Avaliação física 3 medidas antropométricas

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE CURSO DE LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO FÍSICA

LEONARDO DE ARRUDA DELGADO

MEDIDAS ANTROPOMÉTRICAS

São Luis 2004


AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA: Projeto de elaboração de sistema de informações

2 Leonardo de Arruda Delgado

SUMÁRIO 1 2 3

INTRODUÇÃO ................................................................................................. 5 HISTÓRICO ..................................................................................................... 6 MEDIDAS ANTROPOMÉTRICAS.................................................................... 9 3.1 Definição ................................................................................................... 9 3.2 Classificação ........................................................................................... 10 3.3 Recomendações ..................................................................................... 10 3.4 Medidas lineares ..................................................................................... 12 3.4.1 Estatura ........................................................................................... 12 3.4.1.1 Definição................................................................................... 14 3.4.1.2 Material ..................................................................................... 14 3.4.1.3 Protocolo................................................................................... 15 3.4.1.4 Cuidados durante as medidas das alturas................................ 16 3.4.2 Altura total........................................................................................ 17 3.4.2.1 Definição................................................................................... 17 3.4.2.2 Material ..................................................................................... 17 3.4.2.3 Procedimento............................................................................ 18 3.4.3 Envergadura .................................................................................... 18 3.4.3.1 Definição................................................................................... 18 3.4.3.2 Material ..................................................................................... 18 3.4.3.3 Protocolo................................................................................... 18 3.4.3.4 Precauções............................................................................... 19 3.5 Medidas transversais ou diâmetros......................................................... 19 3.5.1 Definição .......................................................................................... 19 3.5.2 Material ............................................................................................ 19 3.5.2.1 Paquímetro ósseo..................................................................... 20 3.5.2.2 Compasso de pontas rombas ................................................... 20 3.5.2.3 Antropômetro de delizamento................................................... 21 3.5.3 Precauções ...................................................................................... 21 3.5.4 Locais padronizados para medições de diâmetros .......................... 22 3.5.4.1 Diâmetro biestilóide rádio-ulnar do punho ................................ 22 3.5.4.2 Diâmetro biepicôndiliano umeral (cotovelo) .............................. 23 3.5.4.3 Diâmetro biepicôndiliano do fêmur ........................................... 24 3.5.4.4 Diâmetro biacromial .................................................................. 25 3.5.4.5 Diâmetro torácico transverso .................................................... 25 3.6 Medidas de circunferência ou perímetro ................................................. 26 3.6.1 Definição .......................................................................................... 26 3.6.2 Material ............................................................................................ 26 3.6.3 Precauções ...................................................................................... 26 3.6.4 Locais padronizados para medições de circunferências.................. 27 3.6.4.1 Pescoço .................................................................................... 27 3.6.4.2 Ombros ..................................................................................... 28 3.6.4.3 Tórax ........................................................................................ 28 3.6.4.4 Cintura ...................................................................................... 29 3.6.4.5 Abdome .................................................................................... 30 3.6.4.6 Quadril ...................................................................................... 30


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3.6.4.7 Braço relaxado.......................................................................... 31 3.6.4.8 Braço contraído ........................................................................ 31 3.6.4.9 Antebraço ................................................................................. 32 3.6.4.10 Punho ....................................................................................... 32 3.6.4.11 Coxa glútea............................................................................... 33 3.6.4.12 Coxa medial.............................................................................. 33 3.6.4.13 Perna ........................................................................................ 34 3.6.4.14 Tornozelo.................................................................................. 34 3.7 Medidas de dobras cutâneas .................................................................. 35 3.7.1 Locais padronizados para medições de dobras cutâneas ............... 35 3.7.1.1 Dobra cutânea peitoral (PT)...................................................... 36 3.7.1.2 Dobra cutânea subescapular (SB)............................................ 36 3.7.1.3 Dobra cutânea axilar média (AM) ............................................. 37 3.7.1.4 Dobra cutânea supra-ilíaca (SI) ................................................ 37 3.7.1.5 Dobra cutânea abdominal (AB)................................................. 38 3.7.1.6 Dobra cutânea triciptal (TR)...................................................... 38 3.7.1.7 Dobra cutânea biciptal (BI) ....................................................... 39 3.7.1.8 Dobra cutânea da coxa (CX) .................................................... 40 3.7.1.9 Dobra cutânea panturrilha medial (PM) .................................... 40 3.8 Medidas de massa corporal .................................................................... 41 3.8.1 Definição .......................................................................................... 41 3.8.2 Objetivo............................................................................................ 41 3.8.3 Material ............................................................................................ 42 3.8.4 Procedimento................................................................................... 42 3.8.5 Precauções ...................................................................................... 43 4 ÍNDICES ANTROPOMÉTRICOS ................................................................... 44 4.1 Índice de massa corporal (IMC) .............................................................. 44 4.2 Relação cintura quadril (RCQ) ................................................................ 48 4.3 Índice de Conicidade (IC)........................................................................ 50 5 SOMATOTIPOLOGIA .................................................................................... 51 5.1 Princípios gerais da somatotipologia....................................................... 53 5.2 Contribuição do somatotipo para a cineantropometria............................ 54 5.3 Somatotipo de SHELDON....................................................................... 55 5.4 Somatotipologia de HEATH & CARTER ................................................. 60 5.5 Cálculo do somatotipo............................................................................. 62 5.5.1 Determinação do primeiro componente (ENDOMORFIA) ............... 63 5.5.2 Determinação do segundo componente (MESOMORFIA) .............. 64 5.5.3 Determinação do terceiro componente (ECTOMORFIA)................. 65 5.6 Classificação somatotipológica ............................................................... 65 6 AVALIAÇÃO DO NÍVEL DE MATURIDADE BIOLÓGICA .............................. 71 6.1 Conceitos e pressupostos....................................................................... 72 6.2 Avaliação da maturidade biológica.......................................................... 73 6.2.1 Auto-avaliação da maturidade sexual .............................................. 74 6.2.2 Forma de aplicação ......................................................................... 76 6.2.3 Precauções ...................................................................................... 81 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................................... 84


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ÍNDICE DE FIGURAS Figura 1 Altura....................................................................................................... 14 Figura 2 Altura ou estatura. ................................................................................... 15 Figura 3 Altura total. .............................................................................................. 17 Figura 4 Paquímetro ou antropômetro. ................................................................. 20 Figura 5 Compasso de pontas rombas. ................................................................ 21 Figura 6 Antropômetro de delizamento. ................................................................ 21 Figura 7 Diâmetro biestilóide do punho. ................................................................ 22 Figura 8 Diâmetro biepicôndiliano do úmero. ........................................................ 23 Figura 9 Diâmetro biepicôndiliano do fêmur. ......................................................... 24 Figura 10 Diâmetro biacromial . ............................................................................ 25 Figura 11 Diâmetro torácico transverso. ............................................................... 25 Figura 12 Fita métrica metálica flexível. ................................................................ 26 Figura 13 Medidas da circunferência do pescoço. ................................................ 28 Figura 14 Medida da circunferência dos ombros................................................... 28 Figura 15 medida da circunferência do tórax. ....................................................... 29 Figura 16 Medida da circunferência da cintura...................................................... 29 Figura 17 Medida da circunferência do abdome. .................................................. 30 Figura 18 Medida da circunferência do quadril...................................................... 30 Figura 19 Medida da circunferência do braço relaxado......................................... 31 Figura 20 Medida da circunferência do braço contraído. ...................................... 32 Figura 21 medida da circunferência do antebraço. ............................................... 32 Figura 22 Medida da circunferência do punho. ..................................................... 33 Figura 23 Medida da circunferência da coxa glútea. ............................................. 33 Figura 24 Medida da circunferência da coxa medial. ............................................ 34 Figura 25 Medida da circunferência da perna. ...................................................... 34 Figura 26 Medida da circunferência do tornozelo.................................................. 35 Figura 27 Dobra torácica ou peitoral axilar............................................................ 36 Figura 28 Dobra subescapular. ............................................................................. 36 Figura 29 Dobra cutânea axilar média. ................................................................ 37 Figura 30 Dobra supra-ilíaca. ................................................................................ 38 Figura 31 Dobra abdominal. .................................................................................. 38 Figura 32 Dobra cutânea triciptal. ......................................................................... 39 Figura 33 Dobra biciptal. ....................................................................................... 39 Figura 34 Dobra da coxa. ...................................................................................... 40 Figura 35 Panturrilha medial. ................................................................................ 41 Figura 36 Massa corporal total. ............................................................................. 42


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ANTROPOMETRIA

1 INTRODUÇÃO

Segundo MARINS & GIANNICHI (2003, p. 35) a antropométria representa um importante recurso de assessoramento para uma analise completa de um indivíduo, seja ele atleta ou não, pois oferece informações ligadas ao crescimento, desenvolvimento e envelhecimento, sendo por isso crucial na avaliação do estado físico e no controle de diversas variáveis que estão envolvidas durante uma prescrição de treinamento.

O emprego da antropométria pode ser considerado como componente de controle de um treinamento, visto que alguns de seus elementos (composição corporal) sofrem interferência direta de acordo com o grau de treino.


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2 HISTÓRICO

De acordo com PETROSKI (1995, p.81) a antropometria tem sua origem não na medicina, nem na biologia, mas nas artes, embuídas da sua filosofia pitagórica, da assimetria e da harmonia. A história da antropométria inicia na antiga civilização da Índia, Egito e Grécia, com uso de dimensões de certas partes do corpo como o primeiro padrão de medida, na tentativa de estabelecer o perfil das proporções do corpo humano.

Segundo HITCHOCK (1886) apud KRAKOWER (1937), os matemáticos e artistas da Índia e Egito entendiam que se deveria adotar alguma parte do corpo do corpo (os egípcios antigos, adotavam o dedo médio, os gregos a altura da cabeça), como referência ou a dimensão padrão para todas as partes. Um tratado chamado “Silpi Sastri”, da antiga civilização da Índia, analisou um corpo divididoo em 480 partes.

No Egito, entre os séculos XXXV e XXII a.C., a unidade de medida foi o cumprimento do dedo médio do sacerdote ou o então chamado dedo de saturno (KROKOWER, 1937). De acordo com este critério a estatura de um homem adulto bem formado deveria ser 19 vezes esta medida. Os gregos, porém, usavam como critério, a altura da cabeça que dividia a estatura em oito vezes.


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O povo grego possivelmente tenha sido o primeiro povo a cultuar a forma corporal como sinônimo de beleza, estética e saúde; seus deuses eram figuras compostas por formas que eram consideradas perfeitas.

QUETELET (1786-1874), considerado o pai da antropométria, é creditado como tendo descoberto a ciência e divulgado o termo Antropometria. Ele descobriu que a teoria da curva de Gauss podia ser aplicada nos modelos estatísticos para a análise dos fenômenos biológicos, principalmente em medidas antropométricas. Em 1835, Quelet publicou o trabalho “Man and the Development of his Faculties”, ou “An Essay Upon social Physics”, em quatro volumes, sendo que os dois primeiros são dedicados as qualidades físicas do homem (KROKOWER, 1937).

