educação Física. Fiz cartazes para espalhar na cidade e ver se alguém se interessava em jogar, mas não vingou”, relembra. Foi preciso aguardar mais três anos para que o rugby pudesse entrar de uma vez por todas na vida do jovem. Em janeiro deste ano, Aleksander passou a treinar com o Tucanos, quando o time sanjoanense ainda ocupava o campo do Bairro Alegre. Pode ter demorado, mas ainda deu tempo de Aleksander descobrir que as semelhanças dele com a modalidade são muito maiores do que ele imaginava. Para começar, a lealdade de ambos é recíproca.
Fotos Lívia Campos
em janeiro deste ano, me falou de um time que jogava rugby no Bairro Alegre. Era o mesmo pessoal dos Tucanos. Me lembro que no primeiro treino que participei não aguentava nem o aquecimento. A gente treinava de quarta e sábado e a noite mal conseguíamos enxergar a bola. Tinha uns 10 jogadores e só eu de juvenil. Eu não tinha nenhuma noção de rugby. LP: Você ainda juvenil em um time de adultos, como projetou sua carreira “sozinho”? Aleksander: Em Indaiatuba conheci um pessoal do time juvenil que disputa a Séria A do Paulista e fiz amizade com eles. Nesse tempo já queria disputar um Campeonato Brasileiro. Aí o Tino, que era nosso técnico, me explicou que para participar do Brasileiro primeiramente eu tinha que disputar o Cultura Inglesa. Um desses amigos de Indaiatuba, o Basquetinho, jogava na seleção juvenil, e joga pelo SPAC. Começamos a trocar idéias e ele me explicou que, para jogar o Cultura Inglesa, o técnico que teria que me inscrever. No fim de junho, o Basquetinho mandou um e-mail falando do Cultura e o Tino disse que o pessoal da Liga do Interior ainda não tinha mandado o e-mail, que era preciso aguardar o aval deles para fazer a inscrição.
LP: E deu certo? Você conseguiu ir para o Cultura Inglesa? Aleksander: Outro amigo LP: Como que você chegou que fiz, também em Indaiatuaos Tucanos? Aleksander: Um amigo meu, ba, o Didi, pediu meus dados
Sonho - Em novembro, Aleksander se junta ao SPAC para disputar o campeonato no Uruguai
para eu participar do teste para a Seleção do Interior. Juninho Amatto (irmão do Didi) foi o técnico, além dele, o Clark, que é o presidente do Tornados e o Abud da Seleção Brasileira fizeram a seletiva um final de se-
mana antes do Cultura Inglesa. Sábado e domingo a gente fez a seletiva e, na terça, começava o campeonato. Foi “vapt e vupt”. De seis times ficamos em sexto. LP: O que fez você ficar no
Rifas - Para bancar a ida ao Uruguai, o garoto promove uma rifa de uma câmera digital
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Entrevista especial Aleksander Rugeroni Fotos Lívia Campos
rugby ou o que te encantou na modalidade? Aleksander: Você não vê ninguém falar mal de juiz ou falar mal do adversário e isso foi uma das coisas que me encantou. Eu faço escoteiro desde os sete anos e lá é assim, preza a lealdade e o respeito. O que vi de diferente dos outros esportes é o seguinte: aqui eles pregam o respeito. No rugby se faz amigos, por exemplo, o pessoal de Indaiatuba podia muito bem não ter me ligado para participar da seletiva, mas não foi o que eles fizeram. Me ligaram, avisaram, incentivaram. O rugby aqui ou no Japão é o mesmo. Todos seguem a mesma filosofia. LP: E como você conseguiu essa vaga para disputar o campeonato no Uruguai? Aleksander: Depois do Cultura Inglesa fui jogar com os Tornados. Eles me chamaram para jogar dois jogos, pois estavam precisando de gente – contra São José dos Campos, que é um dos melhores times do estado, e contra o Urra de Alphaville. Nos dois jogos que fiz com eles joguei de titular. Depois desses jogos teve um com o Spac e fui assistir em São Paulo, porque é o maior time de rugby do Brasil. Aí um amigo meu veio me avisar que o Spac participaria de um Campeonato Juvenil no Uruguai e me orientou a falar com a Rebeca, que é a esposa do dono do Spac e fui atrás dela para saber como era que funcionava. Ela me explicou, me perguntou se eu tinha jogado o Cultura Inglesa e disse que se lembrava de mim. Ela me passou que o preço era de R$ 1.800 para poder ir com eles. Eu fui lá e corri atrás de vender rifas para arrecadar dinheiro e fechei o pacote quinta-feira (dia 10 de outubro). Paguei a entrada que era de 30% e o restante – R$ 1.200 que sobrou – foi dividido em seis vezes de pouco mais de R$ 200.
