Denúncia Contra Abusos e Ilícitos do Movimento Homossexual Brasileiro Há um mecanismo ardiloso por meio do qual entidades afiliadas à Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Travestis e Transexuais (ABGLT) se apropriam de recursos públicos e remuneram seus dirigentes. Esse mecanismo encontra-se travestido de um programa governamental que supostamente visa a combater o preconceito e a discriminação contra a população formada por lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transgêneros (LGBT). Elaborado por entidades afiliadas à ABGLT, esse programa financia as atividades operacionais dessas entidades e garante renda para seus dirigentes há mais de uma década.
O Programa Brasil Sem Homofobia A versão da SDH-PR Acerca do Programa Brasil Sem Homofobia (BSH), a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH-PR) informa em seu sítio na Rede Mundial de Computadores o seguinte: O Programa Brasil Sem Homofobia foi lançado em 2004 a partir de uma série de discussões entre o governo federal e a sociedade civil organizada com o intuito de promover a cidadania e os direitos humanos de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais (LGBT) a partir da equiparação de direitos e do combate à violência e à discriminação homofóbicas. (grifamos)
Segundo a SDH-PR, O Programa Brasil Sem Homofobia busca o reconhecimento e a reparação da cidadania da população de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais, inegavelmente uma parcela relevante da sociedade brasileira, que sofre com o preconceito e a discriminação por orientação sexual e identidade de gênero, além de outros como de raça, etnia, gênero, idade, deficiências, credo religioso ou opinião política. (idem)
A SDH-PR informa que o Programa é constituído de diferentes ações voltadas para: a) apoio a projetos de fortalecimento de instituições públicas e nãogovernamentais que atuam na promoção da cidadania LGBT e/ou no combate à homofobia;
b) capacitação em Direitos Humanos para profissionais e representantes do movimento LGBT que atuam na defesa de direitos humanos; c) disseminação de informações sobre direitos, de promoção da auto-estima LGBT; incentivo à denúncia de violações dos direitos humanos da população LGTB. d) capacitação e disseminação de informação a gestores das diversas esferas governamentais na temática de direitos humanos da população LGBT. e) atuar na troca de experiências de sucesso em matéria de políticas públicas em vários países do mundo, com foco nas relações do Mercosul. (idem)
Finalmente, importa ressaltar que a SDH-PR assume ser o órgão responsável por coordenar as diversas ações desenvolvidas para atingir os objetivos do BSH e informa que se trata de “ações de capacitação e desenvolvimento, apoio a projetos de governos estaduais, municipais e organizações não-governamentais e implantação de centros de referência para combate a homofobia em todo o país.”
Os fatos acerca do BSH A Oligarquia representada pela ABGLT Em seu sítio na Internet, a SDH-PR disponibiliza uma versão do BSH. Nesse documento, observam-se facilmente diversos aspectos que fazem desse Programa um ato lesivo à moralidade administrativa, ofensivo ao princípio constitucional da impessoalidade e causador de danos efetivamente ao Erário. Em primeiro lugar, importa ressaltar que o documento em tela descreve seus idealizadores e aponta o Sr. Cláudio Nascimento Silva e o Sr. Ivair Augusto Alves dos Santos como responsáveis por sua elaboração, organização e revisão. Além disso, esse documento atesta que essa dupla integrava, à época, juntamente com a Sra. Yone Lindgren, a Comissão Provisória de Trabalho do Conselho Nacional de Combate à Discriminação da Secretaria Especial de Direitos Humanos do Ministério da Saúde. Esses nomes são importantes para que se compreenda o que se pretende com a presente Ação Popular. Antes, porém, importar verificarmos outros nomes envolvidos na elaboração desse Programa. Nos termos do documento de referência do BSH, houve ainda a participação de um grande número de militantes LGBT que se juntaram numa “reunião ampliada” de uma Comissão
Provisória de Trabalho realizada no Edifício-Sede do Ministério da Justiça, nos dias 7 e 8 de dezembro de 2003. Dessa reunião, fizeram parte 24 pessoas, dentre as quais, importa destacar o Sr. Caio Fábio Varela, “Léo Mendes”, “Toni Reis” e Welton D. Trindade, entre outros.
Conforme será demonstrado nesta inicial, as mesmas pessoas que fizeram parte do processo de elaboração puderam captar para suas respectivas ONGS a maior parte recursos públicos destinados implementação do Programa. Nesse sentido, importar verificarmos a relação de entidades que participaram da elaboração do BSH. Nos termos do documento de referência, o BSH fora elaborado a partir da interlocução do Estado com aproximadamente duas dezenas de entidades. O quadro abaixo lista essas instituições.
Quadro 1 – Entidades que atuam na formulação do BSH Associação Brasileira de Gays, Lésbicas e Transgêneros (ABGLT)
Grupo Dignidade /PR
Articulação Nacional de Transgêneros (ANTRA)
Grupo Gay da Bahia (GGB)/BA
Articulação Brasileira de Lesbicas
Grupo Gay de Alagoas (GGAL)/AL
Arco-Iris – Grupo de Conscientização Homossexual/RJ
Grupo Hábeas Corpus de Potiguar (GHAP)/RN
Associação Amazonense de Gays, Lésbicas e Travestis (AAGLT)/AM
Grupo Resistência Asa Branca (GRAB)/CE
Associação Goiana de Gays, Lésbicas e Travestis (AGLT)/GO
Grupo Somos/RS
Associação Goiana de Transgêneros/GO
Instituto Edson Néris (IEN)/SP
Estruturação – Grupo Homosexual de Brasília/DF
Movimento do Espírito Lilás (MEL)/PB Movimento Gay de Minas (MGM)/MG
Lésbicas Gaúchas – LEGAU/RS Movimento D`Ellas/RJ Fonte: documento oficial do Programa Brasil Sem Homofobia
Importa destacar, de saída, que a ABGLT é uma Associação de ONGs que, por conseguinte, congrega as demais entidades elencadas no quadro acima. Assim, pode-se afirmar que apenas a ABGLT (vista como o conjunto de suas afiliadas) representou a sociedade civil na elaboração do BSH. Logo, está patente o caráter oligárquico que norteou a elaboração desse Programa.
A hegemonia da ABGLT no processo de formulação do BSH também se manteve na fase de implementação do Programa e, consequentemente, na captação de recursos para a execução das ações por meio das quais essa política pública se implementa. Por ora, importa destacar que, ao contrário do que a SDH-PR informa, as pessoas jurídicas de direito privado envolvidas na elaboração desse programa nem de longe representam o amplo espectro da sociedade civil, mas tão somente um grupo pequeno de pessoas e suas respectivas ONGs que, em busca de interesses
individuais, monopolizaram a elaboração de uma política pública e garantiram para si os recursos públicos que o Estado disponibilizaria para a implementação dessa política.
