FOOTWEAR COLLECTION 2017/18
KA MA LLE
...
Juliana Letenski Moreira
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO PARANÁ ESCOLA DE ARQUITETURA E DESIGN CURSO DE DESIGN DE MODA
JULIANA LETENSKI MOREIRA
PROJETO DE SAPATOS MODULARES PARA AS MULHERES CURITIBANAS
Projeto de Pesquisa apresentado á disciplina Projeto de Moda do Curso de Graduação em Design de Moda da Pontifícia Universidade Católica do Paraná. Orientador: Prof. Camila Teixeira
CURITIBA 2017
agradecimentos Primeiramente, agradeço a Deus meu melhor amigo e companheiro, que em muitos momentos me ajudou a ultrapassar as barreiras e dificuldades. Depois agradeço toda a minha família e amigos por me apoiarem durante todo esse período de pesquisa. Deixo aqui então uma pequena mensagem de agradecimento para as seguintes pessoas: Para a professora Camila, que me orientou do início ao fim apontando meus erros e acertos, me apoiando sempre. Obrigada pela maneira como me tratou durante esse ano, me senti muito acolhida e apoiada! Te desejo muito sucesso pela frente. Para professora Aline Antunes, a pessoa que me ensinou os primeiros passos para a criação de calçados, por sempre responder minhas dúvidas e questionamentos. Graças a você pude me descobrir apaixonada por esse universo te agradeço imensamente! Para a Débora, um anjo que Deus colocou no meu caminho esse ano e me ajudou imensamente, graça a ela fui capaz de completar esse projeto! Sua ajuda foi de extrema importância, e me sinto abençoada por ter te conhecido, obrigada! Para Lorena Moysa, por ser minha primeira cliente e parceira de projeto, o trabalho de conclusão é meu, mas sem você ele não teria sido possível! Obrigada por topar me ajudar durante esse processo, por sempre se mostrar empolgada e disposta a me ajudar. Para Bianca Manassés, por me ajudar com o processo de fotografia, mas principalmente por ser minha amiga, eu te amo de todo coração! Para Samara Ferreira, Scarllet Doria e Emanuel Godoi, os presentes que a faculdade me trouxe, que sempre estiveram me apoiando e sendo meu ombro amigo nas horas difíceis, eu amo vocês e desejo muito sucesso pela frente! Por fim, dedico esse trabalho de conclusão a mulher mais guerreira, inspiradora e gentil que já conheci, minha mãezinha querida dá qual sinto muita falta. Essa vitória é sua mãe, eu te amo!
1.
Sumário INTRODUÇÃO 1.1 Problemática 1.2 Hipótese 1.3 Justificativa
2.
1.4 Objetivos 1.4.1. Objetivo Geral 1.4.2. Objetivos Específicos
REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 CUSTOMIZAÇÃO EM MASSA 2.2 MODULARIDADE E SUA APLICAÇÃO NA MODA 2.2.1 Modularidade por compartilhamento 2.2.2 Modularidade por permuta 2.2.3 Modularidade por ajuste 2.2.4 Modularidade por mix 2.2.5 Modularidade por bus 2.2.6 Modularidade seccional
3.
2.3 DESIGN DE CALÇADOS: Conceitos básicos 2.3.1 Estrutura: anatômica do pé e nomenclatura do calçado 2.3.2 Ergonomia: conceitos básicos da antropometria dos pés 2.3.3 Construção: fôrma e o processo de modelagem
MATERIAIS E MÉTODOS DE PESQUISA 3.1. ANÁLISE DE SIMILARES DIACRÔNICA E SINCRÔNICA 3.1.1. Diacrônica 3.1.2. Sincrônica 3.4. Pesquisa de Tendências 3.2. Pesquisa de segmento 3.5. Tema de Inspiração 3.3. Público-Alvo 3.5.1. Conceito 3.3.1 Texto Explicativo 3.5.2. Painel Semântico do Conceito 3.2 Painel semântico 3.6. Mix de Produto 3.7. Geração de alternativas 3.8. Color Story
4.
RESULTADOS
4.1. Cartela de cores 4.2. Cartela de Materiais 4.3. Seleção de alternativas e fichas-técnicas
5. 7.
4.4. Painel com todas as alternativas 4.5. Processos de Fabricação 4.5.1 Funcionamento do site/sistema de customização. 4.6. Produção Fotográfica 4.861. Look Book 4.6.2. Produção Fotográfica Conceitual
DISCUSSÃO E ANÁLISE 5.1 Análise Ergonômica 5.2. Análise de Viabilidade 5.3. Validação com Usuários
CONCLUSÃO REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO
6.
1.
INTRODUÇÃO
D
e acordo com Choklat (2012), em seu livro “Design de Sapatos”, este item de moda é uma das ocupações mais antigas registradas na história da humanidade e teve como motivo de criação sua função principal, a proteção para os pés. Entretanto, mesmo os primeiros calçados que possuíam apenas formas simples e rebuscadas, já carregavam pequenos elementos de design. Por muito tempo, este produto foi desenvolvido essencialmente para proteger os membros inferiores, no entanto entre o século XVII e começou a ganhar a função de ornamentos e sendo usado para reforçar ainda mais o status das pessoas dentro da sociedade. Com o desenvolvimento da sociedade e consequentemente da indústria, aos poucos o calçado passou a se tornar popular e cada vez mais presente no cotidiano, fazendo com que o mesmo se tornasse um elemento essencial na vida do ser humano.
A estética com o passar dos anos, começou a ganhar grande destaque e importância na confecção deste produto, muitas vezes se tornando o elemento principal deixando sua função inicial, a do conforto e proteção, de lado. Atualmente a indústria calçadista possui papel de destaque na economia não somente mundial como nacional, sendo um dos setores que mais demonstram crescimento da produção, é também um dos setores que investe muito em inovação e tecnologia para aprimoramento do produto (ABICALÇADOS, 2016). Neste projeto serão apresentadas as pesquisas referentes aos fatores que influenciam na decisão de compra de um calçado, e como eles são empregados dentro do produto de maneira a satisfazer as necessidades e desejos do consumidor, além das etapas para o desenvolvimento e produção de um projeto de design de moda, com foco em uma coleção de sapatos modular.
PROBLEMÁTICA
A
situação problema identificada, diz respeito à dificuldade que algumas mulheres possuem em encontrar um calçado que ofereça maiores possibilidades de uso em um mesmo produto. Dentro do mercado calçadista, existem diversos modelos e formatos de calçados que acabam sendo voltados para diferentes situações, entretanto poucas são as opções que possibilitam uma mudança deste produto para que ele venha atender melhor as necessidades dessa consumidora. Em uma pesquisa netnográfica desenvolvida pela autora deste projeto com 60 mulheres para melhor conhecimento do público, foram questionadas sobre a existência de problemas relacionados aos calçados e ao atendimento as necessidades diárias dessas mulheres. Em sua maioria, foram descritas questões que apontam para essa carência da capacidade de modificação dos sapatos:
Percebe-se assim que este problema está diretamente ligado ao tema central, pois por não possuir habilidade de modificação acaba por limitar o tempo de uso do mesmo.Um dos dados relevante apontado na pesquisa foi há questão do tipo de sapato mais consumido por essas mulheres
69,5%
do calçado que elas mais compram são para o uso no dia a dia, e dentro deste objetivo um dos modelos mais citados é a sapatilha. Em uma breve pesquisa pelas mídias sociais buscando pelas marcas que foram citadas como mais consumidas no questionário na linha de sapatilhas estão: Moleca, Zaxy e Melissa. Analisando os sites dessas marcas, chegou-se aos seguintes resultados mostrados na figura 01.
“É difícil encontrar um modelo que dê pra “personalizar” ou carregar com facilidade na bolsa” Atualmente, são comercializados uma abundância de estilos e modelos de calçados que se atentam há fatores primordiais para seus consumidores como: o conforto e a estética desse produto. Entretanto encontrar um modelo que se adapte e possibilite alterações no mesmo de maneira simples e eficiente, percebe-se ser ainda uma dificuldade encontrada por essas mulheres. Outro problema identificado nessa peça é à questão da combinação, como pode-se analisar nesse relato de outra participante do questionário:
“O problema é combinar o mesmo sapato para várias situações”
Verificasse que todas as marcas possuem uma diversidade de modelos e estilos em seus catálogos, assim como alguns deles têm opções para a variação de cor e estampa. Entretanto nenhuma delas oferece produtos com a capacidade de modificação ou de personalização do modelo desejado. A cliente deve escolher entre as opções de modelo e cores já pré-estabelecidos pela marca sem poder participar ou opinar durante o processo de desenvolvimento do produto.
Como já citado anteriormente, tais aspectos limitam o produto tanto na questão ao tempo de uso, pois dependendo da tendência/modelagem agregada ao mesmo, o uso se reduzirá há aderência que a mesma terá na sociedade, tendo um ciclo de vida rápido e curto. Como também acaba por deixar o produto estático sem possibilidade de evolução. Sendo assim, o presente projeto tem como indagação a seguinte questão:
Como fazer um mesmo produto oferecer mais possibilidades, permitindo que o consumidor possa adapta-lo conforme suas necessidades e desejos?
objetivos
P
ropor uma coleção de design de moda no segmento de sapatos femininos, focada em uma linha de sapatilhas utilizando o conceito de modularidade, para mulheres entre 20 e 25 anos.
1.
Desenvolver um produto utilizando os metódos da modularidade que possibilite ser costumizado pelo cliente conforme o: desejo, e ou necessidade do mesmo.
Investir no sistema de co-criação de produtos, tornando a participação do cliente no processo de criação e desenvolvimento do produto necessária.
3.
2.
Manter e se necessário aprimorar aspectos ergonômicos para proporcionar assim um melhor conforto para o usuário.
Demostrar como funcionaria o sistema de costumização (e-commerce) e suas respectivas etapas.
5.
4.
Criar um sistema de coleção por temporada com o foco em acessórios para sapatilhas
JUSTIFICATIVA
U
ma notícia intitulada “Calçadistas resistem á crise e geram 20 mil empregos”, veiculada pelo Portal Brasil no caderno de economia e emprego no ano de 2016, mostra como este setor vem obtendo bons resultados e impulsionando o crescimento tanto da exportação deste produto como a própria produção interna no país. Com tais resultados, o país começa a ganhar força para competir com as grandes indústrias deste setor como as dos países asiáticos (PORTALBRASIL, 2016). Entretanto, com o aumento da produção e da demanda deste produto, a competição dentro do setor consequentemente cresceu nos últimos anos, fazendo com que empresários e produtores deste ramo venham buscar novas formas de obter destaque. Como estratégia para o sucesso, esse setor vem procurando investir em novas tecnologias, matérias primas e nichos de atuação, buscando cada vez mais por um diferencial competitivo. Dentro das características importantes a serem consideradas pelo setor, a participação e envolvimento do cliente vêm ganhando destaque e importância na hora do desenvolvimento deste produto. O desenvolvimento de calçados e a inovação caminham lado a lado com a criatividade e com a percepção, que é um reflexo da evolução do tempo. Atualmente, é natural que a preocupação com o produto de moda, o calçado, esteja ligada às condições econômicas e aos hábitos dos indivíduos (...). Assim, a cultura determina como será a produção do calçado e o seu uso (...) (VALENTE; PASCHOARELLI, 2009, p. 242).
Dado situação atual não somente do país como mundialmente, que está passando por reformas políticas e sociais, o consumidor vem buscando aderir novas maneiras de consumir produtos, se informando cada vez mais sobre os processos envolvidos na produção dos produtos que adquirem. Assim com uma maior preocupação e envolvimento do cliente, empresas estão obtendo por sistemas mais colaborativos e exclusivos, voltados a atender necessidades e desejos específicos desse cliente, um dos nichos de mercados que aderem esse tipo sistema é a personalização (SEBRAE, 2014).
“
A personalização de calçados tem se mostrado bastante atrativa tanto para consumidores que buscam produtos para se identificarem quanto para empresários que encontram um excelente nicho de mercado (SIS, 2017, p.1).
“
Dentro das vantagens encontradas na área de personalização de calçados pode se citar o relacionamento criado com o cliente, que participa do processo de criação do produto em um sistema colaborativo denominado co-criação. Desta maneira o cliente relata suas necessidades e desejos diretamente para o designer, que acabará por desenvolver um produto exclusivo que venha atender especificamente os pedidos do usuário (PORTAL RISA, 2016). É importante ressaltar que dentro deste nicho de mercado, existem vários modelos de personalização entre eles pode-se citar: a customização de produtos, sapatos para noivas e sapatos de tamanhos específicos.
2.
CUSTOMIZAÇÃO EM MASSA
A
ntes de abordar sobre o conceito de customização em massa, faz-se necessário entender os sistemas que o antecederam e como ocorreu a evolução dos processos produtivos ao longo da história. Por séculos, o único sistema de produção de bens era feito através do artífice , que dependiam principalmente de suas habilidades em transformar matérias-primas em objetos, este ofício era considerado de suma importância na sociedade sendo fonte de orgulho e prestígio (PINE, 1994, pg.10).
PRODUTIVIDADE
Com o passar do tempo, o crescimento da população resultou na ascensão do comércio e assim a demanda por produtos aumentou, fazendo o artesão ser obrigado a acelerar sua produtividade, no entanto, por se tratar de um trabalho predominantemente manual o qual exigia tempo e habilidade, aos poucos tal método de produção foi se tornado inviável (FIGUEIREDO & NETO, 2010, pg.4).
1
2
PA
SF
3 PM
4 CM EVOLUÇÃO
1- Produção Artesanal 2 - Sistema Fabril
3 - Produção em massa 4 - Customização em massa
Sistema Fabril
P P P P
Peças (intercambiáveis) Máquinas especializadas Foco no processo produtivo Divisão do trabalho
Com o inevitável crescimento do comércio, os artesões tiveram que procurar meios para acelerar a sua produção, a solução percebida por eles foi a produção de mais unidades de um mesmo produto ao invés de apenas confeccionarem um, assim nasceram às ferramentas de molde e gabaritos, que segundo Figueiredo e Neto (2010), foram essenciais para o início da fase de mecanização da produção. O declínio da produção artesanal de produtos trouxe o surgimento de um novo sistema de produção que teve seu início com a Revolução Industrial. O surgimento do “Sistema Fabril” veio integrado à revolução, sendo comumente utilizado por países como Estados Unidos e Grã-Bretanha no século XIX (VIGÁRIO, 2004, pg.41). Segundo Pine (1994) este sistema acarretou na substituição dos procedimentos manuais pela mecanização e maquinários, tais processos possuíam como princípio a ideia de que este método poderia incorporar e aumentar os conhecimentos e habilidades adquiridas pelos operários e aumentar a capacidade produtiva devido ao uso de máquinas. Dentro das principais características implantadas por este novo sistema de produção, pode se citar a divisão do trabalho como uma das mudanças mais importantes e revolucionárias. A divisão de tarefas ou trabalhos, veio da hipótese de que quando os operários estão focados em produzir uma única peça, a eficiência e produtividade acabam por aumentar naturalmente, ainda que esta característica tenha em partes contribuído para a perda da habilidade manual dos trabalhadores, ela teve um papel essencial dentro da evolução dos processos produtivos (PINE.1994, pg.14).