Dedicação - O bom desempenho no Cultura Inglesa contribuiu para a conquista da vaga
eu, minha avó e minha mãe. Minha mãe está pagando o financiamento da casa e ajuda meu irmão com despesas da faculdade. Recentemente, minha avó foi diagnosticada com um tumor na bacia, aí já são mais despesas para minha mãe, que deixou claro que não tinha condições de pagar minha viagem ao Uruguai e me disse que eu teria que correr atrás. Se coloco uma coisa na minha cabeça, nossa, não desisto. Daí resolvi vender as rifas. Pedi para que minha mãe me ajudasse a comprar uma câmera digital que estava na promoção e agora estou rifando mil números a R$ 2. Cheguei a fazer pizza também para arrecadar dinheiro. LP: Você se acha um bom jogador? Aleksander: Eu quero melhorar. Me esforço muito e meu nível está ainda abaixo para a disputa de um campeonato assim (do Uruguai), mas estou treinando e me dedicando.
LP: Quando você vai? Já sabe se será titular? Aleksander: Nós teremos um treino uma semana antes do campeonato para entrosar o time. Não sei como vai funcionar. São duas seleções – a M17 LP: Todo esse esforço para e a M19, subdivisões da cateestar no Campeonato? goria Juvenil. Eu vou jogar no Aleksander: Em casa sou M19, que são 23 jogadores. O
Campeonato tem 20 times para disputar em dois dias, e por isso acho que todos jogarão o tempo todo.
portanto, se eu fizer bagunça e ‘tal’, as pessoas vão me olhar e questionar o respeito e o comportamento que o rugby ensina, sem falar que vou estar senLP: Antes de o rugby apa- do um mal exemplo para todos. recer na sua vida, qual era o seu sonho? LP: Como são distribuíAleksander: Eu queria ser dos os jogadores de rugby no piloto da AFA (Academia da campo? Força Aérea) e o que me fez Aleksander: Diferente do desistir foi a parte física, por- futebol, o rugby não tem nome que precisa ter, no máximo nas camisas, os jogadores são 1,96m de altura, se não me identificados pelos números engano e não sei se vou con- que identificam a posição dos seguir isso. Aí desisti. Agora jogadores dentro de campo. O estou em dúvida no que prestar número 1 será sempre o Pilar no vestibular, mas devo prestar Fechado; o 2 é o Talonador Design Gráfico, Veterinária ou (Hooker), o número 3 é o PiEducação Física, pois agora lar Aberto, o 4 e o 5 são os Secom a história do rugby o foco gundas Linhas, já os números é outro. Mas penso em fazer 6 e 7 são os Asas (Asa Cego faculdade porque, no Brasil, o e Asa Aberto), o camisa 8 é o rugby ainda não dá dinheiro, Oitavo, o 9 é o Meio Scrum não é profissional. Estou com (Scrum Half), o número 10 a expectativa de ir para uma é o Abertura, o 11 e o 14 são Faculdade Federal e conciliar os Pontas (Ponta Esquerdo e com o rugby para ver até onde Ponta Direito), o camisa 12 é consigo ir. o Primeiro Centro e o 13 é o Segundo Centro e fechando o LP: E na escola, você é tão time com a camisa número 15 bom quanto no rugby? tem o Fullback. Depois repete Aleksander: Falar que gosto a sequência até o número 23. de estudar é mentira, não gos- O Rugby preza muito a tradito. Mas minha mãe exige que ção. Por exemplo, no Tucaas notas sejam acima de 8. Não nos, hoje jogo com a camiseta que eu seja um aluno exemplar, um e o ‘cara’ que me ensinou, mas não sou ruim. E o rugby o Padula, jogou com a camiexige ser bom dentro e fora de seta um. Então carrego o peso campo. Além disso, sou repre- que ele carregou. Acho isso sentante da minha sala de aula, muito legal.
LP: O que é preciso para jogar rugby? Aleksander: Uma chuteira, que pode ser como a de futebol, mas também tem a chuteira especial para rugby que tem oito pinos. Para determinados jogadores, as chuteiras são diferentes, já que eles precisam segurar o adversário, são os mais fortes e mais pesados da partida, precisam de mais força. Além da chuteira, todos devem usar o protetor bucal e o scrum cap, geralmente é usado pelos segundas linhas. LP: Para quem está de fora o rugby assusta um pouco e parece ser violento, é assim mesmo? Aleksander: Costumo dizer que o rugby não é violento, é um esporte de contato. A gente aprende a derrubar e a cair. Às vezes pode ser que se machuque, mas isso acontece em todos os esportes. Por ser um esporte de contato que se preza pela lealdade, mas garanto que violento não é. LP: Quais são as suas expectativas para a competição do Uruguai? Como será depois que voltar de lá? Aleksander: Espero aprender muita coisa lá para poder contribuir com o meu time aqui, porque se não fossem eles, não teria começado a jogar rugby. Pretendo evoluir sempre, porque penso que a gente sempre tem que evoluir e aprender mais. Então, quero contribuir para crescer junto com o time (Tucanos), não mais que o time. Meu foco agora é o Uruguai e o campeonato que vou disputar lá. Depois, quando voltar, vou prestar vestibular e quero entrar em uma faculdade pública. LP: Como você avalia o rugby no Brasil? Aleksander: No Brasil, o rugby ainda é um esporte que está engatinhando. Apesar de ser o esporte olímpico que mais cresce no país, a nível mundial, a modalidade ainda está dando os primeiros passos. L.C.