Para que se compreenda o papel da ABGLT nos atos que se denunciam nesta inicial, importa destacar que o Movimento Homossexual Brasileiro (MHB) foi fundado em São Paulo, em 1978, tendo como primeiro grupo organizado o “Somos”, a partir do qual foram fundados nos últimos 20 anos mais de duzentos grupos LGTB de norte a sul do país. Em sua fase inicial, até meados da década de 1990, a finalidade do MHB era a luta contra o chamado preconceito e discriminação. Em 1980, foi criado o Grupo Gay da Bahia (GGB). Em 1995, surge a Associação Brasileira de Gays, Lésbicas e Travestis (ABGLT). Desde então, o Movimento passou a ser representado quase que exclusivamente pelas entidades afiliadas à ABGLT. Essa história encontra-se registrada por pesquisadores considerados “de dentro” do MHB, tais como FACCHINI (2002) e PARKER(2002), entre outros. De acordo com seu estatuto, a ABGLT é uma ONG que só aceita como afiliadas outras ONGs, ou seja, não se trata de uma associação de pessoas comuns, mas exclusivamente de representantes de ONGs. Essa associação “guarda-chuva” abriga hoje em dia aproximadamente 300 entidades; segundo dados disponibilizados pela própria ABGLT na Internet. Ainda em seu estatuto, a ABGLT declara que sua finalidade precípua é defender os direitos humanos de gays, lésbicas, bissexuais, transexuais e travestis. Entretanto, considerando que a ABGLT não aceita a filiação de pessoas físicas, pode-se afirmar que, na prática, essa ONG só pode defender os interesses de suas afiliadas, ou seja, de outras ONGs. Além disso, chama à atenção o fato de que algumas das entidades afiliadas à ABGLT pertencem a um mesmo grupo de militantes. Um exemplo cabal do mecanismo oligárquico, concentrador e centralizador por meio do qual a ABGLT opera no Brasil há mais de duas décadas reside no fato de que, de acordo com dados da Receita Federal, tanto a ABGLT quanto o Grupo Dignidade, o CEPAC, a APPAD e o IBDSEX, possuem o mesmo endereço: Av. Marechal Floriano Peixoto nº 366, Conjunto nº 42 e 43, Edifício Monte Carlo, Centro, Curitiba-PR, CEP 80.010-130.
Ainda de acordo com a Receita Federal, todas as ONGs do cluster de Toni Reis foram fundadas na década de 1990, exceto o IBDSEX. O quadro abaixo demonstra a trajetória de criação das ONGs desse cluster. Quadro 2 – Cluster de ONGs de Toni Reis CNPJ
Data de abertura
Nome empresarial
68.604.560/0001-99
19/08/1992
Grupo Dignidade – Pela Cidadania de Gays, Lésbicas e Transgêneros
00.442.235/0001-33
17/02/1995
Associação Brasileira de Gays, Lésbicas e Transgêneros
00.402.327/0001-90
23/01/1995
Associação Paranaense da Parada da Diversidade
00.990.956/0001-88
08/01/1996
Centro Paranaense da Cidadania – Cidadania e Qualidade de Vida (CEPAC)
12.832.837/0001-86
08/04/2010
Instituto Brasileiro de Diversidade Sexual - IBDSEX
Fonte: Receita Federal do Brasil – Consulta CNPJ
De igual modo, no que se refere aos endereços eletrônicos da ABGLT, do CEPAC e do Grupo Dignidade na Rede Mundial de Computadores, seus respectivos domínios foram criados no mesmo dia e estão registrado em nome de uma mesma pessoa: ANTONIO LUIZ MARTINS DOS REIS, vulgo “Toni Reis”. O quadro abaixo evidencia esse fato. Quadro 3 – Os domínios de Toni Reis Domínio
Entidade
abglt.org.br
Associação Brasileira de Gays, Lésbicas e Travesti
000.442.235/0001-33
cepac.org.br
Centro Paranaense da Cidadania
000.990.956/0001-88
grupodignidade.org.br
Grupo Dignidade– Projeto Arca de Noé – 914/BRA/59
068.604.560/0001-99
Documento
Responsável Antonio Luiz Martins dos Reis Antonio Luiz Martins dos Reis Antonio Luiz Martins dos Reis
Data de criação 10/04/2002 10/04/2002 10/04/2002
Fonte: site registro.br, consultado em 01/08/2013
Importa ressaltar que ao se analisar a miríade de eventos e “projetos” realizados pelas afiliadas da ABGLT com recursos públicos e divulgados na Internet, nota-se que ora o Toni Reis aparece como presidente da própria ABGLT, ora como diretor do Grupo Dignidade, ora como consultor do CEPAC, ora diretor do IBDSEX.
Dos recursos públicos envolvidos É importante destacar que o BSH consiste num programa de dificílima avaliação. Notadamente no que se refere à eficiência na aplicação dos recursos públicos que o financia, trata-se de uma tarefa virtualmente impossível de se realizar. Afinal, esse programa jamais fora inserido expressamente nos documentos oficiais do Orçamento Público (PPA, LDO e LOA) do Governo Federal. Além disso, nenhum órgão público jamais publicou quanto dinheiro público o Estado já destinou ao financiamento das ações desse programa e, de igual modo, não há nenhum registro oficial da eficácia dessa política pública quanto à consecução dos objetivos que se pretendia alcançar. Nesse sentido, importa destacar que jamais foram estabelecidas metas objetivas e verificáveis para se aferir os resultados do BSH. Em suma, trata-se apenas de um “ideal” para o qual a União destinou na última década um montante fabuloso de dinheiro do povo brasileiro. O que se pode afirmar, com base em dados oficiais, é que as entidades envolvidas na formulação desse programa, ou seja, o conjunto de ONGs afiliadas à ABGLT, abocanhou a maior parte desses recursos. Com vistas a superar as dificuldades de se contabilizar o montante de dinheiro público destinado pelo Estado às entidades da ABGLT, buscou-se junto ao Portal da Transparência verificar o montante de recursos recebidos por algumas das entidades que figuram no documento oficial do BSH como partícipes de sua formulação. De acordo com o Portal da Transparência e nos termos da amostra extraída com vistas a fundamentar esta Ação Popular, constatou-se que na última década as afiliadas da ABGLT receberam do Governo Federal mais de R$20.000.000,00 (vinte milhões de reias)! O quadro abaixo revela o quanto a transferência de recursos públicos para as entidades afiliadas à ABGLT cresceu após a formulação do BSH. Quadro 4 – Evolução do montante de dinheiro público transferido aos cofres das afiliadas da ABGLT no período de 1999-2011 - (por amostragem)
Ano
Qtd.Convênio
Volume de recursos (R$)
1999
1
8.120,00
2000
2
63.720
2001
9
418.350,00
2002
1
35.240,10
2003
2
90.561,85
2004
5
383.411,61
2005
51
2.172.620,54
2006
73
4.806.863,60
2007
45
3.991.838,79
2008
32
5.059.158,03