A primeira investigação envolvendo mensuração física foi realizada em 1854, por ZEISSING, em um estudo com adolescentes Belgas. Um pouco mais tarde, em 1860, CRONWELL estudou o crescimento de escolares de 8 a 18 anos, de Manchester, e descobriu que, em geral, as meninas eram mais altas que e mais pesadas que os meninos, entre as idades de 11 e 14 anos; a partir daí, os meninos tornaram-se mais altos e mais pesados.

No continente Americano, o primeiro estudo antropométrico aplicado à Educação Física parece ter sido realizado pelo Dr. Edward Hitchcok em 1861, em Amherst, na Universidade de Amherst, Massachussets, USA. Ele mensurou peso, estatura, circunferências e força de braços dos estudantes, bem como


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desenvolveu tabelas que mostravam resultados médios destas variáveis, na qual o próprio estudante poderia plotar e interpretar seus dados.

O termo Antropometria parece ter sido usado pela primeira vez no seu sentido contemporâneo, em 1659, na tese de graduação do alemão ELSHATZ. Seu estudo, “Antropometria - da mútua proporção dos membros do corpo humano: questões atuais de harmonia” eram inspiradas nas leituras de Pitágoras e Platão, e da filosofia médica de sua época.

O avanço da antropometria aconteceu no final do século XIX, com a definição dos pontos anatômicos, os quais foram estudados, discutidos e padronizados, para realizar as medidas antropométricas. Em 1906, no I Congresso Internacional de Antropologia, 38 dimensões de cadáveres e 19 medidas da cabeça e face foram padronizadas. Já, por ocasião da realização do II Congresso Internacional, em 1912, foram padronizadas medidas do corpo humano vivo (PEREIRA NETO, 1992).


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3 MEDIDAS ANTROPOMÉTRICAS 3.1 Definição

FERNANDES FILHO (2003, p.33) define antropometria como:

“a ciência que estuda e avalia o tamanho, o peso e as proporções do corpo humano, através de medidas de rápida e fácil realização, não necessitando equipamentos sofisticados e de alto custo financeiro”.

COSTA (1999 s/p) diz que, através de medidas antropométricas é possível fazer o acompanhamento de crescimento morfológico, bem como de alterações de medidas corporais decorrentes da prática de exercícios físicos e dietas, proporcionando dados de grande valia para os profissionais da área da saúde.

Este

acompanhamento

pode

ser

realizado

simplesmente

pela

observação da alteração das medidas em valores absolutos ou através da utilização das mesmas em modelos matemáticos que têm a finalidade de estimar as quantidades dos diferentes componentes corporais: massa muscular, massa óssea, massa gorda e massa residual.

A grande vantagem das medidas antropométricas reside no fato que as mesmas podem ser utilizadas em estudos com grandes amostras populacionais,


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que podem proporcionar estimativas nacionais e dados para análise de mudanças seculares.

3.2 Classificação

Podemos classificar as principais medidas antropométricas utilizadas em Educação Física em:

Medidas lineares: que incluem as medidas de caráter longitudinais (alturas e comprimentos) e transversais (diâmetros).

Medidas de circunferência ou perímetros:

Medidas de dobras cutâneas;

Medidas de composição corporal;

Índices antropométricos;

Medidas somatotipologicas.

3.3 Recomendações

MARINS & GIANNICHI (op. cit) apresentam algumas recomendações gerais sobre antropométria:

-

Antes da coleta de dados é sempre interessante que o avaliador tenha conhecimento sobre as razões e objetivos da medição;


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-

Procure realizar a coleta de dados em um local de uso exclusivo do avaliador e do avaliado;

-

O avaliado deverá receber, com antecedência, um formulário com as orientações sobre o tipo de roupa adequada para esta avaliação;

-

Deve-se ter total atenção quanto a questão da calibração periódica dos instrumentos;

-

O registro de dados antropométricos deverá seguir sempre o lado direito do avaliado, mesmo no caso em que este lado não corresponda ao lado dominante do avaliado;

-

Recomenda-se a marcação dos pontos anatômicos de referência, com lápis dermográfico antes do registro dos dados;

-

Observar a postura do avaliado, que deverá ser compatível com o procedimento de registro do dado;

-

É interessante que o avaliador mantenha certa distância do avaliado, evitando, assim, situações constrangedoras;

-

Um auxiliar colaborando com o registro dos dados aumenta a velocidade da coleta;

-

Em um trabalho longitudinal é importante reproduzir o mesmo método e protocolo em todas as provas, permitindo, assim, uma comparação adequada entre os resultados. Sempre que for possível também se recomenda que a coleta de dados seja feita pelo mesmo avaliador.


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3.4 Medidas lineares

Podem ser subdivididas em longitudinais e transversais. As medidas longitudinais correspondem às medidas de alturas e comprimentos e as medidas transversais, também conhecidas como diâmetros, são medidas de largura ou profundidade entre dois pontos, usadas para mensurar o crescimento e o desenvolvimento ósseo.

3.4.1 Estatura

O estudo da altura é muito importante porque esta medida se relaciona com quase todas as medidas somáticas, além de ser importante para estudos biotipológicos e raciais. Atletas de grandes alturas são mais indicados para esportes como corrida de meio fundo, natação, salto em altura e à distância e ciclismo; esportes como corrida de velocidade e boxe são apropriados para indivíduos de altura média, enquanto corridas de fundo, luta livre e arremesso de peso, por exemplo, são indicados para indivíduos de pequena altura.

A altura varia fisiologicamente de acordo com os seguintes fatores: posição do corpo, hora do dia, fase da vida e evolução da espécie. A medida da altura na posição em pé pode deferir em até 3 cm da medida na posição deitada.


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A ação da gravidade, o peso do corpo e o achatamento dos discos intervertebrais são os responsáveis por este fenômeno. No decorrer das 24 horas do dia, a altura varia em média 2,5 cm em média.

Em conseqüência, deve-se usar o termo altura ou estatura para definir a medida longitudinal, obtida na posição em pé, quando se mede o indivíduo na posição deitada, fala-se em distância ou comprimento. Esta posição é utilizada para medir crianças até 3 anos.

Após os três anos, a criança cresce em média 6 cm por ano. Observase que os meninos crescem sempre mais que as meninas, na mesma raça. Na puberdade, porém, as meninas crescem mais que os meninos e na idade adulta estes recuperam e ultrapassam aquelas, em altura. Na idade adulta, a média de altura é de 130 a 199 cm. A mulher tem geralmente 10 cm, em média, menos que o homem, de mesma idade.

Durante a vida, a altura passa por uma fase em que há uma elevação dos valores e que vai do nascimento até os 25 anos aproximadamente. A seguir, os valores se mantém até os 50 anos, quando começam a diminuir devido a processos que afetam os discos intervertebrais.


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3.4.1.1

Definição

Figura 1 Altura. Fonte: CD-ROM Testes em Ciências do Esporte. Victor Matsudo.

A altura ou estatura é a medida da distância em linha reta entre dois planos, um tangente à planta dos pés e outro tangente ao ponto mais alto da cabeça (ponto vértex), estando o indivíduo em pé, na posição fundamental, com o corpo o mais alongado possível e a cabeça posicionada com o plano de FRANKFURT.

3.4.1.2

Material

O instrumento que se utiliza para medir a altura é o estadiômetro, este equipamento consiste de uma prancha de madeira, ferro ou plástico vertical, presa a uma base horizontal, formando um ângulo de 90 graus, a esta prancha, fixa-se uma trena, cuja sua leitura é de ordem de 1mm, possuindo uma escala de medida vertical, instalada a partir de uma base lisa e rígida, com um plano horizontal


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adaptado, para a execução das medidas, utiliza-se um cursor ou esquadro, que deve formar um ângulo de 90 graus entre a escala do estadiômetro e o vértex do avaliado.

Comumente, as balanças clínicas já apresentam um estadiômetro, porém, a utilização de uma peça individualizada é vantajosa, pois com esta, podemos medir indivíduos com valores extremos de estatura, com maior precisão.

Figura 2 Altura ou estatura. Fonte: CD-ROM Avaliação da Composição Corporal. Prof° Roberto Fernandes da Costa

3.4.1.3

Protocolo

O avaliado deve estar na posição ortostática (em pé), pés unidos, procurando pôr em contato com o instrumento de medida as superfícies posteriores do calcanhar, cintura pélvica, cintura escapular e região occipital. A


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medida é feita com o indivíduo em apnéia inspiratória, de modo a minimizar possíveis variações sobre esta variável antropométrica.

A cabeça deve estar orientada no plano de Frankfurt, paralela ao solo. A Medida será feita com o cursor em ângulo de 90 graus em relação à escala. Permite-se ao avaliado usar calção e camiseta, exigindo-se que esteja descalço. São feitas três medidas considerando-se a média como valor real da altura.

3.4.1.4

Cuidados durante as medidas das alturas

Ao efetuar as medidas de altura, determinados cuidados devem ser levados em consideração, para diminuir a margem de erros. Os principais cuidados são:

1) O avaliador deve preferivelmente se posicionar à direita do avaliado. 2) Devemos registrar a hora em que foi feita a medida, sendo que em trabalhos longitudinais devemos procurar efetuar as medidas em um mesmo horário ou período do dia. 3) Evitar que o indivíduo se encolha quando o cursor tocar sua cabeça. 4) Observar que entre as medidas o avaliado troque de posição no instrumento de medida.


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3.4.2 Altura total 3.4.2.1

Definição

É à distância do ponto dactylion até a região plantar, estando o avaliado com o membro superior direito na vertical elevado a 180°, por sobre a cabeça e com o cotovelo estendido.

Figura 3 Altura total. Fonte: CD-ROM Testes em Ciências do Esporte. Victor Matsudo.

3.4.2.2

Material

Uma tábua, 30 centímetros de largura por 2 metros de comprimento, graduada em centímetros e milímetros e fixada a partir de 2 metros de altura. Para crianças a tabua deve ser fixada, a partir de 1 metro de altura, pó de giz ou magnésio, 1 cadeira (45 cm) e material para anotação.


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3.4.2.3

Procedimento

O avaliado deve sujar as pontas dos dedos com giz ou pó de magnésio, posicionar-se de pé, lateralmente à superfície graduada, e com braço estendido acima da cabeça, o mais alto possível, tocar na tábua próxima a graduação.

3.4.3 Envergadura

3.4.3.1

Definição

É a distancia entre o dactylion (dedo médio) direito e o esquerdo.

3.4.3.2

Material

Fita métrica graduada em centímetros, fixada em uma parede lisa.

3.4.3.3

Protocolo

Medir a distancia do dactylion direito ao esquerdo, com o avaliado em pé e os braços em abdução de 90° com o tronco; os cotovelos devem estar estendidos e os antebraços supinados. Deverão ser feitas três medidas, considerando-se a média das mesmas.


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3.4.3.4

Precauções

-

O avaliado deverá estar em pé;

-

Braços supinados e mãos espalmadas com os dedos unidos;

-

A Medida será feita com o avaliado em apnéia insiratória.