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O que acontece Palestra Oscar
Handebol perde mais uma no Gran Prix A equipe de handebol masculino Adulto do São João Handebol Clube/Prefeitura/Liga/Unifae sofreu mais uma derrota de placar apertado no Gran Prix da Federação Paulista e se complicou para garantir a vaga nas semifinais do torneio. Jogando em seus domínios, no último dia 13, perdeu por 30 a 29 para Itapira. Com esse resultado, só a vitória interessará para os sanjoanenses na última rodada, jogando contra Sorocaba, na casa so adversário. A partida está prevista para o dia 10 de novembro. Mesmo assim, o time terá que torcer por outros resultados para garantir a classificação. Os gols de São João foram anotados por Diego Galo (11 vezes), Guilherme (7), Douglas (5), Marcelo (2), Samuel (2), Diego Souza e Fernando, sob o comando da professora Valdirene Aparecida Musto, auxiliada pela fisioterapeuta Rafaela Brito Dias e pelo professor Pedro Lemes Netto. Já nas quartas de final do Regional, o time Adulto sanjoanense venceu Rio Claro por 42 a 30, no dia 12. Marcelo (10), Samuel (6), Diego Galo (6), Douglas (6), Diego Souza (4), Joni Melo (2), Renan (2), João Gabriel (2), Fernando (2) e Higor anotaram os gols. Na semifinal, São João enfrentará Itatiba, jogando em Piracicaba, no próximo dia 15 de novembro. A final, em 24 de novembro, acontecerá na quadra da Sociedade Esportiva Sanjoanense. Na categoria Sub-21 masculino, a semifinal será contra Mococa, jogando em Franca, enquanto que no Cadete masculino, o adversário será Campo Limpo Paulista, em Piracicaba. Já no Cadete feminino, São João enfrenta Valinhos, em Jundiaí. L.G.G.
Arrogância marca visita de Oscar Schmidt a São João Apesar da arrogância ao destratar jornalistas em sua chegada ao aeroporto e a promessa não cumprida de realizar uma coletiva ao final do evento com os vários órgãos de imprensa que estavam presentes no local, o ex-atleta de basquetebol, Oscar Schmidt, reuniu centenas de crianças, adolescentes, jovens e adultos, em palestra realizada no Ginásio Tigrão, na Sociedade Esportiva Sanjoanense, na noite de segunda-feira, dia 21. O encontro fez parte do Ciclo Unifeob de Palestras, que trará, até o final do ano, várias personalidades de diversas áreas. O “Mão Santa” do basquete brasileiro esteve pela primeira vez em São João da Boa Vista para ministrar a palestra “Obstinação”. Tirando os problemas, Oscar foi um grande exemplo de profissional, que com determinação e paixão alcançou suas vitórias. Durante a palestra, o ex-jogador de basquete da seleção brasileira e de tantos outros clubes tentou ensinar o segredo de seu sucesso, de uma maneira divertida e bastante escrachada. O tema escolhido abordou cinco valores imprescindíveis para aqueles que almejam vencer: visão, decisão, time, obstinação e paixão. Dentro desse tema, Oscar falou de sua carreira e de tudo o que fez para alcançar o sucesso. Nesta nova fase como palestrante, ele já proferiu mais de 600 palestras para mais de 300 grandes empresas. A nova carreira teve início após afastar-se das quadras, quando Oscar decidiu dedicar-se em transmitir ao povo brasileiro sua experiência de 32 anos no basquete, onde defendeu por 20 anos a Seleção Brasileira. A palestra mostrou vários vídeos e inúmeras imagens de sua
Fotos Luiz Gustavo Gasparino
Lotado - Ginásio Tigrão, na SES,
ficou cheio, incluindo várias crianças
carreira, com abordagens sobre liderança, motivação, sacrifício e treinamento. Unifeob Esta é a segunda grande palestra que compõe o “Ciclo UNIFEOB de Palestras”, cujo objetivo é trazer para a cidade diversos palestrantes de renome, que, com suas experiências profissionais e pessoais, podem agregar conhecimento aos universitários da região, contribuindo com a formação superior de qualidade. O reitor João Otávio Bastos Junqueira destacou a importância de trazer para os universitários tudo o que existe de melhor no cenário nacional, proporcionando a oportunidade de ampliar as fronteiras do conhecimento. “A intenção é que a Unifeob traga os melhores pensadores nacionais e palestrantes de renome de várias áreas”, comenta.
Arrogância Em sua chegada ao aeroporto sanjoanense, à tarde, Oscar Schmidt não foi educado com repórteres que estavam no local aguardando sua presença. Antes da palestra, já na Esportiva, Oscar atendeu apenas a produtora responsável pelo evento, prometendo conceder uma coletiva à imprensa no final da apresentação. Por volta de 22h, dezenas de crianças cercaram o “astro”, fa-
zendo com que ele corresse em direção ao veículo que o esperava. Jornalistas e até pessoas com deficiência o esperaram no local combinado para a entrevista, porém sem sucesso. A reportagem do Linha de Passe, que esteve na Esportiva, gostaria de trazer aos seus leitores a palavra desse “grande campeão”. Porém, a sua arrogância, principalmente com a imprensa, infelizmente deixou uma marca negativa em sua passagem por São João. L.G.G.
