UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO-UEMA CENTRO DE ESTUDOS SUPERIORES DE IMPERATRIZ-CESI DEPARTAMENTO DE QUÍMICA E BIOLOGIA CURSO DE ENGENHARIA FLORESTAL
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DAS ENZIMAS Alunos: Izadora Santos, Juliane Lopes, Lailson Dantas.
Imperatriz 2012
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ENZIMAS
Enzimas: Catalisadores biol贸gicos
Prote铆nas globulares http://pt.wikipedia.org
http://www.cimm.com.br
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ENZIMAS Todas as enzimas são proteínas X Quase todas as enzimas conhecidas são proteínas Na década de 80, Thomas R. Cech e Sidney Altman, descobriram a existência de ‘enzimas’ de RNA, que foram denominadas ‘ribozimas’. Biocatalisador no início da evolução.
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ENZIMAS Segundo Berg, 2008: “Ainda é polêmico se tais RNAs catalisadores devam ser chamados de enzimas, ou se mereceriam um outro nome (como ribozimas,[...]), que os diferenciasse das enzimas, os catalisadores de natureza proteica.” Berg, 2008, p.211
http://www.joseeduardomattos.com.br
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ENZIMAS
Características: Poder catalítico
Especificidad e
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ENZIMAS • As enzimas possuem duas regiões importantes: Sítio ativo Centro ativo
Região da enzima onde se encontra o sítio ativo.
Local exato do centro ativo onde o Substrato se liga e o corre a reação química.
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ENZIMAS • Propriedades que a diferem catalisadores químicos comuns:
dos
Velocidade de reações mais elevadas; as velocidades das reações catalisadas por enzimas são várias ordens de magnitude maiores do que as catalisadas por catalisadores químicos.
Condições de reações mais brandas; de temperatura, pH e pressão.
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ENZIMAS Mais especificidade de reação; as reações são mais eficientes tanto no que se refere ao substrato, quanto ao produto.
E capacidade de regulação; as ações catalíticas são reguladas de acordo com as necessidades metabólicas das células.
HISTÓRICO As enzimas extraídas de microorganismos já são utilizadas desde a culinária da Antiguidade.
HISTÓRICO
Fonte: biologianoseculovinteum.blogspot.com
No entanto, estas eram apenas aplicações práticas, uma vez que o conhecimento do modo de ação dos catalisadores biológicos só recentemente foi elucidado
glicose
• 1835 - o químico sueco Berzelius descreveu a hidrólise enzimática do amido. –Demonstrou que o amido pode ser mais eficientemente decomposto usando-se extrato de malte preferencialmente ao ác. sulfúrico e cunhou o termo catálise.
Anselme Payen
Fonte: pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro
• 1833 - A primeira hidrólise enzimática do amido
Fonte: pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro
HISTÓRICO
Jacob Berzelius
HISTÓRICO Em 1858 o químico e biólogo francês Louis Pasteur prova que a fermentação ocorre apenas na presença de células vivas;
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Levedura
Os químicos alemães Eduard Buchner e Hans Buchner descobriram em 1897 que um extrato de levedura livre de células poderia causar fermentação alcoólica.
Fonte: catalogohospitalar.com.br
Fermentação
Fonte: sobiologia.com.br
Fonte: revistapesquisa2.fapesp.br
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HISTÓRICO
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Em 1894, o químico alemão Emil Fischer desenvolveu a teoria fechadura e chave baseada nas propriedades das enzimas glicolíticas;
tripsina
Fonte: blogtvpeloespectador.blogspot.com
Em 1876, William Kuhne já havia proposto que o enzima ( do grego: em,no + zyme, levedura) para denotar os fermentos isolados dos organismos vivos;
Fonte: webpages.fc.ul.pt
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HISTÓRICO
• Em 1903, Victor Henri concluiu em Paris que uma enzima combina com seu substrato para formar um complexo enzima-substrato como um passo essencial na catálise enzimática. • Correlação enzimas proteínas: Northrop e Kunitz (1930); • O Avanço das técnicas nos últimos 50 anos; • Determinação de sequência de aminoácidos de uma enzima (1963) • Estrutura de lisosima da clara do ovo por RaioX, em 1965;
PRINCÍPIOS DE NOMENCLATURA DAS ENZIMAS • Acrescenta-se o sufixo –ase ao nome do substrato da enzima ou à frase que descreve a ação catalítica da enzima; • Porém, devido à inúmeras confusões quanto a essa nomenclatura, a IUBMB* adotou um esquema de classificação funcional e nomenclatura sistematizados.
* União Internacional de Bioquímica e Biologia Molecular
“AS ENZIMAS SÃO CLASSIFICAS E DENOMINADAS SEGUNDO A NATUREZA DAS REAÇÕES QUÍMICAS QUE ELAS CATALISAM.”