PRODUÇÃO EM MASSA
P Fluxo P Foco no custos/preços baixos P Padronização do produto P Foco na eficiência operacional P Economia de escala P Organização hierárquica
O sistema fabril se caracterizou como a primeira fase do processo de mecanização da produção de produtos e serviços, e com o tempo veio ser substituído e aperfeiçoado por um sistema ainda mais eficiente, o chamado sistema de produção em massa. Tal sistema tornou-se mundialmente conhecido por sua implantação na indústria automobilística de Henry Ford com o chamado Fordismo. A produção em massa se caracterizou pela produção de bens visando atingir grandes volumes de produtos com custos baixos de produção, por meio da padronização do processo de linha de montagem (COLTRO, 2013). Segundo Pine (1994) o que definiu e distinguiu a produção de massa da fabril foi o fluxo, onde cada trabalhador montava uma única peça e passava adianta para outro trabalhador continuar o outro passo do processo de montagem. Este ciclo de fabricação acabou por desenvolver os produtos padronizados, que por terem um padrão possuíam menor valor de custo para produzir e demoravam menos tempo, qualquer alteração neste produto poderia resultar em um colapso na linha de produção e no aumento do custo. Tal padronização transformou o comércio naquela época o tornando um mercado homogêneo.
Com as mudanças constantes da sociedade moderna, o ambiente para os produtos de massa se tornou cada vez mais difícil, deste modo o mercado da padronização e da homogeneidade agora daria lugar para um novo paradigma, onde a personalização e a heterogeneidade surgiriam para criar um novo sistema. O termo customização maciça ou em massa foi cunhado por Stanley Davis (1990) em sua obra “Futuro Perfeito”, tal conceito consistia na personalização e variação de produtos e serviços, por meio de um sistema com são mostrados na tabela 02. maior flexibilidade e rapidez, em outras palavras um sistema completamente dinâmico. Os sistemas anteriores que antes se caracterizam por uma produção sem a preocupação com o consumidor, agora passavam por uma reestruturação total onde mercado e consumidores passariam a dirigir este sistema simultaneamente (COLTRO, 2013). PRODUÇÃO EM MASSA FOCO: Estabilidade e controle CARACTERÍSTICAS CHAVES
A
homogeneidade deste mercado viria a se tornar mais tarde o principal motivo para que o sistema de produção em massa entrasse em crise. Produtos padronizados que antes conseguiam atingir em grande público, agora se viam em ameaça, pois não conseguiam atender e acompanhar as mudanças e necessidades do consumidor, que a partir daquele momento passaria exercer grande influência no sistema de produção (PINE, 1994, pg.33). Alguns dos fatores para o declínio da produção em massa
q q
Instabilidade nos insumos Mudanças demográficas Alterações nas necessidades e vontades Mercados saturados Ciclos econômicos
Demanda estável
•
Mercado grande e homogêneo
•
Custos baixos, produtos e serviços padronizados
s
q q q
•
vs.
s
CUSTOMIZAÇÃO EM MASSA FOCO: Variedade e personalização CARACTERÍSTICAS CHAVES •
Mercado fragmentados
•
Nichos heterogêneos
•
Custos baixos, alta qualidade,
produtos e serviços personalizados
U
ma das características chaves da customização em massa foi à percepção da necessidade de segmentação do mercado (Figura 2), agora as empresas buscavam os chamados nichos como estratégia de sucesso. Os nichos consistem em grupos específicos de consumo, que possuem necessidades e desejos específicos que dificilmente serão atendidos pelos produtos de massa, e por isso representam uma oportunidade em um mundo onde se torna cada vez mais difícil ter controle e estabilidade (PINE, 1994).
MERCADO LOCAL
MERCADO DE MASSA
“
MERCADO SEGMENTADO
NICHOS DE MERCADO
MERCADOS CUSTOMIZAÇÃO DE MASSA
A customização de massa dos mercados significa que o mesmo grande número de clientes pode ser atingido como nos mercados de massa de economia industrial, e ao mesmo tempo, podem ser tratados de maneira individual, como nos mercados customizados das economias pré-industriais (DAVIS, 1990, p.175).
“
S
egundo Davis (1990, p.166), um dos métodos mais eficazes para a aplicação em produto ou sistema visando à customização em massa é a modularidade, que apesar de partes de seus produtos serem muitas vezes padronizados, a combinação infinita de possibilidades que elas geram acaba por produzir um produto final customizado. No capítulo a seguir, apresenta-se um breve panorama histórico da modularidade, assim como a definição deste conceito e as suas variações, e como elas podem ser aplicadas ao design de moda.
2.1
MODULARIDADE E SUA APLICAÇÃO NA MODA
O
termo modularidade começou a ganhar repercussão na década de 60 por meio da indústria de computadores, surgindo como uma estratégia competitiva. Com o tempo, percebeu-se que tal conceito possuía grande amplitude e poderia ser aplicado há outras áreas da indústria geral, sem se restringir apenas ao ramo tecnológico. Nos últimos anos esse método vem se tornando uma tendência entre a indústria, por facilitar procedimentos e processos que possuem um maior grau de complexidade no desenvolvimento, prometendo ser mais lucrativo e eficiente (PORTAL DE CONHECIMENTO, 2009). Segundo Baldwin e Clark (1997), a modularidade pode ser entendida como um método para construção de produtos e ou processos complexos a partir de subsistemas que podem ser desenvolvidos individualmente, mas que funcionam como um conjunto integrado.
No início do século 20, a indústria de construção e arquitetura se utilizou do conceito de modularidade para desenvolver o sistema de construção por blocos (Baukasten), originalmente criado pelo arquiteto alemão Walter Gropius fundador da Bauhaus , a primeira escola de design e arquitetura do mundo (VIERO & NUNES, 2016). Este sistema funcionava por meio de elementos de construção padrão produzidos industrialmente, que poderiam funcionar como um conjunto variante de peças interligando-se para formar um conjunto quase infinito de configurações, Gropius o descrevia também como “um conjunto superdimensionado de blocos de construção de brinquedos dos quais, dependendo do número de habitantes e suas necessidades, podem ser montados diferentes tipos de máquinas para viver” (SHELTERPRESS, 2011). Na figura 04, uma ilustração demonstrativa deste método de construção.
A modularidade, atualmente vem se fazendo presente nos mais diversos setores da indústria em áreas como: automotivos, eletro-eletrônicos e no design (ARNHEITHER & HARREN, 2006).
S
egundo Sonego (2013), ela vem sendo impulsionada pela indústria devido a: visível redução de custos na produção de produtos ou sistemas, que consequentemente por possuir um número reduzido de componente/ partes, acaba por diminuir os resíduos gerados, a fácil montagem e desmontagem desde produto pela empresa e posteriormente pelo usuário, possibilitando a renovação/modificação deste produto substituindo módulos por outros e por último, a grande demanda do consumidor por produtos diferenciados. Em paralelo a esse conceito, a moda sempre teve como uma de suas principais características a capacidade de modificação, segundo Lipovetsky (1989), ela é dominada pelo culto às novidades, logo sempre se encontra na busca por “algo novo” e, portanto, necessita de que as coisas estejam em constante mutação. Apesar de possuir tal característica, o sistema de moda vem passando por transformações, buscando novos caminhos e estratégias de atuação para melhor atender as necessidades e as tendências não somente do mercado, como do consumidor (RIBBEIRO & MIGUEL, 2009).
A partir destes conceitos, a personalização demonstra ser uma tendência nas indústrias culturais/criativas na qual a moda encontra-se inserida. Segundo Cietta (2017) essa tendência pode ser expressa como um produto que ofereça ao consumidor a possibilidade de definir elementos de personalização seja no produto em si ou no serviço/ processo. Um dos métodos que se encaixam na proposta de um sistema personalizado na moda é o conceito da modularidade. Para Machado (2011), o sistema modular dentro da moda, permite o usuário transformar ele próprio e adquirir conhecimento sobre produto em questão, tendo também a flexibilidade proporcionada por esse sistema, o usuário acaba por encontrar o próprio estilo pessoal.
As roupas modulares possibilitam a participação lúdica e criativa do usuário, e por se adaptarem a necessidades e preferências pessoais, podem trazer uma sensação duradora de satisfação (FLETCHER & GROSE, 2011, p.80).
Por possuir grande abrangência, sendo possível ser empregada em diversos setores da indústria, a modularidade pode ser aplicada de maneiras distintas em produtos e sistemas. Pine (1994) estabelece seis tipos diferentes de modularidade para aplicação em produtos e serviços, podendo estas variar entre alterar sem mudar a estrutura base do que está sendo vendido, ou permitir a alteração total da mesma.
A
seguir foi descrito o funcionamento de cada uma delas e como as mesmas podem ser aplicadas em produtos e ou serviços dentro da indústria da moda. Para melhor entendimento deste conceito aplicado a moda, este capítulo se propõe a trazer exemplo de marcas e produtos de moda que abordam a modularidade em seus produtos e ou processos/serviços. Mostrando como o setor pode ser inserido dentro da customização em massa, demostrando sua viabilidade e envolvimento com o cliente durante os processos.
1.
MODULARIDADE POR COMPARTILHAMENTO
N
a modularidade por compartilhamento, um mesmo elemento é utilizado na produção de diferentes produtos, desta maneira o processo acaba por reduzir gastos e proporcionar economias de escopo. Além da redução de gastos esse sistema permite também à redução no número de partes, entretanto no final do processo ainda existirá alta variedade de produtos sem incrementos nos custos. Apesar deste modelo de modularidade acabar produzindo alta variedade de produtos, ele nunca resulta em uma verdadeira personalização individual, a menos se for combinado a outros tipos (PINE, 1994, p.216).
São elas a modularidade por:
q compartilhamento de componentes q por permuta de componentes q por ajuste q por mix q por bus q por fim a modularidade seccional.
Segundo Kober (2015) a modularidade por compartilhamento dentro da moda é a mais amplamente usada, porém facilmente despercebida e velada. Podem ser considerados como módulos individuais componentes como: botões, cores, tecidos, superfícies, acabamento e modelagem de partes como golas, bolsos e mangas.
Tais elementos são comumente utilizados no intercâmbio de uma peça a outra para promover unidade em uma coleção, assim como acabam por reduzir o custo na produção e gerar o reaproveitamento do mesmo, proporcionando assim maior variedade de modelos (Figura 6).
2.
MODULARIDADE POR PERMUTA
N
o modelo de modularidade por permuta, diversos componentes são colocados lado a lado em um mesmo produto básico, criando assim tanto produtos como componentes para a permuta ser possível, assim este método nada mais é do que um complemento ao compartilhamento de componentes. A vantagem na utilização desse procedimento estaria em identificar a parte mais personalizável este produto/serviço e transforma-la em um componente que tenha facilidade de reintegração (PINE, 1994, p.217). A modularidade por permuta na moda consiste em peças distintas, como saias, calças, blusas e jaqueta, que são pensadas para atuar em um sistema integrado, aonde a combinação entre essas peças-básicas forneceriam maior número de variações e possibilidades. Neste método, o consumidor possui a capacidade de montar seu próprio sistema conforme suas necessidades e desejos, fazendo assim também com que as peças possuam um maior período de uso (MACHADO, 2011).
T
Este mesmo sistema foi nomeado por Wallach (1982) como “coleção cápsula”, que consiste em um pequeno número de peças desenvolvidas visando gerar combinações que permitam o maior número possível de variações, isto seria possível pela coordenação de cores, modelagens e tecidos pensados para facilitar a formação de novas combinações.
3.
MODULARIDADE POR AJUSTE
P
ine (1994, p.219) descreve a modularidade por ajuste como uma técnica similar às duas anteriores, acrescentando que por ajuste, uma ou mais partes continuam variando dentro de limites preestabelecidos. Segundo o autor, este tipo de modularidade é útil há produtos cujo fator de alteração tenha grande importância para o consumidor, pois assim ele poderia combinar os componentes de acordo com seus gostos e necessidades. A modularidade por ajuste na moda é utilizada para desenvolver produtos que possuam componentes que são capazes de modificar o tamanho do mesmo, este método é muito eficiente para nichos em que os tamanhos padrões não costumam atender ao cliente (KOBER, 2015, p.99).
F 4.
Um produto que aborda a modularidade por ajuste, é o chamado “The Shoe That Grows” em português, o sapato que cresceu. Este calçado foi criado com o intuito de facilitar a troca frequente desta peça pelo público infantil, devido à fase de crescimento ser rápida. Ele possui a habilidade de ajustar para aumentar seu tamanho, estes sapatos conseguem aumentar até cinco tamanhos acima e prometem durar pelo menos cinco anos. O criador da ideia, Kenton Lee tem como principal objetivo ajudar pessoas carentes que não possuem condições para comprar sapatos sempre que necessitam (HYPENESS, 2015).
MODULARIDADE POR MIX
A modularidade por mix pode ser aplicada em qualquer um dos tipos citados anteriormente, com a diferença de que as partes ou componentes desse método muitas vezes são tão bem combinados que acabam por perderem a distinção entre si. Para exemplificar o autor cita o processo de misturar cores, no começo pode-se ter duas cores distintas como vermelho e verde, mas no final só será visível o amarelo, ou seja, o produto final obtido (PINE, p.220).
Figura 11: Ilustração da modularidade por mix. FONTE: Elaborado pelo Autor adaptado de Pine (1994).
