Par.a.í.so eCo.Operativo * Um jardim híbrido na Serra do Itaqueri *
João V. T. Manfrinato
Par.a.í.so eCo.Operativo * Um jardim híbrido na Serra do Itaqueri *
Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” Faculdade de Arquitetura, Artes e Comunicação Departamento de Arquitetura, Urbanismo e Paisagismo
Trabalho Final de Graduação Arquitetura, Urbanismo e Paisagismo Outubro de 2019
Autor: João V. T. Manfrinato Orientadora: Kelly C. Magalhães Co.Orientadora Eva Gil Lopesino
Par.a.í.so eCo.Operativo é uma publicação de Trabalho Final de Graduação realizado na Faculdade de Arquitetura, Artes e Comunicação, FAAC, Unesp Bauru. c desta edição, o autor c dos textos, o autor c das imagens, o autor
Orientadora Tutor
Co.Orientadora Co-Tutor
Colaborador Collaborator
Autor
Author
Kelly C. Magalhães
Doutora Arquiteta, Professora assistente FAAC, UNESP.
Eva Gil Lopesino
Mestre Arquiteta, Professora assistente DPA, ETSAM.
Sidney Tamai
Doutor Arquiteto, Professor assistente FAAC, UNESP.
João V. T. Manfrinato
Graduando em Arquitetura, Urbanismo e Paisagismo.
DAUP Publicação de trabalho acadêmico. Trabalho Final de Graduação. Todos os direitos reservados. A reprodução não-autorizada desta publicação, no todo ou em parte, constitui violação de direitos autorais. (Lei 9.610/98) Edição: Outubro de 2019
Impressão Printed by
Gráfica Real
R. Estanislau de Oliveira, 211, 13520-000 Impresso em São Pedro - SP
Muita gente me ajudou a chegar até aqui. Agradeço a cada um que de certa forma passou por minha vida. À Kelly, pela orientação, pelo incentivo a seguirmos pela não obviedade. Por acreditar no trabalho. À Eva, pela colaboração, pelas utopias concretas. Por aceitar o desafio. Ao Pedro, pelas conversas em Madrid. À minha família, pela base. Aos meus irmãos, pelo companheirismo e apoio incondicional. Aos meus pais, por tudo.
índice
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Index 10
Resumo / Abstract
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Gênesis / Genesis Apresentação Metodologia Contatos Equipe de trabalho Cronograma
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O jardim híbrido / The hybrid garden Entorno Cuesta de Botucatu Serra do Itaqueri São Pedro Parque Mirante do Cristo Cenários O cliente SlowFood Brasil Meeting Programa
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O modelo / The model Inputs
Objetos Categorias
Entorno Atmosferas
Biodiversidade existente Unidades de produção Campo visual Índices bioclimáticos Inclinação topográfica
O protótipo Modelo final 228
Anexos / Annexes Textos suporte Considerações finais
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Bibliografia / Bibliography
resumo
abstract
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Resumo Paraíso provém, segundo o dicionário Oxford, de um amplo parque ou um jardim aprazível onde Deus colocou Adão e Eva, depois da Criação. É um lugar com aspecto agradável e clima ameno, rico em espécies, que se cultiva plantas nativas e exóticas, que proporciona fruição intelectual, estética; que desperta a sensibilidade, o interesse. Ainda, segundo Bernardo Secchi, o jardim pode ser visto como um instrumento de investigação e projeto do território contemporâneo. É sob esse aspecto que a pesquisa se apoia: operar no contemporâneo - instável, multiespecializado e multitemporal - através da figura do jardim, aqui apresentado como um modelo híbrido, capaz de incorporar a si diferentes
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sistemas e promover uma maior eficiência diante os desafios e objetivos apresentados. Propõese, assim, investigar e sobrepor, através de uma metodologia bilateral e colaborativa - Modelos -, determinados parâmetros arquitetônicos e como podem ser espacializados em São Pedro, uma paisagem eco-emergente brasileira que repousa à Serra do Itaqueri. Mais do que somente operar e sobrepor os determinados elementos na paisagem, portanto, essa pesquisa demonstra o processo de investigação como o projeto contemporâneo, sendo uma ferramenta útil e criativa para solucionar o contemporâneo.
resumo
abstract
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Palavras-chave: Paraíso, paisagem, jardim, híbrido, paraíso eco-operativo, são pedro, modelos, processo projetual, eco-emergente, projeto contemporâneo, cidade contemporânea.
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resumo
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Paradise comes, according to the Oxford dictionary, from a large park or a pleasant garden where God placed Adam and Eve after Creation. It is a pleasant-looking place with a mild, species-rich climate that cultivates native and exotic plants, which provides intellectual, aesthetic enjoyment; that arouses sensitivity, interest. Still, according to Bernardo Secchi, the garden can be seen as an instrument of investigation and design of contemporary territory. This is where the research is based: operating in the contemporary - unstable, multispecialized and multitemporal - through the garden figure, presented here as a hybrid model, capable of incorporating different systems and promoting greater efficiency
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in the face of challenges and objectives. presented. Thus, it is proposed to investigate and overlap, through a bilateral and collaborative methodology Models -, certain architectural parameters and how they can be spatialized in SĂŁo Pedro, a Brazilian eco-emerging landscape that rests in the Serra do Itaqueri. More than just operating and overlaying certain elements in the landscape, therefore, this research demonstrates the research process as the contemporary project, being a useful and creative tool to solve the contemporary.
resumo
abstract
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Key words: Paradise, landscape, garden, hybrid, eco-operative paradise, sĂŁo pedro, models, design process, eco-emerging, contemporary design, contemporary city.
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Gênesis substantivo masculino 1. Primeiro livro da Bíblia que, no Antigo Testamento, narra e descreve a criação do Mundo (da Terra, da humanidade) . substantivo feminino 2. Ponto inicial que faz com que algo passe a existir; origem; gênese. 3. Evolução dos seres; geração. 4. Série de causas e circustâncias que corroboram para a criação de alguma coisa.
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apresentação
Este trabalho aporta uma experiência projetual que vem se extendendo por quase dois anos e meio, fruto de uma indagação pessoal a respeito da metodologia projetual contemporânea. Parte, de certa forma, de uma curiosidade que surgiu nos anos acadêmicos e que foi sendo correspondida pelas investigações apresentados nessa pesquisa. Não sei ao certo quando tudo se inicia, mas pela forma concreta de uma história, com a especificidade de seus fatos e personagens num determinado tempo, tratarei assim desses elementos marcantes para dar o suporte necessário para o desenvolvimento desse enredo. Era 2017, num período em que participava junto à Comissão da Semana de Arquitetura, que
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acabei conhecendo muitos jovens escritórios brasileiros. Dentre eles, o Erico Botteselli, do Grupo Garoa, é quem fez a ponte para o desenvolvimento inicial dessa pesquisa. Naquele momento, os temas em que tinha interesse eram a paisagem, o desenho como suporte, a representação, o social, o objeto, os diagramas, a tecnologia e o digital. Através de inúmeras conversas, Erico me apresentou Federico Soriano, e que seu livro “Sin_tesis” valia a pena ser lido. Basicamente, esse livromanifesto diz que a arquitetura contemporânea, além de processual e feita a partir de decisões projetuais num determinado espaço-tempo, é resultado de uma negociação entre diversos fatores e atores. Arquitetx e cliente. Arquitetx e arquitetx. Arquitetx e engenheirx.
