Jovem
NÚMERO 443 || 28 DE JULHO DE 2005
socıalista
> ESPECIAL IVG
Director Miguel Lopes || Director Adjunto André Fonseca Ferreira; Patricia Palma | Equipa de Redação Bruno Noronha; João Gonçalves
ORGÃO OFICIAL DA JUVENTUDE SOCIALISTA
Editorial
CONTINUAR A TRABALHAR!
A Voz da JS O Jovem Socialista vai de férias. Passaram dez meses desde que a actual direcção iniciou este projecto. O nosso trabalho está ai e vê-se. Procurámos fazer do Jovem o que desde o início explicitámos que, em nosso entendimento, este orgão devia ser: a voz da JS. Só não podemos substituir-nos à acção de alguns dos nossos camaradas, nem colmatar a falta de proactividade de alguns outros (e à má vontade de uns outros tantos!). Mas ficamos de consciência tranquila pelo dever cumprido. E agradecemos a todos os camaradas que nos ajudaram a adicionar valor a este importante canal de informação da JS. Da Madeira ao Algarve, de Bragança a Coimbra, de Lisboa a Viseu, agradecemos a todos os camaradas activos da estrutura. O nosso muito obrigado também a todos aqueles que nos facilitaram a realização de entrevistas. Elas são fundamentais para manter a estrutura informada. A membros do governo,
deputados e outros camaradas que nos concederam o seu tempo e partilharam com os militantes as suas ideias, o nosso mais sincero obrigado! Foram dez meses de grandes mudanças. Na JS, no PS e no país, assistimos a acontecimentos muito variados. Demos conta de inúmeras actividades das estruturas de base da JS, outras organizadas pelo Secretariado Nacional e outras da J em conjunto com o Partido. E tivemos a honra de apoiar o regresso do nosso partido à governação de Portugal. Agora, é tempo para uma pequena pausa! Mas mesmo estamos de férias, não paramos! Por isso, podem contar com o nosso regresso no mês de Setembro. E logo com a reportagem do ECOSY Summer Camp... Abraço fraterno e desejo de boas férias (se for o caso!), Miguel Lopes Director A equipa do Jovem Socialista. Jovem Socialisa >> miguellopes@juventudesocialista.org
“maravilhas” da aeronáutica? Em segundo lugar, assumir que não é necessário o novo aeroporto, num contexto de rápida evolução, implica remeter Lisboa para uma posição periférica no actual contexto Europeu. Neste cenário, os voos realizados “de” e “para” Lisboa enquadrar-se-iam num plano regional, cabendo a outras cidades europeias (ex. Madrid) a realização das importantes travessias. A longo prazo, a nossa capacidade para atrair investimento estrangeiro, para fixar novas empresas e para criar e riqueza, decresceria de forma assustadora. Para além disso, definitivamente, estaríamos a assumir que Lisboa não tem capacidade para competir com as grandes cidades Europeias! Não se trata apenas do aeroporto, mas de todo o investimento e desenvolvimento que este potencia! E, já para não falar das potencialidades que Portugal representa em termos de localização geográfica. Enquanto país mais ocidental da Europa, Portugal pode constituir um ponto por excelência na comunicação entre a Europa e os E.U.A. A Holanda, para nomear apenas um exemplo, constitui, actualmente, um importante centro de ligações aéreas dentro do contexto Europeu. Porque não pode Portugal desfrutar da sua condição natural e “Muita água tem rolado” sobre a necessidade de edificar o novo aeroporto da Ota. construir uma importante rede de travessias entre os países da a Europa e os E.U.A.? Apresentado como uma obra basilar pelo nosso Primeiro-Ministro, Ministro das Num terceiro plano, ressaltam as matérias da seguObras Públicas e Ministro da Economia, a construção do novo aeroporto tem vindo a rança e da qualidade de vida em Lisboa. Na realidade, estas questões tendem a ser legadas para segundo plano. ser aplaudida por muitos empresários e personalidades de renome em Portugal. Contudo, vários são os investigadores que têm