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Por dentro dos clubes SES e Palmeiras
Basquete sub-15 brilha no Interligas e está na final No último final de semana – entre 18 e 20 – os garotos do basquete sub-15 da Sociedade Esportiva Sanjoanense participaram do Torneio Interligas, competição que reúne as melhores equipes das Associações de Basquetebol do Estado de São Paulo. Pertencente à sede de Iracemápolis, os adversários da rubro-negra foram Nosso Clube (Limeira), Barretos e Chuí Chuá (Franca). No primeiro desafio, contra o Chuí Chuá, em jogo realizado em Limeira, vitória tranquila da rubro-negra por 75 a 51. No sábado, dia 19, contra o Barretos, mais uma vez os meninos do técnico Alex de Castro fizeram bonito e venceram por 10 pontos de diferença, dando um passo importante na competição – 50 a 40. Para fechar a participação nessa
fase, no domingo, dia 20, a Esportiva foi derrotada pelo Nosso Clube de Limeira (37 a 69), mas mesmo com a derrota o time conquistou uma vaga para a final da competição. As finais estão marcadas para os dias 8, 9 e 10 de novembro com Esportiva, Nosso Clube (Limeira), Aspa (Franca) e Bauru. O local das partidas ainda não foi definido. Semifinal ARB Nada de folga para os garotos do técnico Alex de Castro. Mal chegaram de Limeira e na terça-feira, dia 22, já tiveram um novo desafio: a semifinal da ARB. Jogando em casa, no primeiro jogo dos playoffs da Série Ouro, a Esportiva enfrentou a Mocoquense. O jogo estava em andamento até o fechamento desta edição. Assessoria SES
Decisão - A expectativa é repetir a boa atuação na fase final da competição
Esportiva busca título fora de casa no Regional Na primeira partida do playoff final da Liga Regional de Voleibol, realizada no Ginásio Aldo Milan – o Tigrão –, as meninas da Sociedade Esportiva Sanjoanense perderam para a Sociedade Hípica de Campinas por 3 sets a 0 – parciais de 19 a 25, 13 a 25 e 24 a 26. Por ter melhor classificação no Campeonato, a Hípica joga com a vantagem de decidir em casa. O time comandado pelo técnico Celso Costa Junior volta à quadra já no próximo fim de semana e, obrigatoriamente, tem que vencer para forçar a realização do terceiro e último jogo. Para chegar à final, o time de Campinas eliminou Tietê em 2 jogos a 1, enquanto que a Esportiva venceu o Nosso Clube de Limeira pelo mesmo placar, mas com uma diferença: ganhando duas partidas na casa das adversárias. Na ocasião, as meninas não se intimidaram e, de virada, garantiram a vaga para o time, perdendo o primeiro por 3 sets a 1 (25x18, 22x25, 18x25 e 18x25); vencendo o segundo pelo mesmo placar (25x04, 21x25, 21x25 e 24x26); e, na decisão, realizada no último dia 12, um eletri-
Assessoria SES
Fora de Casa - No fim de semana, a Esportiva terá que vencer para brigar pelo título
zante 3 sets a 2 (20x25, 25x21, decisivos serão na casa das ad25x21, 23x25 e 11x15) . versárias. As datas dos jogos ainda não foram definidas. Mirim e Infanto Já na categoria Infanto JuveDecisão também na Séria nil, depois de serem eliminadas Prata da competição, na cate- no playoff da semifinal pela goria Mirim. Com a 7ª posição Hípica (2 jogos a 1 – 0 a 3, 3 garantida, a Esportiva está na a 2 e 0 a 3), as meninas aguarsemifinal e o adversário desta dam o adversário para a disputa fase será a equipe de Jundiaí, da medalha de bronze na Série que se classificou em 6º. Ouro da categoria. Assim como na Série Ouro, a Na outra semifinal, AABB/ decisão será realizada em uma SEME/Limeira disputa com a disputa melhor de três jogos e, cidade de Itu uma vaga na final devido à classificação, os jogos da competição. L.C.
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Os fanáticos Futebol em pauta Corinthians
Franco Junior é palmeirense e estudante de jornalismo lfrancojunior@gmail.com
Pedrinho Souza é corinthiano e jornalista (pedrinho.souza19@gmail.com)
Só falta uma vitória
Aleluia! Fiel Torcida... Finalmente o tão esperado gol saiu. Tá certo que veio de uma jogada de escanteio novamente, mas o que importa é balançar o barbante. Algo raro nos últimos jogos. Eu já tinha até esquecido como era comemorar. Renato Augusto voltou, Pato marcou, Guilherme assumiu com firmeza a vaga de segundo volante, já que Íbson e Maldonado não conseguiram realizar este feito. São reforços que nos dão esperança para
Palmeiras
uma classificação na Copa do Brasil, nesta quarta-feira. O duelo de volta será em Rio Grande, contra o Grêmio, cidade em que vencemos nossa primeira Copa, em 95, de forma invicta. A partida de ida, no Paca, foi 0 a 0. Na última quarta, pelo Brasileirão, perdemos para os gaúchos. O verdadeiro Tricolor venceu o jogo errado. O Timão não está lá essas coisas, mas são nesses momentos em que o time cresce e a mística sempre esteve do nosso lado. Esta noite, na Arena, teremos que ganhar.