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apresentação
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Arquitetx e mestrx de obra. paulista? Ainda não tinha a Arquitetx e fornecedor. Arquitetx resposta. e entorno, história ou cultura, Arquitetx e... Após alguns meses, fui premiado com uma bolsa Magalhães para Sob esse aspecto, como um a Universidad Politécnica de processo que trata de questões Madrid. Tive um semestre de plurais, feita por uma equipe aulas com Federico e toda sua multidisciplinar, e para pessoas equipe. Eram quatro professores quase sempre desconhecidas, ministrando as aulas, Federico acaba por se sustentar sob um Soriano, Pedro Urzáiz, Eva cenário intangível e instável, Gil e Silvia Colmenares, e que que tende a ser adaptado e eram muito distintos entre si. modificado quase que a todo Uns mais propositivos, outros momento, ou instantaneamente. mais pragmáticos, outros mais Desse modo, a arquitetura já não provocativos e até opostos entre consegue se sustentar sob as leis si. Isso, de certa forma, nos fazia universais, estáveis e clássicas pensar sobre o funcionamento que sempre aprendemos. Ela não de um escritório contemporâneo possui escala, não possui forma, de arquitetura, o qual atua não tem peso, não tem planta, sob uma equipe distinta e não tem detalhe, nem gesto1. complementar. Era a metodologia aplicada também no próprio Ela é o próprio processo. Nós, arquitetos, somos os responsáveis, funcionamento das aulas de projeto. então, por fazer esse processo sempre ocorrer, através da Depois de vivenciar todo esse mediação ou negociação entre esses fatores e atores, como uma discurso e ver sua aplicação como campo de pesquisa e projeto, espécie de “mago malabarista”. ainda em Madrid conversei com a Eva, uma de minhas professoras Todo esse discurso me parecia condizente e interessante, porém da unidade Soriano, e juntos à Kelly, demos início à ideia de me faltava a ligação necessária criar a ligação dita anteriormente, para aproximar tudo isso à sob um processo projetual minha realidade. Como todo esse questionamento poderia ser bilateral e colaborativo. aplicado num cenário local de uma pequena cidade do interior
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Portanto, mais do que comprender o projeto contemporâneo, esse trabalho é uma oportunidade de aplicar todo uma investigação que parte de um cenário global e contemporâneo sobre um cenário local e eco-emergente brasileiro. Também, é uma forma de repensar e re-conhecer o lugar que sempre vivi, São Pedro, através da primeira vista, curiosa, atenta e impessoal.
1 Ver Federico Soriano, “Sin_tesis”. Barcelona: Gustavo Gili, 2004.
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Co-criar, trabalhar em equipe e incluir o cliente e os usuários no proceso é garantia de um processo inovador. Não perder de vista o processo, e questionar o status quo e com pensamento crítico, também contribuem para que um desenho também seja.
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nos orientou em cada um dos aspectos do projeto.
Sobre a metodologia utilizada nesse trabalho, chamaremos de Lab e tem como base a mesma trabalhada na unidade Soriano, Modelos, uma vez que possuem objetivos em comum, ou seja, Assim, como forma de garantir garantir um processo inovador que o projeto se estabelecesse através do caráter investigativo, como processo, concentramos criativo, colaborativo e os procedimentos e as decisões multiespecializado, tratando do projetuais nas soluções, e não nos mundo real e o acadêmico de problemas. forma quase uno. Entretanto, foi A inovação chave vem nesse adaptada de forma a conceber sentido: um conjunto de ações uma melhor eficiência através criativas sistêmicas pensadas de do diálogo entre cenário local e forma multidisciplinar, coletivas, global. sustentadas pelas pesquisas acadêmicas e pelos estudos de A metodologia Modelos vem caso, através de um processo como forma de propor uma holístico de metodologias atualização na forma como de Design Thinking que, de ensinamos e aprendemos o maneira transversal e constante, projeto.
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A finalidade é sobrepor vários eixos de ação: o cliente, inputs, modelos, protótipos e a negociação. Estas estratégias pedagógicas nos permitem aproximar às condições que iremos encontrar no mercado profissional e em um escritório de arquitetura contemporâneo. A experiência responde a uma realidade profissional multiespecializada, colaborativa e complexa, afastada do modelo individualista tradicional. Para ele se entende que a Universidade é uma entidade capaz de afetar seu contexto e sua disciplina. Modelos se encaixa dentro das chamadas metodologias ativas (MA), e mais concretamente na linha de trabalho de aprendizagem baseada em projetos (ABP), relacionada com o Método de Caso (MdC) ou análise e estudo de casos de desenho (Harvard University) planejados em colaboração com uma instituição real, um agente colaborador externo que propõe objetivos, desejos, aspirações, perguntas, problemáticas, necessidades, futuros projetos e situações reais ao grupo de estudantes; e que participa da docência se apresentando perante eles, expondo suas problemáticas, oferecendo suas estruturas, metodologias, suas
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estratégias e seu pessoal como campo de estudo, assistindo as apresentações dos avanços dos resultados dos estudantes, examinando o processo que desenvolvem durante o curso e avaliando os produtos resultantes em cada fase de projeto. Desta maneira, o projeto se centra na investigação por parte do estudante de um caso real específico que o ajuda a adquirir a base para uma aprendizagem e estudo indutivo (BOEHRER, e LINSKY, 1990). Com esta técnica se pretende que nós compreendamos, conheçamos em profundidade e analisemos todo o contexto completo em torno ao caso. Sob esse aspecto, para explicar os eixos de ação ditos anteriormente, tomarei os planos de ensino da unidade como referência, através de livre tradução. O cliente: trabalhar com um cliente real. O cliente é um desconhecido com poder e, se não é, deveremos convertí-lo em um desconhecido com poder. É a figura básica deste processo, seja ele público ou privado; ambos se comportam da mesma maneira. Organiza completamente o processo, definindo os tempos, os meios, os
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recursos, os fins, as localizações… ou seja, os materiais com os quais vamos trabalhar. São gestores de arquitetura com uns objetivos muito claros e precisos, que não se limitam somente a nos dar o programa, nem as funcionalidades concretas, nem somente o orçamento. Há que averiguar ou imaginar além desses pontos encobertos, porque esse é o verdadeiro problema ou programa arquitetônico que devemos resolver. O cliente decide questões que vão mais do que os manuais de arquitetura, já velhos, os atribuíam. Nada. Hoje decidem cada parte do projeto e a totalidade do mesmo. E não sabemos como tratá-los. Programa é economia, gestão é economia, construção e economia, imagem, estilo é economia, marca é economia, espaço é economia, ação é economia. O modelo: trabalhar apenas com um documento complexo. No início da história, a arquitetura era apenas as obras arquitetônicas realmente construídas. Os traços foram as instruções de montagem, da construção dessas obras. Quando a gravura e a gráfica popularizaram o desenho como
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texto interpretável, o desenho passou a ser entendido como uma parte intrínseca da arquitetura. Ele entrou em sua história. Não foram apenas instruções gráficas para a construção da arquitetura real, mas passaram a ser consideradas como obras arquitetônicas completas. Planos, plantas, cortes, perspectivas planas e axonometrias têm o mesmo grau de influência ou reconhecimento que edifícios, fábricas, imóveis ou construções. Nos últimos momentos, o desenho tornou-se a forma de pensamento arquitetônico. Hoje vamos dar um passo à frente. Podemos estar em uma nova etapa. Muitos dados nos diziam: - Os desenhos são agora imagens, instruções vazias de sintaxe. Falamos sobre lâminas e não planos. - Os planos desaparecem através dos modelos 3D que são feitos antes de gerar qualquer tipo de planta ou corte. O padrão, ou ordem geométrica, deve, então, passar para outros padrões. Quando falamos sobre plantas e cortes, era porque eram documentos primários que definiam a ordem do objeto. Se eles agora são uma consequência porque o principal é o modelo, quem então estabelece a ordem?