2009
16
3.688.667,88
2010
16
3.493.893,05
2011
2
455.456,45
255
24.667.897,00
Total
Fonte: Portal da Transparência
Além de continuarem recebendo dinheiro público para fazer lobby em Brasília em favor de suas ONGs, mesmo impedidos de receberem recursos públicos por meio de algumas dessas entidades, seus dirigentes dispõem de outras ONGs para prosseguirem recebendo dinheiro público indefinidamente. O quadro abaixo traz uma demonstração desse esquema por meio do qual apenas um conjunto de quatro ONGs vinculadas ao Sr. “Toni Reis” já recebeu aproximadamente R$ 3.500.000,00 (três milhões e quinhentos mil de reais). Quadro 5 - Convênios da União com as ONGs de Toni Reis no período de 2001-2012 Situação no Siafi
Órgão
convênio
SNDH-PR
419539
01/10/2001 Grupo Dignidade
25.000,00
-
SNDH-PR
463151
30/08/2002 Grupo Dignidade
35.240,10
-
SNDH-PR
486999
18/12/2003 Grupo Dignidade
40.611,85
-
SNDH-PR
517367
29/12/2004 Grupo Dignidade
52.400,00
-
MINC
523587
14/06/2005 Grupo Dignidade
25.000,00
Inadimplente
SNDH-PR
537185
27/12/2005 Grupo Dignidade
99.300,00
-
SNDH-PR
568236
19/09/2006
ABGLT
131.420,00
-
SNDH-PR
571439
26/10/2006
ABGLT
159.789,00
-
MINC
566898
28/08/2006 Grupo Dignidade
28.000,00
-
MINC
570063
02/10/2006 Grupo Dignidade
99.994,00
Inadimplente
MINC
571418
24/10/2006
50.000,00
Inadimplente
SNDH-PR
573227
27/11/2006 Grupo Dignidade
26.397,36
-
SNDH-PR
573226
27/11/2006 Grupo Dignidade
280.725,53
Inadimplente
SNDH-PR
574867
11/12/2006 Grupo Dignidade
54.782,34
-
SNDH-PR
577461
26/12/2006 Grupo Dignidade
74.400,00
-
SNDH-PR
598554
21/12/2007 Grupo Dignidade
102.364,73
-
MINC
600777
24/12/2007
79.673,25
-
Data
ONG
ABGLT
APPAD
Valor
MINC
596604
06/12/2007
APPAD
99.301,00
-
MINC
596673
06/12/2007
APPAD
75.446,00
-
SNDH-PR
637300
22/12/2008
CEPAC
104.926,57
-
SNDH-PR
700783
22/12/2008
CEPAC
500.000,00
-
SNDH-PR
700935
22/12/2008
CEPAC
100.000,00
-
SNDH-PR
637298
22/12/2008
CEPAC
530.198,80
-
MINC
702135
31/12/2008
APPAD
84.582,40
-
MINC
701009
31/12/2008
APPAD
48.881,70
-
SNDH-PR
718571
31/12/2009
CEPAC
100.000,00
-
MINC
748336
02/09/2010
APPAD
90.054,40
-
SNDH-PR
731864
20/01/2010
APPAD
80.000,00
-
SNDH-PR
778710
28/12/2012
CEPAC
250.000,00
-
Total
3.428.489,03
Fonte: Portal da Transparência
Chama a atenção o fato de que o CEPAC tenha sido fundado em 1996 mas somente a partir do ano de 2008 é que passou a receber recursos públicos. Nesse sentido, é importante ressaltar que a ABGLT e o Grupo Dignidade passaram a figurar na condição de inadimplente no Siafi e, por conseguinte, ficaram impedidos de receber dinheiro público provavelmente nesse mesmo ano. Para ilustrar a sangria que se manifesta nos cofres públicos, ressalte-se que, individualmente, cada ONG do Sr. Toni Reis recebeu os seguintes montantes: Quadro 6 – Recursos transferidos ao cartel de Toni Reis
ONG
Montante recebido (R$)
CEPAC
1.585.125,37
Grupo Dignidade
944.215,91
ABGLT
341.209,00
APPAD
557.938,75
Total Fonte: Portal da Transparência
3.428.489,03
A inadimplência dos idealizadores do BSH Ainda de acordo com o Portal da Transparência, tanto a ABGLT quando muitas de suas afiliadas que formularam o BSH encontram-se na condição de inadimplência junto ao SIAFI. Isso significa que grande parte dos recursos públicos transferidos às entidades da ABGLT tem um destino desconhecido pelos órgãos de controle.
Quadro 7 – A inadimplência de entidades que atuaram na formulação do BSH
Entidade
CNPJ
Valor global em inadimplência (R$)
Dirigentes e/ou exdirigentes*
ABGLT
00.442.235/0001-33
50.000,00
Grupo Dignidade
68.604.560/0001-99
433.719,53
Toni Reis/David Harrad
AGLT
02.307.795/0001-00
204.595,00
Leo Mendes
Grupo Somos
05.005.918/0001-47
187.400,00
Gustavo Bernardes
Estruturação – Grupo Homossexual de Brasília
01.101.595/0001-34
268.125,00
Welton D. Trindade
Instituo Atitude
03.974.402/0001-85
169.634,73
Caio Fabio Varela
Movimento Gay de Minas
03.952.160/0001-29
245.401,19
Oswaldo Braga
Grupo Gay de Alagoas
02.318.140/0001-38
10.000,00
Não identificado
Grupo
40.986.440/0001-84
38.000,00
Não identificado
07.282.104/0001-85
112.446,36
Não identificado
Hábeas
Corpus
de
Potiguar
Toni Reis
(GHAP)/RN Instituto Edson Néris
02.650.559/0001-92 100.000,00 Yone Lindgren Movimento D`Ellas/RJ * As pessoas elencadas nesta coluna figuram em atos oficias como responsáveis pela entidade em convênios firmados com a União ou em publicações na Internet. Fonte: Portal da Transparência - CEPIM
O quadro acima demonstra apenas as entidades que se encontram listadas no documento oficial do BSH. Quando observadas em seu conjunto, o número de afiliadas à ABGLT que figuram no CEPIM é muito maior e o montante de recursos públicos acerca dos quais não se conhece o destino é superior a R$ 4.000.000,00 (quatro milhões de reais). O quadro abaixo consiste numa amostra ampliada da inadimplência das afiliadas da ABGLT. Quadro 8 – Inadimplência generalizada entre as afiliadas da ABGLT
Nº
Nome da Instituição
UF
Montante em inadimplência (R$)
1
GRUPO DIGNIDADE - PELA CIDADANIA DE GAYS, LESBICAS E TR
PR
433.719,53
2
ASSOC.DA PARADA DO ORG.DE GAYS, LESB., BISSEX. E TRANSG
SP
850.000,00
3
GRUPO ESTRUTURACAO GRUPO HOMOSSEXUAL DE BRASILIA GE
DF
268.125,00
4
TUCUXI - NUCLEO DE PROMOCAO DA LIVRE ORIENTACAO SEXUAL
RO
291.601,80
5
ASSOCIACAO GOIANA DE GAYS, LESBICAS E TRAVESTIS
GO
204.595,00
6
MOVIMENTO D’ELLAS
RJ
100.000,00
7
GRUPO PALAVRA DE MULHER
BA
137.396,60
8
INSTITUTO ATITUDE - DIREITO E CIDADANIA PARA HOMOSSEXUAL
DF
169.634,73
9
INSTITUTO EDSON NERIS
SP
112.446,36
10
ASSOCIACAO POTIGUAR PELA LIVRE ORIENTACAO SEXUAL
RN
104.840,00
11
GRUPO SOMOS
12
ASSOCIACAO GRUPO IPE AMARELO DE CONSCIENTIZACAO E LUTA
187.400,00 TO
72.300,00
13
ASSOCIACAO CATARINENSE DE APOIO SOCIAL E EDUCACIONAL A
SC
70.000,00
14
ASSOCIACAO GLS GRUPO VIDA ATIVA
MT
69.780,00
15
SATYRICON - GRUPO DE APOIO E DEFESA DA ORIENTACAO SEXUAL
PE
69.590,00
16
GRUPO LÉSBICO DA BAHIA
BA
35.700,00
17
GRUPO LESBICO DO ESTADO DO MARANHAO
MA
56.898,52
18
ASSOCIACAO BRASILEIRA DE GAYS, LESBICAS E TRANSGENEROS
PR
50.000,00
19
ASSOCIACAO DE TRANSGENEROS DO MARANHAO – ATRAMA
MA
56.896,05
20
O CORSA - CIDADANIA , ORGULHO, RESPEITO, SOLIDARIEDADE
SP
245.500,00
21
CENTRO DE APOIO E SOLIDARIEDADE A VIDA
SP
44.500,00
22
GRUPO HABEAS CORPUS POTIGUAR
