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Plano de trabalho
LINHA CRIAÇÃO/PRODUÇÃO PROMIC Edital Bolsas de Incentivo Cultural 003/2018 Nome do Projeto: E S P E R A N D O D E U S Número SNIIC AG-30165 (agente) | PR-893 (produto) I - FICHA DE IDENTIFICAÇÃO DO PROPONENTE E INFORMAÇÕES PRELIMINARES Edward Charles Rodrigues Fão Nome: http://www.londrinacultura.londrina.pr.gov.br/agente/414/ (agente)
Promic:
CPF:
746311369-87
Bairro:
Jd das Américas
Londrina
CEP:
86076-090
Profissão:
Ator/Produtor/Diretor de teatro
http://londrinacultura.londrina.pr.gov.br/projetos/edita/76/ (produto)
Endereço: Rua Mario Oncken 90 – 612 Telefone:
991295319
Celular: 991295319
E-mail:
edwardfao@hotmail.com
Estado civil:
Solteiro
Documento Identidade nº:
Cidade:
de
13344507-2
Órgão Emissor:
SSSPR
1.2 – Tipo/Valor da bolsa
X
R$ 40.000,00
1.3 Área Cultural Preponderante do Projeto
Artes Cênicas 1.4 Áreas Secundárias:
X
Teatro
1.5 - RESUMO DO PROJETO
O projeto pretende realizar no período de 01 de Junho de 2018 a 30 de Março de 2019 criação, produção e representação da peça de teatro Esperando Deus, texto cênico que será o alicerce para o estudo de pesquisa que tem como tema A construção da teatralidade. Teatralidade esta, que será construída utilizando o método das Partituras e Dramaturgias da Representação Cênica, tese formulada na conclusão do mestrado em Estudos de Teatro pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Serão realizadas 06 apresentações na vila cultural Usina Cultural, 04 apresentações em 04 bairros periféricos das regiões Leste Oeste Norte e Sul e 02 distritos da grande Londrina. As apresentações nos bairros acontecerão de preferência em Vilas Culturais, em equipamentos (CEU Praça da Juventude etc) pertencentes a municipalidade e espaços públicos abertos. A concepção do espetáculo será estruturada de maneira que possa ser realizada em espaços abertos e espaços fechados. As apresentações serão direcionadas para adultos estudantes do ensino médio noturno. Estão programados também 12 debates/conversas/painéis com o público após a realização das apresentações. Pretende-se atingir diretamente com as ações (apresentações/debates), num primeiro momento, um público estimado em 2.880 espectadores. Esperando Deus é 70ª montagem da Cia Teatro Kaos, que neste ano completa 30 anos de fundação e a 7ª montagem desde o seu retorno ao Brasil em 2011, depois de mais de 15 anos radicada em Portugal. Esperando Deus está previsto para estrear-se em janeiro de 2019.
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II – APRESENTAÇÃO Teatro Pós Dramático A característica artística e filosófica do projeto se baseia na concepção do teatro Pós Dramático. O teatro pós-dramático não busca mudar a realidade de modo concreto, sua intenção é causar no espectador um determinado assombro, perante a realidade concreta, procura que ele se sinta incomodado e que esse incomodo o faça refletir, tornado-o talvez, consciente da espetacularização presente na vida cotidiana. O teatro pós dramático pretende ser político não por estar em consonância a um ideal político específico ou a uma corrente política de nível mais ou menos partidário, mas sim por propor um caráter perturbador em seu modo de constituir-se. O teatro para ser político deve conter o fator de transgressão, um teatro político feito para um grupo que irá reafirmar suas convicções, não apresenta o fator de transgressão e, portanto, não é político. Na maior parte das vezes, o teatro político não passa de um ritual de confirmação para aqueles que já estavam convencidos. O Teatro pós-dramático por tanto não se desvincula do conceito político, apenas o considera a partir de outra perspectiva, portanto formula um novo saber cultural, que atualmente não se encontra disponível em forma discursiva. É um saber performativo que não pode ser transmitido discursivamente através da língua, mas apenas experimentado no próprio corpo. Texto Esperando Deus ***Dramaturgia em anexo Gênero Pós-existencialista Linguagem estética Simbólica Registro Interpretativo Expressionista Clownesco Hipernaturalista Naturalista Personagens Pozzo Estragon Vladimir Lucky Espaço Arena, não há separação entre atores e espectadores. Cenário Atemporal, desértico, duas árvores estilizadas. Elásticos e balões moldam as suas formas. Pelo espaço folhas secas Espalhadas pelo chão. Os balões estão recheados com infinitos Objetos. Dois personagens, vladi e estra e toda a plateia Ativa, fazem parte indissolúvel do cenário. Não se pode considerar o Espaço cênico sem esses elementos. Luz Serão utilizadas as luzes das quatros estações do ano Paisagem sonora Sons e ruídos da natureza, tendo como base o tic-tac dum relógio, intercalados com uma canção triste mexicana.