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Que papel esses documentos adquirem? Você precisa pensar no que substitui uma planta ou um corte quando, no modelo, todas as linhas têm a mesma espessura. - Existem outras atividades, por exemplo, que alguns artistas básicos desenvolvem, às quais devemos prestar atenção ao que fazem, onde a gestão da forma já não define o autor, mas o produtor. Além disso, eles estão distantes entre si. Portanto, devemos gerar uns protocolos abertos de formalizações e geometrizações que devemos copiar, analisar, traduzir e transferir para o nosso trabalho como arquitetos. Vamos inventar um novo protocolo de instruções de arquitetura. - As palavras proporção, layout, composição, equilíbrio, simetria, conveniência, relação deixaram de servir de referência a uma disciplina. Elas não podem ser mais utilizadas. Estão sendo procurados seus substitutos.
uma verificação de material. O protótipo é especificado em um objeto experimental, o que nos ajuda a entender e replicar comportamentos e compatibilidades materiais entre as partes. É o detalhe construtivo em escala real que informa o modelo. Vamos dar um salto adiante no projeto. Você precisa se concentrar nos estágios finais. Mas você também deve tratálos como se fossem o começo, porque são princípios mais fortes do que aqueles deixados no mundo da idéia do projeto. Eles não nos valem mais. O curso parte do texto de Louis Kahn, I Love Beginnings, e reescreve outro sobre os finais. Hoje é essencial gerar protótipos em vez de documentações, amostras de obras antes de renderizações, encontrar telefones e manuais do Google antes de imagens e referências visuais. Devemos nos impregnar do técnico, selecionar as empresas capazes de fazê-lo, pesquisar em outros tipos de formatos que redefinem a figura do autor e/ou produtor, executor O protótipo: trabalhar com o dos projetos. comportamento material. -Tecnologia - artesanal. A -Protótipo. O protótipo é o tecnologia deixou de ser passaporte construtivo do projeto. o oposto do artesanal. São Há um nível de desenvolvimento fundidos. Trabalhamos com que não é controlado apenas a industrializações híbridas, partir do modelo, o que requer onde ambas as extremidades
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se sobrepõem em processos industriais complexos e mistos. As máquinas mais sofisticadas compartilham o local com a mão que executa uma parte da construção ou execução física. Na produção acelerada, os produtos são passados para protótipos. Parece estar atrasado, mas está dois passos à frente. Somente aqueles que possuem um produto genérico que, com um processo manual, serão reinventados em um novo local, construção, orçamento ... Os processos técnicos são adaptados. O mesmo acontece com a localização. Os processos são executados em vários pontos ao mesmo tempo, conectados quase em tempo real. -O temporal. Projetos temporários. O tempo é um material do projeto. Tanto do projetista quanto dos programas e do uso associado. Temos que começar a trabalhar com ele. Os projetos não são realizados em um tempo, por um tempo, de um tempo. Eles param, modificam, alteram, modernizam, vendem, doam, esticam, prolongam, são usados enquanto são feitos, são finalizados enquanto são desmontados ou estão finalmente incompletos. Ou eles desmontam em outro momento. Qualquer momento pode ser um fim ou um passo em direção a
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outra modificação completa. Vamos aprender a ser rápidos e conclusivos, ao mesmo tempo que rápidos e ambíguos. A negociação: trabalhar com um desconhecido. É um conceito superior à colaboração. A colaboração envolve uma negociação de objetivos comuns, enquanto o que se trata agora é começar a trabalhar com interesses diversos, mesmo que opostos, de forma paralela a um único objetivo. Vamos aprender a desistir de nossos conceitos e, especialmente, de nossos orgulhosos modos pelos outros que aprendemos a odiar e agora devemos abraçar e defender. Trabalho por colaboração. Continuaremos a manter a necessidade de gerar o projeto único entre equipes de vários estudantes que não deveriam se conhecer ou que já trabalharam em comum. Já sabemos que a condição original e adequada da autoria do projeto deve ser perdida, que os futuros ambientes de trabalho estarão em equipes disciplinares e multidisciplinares, que o projeto deve se afastar dos projetistas já desde o início, que a correção e o ensino também, em resumo, é uma atividade colaborativa que tudo é pós-
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produção, incluindo nosso trabalho e idéias. Trabalho por negociações. Devemos aprender a colaborar e negociar. Saltar do que fazemos individualmente ou em nossas equipes para um ambiente colaborativo exigido pela sociedade. E isso significa negociar. Os projetos compartilham o mesmo local urbano, uma grande área que deve ser interposta de várias frentes. Quanto maior a fronteira entre os projetos, mais forçada será a influência das negociações.
cidade reúne viagens físicas e temporárias, dá sentido à essa dicotomia impossível entre nômades e sedentários. É a economia industrial e também a economia agrícola na nova etapa de bordas borradas. A cidade é um lugar de interesses conflitantes que devem obedecer às regras sociais aprovadas naquele momento, tornando-a o local mais natural de negociação. E dos problemas que isso implica. A cidade fagocita, abraça, compreende, dá sentido. Chamamos de RC as cidades resilientes, de TC as cidades O entorno: a cidade e seus três temporárias, de IC as cidades entornos: história, sociedade e inclusivas. RCs são aquelas natureza. que estão preparados para Nosso laboratório de trabalho conviver, resistir e se recuperar e investigação é mais uma vez a de crises, não apenas físicas, mas cidade. Como deveria ter sido também sociais, culturais ou sempre. A cidade é o lugar que econômicas. TCs são aquelas que concentra tudo o que nos rodeia são construídas e organizadas hoje, mesmo o que chamamos em relações sociais baseadas no de natureza original. A cidade nômade e não no sedentário. As é o local básico e primordial ICs são aquelas que possuem de colaboração entre diferentes uma estrutura espacial, social seres humanos. Do trabalho e pública capaz de acolher, em equipe de seres muito abranger e integrar elementos diferentes que coincidem em um estrangeiros ou diversos que antes espaço comum e em um tempo não pertenciam a ele, evitando líquido. É um lugar inclusivo; o qualquer tipo de discriminação. espaço da colaboração social e Mas a cidade, por sua vez, reúne política, onde a história deixou os três ambientes da arquitetura: vestígios de significado junto história, sociedade e natureza. com outros vazios e inertes. Uma -A cidade não é o oposto de
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natural. Mas já está integrado ao complexo urbano ou mesmo sendo o protagonista de sua forma. -A cidade é a enciclopédia da história em que o presente é mais um tempo. A cidade não é vista como um terrais vague, mas como um palimpsesto vibrante. O passado, a recuperação de entornos, fábricas, arquiteturas, será o trabalho diário do arquiteto. -A cidade é a forma da sociedade e, portanto, deve responder às suas considerações programáticas, tanto social quanto culturalmente. Ou talvez seja o mesmo. Dessa forma, a partir da metodologia e dos eixos de ação apresentados, nossa metodologia se organiza conforme a figura ao lado. 1. Investigação e mapeamento A primeira fase do processo será puramente objetiva de coleta exaustiva de dados, levantamento de problemáticas reais, além de inpirações, exemplos e busca de um possível cliente e entorno. Esta fase se conclue com os objetivos que serão o ponto de partida para a concepção do espaço, que além de solucionar os problemas levantados, gera