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Para cada enzima, são designados dois nomes e uma classificação de quatro números Nome recomendado: uso cotidiano, ger., nome trivial ou o 1° a ser adotado; Nome sistemático: usado para minimizar a ambiguidade, nome do(s) substrato(s), seguido pelo sufixo –ase que especifica a reacção catalítica da enzima; Número de classificação EC (Comissão de Enzimas)
NÚMERO DE CLASSIFICAÇÃO EC São quatro números •1° número: indica a classe principal da enzima; •2° número: indica a subclasse da enzima; •3° número: indica a sub-subclasse; •4° número: é o número de série designado arbitrariamente nessa sub-subclasse.
CLASSIFICAÇÃO DAS ENZIMAS SEGUNDO O TIPO DE REAÇÃO Classificação
Tipo de reação catalisada
Enzimas
Quantidade de classes
1. Oxidorredutases
Reações de oxidorredução
Desidrogenases e 23 as Oxidases
2. Transferases
Transferência de grupos funcionais
Quinases e as Transaminases
10
3. Hidrolases
Reações de hidrólise
Peptidases
13
4. Liases
Eliminação de grupos p/ formação de lig. duplas
Dehidratases e as 7 Descarboxilases
5. Isomerases
Isomerização
Epimerases
6
6. Ligases
Formação de ligações pelo acoplamento com hidrólise de ATP
Sintetases
6
Nome recomendado: carboxipeptidase A Nome sistemático: peptidil-L-aminoácido-hidrolase Número de classificação: 3.4.17.1. 3 → indica a classe principal da enzima (hidrolases); 4 → indica a subclasse da enzima (peptídeo-hidrolases: age sobre ligações peptídicas); 17 → indica a sub-subclasse (metalocarboxipeptidases: ligação de um íon Zn²⁺); 1 → número de série designado arbitrariamente nessa subsubclasse. Site: http://www.chem.qmul.ac.uk/iubmb/enzyme/
http://andromeda.rutgers.edu/~huskey/images/carboxypeptidaseA.jpg
Exemplo
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Forças entre enzima-substrato: Interações de van der Waals, eletrostáticas, hidrofóbicas e ligações de hidrogênio; Complementariedade geométrica; Complementariedade eletrônica; Especificidade Absoluta; Especificidade Relativa; Hipótese chave fechadura; Hipótese de ajuste induzido;
Fonte: http://migre.me/bbGUs
•
Fonte: http://migre.me/bbGOb
ESPECIFICIDADE PELO SUBSTRATO
ESTEREOESPECIFICIDADE A estereoespecificidade permite as enzimas reconhecer moléculas de acordo com as suas formas. Se a molécula for mantida em algum tipo de suporte assimétrico, os hidrogênios podem ser diferenciados.
Fonte: TORRES, B.B. Bioquímica Básica
ESTEREOESPECIFICIDADE
Fonte: http://migre.me/bbH4H
Fonte: http://migre.me/bbH7q
A Ă lcool-desidrogenase de levedura:
Fonte: http://dc129.4shared.com/doc/Cfoikq5b/preview.html
Fonte: http://migre.me/bbHcz
ESTEREOESPECIFICIDADE
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ESPECIFICIDADE GEOMÉTRICA É a habilidade que a enzima possui de distinguir entre variantes de um mesmo substrato (reagente); É mais rigorosa estereoespecificidade.
que
a
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ESPECIFICIDADE GEOMÉTRICA As enzimas variam consideravelmente quanto ao grau de especificidade geométrica. Poucas enzimas tem especificidade absoluta para apenas um único substrato.
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ESPECIFICIDADE GEOMÉTRICA
Cofatores são pequenas moléculas orgânicas ou inorgânicas que podem ser necessárias para a função de uma enzima. Porção não protéica da enzima.
http://docentes.esalq.usp.br/luagallo/enzimas.html
http://www.lookfordiagnosis.com/mesh_info.php ?term=Holoenzimas&lang=3
-Apoenzima
Inativa
-Holoenzima
Ativa
CO-FATORES ÍONS METÁLICOS
MOLÉCULAS ORGÂNICAS (COENZIMAS)
Zn⁺
NAD ⁺
http://www.elmhurst.edu/~chm/vchembook/572carboxypeptidase.html
http://www.fastbleep.com/biology-notes/40/116/1183
VITAMINAS PRECURSORAS DE COENZIMAS • Nicotinamida (vitamina B3)
• Vitamina precursora do NAD⁺ e NADP ⁺ • Pelagra • Todas as vitaminas precursoras de coenzimas são solúveis em água
http://pt.wikipedia.org/wiki/Nicotinamida
http://www.umm.edu/esp_imagepages/18104.htm
VITAMINAS PRECURSORAS DE COENZIMAS Vitamina
Coenzima
Doença humana devido à carência da vitamina
Cobalamina (B12)
Coenzimas da cobalamina (B12)
Anemia perniciosa
Ácido Fólico
Tetraidrofolato
Anemia megaloblástica
Nicotinamida
Coenzimas da nicotinamida
Pelagra
Tiamina (B1)
Tiamina-pirofosfato
Beribéri
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REGULAÇÃO DA ATIVIDADE ENZIMÁTICA A regulação da atividade enzimática é essencial para a coordenação do vasto conjunto de processos bioquímicos que ocorrem a todo instante em um organismo. Porque devem ser reguladas?