RN
38.000,00
23
ASTRAPA - ASSOCIACAO DAS TRAVESTIS DA PARAIBA
PB
23.400,00
24
MOVIMENTO GAY LEOES DO NORTE
PE
130.000,00
25
GRUPO GAYVOTA
MA
25.000,00
26
ASSOCIACAO DOS GRUPOS CULTURAIS E ENTIDADES NEGRAS DE U
AL
23.906,14
27
MOVIMENTO CENTRO DE CULTURA E AUTOFORMACAO
SC
41.411,61
28
ASSOCIACAO IPE ROSA (GLST) GAYS, LESBICAS, SIMPATIZANTE
GO
17.224,00
29
MGLTM-MOVIMENTO DE GAYS, LESBICAS E TRANSGENEROS DE MAN
AM
15.000,00
31
ASSOCIACAO DE GAYS, LESBICAS, BISSEXUAIS E TRANSGENEROS
SP
10.000,00
32
ASSOCIACAO GRUPO GAY DE LAURO DE FREITAS
BA
10.000,00
34
GRUPO GAY DE ALAGOAS
AL
10.000,00
35
MOVIMENTO GAY DE MINAS
MG
245.401,19
TOTAL
4.220.266,53
Fonte: Portal da Transparência - CEPIM
Irregularidades constatadas pelos órgãos de controle Há registro de dezenas de casos em que a Controladoria-Geral da União (CGU) e o Tribunal de Contas da União (TCU) constataram o desvio na aplicação de recursos públicos e determinaram o ressarcimento aos cofres públicos. Nesse sentido, destaquem-se, por exemplo, os casos do Estruturação – Grupo Homossexual de Brasília-DF, do Instituto Atitude e do Grupo Dignidade. Esses grupos se fizeram presentes na formulação do BSH, receberam recursos públicos para realizarem projetos que visavam a implementar esse programa e tiveram suas respectivas prestações de contas consideradas irregulares pelo Tribunal de Contas da União (TCU). O Tribunal condenou os dirigentes desses grupos a ressarcirem o Erário, porém, parece que os cofres públicos ainda não foram ressarcidos. No que se refere ao Estruturação – Grupo Homossexual de Brasília-DF, nos termos do Acórdão 2024/2010, o Sr. Welton Danner Trindade é o presidente desse grupo. Segundo o TCU,
o Sr. Welton Trindade omitiu-se do dever de prestar contas dos recursos do Convênio nº 65/2005, firmado entre a Secretaria dos Direitos Humanos da Presidência da República e o Grupo Estruturação. Esses recursos deveriam ser aplicados na implantação do Centro de Referência de Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transgêneros na Capital Federal. O montante de recursos alocados para que se implantasse o centro de referência era da ordem de R$ 106.025,00. Entretanto, ao analisarem os documentos acerca da execução desse ajuste, os auditores do TCU concluíram que a documentação apresentada ao Tribunal “não era apta a comprovar a boa e regular aplicação dos recursos federais recebidos por intermédio do Convênio nº 65/2005”. A conclusão da equipe de auditores acerca da gestão dos recursos do Convênio nº 65/2005 é devastadora: Em função de os documentos acostados aos autos não conterem os elementos necessários e suficientes para comprovação da aplicação dos recursos repassados pelo convênio em questão, além da inexistência de elementos caracterizadores da boa-fé do Sr. Welton Trindade, foi proposto julgamento de mérito pela irregularidade das contas e condenação ao ressarcimento do valor global repassado pela União. (Grifei)
Apesar da quantidade impressionante de advogados e argumentos envolvidos em sua defesa, o Sr. Welton Danner Trindade acabou sendo condenado pelo TCU a ressarcir aos cofres públicos a importância de R$ 20.781,94 (vinte mil, setecentos e oitenta e um reais e noventa e quatro centavos), acrescida de multa no valor de R$ 3.000,00 (três mil reais). É importante ressaltar que Sr. Welton Trindade encontrava-se no ano de 2011 arrolado em outro processo em trâmite no TCU. Tratava-se da omissão no dever de prestar contas referentes ao Convênio nº 277/2005, pactuado entre a Secretária Executiva do Ministério da Cultura e o Grupo Estruturação - Grupo Homossexual de Brasília/DF, cujo por objeto seria o apoio à realização do XII Encontro Brasileiro de Gays, Lésbicas e Transgêneros, em Brasília/DF. Esse Convênio foi celebrado em 24/10/2005 e o montante de recursos envolvidos era da ordem de R$ 107.480,00. Segundo o TCU, no que se refere à execução do Convênio nº 277/2005, o Sr. Welton além de se omitir quanto ao dever de prestar contas, não comprovou a boa e regular aplicação dos recursos federais transferidos. Nesse caso, o TCU identificou muitas inconsistências na
prestação de contas, a exemplo de documentos referentes a convênio diverso, que, no entendimento dos auditores, indicaria “indícios de tentativa de comprovação inidônea dos gastos realizados.” Os auditores do TCU constataram, ainda, que o Sr. Welton teria assinado convênios com outros três órgãos federais para execução de um mesmo evento. Segundo o TCU, esses órgãos seriam a Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade do Ministério da Educação, a Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres e a Secretaria Especial dos Direitos Humanos, da Presidência da República. Em julgamento mais recente, em 13/07/2010, o Tribunal de Contas da União, por meio do Acórdão 3716/2010, condenou o Sr. Welton ao pagamento da importância de R$ 24.329,28 (vinte e quatro mil, trezentos e vinte e nove reais e vinte e oito centavos), atualizada monetariamente e acrescida de juros de mora, calculados a partir de 16/11/2005 até o efetivo recolhimento. O TCU aplicou-lhe, ainda, multa no valor de R$ 3.000,00. Assessor Técnico do “Observatório” que monitora a liberação de recursos para o BSH, presidente do Instituto Atitude - Direito e Cidadania para Homossexuais, ONG afiliada à ABGLT, e consultor da ABGLT, Caio Fabio Varela sofreu condenação recente do Tribunal de Contas da União (TCU). Nos termos dos Acórdãos 1946/2005 e 1684, 1934 e 3390/2007, Varela fora condenado ao ressarcimento de recursos desviados no valor de R$ 260.381,80. A condenação do TCU decorreu do fato de que o Instituto Atitude recebera dinheiro público por meio de três convênios firmados com a União que, por sua vez, tiveram suas respectivas prestações de contas reprovadas pelos órgãos de controle. Varela não ressarciu o Erário. O Tribunal determinou sua inscrição no Cadastro Informativo de Débitos de Órgãos e Entidades Federais – CADIN. De acordo com o Relatório de Gestão 2010 da SNDH-PR, os procedimentos internos para efetivação da inscrição no CADIN foram adotados e no exercício de 2010 houve a efetivação da inscrição da responsável, haja vista o decurso do prazo procedimental estabelecido em lei.