vindo a apontar para os perigos que as aterragens em Lisboa representam (não apenas por toda a envolvente demasiado pessoas, numa estratégia de aproximação e encurtamento o entanto, várias figuras, tanto dentro congestionada de prédios, estradas e outras infra-estrudas distâncias. Estudos recentes, contudo, têm vindo a como fora do espectro socialista, se têm turas, mas também pelas correntes de ventos fortes, que chamar a atenção para a dúbia capacidade do insurgido, vigorosamente, contra esta obrigam muitas vezes à necessidade de efectuar actual aeroporto da Portela para suportar obra, alegando razões inerentes ao várias tentativas de aterragem). esta nova realidade (tal como já se havia aumento da despesa pública, ao carácE, para finalizar (embora não menos constatado durante a segunda legislatura de ter não urgente do aeroporto ou à inexistência de uma importante!) falemos da poluição e do ruído António Guterres). Este problema revela-se verdadeira necessidade do mesmo. É certo que a conque todos os dias invadem Lisboa, afectando, de ainda mais crítico, num cenário de crescente strução do novo aeroporto acarreta custos elevados. Mas, forma significativa, a qualidade de vida dos Lisevolução tecnológica. quanto a mim, o novo aeroporto da Ota representa um boetas. Infelizmente, já estamos tão habituados, Todos nós assistimos no dia 27 de Abril empreendimento estratégico para Portugal, pelas três que já não nos damos conta … a um marco na história da aeronáutica: o razões que passo seguidamente a enunciar. Por todas estas razões, e outras aqui não primeiro voo oficial do A380, um avião de 2 Por Patrícia Palma mencionadas, parece-me que o novo aeroporto Constituindo os transportes um dos mais críticos andares que transporta até 800 passageiros alicerces da nossa “aldeia global”, espera-se que o tráfego não constitui apenas um empreendimento (em versão charter). Ora, uma questão fica no ar: será aéreo venha a crescer significativamente nos anos que se necessário, revelando-se sim uma obra verdadeiramente que o actual aeroporto de Lisboa dispõe das infra-estruavizinham. Pensar em termos de “uma Europa” envolve a estratégica para um país que se pretende mais moderno turas necessárias para receber quase diariamente estas deslocação cada vez mais rápida e frequente de bens e e mais competitivo.
> NOVO AEROPORTO DA OTA
MAIS DO QUE UMA NECESSIDADE … UMA OBRA VERDADEIRAMENTE ESTRATÉGICA!
N
> OPINIÃO FRANCISCO VALE CÉSAR
Na busca pela mediocridade!
J
á sabíamos desde o início, que este mandato não iria ser fácil. Teríamos que trabalhar para retirar a nossa JS do marasmo, quer político, quer estrutural que emperravam o dia a dia da nossa organização. Sabíamos que avançar com reformas estruturais na organização, iria incomodar muitos interesses instalados. Eleições harmonizadas nos núcleos, concelhias e federações obrigavam a JS a trabalhar na estrutura durante 3 meses de um ano, deixava caminho livre para discutirmos política durante os 9 meses seguintes. Regularizarmos as transferências era um imperativo moral e estrutural, para quem percebeu como se habituou a organização a ter "militantes saltitantes" conforme o vento das eleições. Os Estatutos não serviam para regular as relações de "Uma Organização", serviam para quando dava jeito afastar os que se opunham ao "status quo" ou quando não dava jeito a leitura tornava-se pesada e complicada, o que implicava deitalos fora e utilizar o gosto pessoal de quem estava na Sede Nacional conforme o vento das eleições. Mais uma vez, parte da estrutura se habituou a esta maneira de fazer as coisas. Lembro-me no último congresso o problema que foi fazer listas, muitas das pessoas queriam tudo sem nada ter ou querer dar à Organização. Muitos A reacção corporati- estavam preocupados ou com o seu va de quem se habi- status, (estar