A Pátria para Cristo - Ed. 283

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SUMÁRIO

EDITORIAL Esperança! Aquele sentimento de que é possível a realização daquilo que se deseja. A segunda das três virtudes do cristão, ao lado da fé e do amor. Depois de quase dois anos de pandemia, a esperança é um sentimento que precisa ser reforçado. Por isso, pela terceira vez, a Campanha Nacional de Mobilização retoma o tema: Jesus Cristo é a única esperança. Usamos esse tema em 1965, em 1999, e temos a certeza de que será abençoador, mais uma vez. Nossa esperança, nossa fé e nosso amor estão renovados, pois Deus tem nos abençoado não apenas com a continuidade de projetos, mas também com o início de novos, como o Sons da Missão, que nasceu de um desejo ardente pela transformação de vidas, realidades e perspectivas, utilizando a música como ferramenta. Por meio dele, alunos das Cristolândias terão nas aulas de violino, violoncelo e canto coral, mais uma oportunidade de reintegração na sociedade, depois de terem perdido sua dignidade e esperança. Nossa esperança está fortalecida, porque temos visto que sonhos se realizam. O nosso Sonho chamado Brasil, bem simbolizado pela Carreta do Sertão, já é realidade. Recebemos o reboque, totalmente equipado com os consultórios médico-odontológicos e já temos um trajeto de uso dele até chegar ao Sertão, onde abençoará muitas comunidades que vivem sem a esperança de cuidado e atendimento. Mais do que as ações de compaixão e graça, levaremos Aquele que pode dar esperança: nosso amado Jesus! Esperança é o sentimento que leva promotores a servirem ao Senhor, mobilizando suas igrejas em alvos cada vez mais ousados. Contudo, para além dos alvos, a maior esperança é a de que a igreja continuará com sua visão missionária viva e crescente. Esperança! Nós a temos, pela graça! Esperança! Sentimento de pastores, promotores, voluntários. Sentimento dos filhos de Deus, de Sua Igreja. Boa leitura!

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PALAVRA DO DIRETOR

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SONS DA MISSÃO

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CARRETA DO SERTÃO

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REFORMA NA CASA VIVER NO RJ

EAD DO SEMINÁRIO DO SUL

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MATÉRIA DE CAPA

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VIDA E OBRA

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MULTIPLICANDO PELO BRASIL

CHAMADOS PARA FICAR!

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Pr. Milton Monte Gerente Executivo de Comunicação e Mobilização

CLUBINHO MISSIONÁRIO

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A Pátria para Cristo | ISSN 2316-6843 Nossa Missão: “Multiplicar discípulos” | Nossa Visão: “Alcançar todos com o Evangelho”

Uma publicação da Junta de Missões Nacionais da Convenção Batista Brasileira. Ano LXXV | nº 283 | Tiragem: Digital | Agosto de 2021 | Direção Executiva: Pr. Fernando Brandão | Gerência Executiva de Comunicação e Mobilização: Pr. Milton Monte | Jornalista Responsável: Thatiana Cordeiro | Redação: Desirée Aguiar, Thatiana Cordeiro e Wagner A. V. B. Junior | Revisão: Maria Stela Lopes Bomfim | Arte: Oliverartelucas


PALAVRA DO DIRETOR

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114 anos avançando para glória de Deus!

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maravilhoso ler sobre a história de Missões Nacionais e conhecer a visão de amor, compaixão e graça que movia o coração de todos que se dedicaram à obra de evangelização da nossa Pátria. Em 2021, seguimos com o propósito de servir a Deus com alegria, proclamando que Jesus Cristo é a única esperança, pois o sonho de alcançar milhões de pessoas com a proclamação das Boas Novas ainda pulsa dentro do nosso coração, assim como foi há 114 anos. Temos inúmeros desafios, em nosso país, que se tornam oportunidades para demonstrarmos o amor de Deus e levarmos esperança aos que estão vivendo sem ela. Logo nos primeiros dias do ano, em consequência da pandemia e das cheias, o estado do Amazonas se tornou alvo de nossas orações e intenso trabalho. Conseguimos, com a graça de Deus, por meio das orações e ofertas dos batistas brasileiros, alcançar milhares de famílias com cestas de alimentos e cuidados básicos. Louvamos e agradecemos a Deus pela vida dos missionários e voluntários que se dedicaram arduamente para que o alimento não faltasse na mesa daqueles que sofriam com tamanha tragédia. O Brasil hoje abriga mais de 210 milhões de pessoas distribuídas nas grandes, médias e

ESPAÇ,O DO LEITOR

pequenas cidades, tribos, comunidades ribeirinhas e sertanejas, entre outros lugares. Como alcançaremos todas essas pessoas com o evangelho de Cristo? Em resposta a essa pergunta, nasceu a Rede 3.16, a nossa “Missionária” que trabalha 24 horas por dia. A rádio dos Batistas Brasileiros, uma plataforma totalmente on-line comprometida com o objetivo de anunciar o evangelho para todos. Nos primeiros 30 dias de funcionamento, atingimos a marca de 282.578 acessos e mais de 55.700 horas ouvidas; louvamos a Deus por essa preciosa oportunidade. Temos muitas outras bênçãos para contar nas próximas páginas. Agradeço a Deus todos os dias pelos irmãos, irmãs, igrejas, pastores e líderes que oram, apoiam e ofertam, sustentando essa grande obra. Rogo a todos que se envolvam com missões, para avançarmos muito mais na proclamação do evangelho em nosso Brasil.

Pr. Fernando Brandão Diretor Executivo de Missões Nacionais

Envie sua mensagem para jornalismo@missoesnacionais.org.br. Seu comentário poderá ser publicado na próxima edição!

“Que Jesus Cristo, a nossa única esperança, possa abençoar de maneira poderosa esses missionários que deixaram tudo para esta tão grande missão.”

Adeildes Oliveira Montanha, Espírito Santo

“Que Deus continue abençoando os missionários, sustentando, protegendo, dando sempre essa alegria, esse amor pelas vidas. Que prossigam com fé e esperança anunciando o evangelho. Deus seja louvado.”