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Interpretação O trabalho de ator tem como base uma linguagem Clownesca, no entanto, sem cair na convenção das leis que regem as Ortodoxas regras da forma estrutural do clown. Mais do que qualquer coisa, o que nos remete ao clownesco é a estética e a linguagem corporal antinatural, já o seu estado psicológico seria de um hipernaturalismo levado ao extremo nos seus sentimentos. O trabalho assim, adquire em momentos da obra uma estética e um registro próximos do que convencionamos chamar de expressionista. Contracena Ator / espectador (direta passiva) não há conflito Direto entre os personagens, toda a contracena passa pelos olhos do público incauto, cada elemento que passivamente assiste é um elo de ligação entre as relações surgidas na cena, deslocando sensivelmente o olhar do público já não tão passivamente cético. Características do trabalho - Consciência do fato de que o ato teatral se configura enquanto acontecimento - Apropria-se da situação teatral - Joga com elementos hiper-realistas que visam confundir o espectador e por vezes os próprios artistas - O espectador passa a ser co-autor da cena, do conjunto dramático, um participante que entretanto, não interpreta, não faz de conta, apenas age, como ele mesmo agiria no seu dia-a-dia - Busca fazer do público um público consciente das lógicas espetaculares existentes no teatro e na vida - O espectador se depara com a falta de uma fabula tradicional (com começo, meio e fim), ele estará diante de uma obra que se apresenta fragmentada, não está aberta apenas porque o final é incerto, mas todo seu enredo parece não seguir uma lógica linear, um continuo cartesiano. Algumas considerações sobre Esperando dEUS A espera, a interminável espera. O acomodar-se. A espera que os nossos problemas, os nossos sonhos, as nossas felicidades, as nossas inquietações, sejam resolvidas por outrem. Um deus talvez, um político talvez, um papa talvez, um outro qualquer, desde que não sejamos nós próprios. Os sonhos infantis, traçados com a vida das nossas abstrações mais lúcidas. A vida dura e escaldante do nosso mundo metrópole. O medo que nos rodeia e nos imobiliza. A indignação com o momento presente. A constante manifestação inconformista que nos mantém na espera absoluta da mudança fatal. Tão desejada, tão reclamada, mas que a nossa coragem limitada nos obriga a gritar pelos cantos, como velhos rabugentos, que nos seus guetos escuros vociferam contra toda a humanidade, mas não são capazes de abrir a braguilha de suas calças, e que acabam urinando em suas pernas esqueléticas, esquecidas e deformes. O desejo que nos move é a vontade da mudança, de bater nossas asas, de olhar nos olhos da criança na rua e dizer-lhe que não é bem assim, que nem tudo está perdido, que as bestas que nos trazem a infelicidade perene, são coisas que passam. Talvez poder dizer, quem sabe, que podemos cambiar nossos ares, talvez nos transmutarmos em criaturas felizes, talvez. Talvez tentar sempre. Não desistir no meio do caminho. Levar o caminho para frente, mesmo que seja somente com a barriga. Mas caminhar, não parar, não sentar. Correr atrás dos sonhos perdidos. É isso não parar, correr exaustivamente atrás de nossos sonhos perdidos num passado recente. O Universo de Esperando dEUS Pozzo é o senhor todo poderoso dos limites que a sua vista permite ver. Adquiriu tamanho poder com o sacrifício dos desavisados. Juntou em suas mãos, todo o poder do conhecimento humano. Mitificou dogmas e descobriu, depois de séculos de estudos e pesquisas infindáveis, o segredo fragilizado da raça humana. Reunido de conhecimento e autodeterminação, traçou seu destino. Teve de ser cruel e impiedoso consigo mesmo, pois só assim poderia ser com outras criaturas também. Seu poder é tão grande que não conseguimos ter uma visão totalitária de sua força, pressentimos apenas que ela anda por aí, interferindo em nossos caminhos, dificultando o nosso viver. O poder camuflante das suas forças, confundem-nos a todo o instante. Alguns objetos que marcam a presença de Pozzo