3.5 Medidas transversais ou diâmetros

3.5.1 Definição

São medidas biométricas, realizadas em projeção entre dois pontos considerados, que podem ser simétricos ou não, situados em planos geralmente perpendiculares ao eixo longitudinal do corpo. As medidas podem ser realizadas em ambos os lados do corpo, mas quando o fator tempo para aplicação for considerado, o lado direito deverá ser o escolhido por convenção internacional.

3.5.2 Material

Antropômetro com tamanhos variáveis dependentes do seguimento a ser medido. A leitura deve ser feita em décimos de milímetros, e para isto é necessário consultar a escala Vernir.


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Entre os principais tipos de antropômetros podemos citar: o Paquímetro Ósseo, o Compasso de Pontas Rombas e o Antropômetro de Delizamento.

3.5.2.1

Paquímetro ósseo

Figura 4 Paquímetro ou antropômetro. Fonte: CD-ROM Avaliação da Composição Corporal. Prof° Roberto Fernandes da Costa.

É o aparelho usado para medir pequenos perímetros ósseos como: Biestilóide do Punho, Biepicondiliano do Úmero e Biepicondiliano do Fêmur. É importante que as hastes dos aparelhos sejam longos o suficiente para permitir a medida sem limitação de acesso aos pontos anatômicos.

3.5.2.2

Compasso de pontas rombas

É um aparelho utilizado para a medida dos diâmetros do tronco.


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Figura 5 Compasso de pontas rombas. Fonte: CD-ROM Avaliação da Composição Corporal. Prof° Roberto Fernandes da Costa.

3.5.2.3

Antropômetro de delizamento

É utilizado para a medida dos diâmetros do tronco, além de também poder ser utilizado para medidas de comprimento.

Figura 6 Antropômetro de delizamento. Fonte: CD-ROM Avaliação da Composição Corporal. Prof° Roberto Fernandes da Costa.

3.5.3 Precauções

Entre as principais precauções podemos citar que:


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-

O antropômetro não deve ficar frouxo, nem fazer pressão excessiva;

-

O resultado é dado em cm com precisão de 0.1 cm.

3.5.4 Locais padronizados para medições de diâmetros

As principais medidas transversais usadas na avaliação da composição corporal são: -

Diâmetro Biestilóide do Punho;

-

Diâmetro Biepicondiliano do Úmero;

-

Diâmetro Biespicondiliano do Fêmur;

-

Diâmetro Biacromial;

-

Diâmetro Torácico Transverso;

3.5.4.1

Diâmetro biestilóide rádio-ulnar do punho

Figura 7 Diâmetro biestilóide do punho. Fonte: CD-ROM Avaliação da Composição Corporal. Prof° Roberto Fernandes da Costa.

Objetivo: determinar a distância entre os processos estilóides do rádio e da ulna.


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Procedimento: o cotovelo do avaliado é estendido em supinação com o punho em flexão dorsal.

3.5.4.2

Diâmetro biepicôndiliano umeral (cotovelo)

Figura 8 Diâmetro biepicôndiliano do úmero. Fonte: CD-ROM Testes em Ciências do Esporte. Victor Matsudo.

Objetivo: determinar a distância entre as bordas externas dos epicôndilos medial e lateral do úmero.

Procedimento: o avaliado deve estar em pé com o cotovelo e ombro em flexão a 90 graus. As hastes do paquímetro devem estar a 45 graus em relação à articulação do cotovelo. O avaliador deve posicionar-se à frente do avaliado, devendo delimitar o diâmetro bi epicondilar com auxilio dos dedos médios enquanto os indicadores controlam as hastes do paquímetro.

Precauções:

1) Ao se medir o diâmetro o aparelho não deve ficar frouxo nem fazer pressão excessiva. 2) Observar a colocação do aparelho em relação ao diâmetro a ser medido.


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3.5.4.3

Diâmetro biepicôndiliano do fêmur

Figura 9 Diâmetro biepicôndiliano do fêmur. Fonte: CD-ROM Testes em Ciências do Esporte. Victor Matsudo.

Objetivo: determinar a distância entre as bordas externas dos côndilos medial e lateral do fêmur.

Procedimento: o avaliado deve estar sentado com a perna e a coxa formando um ângulo de 90 graus e os pés livres. As hastes do paquímetro são ajustados à altura dos côndilos em um ângulo de 45 graus em relação a articulação do joelho, os côndilos são delimitados pelos dedos médios, enquanto os indicadores controlam as hastes do paquímetro.

Precauções: ao se medir, o aparelho não deve ficar frouxo nem fazer pressão excessiva. Observar a colocação do aparelho em relação ao diâmetro a ser medido.


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3.5.4.4

Diâmetro biacromial

É à distância das bordas súpero-lateral dos acrômios direito e esquerdo, estando a avaliado em pé, na posição anatômica, pois com o indivíduo sentado há interferência na postura requerida para a medida. Preferencialmente o avaliador deve posicionar-se atrás do avaliado para a execução da medida.

Figura 10 Diâmetro biacromial . Fonte: CD-ROM Avaliação da Composição Corporal. Prof° Roberto Fernandes da Costa.

3.5.4.5

Diâmetro torácico transverso

A medida é realizada com o avaliado em pé, com abdução de membros superiores, a fim de permitir a introdução do aparelho, na altura da sexta costela, sobre a linha axilar medial.

Figura 11 Diâmetro torácico transverso. Fonte: CD-ROM Avaliação da Composição Corporal. Prof° Roberto Fernandes da Costa.


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3.6 Medidas de circunferência ou perímetro 3.6.1 Definição

As medidas antropométricas de circunferência correspondem aos chamados perímetros que podem ser definidos como perímetro máximo de um segmento corporal quando medido em ângulo reto em relação ao seu maior eixo.

3.6.2 Material

Figura 12 Fita métrica metálica flexível. Fonte: CD-ROM Avaliação da Composição Corporal. Prof° Roberto Fernandes da Costa.

Para medir circunferências, usa-se uma fita métrica antropométrica, que deve ser feita de um material flexível (de preferência metálica), que não se estique com o uso com precisão de 0,1 cm.

3.6.3 Precauções

Antes de iniciarmos a descrição das medidas antropométricas é importante citar algumas precauções como:


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1) Medir sempre sobre a pele nua. 2) Nunca utilizar uma fita elástica ou de baixa flexibilidade. 3) Cuidado com a compressão exagerada, colocar a fita levemente na maior circunferência. 4) Não deixar o dedo entre a fita e a pele. 5) São feitas três medidas calculando-se a média. 6) Não utilizar fita muito larga 7) Recomenda-se marcar o ponto da medida com caneta, pois auxiliará no momento da medida de dobra cutânea de panturrilha medial. 8) Para

algumas

circunferências

(ex.:

ombro,

peitoral,

cintura,

abdômen e quadril) a fita deve ser alinhada com o plano horizontal; 9) A precisão das circunferências devem ser de: (a) 1cm para ombro, peito, abdômen, cintura e quadril; (b) 0,5cm para coxa e (c) 0,2cm para perna, tornozelo, pulso, braço e antebraço.

3.6.4 Locais padronizados para medições de circunferências

3.6.4.1

Pescoço

A medida é realizada com o avaliado sentado ou em pé, desde que esteja com a coluna ereta e a cabeça no plano horizontal de FRANKFURT. A trena deve ser aplicada na menor circunferência do pescoço logo acima da proeminência laríngea (pomo de Adão).


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Figura 13 Medidas da circunferência do pescoço. Fonte: CD-ROM Avaliação da Composição Corporal. Prof° Roberto Fernandes da Costa.

3.6.4.2

Ombros

A medida é realizada com o avaliado em posição ortostática, posicionado a trena na maior saliência do deltóide abaixo de cada acrômio. A leitura da medida deve ser realizada após uma expiração normal.

Figura 14 Medida da circunferência dos ombros. Fonte: CD-ROM Avaliação da Composição Corporal. Prof° Roberto Fernandes da Costa.

3.6.4.3

Tórax

O perímetro torácico pode ser medido em três pontos de referência. A nível mesoesternal ou longo abaixo da axila, ao nível da prega axilar, na altura dos mamilos, ou a nível do ponto xifoidal do esterno.


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Figura 15 medida da circunferência do tórax. Fonte: CD-ROM Avaliação da Composição Corporal. Prof° Roberto Fernandes da Costa.

3.6.4.4

Cintura

Parte mais estreita do tronco, no nível da cintura “natural” entre as costelas e a crista ilíaca. Tomada em um plano horizontal ao redor da cintura no nível da parte mais estreita do tronco.

Figura 16 Medida da circunferência da cintura. Fonte: CD-ROM Avaliação da Composição Corporal. Prof° Roberto Fernandes da Costa.


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3.6.4.5

Abdome

A medida é realizada no plano horizontal na protuberância anterior máxima do abdome, usualmente no nível da cicatriz umbilical, com avaliado em pé em posição ortostática.

Figura 17 Medida da circunferência do abdome. Fonte: CD-ROM Avaliação da Composição Corporal. Prof° Roberto Fernandes da Costa.

3.6.4.6

Quadril

Extensão posterior máxima dos glúteos. Tomada ao nível dos pontos trocantéricos direito e esquerdo. Deve ser realizada paralelamente ao solo, estando o avaliado com os pés unidos.

Figura 18 Medida da circunferência do quadril. Fonte: CD-ROM Avaliação da Composição Corporal. Prof° Roberto Fernandes da Costa.


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3.6.4.7

Braço relaxado

A medida do perímetro braquial relaxado pode ser realizada de três formas diferentes, na primeira a medida é tomada na área de maior circunferência, estando o braço posicionado no plano horizontal e cotovelo em extensão. Na segunda o avaliado fica com o braço relaxado e ao longo do corpo e a medida é realizada no ponto de maior perímetro aparente e a terceira, o avaliado deve ficar com a articulação do cotovelo a 90 graus, no plano sagital, e com o braço relaxado.

Figura 19 Medida da circunferência do braço relaxado. Fonte: CD-ROM Avaliação da Composição Corporal. Prof° Roberto Fernandes da Costa.

3.6.4.8

Braço contraído

Medida tomada na área de maior circunferência com o braço posicionado no plano horizontal e antebraço fletido em supino num ângulo de 90°. Neste caso podemos utilizar o braço oposto para trazer oposições à contração.


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Figura 20 Medida da circunferência do braço contraído. Fonte: CD-ROM Avaliação da Composição Corporal. Prof° Roberto Fernandes da Costa.

3.6.4.9

Antebraço

Tomada no plano perpendicular ao eixo longo do antebraço, ponto de maior circunferência, devendo o cotovelo estar em extensão.

Figura 21 medida da circunferência do antebraço. Fonte: CD-ROM Avaliação da Composição Corporal. Prof° Roberto Fernandes da Costa.

3.6.4.10 Punho

É a circunferência medida transversalmente sobre os processos estilóides do rádio e da ulna.


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Figura 22 Medida da circunferência do punho. Fonte: CD-ROM Avaliação da Composição Corporal. Prof° Roberto Fernandes da Costa.