Segundo Machado (2011), a modularidade por mix na moda é inserida de uma forma sútil e
abstrata, com a combinação de componentes que no final juntos se tornam um produto. A própria técnica de modelagem de uma peça poderia ser considerada um modo de aplicação dessa modularidade, já que na maioria delas, as partes de uma mesma peça são modeladas separadamente e depois a combinação para formar o produto final. Seguindo esta lógica, peças como: mangas, bolsos, golas, punhos entre outros, seriam módulos que combinados com outras partes, formariam a peça final (KOBER, 2015, p.100).
Figura 12: Coleção “Elementum” por Daniela Pais. FONTE: Google.
Entretanto, há também o que pode-se chamar de vestuário transformável que se encaixa dentro desse sistema, consiste em peças que permitem uma mutação levando o consumidor adaptar a peça de maneira criativa e de acordo com sua preferência (MACHADO, 2011). Um bom exemplo é a coleção “Elementum” criada pela designer portuguesa Daniela Pais, que tem como objetivo atribuir maior possibilidade a uma mesma peça explorando o máximo de uso que ela pode ter, a coleção consiste em seis peças que possibilitam diversas formas de uso, como pode-se observar na figura 12 (LOOKADAY, 2012).
5.
MODULARIDADE POR BUS
Na modularidade por bus é utilizada uma estrutura base que poderá receber um número de diferentes tipos de componentes. Pine (1994) explica que o termo bus vem da tecnologia eletrônica muito usada em computadores e eletrônicos, para descrever um caminho a qual as informações passam entre unidades de processamento para outros componentes que estão ligados a um plano posterior (bus). Para o autor, esse tipo de modularidade possui maior grau de complexidade para compreensão, pois normalmente está ligado há um conceito abstrato (PINE, p.222).
Figura 13: Ilustração da modularidade por bus. FONTE: Elaborado pelo Autor adaptado de Pine (1994).
Pode-se correlacionar ainda este tipo de modularidade com o conceito de família de produtos, que consiste em um grupo de produtos que compartilham da mesma base ou plataforma e acabam por se diferenciar pelos componentes que são acrescentados a ele. A variação desses componentes acaba por oferecer maior variedade de produtos, trazendo assim maior satisfação do consumidor que terá um produto que atenderá melhor suas necessidades e desejos (FETTERMAN & ECHEVESTE, 2010, p.244).
Figura 14: Ilustração do conceito de família de produtos/plataforma/componentes. FONTE: Adaptado de Fetterman & Echeveste (2010).
Pode-se ver a modularidade por bus sendo aplicada na moda com a marca polonesa chamada “Blessus”, por meio de um sistema de zíperes invisíveis estrategicamente localizados, as peças são capazes de trocar elementos e apresentarem novas formas (FASHIONBUBBLES, 2012).
F
MODULARIDADE SECCIONAL
6.
Figura 15: Exemplo de modularidade por bus na coleção da marca Blessus. FONTE: Google.
A modularidade seccional na moda ocorre quando um produto por si só possui capacidade de modificação, proporcionando assim maior variedade de customização (KOBER, 2015, p.104). Um bom exemplo da aplicação desta modularidade é encontrada na coleção chamada “Modular Series” desenvolvida pela designer Gayla Rosenfeld.
C
Por fim, o último tipo de modularidade chamada de seccional, é a que proporciona o maior grau de variação, ela permite a combinação de vários tipos de componentes deste que os mesmos possam ser conectados por uma interface padrão. Segundo Pine (1994) o melhor exemplo em que essa modularidade foi empregada são os famosos blocos de construção da Lego, que permitem inúmeras construções de objetos através de peças base que se encaixam uma nas outras.
Suas peças são feitas pela interligação de módulos, a união desses é feita sem nenhuma costura ou qualquer método de fixação, dessa maneira permitem que as peças criadas possam ser desmontadas e recriadas novamente (GAYLA ROSENFELD, 2001).
O conceito fornece uma variedade quase infinita de possibilidades de construção e um meio para que o usuário satisfaça o desejo de variedade e mudança, e até mesmo permite a completa desmontagem e a montagem de produtos inteiramente novos. (FLETCHER & GROSE, 2011, p.83).
O sistema concebido por Rosenfeld (2001) vai além do vestuário sendo possível aplica-lo em inúmeros produtos, como acessórios de moda: bolsas, cachecóis e produtos de decoração para casa como: almofadas, mantas entre outras possibilidades infinitas.
Figura 17: Exemplo de modularidade seccional (vestido) da designer Gayla Rosenfeld. FONTE: Google
Percebe-se então que os sistemas modulares possuem diversas possibilidades de atuação, as aplicações desses tipos de modularidade não possuem uma regra pré-estabelecida, sendo possível agregar mais de um deles dentro de um serviço ou produto, os fatores determinantes para isso irão variar de acordo com a proposta inserida no produto ou sistema pelo designer ou empresa. Dessa maneira de acordo com Fletcher e Grose (2011) a modularidade dentro da moda não somente oferece uma forma alternativa de consumir estes produtos como oferece meios para refletir sobre o modo como são renovados os guarda-roupas dos consumidores.
Permitem a interpretação individual e liberam a intuição e a integração contínua de habilidades adquiridas, encantamento estético e diversão. E mais: fornecem um meio para que os indivíduos explorem e construam por si mesmos (FLETCHER & GROSE, 2011, p.82).
Os sistemas de modularidade na moda acabam por permitir e viabilizar a construção da identidade pessoal dos usuários por meio desses produtos, fazendo com que estas mudanças que nele ocorrem passem de um sistema de fluxo para ciclos (KOBER, 2015, p.105). Após está contextualização sobre os tipos de modularidade e como eles podem ser introduzidos na moda, o presente projeto pretende desenvolver seus produtos alinhados aos métodos de: modularidade por permuta de componentes e parcialmente a modularidade por bus, pois se almeja trabalhar com o conceito de plataforma e família de produtos em sua coleção. O capítulo a seguir apresentará o produto escolhido que será desenvolvido neste projeto de design de moda, exibindo um breve relato histórico deste artefato e elencando seus conceitos básicos.
2.4
DESIGN DE CALÇADOS: CONCEITOS BÁSICOS
C
om o presente projeto pretende aplicar o conceito de modularidade na moda, mas especificamente ao design de calçados, viu-se a necessidade do estudo e compreensão dos conceitos básicos que são abrangidos nessa área. Este capítulo ira abordar a anatomia e nomenclatura base dos pés e calçados, para melhor entendimento de sua estrutura e função, assim como uma breve apresentação e definição do conceito de ergonomia aplicado aos calçados, visto que esta é uma característica básica e essencial na produção este objeto. Entretanto antes de entender as estruturas e os componentes que dão origem aos calçados, uma breve contextualização histórica deste artefato se faz necessária para compreender o seu propósito e importância no dia-a-dia. A palavra calçado tem sua origem do latim calceus, que significa calçar, eles possuem registros históricos desde tempos primitivos, e apesar de sua função básica, de proteção aos pés, continua sendo de suma importância no desenvolvimento deste produto, com o tempo foram atribuídos a ele caráter e simbolismo de vaidade e status (CHALABARDO,2013). Os calçados, em geral, além da realidade de proteção para os pés, sempre foram uma forma de linguagem não verbal associada ao prestígio secular (JOÃO BRAGA, 2014, pg.13)
Segundo Choklat (2012) a aparência contemporânea dos calçados que se conhece atualmente, teve início no século XIX com a alta-costura, mas foi com a industrialização no século XX que os calçados ganharam inúmeras inovações e estilos. Muitas das estéticas daquela época acabaram por deixar seu legado na história dos sapatos, aonde traços desses estilos ainda são fortemente utilizados como inspiração nos dias de hoje, um ótimo exemplo pode ser observado no estilo punk, que consagrou o coturno e tachinhas como símbolos fortemente atrelados a essa subcultura.
Nota-se então que o calçado, assim como qualquer produto do setor da moda, carrega consigo o peso das inúmeras mudanças sociais, sendo um artigo que se encontra em constante evolução. A prova disso são os inúmeros modelos de sapatos existentes, tais variações estéticas são possíveis graças a compreensão e estudo das partes internas (anatômicas) deste produto (CHALABARDO, 2013, pg.9).
Estrutura: anatômica do pé e nomenclatura do calçado.
P
ara entender o funcionamento das partes de um calçado, precisa-se compreender a anatomia básica da parte que este produto pretende proteger, os pés. Apesar de serem uma parte do corpo humano relativamente pequena, eles tem a função de carregar o peso e colaborar no equilíbrio, o que os torna uma parte complexa e sensível. Questões como movimentação e conforto estão diretamente relacionadas ao bem-estar e saúde dos pés, e consequentemente o corpo humano como um todo (CHOKLAT, 2012, pg.30).
q q q q q q
26 ossos 33 articulações Mais de 100 músculos Ligamentos, tendôes Vasos sanguíneos e nervos Pele, unhas e tecidos.
Apesar de serem constituídos por inúmeras partes como ossos, articulações e ligamentos (Tabela Acima), as partes básicas do pé são essenciais para o conhecimento dos designers no desenvolvimento de um calçado, são elas: o dorso, metatarso, arco, dedos, calcanhar e tornozelo (Figura 18).
Figura 18: Ilustração das partes principais do pé. FONTE: Elaborado pelo autor, 2017 adaptado de CHOKLAT (2012).
T
endo um breve conhecimento das principais partes que constituem os pés, passa-se a descobrir o funcionamento da anatomia do calçado. Apesar de sua estrutura possuir menos partes do que a do próprio pé, elas são desenvolvidas e projetadas para a adequação aos movimentos, e ainda que muitas de suas partes sejam fabricadas independentemente, elas precisam funcionar em conjunto (CHOKLAT, 2012, pg.34). Para isso foram criadas nomenclaturas base importantes para identificação de partes especificas desse produto, elas são usadas não somente em processo industrial como por designers e modelistas de calçados. A seguir, descreve-se as principais estruturas de um sapato, definindo sua função e importância na elaboração deste produto.
Figura 18: Principais componentes de um sapato e suas nomenclaturas. FONTE: Elaborado pelo autor, 2017 adaptado de CHOKLAT (2012).
O
s componentes principais de um sapato podem ser definidos como seis partes nomeadas de: cabedal, biqueira, sola, salto, contraforte e calcanheira. Segundo Liger (2015), o cabedal (1) é usado para descrever tudo o que está relacionado à parte superior e externa do calçado, por sua vez ele é utilizado para cobrir a parte de cima do pé. Existem ainda as subdivisões de parte integradas ao cabedal, são elas a gáspea que compreende a parte frontal, é nela também que se encontra a lingueta a qual possui a função de proteger o pé do cordão, e o talão que é a parte de trás/lateral do sapato, ela pode ser desenvolvida para ser uma única peça ou ser dividida em duas (laterais). A biqueira (2) é a denominação usada para identificar a extremidade frontal (ponta) do calçado, ela é responsável pelos aspectos de forma e altura desse produto. Geralmente são feitas de material termoplástico semirrígido, existem diversos estilos de biqueiras como a capeada (cap toe), a tipo mocassim entre outros. (CHOKLAT, 2012). A sola (3) é a parte inferior do calçado que entra em contato com o chão, podem ser confeccionadas de diversos materiais, sendo o mais utilizado a resina de emborrachada. Uma subdivisão desta parte é a entressola, que corresponde à camada intermediaria entre a palmilha de montagem e a sola, pode lhe ser atribuída função estética ou funcional (LIGER, 2015, pg.26). O salto (4) é descrevido por Choklat (2012), como o componente que servirá de apoio elevado que se localiza posicionado na parte traseira do pé, pode ser confeccionado de várias matérias primas, as mais comuns são plástico duro revestido de algum tecido, geralmente couro. O contraforte (5) é utilizado na parte posterior e interna do calçado, para lhe atribuir forma e ajudar o calcanhar se manter no lugar. Por último têm-se a calcanheira (6) uma superfície que entra em contato com a parte interna do pé, esta parte também integra junto a ela a palmilha e a entressola já citada. É nesta peça também que geralmente encontra-se o nome das marcas. Além destas seis partes principais, existem outras nomenclaturas utilizadas para partes internas e externas no desenvolvimento de calçados, muitas delas são usadas para tipos específicos de sapatos, como os saltos. Alguns desses outros termos podem ser encontrados na Tabela 05.
DESCRIÇÃO
TERMO
Palmilha de montagem
Tem como finalidade a fixação do corte após a montagem, manutenção do formato da superfície da planta do pé, absorção do suor e resistência à constante pressão do caminhar.
Palmilha de acabamento
Material (couro, tecido ou plástico) que recobre o sapato internamente, assentado sobre a palmilha de
Forro
É o revestimento utilizado com a função de proporcionar acabamento interno ao calçado, reforço, ab-
montagem
sorção de humidade e conforto.
Alma
Tacão/Capa
Peça posicionada longitudinalmente ao centro da palmilha, que serve para dar firmeza no caminhar e sustentar a planta do pé. Peça colocado na parte inferior do salto e tem como função proteger o salto do desgaste e, ao mesmo tempo, absorver o impacto do caminhar.
Após obter-se conhecimento sobre a anatomia dos pés e os principias termos utilizados no desenvolvimento de um sapato, é importante entender o conceito de ergonomia e como este estudo é essencial para criação desse produto. No tópico a seguir será apresentada uma breve definição deste conceito e os aspectos básicos da antropometria dos pés, cujo conhecimento se faz necessário para a confecção de calçados.
Ergonomia: conceitos básicos da antropometria dos pés.
A
tualmente podem-se encontrar diversas definições para o conceito de ergonomia, todas elas ressaltando o estudo da interação entre o homem e o trabalho, em um sistema chamado homem-máquina-ambiente (ITIRO, 2005, pg. 2). A ABERGO (Associação Brasileira de Ergonomia) em 2000 adotou a seguinte definição oficial para esse conceito:
Entende-se por pisada o movimento que uma pessoa faz quando dá um passo, esse processo acontece de forma natural e auxilia no amortecimento do peso e impacto do nosso corpo em atividades que ele exerce. Existem três tipos diferentes de pisadas são elas: a pronada, neutra e supinada como mostra a figura 19(PÉS SEM DOR, 2016).
A Ergonomia (ou Fatores Humanos) é uma disciplina científica relacionada ao entendimento das interações entre os seres humanos e outros elementos ou sistemas, e à aplicação de teorias, princípios, dados e métodos a projetos a fim de otimizar o bem estar humano e o desempenho global do sistema (ABERGO,2000).