TEMPO E LOCAL ADEQUADOS
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REGULAÇÃO DA ATIVIDADE ENZIMÁTICA
Igual ao fluxo de veículos, as vias metabólicas fluem mais eficientemente quando reguladas por sinais.
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REGULAÇÃO DA ATIVIDADE ENZIMÁTICA A atividade enzimática é regulada de duas maneiras: • Controle da disponibilidade de enzimas; • Controle da atividade enzimática.
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REGULAÇÃO DA ATIVIDADE ENZIMÁTICA Controle da disponibilidade: • A atividade enzimática pode ser regulada pelo ajuste da quantidade presente da enzima.
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REGULAÇÃO DA ATIVIDADE ENZIMÁTICA E. Coli
INIBIÇÃO ENZIMÁTICA Inibidor enzimático: qualquer molécula que se ligue à cadeia polipeptídica de uma enzima, diminuindo a velocidade da reação.
http://essenciadavida-julianacorreia.blogspot.com.br/2010/05/actividade-enzimatica.html
CLASSIFICAÇÃO: QUANTO À NATUREZA QUÍMICA DA LIGAÇÃO DO INIBIDOR Irreversível Reversível 1.Competitiva 2.Incompetitiva 3.Não competitiva
IRREVERSÍVEL Na inibição irreversível o inibidor se liga através de ligação covalente ao sítio ativo da enzima, impedindo a ligação do substrato.
http://essenciadavida-julianacorreia.blogspot.com.br/2010/05/actividade-enzimatica.html
REVERSÍVEL Na inibição reversível o inibidor se liga ao sítio ativo ou então a outra parte da cadeia polipeptídica da enzima através de uma ou mais interações químicas não covalentes como: pontes de hidrogênio, interação hidrofóbica, ligação iônica, van der Walls, dipolo-dipolo.
http://bio12-ciencia.blogspot.com.br/2011/04/actividade-enzimatica.html
COMPETITIVA A inibição competitiva ocorre devido à estrutura química do inibidor competitivo assemelha-se à estrutura do substrato. O inibidor competitivo se liga ao sítio ativo da enzima, impedindo a ligação do substrato.
http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/enzimas/enzimas-9.php
INCOMPETITIVA Inibição por bloqueio do complexo ES. O inibidor só pode se fixar de modo reversível sobre o complexo ES. O complexo ESI é inativo e não forma produto.
http://www.enq.ufsc.br/labs/probio/disc_eng_bioq/apostilas/Apostila_cinetica_enzimatica_ju.pdf
NÃO COMPETITIVA Na inibição não competitiva, o inibidor se liga a uma região da enzima, diferente do sítio ativo formando complexos EI e ESI. A enzima é inativada quando o inibidor está ligado, o substrato estando também presente ou não. http://bio12-ciencia.blogspot.com.br/2011_04_01_archive.html
REGULAÇÃO ALOSTÉRICA As enzimas alostéricas são proteínas reguladoras que apresentam um sítio catalítico e um sítio alostérico ou regulador em suas cadeias polipeptídicas. Ao sítio alostérico se liga o efetor ou modulador, que é a molécula que regula a atividade dessas enzimas.
Fonte: http://migre.me/bbGUs
(Fonte: Garret & Grisham, 1995).
REFERÊNCIAS BERG, Jeremy Mark, 1958 – Bioquímica / Jeremy M. Berg, John L. Tymoczko, Lubert Stryer; [revisão técnica João Paulo de Campos; tradução Antonio José Magalhães da Silva Moreira, João Paulo de Campos, Paulo A. Motta]. – Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008. CHAMPE, Pamela C. Bioquímica Ilustrada / Pamela C. Champe, Richard A. Harvey, Denise R. Ferrier; tradução Carla Dalmaz... [et al.]. 4.ed. Porto Alegre: Artmed, 2009. LEOPOLDO, Paulo de Tarso Gonçalves. Bioquímica / Paulo de Tarso Gonçalves Leopoldo – São Cristóvão: Universidade Federal de Sergipe, CESAD, 2009.