3.6.4.11 Coxa glútea

Tomada no plano horizontal abaixo do dobra glútea, estando o peso corporal igualmente distribuído nos membros.

Figura 23 Medida da circunferência da coxa glútea. Fonte: CD-ROM Avaliação da Composição Corporal. Prof° Roberto Fernandes da Costa.

3.6.4.12 Coxa medial

Para tomar esta medida circunda-se a fita no plano paralelo ao solo, na metade da distância entre a língua inguinal e a borda superior da patela.


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Figura 24 Medida da circunferência da coxa medial. Fonte: CD-ROM Avaliação da Composição Corporal. Prof° Roberto Fernandes da Costa.

3.6.4.13 Perna

Tomada no plano horizontal, na área de maior circunferência da panturrilha, estando o peso corporal igualmente distribuído nos membros inferiores.

Figura 25 Medida da circunferência da perna. Fonte: CD-ROM Testes em Ciências do Esporte. Victor Matsudo.

3.6.4.14 Tornozelo

O avaliado deverá estar em pé, de frente para o avaliador, com os pés ligeiramente afastados, distribuindo o peso do corpo em ambas as pernas.


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Circundar a fita no plano paralelo ao solo ao nível dos pontos sphyrions tibiale e fibulare.

Figura 26 Medida da circunferência do tornozelo. Fonte: CD-ROM Avaliação da Composição Corporal. Prof° Roberto Fernandes da Costa.

3.7 Medidas de dobras cutâneas

3.7.1 Locais padronizados para medições de dobras cutâneas

EDWARDS (1950), citado por GUEDES (1987), refere que a literatura especializada menciona a existência de aproximadamente 93 possíveis locais anatômicos onde uma dobra cutânea pode ser destacada.

Os locais padronizados para medições de dobras cutâneas, descritos no Anthropometric Standardization refernce Manual, são as seguintes: Peitoral,


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Axilar (Torácica), Subescapular, Axilar Medial, Suprailíaca, Abdominal, Tríceps, Bíceps (Biciptal), Coxa e Panturrilha medial.

3.7.1.1

Dobra cutânea peitoral (PT)

Direção: diagonal, oblíqua em relação ao eixo longitudinal.

Referência Anatômica: axila e mamilo

Medida: na metade da distância entre a linha axilar anterior e o mamilo, para homens, e a um terço da linha axilar anterior, para mulheres.

Figura 27 Dobra torácica ou peitoral axilar Fonte: site da Sanny

3.7.1.2

Dobra cutânea subescapular (SB)

Direção: diagonal.

Referência Anatômica: ângulo inferior da escápula.

Medida: o indivíduo deve estar em pé (com os ombros descontraídos), com os braços ao longo do corpo. Determinamos a dobra, seguindo a orientação dos arcos costais, 2 (dois) cm abaixo do ângulo inferior da escápula.

Figura 28 Dobra subescapular. Fonte: CD-ROM Testes em Ciências do Esporte. Victor Matsudo.


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3.7.1.3

Dobra cutânea axilar média (AM)

Direção: horizontal.

Referência Anatômica: junção xifo-esternal (ponto onde as cartilagens costal das costelas 5-6 articulam-se com o esterno, levemente acima da borda inferior do processo xifóide).

Medida:

é localizada no ponto de intersecção entre a linha axilar

média e uma linha imaginária transversal na altura do apêndice xifóide do esterno. A medida é realizada obliquamente ao eixo longitudinal, com o braço do avaliado deslocado para trás, a fim de facilitar a obtenção da medida.

Figura 29 Dobra cutânea axilar média. Fonte: CD-ROM Testes em Ciências do Esporte. Victor Matsudo.

3.7.1.4

Dobra cutânea supra-ilíaca (SI)

Direção: oblíqua em relação ao eixo longitudinal.

Referência Anatômica: crista Ilíaca.

Medida: metade da distância entre o último arco costal e a crista ilíaca, sobre a linha axilar medial. É necessário que o avaliado afaste o braço para trás para permitir a execução da medida.


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Figura 30 Dobra supra-ilíaca. Fonte: CD-ROM Testes em Ciências do Esporte. Victor Matsudo.

3.7.1.5

Dobra cutânea abdominal (AB)

Direção: vertical, paralelamente ao eixo longitudinal.

Referência Anatômica: Cicatriz umbilical.

Medida: É media aproximadamente de 3cm a 1cm à direita da cicatriz umbilical.

Figura 31 Dobra abdominal. Fonte: CD-ROM Testes em Ciências do Esporte. Victor Matsudo.

3.7.1.6

Dobra cutânea triciptal (TR)

Direção: Vertical, paralelamente ao eixo longitudinal.


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Referência Anatômica: processo acromial da escápula e processo olecraniano da ulna.

Medida: com o indivíduo em pé, com braços relaxados ao longo do corpo, medimos a dobra na face posterior do braço, na distância média entre a borda súpero-lateral do acrômio e o bordo inferior do olécrano. Sua determinação é realizada seguindo o eixo longitudinal do membro.

Figura 32 Dobra cutânea triciptal. Fonte: CD-ROM Testes em Ciências do Esporte. Victor Matsudo.

3.7.1.7

Dobra cutânea biciptal (BI)

Direção: vertical, paralelamente ao eixo longitudinal.

Referência Anatômica: bíceps braquial.

Medida: é medida no sentido do eixo longitudinal do braço, na sua face anterior, no ponto de maior circunferência aparente do ventre muscular do bíceps.

Figura 33 Dobra biciptal. Fonte: CD-ROM Testes em Ciências do Esporte. Victor Matsudo.


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3.7.1.8

Dobra cutânea da coxa (CX)

Direção: vertical linha média.

Referência Anatômica: linha inguinal e a patela.

Medida: sobre o músculo reto femoral a um terço da distância do ligamento inguinal e a borda superior da patela, segundo proposta por GUEDES (1985) e na metade desta distância segundo POLLOCK & WILMORE (1993). Para facilitar o pinçamento desta dobra o avaliado deverá deslocar o membro inferior direito à frente, com uma semi-flexão do joelho, e manter o peso do corpo no membro inferior esquerdo.

Figura 34 Dobra da coxa. Fonte: site da Sanny

3.7.1.9

Dobra cutânea panturrilha medial (PM)

Direção: vertical, paralelamente ao eixo longitudinal.

Referência Anatômica: circunferência máxima da panturrilha.

Medida: para a execução desta medida, o avaliado deve estar sentado, com a articulação do joelho em flexão de 90 graus, o tornozelo em posição anatômica e o pé sem apoio. A dobra é pinçada no ponto de


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maior perímetro da perna, com o polegar da mão esquerda apoiado na borda medial da tíbia.

Figura 35 Panturrilha medial. Fonte: CD-ROM Testes em Ciências do Esporte. Victor Matsudo.

3.8 Medidas de massa corporal

3.8.1 Definição

É a resultante do sistema de forças exercidas pela gravidade sobre a massa do corpo. Contudo, pode-se admitir o peso em valor absoluto como sendo igual à massa.

3.8.2 Objetivo

Determinação do peso corporal ou mais acertadamente da massa corporal total.


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3.8.3 Material

A balança é utilizada para determinar o peso corporal total, onde preconizamos os modelos que permitam realizações das medidas com escala até 150 kg e precisão de até 100 gramas. Modelos como o da Filizola são os mais encontrados. É indispensável que o instrumento seja aferido periodicamente com pesos conhecidos.

Figura 36 Massa corporal total. Fonte: CD-ROM Testes em Ciências do Esporte. Victor Matsudo.

3.8.4 Procedimento

O avaliado deve se posicionar em pé de costas para a escala da balança, com afastamento lateral dos pés estando a plataforma entre os mesmos. Em seguida coloca-se sobre e no centro da plataforma, ereto com o olhar num ponto fixo à sua frente. No sentido de avaliar grandes grupos, permite-se que o


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avaliado esteja vestindo apenas calção e camiseta. É realizada apenas uma medida.

3.8.5 Precauções

1) A balança deverá estar calibrada. 2) A leitura deve ser feita na borda interna da escala. 3) Os cilindros deverão estar bem encaixados no momento da leitura e devem retornar ao ponto zero assim que terminar a pesagem. 4) Recomenda-se que seja calibrada a cada 10 pesagens no caso de avaliação em massa. 5) Verificar o nivelamento do solo sobre o qual vai ser apoiada a balança 6) É feita apenas uma medida que será anotada em kg com aproximação de 0,1 kg.


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4 ÍNDICES ANTROPOMÉTRICOS

Pesquisas indicam que a maneira pela qual a gordura está distribuída pelo corpo, é mais importante que a gordura corporal total, na determinação do risco individual de doenças (ASHWELL, McCALL, COLE & DIXON, 1985) apud HEYWARD (op.cit, p.87).

Dentre os principais índices antropométricos que podemos dispor citaremos: índice de massa corporal (IMC), a relação entre circunferências da cintura e do quadril (RCQ) e o índice de conicidade.

4.1 Índice de massa corporal (IMC)

O IMC (Body Mass Index, BMI), termo proposto por KEYS e associados em 1972 (WEIGHELEY, 1989, apud FERNANDES 2003, p.99), tem sido referido também como Índice Quetelet (LEE et al., 1981), que leva o nome de seu criador, após 1800, que é considerado o pai da antropométria. O IMC é considerado o mais popular índice de estatura e peso, ou mais precisamente, da proporção do peso do corpo para altura ao quadrado; IMC (kg/m²) = PC (kg)/ AL² (m).

Sua utilização se baseia no conceito de excesso de peso que segundo POLLOCK (1993, p.47) é simplesmente definido como aquela condição onde o peso do indivíduo excede ao da média da população, determinada segundo o sexo, altura e o tipo de compleição física.


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O termo pesado segundo McARDLE (1992, p.387) se refere somente ao peso corporal em excesso de algum padrão, em geral o peso médio para determinada estatura. WEINECK (1991, p.393) diz que se partindo do chamado “Peso Normal”, o excesso de peso é calculado a partir da altura e equivale à altura menos 100 (Equação de BROCA). BROCA considera como valor normal os que se colocam para mais 10 ou menos 10 do peso ideal calculado.

Durante muito tempo às tabelas de peso/estatura foram e ainda são utilizadas como forma de classificação do excesso de massa corporal ou para a avaliação dos efeitos dos programas de exercícios físicos sobre o organismo, a sua grande limitação está no fato que a mesma não fornece informação fidedigna acerca da composição relativa ou da qualidade do peso corporal do indivíduo, pois o IMC não diferencia peso de gordura de peso livre de gordura.

Elas se baseiam, essencialmente, nas estatísticas das variações médias do peso corporal para pessoas de 25 a 59 anos de idade, quando a taxa de mortalidade é mais baixa, sem levar em consideração as causas específicas da morte ou a qualidade da saúde antes da morte.

A sua principal limitação se baseia em um estudo realizado sobre composição corporal realizado por WELHAM & BEHNKE (1942), onde foram avaliados 25 jogadores profissionais de futebol americano, dos quais 17 haviam sido considerados inaptos ao serviço militar por estarem acima dos padrões


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preconizados por essas tabelas de peso/estatura, e conseqüentemente sido considerados obesos, os pesquisadores constataram que a maioria destes indivíduos possuía uma pequena quantidade de gordura e seu excesso de massa corporal era devido a uma grande quantidade de massa muscular.