Segundo Lida (2005), a ergonomia se apropria do conhecimento do homem, de suas necessidades e desejos, para projetar produtos e sistemas que se ajustem ás suas capacidades e limitações. Existem três divisões dentro desta área especializadas em diferentes sistemas, são elas: ergonomia cognitiva, organizacional e a ergonomia física, a qual será melhor descrita pelo objetivo de estudo se encaixar nesse domínio. A Ergonomia física estuda as características da anatomia humana, especificamente a antropometria que se trata do estudo das medidas físicas do corpo humano, sua fisiologia e biomecânica (ABERGO, 2000). Tais medidas podem variar de acordo com: sexo, etnia, proporções corporais individuais entre outros fatores.
Figura 19: Tipos de pisada FONTE: Elaborado pelo autor, 2017 adaptado de Active Runner (2017).
Na pisada de nome pronada, o movimento produzido pelo pé é acentuado para dentro, e termina com a passada perto do dedão, já a pisada neutra, representa um movimento mais uniforme sem grandes acentuações para dentro ou para fora, sendo assim distribui melhor as forças de impacto. Por último a pisada supinada, que possui o movimento acentuado para fora, terminando a passada na base do dedinho (ACTIVE RUNNER, 2017).
No que diz respeito a estudos antropométricos relacionados aos pés, existem características importantes para o conhecimento como os tipos de pisada e os tipos de pés. A seguir será apresentado em mais detalhes sobre esses dois temas. Figura 20: Tipos de pisadas visão traseira, FONTE: PÉS SEM DOR (2016).
No que diz respeito aos tipos do pé, apesar de parecer similar com o conceito de pisada, este se caracteriza pelo tipo de arco plantar (formato pelos ossos). Podem ser classificados de três maneiras: arco plano, normal e elevado como pode-se observar na figura 21.
Figura 21: Tipos de pisadas visão traseira, FONTE: PÉS SEM DOR (2016).
O pé raso ou plano corresponde quando a superfície do pé possui contato total com o chão, já o pé normal possui uma pequena elevação fazendo com que a superfície do pé não encoste totalmente no chão. Por fim o pé tipo cavo, possui a maior elevação entre os três, fazendo com que o seu contato com o chão seja ainda menor (PÉS SEM DOR, 2016). Após esta breve descrição sobre importantes aspectos ergonômicos em relação aos pés, passa-se para a etapa de construção. No tópico a seguir será apresentada a ferramenta base usada para planejamento e constituição de um calçado, seu funcionamento e sua importância para criação deste objeto de moda.
Construção: fôrma e o processo de modelagem
T
Segundo um dossiê de modelagem técnica de calçados publicado pelo FIERGS em 2007, a fôrma pode ser descrita como um molde no formato de pé desenvolvido a partir das medidas médias de um pé humano, tais medidas são coletadas por meio de pesquisas com o consumidor e podem variar de acordo com sexo, idade, região entre outros fatores.
A produção deste molde é a parte mais importante do processo de confecção de um sapato, trata-se de um trabalha extremamente especializado e meticuloso, pois através desse molde são determinados a forma e ajustes padrão que mais parte irão proporcionar um produto ergonomicamente adequado (CHOKLAT, 2012, pg.40). A principal função da fôrma é adequar o desenho desenvolvido a estrutura anatômica e biomecânica dos pés. Existe uma variedade de fôrmas produzidas para diversos estilos de sapatos, tais variações são mais encontradas em sua maioria para calçados femininos. Quando construída adequadamente, a fôrma permite com que as partes do calçado como o cabedal, obtenham um bom caimento e consequentemente um encaixe perfeito (FIERGS, 2007, pg.9). Após o desenvolvimento da fôrma, a etapa seguinte consiste na modelagem desta estrutura. Segundo Passos (2014), a modelagem é o processo de transformação do desenho tridimensional para o bidimensional, para assim obter a modelagem planificada do modelo projetado para que possa se extrair o molde do calçado. O processo de modelagem inicia-se pelo chamado “revestimento”, aonde a fôrma é preenchida por fitas adesivas brancas para que em cima dela o modelista ou designer possa desenvolver o desenho. (LIGER, 2015, pg.35). Depois de obter todo o desenho, a estrutura criada pelas fitas é retirada da fôrma e aplainada para que o molde seja desenvolvido e devidamente ajustado (Figura 23).
Figura 23: Processo da modelagem FONTE: Retirado de CHOKLAT (2012) imagens por Laurence King Publishing Ltd.
Além do procedimento de modelagem manual, muitas empresas acabam por adotar o uso de programas para o desenvolvimento de calçados, utilizando ou não os moldes previamente projetados para computadorizar este modelo para forma tridimensional (CHOKLAT, 2012, pg.42). Um dos sistemas mais utilizados para a modelagem computadorizada é conhecido como CAD (Computer Aided Design), uma ferramenta que auxilia na criação de projetos e desenhos técnicos a partir de modelos geométricos, que acabam por permitir a modificação deste produto por meio de operação simples. A principal característica deste sistema, diz respeito ao grau de dimensão que ele pode possibilitar, podendo ser em 2D, que opera em duas dimensões criando desenhos e vistas planificadas ou em 3D, que é uma extensão da anterior que permite que as duas dimensões, a bi e tridimensional, coexistam em um mesmo sistema (CNI,2009,pg.23). Segundo relatório publicado pelo CNI em 2009 intitulado “Tecnologias emergentes para o setor de calçados”, a utilização do sistema de CAD no desenvolvimento de calçados apresenta algumas vantagens entre elas pode-se citar: a melhoria da qualidade e precisão do produto, maior liberdade na escolha de matérias, redução de custos, novas oportunidades e a ampliação do valor percebido do produto/serviço.
Figura 24: Exemplos de modelagem de calçados em 3D (esquerda) e em 2D (direita).FONTE: Romans CAD Software (2016).
Após abordar sobre todos os conceitos que serão utilizados para a realização deste projeto, passa-se para a etapa de desenvolvimento e concepção do produto, onde será mostrado como estes conceitos serão empregados na confecção deste artigo de moda, assim como o passo a passo de todas as etapas necessárias para sua produção.
3.
ANÁLISE DE SIMILARES
C
omo forma de complementar as pesquisas já desenvolvidas e acrescentar novos dados que podem vir a contribuir no processo de desenvolvimento do produto, foram feitas algumas análises acerca do segmento de calçados, com foco na linha de sapatilhas. Em primeiro momento, foi realizada a análise diacrônica, mostrando uma linha do tempo de como as sapatilhas se desenvolveram ao longo dos anos, até chegar aos dias atuais tendo o formato, simbolismo e utilidades que conhecemos hoje. Em segundo momento, foram realizadas duas análises sincrônicas: uma tendo como base produtos similares (sapatilhas) que existem no mercado, para a análise foram utilizados parâmetros como: marca, modelo, preço, grade, cor, material, formato do bico, os diferenciais e os problemas das peças analisadas. A segunda análise diz respeito aos sistemas de customização de calçados (e-commerce) existentes no mercado atualmente, para entender como eles operam e quais são os serviços ofertados por eles. Para esta análise foi utilizado os conceitos de modularidades apresentados anteriormente, onde procuramos identificar os tipos utilizados em cada caso.
diacrônica
F
Segundo Choklat (2012, pg.10), um dos primeiros e mais antigos ofícios da humanidade foi à confecção de sapatos, historiadores e estudiosos da área, acreditam que este artefato tenha surgido na Pré-História, embora eles não possam comprovar, pois nenhum calçado datado desta época foi encontrado. Um dos primeiros registros concretos sobre calçados foram encontrados no Egito, através das pinturas egípcias feitas nas pirâmides. Já naquela época, os sapatos eram sinônimo de status dentro da sociedade, podendo ser usados somente por nobres e sacerdotes (SVITRAS;MARCATELLI,2017). Por se tratar de uma história relativamente extensa, o presente projeto pretende focar no modelo de estudo proposto no início da pesquisa, as sapatilhas. Fazendo assim um recorte na história focando na origem deste calçado em especifico. A Figura abaixo mostra a evolução das sapatilhas.
evolução das sapatilhas Antigo egito Um dos primeiros registros de calçados na história foram feitos pelos egípcios, suas sandálias eram feitas de palha, papiro ou de fibra de palmeira. Até mesmo os faráos usavam este modelo mais simples, o que diferenciava eram os adornos atribuidos aos calçado, o que ajudava na diferenciação dos status na sociedade.
t Séculos V e XV
t Século XVI A partir do Renascimento os calçados foram ganhando altura, que hoje conhecemos como os saltos. Muitos abrituem a criação deste aspecto do calçado a corte italiana da época mas especificamente a Catarina de Médici. Esse tipo de calçado era muito usado para apresentações de dança da época. Século XVII
t Somente depois da Revolução Francesa os sapatos de dança passaram a ser sem salto, facilitando os movimentos na hora da dança. Assim as sapatilhas sem salto viraram o padrão. O nascimento da sapatilha de ponta moderna como conhecemos, somente aconteceu no século XX com a bailarina russa Anna Pavlova 1954-56
t
Durante a Idade Média, os calçados nomeados poulaines, eram bastante populares. Eles se caracterização pelo tamanho do bico, quanto maior o bico, melhor era o status da pessoa na sociedade. Eles eram feitos de couros, veludos, brocados e bordados em fios de ouro.
t O salto alto ganhou fama e destaque principalmente na corte Francesa, com o Luís XIV - Rei Sol - que acabou criando o salro vermelho ou talon rougen. Ele teve grande importancia para o desenvolvimento da dança, e consequentemente, os calçados usados para essa prática. Os primeiros bailarinos dançavam com sapatos de salto alto, o que dificultava os movimentos e a fluedez da dança, além de ser desconfortavél. século XVIII
t As sapatilhas como conhecemos hoje, começaram
a se popularizar após o filme “Cinderela em Paris” estrelado pela Audrey Hepburn. Assim logo após a marca francessa Repetto, que fabricava sapatilhas para bailarinos, criou um modelo vermelho exclusivo para a Brigitte Bardot. A partir dai, as sapatilhas viraram uma febre e permanecem como um forte modelo até hoje.
sincrônica 1
F
Para primeira análise sincrônica de produtos similares, foram pesquisadas marcas que trabalham e ou são especializadas em sapatilhas. Todas as marcas analisadas são brasileiras: Moleca, Zaxy, TUTU Sapatilhas e Sapatilha Colorida. As duas primeiras foram selecionadas por serem marcas populares e que possuem produção em larga escala, já as duas últimas, tratam-se de marcas curitibanas com produções mais artesanais e manuais. Tal seleção foi estabelecida para fazer uma comparação entre esses dois estilos de produção distintos.
MOLECA
O
s dados coletados para análise da sapatilha da marca Moleca (11/08/2017) foram retirados de um dos maiores sites de calçados e moda online: Dafiti (2017), pois a marca em questão não possui uma loja virtual própria, vendendo em vários sites e no varejo. Por se tratar de uma marca de produtos mais popular, seus modelos são de fácil acesso e podem ser encontrados em diversas lojas e e-commerces por todo o Brasil. Entretanto, designs elaborados e modelagens mais trabalhadas não é o foco deste produto em específico, ele busca alinhar o conforto com a praticidade com modelos mais básicos e simples para o uso no dia-dia. Não possuindo a capacidade de modificação, personalização ou de customização por parte do cliente, que deve escolher o modelo e a cor de um catálogo pré-pronto que não possibilita alterações de detalhes ou de pequenos aspectos.
dados moleca
L MODELO: Moleca Lacinho L PREÇO: 44,99
L BICO: Redondo L DIFERENCIAL: Possui uma grande de
L GRADE: 34 ao 39
L PROBLEMAS: Modelo de sapatilha bá-
L COR: Preto L MATERIAL: Sintético
variação de cores e algumas estampas.
sico sem muitos detalhes. Acessórios/ enfeite comum e pouco atrativo.
ZAXY
A
pesar de possuir modelos básicos como a marca anterior, a Zaxy procura produzir calçados e sapatilhas mais elaboradas buscando sempre seguir as tendências de moda. Os dados coletados para análise (11/08/2017) foram retirados da própria loja virtual da marca, entretendo não havia uma grande variedade de modelos e cores na linha de sapatilhas no site. Um dos grandes diferenciais da marca se encontra na comunicação com o público alvo por meio das redes sociais, principalmente o Instagram, aonde eles expõem seus lançamentos e interagem com o cliente. A marca assim como a Moleca, a não disponibiliza a opção de personalização e ou alterações de detalhes ou de aspectos em seu produto.
dados zaxy
L
MODELO: Chic
L
PREÇO: 59,99
L
GRADE: 33 ao 40
L L
COR: Preto MATERIAL: Plástico revestido com tecido de veludo
L BICO: Fino L DIFERENCIAL:
Matéria-prima e processo de fabricação, comunicação da marca com o público.
L PROBLEMAS: Pouca variedade de cores disponíveis para o modelo. Acessórios/ enfeite comum e pouco atrativo.
TUTU SAPATILHAS
D
iferente das marcas anteriores, a marca TUTU possui um ciclo de desenvolvimento e produção com o foco em uma produção manual e artesanal. Os dados coletados para a análise (11/08/2017) foram retirados da loja online da marca. O modelo em questão pode ser considerado básico, entretanto ele ganha valor e status pelo seu modo de produção, que acaba por ter um acabamento melhor e superior. Além do diferencial da fabricação, a marca também possui uma linha de produtos veganos, que acaba por abranger um nicho de um público promissor. (TUTU, 2017).
dados tutu sapatilhas
L
MODELO: Sapatilha Bailarina
L L L
PREÇO: 210,00
L
MATERIAL: Couro
L L
GRADE: 33 ao 42 COR: Preto
BICO: Fino DIFERENCIAL: Produto feito à mão, feito de couro legítimo. Possui um cordão interno para ajuste igual às sapatilhas de balé. Possui uma boa variedade de cores.
L PROBLEMAS:
Alto custo.
SAPATILHA COLORIDA
A
ssim como a TUTU, a marca Sapatilha Colorida possui uma produção manual, o que faz com o valor final de seu produto seja elevado. Entretanto ambas usam matérias de excelente qualidade, o que faz com que o produto tenha um acabamento perfeito. Os dados coletados para a análise da marca forem retirados da loja online do site, apesar do seu nome a marca trabalha com uma série de linhas de calçados como: botas, sandálias, tênis e até mesmo infantil.
dados sapatilha colorida
L MODELO: Bailarina Francesa L PREÇO: 179,90
L L
L GRADE: 33 a 42 (número disponível no site apenas 38).