Acerca do Grupo Dignidade, o TCU determinou a inscrição do seu responsável no CADIM. Em seu Relatório de Gestão, a SDH-PR informou que atendeu à determinação do TCU e inscreveu o responsável pelo Grupo Dignidade no CADIM. Uma descrição resumida de diversos Acórdãos do Tribunal de Contas da União acerca de casos de desvio de recursos públicos por parte das afiliadas à ABGLT encontra-se em anexo.
Impunidade atroz: indiferença estatal quanto à aplicação irregular do dinheiro público Inacreditavelmente, tem-se observado que os mesmos indivíduos cujas entidades foram condenadas pelo TCU ou inseridas no Cadastro de Entidades Impedidas (CEPIM) continuam gozando de privilégios ainda maiores junto ao Governo Federal. No que se refere ao lobby que os dirigentes de entidades afiliadas à ABGLT realiza em Brasília, importa destacar que os mesmos têm suas viagens ao Planalto Central custeadas pelos cofres públicos por meio do pagamento de diárias e passagens pelo Governo Federal. Esse é caso, por exemplo, do Sr. Caio Fabio Varela, do Sr. Léo Mendes, Sr. Toni Reis, David Harrad, Carlos Magno, Gustavo Bernardes, entre outros.
Caio Fabio Varela Apesar condenação imposta pelo TCU, Varela continuou recebendo dinheiro dos cofres públicos. De acordo com publicação Pg. 65. Seção 3. Diário Oficial da União (DOU) de 11/07/2011, a
Diretoria
de
Educação
Integral,
Direitos
Humanos
e
Cidadania
-
DEIDHUC/SECAD/MEC contratou Varela para promover a “realização de estudos, análises e elaboração de documentos voltados à promoção dos direitos humanos e da cidadania da população LGBT com foco no direito à educação.” Por meio do Contrato OEI 20/2011, o MEC acertou que pagaria a Varela o montante de R$ 80.000,00 (oitenta mil reais) para a realização desses estudos.
Léo Mendes Liorcino Mendes Pereira, vulgo “Léo Mendes”, está há anos na ABGLT e mantém um currículo extenso de atividades realizadas em benefício da ABGLT e das ONGs que ele mesmo dirige. De acordo com um vasto número de publicações disponíveis na Internet, constata-se que Leo Mendes presidiu o Fórum de Ongs de AIDS em Goiás de 01/07/2004 a 30/06/2006 e a
Associação Goiana de Gays, Lésbica, Bissexuais, Transexuais e Transgêneros (AGLT). Sofreu condenação do TCU e respondeu a processo judicial provocado pelo MP de Goiás por suposta prática de atos de improbidade administrativa referente a aplicação de recursos públicos recebidos por meio de convênios. 4 -Candidatou-se a vereador pelo PT-GO em 2008. Tornou-se inelegível em 2010. Fundou e coordena atualmente a ArtGay. Foi recebido no Palácio do Planalto pela Presidente Dilma Rousseff em audiência exclusiva que durou aproximadamente uma hora e que contou, ainda, com a presença de Toni Reis. Entre outros privilégios concedidos ao Sr. Léo Mendes, está o pagamento de diárias e passagens. O quadro abaixo demonstra o quanto o Estado tem gasto na concessão desses privilégios.
Quadro 9 – Diárias e passagens de Leo Mendes custeadas com dinheiro público
Ano
Montante (R$)
2004
371,08
2005
371,11
2006
-
2007
240,52
2008
2.522,17
2009
1.610,94
2010
-
2011
7.199,15
2012
5.322,40
2013
5.238,30
Total
22.875,67
Fonte: Portal da Transparência
Tantos privilégios concedidos ao Sr. Leo Mendes parecem inexplicáveis quando se observam os dados do CEPIM, os quais atestam irregularidades na prestação de contas da AGLT no período em que ele respondia pela entidade.
Quadro 10- ASSOCIACAO GOIANA DE GAYS, LESBICAS E TRAVESTIS Dados do convênio Número
Órgão Concedente
571437
PRESIDENCIA DA REPUBLICA
574746
PRESIDENCIA DA REPUBLICA
Valor R$
Data da publicação
72.300,00
19/10/2006
58.075,00
08/12/2006
Motivo IRREGULARIDADES NA PRESTAÇÃO DE CONTAS (ATRASO, OMISSÃO OU IMPUGNAÇÃO) INSTAURAÇÃO DE TCE
Quadro 10- ASSOCIACAO GOIANA DE GAYS, LESBICAS E TRAVESTIS Dados do convênio Número
Órgão Concedente
576934
PRESIDENCIA DA REPUBLICA
524174
MINISTERIO DA CULTURA
570494
MINISTERIO DA CULTURA
Valor R$
Data da publicação
44.220,00
21/12/2006
10.000,00
13/07/2005
20.000,00
09/10/2006
TOTAL
Motivo IRREGULARIDADES NA PRESTAÇÃO DE CONTAS (ATRASO, OMISSÃO OU IMPUGNAÇÃO) INSTAURAÇÃO DE TCE IRREGULARIDADES NA PRESTAÇÃO DE CONTAS (ATRASO, OMISSÃO OU IMPUGNAÇÃO) 184.595,00
Fonte: http://www.portaldatransparencia.gov.br/cepim/entidadesimpedidas.asp?paramempresa=0&ordem=5&paramdesc=2&pagina=1&textoPesquisa=0 2.307.795/0001-00 (26/06/2013)
Importa ressaltar que, de acordo com os autos do TC 028.175/2008-6 do Grupo I, Classe II da Segunda Câmara do Tribunal de Contas da União, Leo Mendes esteve à frente da AGLT de 07/07/2004 até 30/01/2007.