Esse fato evidencia que a massa corporal recebe uma contribuição diferenciada de cada um de seus componentes, e afirmar que um indivíduo é ou não é obeso baseando-se apenas no valor de sua massa corporal total, obtida na balança, pode constituir um erro.

Segundo FERNANDES (op.cit) o IMC possui uma moderada correlação (r=0,70) com o percentual de gordura predito a partir de pesagem hidroestática (KEYS et al, 1972). O erro padrão da predição de percentual de gordura do IMC foi aproximadamente de 5-6% (POLLOCK 1995, p.88).

A equação para estimar o percentual de gordura de adultos com idade inferior a 83 anos, a partir do IMC é a seguinte:

GC = (1.2 x IMC) + (0.23 x Idade) - (10.8 x Sexo) - 5.4 Onde: IMC = Índice de Massa Corporal em kg/m3 Idade= Idade em anos Sexo: Mulher =0; Homem =1

Logo concluímos que, embora o IMC possa ser um índice rudimentar de obesidade e sua utilização seja questionável na avaliação de indivíduos, para


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estudos populacionais, sendo que o mesmo não pode ser utilizado para estimar a gordura corporal, este índice constitui uma alternativa bastante valida, pois além de ser o método mais simples e de baixo custo, requer apenas as medidas de peso e estatura, e segundo (SICHIERI, 1998) apud COSTA (2001, p.39) se uma população apresenta valores elevados de IMC podemos afirmar que isso ocorre em função do excesso de componente gordura corporal, já que na maioria das pessoas que apresentam excesso de massa isso não ocorre por excesso de massa magra.

As tabelas abaixo apresentam os valores para classificação do sobrepeso por meio do IMC: Tabela 1 Padrões de aptidão saudáveis para IMC em meninos e meninas entre as idades de 5 a 18 anos. Fontes: FERNANDES (2003, p.100) Idade IMC (Meninos) IMC (Meninas) 7 13-20 14-20 8 14-20 14-21 9 14-20 14-20 10 14-20 14-21 11 15-21 14-21 12 15-22 15-22 13 16-23 15-23 14 16-24 17-24 15 17-24 17-24 16 18-24 17-24 17 18-25 17-25 18 18-26 18-26 Tabela 2 Classificação do sobrepeso e obesidade pelo IMC, adaptado de WHRO (1997) e OMS(1995) Classificação de Obesidade Baixo Peso 3 (grave) Risco Grave Baixo Peso 2 (moderado) Risco Moderado Baixo Peso 1 (leve) Abaixo da Média Normal Ideal Sobrepeso Excesso de Peso Obesidade I Risco Moderado Obesidade II Risco Grave Obesidade Mórbida Risco Muito grave

IMC (kg/m²) <16 16-17 17-18,5 18,5-24,9 25,0-29,9 30,0-34,9 35,0-39,9 >40


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Tabela 3 Classificação de obesidade segundo o Physical Test 3.1 for Windows 1998 Classificação Homens Mulheres Abaixo da Média <19 <18 Normal 20,0-25,0 19-24,9 Excesso de Peso 25,1-30,0 25,0-29,9 Moderadamente Obeso 30,1-39,9 30,0-39,9 Severamente Obeso > 40,0 > 40

Há evidências, na literatura especializada, de que valores baixos de IMC estão relacionados com as doenças pulmonares obstrutivas, câncer pulmonar e tuberculose, e de que valores altos de IMC estão associados com as doenças cardiovasculares, hipertensão arterial, diabetes e outras.

Valores que estão associados a maior incidência de hipertensão arterial, diabetes, coronariopatias são maiores que 34,3 kg/m² para mulheres e maiores que 28 kg/m² para homens.

4.2 Relação cintura quadril (RCQ)

A proporção da cintura para o quadril (RCQ) é fortemente associada à gordura visceral e parece ser um índice aceitável de gordura intra-abdominal. Entretanto alguns pesquisadores mostram que a circunferência da cintura, sozinha, é um melhor preditor de depósito da gordura visceral que a RCQ.

Esses achados sustentam a hipótese de que a deposição de gordura abdominal poderia aumentar a circunferência da cintura a despeito de o tecido se acumular em pontos profundos ou superficiais. A circunferência do quadril, porém, é influenciada apenas pela deposição de gordura subcutânea; assim, a precisão


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da RCQ em avaliar a gordura visceral diminui com o aumento dos níveis de gordura.

A RCQ pode mudar na mulher, dependendo do estágio de menopausa no qual ela se encontra, ou seja, mulheres na pós-menopausa apresentam um padrão mais masculino de distribuição de gordura do que as que estão na prémenopausa.

Com essas discrepâncias, nenhuma norma foi estabelecida para a circunferência da cintura. Portanto, nós recomendamos que classifique-se os indivíduos nas categorias de alto risco ou baixo risco utilizando a RCQ.

A RCQ é simplesmente calculada dividindo a circunferência da cintura (medida em cm) pela do quadril (medida em cm), quanto a classificação dos valores podemos utilizar a tabela abaixo. Tabela 4 Normas para a proporção entre Circunferência da Cintura e do Quadril (RCQ) para Homens e Mulheres. Fonte: HEYWARD & STOLARCYK (op.cit, 91) Risco Estimado Sexo Idade Baixo Moderado Alto Muito Alto 20-29 <0,83 0,83-0,88 0,89-0,94 >0,94 30-39 <0,84 0,84-0,91 0,92-0,96 >0,96 Homens 40-49 <0,88 0,88-0,95 0,96-1,00 >1,00 50-59 <0,90 0,90-0,96 0,97-1,02 >1,02 60-69 <0,91 0,91-0,98 0,99-1,03 >1,03

Mulheres

20-29 30-39 40-49 50-59 60-69

<0,71 <0,72 <0,73 <0,74 <0,75

0,71-0,77 0,72-0,78 0,73-0,79 0,74-0,81 0,76-0,83

0,78-0,82 0,79-0,84 0,80-0,87 0,82-0,88 0,84-0,90

>0,82 >0,84 >0,87 >0,88 >0,90


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4.3 Índice de Conicidade (IC)

Medida antropométrica para estimar o valor clínico quando se tenta medir a distribuição de gordura e o risco de doenças. O IC é baseado na idéia de que o corpo humano muda de formato de um cilindro (IC=1) para o de um cone duplo, com o acúmulo de gordura ao redor da cintura (IC=1,73). É calculado pela formula:

IC = Cintura/0,109 x √(MC/H) Onde: MC: massa corporal (kg) e H: estatura (m).

As vantagens deste índice em relação ao RCQ são:

-

Possui um faixa teórica esperada de valores (1,00 a 1,73);

-

Compara a CCT do avaliado com a circunferência de um cilindro com o mesmo volume corporal, provendo uma medida relativa de obesidade relativa;

-

Os índices-C de sujeitos que diferem de MC e H podem ser comparados;

-

Não requer a mensuração da circunferência do quadril.

Contudo este cálculo não apresenta normas, tornando sua aplicação limitada.


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5 SOMATOTIPOLOGIA O estudo do tipo físico ideal, talvez seja um dos mais antigos do ramo da cineatropometria, se tratando de Brasil, podemos dizer que a Cineatropometria, avançou com os estudos do Somatotipo de HEATH-CARTER, no final da década de 70, vários trabalhos de pesquisa foram desenvolvidos por dezenas de autores, sendo grande o número de apresentações em congressos.

A base do estudo da somatotipologia, baseia-se no princípio que, não existem dois indivíduos exatamente iguais, ou seja, cada indivíduo apresenta uma série de características morfológicas, fisiológicas e psicológicas, que os distingue dos demais. Estas variações na constituição corpórea dos indivíduos decorrem da diferença de constituição individual. A constituição individual está ligada, a o que chamamos hoje de somatotipologia.

A Somatotipologia pode ser definida como: “o estudo das qualidades que caracterizam cada indivíduo, levando em consideração seus aspectos físicos e psicológicos”. Segundo ASTRAND (1980), somatotipo refere-se à classificação física do corpo humano, relacionando a estrutura corporal com a performance nas diversas modalidades esportivas. Sua determinação pode ser feita de várias maneiras, sendo que a mais difundida é através de medidas antropométricas.


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De acordo com PETROSKI (1995,88) o interesse pela somatotipia acabou

aglutinando

centenas

de

pesquisadores,

principalmente

com

a

socialização da metodologia do somatotipo antropométrico de HEATH-CARTER.

O principal motivo, que influenciou os pesquisadores no Brasil por essa linha de pesquisa, com certeza, foi a possibilidade de realizar pesquisas, com base científica, comparável aos países desenvolvidos. Trata-se, pois, de um método não-invasivo e, principalmente, de baixo custo operacional.

O autor diz ainda que o Brasil talvez tenha sido o país que mais realizou estudos caracterizando a somatotipia de escolares, adultos, atletas e não-atletas. Estes estudos realmente foram importantes, pois a literatura nacional carecia de um diagnóstico, mesmo parcial, de algumas características da população brasileira.

No entanto, a produção do conhecimento não acompanhou o mesmo entusiasmo pela pesquisa em somatotipia, ou seja, a sua utilização no cotidiano, para a melhoria da seleção de atletas e controle do treinamento físico, bem como, para a melhoria das aulas de Educação Física foi muito limitada, talvez não seja incoerente dizer, inexistente.

No entanto, não se pode dizer que todo o conhecimento produzido em mais de 10 anos de somatotipologia tenha saído do nada e chegado a lugar nenhum. A procura por esta metodologia foi importante porque atraiu dezenas de


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pesquisadores, hoje, avançando os estudos na somatotipologia e atuantes em outras áreas, como: crescimento, maturação, composição corporal, nutrição, escala-o, proporcionalidade e exercício e saúde.

O

nosso

texto

visa

analisar,

os

princípios

da

avaliação

somatotipológica, as contribuições da somatotipológica para a cineatropométria, as principais escolas somatotipológicas e como realizar os cálculos do método de HEATH-CARTER.

5.1 Princípios gerais da somatotipologia

A somatotipologia é baseada em alguns princípios gerais, onde os mais importantes são:

-

Todos os indivíduos são diferentes; não há duas pessoas iguais;

-

O mesmo indivíduo é diferente de si mesmo em momentos diferentes;

-

Essa

diferença

individual

não

é

caótica,

mas

obedece

a

determinadas leis. -

Apesar das diferenças entre os indivíduos há semelhanças que permitem grupá-los em “tipos”;

-

O indivíduo é uma unidade existindo uma indissolúvel correlação entre diversas partes e funções.


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-

O conhecimento do indivíduo “normal” deve preceder e servir de base ao estudo do indivíduo patológico.

-

Na gênese da doença, as reações individuais têm importância igual ou superior às causas externas.