Caio Breno Araujo Reis São Luís, Maranhão



Sons da Missão

abençoa acolhidos da Cristolândia

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m julho de 2021, uma nova ferramenta missionária se tornou realidade. Em uma tarde de muita alegria e emoção, o projeto Sons da Missão saiu do papel e passou a fazer parte da rotina de 40 acolhidos da Cristolândia do Rio de Janeiro, que agora contam com aulas de música, com foco em orquestra. O Sons da Missão possui a missão de multiplicar discípulos de Jesus por meio da educação musical. O objetivo desse projeto é contribuir para a formação musical, cultural, humana e espiritual dos alunos, visando fortalecer os vínculos e a ressocialização por meio da música. Os alunos foram divididos em três grupos: um grupo tem aulas de canto, com a professora Débora Medeiros; outro grupo tem aulas de violino, com Débora Cádimo e outro, ainda, recebe aulas de violoncelo, com Joyce Leão. Elas são as coordenadoras do projeto e começaram a dar as aulas já no dia do lançamento desse ministério, quando os alunos já saíram conhecendo os primeiros exercícios e sons. Era o começo de um sonho. Na presença do embaixador da Cristolândia, o músico e pastor Fernandinho, os acolhidos da Cristolândia cantaram, com alegria e convicção, a verdade de que são livres em Cristo. Nessa liberdade, eles dão agora mais um passo na vida em abundância que o Senhor Jesus oferece. Rodrigo Souza é um dos alunos do projeto Sons da Missão. Ele começou a usar drogas aos 16 anos de idade e ficou 18 anos preso no mundo dos vícios, mas, pela graça de Deus, sua história tem sido transformada. Rodrigo está na Cris-

tolândia, conhece o Senhor Jesus e agora é também um aluno da turma de violoncelo. “A Cristolândia é um lugar que me trouxe esperança para uma nova vida. Eu saí de um lamaçal de pecado, estou aqui sendo tratado por Jesus Cristo e ganhei essa rica oportunidade de aprender um instrumento tão interessante como o violoncelo. Eu nunca pensei que estudaria um instrumento, até porque o custo é alto, e aqui estou eu, na minha primeira aula de violoncelo, graças a Deus. Estou muito grato”, comenta, afirmando que quer praticar para poder participar da linda orquestra da Cristolândia. Débora Medeiros (33), membro da IB Central em Bonsucesso (RJ), é a idealizadora e uma das coordenadoras do projeto, que Deus colocou em seu coração. A experiência de aprender mais sobre música tem sido incrível para os alunos e para as professoras. “Tenho visto que, para Deus, nada é impossível! Tenho aprendido que uma vida vale mais do que qualquer outra coisa. Os alunos nos inspiram com suas histórias de vida e com as suas palavras de gratidão, seus sorrisos, muita disciplina e atenção. Nos ensinam que nunca é tarde para recomeçar”, comenta Débora. O Sons da Missão é mais do que uma aula de música. É também um momento de troca de experiências, de crescimento espiritual e de recuperação da autoestima. Débora conta que durante uma das aulas sentiu uma batalha espiritual muito forte. O semblante de um dos alunos estava pesado, ele fazia expressões de negação o tempo todo e saiu da aula muito triste, dizendo que não estava entendendo nada.

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motivo de tanta dor e tristeDiante dessa situação, Débora colocou o nome dele za. Ele disse que a esposa fina rede de intercessores ducou muito feliz em vê-lo esturante a semana e, no horário dando violino”, conta a proda aula seguinte, havia um fessora, feliz em fazer parte grupo de pessoas redobranda história desse aluno. Débora Medeiros conheceu as do as orações. Numa deteramigas no seminário e começou Joyce Leão (23) é a profesminada atividade, a profescom elas o Projeto Sons da Missão sora da turma de violoncelo. sora perguntou quem seria Membro da Igreja Batista em o aluno corajoso a ir ao quaPonte Preta, em Queimados (RJ), começou na dro fazer o exercício. “Incrivelmente, ele se levanmúsica por influência de sua mãe, que também tou, pegou a caneta e acertou tudo! Como um é musicista e exerce o ministério na igreja há 25 aluno não entende nada em uma semana e na anos. “Conheci a Débora Medeiros e Débora Cáoutra faz um ditado rítmico, uma atividade com dimo durante o seminário, nos tornamos muito certo grau de dificuldade, na frente da turma próximas, participamos de muitos projetos juninteira? Só Deus explica!”, compartilha Débora. tas durante o curso também, o que fortaleceu No fim da atividade, o aluno pegou forte na mão nossa relação e confirmou que a mesma visão de Débora, pulou de alegria e disse: “Professora, de Reino estava presente nas três”, conta. eu consegui!”. A vontade dela era de chorar de emoção. Animada com a situação, toda a turma Durante as aulas, alunos e professores aprenaplaudiu o amigo. “Eu senti claramente que foi dem. Para Joyce, o desenvolvimento dos alunos um milagre de Deus”, conclui Débora, impactada tem sido surpreendente e a única explicação com o que o Senhor tem feito no Sons da Mis- que ela tem para isso é de que o poder de Deus são, para além de levar os alunos a aprenderem está atuando no projeto. Ela comenta que eles têm muita vontade de aprender e que são muia cantar ou a tocar um instrumento musical. to atentos. “Eles contam os dias para a próxima aula, me cobram mais e mais exercícios e, assim que chegam, já me procuram para tirar dúvidas”, compartilha a professora, que tem visto, na prática, que a música associada ao poder de Deus realmente transforma vidas. Débora Cádimo serve ao Senhor dando aulas de violino no Sons da Missão