Palestrinos e palestrinas, estamos quase de volta. Sabemos o sofrimento de disputar uma Série B. Não pela dificuldade de subir, que como todos veem, nem tivemos tanta assim. Mas ver a equipe que torcemos na Segundona – pela segunda vez – é, no mínimo, esquisito. Todos sabem a grandeza do Palmeiras, por isso a elite do futebol é de onde o Verdão nunca deveria ter saído. Claro que alguns pontos positivos existiram. A formação de uma boa
equipe. A volta de El Mago como referência. Um lateral direito de qualidade. Wesley fazendo jus ao que foi gasto com ele. Um meia como o Mendieta para substituir Valdivia a altura – ou até melhor. É palestrinos, não foi apenas de tristeza que disputamos essa Segundona. Acredito que essa é a última vez que escrevo enquanto o time está na Série B. Na próxima, com certeza, estaremos de volta! Por isso, dessa vez o desfecho é diferente: Forza Palestra, falta só mais uma! Vamos comemorar!
São Paulo
Santos Marcelo Gregório é santista e jornalista (marcelogregoriotv@hotmail.com)
Protagonista da camisa 8 Cícero: de coadjuvante a protagonista. Com a camisa 8 do Santos, o capixaba de Castelo/ES é o artilheiro do Peixe no Brasileirão. Montillo era a esperança dos santistas, mas, com tantas lesões, o argentino ainda não conseguiu corresponder ao altíssimo investimento que a diretoria fez para contratá-lo. Logo após a goleada do melhor dos paulistas contra o pior do Campeonato Brasileiro, por 5 a 1, em Recife, con-
versei com alguns amigos e comentei que a camisa 8 tem feito a vez da camisa 10, devido as atuações de Cícero. Bom cabeceador, bom cobrador de faltas, bom articulador e bom no chute à longa distância. O jogador balançou as redes 10 vezes na competição. Nessa novela chamada Brasileirão, cheia de “atores-jogadores”, as cenas que mais chamam a atenção no desempenho do Santos são aquelas em que o protagonista Cícero leva emoção aos torcedores com algo que tem feito bastante: gols.
Alinne Fanelli é são-paulina e jornalista (alinne_mariane89@hotmail.com)
Muricy, monstro! Ganso seria o tema desse artigo. Mas, a vitória suada de domingo em cima do Bahia significa muita coisa. Não vi o jogo, apenas os lances. E o primeiro que vi foi o gesto do Muricy Ramalho batendo no peito e dizendo: “Aqui é trabalho”. Não tem como não ver o crescimento do São Paulo. O que parecia impossível há dois meses, virou realidade: sorrir. Fruto do bom desempenho e da evolução de cada um dos jogadores que ganharam a confiança do técnico.
Muricy fez nosso orgulho voltar. Quando vejo o técnico agindo como ele, dá a certeza de que o caminho está certo. Ele não só acertou o time como fez Ganso voltar a jogar bem. O treinador levou o torcedor de volta para o estádio. A palavra rebaixamento, que nunca existiu no nosso dicionário, diga-se de passagem, não assombra mais. Se ele tivesse voltado depois que Ney Franco saiu, poderíamos estar no G-4, brigando por vaga na Libertadores. Ainda dá tempo. Quem sabe?! Uma diferença de 10 pontos não tem sido nada nesse campeonato.
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Histórias do esporte José Marcondes
Passado glorioso Os cabelos grisalhos o tempo já se encarregou de deixar, mas o porte atlético, nem mesmo o tempo conseguiu mudar. Outra mudança significante está no cenário onde passa a maior parte do tempo. Se antes gastava horas à beira das piscinas, hoje fica em um aconchegante ateliê improvisado em um cantinho da sua residência. A explicação para isso é simples: na vida de José Marcondes, a natação sempre dividiu espaço com as artes plásticas. Mas, o primeiro amor sempre esteve nas águas, sentimento que começou como uma brincadeira de criança. “Quando eu tinha 12 para 13 anos, eu ia nadar no rio Jaguari, como todo menino de São João. Aí fui criando uma paixão”, recorda com saudade. A partir de 1956, a natação se tornaria algo sério e a paixão pelo esporte aumentaria ainda mais na vida daquele garoto. Cristiano Osório de Oliveira, o Bilú, inaugurou a piscina da Sociedade Esportiva Sanjoanense, obra realizada com dinheiro próprio. “Eu tinha 16 anos quando comecei a nadar”, recorda. Também nessa época, por volta de 1960, inaugurou no Tênis Clube de Vargem Grande do Sul uma piscina e os diretores do clube vieram a São João em busca de um técnico para ensinar natação. Nesse cenário é que desabrochou José Marcondes que, em busca do primeiro emprego, aceitou o desafio de ensinar natação para crianças e adolescentes. Marcondes estava prestes a “sair” da água para fazer carreira à beira das piscinas. A última competição do então nadador foi em 1961, no Clube dos Bagres, em Franca. “O Narciso me indicou junto com o Mauricio Marioto. Eu tinha uns 21 anos.