5.2 Contribuição do somatotipo para a cineantropometria

Segundo CARTER (s/d) apud PESTROSKI (1995,p.89), a literatura suporta

as

seguintes

generalizações

do

uso

da

somatotipia

para

a

cineantropometria:

-

O somatotipo pode ser usado para descrever diferenças entre populações de acordo com origem, idade e sexo;

-

O somatotipo se altera da adolescência até a velhice;

-

Pessoas com determinados somatotipos tendem a maturar mais precocemente do que outros;

-

O treinamento e a nutrição podem alterar ou manter um somatotipo;

-

Atletas excepcionais têm somatotipos que são limitados em sua distribuição;

-

O padrão é mais restrito em atletas de alto nível;

-

Existem valores de somatotipos que são superiores em testes ou esportes que requerem, força, velocidade, ou resistência;

-

Somatotipo e flexibilidade não se relacionam;


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-

Tarefas

neuromusculares

que

requerem

relativamente

pouca

destreza, velocidade, força e resistência, parecem não estar relacionadas com o somatotipo.

Finalmente, a metodologia do somatotipo possibilita uma determinação do

tipo

físico

que

é

significantemente

associado

com

parâmetros

Cineantropométricos, desse modo, ajuda na interpretação e explicação do crescimento humano, exercício, performance e nutrição.

5.3 Somatotipo de SHELDON

SHELDON & STEVENS, em 1940, cria uma nova forma de interpretar o Biótipo, estes dois psicólogos da Universidade de Harvard, baseando-se na origem

embrionária

dos

tecidos

(endoderma,

mesoderma

e

ectoderma)

classificando os indivíduos em Endomorfo, Mesomorfo e Ectomorfo, variando a participação de cada um dos três componentes de 1 a 7, possibilitando praticamente, estabelecer biótipos individuais.

SHELDON muda também, a expressão Biótipo para a de Somatotipo definindo como: “a característica do indivíduo, considerando seu aspecto constitucional de endomorfia, mesomorfia e ectomorfia”.


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O prefácio de seu primeiro livro: “The Varieties of Human Physique- an introduction to constitutional psychology”, prefácio este datado de 25 de março de 1940, na Universidade de Harvard, em que apresenta as primeiras conclusões sobre o somatotipo, SHELDON narra que, na busca de uma solução para o desafio que se lhe apresentava, realizou seus estudos preliminares envolvendo a descrição morfológica de 4000 estudantes, recrutados em cinco estabelecimentos de ensino, em observações clínicas e anatômicas, e criando uma câmara fotográfica especial, que lhe possibilitaria ter três visões de um mesmo indivíduo: frontal, perfil e dorsal, em uma única fotografia, além de estudos antropométricos e de estatística.

Alicerçado nos dados das necrópsias e na análise fotográfica, chega ao conceito de somatotipo, que ele fundamenta sobre os três folhetos embrionários: do endoderma deriva o endomorfismo, caracterizado basicamente pelos órgãos da digestão; do mesoderma o mesomorfismo, manifestado pelos músculos, ossos e tecidos conjuntivos, com predominância de ossos e músculos e do ectoderma o ectomorfismo, que SHELDON diz ser uma predominância relativa do linear e da fragilidade relacionada à superfície corpórea ampla, em relação à massa, sobretudo nos mais importantes aspectos: cérebro e sistema nervoso central.

A estes componentes: endo, meso e ectomorfia ele os denomina fundamentais do somatotipo e é aos três que se refere quando diz: “o grupamento típico dos componentes morfológicos, expresso pelas 3 cifras, nós chamamos somatotipo do indivíduo.” (SHELDON, 1950,p.8).


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SHELDON sugere ainda que cada somatotipo correlaciona-se uma tendência comportamental. No tocante à técnica de cálculo dos fatores primários do somatotipo, e empregando o recurso fotográfico, recomenda SHELDON (1950, p. 53-56) os seguintes passos:

1. Fotografar o indivíduo nu, em uma só película, nas posições frontal, perfil D e dorsal (para tal construiu a câmara fotográfica) 2. Determinar-lhe o Índice Ponderal: Estatura(cm)/ raiz cúbica do peso, construindo mesmo um Nomograma que facilitava a obtenção do dado, sem necessidade de cálculos. O Índice Ponderal funcionava como indicador da ectomorfia. 3. Índice de tronco: área do tórax / área do abdômen, medindo-se ambas as áreas, com o auxílio de um planímetro, na fotografia padrão.

Este

índice

resolveria

problemas

relacionados

à

diferenciação quantitativa do endomorfismo e do mesomorfismo e seria independente do estado nutricional, abrindo as portas para a objetividade do somatotipo.

A fotografia é dividida em cinco regiões:

-

Cabeça, pescoço e face;

-

Tórax ;

-

Ombros, membro superior e mão;


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-

Abdômen;

-

Membros inferiores e pé.

Como as medidas são tomadas em fotografias, com compasso de dupla ponta cega, para posterior leitura, qualquer erro mínimo traduz-se em falha na classificação.

ASTRAND (1980) também cita as características dos componentes corporais, que são:

1-Endomorfia: representa as quantidades relativas de gordura, que tem como principal característica o arredondamento das linhas corporais. Não apresenta relevo muscular. O endomorfo dominante caracteriza-se pela obesidade plena, os diâmetros ântero-posteriores e os diâmetros laterais tendem a se igualar na cabeça, no pescoço, no tronco e nos ombros. abdominal

é

grande

Percentual de gordura localizada na região e

também

na

cintura

escapular.

Um

arredondamento na cintura pélvica também é notado. 2-Mesomorfia: representa a quantidade relativa da musculatura esquelética, tem com característica um corpo anguloso dotado de um grande desenvolvimento muscular com um grande tônus muscular. Os ossos são largos. As características marcantes deste tipo são: a espessura do antebraço e o diâmetro do pulso, da mão e dos dedos. O tórax é bem desenvolvido e a cintura é delgada. Os ombros são largos


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e o tronco é geralmente ereto, tendo o trapézio e os deltóides bem desenvolvidos. Os músculos abdominais são geralmente espessos. Uma concavidade nos glúteos, lateralmente, é notada. O aspecto da pele é espesso. 3-Ectomorfia: a linearidade, a fragilidade e a delicadeza corporal são uma de suas características. Os ossos são pequenos e muito delgados. Os ombros caídos são freqüentemente dos ectomórficos. Os membros são relativamente longos em relação ao tronco, não significando necessariamente um indivíduo de estatura elevada. O abdome e a coluna são achatados, muitas vezes uma cifose torácica é acentuada. Os ombros são, na maioria das vezes, estreitos e lhes faltam relevo muscular. Não há relevo muscular em qualquer parte do físico. A cintura escapular se ressente de suporte muscular e de inclinação, e a escapula tende a desviar-se para fora e para trás (escapula alada).

Estes três componentes são representados por numerais dispostos em seqüência, separados por hífen, sempre na mesma ordem. (Ex.: 3,2 -4,7- 2,9).

Conceitualmente SHELDON havia encontrado a resposta ao problema de PENDE: há uma personalidade integrada, baseada no genotipo, e ela pode ser expressa de forma individual, quer no tocante ao somático, quer no psicológico. Restava um problema: sua técnica: usando fotografia e a tomada das medidas antropométricas sobre ela, era dispendiosa, demorada, necessitando de ambiente adequado e, o mais sério: a possibilidade de erro, por parte de quem não


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estivesse altamente treinado, era grande. No tocante à praticabilidade de aplicação, o próprio SHELDON publica em 1954 o “Atlas of Men”, visando permitir comparação entre somatotipos e pessoas que, objetivamente seriam comparadas aos padrões fotográficos, visando facilitar a determinação somatotipológica, havendo prometido nesta obra publicar um Atlas da mulher, não o fez.

5.4 Somatotipologia de HEATH & CARTER

Algumas modificações foram feitas no método de SHELDON por HEATH & CARTER (1967), propuseram um novo método para estimativa do somatotipo, procurando assim facilitar o seu uso. Os autores sugerem três maneiras diferentes de avaliação: (1) Fotografia; (2) Medidas Antropométricas; (3) Combinação dos dois Métodos.

A avaliação do somatotipo de HEATH-CARTER aplica-se tanto para homens quanto para mulheres. A utilização desta técnica como meio de avaliação do tipo e da composição corporal, independente do tamanho, tem sido amplamente utilizada para descrever grupos de atletas de elite (CARTER, 1984). Neste método não há limite superior para a escala de quantificação dos componentes, que são classificados como baixo, de 0,5 a 2,5; moderado, de 3,0 a 5,0; alto, de 5,5 a 7,0; e muito alto, acima de 7,5 (CARTER & HEATH, 1990).


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A técnica para o cálculo do somatipo antropométrico de HEARTHCARTER por ser extremamente vantajoso no que diz respeito à rapidez de execução e de cálculo e ao seu baixo custo operacional, foi amplamente aceito por grupos de estudiosos, e utilizado em larga escala, como já dissemos antes.

HEATH-CARTER utiliza para obter a avaliação somatotipológica medidas antropométricas; uma somatocarta para coleta dos dados. Com isso, permite que:

-

Seja determinado o tipo físico do indivíduo possibilitando a comparação com os padrões específicos a cada modalidade desportiva;

-

Permiti um constante controle, em diferentes faixas etárias, se há estabilidade somatotípica ou se há uma tendência de alteração para um somatotipo característico ao longo das diversas etapas de treino na “preparação de muitos anos”;

-

Possibilita também a investigação sobre os indicadores de proporcionalidade corporal;

-

Seja controlados o desenvolvimento e crescimento do indivíduo, que, embora

seja

determinado

geneticamente

são

influenciados

diretamente por fatores exógenos tais como a metodologia de treino aplicada, carga (volume e intensidade), entre outros.


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O estudo do somatotipo favorece a correção de desequilíbrios morfológicos característicos a cada componente da classificação somatotípica, prevenindo, assim, lesões por overused, lesões crônicas e pontos dolorosos a medida que se intensifica as cargas de treino em nível de volume e intensidade.

O método antropométrico de HEART-CARTER, pelas razões expostas anteriormente, será o que nós vamos estudar agora. Para a determinação do somatotipo antropométrico de HEATH-CARTER são utilizadas as seguintes medidas:

-

Peso Corporal

-

Estatura

-

Dobras cutâneas: tríceps, subescapular, suprailiaca e panturrilha medial.

-

Circunferência: braço contraído e perna.

-

Diâmetros: Biepicôndilo umeral e biepicôndilo femural.

5.5 Cálculo do somatotipo

A determinação dos três componentes era feita originalmente, através de tabelas. No entanto, esta forma além de muito imprecisa mostrava-se extremamente trabalhosa. Foram, portanto desenvolvidas equações de regressão


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para facilitar os cálculos possibilitando a programação dos mesmos em calculadoras ou ainda em computadores.

A seguir são fornecidas as fórmulas para o cálculo de cada um dos componentes acompanhadas de um exemplo.