Apesar das irregularidades constatadas pelos órgãos de controle quanto ao uso irregular de recursos públicos desde meados de 2005, Leo Mendes tem encontrado outras formas de obter dinheiro da União. De acordo com publicação do Diário Oficial da União (DOU) de 1º de outubro de 2012, a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República firmou o Contrato nº 2012/000744 com Leo Mendes no valor de R$ 35.000,00,00 (trinta e cinco mil reais) por aproximadamente três meses de “trabalho”.
Toni Reis Muito já se disse acerca do Sr. “Toni Reis” nesta inicial. Destacou-se, por exemplo, que o mesmo dispõe de um cluster de ONGs por meio das quais recebe dinheiro publico há mais de uma década. Importar destacar, entretanto, que o Estado tem financiado até mesmo o lobby praticado pelo mesmo junto às autoridades em Brasília há mais de uma década. Os quadros a seguir demonstram que já foram gastos mais aproximadamente R$ 25.000,00 com o pagamento de diárias e passagens para que Toni Reis se desloque de seu domicílio na cidade de Curitiba-PR à Capital Federal nos últimos anos.
Quadro 11 - Diárias e passagens para Toni Reis no período 2004-2010
Data
Documento
Órgão financiador
Valor (R$)
11/02/2004
2004OB000814
MINISTERIO DA SAUDE
250,81
14/04/2004
2004OB900221
MINISTERIO DA JUSTICA
250,84
23/08/2004
2004OB902287
MINISTERIO DA JUSTICA
250,84
26/11/2004
2004OB903911
MINISTERIO DA JUSTICA
381,41
14/03/2005
2005OB900870
MINISTERIO DA JUSTICA
250,84
06/12/2005
2005OB901250
SECRETARIA ESPECIAL DOS DIREITOS HUMANOSPR
120,27
18/12/2007
2007OB939337
MINISTERIO DA JUSTICA
870
24/08/2007
2007OB902056
MINISTERIO DA JUSTICA
381,41
20/09/2007
2007OB901373
SECRETARIA ESPECIAL DOS DIREITOS HUMANOSPR
250,83
16/10/2007
2007OB901646
SECRETARIA ESPECIAL DOS DIREITOS HUMANOSPR
250,83
10/12/2007
2007OB902159
SECRETARIA ESPECIAL DOS DIREITOS HUMANOSPR
250,83
28/08/2008
2008OB902556
MINISTERIO DA CULTURA
18/08/2008
2008OB901138
MINISTERIO DA EDUCACAO
120,26
22/08/2008
2008OB902646
MINISTERIO DA SAUDE
580,66
2008OB900360
SECRETARIA ESPECIAL DOS DIREITOS HUMANOSPR
250,83
07/04/2008
2008OB900923
MINISTERIO DA JUSTICA
120,27
25/04/2008
2008OB900870
SECRETARIA ESPECIAL DOS DIREITOS HUMANOSPR
250,83
23/05/2008
2008OB901114
SECRETARIA ESPECIAL DOS DIREITOS HUMANOSPR
250,83
09/12/2008
2008OB903131
SECRETARIA ESPECIAL DOS DIREITOS HUMANOSPR
250,83
12/03/2009
2009OB800261
MINISTERIO DA EDUCACAO
250,84
02/06/2009
2009OB801967
MINISTERIO DA SAUDE
54,97
30/09/2009
2009OB803662
MINISTERIO DA SAUDE
655,5
22/10/2010
2010OB800408
MINISTERIO DA CULTURA
655,5
11/05/2010
2010OB801405
MINISTERIO DA SAUDE
879,7
05/04/2010
2010OB800881
SECRETARIA ESPECIAL DOS DIREITOS HUMANOSPR
879,7
22/06/2010
2010OB801792
SECRETARIA ESPECIAL DOS DIREITOS HUMANOSPR
431,3
24/06/2010
2010OB801824
SECRETARIA ESPECIAL DOS DIREITOS HUMANOSPR
879,7
07/12/2010
2010OB803860
SECRETARIA ESPECIAL DOS DIREITOS HUMANOSPR
431,3
22/02/2008
TOTAL
54,98
10.506,91
Fonte: Portal da Transparência
O quadro acima revela que o Sr. Toni Reis goza de privilégios junto a um conjunto de Ministérios e que desde o ano de 2004 ele tem sido contratado na condição de “colaborador eventual” pelo Governo Federal e tem suas viagens pelo Brasil custeadas com dinheiro público. O quadro a seguir revela o caráter contínuo dos benefícios que o Sr. Toni Reis aufere junto aos órgãos federais e evidencia que esses privilégios continuam a serem concedidos ao militante LGBT.