“O sentimento que exala em meu coração todos os dias é: Gratidão a Deus. Vale a pena servir e obedecer ao seu mandar. Quando nos colocamos à disposição da obra, vemos milagres de Deus em todo o tempo. Tudo é feito por Ele e para Ele! A nós, basta apenas ouvir e obedecer a sua voz”, finaliza a professora Débora Medeiros. Débora Cádimo (21) é a professora da turma de violino. Membro da PIB em Araruama (RJ), começou sua trajetória na música por meio de um projeto de musicalização infantil na igreja e foi ali que teve o primeiro contato com o instrumento. Hoje, ela serve ao Senhor na obra missionária, ensinando violino para os alunos do projeto Sons da Missão. Segundo a professora, o violino é um instrumento que exige muito e que são muitos os desafios para quem estuda. Por isso, ela faz questão de passar para os alunos que ela acredita nos resultados que podem ser alcançados e isso faz com que eles vibrem com cada conquista e se sintam motivados a vencer cada etapa do aprendizado. Participar do que Deus está fazendo é uma experiência inesquecível. No intervalo de uma das aulas, um aluno procurou Débora para contar sua história de vida. “Foram anos nas drogas e morando nas ruas. Abandonou a família, mas Deus restaurou sua vida por completo! Ele fica feliz por ser orgulho para sua família, depois de ter sido

Uma experiência marcante para Joyce foi a que aconteceu, ainda no início, quando foram apresentar o projeto e um aluno se interessou muito pelo violoncelo e disse que foi amor à primeira vista. “Na primeira aula, sua mão suava por estar muito feliz em ter aquela oportunidade. Foi quando ele tirou uma foto tocando e enviou para a irmã dele, que não é cristã. Ao olhar a foto, ela não acreditou que era ele mesmo por trás do instrumento e disse: ‘Jesus transforma mesmo.’”, comenta Joyce, que, nesse momento, teve a certeza de que o projeto já tem alcançado outras pessoas também. Ver o Sons da Missão acontecendo desperta outros sonhos. A professora de violoncelo já sonha em ver o primeiro recital da orquestra e do coral Cristolândia, não apenas pelos acolhidos, mas por imaginar as famílias assistindo e fazendo parte desse momento. Outro sonho é ver o projeto alcançando outras unidades da Cristolândia, alcançando homens e mulheres que têm tido suas vidas transformadas pelo Senhor Jesus. O Sons da Missão começou na Cristolândia Rio, mas a expectativa é a de que ele impacte vidas por todo o Brasil! A transformação que Deus faz é completa e, agora, a Cristolândia pode contar com mais uma bênção para auxiliar e motivar a caminhada dos acolhidos. Ore por esse projeto, pelos alunos e professores.

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Joyce Leão compartilha seus conhecimentos com os acolhidos da Cristolândia


Carreta do Sertão: a concretização de um sonho!

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Carreta do Sertão é mais um sonho missionário que se torna realidade. Assim como acontece na Amazônia, ações de compaixão e graça também chegarão ao Sertão do país. Neste caso, o trabalho será por meio de uma carreta, devidamente equipada. O projeto Novo Sorriso do Sertão será mais uma oportunidade de multiplicar discípulos de Jesus, enquanto os sertanejos recebem um novo sorriso. Segundo o Pr. Samuel Moutta, atual gerente da área missionária responsável pela Carreta, em princípio, ela vai atender o sertão nordestino da Bahia, Sergipe, Alagoas, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Ceará, Piauí e Maranhão. No futuro, poderá alcançar também outros estados do Centro Oeste, Sudeste e Sul. “A carreta chegará carregada de esperança e sentido da vida, aliviando as dores físicas e proporcionando vida eterna em Cristo Jesus”, compartilha o pastor. A carreta missionária vai apoiar diretamente a plan-

tação de igrejas, com caravanas missionárias e voluntários de todo o Brasil, levando ânimo, apoio e treinamento para os missionários radicais nos campos. Levará também transformação social por meio de médicos, dentistas, enfermeiros e outros profissionais, além de desenvolver atividades evangelísticas como visitas aos lares, estudos bíblicos, cultos nas praças, Escola Bíblica de Férias e discipulado. Esse sonho nasceu no coração do casal Misael e Silvana Martines, coordenadores da Mobilização Voluntária de Missões Nacionais. Atuantes na obra, eles já levaram ao sertão diversas caravanas missionárias de São Paulo, com atendimentos médicos e odontológicos, e foi assim que perceberam os desafios despertados pela falta de estrutura, já que precisavam improvisar com consultórios móveis. “Todos os profissionais sempre deram o melhor e tudo era feito com muito amor e dedicação! Assim, nasceu em nosso coração o sonho de ter um ônibus com consultórios para melhor atender

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esse povo sertanejo tão querido, que mora em comunidades isoladas e carentes”, comenta Silvana. Misael é médico e se alegra com a ideia de uma carreta que vai levar consultórios médicos e odontológicos, e oferecer melhores condições de atendimento aos sertanejos. Sua expectativa é de muito trabalho, mas também de uma grande colheita de vidas. Assim, o foco não é a carreta, mas no que Deus pode fazer por meio dela na vida de tantas pessoas. Ela vai atender todo o Sertão Nordestino, levando ações de compaixão e graça, e evangelismo. Será um canal para abençoar não apenas os moradores sertanejos, mas também a vida dos missionários radicais por todo o Sertão, abrindo portas para a expansão do evangelho e fortalecendo o trabalho que já está sendo realizado nos diversos estados do Sertão. O desejo de Misael é de, por meio de atos de compaixão e graça, apresentar Jesus aos sertanejos. “Sinto satisfação e alegria com a possibilidade de ver muitas pessoas sendo alcançadas com a salvação de Jesus Cristo!”, comenta. Silvana concorda, e afirma que a expectativa dos dois é de ver muita gente salva, Jesus entrando nas casas e nas vidas das pessoas, libertando, restaurando e salvando o povo sertanejo. Ao olhar para esse sonho, o casal Misael e Silvana só consegue agradecer. “Nosso coração se enche de gratidão e louvor a Deus, que faz muito mais abundantemente além do que pedimos ou pensamos!”, comentam. O Pr. Samuel compartilha do mesmo sentimento: “Sinto gratidão a Deus, alegria em servir, expectativa pelas grandes coisas que estão por vir! Não tenho a menor dúvida de que o Senhor usará o Seu povo de modo especial”, comenta. A ideia nasceu de um jeito, mas Deus foi aperfeiçoando e moldando à sua vontade. “Começamos pensando em um ônibus, mas hoje enxergamos que não temos a capacidade nem de sonhar, pois realmente os planos de Deus são maiores que os nossos mesmo!”, conta Silvana, animada com os próximos passos desse projeto. A Carreta do Sertão é motivo de muita alegria e as expectativas estão altas. O Pr. Samuel já está animado com os resultados, que ele mesmo chamou de eternos. “Essa carreta pertence ao Senhor Jesus e Ele a deu ao seu povo para abençoar a nossa gente brasileira. Vidas serão transformadas, famílias inteiras, comunidades e cidades abençoadas com a expressão de amor da igreja do Senhor Jesus”, comenta o pastor. Ore por esse projeto, contribua e participe em alguma viagem! Você é nosso convidado! Vamos, juntos, no poder do Espírito Santo, ganhar cada brasileiro para Cristo! A PÁTRIA PARA CRISTO 7