L COR: Preto
L
BICO: Redondo DIFERENCIAL: Produto feito à mão é feita com debrum francês em algodão. Possui uma boa variedade de cores. PROBLEMAS: Alto custo.
L MATERIAL: Couro Atanado sincrônica2
F
Para a segunda análise sincrônica, foram selecionados três sites dentro do segmento de calçados que se utilização de plataformas de customização. São elas duas internacionais - Shoes Of Prey (Empresa A) e Softstar (Empresa B) – e uma nacional Lapupa (Empresa C). A análise busca entender como funciona a área de customização da marca e seus mecanismos, buscando destacar e apontar pontos positivos e negativos.
Empresa A
Print da página inicial da Empresa A. FONTE: Site da Empresa A. Acesso em: 14/08/17
A página inicial do site da Empresa A, temos acesso aos “links” das subpáginas do site como: “New” aonde eles apresentam os lançamentos e novos modelos, “Support” onde o cliente pode tirar suas dúvidas e entender sobre o processo de produção da marca, que disponibiliza conteúdos como vídeos e fotos de algumas etapas do processo de confecção, a também a sub-aba “Gifts” onde a marca possibilita uma espécie de “vale-presente” onde uma pessoa pode escolher entre alguns valores já pré-estabelecidos e presentear alguém com esse cupom. Na página principal, a também o link “Create” que nos direciona ao espaço de criação do site.
Processo de criação da Empresa A, linhas de calçados. FONTE: Site da Empresa A. Acesso em: 14/08/17
Abrindo a página “Create”, a primeira parte da customização nos é apresentada, onde podemos escolher a linha de calçados desejada (Imagem). Ao selecionar a linha desejada, o site de mostra os modelos disponíveis/possíveis para customização, como o objeto de estudo desta pesquisa são as sapatilhas, o foca da análise será em cima deste produto. Até o momento da análise, havia no total 10 modelos diferentes de sapatilhas (flats) para customização.
Alguns modelos de sapatilhas disponíveis na Empresa A. FONTE: Site da Empresa A. Acesso em: 14/08/17
Após a seleção do modelo desejado o site de direciona para a plataforma de customização onde podemos encontrar as categorias: Tamanho, Estilo, Alças, Bicos, Tipos de saltos e alturas, Decorações, Matérias e Cores e uma chamada “Good to Know” em português “Bom saber” há uma breve explicação de detalhes como: frete, embalagens entre outros aspectos da entrega do produto. Dentro de alguns dessas categorias podem haver ou não subdivisões com mais etapas de customização.
A plataforma conta com o recurso 3D, que possibilita o cliente ter uma visão geral de todos os ângulos do produto, podendo assim ter uma melhor experiência e confiança no produto. O sistema se mostra ser bem completo, detalhado e intuitivo, não apresenta dificuldades de compreensão, apesar de o site ser totalmente em inglês, seus mecanismo e funções são todos ilustrados o que acaba por facilitar o processo. A plataforma possui mais pontos positivos do que negativos, porém algumas melhorias poderiam ser feitas como: acrescentar mais opções de cores e matérias – para os modelos de sapatilha - e decorações diferenciadas, saindo do básico e comum a qual sempre é apresentado para este produto.
Empresa b
Print da página inicial da Empresa B. FONTE: Site da Empresa B. Acesso em: 14/08/17
A página inicial da Empresa B apresenta “links” para subpáginas como: “Kids” e “Adult” que categorizam por faixa-etária o foco do produto, uma aba “Explore” onde encontramos subcategorias com a história e valores da marca, assim como algumas informações e conteúdo sobre os pés/calçados. Um link inteiramente focado em tirar dúvidas do cliente sobre os tamanhos dos calçados chamado “Sizing &Service”, por último o link “Customize” que nos redireciona para a área de customização, essa aba nos possiblidade também filtrar por faixa-etária do produto.
3.2
pesquisa de segmento A pesquisa de segmento visa aprofundar o conhecimento mercadológico do setor calçadista. Em uma matéria online publicada pelo site CouroModa (2017), com base nos estudos e pesquisas apontados pelo IEMI – Inteligência de Mercado, o setor de calçados terá um crescimento da produção no ano de 2017, afetando não somente as indústrias do setor como também o varejo e pessoas que trabalham com este produto. Durante o ano de 2016, devido à crise econômica que afetou todo o país, o setor calçadista passou por dificuldades e quedas, tal evento político fez com que os consumidores fossem obrigados a cortar gastos, o que também diminuem o consumo deste produto (EXCLUSIVO 2017). O presidente da ABLAC – Associação Brasileira de Lojistas de Artefatos e Calçados – Marcone Tavares, ressaltou há dificuldade enfrentada pelo setor:
“O calçado foi um dos itens mais afetados e deixou de figurar entre os cinco grupos de produtos com maior participação nas despesas familiares em 2016”. (TAVARES, 2017 apud Jornal Exclusivo, 2017).
Contudo, o cenário é positivo para os próximos anos tanto na produção nacional como na exportação. O otimismo foi ressaltado na última feira calçadista do país a FRANCAL - Feira Internacional da Moda em Calçados e Acessórios – como escreve a jornalista Nicolle Frapiccini em uma matéria para o jornal online NH. Com mais de 1,5 mil marcas presentes no evento, os discursos feitos apontam para um desenvolvimento este setor e ressaltam a importância de produtos/serviços diferenciados e inovadores (FRAPICCINI, Jornal NH, 2017). Segundo o IEMI (2017) a projeção de crescimento do setor está entre 3,3% e 9,5% sobre o valor total de 2016, o que corresponde um valor significativo apesar de parecer pequeno. Em um recente boletim publicado no mês de junho desse ano pelo mesmo órgão, comprova que o consumidor vem comprando mais calçados e em um ritmo mais frequente como pode se analisar no gráfico abaixo:
3.3
público alvo
P
ara o público-alvo desse projeto, foram realizadas pesquisas e questionários para descobrir aspectos e dados demográficos, e também dados psicográficos que buscam entender o estilo de vida desse público-alvo. Ao todo, juntando as respostas coletadas de dois dos questionários aplicados, foram obtidas 145 respostas. O público-alvo desse projeto é formado por mulheres na faixa etária entre 20-25 anos. Em geral, essas mulheres estão cursando ou terminando a faculdade, começando e ingressar no mercado de trabalho, outras já atuam no mercado de trabalho, preenchendo cargos como: arquiteta, designer, engenheira e advogada. A renda mensal dessas mulheres varia entre R$2.811,00 à R$ 4, 685,00 por mês (LETENSKI,2017).
São mulheres que vivem em grandes centros urbanos, e em sua maioria são solteiras. Quando questionadas sobre seus hobbies e lazer, as respostas mais frequentes eram: ir ao shopping/cinema, assistir séries e filme, navegar para internet em site como: Youtube, Instagram, e Facebook. Gostam de estar ligadas no universo da moda e procuram saber das tendências e novidade, mas preferem ter liberdade de escolha sem se prender muito as regras. (LETENSKI, 2017). Tendo como base os dados coletados por essas pesquisas, e para ter um melhor perfil dessa consumidora, os dados obtidos foram comparados com os perfis de consumidor – público-alvoelencados pelo site Navegg, uma plataforma online que estuda o comportamento humano, para prever tendências de consumo e comportamento. A ferramenta oferecida pelo site é chamada de Navegg EveryOne, onde foram agrupados oito diferentes grupos, ou como eles chamam clusters, com base em três fatores principais que influenciam os hábitos de consumo digital: razão, emoção e afluência (NAVEGG,2017). Dentro dos oito grupos listados, o que mais se encaixa com o publico alvo deste projeto são os: exploradores. Na tabela abaixo são listadas algumas das principais características desse grupo:
L Curiosos e arrojados
L
L Muito ligados as tecnologias
L
Adoram viajar e conhecer lugares nosos e exóticos Cor que presenta essa público: Violeta
perfil do cliente
P
ara melhor demostrar o funcionalmente da customização e do serviço que se pretende ser oferecido, foi selecionada uma das participantes do questionário para ajudar na criação do produto final. Abaixo pode ser encontro um pequeno perfil do cliente, desenvolvido a partir de uma entrevista com a mesma:
LORENA MOYSA Idade: 21 anos Signo:Virginiana Cidade Natal: Curitiba Status: Estudante Universitária/Estagiária Estado Civil: Namorando
1.
2. L L L
Profissão/Faculdade/Emprego:
Trabalho na 3ª Promotoria Criminal - Ministério Público do Paraná e cursa Direito na Unicuritiba O que costuma fazer em suas horas vagas? Passear em parques Sair com amigos em barzinho/baladas Ir ao shopping
Comida Mexicana
Indie
VIAJAR (Hobbie Principal)
Cor Favorita
Gosta de simplicidade e de curtir os momentos, sempre buscando conhecer coisas novas e lugares diferentes.
3.4
pesquisa de tendências
O
presente projeto pretende focar na relação entre o consumidor e o produto, buscando entender a dinâmica que ocorre entre ambas as partes. Portanto abordando assim tendências relacionadas ao mercado global e ao comportamento de consumo, fazendo com que está pesquisa se ambiente na categoria de macrotendências. Em uma pesquisa realizada pela Euromonitor International (2017), empresa global de inteligência mercadológica, que estuda e preveem informações sobre produtos, entre as 10 tendências globais de comportamento de consumo para os próximos anos, a personalização e ou customização de produtos tem se mostrado ser um destaque no mercado. Segundo Alexander (2017), consultora de tendências do consumidor, não só a personalização em massa de produtos estará em alta como também o conceito de “experiência de luxo”, que proporcionará ao cliente criar um produto específico só para ele com base nos seus gostos e desejos. Deste modo, tal tendência engloba uma característica importante: o relacionamento entre cliente e empresa/produtor que acaba por ser um elemento essencial nesse modo de produção (EUROMONITOR ITERNATIONAL, 2017, p.27). Essa mesma tendência de mercado, vem se mostrando presente no setor calçadista que aposta nela como um grande diferencial competitivo como mostra o recente boletim disponibilizado pelo SIS (Sistema de Inteligência Setorial) no mês de janeiro do ano de 2017. Tal pesquisa ressalta a importância e crescimento deste novo nicho dentro do setor mostrando como ele pode vir a ser um caminho de sucesso.
3.5
tema de inspiração
O
tema de inspiração selecionado para este trabalho irá abranger somente há coleção de acessórios, devido o mesmo poder limitar as escolhas no processo de criação para o cliente. Entretanto criou-se a proposta de uma linha de acessórios por temporada, onde a mesma será renovada com novos temas, conceitos e estilos depois de um determinado tempo, deste modo criando assim um diferencial dentro da marca e do sistema de venda. A primeira linha de acessórios da marca tem como inspiração fenômenos e eventos astronômicos, tais como: galáxias, constelações, estrelas entre outros. Este tema foi escolhido por se conectar de certo modo com os conceitos chaves da marca e principalmente com a atitude do público alvo.
sobre a marca
KAMALLE nome da marca
F target
KAMALLE – nome inspirado no camaleão devido a sua capacidade de “modificar a sua aparência” de acordo com o ambiente entre outros fatores, conceito esse que se alinha com a proposta da marca.
F
O público-alvo principal mulheres de uma faixa etária ampla – 20 a 25 anos. As consumidoras são mulheres excêntricas que estão em busca de produtos diferentes que acompanham e mudam junto com elas. A atitude é de distinção e diversão, buscam por experiências novas constantemente, e se divertem descobrindo suas novas facetas. Trabalham e vivem em centros urbanos, se modificando dentro dele e o modificando ao mesmo tempo, “eu prefiro ser essa metamorfose ambulante do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo”.
Intitulada “Believe in your galaxy” a coleção de acessórios possui a seguinte história: O ser humano sempre foi fascinado pelo desconhecido, por descobrir o que há além do que os olhos possam enxergar, um exemplo disso são as galáxias que compreendem um grande sistema repleto de mistérios e possibilidades. Assim como elas, todos possuem peculiaridades que sabemos possuir e outras que ainda são um enigma. O slogan da coleção “Believe in your galaxy” em português “Acredite na sua galáxia” é um convite para que as clientes reconheçam e explorem o grande universo que há dentro de cada uma, aceitando e descobrindo novas constelações e estrelas dentro de si.
Foi criada também uma abreviatura para o slogan/nome da coleção denominada “BYG” o termo também faz referência à palavra do inglês “Big”, ou seja, “Grande” o que está de acordo com o grande sistema que é a galáxia de cada um. Foi desenvolvida uma marca (logo) com esse termo que pode ser observada abaixo:
Testes e variações da logo “BYG”. Fonte: Autor
A coleção BYG possui duas linhas, entre elas o que acaba variando são as texturas e cores usadas. Enquanto uma é mais focado no dia-a-dia e com cores mais claras, a outra é focada na noite com cores e texturas brilhantes e fortes.
3.6
mix de produto
C
onforme as pesquisas realizadas anteriormente, o presente projeto tem como foco trabalhar a coleção alinhada com o conceito de modularidade. Deste modo foram desenvolvidos módulos que combinados entre si acabam por se transformar em produtos (modelos) distintos, como pode ser observado na tabela abaixo:
Tabela de módulos. FONTE: Elaborado pelo Autor.
Foram criadas quatro categorias de módulos: Biqueiras, Corpo do Calçado, Alças e Acessórios. Todos os modelos de sapatilhas são gerados pela combinação entre esses elementos, que possibilitam um leque relativamente grande de produtos. São encontrados como variações: 7 modelos de biqueira, 5 modelos de corpo de calçado, 3 tipos diferentes de alças e 8 acessórios temáticos. Utilizando este método de criação por módulos, é possível fechar as seguintes combinações/modelos:
L
25 modelos de combinações entre biqueira e corpos de calçados (sem contar a biqueira de cor diferente).
L
40 modelos de combinações possíveis com as alças (sem contar a biqueira de cor diferente).
L
56 tipos de combinações de acessórios.
A
pós ter elencado as possíveis combinações, foram selecionados alguns modelos bases de sapatilhas para serem apresentados no sistema (site), para que o cliente possa criar a partir deles inicialmente facilitando assim o entendido do mecanismo proposto. Esses modelos foram divididos em 3 categorias: básico, fashion e vanguarda, cada divisão apresenta 4 modelos disponíveis como pode ser observado na tabela abaixo.