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Protótipo
4 testes e recomendações
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Modelo / Entorno Inputs / Cliente
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investigação e mapeamento
Modelo Inputs / Cliente
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processo de concepção
3 prototipagem
Protótipo Inputs / Cliente
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situações de melhorias e ganhos a permitindo com que retomemos curto, médio e longo prazo tanto o processo em momentos ao entorno, quanto aos usuários. posteriores ao que estamos trabalhando: uma ferramenta de 2. Processo de concepção aplicação real. A partir dos encontros e contatos realizados, e das informações obtidas na fase previamente descrita, iniciamos a fase do desenho coletivo e colaborativo do espaço. Com o conteúdo produzido, estabelecemos um conjunto de estratégias de ações projetuais, dados as limitações técnica-temporais e econômicas. 3. Processo de prototipagem O processo finalizará com um modelo tangível, fruto de um processo criativo e colaborativo das fases prévias: os protótipos. Estes são elementos indispensáveis para detectar melhorias nas distintos etapas do processo projetual. 4. Testes e recomendações O esquema de trabalho do Lab procurou investigar a relação entre um cenário global e local, ou seja, uma metodologia que seja replicável num âmbito micro através do macro, ou vice-versa, além de conhecimentos que possam ser extrapoladados a outros contextos de maneira analítica e útil. Também, foi pensada através do tempo,
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Colab
Mariana Maronna
O ENTORNO
Eva Gil
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O CLIENTE
Camilo García
Pedro Feris
Parceiros
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equipe de trabalho
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boradores principais
Jaracatiá Doce & Arte
Mario Manfrinato
LAB João Manfrinato
INPUTS
Kelly Magalhães
Equipe Operativa
Jorge Manfrinato
PROTÓTIPOS
Clarissa Campos
Miho Nishiyama Nami Nishiyama
s (outros colaboradores)
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1
2
3
4
5
6
7 julho junho
M7
M21
M4
X19
V28
M2
X3
Cronograma cronograma
maio
MODELO Investigação / mapeamento
Aula invertida Recursos 2D - 3D Atmosferas Inputs Cliente
Atmosferas Inputs Cliente
Aprendizagem baseada em desafios Aprendizagem - serviço Aula invertida Recursos 2D - 3D
Aprendizagem baseada em desafios Aprendizagem - serviço Aula invertida Recursos 2D - 3D
Entorno Cenários Inputs Cliente
Atmosferas Inputs Cliente
Recursos 2D - 3D Aula invertida
Entorno Cenários Inputs
Aprendizagem baseada em desafios Aprendizagem - serviço Aula invertida Recursos 2D - 3D
Recursos 2D - 3D Aula invertida
Entorno Cenários
conteúdo
Aprendizagem baseada em desafios Aprendizagem - serviço Recursos 2D - 3D
experiência
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Par.a.í.so eCo.Operativo cronograma gênesis
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13 V2
J12
V28
X3
X10
X17 31
8 7
outubro setembro agosto
Par.a.í.so eCo.Operativo cronograma gênesis
Design thinking Aula invertida Recursos 2D - 3D
Aprendizagem baseada em desafios Aprendizagem - serviço Aula invertida Recursos 2D - 3D
Entrega qualificação Protótoipo
Entrega qualificação Protótoipo
Entrega final
Protótoipo Cliente
Design thinking Aula invertida Recursos 2D - 3D
Design thinking Aula invertida Recursos 2D - 3D
Atmosferas Inputs Cliente
Protótoipo Inputs Cliente
Aprendizagem baseada em desafios Inteligência coletiva Design thinking Aula invertida Recursos 2D - 3D
Atmosferas Inputs Cliente
Design thinking Aula invertida
Inteligência coletiva Design thinking
A NEGOCIAÇÃO Concepção / Recompilação
PROTÓTIPOS Prototipagem
ENTREGA Testes / Avaliação
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o jardim híbrido
the hybrid garden
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O jardim híbrido
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o jardim híbrido
the hybrid garden
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Jardim substantivo masculino 1. Terreno onde se cultivam flores e plantas ornamentais para lazer ou estudo. 2. Terreno cercado em que se cultivam vegetais ornamentais ou comestíveis. 3. Área de uma composição paisagística de um projeto arquitetônico ou urbanístico, na qual se cultivam plantas ornamentais. 4. País, região que apresentam vegetação abundante, fértil e harmoniosa j. botânico. terreno no qual se cultivam plantas nativas e exóticas para estudo e visitação pública. j. das delícias. o jardim do Éden; o paraíso terrestre. j. de infância. estabelecimento destinado a crianças de menos de seis anos, que tem por fim a educação e o desenvolvimento da capacidade infantil por intermédio de exercícios e jogos apropriados; jardim-escola, jardim-infantil. j. de inverno. ambiente envidraçado ger. anexo a uma sala, onde se desenvolvem e se conservam plantas sensíveis e que muitas vezes é us. como lugar de recreação ou lazer. j. público. terreno ajardinado que pode ser frequentado gratuitamente pela população; praça. j. zoológico. vasta área de terra na qual são grupados, para estudo ou visitação pública, diferentes tipos de animais procedentes do próprio país ou trazidos de outras zonas geográficas
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entorno
Entorno
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o jardim hĂbrido
entorno
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o jardim híbrido
cuesta de botucatu
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São José do Rio Preto
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Fonte: Google Earth
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o jardim híbrido
cuesta de botucatu
Par.a.í.so eCo.Operativo
Ribeirão Preto
São Carlos
Rio Claro
Botucatu
Piracicaba Campinas São José dos Campos Sorocaba
São Paulo
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o jardim híbrido
cuesta de botucatu
Par.a.í.so eCo.Operativo
Bauru
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0
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Fonte: Google Earth
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cuesta de botucatu
Par.a.í.so eCo.Operativo
Rio Claro
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Piracicaba
Campinas
Jundiaí
Sorocaba São Paulo
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o jardim híbrido
serra do itaqueri
Par.a.í.so eCo.Operativo
Brotas
Jaú
Barra Bonita
São Manuel
Botucatu
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Fonte: Google Earth
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20
40 km
o jardim híbrido
serra do itaqueri
Par.a.í.so eCo.Operativo
Rio Claro
São Pedro Limeira
Piracicaba