Casa Viver

no Rio de Janeiro reforma casa de criança do projeto

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Casa Viver no Rio de Janeiro está localizada na comunidade de Costa Barros, local carente da cidade. O trabalho missionário desenvolvido nessa casa é de prevenção à dependência química, e atua, especialmente, com crianças e adolescentes da comunidade, cuidando, amando, ensinando e, desse modo, vivendo e pregando o Reino de Deus. Uma das crianças que participam do projeto é a pequena Nayara Vitória, que tem sido acompanhada pelos missionários. Ela perdeu a mãe quando ainda era um bebê e foi criada pela avó, dona Zenaide Pereira. Durante uma visita à casa de Nayara, que vive com a avó, a equipe do Viver percebeu a necessidade de uma reforma, de uma revitalização, para que as duas pudessem viver em um ambiente

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mais saudável. No local havia muito mofo, umidade e poeira, e muitas lembranças do falecido marido de dona Zenaide, contexto que tornava o dia a dia das duas mais difícil. Dona Zenaide não entrava no quarto dela fazia cinco anos. Desde que o marido morreu, ela nunca mais entrou lá. Dormia no sofá da sala com Nayara. Depois da reforma, dona Zenaide venceu o luto e, hoje, as duas dormem na cama. Terminadas as mudanças, limpeza e arrumações na casa, os missionários fizeram um momento de gratidão a Deus e dona Zenaide entregou a vida a Jesus, com as mãos elevadas ao alto. No dia seguinte, quando Nayara foi ao projeto, estava toda arrumada, bem-vestida, cabelo penteado, alegre. Ela disse que de tudo, o que mais gostara foi do chuveiro, porque agora tinha água quente para tomar banho. O trabalho de reformas nas casas das crianças é uma estratégia dada por Deus, que permite demonstrar o Seu amor e o Seu cuidado para com aquela comunidade. Uma casa está mais bonita e mais saudável, uma família está mais feliz e nos caminhos do Senhor Jesus. Deus seja louvado!

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O Bacharel em Teologia EAD

é uma realidade no Seminário do Sul!

pretende desenvolver um projeto social com a Raquel Monteiro concilia os comunidade. horários de estudos com Lucas Pereira, de 21 anos, que vive em Niterói o turno escolar dos filhos (RJ), também é aluno EAD. Para ele, a nova modalidade foi a oportunidade de que precisava: “Atualmente eu curso Medicina na Universidade Federal Fluminense, estou no 3º período. Como minha faculdade é integral, a única possibilidade seria fazer teologia presencial noturno ou EAD”. O estudante está atualmente no segundo semestre no Bacharel em Teologia: “Estou gostando muito do curso. As apostilas são excelenFaculdade Batista do Rio de Janeiro | tes, feitas com muita qualidade e carinho. Todo Seminário Teológico Batista do Sul do o corpo de tutores ama estar ali e a empolgação Brasil iniciou o ano de 2021 com uma deles passa pelas telas e pelos textos, alcançannovidade: o curso de Bacharel em Teologia do nossos corações”, compartilha. Lucas deseja, passou a ser oferecido na nova modalidade no futuro, conciliar a formação médica e teológide Educação a Distância (EAD). A novidade ca, e poder atuar como pastor um dia. foi implementada após ser aprovada pelo Ministério da Educação. Na ocasião, o Repre- Outro estudante é Rodrigo de Sena, de 42 anos. sentante Institucional do Seminário do Sul e Residente em Petrópolis, região serrana do esCoordenador do Núcleo de Ensino a Distân- tado do Rio de Janeiro, ele conta que o curso possibilitou algo desejacia, Dr. João Boechat, do há muito tempo: “A expressou a emoção modalidade EAD possibicom a conquista. litou a iniciação do sonho “É um momento de de realizar um curso de grande alegria pela teologia, pois, por conautorização do EAD ta da distância entre Pee de expectativa trópolis e Rio de Janeiro, para o lançamento não seria viável fazer esse do Mestrado. Ambos Lucas Pereira tem dividido seu tempo trajeto frequentemente”. possibilitarão melhor entre a Medicina e a Teologia Atualmente no primeiro capacitação dos voperíodo, Rodrigo destaca cacionados e mais ainda que a flexibilidade e atenção às necessidades dos que buscam trabalhar para o adequação aos seus compromissos foram fundacumprimento do chamado divino”, comenta. mentais na escolha do novo modelo. Após sua formação, deseja atuar como pastor em uma igreja. O curso de Bacharel em Teologia EAD já conta com diversos alunos matriculados, como a aluna O curso completo tem duração de sete semesRaquel Monteiro. Aos 37 anos, a estudante está tres e confere ao estudante o título de Bacharel em seu primeiro semestre de estudos, mas tem em Teologia. O Bacharel em Teologia EAD está grande expectativas e só elogios a nova moda- conceituado com nota 4 junto ao MEC e é neceslidade. Raquel compartilha sobre os benefícios sário apresentar um Trabalho de Conclusão de de estudar a distância: “A maior vantagem é que Curso para obter o diploma. A única exigência é faço o meu horário de estudo, enquanto meus possuir o ensino médio. filhos estão na escola. Tenho 3 filhos e, agora, Faça como eles! Estude no Seminário do Sul! não preciso levar os meus filhos para ficarem na Saiba mais: www.seminariodosul.com.br. casa da minha mãe, para eu sair para estudar”, conta. Ela comenta ainda sobre a satisfação em Rodrigo de Sena estudar no Seminário do Sul: “O diferencial, pasuperou a barreira ra mim, são os professores. Me senti acolhida da distância e iniciou os estudos sempre que precisei e, ao falar com qualquer no Seminário do Sul um, sempre fui muito bem atendida. Sem contar que as matérias e o material de estudo são maravilhosos e muito bem elaborados”. Raquel ao final do curso deseja atuar como missionária, no complexo da Maré (RJ), local onde congrega, na Segunda Igreja Batista de Bonsucesso. Ela