Tabela de modelos base. FONTE: Elaborado pelo Autor.
1. BÁSICO
2. fashion
3. vanguarda
Segundo o boletim feito pelo Sebrae Brasília (2015), os modelos básicos são os que estão em quase todo coleção de moda e tem sua venda garantida, por se tratarem de modelos mais clássicos e atemporais.
São modelos que acompanham as tendências da moda atual, sejam por cores, modelos ou materiais. Devem se comercializados somente durante o período de vigor da mesma (SEBRAE, 2015, pg.20).
São peças que carregam propostas ou tendências futuras que prometem ser algo novo e diferenciado, muitas vezes elas funcionam para chamar atenção para um conceito da coleção (SEBRAE, 2015, pg.21).
geração de alternativas
A
criação das alternativas segue o método de juntar os módulos como foi apresentado no capítulo anterior, a seguir são apresentados os resultados de algumas dessas combinações.
Tabelas de combinações/criação de modelos. (biqueira/corpo, acessórios e alças) FONTE: Elaborado pelo Autor.
Após desenvolver todas as opções, estas foram apresentadas para a cliente selecionada para o projeto, os seguintes modelos foram escolhidos para serem trabalhados na coleção:
Alternativas selecionadas para a coleção em parceria com a cliente. FONTE: Elaborado pelo Autor.
Todos os modelos acima são parte da categoria básico do mix de coelção, devido a cliente ter preferência por eles. Serão trabalhados em cima deles: cores, cortes e acessórios conforme as escolhas indicadas pela cliente.
3.8 color story O estudo do Color Story é desenvolvido nos projetos de moda para melhor visualizar as cores que estão presentes na coleção, assim como identificar possíveis combinações e ver a diversidade de modelos que podem ser criados utilizando a cor como elemento chave. A presente pesquisa irá apresentar dois color story’s distintos: um focado nos modelos de sapatilhas e outro nos acessórios que pode fazer ou não complemento há eles. No color story de modelos, foram utilizadas 3 cores bases e 4 complementares que estão presentes em partes dos modelos como elemento de diferenciação. A combinação entre estas cores é feito com base nas preferências e instruções dadas pela cliente: Lorena, com a junção de alguns elementos retirados do tema de inspiração.
Color Story de Modelos. FONTE: Elaborado pelo Autor.
O color story de acessórios aborda as quatro cores complementares e acrescenta algumas cores que aparecem nos paíneis de tema de inspiração, como pode ser observado abaixo:
Color Story de Acessórios. FONTE: Elaborado pelo Autor.
Foram feitos vários testes e variações de cores nos modelos e acessórios selecionados, como pode se obervar abaixo:
4.1 cartela de cores A seguir é apresentada a cartela de cores que será utilizadas nesse projeto.
C: 31% M:92% Y:73% K:42% PANTONE: Red Dahlia
C: 76% M:88% Y:0% K:0% PANTONE: 3574 C
C: 91% M:79% Y:62% K:97% PANTONE: Black
C: 16% M:36% Y:75% K:4% PANTONE: Honey Gold
C: 32% M:0% Y:35% K:0% PANTONE: 9520 U
C: 29% M:43% Y:21% K:4% PANTONE: 2453 UP
C: 20% M:16% Y:24% K:1% PANTONE: Silver Birch
C: 38% M:0% Y:11% K:0% PANTONE: 9464 C
C: 100% M:90% Y:38% K:32% PANTONE: Blue Marine
4.2 cartela de materiais Os principais tecidos que compõem essa cartela são utilizados para as partes: do forro, cabedal e de biqueira diferentes. A cor deste tecido pode ser modificada de acordo com a cartela de cores apresentada anteriormente.
NOME: Napa Cilontex Liso Fosco COMPOSIÇÃO: 100%PVC (Policloreto de Vinila) LARGUIRA: 140cm FORNECEDOR: Center Fabril PREÇO: R$ 14,90
NOME: Veludo Liso Flocado Sintético COMPOSIÇÃO: 55% algodão 45%Poliester 100% Poliamida LARGUIRA: 140cm FORNECEDOR: Center Fabril PREÇO: R$ 26,60
NOME: Sintético Metalizado Liso COMPOSIÇÃO: 100% Poliester LARGUIRA: 140cm FORNECEDOR: GJ Tecidos PREÇO: R$ 59,90
NOME: Sintético com Glitter COMPOSIÇÃO:100% Poliester LARGUIRA: 140cm FORNECEDOR: GJ Tecidos PREÇO: R$ 25,90
NOME: Solado para bico fino COMPOSIÇÃO: PVC TAMANHO: 36 FORNECEDOR: Polo Injetados PREÇO: R$ 3,30 o par
NOME: Solado para bico redondo COMPOSIÇÃO: PVC TAMANHO: 36 FORNECEDOR: Polo Injetados PREÇO: R$ 5,50 o par
NOME: Palmilha para bico fino COMPOSIÇÃO: Placa revista com sintético TAMANHO: 36 FORNECEDOR: Polo Injetados PREÇO: R$ 3,46 o par
NOME: Palmilha para bico redondo COMPOSIÇÃO: Placa revista com E.V.A TAMANHO: 36 FORNECEDOR: Polo Injetados PREÇO: R$ 3,46 o par
NOME: Spikes Redondo COMPOSIÇÃO: Ouro com verniz REFERÊNCIA: CRL55-60A FORNECEDOR: Altero PREÇO: R$ 8,90 saquinho c/ 100 peças
NOME: Spikes Quadrados COMPOSIÇÃO: Ouro com verniz REFERÊNCIA: CQE64-64 FORNECEDOR: Altero PREÇO: R$ 7,90 saquinho c/ 50 peças
KAMALLE
NOME: Shoes Clips FICHA TÉCNICA DE APLICAÇÃO (ACESSÓRIOS) COMPOSIÇÃO: Aço inoxidável TAMANHO: 4 x 16mm Descrição: Coleção de Sapatilhas - KAMALLE FORNECEDOR: Produto Importado Coleção: Desenvolvida para cliente Lorena Moysa - BYG (Acessórios) - Verão 2018 PREÇO: R$ 7,00 saquinho c/ 20 peças Tamanho piloto (forma): 36 Pilotista: Juliana L. M.
NOME: Bordados COMPOSIÇÃO: Linhas de algodão TAMANHO: 6cm X 6cm FORNECEDOR: Rico Bordados PREÇO: R$15,00 c/ peças 6cm
6cm
Modelista: Juliana Letenski Moreira
6cm
7cm
6cm
9cm
INFORMAÇÕES SOBRE O ACESSÓRIO NOME/REFERÊNCIA
FORNECEDOR:
TÉCNICA UTILIZADA NA FABRICAÇÃO:
LOCAL DE APLICAÇÃO:
VALOR
4.3
fichas-técnicas FICHA TÉCNICA DE APLICAÇÃO (ACESSÓRIOS) Descrição: Coleção de Sapatilhas - KAMALLE
KAMALLE
Coleção: Desenvolvida para cliente Lorena Moysa - BYG (Acessórios) - Verão 2018 Tamanho piloto (forma): 36 Modelista: Juliana Letenski Moreira
6cm
6cm
Pilotista: Juliana L. M.
6cm
7cm
6cm
9cm
INFORMAÇÕES SOBRE O ACESSÓRIO FORNECEDOR:
TÉCNICA UTILIZADA NA FABRICAÇÃO:
LOCAL DE APLICAÇÃO:
VALOR
Astronauta
Rico Bordados
Bordado
Decote da sapatilhas
R$ 15,00 a peça
Lua Mística
Rico Bordados
Bordado
Decote da sapatilhas
R$ 15,00 a peça
Laço
Center Fabril
Confecção Manual
Decote da sapatilhas
R$ 15,00 o par
NOME/REFERÊNCIA
DIMENSÕES DOS ACESSÓRIOS
EXEMPLO DE POSSIVÉIS COMBINAÇÕES:
DIMENSÕES Astronauta e Lua Mística COMPRIMENTO: 6cm LARGURA: 6cm Laço COMPRIMENTO: 9cm LARGURA: 7cm
CORES POSSÍVEIS: C: 31% M:92% Y:73% K:42% C: 100% M:90% Y:38% K:32% C: 16% M:36% Y:75% K:4% C: 20% M:16% Y:24% K:1%
FICHA TÉCNICA DE PILOTAGEM Referência: 01
Modelo: Sapatilha Redonda com biquiera diferente
Descrição: Sapatilha de bico redondo com recorte/detalhe na biqueira.
KAMALLE
Coleção: Desenvolvida para cliente Lorena Moysa - Verão 2018 Tamanho do modelo: 36
Graduação: 34 até 44
Modelista/Pilotista: Juliana Letenski Moreira
Cor do modelo:
DESENHOS TÉCNICOS (VISTAS) Cor do modelo:
Tecidos Código
Tecidos
Composição
Fornecedor
Largura
Cor
Aplicação
Consumo
R$ Unitário
R$ Total
01
Algodão Cru
100% algodão
Center Fabril
140 cm
Cru
Corpo (Cabedal)
0,30 cm larg
R$ 9,90
R$ 19,80
02
Napa
100%PVC
Center Fabril
140 cm
Neutra
Forro
0,30 cm larg
R$ 14,90
R$ 14,90
Aviamentos/ Materiais Código
Aviamentos
Composição
Fornecedor
Medidas
01
Fio
100% poliéster
Bonfio
6 mil metros
02 03 04
Solventes Cola Forte Quimicolla e Resinas Solventes Quimicolla Cola de PVC e Resinas Palmilha Placa revestida Polo Injetados bico redondo de E.V.A
05
Solado
PVC
Polo Injetados
06
Shoes Clips
Aço inoxidável
Importado
Cor
Aplicação
Colar partes, montagem Indeterminado R$ 12,50 Colar solado
Indeterminado R$ 25,50
Tam. 36
Bege
Parte interna do calçado
2 unidades
R$ 3,46 par
Tam. 36
Bege
Parte inferior do calçado
2 unidades
R$ 5,50 par
4 x 16mm
Prata
Acessório
2 unidades
R$ 7,00
PARTES/COMPONENTES:
Aplicações: Shoes Clip - Acessório
- Cabedal (biqueira diferente) - Forro (Suador) - Palmilha e Solado - Contra-Forte e Biqueita (Internos)
Tipos de costura: Reta
R$ Unitário R$ 3,50
Branco Costura do Cabedal/Forro
18 litros lata 18 litros lata
Informações complementares Acabamentos: Debruado simples
Consumo
Cores disponíveis:
Cálculo de custo Produto: R$ 40,76 Confecção/Montagem: R$ 20,00
TOTAL: R$ 60,76
FICHA TÉCNICA DE PILOTAGEM Modelo: Sapatilha Bico Fino
Referência: 05
Descrição: Sapatilha de bico fino estilo boneca com alça
KAMALLE
Coleção: Desenvolvida para cliente Lorena Moysa - Verão 2018 Tamanho do modelo: 36
Graduação: 34 até 44
Modelista/Pilotista: Juliana Letenski Moreira
Cor do modelo:
DESENHOS TÉCNICOS (VISTAS)
Tecidos Código
Tecidos
Composição
Fornecedor
Largura
Cor
Aplicação
01
Algodão Cru
100% algodão
Center Fabril
140 cm
Cru
Corpo (Cabedal)
0,30 cm larg
R$ 9,90
R$ 19,80
02
Napa
100%PVC
Center Fabril
140 cm
Neutra
Forro
0,30 cm larg
R$ 14,90
R$ 14,90
Consumo
R$ Unitário
R$ Total
Aviamentos/ Materiais Código 01 02 03 04
Aviamentos
Composição
Fornecedor
Medidas
Fio
6 mil metros 100% poliéster Bonfio Solventes 18 litros Quimicolla Cola Forte e Resinas lata Solventes 18 litros Quimicolla Cola de PVC e Resinas lata Palmilha Placa revestida Polo Injetados Tam. 36 bico redondo de E.V.A
05
Solado
PVC
Polo Injetados
06
Shoes Clips
Aço inoxidável
Importado
Cor
Aplicação
Colar partes, montagem Indeterminado R$ 12,50 Colar solado
Indeterminado R$ 25,50
Bege
Parte interna do calçado
2 unidades
R$ 3,46 par
Tam. 36
Bege
Parte inferior do calçado
2 unidades
R$ 5,50 par
4 x 16mm
Prata
Acessório
2 unidades
R$ 7,00
PARTES/COMPONENTES:
Aplicações: Shoes Clip - Acessório
- Cabedal (biqueira diferente) - Forro (Suador) - Palmilha e Solado - Contra-Forte e Biqueita (Internos)
Tipos de costura: Reta
R$ Unitário R$ 3,50
Branco Costura do Cabedal/Forro
Informações complementares Acabamentos: Debruado simples
Consumo
Cores disponíveis:
Cálculo de custo Produto: R$ 40,76 Confecção/Montagem: R$ 30,00
TOTAL: R$ 70,76
FICHA TÉCNICA DE PILOTAGEM Modelo: Sapatilha Bico Redondo
Referência: 04
Descrição: Sapatilha de bico redondo com decote diferenciado.
KAMALLE
Coleção: Desenvolvida para cliente Lorena Moysa - Verão 2018 Tamanho do modelo: 36
Graduação: 34 até 44
Modelista/Pilotista: Juliana Letenski Moreira
Cor do modelo:
DESENHOS TÉCNICOS (VISTAS)
Tecidos Código
Tecidos
Composição
Fornecedor
Largura
Cor
Aplicação
01
Algodão Cru
100% algodão
Center Fabril
140 cm
Cru
Corpo (Cabedal)
0,30 cm larg
R$ 9,90
R$ 19,80
02
Napa
100%PVC
Center Fabril
140 cm
Neutra
Forro
0,30 cm larg
R$ 14,90
R$ 14,90
Consumo
R$ Unitário
R$ Total
Aviamentos/ Materiais Código 01 02 03 04
Aviamentos
Composição
Medidas
Fornecedor
Fio
6 mil metros 100% poliéster Bonfio Solventes 18 litros Quimicolla Cola Forte e Resinas lata Solventes 18 litros Quimicolla Cola de PVC e Resinas lata Palmilha Placa revestida Polo Injetados Tam. 36 bico redondo de E.V.A
05
Solado
PVC
Polo Injetados
06
Shoes Clips
Aço inoxidável
Importado
Cor
Aplicação
Colar partes, montagem Indeterminado R$ 12,50 Colar solado
Indeterminado R$ 25,50
Bege
Parte interna do calçado
2 unidades
R$ 3,46 par
Tam. 36
Bege
Parte inferior do calçado
2 unidades
R$ 5,50 par
4 x 16mm
Prata
Acessório
2 unidades
R$ 7,00
PARTES/COMPONENTES:
Aplicações: Shoes Clip (PODE ou NÃO ser aplicado) e Spikes
- Cabedal (biqueira diferente) - Forro (Suador) - Palmilha e Solado - Contra-Forte e Biqueita (Internos)
Tipos de costura: Reta
R$ Unitário R$ 3,50
Branco Costura do Cabedal/Forro
Informações complementares Acabamentos: Debruado simples
Consumo
Cores disponíveis:
Cálculo de custo Produto: R$ 40,76 Confecção/Montagem: R$ 20,00
TOTAL: R$ 60,76
FICHA TÉCNICA DE PILOTAGEM Referência: 02
Modelo: Sapatilha Bico fino Descrição: Sapatilha de bico fino.