acima de outro para tuou à "forma de dizer que era mais importante e valia mais), ou com o seu futuro no fazer coisas do antigamente", é forte PS, pois a idade não perdoa. Algue doentia na busca mas cedências foram feitas, admito, da mediocridade, o pois infelizmente fazer política tem que nos dá, e a mim destas coisas. Mas nunca esperei, que após este processo, certas pesparticularmente, soas continuassem com a sua mais vontade de ambição desmedida, querendo continuar a mudar mais para si e faltando sucessivae transformar a mente com o que se tinham comestrutura no sentido prometido, nem que seja pela sua de termos "Uma ausência permanente. Organização JS ". Quando chegamos à Sede Nacional, verificamos como o descontrole se alastrava da estrutura para a parte financeira. Telemóveis presentes no imobilizado da JS nem vê-los, (alguns dos que muito falam hoje, talvez um dia me pudessem esclarecer porque sobre este assunto acusaram outros de coisas que são da sua responsabilidade), material de expediente e discos regidos desaparecidos ou apagados também me ajudaram a perceber como as coisas eram e como deviam deixar de ser. E meus caros camaradas, fazer contas, todos nós, ou pelo menos a maior parte, sabe fazer. Mas cumprir regras contabilísticas, e ter transparência nas contas,já custa e dá muito trabalho.Isso tenho a certeza, pois a nós deu muito trabalho compor a incompetência dos outros. Mas há medidas simples, que custam a "alguma" estrutura, que podem ser estruturais. Uma delas que muitos problemas me deram foi a simples eliminação do corrector do livro de registos da Sede Nacional. Parte da estrutura não gostou, pois esta estrutura estava habituada a viver do cacique e da mediocridade do mexerico e da disputa de lugares. Muitos começaram a imaginar o que seria ficar 9 meses sem oferecer ou disputar um lugar, em ter mais votos que outro, em chantagear para beneficio próprio, em atacar outros só porque tem medo deles. Assistimos a situações estranhas, alianças de quem sempre se combateu por pensarem, pensávamos nós, de forma diferente. Percebemos que de facto antes não tinham nada em comum, percebemos agora que de facto têm: A ambição desmedida de chegarem ao PODER! Obviamente não tenho a arrogância de dizer que este foi um mandato perfeito, muitas coisas correram menos bem do que esperávamos, outras sim, superaram as nossas expectativas. Muito trabalho temos ainda pela frente, e estou certo, muitas dificuldades também. >> Secretário Nacional para a Organização >> umaorganizacaojs.blogspot.com/
> RETROSPECTIVA
10MESES EM REVISTA NO JOVEM SOCIALISTA... > Entrevista ao Secretário-Geral Pedro Nuno Santos > Entrevista com Presidente da QUERCUS > JS Bragança oferece prenda a Santana Lopes > Encontro Nacional de Coordenadores Concelhios > Campanha “Sida.Tem tudo a ver contigo.” > Entrevista ao SN do PS Marcos Perestrello > SG da JS em Pré-campanha > Propostas da JS para as Legislativas, “O Futuro é Agora.” > Vitória histórica do PS nas Legislativas > “PS empata PSD na Madeira”, por Célia Pessegueiro > Entrevista a José Leitão, ex-Secretário-Geral da JS > Entrevista a BernardoTrindade, Secretário de Estado doTurismo > Comemorações do 25 de Abril > Federação da JS Coimbra organiza acção de formação > António Guterres eleito ACNUR > Mensagem do SG Pedro Nuno “A esquerda dentro da esquerda” > Pedro Nuno participa em manifestação anti-descriminação homossexual > Governo PS: 100 dias a mudar Portugal > JS Loulé comemora Dia Mundial do Ambiente > Núcleo de Quarteira recolhe assinaturas para melhorar campos de futebol > JS FAUL unida em torno de um novo rumo > JS apresenta queixa contra Alberto João Jardim > JS organiza Summer Camp da ECOSY
Dito da Quinzena “Se a inveja fosse coxa,muita gente andava de muletas.” > OPINIÃO PAULO FERREIRA
Oportunidades...