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CAPA

“E em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos.” Atos 4.12

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Campanha Jesus Cristo é a única esperança 2021 está chegando! Depois de um tempo de incertezas, medos e insegurança, pelo qual o Brasil ainda passa, é preciso trazer à memória aquilo que pode dar esperança: Jesus Cristo, o único, perfeito e suficiente Senhor e Salvador. Foi pensando no contexto atual e na importância de viver confiando no Deus todo poderoso que a temática da esperança foi resgatada. Inspirada em duas campanhas anteriores, 1965 (Cristo, a única esperança) e 1999 (Jesus Cristo é a única esperança), a campanha de 2021 é uma releitura de campanhas históricas. Ela vem para nos lembrar sobre a verdadeira esperança para os nossos dias e para toda a eternidade: Jesus Cristo. A arte da atual campanha manteve a ideia de que a vida é como um barco no agitado mar, que balança em meio as tempestades, mas que se mantém firme, porque é sustentado pela cruz do Filho de Deus. É urgente a necessidade de levar essa mensagem de vida adiante e, por isso, mais uma vez, o foco é a verdadeira esperança, que só existe em Cristo Jesus. O irmão Sergio Paulo Pereira da Silva, atualmente membro da IB Itacuruçá (RJ), foi uma das milhares de pessoas que participaram da Campanha Nacional de Evangelização, em 1965. Nessa época, ele frequentava com a família a PIB de Copacabana (RJ) e, alguns anos depois, em 1968, ele foi batizado na PIB do Leblon (RJ). Passou a colaborar, acompanhando o pai, que era diácono e um dos organizadores dessa igreja, cujo nome foi mudado para Igreja Batista do Jardim Botânico. A campanha de 65 foi um grande marco para os Batistas Brasileiros. Sergio se lembra da forte mobilização, em nível nacional, que envolveu as igrejas batistas, e conta que a paixão evangelística era notável. “O slogan da campanha ‘Cristo, a


única esperança’ foi marcante. Havia a promoção das chamadas ‘Conferências Evangelísticas’, que duravam uma semana; cultos ao ar livre, geralmente, em praças públicas, que davam resultados naquele período. A música coral também era forte na estratégia de atrair os convidados não cristãos”, comenta Sergio, que tinha apenas 11 anos, naquele momento. A participação desse irmão na campanha foi extremamente motivada pelo engajamento de sua família e da igreja local com a obra missionária. Na época, ele era integrante da organização Embaixadores do Rei e, ali, estava envolvido nos esforços para a campanha. “Até pouco tempo eu guardei algumas lembranças desse ano, como chaveiro e flâmula, que fizeram parte da campanha. Eu aprendi o hino oficial e ainda hoje canto algumas estrofes de cor!”, compartilha. O ano de 1965 está na história dos batistas e daqueles que vivenciaram o grande movimento da Campanha Nacional de Evangelização. O irmão Sergio conta que foi um esforço que resultou em muitas conversões e no surgimento de inúmeras igrejas batistas em todo o território nacional. O casal Pr. Aridio e Creuza Barreto também participou da campanha de 1965, na Primeira Igreja Batista de São Gonçalo, de onde eram membros. Esses irmãos, que lideravam as classes da Escola Bíblica Dominical da época, fizeram de tudo para atingir o alvo missionário. “Eram almoços, coxinhas, bolo... Tudo para Missões! Não me lembro de quanto foi o alvo, mas sei que ultrapassamos e muito”, lembra a irmã Creuza. Ao pensar nas campanhas missionárias, essa irmã lembra que sempre houve muita vibração e entusiasmo de toda a igreja. “Como professores da EBD, nos envolvemos com tudo na campanha. Tinha uma senhora muito pobre, que foi para o seu quintal, embaixo de um pé de carambola, e pediu a Deus que lhe mandasse mais roupas para lavar, para

que ela pudesse dar uma boa oferta. Aí uma carambola caiu na cabeça dela. Na mesma hora o Espírito Santo lhe disse para fazer doce de carambola e vender para dar sua oferta. Assim ela fez e, quando as carambolas acabaram, ela fez doce de banana. Ela teve uma vida bem melhor, fabricando e vendendo doces, em vez de lavar roupa para fora”, conta. Tanto em 1965 quanto em 2021 este casal continua vibrando com toda campanha missionária. A expectativa para este ano é a de que o alvo missionário possa ser ultrapassado em sua igreja, a PIB do Itaim Paulista (SP). “Jesus Cristo sempre foi e sempre será nossa única esperança!”, conclui a irmã Creuza. Maria Stela Lopes Bomfim também tem boas recordações da Campanha Nacional de Evangelização, em 1965. Filha do Pr. Antônio Lopes e de Olinda Silveira Lopes, que, durante muitos anos, atuou como líder da União Feminina Missionária Batista Brasileira, Stela nasceu e cresceu em um lar que, além de cristão, sempre foi um lugar de serviço ao Reino de Deus. Em 1965, Stela era membro da Segunda Igreja Batista de Inhaúma (RJ), onde o pai pastoreava, e participou, segundo ela, de forma vibrante da Campanha Nacional de Evangelização. “Distribuí folhetos e convites para o Maracanã; fui a todos os eventos de evangelização no estádio e em algumas igrejas; participei como Mensageira do Rei, na ala representada por essa organização, da passeata na avenida central de Niterói (RJ)”, conta. Esse foi um tempo especial para Stela. “Sem dúvida, foi uma campanha que marcou a minha vida. Há imagens e sentimentos que jamais se apagaram da minha mente; meu coração ainda pulsa quando elas vêm à minha lembrança. Foi