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O que marca sua presença é sua autodeterminação, sua eloquência, sua retórica e, principalmente seu poder de manipulação. Lucky é prisioneiro de Pozzo. Apesar do seu grande poder sobre as forças da natureza e de outras naturezas desconhecidas do nosso neandertal raciocínio, ele nada pode fazer contra os desmandos de Pozzo. Seu poder sobre a esfera humana limita-se a realizar sonhos impossíveis. Sua função é simples: zelar pelo bom funcionamento do cosmo e fazer com que as forças que o equilibram, choquem-se somente o permitido nas normas da lei quântica. Tarefa devo dizer desde já, sensivelmente ingrata. De todas as funções que rotineiramente desempenha, a que mais lhe desagrada é interferir diretamente na esfera humana. Tarefa que num passado remoto, dava-lhe grande satisfação. Naqueles tempos, suas intervenções causavam-lhe frequentemente um orgulho supremo. Hoje a amargura toca-lhe a alma cada vez que sua presença se faz necessária no mundo dos mortais. Pois ultimamente, exaustivamente, seu trabalho se reduz a podar sonhos impossíveis. Ele nada pode fazer. Seu poder sempre esteve na posse de outrem. Para que ele se manifeste a nosso favor, temos que querer, que tomar posse do desejo de realiza-lo. Lucky pelo seu lado está aí, sempre esteve, aguarda ansiosamente que nos levantemos e o libertemos da prisão que nós imputamos a ele e a nós próprios. Alguns objetos que marcam a presença de Lucky Mala- na mala encontra-se toda a essência de sua alquimia mágica. É ali que ele guarda as poções que transformam dias em noites, a bela brisa duma tarde de verão em tufões catastróficos e mortais. Guarda também a essência da vida e de toda a eternidade, forças que estão concentradas nos sonhos que flutuam sobre nossas cabeças. É dentro da mala que estão os poderes secretos que equilibram o universo, e que são liberadas segundo os nossos desejos e, principalmente segundo nossas vontades, ou melhor dizendo força de vontade, atitude. Correntes- São as forças que o prende aos desmandos de Pozzo. Ele não tem permissão superior para arrebentá-las, se quisesse poderia. Mas somos nós, com um ínfimo esforço que devemos arrebentá-las. Escada- É o seu preferido, dentre todos os seus equipamentos de trabalho. Do alto da pequena escada, ele pode apreciar toda a sua obra. Contemplá-la. Mas também, antagonicamente, representa seu maior sofrimento, pois dali, do alto dos seus limites, pode mirar também, o sofrimento e o caos que assolam seus domínios. Cada momento no alto, é um misto de dor, pela impossibilidade de interferir, misturado com a alegria contagiante pela possibilidade do movimento que se acena a todo o momento, e que ele pacientemente espera. Tranças/guizos/elásticos- Vestígios do tempo em que ele, como nós, tinha seus sonhos também. A diferença é que todos os seus sonhos foram realizados, e agora seu sonho impossível é conseguir administrar seus sonhos realizados, nós. Vladi e Estra estão eternamente sentados em suas caixas a espera. Como sempre aguardam calmamente e tediosamente a chegada de deus, que com certeza, acham eles; modificará suas vidas. A vida toda eles nunca souberam fazer outra coisa a não ser esperar por deus. Já não sabem exatamente quanto tempo esperam. Mas esperam. Enfadonhamente aguardam. O que lhes dá força para esta exaustiva espera é a fé. Adquirida por tradição, há muitas e muitas gerações. Acreditam eles que a raiz de seus problemas, será exterminada no momento em que encontrarem com seu deus. Apesar de todos os dias falhados eles, apesar do aparente desgosto mantém-se firmes, no propósito de não arredar pé do local, que determinaram como sendo o do encontro. Mesmo que seus sonhos infantis, pela imobilidade de seus atos, pouco a pouco comecem a desaparecer. Como que absorvidos por uma força obscura qualquer, persistem na imobilidade fatal. Alguns objetos que marcam a presença de Vladi e Estra Tigelas e batedores de ovos- São instrumentos passatempo, que aliviam a inércia da espera estática eleita por eles. Elásticos presos a balões- Representam os caminhos de seus sonhos. É através desses elásticos que seus sonhos abstratos, frutificam-se na árvore da vida, que é sustentada pelas suas abstrações irreais. Elásticos presos ao público- É a ligação ao mundo real. Faz-lhes lembrar a todo o instante que estão presos ao mundo palpável do homem. Que podem tanto manipular, como serem manipulados pelos seus iguais. O entendimento desse processo é que determina a movimentação ou a estagnação de seus sonhos. Signo presentes em todos os personagens/objetos de cena/cenário Códigos de barra- Determinam a identificação massificada-codificada do mundo contemporâneo, onde cada coisa, cada produto, cada gênero da espécie animal, está qualificado de acordo com suas características e padrões. Essas, determinadas
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por forças desconhecidas, que nos catalogam como matérias inorgânicas que servem ao bel-prazer de criaturas desconhecidas e onipotentes. Concepção Cenografia Guarda roupa caracterização