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o jardim híbrido
são pedro
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Parque Mirante do Cristo
S
pe rím etr o
0
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Fonte: Google Earth
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5
ur b a no
10 km
o jardim híbrido
são pedro
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São Pedro
Águas de São Pedro
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o jardim híbrido
Igreja Matriz, s.d. Acervo Museu Gustavo Teixeira
Igreja de São Benedito, 1960. Acervo Museu Gustavo Teixeira
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são pedro
Par.a.í.so eCo.Operativo
o jardim híbrido
são pedro
Par.a.í.so eCo.Operativo
Igreja Santa Cruz, 1965. Acervo Museu Gustavo Teixeira
Igreja Matriz, 1936. Acervo Museu Gustavo Teixeira
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o jardim híbrido
Coreto da Praça Gustavo Teixeira, s.d. Acervo Museu Gustavo Teixeira
Rua Veríssimo Prado, 2000. Acervo Museu Gustavo Teixeira
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são pedro
Par.a.í.so eCo.Operativo
o jardim híbrido
são pedro
Par.a.í.so eCo.Operativo
Santa Casa de Misericórdia, 1936. Acervo Museu Gustavo Teixeira
Rua Veríssimo Prado, 1936. Acervo Museu Gustavo Teixeira
59
o jardim híbrido
são pedro
Par.a.í.so eCo.Operativo
"Sr. Antonio de M. Andrade ao lado do seu maravilhoso aparelho Santa Maria", 1939. Acervo Museu Gustavo Teixeira
Dia da inauguração do aeroporto de São Pedro, 1939. Acervo Museu Gustavo Teixeira
60
o jardim híbrido
são pedro
Par.a.í.so eCo.Operativo
Obras na cidade, s.d. Acervo Museu Gustavo Teixeira
61
o jardim híbrido
Vôo em asa-delta, s.d. Acervo Museu Gustavo Teixeira
62
são pedro
Par.a.í.so eCo.Operativo
o jardim híbrido
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Par.a.í.so eCo.Operativo
Vôo em asa-delta, s.d. Acervo Museu Gustavo Teixeira
63
o jardim híbrido
são pedro
Par.a.í.so eCo.Operativo
Aterrisagem de um avião do exército brasileiro no aeroporto de São Pedro, 1939. Acervo Museu Gustavo Teixeira
64
o jardim híbrido
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Par.a.í.so eCo.Operativo
Vôo em balão, s.d. Acervo Museu Gustavo Teixeira
65
o jardim híbrido
são pedro
Foto de São Pedro a partir da Serra do Itaqueri, s.d. Acervo Museu Gustavo Teixeira
66
Par.a.í.so eCo.Operativo
o jardim híbrido
são pedro
Par.a.í.so eCo.Operativo
Ponte atrás da Represa, 1978. Acervo Museu Gustavo Teixeira
67
o jardim híbrido
são pedro
Hotel Vasco, 1939. Acervo Museu Gustavo Teixeira
Parque Maria Angélica Manfrinato, 1981. Acervo Museu Gustavo Teixeira
68
Par.a.í.so eCo.Operativo
o jardim híbrido
são pedro
Par.a.í.so eCo.Operativo
Vista aérea de São Pedro, 1939. Acervo Museu Gustavo Teixeira
Trecho da Rua Dr. Mario Tavares, 1939. Acervo Museu Gustavo Teixeira
69
o jardim híbrido
são pedro
Vista aérea de São Pedro, 1939. Acervo Museu Gustavo Teixeira
Vista aérea de São Pedro, s.d. Acervo Museu Gustavo Teixeira
70
Par.a.í.so eCo.Operativo
o jardim híbrido
são pedro
Par.a.í.so eCo.Operativo
Vista aérea do Parque Maria Angélica, s.d. Acervo Museu Gustavo Teixeira
71
o jardim híbrido
Rua Veríssimo Prado, s.d. Acervo Museu Gustavo Teixeira
72
são pedro
Par.a.í.so eCo.Operativo
o jardim híbrido
são pedro
Par.a.í.so eCo.Operativo
Vista de São Pedro, 1980. Acervo Museu Gustavo Teixeira
Parque Maria Angélica Manfrinato, s.d. Acervo Museu Gustavo Teixeira
73
o jardim híbrido
são pedro
São Pedro a partir da estrada que liga a Piracicaba, 1939. Acervo Museu Gustavo Teixeira
74
Par.a.í.so eCo.Operativo
o jardim híbrido
são pedro
Par.a.í.so eCo.Operativo
75
o jardim híbrido
A Serra do Itaqueri, s.d. Acervo Museu Gustavo Teixeira
76
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Par.a.í.so eCo.Operativo
o jardim híbrido
são pedro
Par.a.í.so eCo.Operativo
77
o jardim híbrido
são pedro
Par.a.í.so eCo.Operativo
A Serra do Itaqueri, s.d. Acervo Museu Gustavo Teixeira
A Serra do Itaqueri, s.d. Acervo Museu Gustavo Teixeira
78
o jardim híbrido
são pedro
Par.a.í.so eCo.Operativo
A Serra do Itaqueri, s.d. Acervo Museu Gustavo Teixeira
A Serra do Itaqueri, s.d. Acervo Museu Gustavo Teixeira
79
o jardim híbrido
Colagem São Pedro Acervo pessoal
80
são pedro
Par.a.í.so eCo.Operativo
o jardim híbrido
são pedro
Par.a.í.so eCo.Operativo
81
o jardim híbrido
cenários
Par.a.í.so eCo.Operativo
Cenários
El jardín de las delícias, Bosch, 1500-1505.
82
o jardim híbrido
cenários
Par.a.í.so eCo.Operativo
83
o jardim híbrido
84
cenários
Par.a.í.so eCo.Operativo
o jardim híbrido
cenários
Par.a.í.so eCo.Operativo
85
o jardim híbrido
86
cenários
Par.a.í.so eCo.Operativo
o jardim híbrido
cenários
Par.a.í.so eCo.Operativo
87
o jardim híbrido
88
cenários
Par.a.í.so eCo.Operativo
o jardim híbrido
cenários
Par.a.í.so eCo.Operativo
89
o jardim híbrido
90
cenários
Par.a.í.so eCo.Operativo
o jardim híbrido
cenários
Par.a.í.so eCo.Operativo
91
o jardim híbrido
92
cenários
Par.a.í.so eCo.Operativo
o jardim híbrido
cenários
Par.a.í.so eCo.Operativo
93
o jardim híbrido
94
cenários
Par.a.í.so eCo.Operativo
o jardim híbrido
cenários
Par.a.í.so eCo.Operativo
95
o jardim híbrido
96
cenários
Par.a.í.so eCo.Operativo
o jardim híbrido
cenários
Par.a.í.so eCo.Operativo
97
o jardim híbrido
98
cenários
Par.a.í.so eCo.Operativo
o jardim híbrido
cenários
Par.a.í.so eCo.Operativo
99
o jardim híbrido
100
cenários
Par.a.í.so eCo.Operativo
o jardim híbrido
cenários
Par.a.í.so eCo.Operativo
101
o jardim híbrido
102
cenários
Par.a.í.so eCo.Operativo
o jardim híbrido
cenários
Par.a.í.so eCo.Operativo
103
o jardim híbrido
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cenários
Par.a.í.so eCo.Operativo
o jardim híbrido
cenários
Par.a.í.so eCo.Operativo
105
o jardim híbrido
cenários
Par.a.í.so eCo.Operativo
INF leyenda
Plantar
Colher
Armazenar
Cozinhar
Decompo
Jaracatiá
Enero
Febrero
Marzo
Abril
Mayo
DADOS
Planta Semilla 1kg de semilla germinar semilla
29.000 und 10 a 20 dias 30% peso fruto
Fruto Peso da fruta 68,34g
Comprime 5,85cm
Almacenar entre 7º y 10º 100 a 800 frutos por árb Loja Jaracatiá almacena 3t de
Dados
Compota 1Kg fruta 0,9Kg açucar 1L água
2 frutas grandes o
3 pequeñas/medianas
150g fruta (60%) 100ml calda (40%)
Dimensionamiento 1 árbol
400 frutos (média)
24,59kg/árbol
Pela info da loja Jaracatiá, alma
3.000kg fruto almacenados 20.0 1 caixa - 2,175kg fruta (32 frutas)
106
o jardim híbrido
cenários
Par.a.í.so eCo.Operativo
FOS
or
ento m
Junio
Julio
Largura 3,67cm
Agosto
Septiembre
Árbol 1 muda frutos irrigar 10L água
6 meses 3 a 4 años cada 15 dias
Octubre
Noviembre
Diciembre
ºC bol e fruta.
acenan 3t
122 árboles
150 árboles
000 compotas/año 1.380 caixas
1 compota
254cm3
107
o jardim híbrido
108
cenários
Par.a.í.so eCo.Operativo
o jardim híbrido
cenários
Par.a.í.so eCo.Operativo
109
o jardim híbrido
110
cenários
Par.a.í.so eCo.Operativo
o jardim híbrido
cenários
Par.a.í.so eCo.Operativo
111
o jardim híbrido
112
cenários
Par.a.í.so eCo.Operativo
o jardim híbrido
cenários
Par.a.í.so eCo.Operativo
113
o jardim híbrido
114
cenários
Par.a.í.so eCo.Operativo
o jardim híbrido
cenários
Par.a.í.so eCo.Operativo
115
o jardim híbrido
116
cenários
Par.a.í.so eCo.Operativo
o jardim híbrido
cenários
Par.a.í.so eCo.Operativo
117
o jardim híbrido
cenários
El Jardín del Edén con la caída del hombre, Jan Brueghel el Viejo, 1617.