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uma passagem, na minha vida, que, certamente, influenciou minha ida ao campo missionário”, explica, revelando o impacto da campanha, cujo preletor oficial do lançamento foi seu tio, o Pr. Rubens Lopes. Dentre muitas memórias, o lançamento da campanha, que aconteceu no estádio do Maracanã (RJ), marcou a vida de Stela. “Tenho emocionantes lembranças. A imagem do Maracanã lotadíssimo, as mensagens vibrantes do meu tio, o Pr. Rubens Lopes, as centenas de vidas que iam à frente, no palanque, como demonstração de que recebiam Jesus Cristo como Salvador”, conta, recordando-se, também, do coro de muitas centenas de vozes, sob a regência de Bill Ichter, e da chuva torrencial que caiu sobre todos no fim do primeiro dia da campanha. Saber que um tema tão impactante estaria novamente sendo pregado no Brasil foi motivo de

muita alegria para a irmã Stela. “Fiquei emocionada! Tenho falado a muita gente sobre a campanha. Quando vi pela primeira vez o tema, o slogan do barquinho e o hino oficial, não tive como conter as lágrimas”, compartilha, expressando o sentimento de reviver, de alguma forma, um momento tão especial de sua vida, mas em um novo tempo. Maria Stela deseja ver um crescimento ainda maior do trabalho missionário, com muitas vidas rendidas aos pés de Cristo, tanto para a salvação quanto para o serviço ao Senhor. Há muito para fazer pelo Brasil e a igreja precisa avançar, pregando a maravilhosa mensagem da cruz, porque não há salvação em nenhum outro nome. Jesus Cristo é a única esperança para a Nova Geração, para os Excluídos Sociais, para os Menos Evangelizados, para as Cidades e para todos nós!

Jesus Cristo é a única esperança para a Nova Geração Todos os dias, toma conta do noticiário uma tragédia com alguma criança. Não é só impressão. Os dados mostram um aumento da violência contra os pequenos, durante a pandemia. O Disque 100, serviço de denúncias do Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos registrou 95.247 denúncias em 2020, contra 86.800 em 2019. Este é o maior patamar desde 2013. No caso do Distrito Federal, houve um aumento de 236,13% nas denúncias, em 2020, segundo a Secretaria de Justiça (Sejus). Em meio a essa difícil realidade, o povo de Deus sabe que a única esperança para as crianças é Jesus Cristo. É preciso fazer com que o evangelho chegue até a nova geração, para que haja transformação e esperança.

Jesus Cristo é a única esperança para os Excluídos Sociais Celas lotadas, escuras, sujas e pouco ventiladas. Racionamento de água. Infestação de ratos, percevejos e baratas. Dificuldade para atendimento médico. Esse é o retrato de muitas penitenciárias brasileiras. Diante de tal realidade, a Capelania Prisional Batista, atualmente, trabalha em 45 presídios, em oito estados do Brasil, realizando visitas regulares, aconselhamento e estudos. A igreja precisa alcançar os presídios para o Senhor Jesus!

Jesus Cristo é a única esperança para os Menos Evangelizados Como resultado direto da pandemia da Covid-19, 19 milhões de pessoas vivem com fome no Brasil, segundo recente pesquisa nacional desenvolvida pela Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar (PENSSAN). Desse total, 7,7 milhões de pessoas vivem no Nordeste do país, mais precisamente na área do Sertão. A esperança, que é Jesus, precisa chegar ao Sertão e aos demais povos menos evangelizados no Brasil.

Jesus Cristo é a única esperança para as Cidades Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil possui 5.570 cidades, divididas em 26 estados e Distrito Federal. A esperança para as cidades do Brasil não está em governantes ou em política, e sim em Jesus. Essa necessidade é real e urgente, e o povo de Deus não pode ficar parado. A igreja precisa ser instrumento de Deus na propagação do evangelho, até que todas as cidades conheçam Cristo.

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VIDA E OBRA

Pastor Donaldo e Marinalva Santos:

Uma nova missão em meio aos ribeirinhos

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omos convocados para viver o Reino de Deus”, é o que afirma o casal missionário, que, após 12 anos atuando na coordenação do Projeto Radical Amazônia, foi chamado para um novo momento, agora, na plantação de igrejas no município de Itacoatiara, no Amazonas. Conheça a seguir a trajetória dos missionários Pr. Donaldo e Marinalva Santos, marcada por muita dedicação e serviço à pregação do evangelho. MISSÕES NACIONAIS: Como foi a conversão de vocês? Miss. Marinalva: Nasci em um lar cristão. Recebi Jesus em minha vida no ano de 1983 e fui batizada no mesmo ano, na PIB de Buriti Bravo (MA). Desde bem cedo fui movida à obra missionária, o que me traz lembranças de minha avó, Balbina Nunes da Silva, que amava ao Senhor e se dedicava de uma maneira linda na obra missionária, a ponto de doar sua própria casa para realizar os cultos. Eu sempre acompanhava as viagens missionárias aos povoados e, mesmo sem entender muito, me sentia muito bem. Sem contar que muitos missionários vinham de longe e nos ensinavam sobre o amor de Deus e eu guardava tudo no coração. Pr. Donaldo: Nasci em um lar cristão e tenho sete irmãos. Fui consagrado no ventre da minha mãe, quando ela era nova convertida e estava no nono mês de gravidez. Certo dia, ela ouvia uma mensagem de madrugada do Pr. Donald, na rádio Trans Mundial, e ela contou que a criança que esperava saltava em seu ventre. Nessa hora, ela desejou que a criança fosse um filho varão e fez um voto com Deus, que se aquela criança que estava no ventre fosse um filho homem ela daria o nome daquele pastor (Donald), e que lutaria para que seu filho fosse um dia pastor. E, assim, sua oração foi respondida e nasceu este servo Donaldo Santos. Recebi Jesus como Salvador e Senhor de minha vida aos 10 anos e fui batizado no ano de 1989.