5.5.1 Determinação do primeiro componente (ENDOMORFIA) • Procedimentos: 1) Calcula-se o somatório das dobras cutâneas: tricipital (TC), subescapular (SE) e supra-ilíaca (SI) (em milímetros). S= Σ(TC+SE+SI) 2) Calcula-se o valor corrigido da estatura padrão (170,18), pela estatura do indivíduo. x =S. 170,18/estatura do individual em cm 3) Escolhe-se por uma das equações de correção do somatório de dobras cutâneas de acordo com o valor corrigido da estatura padrão (170,18), pela estatura do indivíduo e emprega-se a equação de do componente endomorfo. Condição

Equação de Correção

Equação do Componente Endomorfo

Se x < 26.9

-

ENDO = 0,125x – 0,61875

Se 27,0 < x < 58,7

a = log(x+(120/x))

ENDO = 10,4274a – 12,8654

Se 58,7<x<196

b = log (x+(500/x))

ENDO = 13,1812b - 18,3440


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5.5.2 Determinação do segundo componente (MESOMORFIA)

• Procedimento: 1) Deverá ser registrada a estatura do indivíduo em (cm), o diâmetro do úmero(U) e do fêmur(F) em (cm), o perímetro do braço(B) (cm), a dobra cutânea triciptal (TC) e da perna (PM) em (cm), o perímetro da panturrilha(P) também em (cm); •

Simbologia:

H = Altura (cm). X = Altura em polegada (X = H/2,54). Up = Diâmetro Biepicondiliano do Úmero previsto em cm para dada altura (Up= 0,0971X-0.1455). UR = Diâmetro Biepicondiliano Real do Úmero .

DU = Desvio Relativo do Úmero (DU = (Up-UR)/(-0.1455)). Fp = Diâmetro Biepecondiliano do Fêmur previsto em cm para dada altura (Fp = 0,1386X-0,2075). FR = Diâmetro Biepecondiliano do Fêmur Real em cm.

DF = Desvio Relativo do Fêmur (DF = (FP-FR)/(-0,2075)). B = Perímetro do Braço em cm. BP = Perímetro Previsto do Braço Corrigido para data altura em cm (BP = 0,4428x-0,6653) BR = Perímetro Real do Braço Corrigido em cm (BR=B – (TC/100))

DB = Desvio Relativo do Braço Corrigido DB = ((BP-BR)/(-0,6653)) P = Perímetro da Perna em cm PP = Perímetro Previsto da Perna Corrigido em data altura em cm (PP = 0,5184X-0,7683) PR = Perímetro Real do Braço Corrigido em cm (PR = P-(PM/100))

DP = Desvio Relativo da Perna Corrigido (DP = (PP-PR)/(-0,7683)) O cálculo do segundo componente é feito através da equação abaixo:

MESO= (Σ dos Desvios Relativos/8)+4


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5.5.3 Determinação do terceiro componente (ECTOMORFIA) • Procedimento: é obtido através do índice ponderal, isto é, altura dividida pela raiz cúbica do peso. Para isso, registra-se o peso corporal em libras e a estatura do indivíduo em polegadas. • Simbologia: h = altura em centímetros H = Altura em polegadas (H = h/2,54) P = Peso em quilogramas W = Peso em libras (W = P/ 0,4536)

Calculo: o calculo do 3° componente é feito através da determinação primeiramente do Índice Ponderal IP IP = H

3

peso em libra

Determinado o índice ponderal, calcula-se o componente Ectomorfo pela equação : Ectomorfia = 2,42 (IP)-28,58

5.6 Classificação somatotipológica

De acordo com os índices encontrados para cada componente do somatotipo,

HEATH

&

CARTER

descrevem

as

seguintes

classificações

somatotipológicas:

-

Endormorfo Equilibrado: o 1° componente é dominante e o 2° e o 3° são iguais ou não diferem de mais de meia unidade.


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-

Mesomorfo Equilibrado: o 2° componente é dominante e o 1° e 3° são iguais ou não diferem de mais de meia unidade.

-

Ectomorfo Equilibrado: o 1° componente é dominante e o 1° e 2° são iguais ou não diferem de mais de meia unidade.

-

Endomorfo Mesomórfico: o 1° componente é dominante e o 2° é maior que o 3°.

-

Endomorfo Ectomorfo: o 1° componente é dominante e o 3° é maior que o 2°.

-

Mesormofo Endormorfico: o 2° componente é dominante e o 1° é maior que o 3°.

-

Mesomorfo Ectomórfico: o 2° componente é dominante e o 3° é maior que o 1°.

-

Ectomorfo Endomórfico: o 3° componente é dominante e o 1° é maior que o 2°.

-

Ectomorfo Mesomófico: o 3° componente é dominante e o 2° é maior que o 1°.

-

Endomesormorfo: o 1° e o 2° componentes são iguais ou não diferem de mais de meia unidade e, são maiores que o 3°.

-

Endoectomorfo: o 1° e o 3° componentes são iguais ou não diferem de mais de meia unidade e, são maiores que o 2°.

-

Mesoectomorfo: o 2° e o 3° componentes são iguais ou não diferem de mais de meia unidade e, são maiores que o 1°.


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-

Central: os três componentes são iguais, não diferindo um deles de mais de uma unidade em relação aos outros dois, ficando em torno dos índices 3 ou 4.

Os valores obtidos para cada componente determinarão o percentual de participação de cada um na morfologia do indivíduo classificando-o e posteriormente possibilitando sua orientação para o desporto específico às suas características. E ainda contribuindo para redução dos desequilíbrios funcionais característicos à sua morfologia.

CARNAVAL (1995, p.73) chama a atenção para que, nas medidas antropométricas e no calculo do somatotipo, é obrigatório lembra que:

-

Com freqüência são causas de erro as imprecisões do ponto na qual se efetua a medida, e o uso incorreto dos instrumentos. Variando as pressões, os pontos de aplicação, associado ao pouco treino de quem toma as medidas, muitas falhas podem ocorrer:

-

Todos os instrumentos devem ter sua precisão aferida antes do seu uso;

-

As medidas antropométricas requerem conhecimento antes do seu uso, habilidade e prática específica. Nesse ponto localizam-se as maiores causas de erro e precisão. Nunca se deve medir uma vez só e sim, empregar a média entre duas medidas, que não se afastem mais de 5%;


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-

A variação do horário em que a medida foi realizada, fatores como atividade física anterior à tomada da medida, sudorese, alimentação, pressão atmosférica e etc., podem alterar o resultado. CONSOLÁZIO verificou uma alteração de 15% no valor das dobras cutâneas na dependência de modificações do enchimento capilar.

-

Lembrar que os índices não são infalíveis, como tudo que depende do fator biológico;

-

Sobretudo

em

crianças,

a

idade

cronológica

nem

sempre

corresponde à idade fisiológica. Por vezes existem importantes diferenças entre as duas. O melhor processo para determinar a idade ainda é através da idade óssea. -

Finalmente as medidas antropométricas não podem e não devem estar presa a normas determinadas e imutáveis de comparação, de vez que as gerações vem apresentando progressos na sua morfologia e, logicamente, alterando padrões pré-estabelecidos.

O estudo do somatotipo tem sido muito usado para descrever as características físicas dos atletas, embora o somatotipo isoladamente não indique o alcance da performance, pois outros elementos, tais como condições fisiológicas e desenvolvimento técnico, tenham influência direta na performance atlética. DEGARAY et al, apud FOX (1992) apresenta a distribuição dos somatotipos médios para vários grupos desportivos masculinos e femininos e para não atletas.


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Tabela 5 Somatotipos médios para não atletas Grupos de Referência

ENDO 2,4 5 2 3

Homem Referência Mulher Referência Nadadores Nadadoras

MESO 4,8 4 5 4

ECTO 2 3 3 3

De ROSE apud CARNAVAL (1997,76) cita alguns somatotipos de campeões olímpicos especialistas de atletismo e natação, determinados em estudos de De Garay, Livine e Carter:

Tabela 6 Somatotipos médios para vários grupos desportivos masculinos e femininos Modalidade

Atletismo

Natação

Provas 100;200;4x100 e 100c/b 400m 800 e 1500m Maratona Saltos; Altura; Dist. e Tiplo Salto com vara Arremesso Martelo, Peso, Disco Arremesso Dardo Decatlo Livre Peito Costas Golfinho Medley

ENDO 1,7 1,5 1,5 1,4 1,7 1,5 3,3 2,0 1,8 2,2 2,2 2,1 2,0 1,9

MESO 5,0 4,5 4,2 4,3 4,4 4,8 7,1 5,6 5,6 4,7 5,3 4,6 5,2 5,3

ECTO 2,8 3,3 3,6 3,5 3,4 3,2 1,0 2,3 2,5 2,9 2,8 3,4 2,6 2,7

MARINS & GIANNICHI (2004, p.84) apresenta o perfil somatotípico de atletas do sexo masculino de nível de seleção ou de equipe de alto nível. Modalidade

Futebol

Endomorfia

Mesomorfia

Ectomorfia

Goleiro

1,9

5,2

2,0

Defesa

1,9

4,3

2,4

Meio Campo

2,0

4,5

1,2

Atacante

2,2

4,2

1,8

Basquete

4,35

3,31

2,68

Judô

2,7

7,9

1,1

Natação

2,7

4,4

3,2

Vôlei

2,53

3,33

3,94


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Perfil somatotípico de atletas do sexo feminino da brasileiras Modalidade

Endomorfia

Mesomorfia

Ectomorfia

Nadado Sincronizado

3,2

3,5

3,1

Vôlei

2,3

2,8

3,0

GRD

3,07

1,92

4,04

Handebol

4,81

3,67

2,55

5,2

5,6

1,2

Basquete Judô Natação


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6 AVALIAÇÃO DO NÍVEL DE MATURIDADE BIOLÓGICA Em Ciências do Esporte além da determinação da assim chamada idade cronológica, nos preocupamos em conhecer algum ou alguns índices da idade biológica que estariam muitas vezes mais relacionados com o desempenho motor que a simples idade cronológica.

De acordo com MATSUDO (1999) na avaliação da aptidão física geral em escolares na fase peripubertária é fundamental que determine também o nível de amadurecimento biológico, o que permitirá melhor classificação, diagnóstico, prescrição e prognóstico do avaliado. Assim, é muito comum encontrarmos jovens que no seu grupo etário se destacam em termos de performance esportiva mas que ao serem analisadas com maior cuidado, evidenciam um nível de maturação bem mais avançado que a das demais colegas.

Por outro lado, junto a crianças que apresentam crescimento e desenvolvimento próximos a um ponto médio encontramos aquelas que seguem uma curva de aceleração mais precoce ou mais tardia, com significados distintos para a prática desportiva. Por tudo isso é que a análise do nível de maturação biológica é hoje um processo fundamental na avaliação da aptidão física geral, podendo ser feita mediante a determinação da idade morfológica, neurológica, dentária, óssea ou sexual.


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Na estimativa da idade biológica mediante as características sexuais, as mais usadas são os pêlos axilares e o desenvolvimento escrotal nos meninos, enquanto que nas garotas são mais observados os pêlos pubianos, o desenvolvimento mamário e a idade de menarca. Dessas vamos descrever as que nos parecem mais ao alcance do profissional de Educação Física.