S
endo dos que acreditou, e acredita, que a Oportunidade é Agora, que vivemos um momento único de reforma de mentalidades, de renovação interna do Partido Socialista, de rejuvenescimento de caras e ideias, de consciencialização colectiva da necessidade de valorização pessoal e formação contínua, especialmente ao nível dos políticos como representantes do povo, agentes da mudança e actores principais na criação de um Portugal melhor, mais moderno e adaptado à nova realidade mundial, mais igualitário e mais justo. Para mim, é este o momento em que todos deverão opinar,“chegar-se à frente” e dizer de sua justiça, participar e não esconder a cara perante as dificuldades, calar esperando “tempos mais propícios” ou esperar na fila dos que escolhem o comboio apenas ao sinal de partida, ou seja, quando é claro o comboio “que vai sair vencedor”. Acredito profundamente que todos somos iguais, sei que alguns pensam que são mais iguais que outros. Dentro de 8 ou 10 anos, tenho a certeza, apenas os mais capazes, com mais e melhor formação e com melhor currículo sobreviverão na “Política”, o tempo dos senhores do aparelho, dos caciques está a acabar. O nosso regime apenas sobreviverá se o povo vir qualidades e capacidades acima da média nos seus representantes. Sei que todos são importantes, na acção e na opinião, sei também que alguns vivem das opiniões dos outros e de silenciar os que não lhes interessam. Defendo com unhas e dentes a democracia representativa e uma “sociedade civil” activa e participativa, apesar de “uns e outros”que se apropriam dessa representação e de “uns”iluminados-estrelas da “quinta das celebridades”da nossa “sociedade civil” (uso este termo entre aspas devido à inexactidão que representa e em homenagem ao grande político que o começou a introduzir no discurso político há uns anos). Eu estranhei o silêncio de muitos camaradas nas “directas” para Secretário Geral do PS, mais ainda estranhei o silencio de muitos militantes na campanha eleitoral que nos conduziu a uma vitória esmagadora, tenho, aliás, estranhado alguns silêncios de ilustres camaradas nesta fase da vida política em que é necessário defender as opções do governo, se realmente se acredita nelas. Eu acredito! Acho que é tempo de parar de falar em surdina que já perdemos Lisboa, que ainda se espera umas nomeações, que os independentes “isto”, que alguns dirigentes “aquilo”. Nós só perdemos Lisboa se quisermos lamentar a não – coligação com o nosso assassino do costume, o PCP, se pretendermos retirar dividendos dessa derrota e se não trabalharmos nas nossas secções e nos nossos bairros para conquistar a vitória. Mesmo que isso implique discordar de alguém ou de alguma coisa, ao fim e ao cabo é esta a nossa maior riqueza, a liberdade de opinião. Eu não quero lamentar nem me quero aproveitar! Farei o que for preciso para colocar o Dr. Manuel Maria Carrilho no lugar que o Partido decidiu que ele se deveria candidatar. Ponto Final. Nós só perderemos as eleições presidenciais se não conseguirmos demonstrar aos portugueses que o Prof. Aníbal Cavaco Silva não foi “julgado” pela desastrosa política do betão e do alcatrão e do sistema de remunerações da Função Pública, se não conseguirmos demonstrar a falta de experiência diplomática, a inaptidão em lidar quer com a Comunicação Social quer com o povo, na rua. Qualquer dos pré-candidatos a Presidente da República é melhor que o ex-Primeiro Ministro do PSD. Tal como qualquer candidato à CML é melhor que o Eng. Carmona Rodrigues pelo simples facto de não serem responsáveis pela desastrosa gestão Santana/Carmona! Mesmo que as sondagens reflictam cada vez mais as