118
Par.a.í.so eCo.Operativo
o jardim híbrido
cenários
Par.a.í.so eCo.Operativo
119
o jardim hĂbrido
o cliente
O cliente
120
Par.a.Ă.so eCo.Operativo
o jardim hĂbrido
o cliente
Par.a.Ă.so eCo.Operativo
121
o jardim hĂbrido
122
o cliente
Par.a.Ă.so eCo.Operativo
o jardim hĂbrido
o cliente
Par.a.Ă.so eCo.Operativo
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o jardim hĂbrido
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o cliente
Par.a.Ă.so eCo.Operativo
o jardim hĂbrido
o cliente
Par.a.Ă.so eCo.Operativo
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o jardim hĂbrido
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o cliente
Par.a.Ă.so eCo.Operativo
o jardim hĂbrido
o cliente
Par.a.Ă.so eCo.Operativo
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o jardim hĂbrido
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o cliente
Par.a.Ă.so eCo.Operativo
o jardim hĂbrido
o cliente
Par.a.Ă.so eCo.Operativo
129
o jardim hĂbrido
meeting
Meeting
130
Par.a.Ă.so eCo.Operativo
o jardim hĂbrido
meeting
Par.a.Ă.so eCo.Operativo
131
o jardim hĂbrido
132
meeting
Par.a.Ă.so eCo.Operativo
o jardim hĂbrido
meeting
Par.a.Ă.so eCo.Operativo
133
o jardim hĂbrido
134
meeting
Par.a.Ă.so eCo.Operativo
o jardim hĂbrido
meeting
Par.a.Ă.so eCo.Operativo
135
o jardim hĂbrido
136
meeting
Par.a.Ă.so eCo.Operativo
o jardim hĂbrido
meeting
Par.a.Ă.so eCo.Operativo
137
o jardim hĂbrido
138
meeting
Par.a.Ă.so eCo.Operativo
o jardim hĂbrido
meeting
Par.a.Ă.so eCo.Operativo
139
o jardim híbrido
meeting
Jardim Botânico de Barcelona, OAB, 1990-1999.
140
Par.a.í.so eCo.Operativo
o jardim hĂbrido
meeting
Par.a.Ă.so eCo.Operativo
141
o jardim híbrido
meeting
Factum Realness Factory, Unit Soriano, DPA Etsam, 2018.
142
Par.a.í.so eCo.Operativo
o jardim híbrido
meeting
Par.a.í.so eCo.Operativo
Parque de la Villette, OMA, 1982.
Factum Realness Factory, Unit Soriano, DPA Etsam, 2018.
143
o jardim hĂbrido
144
meeting
Par.a.Ă.so eCo.Operativo
o jardim hĂbrido
meeting
Par.a.Ă.so eCo.Operativo
Arts archipelago, MOS, 2008.
145
o jardim híbrido
meeting
Factum Misión, Unit Soriano, DPA Etsam, 2017.
146
Par.a.í.so eCo.Operativo
o jardim híbrido
meeting
Par.a.í.so eCo.Operativo
Factum Realness Factory, Unit Soriano, DPA Etsam, 2018.
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o jardim hĂbrido
148
meeting
Par.a.Ă.so eCo.Operativo
o jardim hĂbrido
meeting
Par.a.Ă.so eCo.Operativo
149
o jardim hĂbrido
150
meeting
Par.a.Ă.so eCo.Operativo
o jardim hĂbrido
meeting
Par.a.Ă.so eCo.Operativo
151
o jardim hĂbrido
152
meeting
Par.a.Ă.so eCo.Operativo
o jardim hĂbrido
meeting
Par.a.Ă.so eCo.Operativo
153
o jardim hĂbrido
meeting
Casa da Sustentabilidade, Grupo Garoa, 2016.
154
Par.a.Ă.so eCo.Operativo
o jardim hĂbrido
meeting
Par.a.Ă.so eCo.Operativo
155
o jardim híbrido
programa
Par.a.í.so eCo.Operativo
Programa
CONVIVIUM SERR
Programas SlowFoo GASTRONOMIA
Cocinas Restaurante Laboratorio do Gosto da M. Atlântica Salas de Aula
AVENTURA VIVIENDA Camping Chalé Escalada Trilhas
Programa Par.a.í.so eCo.Op ÁRBOL DE LA VIDA Cocina / Alimento Huertos Jaracatiá
156
ÁRBOL DEL CONOCIMIENTO
Convivium / Informacciones Convivium / Despacho Convivium / Sala de reuniones Convivium / Auditorio LABS / Laboratorio do Gosto da M. Atlântica Clases / Oficinas de Percurso Sensorial Chalet / Espacios de pernoctación e intercambio Restaurante / Feria / Espacio Multiuso / Mercado da Terra Viveros Compostaje Globo Aerostático Biblioteca Almacenador
o jardim híbrido
programa
Par.a.í.so eCo.Operativo
RA DO ITAQUERI
od + Ayuntamiento NATURALEZA
AGRICULTURA ECOLOGIA MEIO AMBIENTE Mirador Tirolesa Viveiro Unidades de Conservación Huerto Jardim
CULTURA
POLÍTICA Mercado da Terra / Feria Rede Terra Madre / Auditorio Oficinas de Percurso Sensorial / Espacio Multiuso Capilia Cristo Informacciones Playground Observatório
OPERACIONALES
Fortaleza SlowFood Público Misto
Aparcamiento Baños
perativo NATURALEZA Mirador / Cristo SAF Senderos Aparcamiento Escalada Rapel Paseo a Caballo Tirolesa Meditación Paintball Hoguera Picnic Pabilión Arvorismo
RIO
Água Sistema de Riego Reciclaje del agua Baños Sistema de recogida de agua pluvial Energía
157
o modelo
the model
Par.a.Ă.so eCo.Operativo
O modelo
158
o modelo
the model
Par.a.í.so eCo.Operativo
Modelo substantivo masculino 1. representação, em escala reduzida, de objeto, obra de arquitetura etc. a ser reproduzida em dimensões normais. 2. desenho, objeto ou pessoa em cuja reprodução estética trabalha o artista. 2.1 figura produzida em argila, cera ou gesso, que se destina a ser reproduzida em pedra, mármore ou bronze. 3. aparelho ou conjunto de aparelhos que permitem a reprodução de determinada peça por processos us. em fundição para o preparo de objetos de metal; molde. 4. reprodução tridimensional, ampliada ou reduzida, de qualquer coisa real, us. como recurso didático (p.ex., partes do corpo humano, do universo etc.). 5. particular de determinado produto (p.ex., automóvel, televisão etc.). 6. peça de indumentária criada por um estilista ou casa de modas. 7. fórmula que serve de disposição ou ordem para a composição de um ato processual ou forense. 8. impresso utilizado em repartições públicas, firmas, bancos etc., com lacunas a serem preenchidas pelo interessado (para fazer pedidos, prestar declarações ou outras finalidades); formulário. 9. coisa ou pessoa que serve de imagem, forma ou padrão a ser imitado, ou como fonte de inspiração. 10. exemplo dado por uma pessoa, uma coisa, que possui determinadas características em mais alto grau. 11. representante típico de uma categoria. 12. esquema teórico que representa um fenômeno ou conjunto de fenômenos complexos e permite compreendê-los e prever-lhes a evolução. 13. representação de um fenômeno ou conjunto de fenômenos físicos e eventualmente a previsão de novos fenômenos ou propriedades, tomando como base um certo número de leis físicas, em geral obtidas ou testadas experimentalmente.