Quadro 12- Diárias e passagens para Toni Reis no período 2011-2013
Data 30/05/2011 22/07/2011 28/07/2011 10/11/2011
Documento
Órgão financiador
Valor (R$)
2011OB803890
SECRETARIA DE ADMINISTRACAO-PR
228,95
2011OB805434
SECRETARIA DE ADMINISTRACAO-PR
228,95
2011OB805521
SECRETARIA DE ADMINISTRACAO-PR
228,95
2011OB808777
SECRETARIA DE ADMINISTRACAO-PR
496,85
09/02/2011
2011OB800248
24/03/2011
2011OB800717
15/06/2011
2011OB801498
19/09/2011
2011OB802434
08/11/2011
2011OB803103
18/11/2011
2011OB803309
07/12/2011
2011OB803760
13/12/2011
2011OB803971
27/04/2011
2011OB800193
MINISTERIO DA EDUCACAO
431,3
18/10/2011
2011OB800993
MINISTERIO DA EDUCACAO
655,5
02/08/2012
2012OB802208
MDS
431,3
2012OB800684
SECRETARIA DE ADMINISTRACAO-PR
228,95
2012OB801969
SECRETARIA DE ADMINISTRACAO-PR
207,1
2012OB803587
SECRETARIA DE ADMINISTRACAO-PR
207,1
2012OB803612
SECRETARIA DE ADMINISTRACAO-PR
431,3
2012OB804549
SECRETARIA DE ADMINISTRACAO-PR
431,3
2012OB808634
SECRETARIA DE ADMINISTRACAO-PR
207,1
2012OB808640
SECRETARIA DE ADMINISTRACAO-PR
201,2
2012OB810457
SECRETARIA DE ADMINISTRACAO-PR
431,3
27/01/2012 12/03/2012 30/04/2012 02/05/2012 28/05/2012 20/09/2012 20/09/2012 07/11/2012 23/02/2012
SECRETARIA ESPECIAL DOS DIREITOS HUMANOSPR SECRETARIA ESPECIAL DOS DIREITOS HUMANOSPR SECRETARIA ESPECIAL DOS DIREITOS HUMANOSPR SECRETARIA ESPECIAL DOS DIREITOS HUMANOSPR SECRETARIA ESPECIAL DOS DIREITOS HUMANOSPR SECRETARIA ESPECIAL DOS DIREITOS HUMANOSPR SECRETARIA ESPECIAL DOS DIREITOS HUMANOSPR SECRETARIA ESPECIAL DOS DIREITOS HUMANOSPR
431,3 655,5 1.159,70 576,65 879,7 655,5 655,5 897,75
2012OB800623
SECRETARIA ESPECIAL DOS DIREITOS HUMANOSPR
1.100,55
30/03/2012
2012OB801264
SECRETARIA ESPECIAL DOS DIREITOS HUMANOSPR
431,3
03/04/2012
2012OB801303
SECRETARIA ESPECIAL DOS DIREITOS HUMANOSPR
897,75
09/05/2012
2012OB801771
SECRETARIA ESPECIAL DOS DIREITOS HUMANOSPR
576,65
12/07/2012
2012OB802546
SECRETARIA ESPECIAL DOS DIREITOS HUMANOSPR
576,65
15/02/2013
2013OB800276
SECRETARIA ESPECIAL DOS DIREITOS HUMANOSPR
705,05
2013OB800739
MINISTERIO DA EDUCACAO
655,5
2013OB800739
MINISTERIO DA EDUCACAO
655,5
2013OB800820
MINISTERIO DA EDUCACAO
224,2
2013OB801727
MINISTERIO DA EDUCACAO
21/02/2013 21/02/2013 26/02/2013 04/04/2013
TOTAL Fonte: Portal da Transparência
655,5 17.437,40
Carlos Magno Carlos Magno Fonseca é outro indivíduo que dispõe de privilégios junto ao Governo Federal. De acordo com nota publicada no dia 30/01/2013, a ABGLT elegeu Fonseca para ocupar a presidência da Associação no período 2013-2016. Segundo essa Nota, Magno esteve filiado ao Partido dos Trabalhadores desde 1988; deixou o PT e filiou-se ao Partido Socialista dos Trabalhadores Unificados (PSTU) em 1996. Em 2002, fundou o Centro de Luta pela Livre Orientação Sexual de Minas Gerais (CELLOS-MG). No período de 2009 a 2011, coordenou o Centro de Referência pelos Direitos Humanos e Cidadania LGBT da Prefeitura de Belo Horizonte (MG). Além disso, dentro da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT), Magno exerceu os cargos de secretário da Regional Sudeste (2007 a 2010); e secretário de Comunicação (2009 a 2013). Em 26 de janeiro de 2013, foi eleito e empossado presidente da ABGLT para o mandato que termina em janeiro de 2016.
É importante destacar que em 27/06/2005, Magno firmou o convênio MINC/FNCN 221/2005, com o Ministério da Cultura, em nome do Cellos-MG, no valor de R$ 12.500,00. O extrato desse convênio fora publicado na pag. 7, Seção 3, do Diário Oficial da União (DOU), de 29/06/2005.
Em 31/12/2007, por meio do Convênio Nº 00114/2007, outra vez com o Ministério da Cultura, O Cellos recebeu R$ 31.880,00. O extrato desse convênio encontra-se publicado na pag. 7, Seção 3, do Diário Oficial da União (DOU), de 03/03/2008. Após algum tempo firmando convênios e obtendo dinheiro público do Fundo Nacional de Cultura, Magno foi nomeado para compor um grupo estratégico que orienta a gestão dos recursos disponíveis nesse fundo. Por meio da Portaria nº 100 de 17 de setembro de 2010, o Ministro da Cultura nomeou Magno para compor um dos Comitês Técnicos de Incentivo à Cultura da Comissão do Fundo Nacional de Cultura (FNC) para o biênio 2010/2011, representando a “sociedade civil”, no segmento LBGT. Essa portaria fora publicada na pag. 6, Seção 2, do Diário Oficial da União (DOU), de 20/09/2010. Atualmente, Carlos Magno preside a ABGLT e integra o CNCD/LGBT da SDH-PR.
Gustavo Carvallho Bernardes Gustavo Carvallho Bernardes, ex-dirigente do Grupo Somos, por exemplo, encontra-se exercendo o cargo de Coordenador-Geral na Secretaria Nacional de Direitos Humanos da Presidência da República, apesar de sua ex-ONG figurar no cadastro de entidades sem fins lucrativos impedidas (CEPIM). Gustavo Carvalho Bernardes exerce tanto o cargo de Coordenador-Geral quanto de Presidente do CNCLGBT, ambos da SNDH-PR. Quadro 13 – Grupo Somos Comunicação, Saúde e Sexualidade Ano
2005
2006
2007 2008 2009
Detalhamento dos convênios Número Siafi
Órgão concedente
Não localizado Não localizado 570956 555570 576272 575688 595794 555570 601024 575688 -
Min. da Cultura Min. da Educação Min. da Cultura Min. da Cultura SDH-PR Min. da Educação Min. da Cultura Min. da Cultura SDH-PR Min. da Educação -
28.251,99 40.000,00 30.000,00 52.500,00 254.279,83 23.750,00 40.360,00 125.000,00 90.910,56 47.500,00 0,00
Min. da Educação
240.000,00
702114 555570 726317 709896
Min. da Cultura Min. da Cultura 2010 Min. da Justiça Total Fonte: Portal da Transparência
Valor transferido
37.000,00 210.000,00 187.400,00 1.406.952,38
Chama a atenção o fato de que, apesar de haver recebido aproximadamente R$ 1.500.000,00 (um milhão e quinhentos mil reais) em 6 anos, por meio de repasses regulares e crescentes, o Grupo Somos tenha publicado em diversos sites da Internet em janeiro de 2012 que estaria fechando as portas por “falta de recursos”.
Também chama a atenção o fato de que Gustavo Bernardes esteja recebendo auxílio moradia para residir no Distrito Federal, embora passe a maior parte do tempo viajando, principalmente para o Rio Grande do Sul, estado em que fica sua ONG. Desse modo, ele tem a renda aumentada pelo pagamento contínuo de diárias e auxílio moradia. Ressalte-se que essas diárias e passagens são custeadas pela SDH-PR, ao passo que o auxílio moradia é pago pelo Ministério da Justiça, conforme dados disponíveis no Portal da Transparência.