KAMALLE
Coleção: Desenvolvida para cliente Lorena Moysa - Verão 2018 Tamanho do modelo: 36
Graduação: 34 até 44
Modelista/Pilotista: Juliana Letenski Moreira
Cor do modelo:
DESENHOS TÉCNICOS (VISTAS)
Tecidos Código
Tecidos
Composição
Fornecedor
Largura
Cor
Aplicação
01
Algodão Cru
100% algodão
Center Fabril
140 cm
Cru
Corpo (Cabedal)
0,30 cm larg
R$ 9,90
R$ 19,80
02
Napa
100%PVC
Center Fabril
140 cm
Neutra
Forro
0,30 cm larg
R$ 14,90
R$ 14,90
Consumo
R$ Unitário
R$ Total
Aviamentos/ Materiais Código 01 02 03 04
Aviamentos
Composição
Fornecedor
Medidas
Fio
6 mil metros 100% poliéster Bonfio Solventes 18 litros Quimicolla Cola Forte e Resinas lata Solventes 18 litros Quimicolla Cola de PVC e Resinas lata Palmilha Placa revestida Polo Injetados Tam. 36 bico redondo de E.V.A
05
Solado
PVC
Polo Injetados
06
Shoes Clips
Aço inoxidável
Importado
Cor
Aplicação
Colar partes, montagem Indeterminado R$ 12,50 Colar solado
Indeterminado R$ 25,50
Bege
Parte interna do calçado
2 unidades
R$ 3,46 par
Tam. 36
Bege
Parte inferior do calçado
2 unidades
R$ 5,50 par
4 x 16mm
Prata
Acessório
2 unidades
R$ 7,00
PARTES/COMPONENTES:
Aplicações: Shoes Clip - Acessório
- Cabedal (biqueira diferente) - Forro (Suador) - Palmilha e Solado - Contra-Forte e Biqueita (Internos)
Tipos de costura: Reta
R$ Unitário R$ 3,50
Branco Costura do Cabedal/Forro
Informações complementares Acabamentos: Debruado simples
Consumo
Cores disponíveis:
Cálculo de custo Produto: R$ 40,76 Confecção/Montagem: R$ 20,00
TOTAL: R$ 60,76
FICHA TÉCNICA DE PILOTAGEM Modelo: Sapatilha Bico Fino
Referência: 05
Descrição: Sapatilha de bico fino estilo boneca com alça
KAMALLE
Coleção: Desenvolvida para cliente Lorena Moysa - Verão 2018 Tamanho do modelo: 36
Graduação: 34 até 44
Modelista/Pilotista: Juliana Letenski Moreira
Cor do modelo:
DESENHOS TÉCNICOS (VISTAS)
Tecidos Tecidos
Código 01
Composição
Algodão Cru
02
100% algodão
Napa
100%PVC
Fornecedor Center Fabril Center Fabril
Largura
Cor
Aplicação
140 cm
Cru
Corpo (Cabedal)
0,30 cm larg
R$ 9,90
R$ 19,80
140 cm
Neutra
Forro
0,30 cm larg
R$ 14,90
R$ 14,90
Consumo
R$ Unitário
R$ Total
Aviamentos/ Materiais Código 01 02 03 04
Aviamentos
Composição
Fornecedor
Medidas
Fio
6 mil metros 100% poliéster Bonfio Solventes 18 litros Quimicolla Cola Forte e Resinas lata Solventes 18 litros Quimicolla Cola de PVC e Resinas lata Palmilha Placa revestida Polo Injetados Tam. 36 bico redondo de E.V.A
05
Solado
PVC
Polo Injetados
06
Shoes Clips
Aço inoxidável
Importado
Cor
Aplicação
Colar partes, montagem Indeterminado R$ 12,50 Colar solado
Indeterminado R$ 25,50
Bege
Parte interna do calçado
2 unidades
R$ 3,46 par
Tam. 36
Bege
Parte inferior do calçado
2 unidades
R$ 5,50 par
4 x 16mm
Prata
Acessório
2 unidades
R$ 7,00
PARTES/COMPONENTES:
Aplicações: Shoes Clip - Acessório
- Cabedal (biqueira diferente) - Forro (Suador) - Palmilha e Solado - Contra-Forte e Biqueita (Internos)
Tipos de costura: Reta
R$ Unitário R$ 3,50
Branco Costura do Cabedal/Forro
Informações complementares Acabamentos: Debruado simples
Consumo
Cores disponíveis:
Cálculo de custo Produto: R$ 40,76 Confecção/Montagem: R$ 30,00
TOTAL: R$ 70,76
FICHA TÉCNICA DE PILOTAGEM Modelo: Sapatilha Bico Fino
Referência: 03
Descrição: Sapatilha de bico fino com recorte/detalhe na biqueira.
KAMALLE
Coleção: Desenvolvida para cliente Lorena Moysa - Verão 2018 Tamanho do modelo: 36
Graduação: 34 até 44
Modelista/Pilotista: Juliana Letenski Moreira
Cor do modelo:
DESENHOS TÉCNICOS (VISTAS)
Tecidos Código
Tecidos
Composição
Fornecedor
Largura
Cor
Aplicação
01
Algodão Cru
100% algodão
Center Fabril
140 cm
Cru
Corpo (Cabedal)
0,30 cm larg
R$ 9,90
R$ 19,80
02
Napa
100%PVC
Center Fabril
140 cm
Neutra
Forro
0,30 cm larg
R$ 14,90
R$ 14,90
Consumo
R$ Unitário
R$ Total
Aviamentos/ Materiais Código 01 02 03 04
Aviamentos
Composição
Fornecedor
Medidas
Fio
6 mil metros 100% poliéster Bonfio Solventes 18 litros Quimicolla Cola Forte e Resinas lata Solventes 18 litros Quimicolla Cola de PVC e Resinas lata Palmilha Placa revestida Polo Injetados Tam. 36 bico redondo de E.V.A
05
Solado
PVC
Polo Injetados
06
Shoes Clips
Aço inoxidável
Importado
Informações complementares
Cor
Aplicação
Consumo
R$ Unitário R$ 3,50
Branco Costura do Cabedal/Forro
Colar partes, montagem Indeterminado R$ 12,50 Colar solado
Indeterminado R$ 25,50
Bege
Parte interna do calçado
2 unidades
R$ 3,46 par
Tam. 36
Bege
Parte inferior do calçado
2 unidades
R$ 5,50 par
4 x 16mm
Prata
Acessório
2 unidades
R$ 7,00
PARTES/COMPONENTES:
Aplicações: Shoes Clip - Acessório (PODE ou NÃO ser aplicado) - Cabedal (biqueira diferente) Acabamentos: Debruado simples Tipos de costura: Reta
- Forro (Suador) - Palmilha e Solado - Contra-Forte e Biqueita (Internos)
Cores disponíveis:
Cálculo de custo Produto: R$ 40,76 Confecção/Montagem: R$ 30,00
TOTAL: R$ 70,76
4.5
processos de fabricação
N
o presente tópico é mostrado um pouco do processo de produção das sapatilhas assim como algumas etapas importantes para o funcionamento das mesmas. A fabricação de um calçado consiste basicamente em quatro fases: criação, modelagem, confecção e montagem. Aqui serão mostradas as três fases após a criação e definição dos modelos.
DESENVOLVIMENTO DE MODELAGEM:
1.
Após selecionar a fôrma apropriada, passamos para um processo chamado empapelamento, que consistem em cobrir a fôrma com fitas adesivas que iram auxiliar no desenvolvimento da modelagem, facilitando o desenho das linhas base (guia) do modelo desejado.
F
2.
O primeiro passo para a criação de um calçado é a escolha da fôrma, ela consiste em um molde em formato de pé de um tamanho específico, em cima deste objeto é onde são criadas as modelagem dos calçados. Para o desenvolvimento deste projeto foram utilizadas formas padrões todas no tamanho nº36 sendo elas: uma para sapatos de bico redondo e outra pra sapatos com bico fino. As fôrmas utilizadas são específicas para o desenvolvimento de sapatos rasteiros, como as sapatilhas.
COMO EMPAPELAR UMA FÔRMA?
Começamos pelo calcanhar colocando a fita no meio da parte traseira da fôrma de forma que sobre fita tanto para baixo como para cima. Após essa primeira etapa, fixamos as demais fitas de forma a cobrir a metade da fita anterior, lembrando sempre de deixar sobras, como pode ser observado na imagem abaixo:
L OBS: A modelagem de um sapato é SEMPRE desenvol-
vida no lado RETO da fôrma, desta forma ela será feita apenas em um dos lados.
Após termos o objeto coberto com as fitas, marcados os contornos com um lápis para delimitarmos o espaço de trabalho, podendo depois eliminar os excessos de fita. A fôrma é medida para que se possa encontrar a linha do meio, essa divisão pode variar conforme o número e o tipo de fôrma. Tiramos o excesso de fitas da fôrma e passamos para o próximo passo que é a marcação das linhas base.
3.
As medidas base ou linhas guia servem para orientação na hora do desenho da modelagem, elas também delimitam questões ergonômicas em prol do conforto e do bom desempenho/funcionamento desse calçado. São cinco pontos/demarcações principais nomeadas aqui por letras: A-B-C-D-E. Esse processo é o mesmo para qualquer modelo de sapatos, ou seja, qualquer outro modelo desenvolvido deve possuir as linhas base como guia.
L OBS: Para algumas dessas demarcações NÃO existem uma medida
padrão e para outras existem. Tais medidas iram depender muito do modelo de fôrma e do tamanho/número da mesma.
F
PONTOS BASE:
A: Para obter esse ponto, medimos a fôrma da chave (início/topo da fôrma) até a parte do bico, após obtermos essa medida há dividimos por dois para descobrirmos o meio da gáspea. EX: 18 ÷ 2 = 9. B: Esse ponto consiste em darmos a distância de 1cm começando da parte de cima da fôrma (chave). Essa medida é padrão para TODOS os modelos de calçados. C: Esse ponto é localizado na parte de trás da fôrma na região do calcanhar, a medida que deve ser marcada como ponto C é a de 6 cm de baixo pra cima (a partir da parte de baixo da fôrma calcanhar/solado). Essa medida é padrão para TODOS os modelos de calçados. D/E: Para encontrarmos esses pontos, deve-se medir o contorno da sua fôrma começando pela linha do calcanhar posicionando a fita métrica em cima dessa linha. Após fazer esse processo, teremos a medida total desse contorno (do calcanhar até o bico), pegamos esse valor e dividimos por três. EX: 29 ÷ 3 = 9,6. Voltamos à linha do calcanhar para marcar primeiro o ponto D e partir dele o ponto E.
F
linhas BASE:
A-E: essa linha de movimento delimita até onde o decote do calçado pode ir, caso ele venha ultrapassar esse linha, após estar pronto a pessoa não ira conseguir calça-lo, pois a abertura para entrada do pé estará muito fechada e pouco ergonômica. (medir essa linha para encontrar seu comprimento total, logo após dividir esse valor por dois para encontrar o ponto F). B-D: linha pra determinar até onde é possível encaixar o pé dentro do calçado. C-F: linha de apoio para o decote do calçado.
F
4.
Após os passos preparatórios para a modelagem, agora já podemos criar o desenho do modelo desejado em cima das linhas base. Tendo seu desenho/formado do calçado definido passamos para a planificação do molde.
COMO PLANIFICAR O MOLDE?
b
Retirar o desenho do seu calçado (fitas) da fôrma com cuidado para não rasga-lo.
b
Cola-lo em um papel o ajeitando para que fique reto nessa etapa será preciso fazer pequenos piques principalmente na região do bico e do calcanhar para que o molde fique ajeitado.
b
Deve ser acrescentada uma margem de 2cm no molde para ser o acréscimo, pois ele será necessário para a parte da montagem.
b
Acréscimo lateral: Essa medida e colocada devido à profundidade de um dos lados da fôrma, a imagem a seguir mostra o valor a ser acrescentado e o formato final do acréscimo.
b
Com o molde base planificado, passamos a retirar os moldes/componentes necessários para a formação da estrutura do calçado.
b
Os moldes básico de um calçado se constituem em: obra, forro, suador, contra-forte e biqueira.
P - OBRA: É constituída da parte frontal (de cima) do molde. Juntamente com o FORRO estas duas partes passam a se chamar de CABEDAL. - FORRO: Parte interna que cobre toda a extensão do calçado é constituída também pelo SUADOR, peça que fica localizada na parte interna do calçado (calcanhar). - CONTRA-FORTE E BIQUEIRA: São peças internas que ajudam a dar estrutura ao calçado, a primeira na parte traseira da peça (calcanhar) e a segunda na parte frontal (bico).
5. 6.
Após termos todas as peças (moldes) prontos, passamos para o teste de modelagem que pode ser feito de duas formas: no papel e no tecido. Para esse projeto foi utilizada a técnica do tecido por ser mais próxima de um resultado real. Depois de conferir se os moldes desenvolvidos estão pertos e arrumar os erros se for necessário, passamos para a parte de confecção/costura do modelo.
PROCESSO DE CONFECÇÃO/COSTURA:
K
Primeiro passo é passar os moldes para o tecidos/ material desejado, sempre seguir as instruções anotadas nos moldes para fazer o número certo de cortes e da forma certa.
