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Revista JM - 22 O que seria uma cicatriz invisível que se forma na alma.....
from Revista JM - 22
O que seria uma cicatriz invisível que se forma na alma e resulta em feridas profundas, que ecoam por gerações?
“Família é um agrupamento de pessoas que decidem viver em conjunto, porque têm uma origem em comum ou porque têm afeto”. Samer Agi.
Segundo o dicionário Aulete Caldas, abandonar significa: Deixar de todo, largar, não querer mais; DESPREZAR.
Para o Professor e ex-Juiz de Direito, SAMER AGI: não há vida feliz se não há satisfação familiar. Assim, aproveitando essa ideia, pergunta-se a respeito da alegria de um Pai ou de uma Mãe ao receber a notícia de uma gravidez. Meu DEUS, que benção! Contudo, para muitos isso pode significar a tristeza de uma vida carregada de obrigações. Que saco! Quem foi que inventou filhos?
A negligência emocional ocorre quando o Pai ou a Mãe despreza, de livre e espontânea vontade, salvo os casos patológicos, o AMOR EMOCIONAL e a atenção necessários para o desenvolvimento saudável de uma pessoa, normalmente de uma criança, especialmente durante a infância e a adolescência. Aqui, está caracterizada
a falha em prover o afeto.
Entretanto a Constituição Brasileira vem ABRAÇAR a família, em seu artigo 226, pois a família é a base da sociedade.
No Brasil, apesar de todas as imperfeições políticas, existe o diploma legal do ECA – Estatuto da Criança e do Adolescente – "Art. 4º: É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária."
ECA: de Excelência, de Cuidado, de Amor.
ECA: de Criança, de Infância, de Abundância, de Tolerância e de Mudança; que a Esperança continue sendo respeitada.
Já o Código Penal brasileiro trata do ABANDONO DE INCAPAZ no Capítulo III, mais especificamente no artigo 133. O texto do artigo é o seguinte:"Art. 133: Abandonar pessoa que está sob seu cuidado, guarda, vigilância ou autoridade, e, por qualquer motivo, incapaz de defender-se dos riscos resultantes do abandono: Pena - detenção, de seis meses a três anos."
Peço desculpas, como Advogado que sou, e ligado ao mundo jurídico, e talvez isso me faça pensar de maneira bem inerente a um profissional da área, - pois entendo que a garantia desses direitos deve ser tratada com prioridade absoluta, assegurando o seu cumprimento de forma integral, - mas, contudo, observo o seguinte:
Que ser humano é esse que abandona outro, indefeso, incapaz de se proteger, de se alimentar, de se defender? Eu não tenho coragem de fazer isso com um cachorro nem tampouco com uma criança. Usando a prudência, a razoabilidade, uma forma equilibrada e sensata de pensar, precisaríamos de normatizar isso?
A Bíblia é o livro mais lido do mundo, que há mais de 2.000 anos já explicava, assertivamente, o seguinte:
“Salmos 127:3: "Eis que os filhos são herança do SENHOR, e o fruto do ventre o seu galardão."
Mateus 18:5-6: "E qualquer que receber em meu nome uma CRIANÇA tal como esta, a mim me recebe. Mas qualquer que escandalizar um destes pequeninos, que creem em mim, melhor lhe fora que se lhe pendurasse ao pescoço uma mó de azenha, e se submergisse na profundeza do mar."
Assim sendo, onde está a nossa SABEDORIA? Isso não reforça a importância de tratarmos as crianças com AMOR, RESPEITO e CUIDADO? Então, qual é o nosso papel, enquanto Pais, Mães, Educadores e Sociedade? O nosso papel é proteger e guiar as crianças no caminho do bem, garantindo seu desenvolvimento físico, emocional e espiritual de forma saudável. É simples assim, resumidamente falando.
Para a eletrizante e admirável banda musical, TITÃS, FAMÍLIA é isto:
Família, família
Papai, mamãe, titia
Família, família
Almoça junto todo dia
Nunca perde essa mania
...........
Família, família
Vovô, vovó, sobrinha
Família, família
Janta junto todo dia
Nunca perde essa mania
Mas quando o neném fica doente
Procura uma farmácia de plantão
O choro do neném é estridente
Assim não dá pra ver televisão
Família, ê, família, ah
Família
Família, ê, família, ah
Família
Família, família
Cachorro, gato, galinha
Família, família
Vive junto todo dia
Nunca perde essa mania
A mãe morre de medo de barata
O pai vive com medo de ladrão
Jogaram inseticida pela casa
Botaram cadeado no portão
Família, ê, família, ah
Família
Família, ê, família, ah
Família ............
A música também nos ensina. Por meio dela, a banda convida o ouvinte a refletir sobre as dinâmicas familiares e as interações sociais, questionando os padrões impostos pela sociedade e incentivando uma análise mais profunda das relações humanas, certo? Certo. Entretanto, em hipótese nenhuma fala-se em ABANDONO, pelo contrário, fala-se em CUIDADO, em AMOR, pois quando o bebê chora, o pai logo procura uma farmácia de plantão.
O ABANDONO AFETIVO é um ato de covardia. Só por um minuto vamos nos colocar no lugar daquela criança abandonada. Isso pode ter impacto duradouro na vida de uma criança, no seu desenvolvimento emocional e psicológico, podendo influenciar a sua vida adulta.
Vamos trazer, agora, aos nossos olhos a imagem da cantora Madona. Apesar de tantas controvérsias, quanto amor distribuído, entre os filhos do coração e os da biologia. Parabéns para essa estrela. Aqui, no Brasil, tivemos a nossa querida irmã Dulce, Mãe de tantos. As suas palavras soavam como uma brisa para aqueles que não tinham nenhum afeto para receber. É importante ressaltar que o abandono afetivo pode ser sutil e, às vezes, não se manifesta por ações explícitas. A negligência emocional contínua pode estar implícita, no comportamento daquela pessoa que pretende praticá-la, como por exemplo, falta de comunicação, ausência de demonstração de afeto ou, ainda, desinteresse nas necessidades emocionais de uma pessoa.
Aqui, só nos resta A ESPERANÇA DO PESO DA TOGA.
Devemos nos vestirmos dos pés à cabeça dessa ESPERANÇA, para sentirmos o paladar da DOCE JUSTIÇA em nossas bocas.
O PASSADO de uma criança
ABANDONADA AFETIVAMENTE é um só, mas o seu FUTURO pode ser diferente.
Por fim, há decisões que são personalíssimas - mesmo quando se refere a um tema tão espinhoso, marcado
pela tristeza, mágoa, medo e solidão –e não nos cabe decidir por ninguém. Mesmo assim, devemos nos lembrar que o AMOR dá força e a força nos conduz. O que precisa acontecer para você – que tem um filho esquecido –superar essa postura, essa briga? Na grande maioria das vezes, trata-se de VAIDADE. A vaidade que mata o homem, mas a vida de amarguras viverá, impiedosamente. Celebre a PAZ, antes da tragédia, da GUERRA de conflitos, e não espere a MORTE dos sentimentos para celebrar a VIDA DE PAZ, na sua família.
À disposição: advwagner1212@gmail.com.
OBRIGADO!