159
o modelo
inputs
Como ponto de partida da investigação projetual, divide-se cada objeto a uma categoria. Os três objetos estão associados ao cenário local, fornecendo assim informações de desenho a múltiplas escalas e dimensões segundo uma leitura pessoal: quantitativamente, qualitativamente, como objeto, conteúdo, significado, sintaxis, etc.
Par.a.í.so eCo.Operativo
Buscou-se que estes objetos fossem lidos não em forma metafórica, mas como fontes de informação material, técnica ou construtiva direta. Também, a estratégia de cruzar informações entre o objeto e uma categoria concedida possibilita uma visão específica/geral através da qual podemos nos aproximar do lugar, da cultura local e desenvolver a investigação projetual.
Objeto 3: Roda de boi
160
o modelo
inputs
Par.a.í.so eCo.Operativo
Objeto 2: Charrua
Objeto 1: Jaracatiá
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o modelo
inputs
objetos
Objetos
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Par.a.Ă.so eCo.Operativo
o modelo
inputs
objetos
Par.a.í.so eCo.Operativo
Objeto 1: Jaracatiá
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o modelo
inputs
objetos
Par.a.í.so eCo.Operativo
1. aparato de tração animal ou mecânica cuja peça essencial (relha) tem a função de rasgar o solo com o fim de revolver e afofar a leiva. 2. o trabalho do campo, a lavoura. 3. veleiro lento, com grande porão e armamento reduzido, empr. nos sXVIII-XIX, em substituição à urca.
164
o modelo
inputs
objetos
Par.a.Ă.so eCo.Operativo
Objeto 2: Charrua
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o modelo
inputs
objetos
Par.a.Ă.so eCo.Operativo
Objeto 3: Roda de boi
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o modelo
inputs
objetos
Par.a.Ă.so eCo.Operativo
167
o modelo
inputs
categorias
Par.a.í.so eCo.Operativo
Categorias Categoria 1 Processos Técnico-infraestruturais técnica 1. conjunto de procedimentos ligados a uma arte ou ciência infraestrutura 1. suporte, ger. escondido ou invisível, que é base indispensável à edificação, à manutenção ou ao funcionamento de uma estrutura concreta ou abstrata, visível ou percebida racionalmente Categoria 2 Condições de Gravidade e Estabilidade Gravidade 1. força de atração que a Terra exerce sobre um corpo material colocado sobre sua superfície, em seu interior ou em sua vizinhança; gravidade terrestre Estabilidade 1. condição do que se mantém constante, invariável 2. estado de um sistema físico que se encontra em equilíbrio, ou que mantém as características que o definem por um tempo suficientemente longo em relação à escala de tempo correspondente ao fenômeno estudado
168
o modelo
inputs
categorias
Par.a.í.so eCo.Operativo
Categoria 3 Condições de Textura-Superficie Superficie 1. o exterior, a parte externa e visível dos corpos; face. Textura 1. ligação ou arranjo das partes de uma obra 2. união íntima das partes de um corpo; contextura
Categoria 4 Condições Socioculturais Sociedade 1. grupo humano que habita em certo período de tempo e espaço, seguindo um padrão comum; coletividade. 2. grupo de indivíduos que vivem, por escolha, sob preceitos comuns; comunidade, coletividade Cultura 1. ação, processo ou efeito de cultivar a terra; lavra, cultivo 2. conjunto de padrões de comportamento, crenças, conhecimentos, costumes etc. que distinguem um grupo social.
169
o modelo
entorno
Entorno
170
Par.a.Ă.so eCo.Operativo
o modelo
entorno
Par.a.Ă.so eCo.Operativo
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entorno
Par.a.Ă.so eCo.Operativo
o modelo
entorno
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o modelo
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entorno
Par.a.Ă.so eCo.Operativo
o modelo
entorno
Par.a.Ă.so eCo.Operativo
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o modelo
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entorno
Par.a.Ă.so eCo.Operativo
o modelo
entorno
Par.a.Ă.so eCo.Operativo
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o modelo
atmosferas
Par.a.Ă.so eCo.Operativo
Atmosferas
178
o modelo
atmosferas
Par.a.Ă.so eCo.Operativo
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o modelo
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atmosferas
Par.a.Ă.so eCo.Operativo
o modelo
atmosferas
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o modelo
atmosferas
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atmosferas
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o modelo
atmosferas
Par.a.Ă.so eCo.Operativo
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o modelo
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atmosferas
Par.a.Ă.so eCo.Operativo
o modelo
atmosferas
Par.a.Ă.so eCo.Operativo
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o modelo
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atmosferas
Par.a.Ă.so eCo.Operativo
o modelo
atmosferas
Par.a.Ă.so eCo.Operativo
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o modelo
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atmosferas
Par.a.Ă.so eCo.Operativo
o modelo
atmosferas
Par.a.Ă.so eCo.Operativo
191
o modelo
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atmosferas
Par.a.Ă.so eCo.Operativo
o modelo
atmosferas
Par.a.Ă.so eCo.Operativo
193
o modelo
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atmosferas
Par.a.Ă.so eCo.Operativo
o modelo
atmosferas
Par.a.Ă.so eCo.Operativo
195
o modelo
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atmosferas
Par.a.Ă.so eCo.Operativo
o modelo
atmosferas
Par.a.Ă.so eCo.Operativo
197
o modelo
o protótipo
Par.a.í.so eCo.Operativo
O protótipo
198
o modelo
o protótipo
Par.a.í.so eCo.Operativo
199
o modelo
200
o protótipo
Par.a.í.so eCo.Operativo
o modelo
o protótipo
Par.a.í.so eCo.Operativo
201
o modelo
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o protótipo
Par.a.í.so eCo.Operativo
o modelo
o protótipo
Par.a.í.so eCo.Operativo
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o modelo
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o protótipo
Par.a.í.so eCo.Operativo
o modelo
o protótipo
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o protótipo
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o modelo
o protótipo
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o protótipo
Par.a.í.so eCo.Operativo
o modelo
o protótipo
Par.a.í.so eCo.Operativo
209
o modelo
210
o protótipo
Par.a.í.so eCo.Operativo
o modelo
o protótipo
Par.a.í.so eCo.Operativo
211
o modelo
212
o protótipo
Par.a.í.so eCo.Operativo
o modelo
o protótipo
Par.a.í.so eCo.Operativo
213
o modelo
214
o protótipo
Par.a.í.so eCo.Operativo
o modelo
o protótipo
Par.a.í.so eCo.Operativo
215
o modelo
216
o protótipo
Par.a.í.so eCo.Operativo
o modelo
o protótipo
Par.a.í.so eCo.Operativo
217
o modelo
218
o protótipo
Par.a.í.so eCo.Operativo
o modelo
o protótipo
Par.a.í.so eCo.Operativo
219
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220
o protótipo
Par.a.í.so eCo.Operativo
o modelo
o protótipo
Par.a.í.so eCo.Operativo
221
o modelo
modelo final
Par.a.Ă.so eCo.Operativo
Modelo final
222
o modelo
modelo final
Par.a.Ă.so eCo.Operativo
223
o modelo
224
modelo final
Par.a.Ă.so eCo.Operativo
o modelo
modelo final
Par.a.Ă.so eCo.Operativo
225
o modelo
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modelo final
Par.a.Ă.so eCo.Operativo
o modelo
modelo final
Par.a.Ă.so eCo.Operativo
227
anexos
annexes
Anexos
228
Par.a.Ã.so eCo.Operativo
anexos
annexes
Par.a.Ã.so eCo.Operativo
229
anexos
textos suporte
Textos suporte
https://issuu.com/uddfedericosoriano
230
Par.a.Ă.so eCo.Operativo
anexos
textos suporte
Par.a.Ã.so eCo.Operativo
231
anexos
considerações finais
Assim como dito inicialmente, a arquitetura se resulta pelo próprio processo. Isso é demonstrado nessa pesquisa. Os vários fatores e atores agiram de forma a gerar um produto final, intangível e instável, capaz de ser reorganizado e reafirmado de forma quase instantânea. Nesse caso, num cenário eco-emergente, tanto os parâmetros arquitetônicos quanto as informações analisadas colaboraram para que os objetivos finais fossem cumpridos. Nossa metodologia permitiu com que houvesse, além de um processo de autoconhecimento e datalização das informações investigadas - como a biodiversidade, as formas de produção e industrialização conscientes e os possíveis impactos gerados pelas políticas
232
Par.a.í.so eCo.Operativo
urbanas -, uma análise local a partir de uma visão global. Par.a.í.so eCo-Operativo, desse modo, foi concebido de forma a garantir os menores impactos possíveis em um cenário eco-responsável. Através de parâmetros de inclinação, campo visual e índices bioclimáticos do entorno, ele permitiu: -garantir a produção do Jaracatiá e de seus produtos baseado em uma indústria circular, que não gera resíduos ao meio ambiente. -utilizar toda a superfície do parque como superfície útil para reestabelecer a biodiversidade local e produzir alimentos ao mesmo tempo, sob a menor movimentação topográfica possível. -garantir uma relação mútua e eco-responsável entre as pessoas e a biodiversidade.