K
Após obtermos todas as peças cortadas, começamos a fazer as costuras necessárias, juntando sempre as extremidades do calcanhar e as costurando juntas. A costura pode sofrer alteração dependendo do modelo desejado. EXEMPLO: sapatilhas que possuam uma biqueira de material diferente da obra.
L OBS: Depois de todas as costuras feitas no seu modelo, é
necessário passar uma camada de cola forte, geralmente é passado entre 0,4 a 1cm de cola nos dois lados de uma costura. Após esperar a cola secar um pouco, abrimos essa costura para deixarmos a mesma com um melhor acabamento. Lembrando que esse processo é feito em TODAS as costuras em todos os tipos de modelo
Juntamos com a costura as peças do forro (forro+su-
K ador) para que assim se transformem em uma única peça.
K
Após todas as peças serem costuradas separadamente, passamos para costura-las juntas unindo assim a OBRA com o FORRO os transformando assim na nossa peça principal o CABEDAL. A etapa da confecção consiste basicamente juntar essas peças para transforma-las em um único material.
K
Com o cabedal costurado e pronto, passamos para a etapa de montagem, que consiste em dar a essa molde à forma de um calçado.
1.
PROCESSO DE MONTAGEM: Colocamos o nosso cabedal costurado na fôrma para iniciar a montagem, existem duas ferramentas importantes nessa etapa que auxiliaram nesse processo: a tenalha e as tachinhas.
2.
TENALHA: Ferramenta que auxilia na hora de puxar seu material e serve também como martelo para fixação das tachinhas.
Pregamos a palminha na fôrma antes de começar o ajuste do cabedal.
3.
Começamos colocando uma tachinha no calcanhar para que o material não escape na hora de montagem. Virando o objeto (fôrma) de modo com que o parte de baixo fique aparente começamos a puxar/ajeitar o material para ajusta-lo a fôrma, existe uma ordem específica para começarmos esse processo:
b
Começamos a puxar pelo bico, ajustando o material para que fique certo e o pregamos com uma tacinha com auxilio da tenalha. Logo após passamos para as laterais, e depois para as curvas e por final na parte do calcanhar.
L OBS: O material precisa ficar bem ajustado e liso na fôrma sem a presença de vergões ou sobras.
4.
5. b
6.
Após ter o material bem ajustado no objeto, passamos a cola forte para que ele fixe junto à palmilha e esperamos secar por uns 5min. Logo após passamos outra cola chamada cola de PVC em toda a extensão da sola/palminha. Deve-se se passar essa cola também no solado que será utilizado e esperar secar. Antes de colarmos o solado do calçado junto à palminha e o cabedal, precisamos ativar essa cola em ambos os objetos (fôrma e solado), para isso utilizamos um secador. Lembrando que essa é uma forma caseira de se ativar uma cola desse tipo. Após ativa-la colamos com cuidado as duas partes e vamos apertado as laterais para que o solado fixe bem. Com um martelo damos leves batidas e prensadas para assegurar a fixação. Após finalizarmos a montagem do nosso modelo, é necessário esperar pelo menos 24h para tira-lo da fôrma.
S
Funcionamento do site/ sistema de customização Neste tópico é explicado como funcionária a plataforma de customização voltada para o segmento de calçado com base nas metodologias de customização em massa e modularidade. A imagem abaixo é uma demonstração de como seria a página inicial da marca, onde se encontraria o menu “Crie o seu” que direcionaria o cliente para a plataforma de criação.
Dentro da aba “Crie o seu” acontecerá à etapa de criação do calçado, através de uma plataforma 3D onde o cliente poderá visualizar o produto de vários ângulos diferentes. A área contêm sub-menus ou categorias específicas para cada tipo de alteração possível do produto sendo elas:
F F
ELEMENTOS DE MODIFICAÇÃO ESTRUTURAL: Tamanho, Biqueira, Estilo (Corpo), Salto e Alças.
ELEMENTOS DE MODIFICAÇÃO ESTÉTICA:
Materiais, Cores/Estampas, Acabamentos e Decoração/Acessórios.
PLATAFORMA DE CUSTOMIZAÇÃO
1.
Categorias/Menus Principais mostram mais aspectos do calçado pode ser modificvados.
2.
Sub-Menus que mostram com mais detalhes as possiveis escolhas das categorias selecionadas.
4.6
5.0
DISCUSSÃO E ANÁLISE Foi realizada duas análises de viabilidade com o usúario: uma na primeira face do projeto que corresponde ao processo de protótipos e a segunda já com o produto final. Em ambas as análises foram levadas em consideração questões como: ergônomia do produto (conforto), qualidade de material/ acabamento, satisfação do cliente com o design das peças entre outros aspectos. Este tópico são encontradas: fichas de auto-avaliação do designer, com anotações sobre os pontos que deram certos e errado nos protótipos, ficha de avaliação do cliente (protótipos) apontando os pontos positivos e negativos das peças e por último, a avaliação das peças finais.
sapatilha 01 avaliação final: A modelagem alargada no decote do modelo foi ajustada, como apontada pela cliente. Costuras e acabamentos foram aprimorados para um nível satisfatório, foi acrescentado um recorte na biqueira a pedido da cliente.A montagem da peça foi melhorada agora alcançando um resultado melhor.
sapatilha 02 avaliação final: Costuras e acabamentos foram aprimorados para um nível satisfatório, a montagem da peça foi melhorada agora alcançando um resultado melhor. Confortavél e bem ajustada ao pé.
sapatilha 03 avaliação final: Costuras e acabamentos foram aprimorados para um nível satisfatório, a montagem da peça foi melhorada agora alcançando um resultado melhor. Confortavél e bem ajustada ao pé.
fichas de validação (auto-avaliação e avaliação do cliente) FICHA DE AUTO-AVALIAÇÃO Modelo: Sapatilha Bico fino
Referência: 02
Descrição: Sapatilha de bico fino.
KAMALLE
Coleção: Desenvolvida para cliente Lorena Moysa - BYG (Acessórios) - Verão 2018 Tamanho piloto (forma): 36 Modelista: Juliana Letenski Moreira
Pilotista: Juliana L. M.
DESENHOS TÉCNICOS (VISTAS)
Modelagem: ( ) Ruim ( X ) Regular ( ) Boa Observações/Comentários: O modelo está grande quando calçado no pé, este problema pode ser erro na modelagem ou erro na etapa de montagem, pois quando testado, o modelagem não apresentava nenhum defeito aparente.
Confecção/Costura: ( X ) Ruim ( ) Regular ( ) Boa Observações/Comentários: Costuras irrigulares e fora do padrão, muitas delas se encontram tortas. O ponta da costura utilizado não é o ideal para calçados.
Montagem: ( ) Ruim ( X ) Regular ( ) Boa Observações/Comentários: Principal erro na montagem foi a parte do bico, onde se encontram pequenos vincos que marcam o local. O par direito da sapatilha em questão apresenta um pequeno erro de montagem que fez com que essa lateral ficasse repuxada.
Anotações: Verificar modelagem e montagem para descobrir qual desses processos foi desenvolvido de maneira errada. - Caso a modelagem esteja correta: o erro está na montagem. O que pode ter causado esse erro: 1- Pouca dominação da técnica de montagem 2- Material utilizado * - Caso a montagem esteja correta: a modelagem do modelo em questão deve ser re-feita sob-medida para a cliente, pois tam. padrão (forma) 36 deste modelo de sapatilha não se encaixa nas medidas da cliente. Melhorar acabamentos (costuras).
FICHA DE AUTO-AVALIAÇÃO Modelo: Sapatilha Redonda com biquiera diferente
Referência: 01
Descrição: Sapatilha de bico redondo com recorte/detalhe na biqueira.
KAMALLE
Coleção: Desenvolvida para cliente Lorena Moysa - BYG (Acessórios) - Verão 2018 Tamanho piloto (forma): 36 Modelista: Juliana Letenski Moreira
Pilotista: Juliana L. M.
DESENHOS TÉCNICOS (VISTAS)
Modelagem: ( ) Ruim ( ) Regular ( X ) Boa Observações/Comentários: A modelagem não apresentava nenhum defeito aparente. Modelo de
sapatilha fica ajustado ao pé conforme esperado. Confecção/Costura: ( X ) Ruim ( ) Regular ( ) Boa
Observações/Comentários: Costuras irrigulares e fora do padrão, muitas delas se encontram tortas. O ponta da costura utilizado não é o ideal para calçados.
Montagem: ( ) Ruim ( X ) Regular ( ) Boa Observações/Comentários: Principal erro na montagem foi a parte do bico, onde se encontram pequenos vincos que marcam o local.
Anotações: Verificar montagem para que o modelo fique adequado. O que pode ter causado esse erro: 1- Pouca dominação da técnica de montagem 2- Material utilizado * - o material utilizado para a parte do forro é rigído,grosso e pouco maleável o que dificultou o processo de montagem do modelo. O material utilizado no cabedal também incluência nesse aspecto. Melhorar acabamentos (costuras).
FICHA DE AUTO-AVALIAÇÃO Modelo: Sapatilha Bico Redondo
Referência: 03
Descrição: Sapatilha de bico redondo com decote diferenciado.
KAMALLE
Coleção: Desenvolvida para cliente Lorena Moysa - BYG (Acessórios) - Verão 2018 Tamanho piloto (forma): 36 Modelista: Juliana Letenski Moreira
Pilotista: Juliana L. M.
DESENHOS TÉCNICOS (VISTAS)
Modelagem: ( ) Ruim ( ) Regular ( X ) Boa Observações/Comentários: A modelagem não apresentava nenhum defeito aparente. Modelo de
sapatilha fica ajustado ao pé conforme esperado. Confecção/Costura: ( X ) Ruim ( ) Regular ( ) Boa
Observações/Comentários: Costuras irrigulares e fora do padrão, muitas delas se encontram tortas. O ponta da costura utilizado não é o ideal para calçados.
Montagem: ( ) Ruim ( X ) Regular ( ) Boa Observações/Comentários: Principal erro na montagem foi a parte do bico, onde se encontram pequenos vincos que marcam o local. O decote deste modelo ficou um pouco elevado, estudar formas para que ele fique mais rigído e no formado adequado.
Anotações: Verificar montagem para que o modelo fique adequado. Dentre os três modelo desenvolvidos este foi o que ficou com a melhor montagem, apesar de ainda não estar adequada ao padrão. O que pode ter causado esse erro: 1- Pouca dominação da técnica de montagem 2- Material utilizado * - o material utilizado para a parte do forro deste modelo foi diferente dos anteriores, ele é mais maleável e fino o que facilitou o montagem. O material utilizado no cabedal também pode incluênciar nesse aspecto. Melhorar acabamentos (costuras) - maior dificuldade encontrada foram nas curvas desse modelo.
VALIDAÇÃO COM O USUÁRIO/CLIENTE Modelo: Sapatilha Bico fino
Referência: 02
Descrição: Sapatilha de bico fino.
KAMALLE
Coleção: Desenvolvida para cliente Lorena Moysa - BYG (Acessórios) - Verão 2018 Tamanho piloto (forma): 36 Modelista: Juliana Letenski Moreira
Pilotista: Juliana L. M.
DESENHOS TÉCNICOS (VISTAS)
Anotações sobre o modelo: (AVALIAR PONTOS POSITIVOS/ NEGATIVOS E POSSÍVEIS MELHORIAS)
- Sapatilha ficou um pouco grand/ não ficou ajustada. - Palmilha confortável - Sapatilha Maleável
Registro Fotográfico:
VALIDAÇÃO COM O USUÁRIO/CLIENTE Modelo: Sapatilha Redonda com biquiera diferente
Referência: 01
Descrição: Sapatilha de bico redondo com recorte/detalhe na biqueira.
KAMALLE
Coleção: Desenvolvida para cliente Lorena Moysa - BYG (Acessórios) - Verão 2018 Tamanho piloto (forma): 36 Modelista: Juliana Letenski Moreira
Pilotista: Juliana L. M.
DESENHOS TÉCNICOS (VISTAS)
Anotações sobre o modelo: (AVALIAR PONTOS POSITIVOS/ NEGATIVOS E POSSÍVEIS MELHORIAS)
- Decote superior um pouco incõmodo - Palmilha confortável - Sapatilha Maleável
Registro Fotográfico:
VALIDAÇÃO COM O USUÁRIO/CLIENTE Modelo: Sapatilha Bico Redondo
Referência: 03
Descrição: Sapatilha de bico redondo com decote diferenciado.
KAMALLE
Coleção: Desenvolvida para cliente Lorena Moysa - BYG (Acessórios) - Verão 2018 Tamanho piloto (forma): 36 Modelista: Juliana Letenski Moreira
Pilotista: Juliana L. M.
DESENHOS TÉCNICOS (VISTAS)
Anotações sobre o modelo: (AVALIAR PONTOS POSITIVOS/ NEGATIVOS E POSSÍVEIS MELHORIAS)
- Tecido do forro desse modelo é melhor. - Palmilha confortável - Sapatilha Maleável - Calcanhar e laterias super confortáveis
Registro Fotográfico:
6.0
conclusão Através desse projeto buscou-se entender melhor sobre o mundo dos calçados em expecífico das sapatilhas, entendo sua história e origem, suas princípais estruturas e elementos. Assim como as etapas para o processo da sua confecção tais como: designe, modelagem, costura e montagem. Tendo estudado afundo sobre tal calçado, e entendendo seu funcionamento, foi possivél ajustar a sua criação e concepção com o conceito de customização em massa o aplicando com um dos metódos sugeridos por autores deste assunto, a moduláridade.Buscando assim desenvolver o produto alinhado a esses conceitos e seus princípios. Através deles, este projeto mostrou que há a possibilidade de transformar a criação de um calçado em um processo personalizado pelo cliente e para ele. Mostrando o quanto a participação do mesmo é de extrema importância para criação de um produto que satisfará as necessidades e desejos do cliente. Apesar de obter um resultado satisfátorio, há muito o que se aprimorar e estudar sobre o tema, buscando sempre desenvolver modelos e soluções mais adequadas para o público. Entretanto, o projeto obteve um bom resultado inícial e irá continuar os estudos agora focado na parte do sistema de customização 3D (site), para melhor abrangência da modularidade discutida ao longo do trabalho. Assim como pretende se atentar ao sistema de coleções de acessórios, procurando estudar melhor seu funcionamento e possibilidades.
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