opções de rigor e contenção do governo, temos de ajudar a explicar e defender as mesmas opções, assumir o nosso lugar neste projecto de um Portugal diferente. Mesmo que as sondagens digam o contrário, temos de lutar até ao ultimo minuto para salvar Lisboa de mais 4 anos...do mesmo! Aliás depois de tomar conhecimento das declarações do Dr. Pedro Santana Lopes numa recente Assembleia Municipal, parece que o verdadeiro culpado do Túnel das Amoreiras é mesmo o Eng. Carmona Rodrigues...e não vi isto desmentido em lado nenhum! Mesmo que as sondagens que dão um “passeio” ao Prof. Aníbal Cavaco Silva há mais de 1 ano e meio continuem, é nossa obrigação ver além do obvio. E apontar que nenhuma distrital do PSD e quase nenhum dos autarcas (constituídos arguidos ou não!) do PSD apoiam Cavaco Silva! Ou o PSD não representa os seus próprios militantes ou Cavaco Silva será eleito por socialistas e comunistas...não me parece! O nosso Presidente da República terá preocupações e comportamentos de Estadista e de Estado, experiência e gosto em lidar com o povo, conhecimentos de muitos mais do que a área económica e saberá comer bolo rei...normalmente! Por isso e respeitando o imenso currículo de Freitas do Amaral, a gigantesca estatura e experiência política da maior referência viva da democracia portuguesa, o Dr. Mário Soares, devo dizer que o melhor candidato para unir a esquerda, para cumprir todos os critérios acima referidos com energia e vigor, com ideias novas e os bons conceitos “antigos”, enfim que enfrente Cavaco Silva para ganhar sem sermos acusados de “marcha-atrás” ou regresso ao passado é o camarada Manuel Alegre. Não tenho dúvidas de qualquer espécie em relação a isto. No entanto, e como deve ser, estarei na primeira linha da barricada com qualquer candidato que os órgãos do partido decidirem apoiar. O Ministro dos Negócios Estrangeiros tem toda a razão quando diz, e assume a sua culpa, na explicação, por parte do governo, das medidas tomadas, aos portugueses. Onde estão os ilustres socialistas escrevendo nos jornais defendendo o governo? É que durante as Novas Fronteiras e durante a campanha, que me perdoem os outros, as melhores intervenções foram do camarada Manuel Alegre! E quando as balas contra o governo começaram a chover, tirando o nosso Coordenador Autárquico e o Dr. Manuel Alegre, poucos vi a dar o corpo às balas. É desta cepa, desta estirpe de Homens que precisamos. Quando alguns “Velhos do Restelo” auguravam dificuldades no desempenho no cargo e algum “cinzentismo” ao recém eleito Primeiro Ministro, o nosso Secretário Geral respondeu com um excelente desempenho, melhorando a cada debate e a cada declaração à Comunicação Social, esmagando a fraca oposição em cada interpelação ao Governo na Assembleia da República. Pela primeira vez um partido da Esquerda obteve a maioria absoluta e suporta um governo que é conhecido pelo rigor, pela capacidade de decisão e pela resistência a alguns lobbys...meus amigos, é de valor! E é aprendendo com estes Homens, com os sucessos e com as derrotas, imitando as virtudes e corrigindo os defeitos que uns e outros lhes possam encontrar que renovaremos o partido, com IDEIAS NOVAS e com CARAS NOVAS. Porque a Oportunidade é Agora e Portugal não pode esperar mais.