anexos
considerações finais
Par.a.í.so eCo.Operativo
-gerar um intercâmbio de conhecimento e eventos sobre a fauna e flora e a eco-gastronomia. -produzir um sistema autônomo de água e energia e manejo de resíduos. -permitir uma experiência ecoturística sensorial.
suas ideias provido de todo o instrumental que o âmbito digital põe em nossas mãos sem renunciar aos processos artesanais. A tecnologia deixou de ser o oposto do artesanal e se fundiram em industrializações híbridas onde ambos os extremos se sobrepõe em processos Portanto, através de uma postura complexos e mistos. crítica em relação ao processo -Introdução do tempo como do projeto contemporâneo, material de projeto, tanto pela criamos uma paisagem ecoconfiguração de programas e operativa, em que produção, usos, como na realidade material gestão e programação atuem de do construído. Os projetos não forma conjuntas, o que garante se fazem em um tempo, para um cenário multidisciplinar e um tempo e desde um tempo. ecologicamente responsável. Se param, modificam, mudam, readaptam, se vendem, se doam, Em relação à metodologia se alargam, se acabam enquanto aplicada, Modelos, o objetivo se fazem, se acabam enquanto se principal foi aproximar o mundo desmontam ou ficam finalmente real com o qual vamos encontrar incompletos. em poucos meses no mundo -Aprender a trabalhar através profissional, pois está voltado aos da colaboração e a negociação, estudantes do último ano. Alguns superando a ficção acadêmica dos objetivos específicos dos em torno do trabalho individual quais essa metodologia incidiu e a propriedade intelectual são: do trabalho para adquirir as -Imersão do aluno em uma nova habilidades necessárias para cultura técnica. O técnico já não operar com êxito no contexto dos se considera uma etapa final de projetos colaborativos e equipes desenvolvimento de projeto, multidisciplinares. mas se converte em um outro -Aprender a operar desde o ponto de partida. Através do existente, tomando as construções recurso do protótipo, o aluno atuais como ponto de partida de deverá desenvolver as habilidades nosso trabalho sobre o ponto de necessárias para desenvolver não derrubar nunca, através de
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reformas, restauros etc.
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-Capacidade para demonstrar uma atitude pró-ativa no A metodologia também desenvolvimento curricular. pretendeu conceber da melhor -Capacidade para fazer contatos forma possível os recursos e estabelecer redes com docentes e materiais em um profissionais e organizações reais grupo de trabalho que simulara (networking). um espaço profissional coletivo -Capacidade de expressão oral de real, tomando ao mesmo tempo suas ideias. contato com o meios empresariais -Capacidades criativas e de e o mundo profissional existente aquisição de novos processos de fora do âmbito acadêmico. produção de resultados. Os objetivos do projeto passavam tanto por melhorar a eficiência Também, a metodologia e ações que favorecessem a proporciona os meios e as interdisciplinariedade e a ferramentas necessárias para coordenação curricular do tipo o trabalho cooperativo e horizontal e vertical. Também, se multidisciplinar ao mesmo pretendeu estabelecer dinâmicas tempo em que abre as portas de participação com o objetivo de para uma reflexão sobre como a promover a motivação, o impulso transformação das ferramentas da aprendizagem através da do arquiteto abrem novas experiência e o estabelecimento possibilidades e caminhos ainda de conexões entre o não explorados pela arquitetura conhecimento docente e a prática tradicional. Através do protótipo profissional dos estudantes. digital, os estudantes têm acesso Assim, conseguimos aprofundar a tecnologias de ponta, às quais e destacar as competências que se podem pôr a prova seus desenhos determinavam como objetivos no de forma imediata, pondo em projeto de inovação, alcançados, contato o melhor dos sistemas de através dos seguintes pontos: fabricação artesanal e digital em -Capacidade de se relacionar um novo paradigma de desenho e com um agente chave no futuro crítica. Através da categorização e profissional: o cliente. o desenvolvimento de protocolos -Capacidade de se desenvolver de trabalho, o projeto de inovação habilidosamente em processos docente segue o desenvolvimento de co-produção o co-criação, ou de ferramentas compartilhadas seja, trabalhar em equipe. entre os processos criativos
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do âmbito profissional e as metodologias pedagógicas, muitas das quais podem ser abertamente compartilhadas em muitos contextos de ensino universitário atual.
correções. Dessa forma, o processo garantiu um novo produto, híbrido, potente e crítico em questão aos conhecimentos adquiridos e compartilhados e preciso em sua função como espaço-tempo.
Por último, Modelos também foi uma das trinta comunicações selecionadas no Congresso Internacional JIDA’18 (Jornada para la Innovación Docente en Arquitectura) com o título (Investigación sobre Modelo”, que ocorreu em Zaragoza entre os dias 22 e 23 de Novembro de 2018, cujas atas estão publicadas na base de dados internacional Conference Proceedings Citation Index (Web of Science), a mais prestigiosa no âmbito dos congressos científicos em todo o mundo.
Além disso, essa pesquisa também demostra um pensamento crítico em relação a forma como se produz arquitetura e a forma pela qual podemos produzir novas espacialidades e sua relação` no contemporâneo, permitindo ao arquitetos novas técnicas e ferramentas, independentemente do meio ou lugar, da cultura, ou das tradições: o conhecimento só é gerado através da investigação.
Por fim, essa pesquisa relata um processo projetual inovador, bilateral e colaborativo entre cenários distintos, Brasil e Espanha, ou seja, uma tentativa de diálogo entre um cenário mundial sob um cenário ecoemergente brasileiro marcado pela precariedade de meios de produção e de tecnologia. Para garantir a eficiência proposta, o processo passou a todo momento por adaptações e
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