Fotos Assessoria SES
Paixão - Desde sempre a natação
foi uma paixão na vida de Marcondes
Eu não tinha formação e fui dar iniciação e fiz uma equipe lindíssima lá. Depois fui para o Clube Atlético Paulistano, em São Paulo”, relata. A ida de José Marcondes de Vargem para São Paulo tinha um único significado: o trabalho que estava sendo realizado era de extrema competência. Por essa razão, em um momento de passagem por São João, quando estava de folga do Paulistano, foi que Bendito Perez – o Ditinho Perez – que substituiu o Bilú, fez o convite para Marcondes assumir a natação da Esportiva. A oferta foi vista com bons olhos pelo garoto, que não hesitou em aceitar e voltou. “Ele disse que me pagaria a mesma coisa que o Paulistano e, considerando que estaria em casa optei por voltar. A primeira coisa que fiz foi ir atrás dos ex-nadadores”, explica. A iniciativa de Ditinho Peres rendeu a Marcondes 13 anos frente à natação da rubro-negra. Orgulhoso e com a certeza de que fez um excelente trabalho durante aqueles anos, Marcondes relembra que formou, ao menos, quatro grandes equipes de nadadores. Hoje, com 75 anos, os fatos são lembrados
com saudade e com os detalhes enriquecedores de quem viveu com paixão cada segundo frente à equipe da Esportiva. Os Nadadores “Encontrar nadadores é a mesma coisa que preparar um poço para pescar: um dia você joga o farelo, no outro você volta para ver como está e começa a enxergar os peixes grandes”. Essa simples definição é dada por Marcondes para descrever como identificar um talento nas piscinas. Os tempos mudaram e Marcondes lamenta a falta de interesse pela modalidade. Na
época em que Manoel dos Santos e José Sylvio Fiolo brilhavam na natação, muitos queriam competir, serem nadadores. “Eu trabalhava o dia inteiro na Esportiva com a natação e verificando quem era bom para isso, bom para aquilo. Fazia competiçõezinhas internas. Tinha o Sebastião Galdino, que já se destacava na época do Narciso, ele me dava uma mão para tocar algumas coisas”, recorda. Além de tudo isso, Marcondes destaca uma vantagem significativa de se nadar naquela época: todos os nadadores eram registrados na Federação Paulista de Natação (hoje Federação Aquática Paulista), já que para competirem, obrigatoriamente tinha que ter índices técnicos, fato que fazia com que fossem automaticamente convocados para as competições. Com tanta competência para ensinar o aprendizado dos alunos as conquistas vieram: “eu participei de 11 Jogos Abertos. Uma vez como nadador e o resto como técnico. Nós tínhamos nadadores fabulosos, como a Maria Isabel Sibin. Em 1966, em Rio Claro, ela bateu o re-
Competência - O sucesso na modalidade provém da dedicação nas piscinas
corde do 100 metros costas que era da Maria de Lourdes Caxeta, uma nadadora famosa que tinha na época”, cita orgulhoso. Como tudo na vida tem um tempo, o tempo de Marcondes frente à natação da Esportiva também se esgotou. Psicologicamente cansado por ganhar pouco e trabalhar muito, além de ter que começar a juntar dinheiro para ter sua vida própria, em 1975 chega ao fim a ‘Era Marcondes’. A partir daí, o professor foi se aventurar e se profissionalizar em outro território. O tempo passou e o que fica é a saudade. Saudade de tudo. De nadar, dos amigos, de viajar, de colocar o uniforme, de ver os frutos plantados darem resultados, enfim, saudade de um tempo que passou e foi bem vivido, bem instruído e, principalmente, bem escrito. Saudade de uma época que o esporte era valorizado em São João, que os olhos se voltavam para todos, e não apenas ao futebol. Mas ainda há esperança e nunca é tarde para recomeçar. Nas palavras de um sábio: “falta uma política muito séria voltada para o esporte. Quando falo política, não me refiro apenas ao poder público, prefeitura, mas falta uma política séria de contratar professores qualificados para todas as modalidades”, alerta o inesquecível e memorável José Marcondes. L.C.