MISSÕES NACIONAIS: E como aconteceu o chamado para a obra missionária? Pr. Donaldo: Durante toda minha infância aprendi sobre os ensinamentos de Jesus e a cada dia o meu chamado para o ministério impulsionava minha vida. Algo ardia dentro do meu coração e eu queria ensinar sobre Jesus. Certa noite, estava dirigindo o culto de conferência do aniversário de nossa igreja, e o Pr. Edison Braga me aconselhou a fazer seminário quando completasse 18 anos. Para mim, um adolescente do interior do Amazonas, isso era quase impossível. Depois de ouvir o conselho do pastor, meu coração ardia muito mais pela obra missionária e Deus colocou em meu coração que seria um pastor. Em 25 de novembro 2001 fui consagrado ao ministério pastoral pela Segunda Igreja Batista de Manaus. Marinalva e eu fomos recomendados pela Igreja Batista Manancial, onde éramos pastores, e nos apresentamos a Missões Nacionais, em maio de 2009. Fomos comissionados nesse mesmo período e passando a ser oficialmente missionários dos batistas brasileiros, para trabalhar com o objetivo de iniciar o Projeto Radical Amazônia. Miss. Marinalva: A partir do momento em que coloquei meus pés no Amazonas, o Senhor foi me direcionando para a obra missionária. Começamos a plantar uma igreja no bairro de Monte das Oliveiras. Éramos uma equipe de seis pessoas e todos os domingos pela manhã íamos realizar a EBD com as crianças daquele bairro. Assim, nasceu a Igreja Batista Vitoria da Fé, cuja

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mãe é a Segunda Igreja Batista de Manaus. Desde que cheguei a Manaus me congreguei nesta igreja e até hoje sou membro. Foi nesta igreja, a SIB de Manaus, que me casei e fui enviada ao seminário para fazer Educação Religiosa. Fomos enviados ao nosso primeiro ministério e, por vontade de Deus, pastoreamos a Igreja Batista Vitória da Fé. Ali passamos 7 anos e fomos muito abençoados. Passei a trabalhar como Coordenadora Estadual das Mensageiras do Rei do estado do Amazonas e comecei a fazer várias viagens missionárias para o interior do Amazonas. Não conhecia a realidade ribeirinha, mas, ao passar dias viajando de barco com mulheres virtuosas e ouvindo testemunhos, a chama do meu coração ia acendendo mais forte. Assumi a Diretoria Executiva da UFMBAM e, passados dois anos, o Senhor foi plantando dentro do meu coração um amor pelo povo Ribeirinho. Lembro-me muito bem quando estava dentro do barco, vindo de Tefé para Manaus. Foram três dias de viagem. Eu estava ali sentada e olhando aquela paisagem tão linda, quando vi uma casinha no meio do mato e comecei a me questionar. “Meu Deus! Quem irá pregar o evangelho para essas pessoas?” Logo escrevi em minha agenda: EIS-ME AQUI! USA-ME! Fechei a agenda e esqueci. Passaram-se dois anos e foi então que o Senhor Deus chamou meu esposo e eu para iniciarmos o Nós Projeto Radical Amazônia.

nos disse que tinha tido um sonho no qual Deus lhe mostrava um grupo de pessoas chegando em sua comunidade para lhes ensinar a Palavra de Deus. Ali, tivemos a convicção que Deus estava nos direcionando ao lugar certo para iniciamos a plantação de igrejas. Movidos pela direção divina, deixamos uma dupla de radicais e, assim, naquela comunidade, plantamos a Primeira Igreja Batista entre os ribeirinhos. Pr. Donaldo: Tivemos inúmeras experiências durante esse período em que servimos no Radical Amazônia. Em uma das viagens missionárias para o lago do Mamiá, na região de Coari, fomos visitar uma dupla de radicais e realizar batismos e casamentos. Após um dos cultos, um jovem ribeirinho da comunidade me falou do seu desejo de ser também um missionário, pois ele queria ser igual à dupla de radicais que estavam em sua comunidade e queria levar esse Amor que ele recebeu até outras comunidades ribeirinhas. Nesse momento, eu tive o mesmo sentimento que Jesus teve quando disse: “Grande é, em verdade, a seara, mas os obreiros são poucos; rogai, pois, ao Senhor da seara que envie obreiros para a sua seara”. Ali, oramos com aquele jovem e logo o trouxemos para o treinamento do Radical Amazônia. Ele tem sido uma bênção onde atua como líder local. MISSÕES NACIONAIS: Agora, vocês estão mudando de campo missionário. Quais as expectativas para o novo trabalho? Pr. Donaldo: Mudança nem sempre é fácil. A minha expectativa é ver o Reino de Deus avançando na plantação de igrejas, por meio das duplas de missionários radicais e de novos líderes autóctones. Os desafios são grandes, mas cremos que nosso Deus, que é o Senhor da seara, vai nos capacitar e nos ajudar a superar todos os obstáculos. Miss. Marinalva: Minha expectativa é identificar jovens vocacionados e enviá-los para o campo missionário, para alcançar com evangelho todas as comunidades dos municípios da região do Baixo Amazonas para glória de Deus.

somos a resposta para o povo ribeirinho.

MISSÕES NACIONAIS: Como foi o trabalho com os Radicais? Pr. Donaldo e Miss. Marinalva: Atuamos como coordenadores do Projeto Radical Amazônia, que teve seu início ano de 2009. Após realizarmos várias pesquisas de campo nas comunidades ribeirinhas da Amazônia, Deus nos deu a visão baseada em Lucas 10 para anunciar ao ribeirinho que o Reino de Deus chegou naquele lugar. Treinamos dezoito turma de radicais e com cada turma nós aprendíamos mais do que ensinávamos. Tivemos o privilégio de treinar, equipar e enviar mais de 200 jovens para atuarem em centenas de comunidades Ribeirinhas da Amazônia e podemos dizer que foram anos inesquecíveis, nos quais deixamos um legado na vida desses jovens que ficará marcado para a eternidade. Atuamos por 12 maravilhosos anos e Deus realizou milagres extraordinários em nossas vidas e nas vidas dos jovens que passaram pelo treinamento em suas turmas. MISSÕES NACIONAIS: Alguma experiência marcou vocês durante esse período? Miss. Marinalva: Lembro-me de uma experiência que impactou minha vida. Foi em uma das viagens missionárias no Rio Cope, no Amazonas. Assim que atracamos o barco, fomos recebidos por um grupo de pessoas da comunidade e entre elas estava a presidente da mesma, que nos recebeu dando-nos as boas-vindas e, quando nos viu com a camisa amarela Jesus Transforma,

MISSÕES NACIONAIS: Deixem um recado para quem está lendo essa entrevista! Pr. Donaldo e Miss. Marinalva: A obra missionária visa alcançar pessoas por quem Jesus morreu. É a melhor e a mais excelente de todas as boas obras. Assim como Isaías foi vocacionado para falar ao seu povo sobre a justiça, os julgamentos e o amor de Deus, nós também queremos anunciar o amor de Jesus a todas as pessoas. Portanto, não podemos ficar indiferentes vendo pessoas morrendo sem Jesus. Vamos, então, orando e agindo, permitir que o Brasil saiba que Jesus veio para reconciliar o homem com Deus. Nós somos a resposta para o povo ribeirinho.