Fétida lesma morta que se espapa à beira do velho Atlântico, sob o nome desacreditado de...Alberto João Jardim O Dr. Alberto JJ devia ser colocado no lugar. Pelo presidente do seu partido, de certeza, pelo presidente da República, talvez, pelo Governo, penso que não, mas deveria ser colocado no seu lugar, de representante político de um magnifico
Arquipélago, parte integrante da Nação conhecida como Portugal. Estado Democrático, de Direito, com Constituição e Liberdade! Já é demais, inqualificável, oneroso para a imagem da República, negativo para a imagem do País na União Europeia, perigoso para o relacionamento com outros Estados, mesmo extra-União Europeia e uma armadilha colocada na actual Regime, pronta a explodir para ameaçar a integridade nacional e a estabilidade da nossa Democracia. Porque existem “uns e outros” que desejam implantar um novo regime baseado numa nova Constituição e....30 anos de luta, com vitórias e com derrotas, seriam deitados no Lixo!
“O maior obstáculo ao conhecimento não é a ignorância, é a ilusão do conhecimento” Daniel Bustin O líder do PSD não é mau porque não acerta uma, não é fraco porque não ganhou verdadeiramente o Congresso que o elegeu, não é brando com o Ditador da Madeira porque não tem fibra, não é pouco convincente porque antes de ele ganhar já se discutia a sucessão, não consegue anunciar uma proposta ou projecto com o minimo de substancia e conteúdo devido a crises de consciência em relação ao anterior executivo governamental, ele é mau porque lhe foi encomendado um papel “à Fernando Nogueira” e o próprio nem percebeu! Devia ter lido o Guião...
Campos e Cunha Portugal é um País fabuloso, não tenhamos disso alguma dúvida! Deixamos os nossos grandes artistas morrerem pobres para depois os elevarmos à Glória. Esquecemos os nossos heróis porque fazem parte de uma História aparentemente pouco conveniente. Discordamos e dizemos mal, para depois da morte quase entrarmos em histeria colectiva de elogios e condecorações....post mortem! Eu gostei imenso do nosso ex – ministro das finanças, sei que era um técnico e não um político, sei que não teve o peso dentro do governo que ele estaria à espera, acho que saiu cedo demais...mas afinal como é que ele faria o Orçamento de Estado 2006 no mesmo Governo que o Dr. Mario Lino e o Dr. Manuel Pinho? Provavelmente seria impossível, mesmo assim acho que o mesmo Dr. Campos e Cunha que levou a Faculdade de Economia da UNL ao 1ºlugar do Ranking Nacional, o mesmo que agora é elogiado por todos os Partidos à direita do PS, o mesmo que a Dra. Constança Cunha e Sá agora cobre de referências elogiosas por oposição “aos socialistas” de que ela fala com tanto despeito, o mesmo que, para o Dr. Marcelo Rebelo de Sousa era a única “coisa boa” deste governo, prestou um grande serviço ao País nos 130 dias durante os quais foi Ministro de Estado e das Finanças. Mesmo que a sua saída afecte ainda mais as sondagens, acredito que o nosso Primeiro Ministro decidiu bem, porque, camaradas, ele decide, ao contrário de algumas experiências do passado. Tenho absoluta confiança que o nosso Primeiro Ministro tem um Rumo, tem um Projecto, que todas as dificuldades e armadilhas herdadas do anterior Governo serão apenas um estimulo para o PS ganhar a sua maior batalha...reformar Portugal e preparar este País para o Séc. XXI, custe o que custar, doa a quem doer. E mais ainda, acho que o nosso Secretário Geral deixará uma marca importante na história desta jovem democracia e será relembrado em páginas de ouro na história do PS....mas disso tratará o tempo e a história. Para isso acontecer basta que todos ajudemos e façamos a nossa parte como militantes activos e como cidadãos conscientes e mobilizados. Pronto e que o novo Ministro das Finanças consiga um milagre, cortar ainda mais na despesa pública e conseguir financiar uma OTA um pouco discutível (espero ansiosamente pelo projecto, por alternativas e pelo livro branco) e um TGV fundamental para a nossa ligação à Europa mas que não faz totalmente sentido dadas as deficiências da nossa rede ferroviária convencional, os problemas com a as ligações dos nossos portos....bem isto já daria para mais um artigo!