Inventario ilustrado das aves Pt - Virginie Aladjidi / Emmanuelle Tchoukriel

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BREVE GLOSSÁRIO ILUSTRADO Morfologia de uma ave

Para identificar uma ave podemos descrever a sua forma e, principalmente, as cores da plumagem do seu corpo, das suas asas, da sua cauda, da sua cabeça, do seu bico e das suas patas.

A cabeça da ave Fronte

Bico

Coroa Sobrancelha Olho

Mandíbulas do bico

Face

Garganta

Tucano-de-bico-preto Ramphastos vitellinus

Nuca

Silhueta geral A cauda (formada por penas caudais, as retrizes)

Uropígio

Dorso

Penas da espádua: escapulares

Lugre

Asas: membros cobertos de penas Penas da asa: as rémiges, que estão presas ao osso e compreendem três categorias (rémiges primárias, secundárias e terciárias), e as tectrizes, penas da cobertura que se sobrepõem para formar uma capa impermeável

Spinus spinus

Tarso Pé Dedos

Ventre Peito Flanco

Garganta

Cabeça

Os ossos das aves são finos e, por vezes, ocos. Os pulmões vigorosos e os sacos aéreos imprimem a energia necessária ao voo da maioria das aves. O tamanho do coração pode aumentar ligeiramente nas aves migratórias para melhorar a sua capacidade de voo.


As penas As aves mudam de penas pelo menos uma vez por ano, quando as novas substituem as velhas. Esta muda permite-lhes renovar a sua plumagem, que se vai degradando. A frequência das mudas é variável, dependendo das aves: algumas mudam três vezes por ano enquanto outras levam três anos a renovar a sua plumagem. As penas de certas espécies podem ser muito coloridas durante a reprodução mas depois são substituídas por outras mais discretas no inverno, como acontece com os patos. As plumagens dos machos são geralmente mais coloridas do que as das fêmeas, pois estas precisam de se camuflar enquanto chocam os ovos e criam os seus filhotes.

Uma rémige primária

Barbas rígidas unidas entre si por ganchos minúsculos sobre as bárbulas Lâmina

Cálamo (haste oca)

Barbas macias e soltas

Ráquis (haste maciça)

Uma pena da penugem

As barbas da penugem são macias e soltas

Cálamo (haste oca)

A ave mais «plumada» de todas é o cisne adulto: pode ter 25 000 penas!


Observemos o voo de uma ave Para se deslocar, o voo mais comum nas aves é o batido: A ave bate regularmente as asas, movimento que, por vezes, interrompe para planar (como aqui o pombo); em geral, as penas da cauda estão fechadas, mas abertas para aterrar ou cortejar.

Consoante as espécies, as aves também recorrem ao: Voo à vela: para ganhar altura, a ave deixa-se levar pelas correntes de ar quente ascendentes, descrevendo círculos. Quando se encontra a grandes altitudes, plana, como o falcão (estampa 48). Voo planado: a ave desce deslizando pelo ar sem bater as asas. Este voo é muito usado pelas grandes aves migratórias, como as cegonhas (estampa 44). Voo estacionário: a ave bate as asas no mesmo sítio para fixar uma presa, como o falcão-americano – (estampa 48), ou para recolher pólen, como os beija-flores (estampa 32).

Voo picado: a ave voa com as asas encolhidas, como o falcão-peregrino ou o guarda-rios.


Primeira parte

OS PASSERIFORMES Há mais de 6000 pássaros classificados na ordem dos passeriformes. Esta representa mais de 60% das aves do mundo, geralmente designadas «passeriformes». Em inglês estes pássaros são chamados songbirds, «aves canoras». De facto, os passeriformes têm a particularidade de possuir uma siringe (órgão da parte posterior da traqueia que lhes permite vocalizar) mais desenvolvida do que as outras aves. Aí, uma cartilagem faz vibrar uma membrana à frente de duas cavidades que produzem ressonância. Apresentam-se aqui 25 espécies de passeriformes: para a maior parte delas evocaremos o seu canto e uma das suas vozes. O canto é usado pelas aves para demarcar o seu território. A sua voz serve principalmente para expressar dor ou para manter o contacto com os seus congéneres. Se a área de distribuição da ave não for mencionada, isso significa que a podemos ver na Europa.

Um tordo


passeriformes

Chapim-azul Cyanistes caeruleus Tamanho médio (cauda incluída): 11,5 cm Envergadura média: 13 cm

O chapim-azul tem a coroa, as asas, a cauda, as patas e os dedos azuis. Na cara branca tem uma lista azul que vai do bico até à nuca, passando pelo olho. O ventre deste passeriforme rechonchudo da Europa, do norte de África e da Ásia é amarelo. O chapim-azul procura o seu alimento nas árvores e faz o ninho dentro dos seus buracos. Também gosta dos abrigos intencionalmente construídos pelo homem, e até mesmo das caixas do correio – atenção carteiros! O seu ninho é feito de musgo e forrado com lã. O chapim-azul chilreia: «tsitsitsi».

– estampa 1 –


passeriformes Chapim-real Parus major Tamanho médio (cauda incluída): 14 cm Envergadura média: 25 cm

Este pequeno pássaro doméstico de cabeça preta, face branca, dorso verde e grandes asas com listas pretas tem o peito e o ventre amarelos. Podemos ouvir os seus cantos variados e a sua voz metálica nas florestas e nos jardins. O chapim-real é muito ativo: examina as fendas das árvores, dos muros, procura algo para comer na terra ou nos troncos. Insetos, aranhas, frutos, sementes… a sua alimentação é muito variada. O chapim-real chilra: «titiu titiu» «sisisi sisisi».

As crias dos passeriformes são pouco desenvolvidas, pelo que precisam de ser alimentadas no ninho pelos pais durante muito tempo. Para tal, abrem o bico. Estes são chamados «nidícolas» por oposição aos «nidífugos», que deixam o ninho logo após a eclosão. O chapim-real dá lagartas às suas crias (40 bicadas por hora!).

– estampa 2 –



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