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MULTIPLICANDO PELO BRASIL Para a glória de Deus, o trabalho missionário tem dado frutos, em Brejo Grande (SE). Por meio do relacionamento discipulador e dos estudos Bíblicos, quatro pessoas aceitaram Jesus como Senhor e Salvador, e foram batizadas.

Batismos representam muita alegria! Desta vez, sete novos irmãos e irmãs na fé desceram às águas, em Joca Marques (PI), onde atuam os missionários Pr. Donizete Xavier e Larysse Oliveira. Os batizados entregaram suas vidas ao Senhor Jesus por meio do relacionamento discipulador e dos estudos bíblicos, e seguem aprendendo mais sobre uma vida ao lado de Cristo. Pela graça de Deus, mais seis acolhidos da Cristolândia de São Gonçalo desceram às águas. Foi um tempo de muita emoção e gratidão por ver de perto a transformação que Jesus fez na vida desses homens. Louvamos a Deus pela vida de Damião Silva, Édson Nascimento, Irving de Carvalho, Yure Oliveira, Henrique Barbosa e Marcelo de Araújo.

Diante das dificuldades trazidas pela pandemia, os missionários se adaptaram e seguiram compartilhando o evangelho. Em Canoas (RS), onde atua o missionário Pr. Jorge Garcia, seis pessoas desceram às águas. Foi um tempo de muita alegria e gratidão a Deus!

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Com a graça de Deus, o apoio dos parceiros da obra e o trabalho dos missionários Pr. Allan e Vanessa Pires, cinco moradores de Natal (RN) desceram às águas, confessando que só Jesus salva. Eles foram alcançados por meio do relacionamento discipulador, dos encontros nos lares e dos estudos bíblicos realizados pela equipe missionária, e agora eles têm a missão de continuar propagando o evangelho.

Em Campo Florânia (RN), onde atuam os missionários Janielson Vieira e Rayana Silva, duas mulheres desceram às águas, confessando a fé em Cristo Jesus. Maria do Socorro de Souto e Patrícia Fagundes têm sido acompanhadas pelos missionários e seguem aprendendo mais sobre Deus e sua Palavra.

A IB Kairós, em Cascavel (CE), realizou seus primeiros quatro batismos. Eliaquim dos Santos, Ivanildo Gerônimo, Thaís Moura e Carlos de Oliveira desceram às águas, confessando que só Jesus Cristo salva. “Somos uma Igreja multiplicadora. Toda glória ao nosso Deus”, comenta a missionária Zilanda Maurício, que atua na região.

Suas orações e suas ofertas têm abençoado o trabalho nas Cristolândias. Assim, os irmãos Oséias, Jean e Emercílio, que foram acompanhados pelos missionários da Cristolândia Espírito Santo, professaram a sua fé publicamente e foram batizados.

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Chamados

para ficar!

P

or que Deus chamaria pessoas para ficar, se há tanta necessidade nos campos missionários? Se tem tanta gente nas igrejas e são tão poucos os trabalhadores na seara, por que Deus chamaria pessoas para ficar? Vamos pensar juntos sobre esse tipo de chamado! Deus tem levantado um exército de mobilizadores voluntários para ficar e despertar suas igrejas e associações. Fomos chamados para ficar, mas não para estar parados e acomodados nos confortáveis bancos de nossos templos! Neles, já existem muitos assim! É por causa destes que Deus, mais do que nunca, em toda história da igreja, tem vocacionado servos para mobilizar e despertar a igreja local para a Sua missão! A obra missionária é uma grande engrenagem que inclui a mobilização, pois sem oração, sustento e obreiros a roda não gira! Muitas igrejas estão adormecidas, envolvidas em seus próprios “reinos”, programas e projetos, com os olhos em si mesma; por isso, Deus está levantando um exército de vocacionados para influenciar toda uma geração que está dentro das igrejas; o final está próximo e precisamos ganhar o Brasil e mundo para Cristo. Há urgência! Jesus está voltando e o amor de muitos, de fato, tem esfriado. No texto de Mateus 24.12, quando Jesus adverte que, por aumentar a iniquidade o amor de muitos esfriará, ele continua dizendo, no versículo

13, que aqueles que perseverarem até o fim serão salvos, e completa, no versículo 14, dizendo: “E este evangelho será pregado pelo mundo inteiro, para testemunho a todas as nações, e então virá o fim.” Entendemos, então, que o evangelho será pregado pelo mundo por aqueles que perseveram e não deixaram que o aumento da iniquidade os fizesse esfriar. Sem oração, sustento e vocacionados, o evangelho não chegará em todo mundo. A obra missionária começa na igreja local e termina nos confins da terra. Por isso, esse chamado específico para mobilizar a igreja local nunca foi tão relevante e necessário como em nossos tempos. Deus tem vocacionado, para ficar, muitos dos que estão perseverando e não têm permitido que o aumento da iniquidade os influencie; são irmãos sérios, compromissados com o Reino, com vidas consagradas, cheios do Espírito Santo, crentes fervorosos e servos de oração, que irão influenciar toda uma geração, para que o evangelho seja pregado pelo mundo inteiro, para testemunho a todas as nações, e então virá o fim! Maranata! Ser promotor de missões não é um cargo, mas uma vocação; há muita responsabilidade diante de Deus para aqueles que foram chamados para ficar!

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Silvana S. P. Martines Coordenadora da Mobilização Voluntária





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