Iviny almeida

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A Criança, o brinquedo e o Natal Na atualidade, com o fácil acesso a informação, já é de conhecimento da maioria dos pais que o brincar é essencial para o desenvolvimento da criança. As prateleiras das lojas estão cada vez mais cheias de opções e às vezes fica difícil escolher o presente certo, sobretudo em épocas festivas como o Natal. As propagandas dos canais infantis ofertam bonecas, jogos, carrinhos e outros brinquedos cada vez mais avançados em tecnologia. Não é de se assustar que mesmo ainda pequenas, as crianças consigam operar celulares e tablets melhores que alguns adultos. Mas, como controlar as crianças e o consumo mediante tantas ofertas e apelos da mídia? Para responder a esta pergunta é preciso entender que para a criança, na maioria das vezes o importante não é o brinquedo em si, mas a capacidade imaginativa e criativa que ele pode proporcionar. É importante saber que quanto maior for o tempo que o brinquedo conseguir manter esses dois requisitos, mais interessante ele se tornará. Para que o brinquedo seja criativo e produza imaginação, ele não precisa necessariamente ser caro ou cheio de tecnologias (você já percebeu como uma simples caixa vazia pode transformar numa nave espacial, num forte e até mesmo numa cama para a boneca em questão de segundos?) O brinquedo certo deve estimular a imaginação e acima de tudo ser muito desejado. Muitas vezes a oferta é tanta que há pouco desejo pra tantas opções... Dessa forma o valor se perde e logo esses brinquedos vão se transformar em entulhos que se acumulam pela casa. Recompensar uma conquista com um presente, tornar uma data memorável, deixar a criança sonhar e desejar o brinquedo (quem sabe juntar suas próprias moedas para conquista-lo) é uma boa forma de lutar contra os excessos. Vale lembrar que os mesmos na maioria das vezes, cometidos pelos pais (consciente ou não) como forma de compensação pela ausência, pela falta do abraço, do diálogo e da intimidade. O brinquedo não deve ser usado para substituir os relacionamentos. Até mesmo porque não é essa a finalidade do mesmo. Seja qual for o brinquedo ele deve ter um por que. Se dado em tempo certo (não como resultado aos apelos comerciais ou ao apelo da criança em um tempo inoportuno), o brinquedo se torna um estímulo para o desenvolvimento, uma memória afetiva e uma diversão duradoura. Afinal, quem é que não se lembra daquele presente especial, tão sonhado que demorou tanto, mas que chegou no dia do Natal de uma forma tão mágica? Quem não se lembra dos beijos e abraços e do cheiro da comida gostosa e das músicas que embalavam as boas risadas. Não se preocupe com o preço! No final, o afeto é com certeza o que vai ficar na lembrança, portanto, capriche! Marque a vida do seu filho de forma diferente esse ano. Íviny Almeida Psicóloga


Atendimento Infantil e Adulto ivinyrh@gmail.com


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