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O que acontece Supino
Força pura Força, muita força. Essa é a essência de um esporte pouco conhecido no Brasil, fato que não faz com que seja pouco praticado. A modalidade em questão é o Supino, integrante do Levantamento de Peso Básico – esporte exclusivamente de força que abrange ainda o Agachamento e o Levantamento Terra. São João da Boa Vista tem representante nessa modalidade. Mesmo sem tanta visibilidade, Valter Antônio tem honrado o nome da cidade nos campeonatos que disputa. “É um treino que é pouco divulgado e, apesar de existir há anos, é um campeonato que está explodindo agora. Meu último título foi o Sulamericano, realizado na cidade de Leme. A conquista me rendeu a vaga para o Campeonato Mundial, que acontece em novembro, na cidade de Guarulhos”, explica Valter. Originário nos Estados Unidos, o Levantamento Básico surgiu em meados das décadas de 1950 e 1960, baseado em exercícios praticados por levantadores de peso olímpico e, também, fisiculturistas. As competições envolvendo as modalidades datam em 1960. Em 1972, foi organizada a Federação que regula o esporte
Fotos Lívia Campos
Supino - A curvatura do corpo contribui para o melhor levantamento do peso
internacional: Federação Internacional de Levantamentos Básicos – International Powerlifiting Federation (IPF). Já em São João, a modalidade começou como uma brincadeira interna na academia D.R Fitness: “a gente resolveu fazer uma competição de Supino na academia e todos os meninos se interessaram, foi um sucesso. Como deu certo, nós fizemos de novo e abrimos inscrições para quem não era da academia. O sucesso foi tanto, que as outras academias passaram a fazer o mesmo”, conta a proprietária da academia. As regras Para se praticar o Levanta-
mento Básico e, consequentemente. o Supino, são necessários os seguintes itens: uma barra de aço com 2,20 metros e 20 quilos, discos e presilhas (de
2,5 kg cada uma) para fixar os discos na barra. Os discos são feitos de metal e devem seguir obrigatoriamente os seguintes pesos: 0,250 g; 0,5 kg; 1,25 kg; 2,5 kg; 5 kg; 10 kg; 15 kg; 20 kg; 25 kg e 50 kg, já que para que um recorde seja quebrado, basta que o competidor erga 0,5 kg a mais que a marca existente. No Supino, o levantador fica deitado em um banco (ou mesa) com os ombros e nádegas em contato com a superfície do banco e os pés apoiados no chão; retira a barra de um suporte – com ou sem a ajuda de um auxiliar central; traz a barra bem próxima à região dos músculos do peitoral, segura por pelo menos um segundo; reergue até estender totalmente os cotovelos e recoloca a barra na posição inicial. Toda a execução é assistida por quatro árbitros. Cabe ao Árbitro Chefe dar o “start” da prova. O competidor é desqualificado em casos de: falhar
Cuidado - Para manter a forma, o uso de
suplementos é fundamental na alimentação
na observação dos sinais do Árbitro Chefe para começar e terminar a prova; mudar a posição de levantamento durante a execução do movimento, por exemplo, elevar ombros e quadril do banco ou tirar os pés do chão; ocasionar o impulso da barra para o peito depois da imobilização; fazer extensão desigual dos braços durante o levantamento; movimentar a barra para baixo durante o levantamento e contato do ajudante com a barra. Os levantadores têm três tentativas para erguerem o maior número de pesos que conseguirem, sendo classificados e/ou eliminados conforme a execução precisa dos movimentos. Em caso de empate, a vitória cabe ao atleta mais leve. Se mesmo assim o empate persistir, ganha aquele que tiver realizado o levantamento primeiro. L.C.
Suplementação Para competir no Mundial, a preparação de Valter Antônio tem que ser intensa. Além de se dedicar aos treinamentos, o levantador tem que cuidar da alimentação e, também, da suplementação para manter os músculos e a forma. Sendo assim, Valter conta com o patrocínio da Body Nutry, que se responsabiliza por toda a suplementação dele antes, durante e após os treinos. Dia 16 de novembro, em Guarulhos, Valter terá seu principal desafio: o Campeonato Mundial.
São João da Boa Vista | 23.10.2013
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Intervalo
A evolução do Exercício Físico, mudanças e tendências (parte II)
cRUZADINHAS
PERGUNTAS
Horizontal 1 – Atacante artilheiro do Palmeiras. 5 – Lateral direito do Flamengo. 7 – Equipe eliminada pela FIFA na série C do Brasileiro. 8 – Jogador ‘gordinho’ do Goiás. 12 – (???) de peso, esporte olímpico. 13 – Número 1 no futebol. 14 – Local que se compra o ingresso do futebol no estádio. 15 – Esporte que atuava Oscar Schmidt. 16 – União dos jogadores para melhorar calendário da CBF. 18 – Equipe de futebol que tem sua primeira torcida gay. 19 – Técnico do Vasco da Gama. Vertical 2 – Meia argentino do Internacional. 3 – Principal torneio do futebol euroupeu. 4 – Ex-jogador de vôlei, hoje comentarista. 6 – Esporte realizado com motos. 9 – Atacante do futebol uruguaio.