Entende-se por maturação biológica o processo que leva a um completo estado de desenvolvimento morfológico, fisiológico e psicológico e que, necessariamente, tem controle genético e ambiental.

6.1 Conceitos e pressupostos

Antes de iniciar o tópico referente à Maturação Biológica em crianças e adolescentes, é importante que saibamos diferenciar os conceitos de puberdade e adolescência.

De acordo com FARINATTI (1995,p. 55-56):

“Puberdade é o resultado da interação de fatores genéticos e ambientais, com características bem definidas, como aceleração do crescimento, aparecimento de pilosidade (pubarca e axilarca) e mamas (telarca), ativação funcional do sistema neuroendócrino (adrenarca e gonodarca), mestruação (menarca) e, finalmente, a ossificação dos discos epifisários das epífeses. Em geral tem duração de dois anos”. “Adolescência se refere ao período que vai das primeiras mudanças nas características sexuais até a estatura adulta, em geral o tempo de adolescência seria difícil definir, podendo ir dos 10 aos 21/23 anos, o que incluiria o período pubertário”.


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Estudos demonstram haver variações significativas de peso, estatura, % de gordura e força, acordo com os estado de maturação sexual. Na avaliação da aptidão física geral em escolares na fase peripubertária é fundamental que determine também o nível de amadurecimento biológico, o que permitirá melhor classificação, diagnóstico, prescrição e prognóstico do avaliado.

Entende-se por maturação biológica o processo que leva a mudanças sucessivas do estado de desenvolvimento morfológico, fisiológico e psicológico, até que a forma adulta seja concluída e que, necessariamente, tem controle genético e ambiental.

6.2 Avaliação da maturidade biológica

Para avaliar a maturação biológica existem diferentes índices, dependendo do sistema em estudo. Assim está descrita a mensuração da idade óssea ou esquelética, idade dental, idade sexual, neural, mental, fisiológica e a maturação somática, cada uma das quais com suas vantagens e desvantagens.

Dentro destas as mais comumente usadas são a avaliação da maturação somática (mensurada mediante as medidas antropométricas), a maturação esquelética (mediante o uso de raios X ou dimensões ósseas) e a maturação sexual (medida pelo desenvolvimento das características sexuais secundárias em ambos os sexos, a idade da menarca na mulher ou mais


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sofisticadamente, mediante perfis hormonais). Tais metodologias, no entanto, envolvem questões materiais, culturais e éticas nem sempre facilmente superáveis pelo professor.

Devido a idade cronológica não ser um índice real e fidedigno de maturação, para qualquer pessoa que trabalhe com crianças nesse período peripubertário (professores, médicos, psicólogos, professores em educação física e outros), é de vital importância o conhecimento, de outras variáveis que venham ser indicadores de maturação biológica, entre os mais usados temos crescimento em estatura, peso corporal, IMC e dados de composição corporal.

Já que um só destes índices não prova a completa descrição do tempo de maturação, consideramos de maior praticidade no nosso meio a avaliação da maturação sexual a qual é feita geralmente mediante a idade da menarca nas meninas e a presença de pêlos axilares nos meninos, para o qual existem protocolos já estabelecidos.

6.2.1 Auto-avaliação da maturidade sexual

Apesar de terem sido considerados em certo grau arbitrários, a melhor e mais fácil técnica, que pode servir como alternativa não-invasiva para a aferição do desenvolvimento infantil e auto-avaliação do nível de maturação sexual. Está técnica baseia-se nos estudos de TANNER (1962) que apresentou para ambos os sexos mapas em que as características sexuais secundárias são exibidas em 5


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estágios sucessivos, onde através da visualização comparativa entre o indivíduo avaliado e um mapa com fotos em 5 estágios diferentes de desenvolvimento para ambos os sexos: a) masculino (genitália e pêlos pubianos); b) feminino (glândulas mamárias e pêlos pubianos). A criança aponta o estágio no qual se encaixa.

MALINA (1988), baseando-se nos critérios de TANNER, classificou os estágios assim: -

Estágio I: indica o estado pré-adolescente do desenvolvimento.

-

Estágio II: indica o início do desenvolvimento ou a aparição da característica em particular.

-

Estágio III - IV: indicam a continuidade do desenvolvimento, sendo de difícil avaliação.

-

Estágio V: indica o estado adulto de desenvolvimento.

Esta classificação serve mais que tudo para situarmos a época do desenvolvimento em que o indivíduo se encontra.

De aplicação mais prática, nos parece, a classificação feita por BONJARDIM et alii (1988) para classificar os escolares de acordo com os estágios de Tanner assim: 1-Pré-púbere:

- genitais e pêlos púbicos I. - mamas e pêlos púbicos I.

2-Púbere:

- genitais e pêlos púbicos II, III IV - mamas e pêlos púbicos II, II e IV.

3 Pós-púbere:

- genitais e pêlos púbicos V. - mamas e pêlos púbicos V.


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6.2.2 Forma de aplicação

Em uma sala comum, mas individualmente, são apresentadas as pranchas com as fotografias dos diferentes estágios de desenvolvimento para cada característica sexual secundária em particular segundo o sexo, havendo assim duas pranchas para cada sexo.

Para evitar a curiosidade e facilitar o entendimento do procedimento deve ser colocada encima das pranchas com as fotos uma folha em que é solicitado à criança observar com atenção cada uma das fotos e marcar na ficha de avaliação o número da foto que mais se parece com ela naquele momento. A característica sexual avaliada é registrada como M (para mamas) e P (para pêlos púbicos) para as meninas e como G (genitália) para os meninos e o número correspondente ao estágio (1 a 6).


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Para avaliar as características sexuais secundárias para ambos os sexos são utilizados a classificação feita por TANNER e descrita assim:

Masculino

-

Pré-púbere: ou infantil, que persiste desde o nascimento até o começo da puberdade. A genitália aumenta ligeiramente no tempo global, mas não há mudanças no aspecto geral. Ausência completa de pêlos axilares em ambas as axilas e pêlos púbicos. Pode-se encontrar uma fina penugem sobre os púbis semelhantes à de outras partes do abdômen.


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-

Púbere: presença parcial de pêlos axilares em ambas ou apenas uma região axilar (os pêlos axilares serão lisos, claros, opacos, finos e em pouca quantidade). O escroto começa a aumentar e há mudanças na textura e coloração (avermelhamento) da pele escrotal. O pênis aumenta em comprimento e diâmetro e a glande se desenvolve.

-

Pós-Púbere: presença total de pêlos axilares em ambas as axilas (os pêlos axilares serão escuros, encaracolados, brilhantes, espessos e em grande quantidade). A genitália é adulta em tamanho e forma.


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Feminino -

Pré-púbere: as mamas são infantis, com elevação somente da papila. Ausência completa de pêlos axilares em ambas as axilas, das glândulas mamárias e da menarca.

-

Púbere: formação e desenvolvimento mamário, iniciando-se com pequena saliência e elevação da mama e papila, depois aumento da mama e aréola, aumento do diâmetro areolar e projeção da aréola e da papila, formando uma pequena saliência acima do nível da mama. Presença parcial de pêlos axilares em ambas ou apenas uma região axilar (os pêlos axilares serão lisos, claros, opacos, finos e em pouca quantidade). Início do desenvolvimento dos caracteres sexuais secundárias, surgimento e desenvolvimento das glândulas mamárias e/ou da menarca.


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-

Pós-Púbere: presença total de pêlos axilares em ambas as axilas (os pêlos axilares serão escuros, encaracolados, brilhantes, espessos e em grande quantidade). Mamas com aspecto adulto, com retração da aréola para o contorno da mama e presença do ciclo menstrual.

O desenvolvimento dos pêlos púbicos no sexo feminino é igual ao do sexo masculino; a única diferença é que se distribuem nos lábios maiores e o triângulo que eles formam é de base superior.


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6.2.3 Precauções

-

Fazer a auto-avaliação em um local tranqüilo e individualmente.

-

Colocar caneta e folha de anotação específica e solicitar que a avaliação não seja marcada nas pranchas.

-

Colocar separadamente as pranchas para o sexo masculino e feminino.

-

Colocar sempre a folha explicativa grampeada à prancha evitando que as fotos fiquem expostas.

-

Em caso de dúvida de erro na auto-avaliação é sugerido que um avaliador do mesmo sexo do avaliado realize a classificação por exame direto das características sexuais.

A partir dos resultados obtidos com escolares brasileiros algumas das vantagens do método da auto-avaliação são:

-

A técnica projetiva baseada nas pranchas com as fotografias dos estágios de maturação sexual para ambos sexos tem validade moderada a alta (0,80-0,92);

-

Esta validade não apresenta diferenças segundo o sexo, mas para ambos a avaliação dos pêlos púbicos tem maior valor de associação do que a avaliação do desenvolvimento das glândulas mamárias ou os genitais externos. Isto porque a avaliação dos pêlos púbicos não é tão subjetiva como as outras características;


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-

Esta técnica projetiva pode ser usada com boa precisão para classificar os sujeitos de uma pesquisa segundo o estado prépúbere, púbere ou pós-púbere;

-

É uma técnica útil quando as condições sócio-econômicas ou nível cultural dos indivíduos ou do ambiente não permitem outra forma de avaliação e corre-se o risco de perder a pesquisa;

-

A alta reprodutibilidade do avaliado (0,93 - 0,99) é uma razão para afirmar sua alta confiabilidade e possibilidade de aplicar em repetidas ocasiões.

Levando-se em conta as grandes dificuldades que se têm em fazer uma avaliação médica para mensurar a maturação sexual, descritas na literatura e evidenciadas nos nossos estudos, consideramos que a auto-avaliação mediante a técnica projetiva é um método prático, simples e não sofisticado, que pode ser aplicada nos dois sexos, em qualquer faixa etária a partir dos 6 anos e em qualquer nível sócio-econômico.

A auto-avaliação do nível de maturidade sexual precede a avaliação da composição corporal em crianças e adolescentes. Baseadas no trabalho de THOMAS & WHITEHEAD (1993), HEYWARD & STOLARCZYK (2000,102) sugerem as seguintes abordagens para incorporar a auto-avaliação do nível de maturidade sexual e composição corporal nos currículos de educação física e saúde:


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-

Antes dos testes, explicar minuciosamente aos pais o propósito e os procedimentos desta avaliação.

-

Instruir os alunos sobre conceitos e procedimentos para medir a composição corporal.

-

Manter guardados os dados sobre essas medidas ao longo do tempo, a afim de avaliar os efeitos de interação do crescimento, maturação, dieta e atividade física nas mudanças da composição corporal.

-

Medir apenas pontos padronizados e seguir procedimentos estabelecidos.

-

Se houver necessidade, pedir ao professor, enfermeira ou aos pais da criança que estejam presentes durante o teste de composição corporal.

-

Assegurar confidencialidade, mostrando os resultados dos testes apenas para crianças que estejam presentes e seus pais.

-

Fornecer respostas pessoais e interpretações de grupo para os participantes.

-

Certifique-se de que a avaliação da composição corporal esteja se tornando uma experiência positiva para cada criança. Não rotular, criticar, ou ridicularizar crianças durante qualquer fase desse processo.


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