Sander Simaglio Sander Simaglio, do Partido Verde, teve mais sorte que Léo Mendes e foi eleito vereador pela cidade mineira Alfenas, com 629 votos nas eleições municipais de 2008. Oriundo do Movimento Gay de Alfenas, em entrevista publicada pela revista eletrônica A Capa em 07/10/2008, Simaglio revela a relação entre sua ONG e sua eleição. Ao ser perguntado acerca do apoio do movimento de Alfenas no sucesso da sua campanha eleitoral, Simaglio declarou: O movimento homossexual organizado em Alfenas, no qual fundei a ONG MGA (Movimento Gay de Alfenas e Região Sul de Minas) me ajudou no que pôde. O atual presidente da instituição e dois de seus assessores doaram o sangue para a campanha. Estiveram ao meu lado os 90 dias de campanha eleitoral. Fonte:http://www.mga.org.br/?act=lernoticia&idnoticia=2143, consultada em 07/07/2013.
Chama a atenção o fato de que no período de 2005 a 2008, o MGA tenha firmado diversos convênios como Governo Federal, conforme tabela abaixo.
Quadro 14 – Transferência de recursos para o MGA Ano
2005 2006 2006
Número Convênio (SIAFI) Indisponível 571066 577736
2007 2008 2008
582561 634767 626266
Órgão concedente
Indisponível Ministério da Cultura Secretaria Especial dos Direitos Humanos Ministério da Cultura Ministério da Cultura Secretaria Especial dos Direitos Humanos
Objeto
Indisponível Apoio ao projeto "II Troféu MGA de Cidadania". Centro de Referência em Direitos Humanos Prevençãoe Combate à Homofobia" Apoio ao projeto: "REVISTA DIVERSIDADE" Apoio ao projeto "REVISTA DIVERSIDADE" "Centro Sul Mineiro de Referência Homossexual" TOTAL
de
Valor transferido (R$) 10.000,00 10.000,00 70.000,00 29.840,00 100.000,00 61.850,96 281.690,96
Fonte: Portal da Transparência (www.portaldatransparencia.gov.br)
No que se refere ao convênio nº 577736, cujo objeto é Centro de Referência em Direitos Humanos de Prevenção e Combate à Homofobia", Sander Simaglio aparece como signatário do referido termo de convênio, conforme publicado na pg. 5. Seção 3, do Diário Oficial da União (DOU) de 26/12/2006. Ressalte-se que, referente ao pleito eleitoral de 2008, Sander Simaglio e o MGA responderam na justiça por propaganda eleitoral extemporânea, denunciada pelo Ministério Público Eleitoral.
Em sua defesa, o MGA criticou a ação do Ministério Público nos seguintes termos: É lamentável o fato do Ministério Público ao invés de ir a Parada contribuir para a redução de preconceito, utilize-se de expedientes como estes para reforçar a sociedade que nega aos Homossexuais o direito mínimo de participar da vida civil do país. Acabamos de sair de uma conferência nacional LGBT, chamada, apoiada e financiada pelo Presidente da República onde exigimos nossos direitos como cidadãos. (grifamos) Fonte:http://www.mga.org.br/?act=lernoticia&idnoticia=2143, consultada em 07/07/2013.
Dirigentes das afiliadas à ABGLT conseguem, ainda, firmar contratos com o Governo Federal, sem licitação, continuamente. Desse modo, garantem uma remuneração mensal para que possam custear suas despesas pessoais sem que necessitem abandonar o exercício da atividade lobista que exercem em benefício de suas respectivas ONGs. É o caso, por exemplo, do companheiro do Toni Reis, David Harrad, junto ao Ministério da Saúde, bem como do próprio Toni Reis e Léo Mendes, entre outros membros da ABGLT. Em suma, constata-se que o BSH serve como escoadouro de dinheiro público que beneficia um conjunto de ONGs e seus respectivos dirigentes. Ao contrário do que se possa imaginar, de acordo com a entidade que forneceu os dados acerca da homofobia no Brasil para que se elaborasse o programa em tela, o aumento da violência contra homossexuais no país cresce na mesma medida em que se aumenta o volume de recursos públicos destinados a financiá-lo. Resta comprovado, portanto, que quanto mais dinheiro o Estado destina às entidades que supostamente combatem a homofobia, maior é o número de casos de agressões sofridas por homossexuais.
O quadro abaixo demonstra a
proporcionalidade em recursos públicos para o BSH e a violência contra homossexuais no Brasil, segundo dados do Grupo Gay da Bahia (GGB), ONG afiliada à ABGLT. Quadro 15 – Violência contra gays e dinheiro público para o BSH Ano
Volume de recursos
Número de homicídios
2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010
383.411,61 2.172.620,54 4.806.863,60 3.991.838,79 5.059.158,03 3.688.667,88 3.493.893,05
168 81 86 122 190 198 260
Fonte: Portal da Transparência e de entrevista do Dr. Luiz Mott.
Esses números, é claro, são insignificantes se comparados com o quadro maior da violência no Brasil contra a população geral. E também deixa o questionamento no ar: se o número de homossexuais agredidos fosse comparável ao quadro da população geral, o montante de dinheiro investido em suas causas seria vastamente maior? Independente do resultado ínfimo dos dados sobre agressão aos homossexuais, fica claro que a violência e a impunidade são epidêmicas no Brasil. O que não está tão claro é como uma estatística pequena de violência entre homossexuais sobressai tanto a ponto de obter atenção especial e recursos públicos num contexto onde a população total do Brasil sofre violência em grande escala cotidianamente.
Considerações finais Os fatos descritos acima são apenas uma pequena amostra das irregularidades contidas na relação entre o Estado e entidades afiliadas à ABGLT. Uma investigação do Ministério Público e uma auditoria do Tribunal de Contas que envolvam TODOS os convênios firmados entre a União e essas entidades, bem como os contratos firmados entre o Governo Federal e os representantes de ONGs afiliadas à ABGLT evidenciarão o enorme prejuízo que essa relação representa aos cofres públicos e ao Estado Democrático de Direito. Embora consistam em apenas uma amostra do mecanismo ardiloso por meio do qual entidades afiliadas à Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Travestis e Transexuais (ABGLT) se apropriam de recursos públicos e remuneram seus dirigentes, os dados expostos nessa
denúncia são mais do que suficientes para retirar o verniz sob o qual o Estado e a ABGLT camuflam o financiamento do Programa Brasil Sem Homofobia sob a capa de uma política pública voltada para o combate ao preconceito e a discriminação contra a população (LGBT). Ao invés disso, resta comprovado, desde já, que se trata de um grande esquema por meio do qual entidades afiliadas à ABGLT e seus dirigentes encontraram um meio eficaz e legitimado pela Sociedade para se apropriarem de dinheiro público na última década. Nesse contexto, urge que os órgãos de controle adotem medidas necessárias à responsabilização de todos os envolvidos na operação desse mecanismo fraudulento de ludibrio da sociedade brasileira e de malversação de recursos públicos. Divulgação: www.juliosevero.com