Saúde em jogo Francisco P. A. Neto
10 – Zona que derruba equipes para uma divisão abaixo. 11 – (???) Silva, novo tenista nº 1 do Brasil. 17 – Apelido de Junior dos Santos no UFC. RESPOSTAS DA EDIÇÃO ANTERIOR
Nessa altura torna-se também muito popular a ideia de que o treino de força, realizado de forma analítica em máquinas de cargas guiadas, seria muito mais seguro e construtivo para a saúde do que o treino efetuado com pesos livres. Nesta fase, explode a indústria das máquinas de musculação, ao ponto de, hoje em dia, um ginásio que se queira comercial e consiga atrair clientela ter de investir mundos e fundos para comprar máquinas excessivamente caras que permitam treinar qualquer pequenino músculo de forma analítica, ou uma passadeira que custe quase 10 mil euros (se bem que, no caso das máquinas de Cardio-fitness, a explosão acorre na década de 90). Neste embalo comercial, instala-se definitivamente a poderosa indústria do Fitness, que foi já muito além dos meios técnicos de custo inflacionado e “falsamente imprescindíveis”. Surgem marcas e modelos de roupa específica para
cada uma das infindáveis modalidades. Os suplementos nutricionais conseguiram campanhas de promoção no meio, que fizeram o público assumi-los como imprescindíveis (este setor comercial implica hoje em dia a movimentação de importantes capitais a nível mundial). Algumas multinacionais do Fitness abrem inúmeros ginásios nas grandes cidades e formam, numa ou duas semanas, um Personal Trainer que até aí era vendedor de automóveis ou de telemóveis… É este o lado mais negro do Fitness, que a mim e a muitos colegas com que troco habitualmente ideias, entristece bastante. Mas, para sermos intelectualmente honestos e justos, após uma análise global do fenômeno, seremos obrigados a assumir que o movimento do Fitness conseguiu, em poucas décadas, fazer muita gente vencer o sedentarismo. Por vezes tê-lo-á conseguido pelas vias mais nobres, outras vezes
nem tanto (por modas, por focos motivacionais pré-fabricados, impingidos e inconsistentes, que constantemente nascem e morrem, etc.), mas o certo é que o tem conseguido. Como se vê, o Fitness é um pouco o reflexo da sociedade que lhe deu origem: Tem coisas más e coisas boas. Até no meio acadêmico nós sabemos que, muitas vezes, as tendências de investigação se deixam afetar por este ou por aquele grupo de interesses… Gostaria, para finalizar, de deixar aqui saliente o fato de que, ao longo do percurso histórico que o Fitness descreveu, parece ter o Treino da Força mantido e até reforçando a sua importância. Prof. Mstr. Francisco Paulino de Abreu Neto Referência Bibliográfica: Ivan Carlos Bagnara, Aline da Almeida Lara, Chaiane Calonego, El proceso histórico, social y político en la evolución de la Educación Física, Junho de 2010, Revista Efdesportes.
APOIO
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Na arquibancada Sociais do esporte
Vôlei A equipe de voleibol feminino do Palmeiras/ Unifeob/Dent System/Prefeitura esteve na escola municipal José Peres Castelhano, no último dia 28 de setembro, para fazer um jogo demonstrativo para as crianças. A visita fez parte do Projeto “Voleibol – Saque Certo”, desenvolvido pelos professores Maurício Ribeiro e Marcelo da Costa. Cerca de 70 meninas, entre 9 e 11 anos (alunas dos 4º e 5º anos) participaram da aula de iniciação de voleibol. A ideia é que seja divulgado o aprendizado da modalidade de maneira educativa e recreativa. Parabéns pela iniciativa.
Níver 1 - Goleiro Armandinho, do Atlético DER Vôlei na escola - Técnico Maurício Ribeiro apresenta atletas do Palmeiras
Basquete Já os atletas do basquetebol masculino do Palmeiras/Unifae/Sequóia receberam, na última terça-feira, dia 15, uma avaliação física especial na CF Studio Pilates, nova parceira do Basquete São João. Segundo a professora de educação física e responsável pelo estúdio, Cendi Fabretto, foram analisadas nos jogadores a composição corporal e a postura, além da realização de testes de força e de flexibilidade. Mais um passo!
Níver 2 - Vereador Claudinho Ferreira, com a filha Marcela
Avaliação - Jogadores do Palmeiras são avaliados na CF Studio Pilates
Aniversariantes Confira a lista dos aniversariantes da semana: Hediene Zara, repórter do jornal O Municipio e assessor de imprensa da Sociedade Esportiva Sanjoanense (21/10); Marcelo Santiago, zagueiro do Santo Antonio (23/10); Claudinho Ferreira, vereador (25/10); Mauricio Foguinho, meia da Esportiva (26/10); Lívia Campos, jornalista e editora-chefe do LP (27/10); Armandinho, goleiro (29/10) e Marreta, meia (30/10), ambos do Atlético DER.
Níver 3 - Hediene Zara e a
namorada Ana Carolina Marin
Níver 4 - Marcelo Santiago e Mamadeira, ambos do Santo Antonio
Níver 5 - Marquinhos Marreta, do Galo, com o amigo Sassá
Mande sua foto Mande sua foto relacionada a qualquer esporte para o e-mail lpesportes@gmail.com.br ou na Fan Page do Linha de Passe no Facebook. Na medida do possível, você estará ‘brilhando’ nas nossas páginas, em breve.
Níver 6 - Maurício Foguinho, a namorada Andréia Sardelli e o craque Nenê Bonilha
Níver 7 - Lívia Campos, repórter e editora-chefe do Linha de Passe