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Arquitetura cênica Canos PVC Plástico transparente Balões várias cores Elástico branco Guizos Variados objetos miniatura
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Adereços de cena
Pozzo: 01 binóculo 10 charutos 01 mapa territorial 01 caderno negro de anotação 02 lápis Variadas medalhas de honra/mérito/coragem forjadas 01 patinho de pelúcia 01 corrente metálica 20 mts 01 óculos cego 01 bengala cego 01 b.i. cego 01 caixinha moedas cego 01 mordaça branca 01 isqueiro zippo 01 garrafa vinho do porto 60 coxas de frango assado 01 banquinho negro Lucky: 01 mala de viagem 30 balões coloridos (preservativos) Muitas folhas secas Muitas pétalas várias cores 1 kilo neve (esferovite) 01 tesoura de jardinagem Estra/Vladi: 01 batedor de ovos 01 tigela metálica 01 dicionário de bolso Objetos de cena
01 escadote 01 poltrona (pozzo) 17 caixas de cerveja (vladi/estra, pozzo, público ativo)
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Figurinos
Pozzo: 01 avental branco cod.barra nº 0000000007 01 sobretudo negro 01 cachecol vermelho 01 par meias compridas vermelhas 01 bota da tropa 01 capacete negro Lucky: 01 avental branco cod.barra nº 00000000000 01 par meias compridas amarelas 01 cachecol amarelo 01 bota da tropa Vladi/estra: 02 aventais branco cod.barra nºs 6285916037 – 0475836129 02 botas da tropa 02 cachecóis listrados branco/negro 02 pares meias compridas listradas branco/negro Público ativo (14): 14 aventais branco cod.barra de 00000000001 até 6725472023 Caracterização
10 potes Base branca 05 potes Base vermelha 05 potes Base preta 10 Lápis olho preto 10 Lápis olho vermelho 05 pincéis Pozzo: rosto branco 01 nariz clown negro olhos vermelhos pupilas olhos negros em volta boca negra cabelo vermelho Lucky: rosto branco 01 nariz clown vermelho olhos brancos pupilas olhos negro em volta boca vermelha cabelo amarelo vladi/estra: rosto branco 02 narizes clown branco olhos azuis pupilas olhos negros em volta boca negra cabelo branco Público ativo: 14 narizes clown branco
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III – OBJETIVOS OBJETO Este estudo pretende construir um objeto artístico que nos possa auxiliar no entendimento da configuração do fenômeno da teatralidade na construção do universo teatral e mais especificamente no trabalho criativo do ator, identificando os elementos responsáveis pela sua edificação, buscando descobrir até que ponto é possível através da manipulação das linguagens utilizadas na construção da personagem e do seu universo ficcional, determinar a aparência final da sua teatralidade. Nessa tentativa de compreensão da manifestação gerada por forças aparentemente difusas no objeto artístico, buscar-se-a responder questões presentes no dia-a-dia da criação e que solicitam serem clarificadas. Entre as muitas interrogações que limitam a prática diária, procurar-se-a responder o que é a teatralidade? Como se manifesta no espaço físico/mental da representação? Como se manifesta no espaço físico/mental do público? Como sente o público a teatralidade? Como sente o ator a teatralidade? Existe uma identidade única da teatralidade? Quais os elementos que formam a teatralidade? Como são construídos? Quais os efeitos da manipulação das suas linguagens na construção do trabalho criativo/emocional/racional do ator? Estão relacionados? Quando manipulamos a forma na linguagem oral do ator, onde mais interferimos? Interferimos nos seus sentimentos? E no seu humor? Modificamos a sua respiração? Não se pretende aqui, dar respostas definitivas a estas interrogações que fazem parte do dia dia criativo do universo da representação. Procurar-se-a, antes de mais nada, indicar caminhos possíveis na compreensão e na construção do objeto artístico. Tema 1 – Questões de linguagens Poética da teatralidade na construção da representação cênica | Partituras e dramaturgias |O universo criativo do ator | Partículas e sub-partículas construtoras da linguagem cênica Tema 2 – Questões de conteúdo A imobilidade do ser perdido nos tempos de muralhas virtuais que travam nossos movimentos impedindo-nos de avançar no caminho que não se mantém estático em nossas muralhas feudais. Objetivo Promover o acesso a produtos culturais que compreendam um programa de formação de plateia e a criação de espaços através da construção, montagem, apresentação e circulação do espetáculo Esperando Deus, que será concebido a partir do estudo teórico e prático da construção da teatralidade no acontecimento cênico, Objetivos específicos - Promover a cidadania e a cultura de paz, por intermédio de ações culturais nas comunidades locais; - Democratizar as ações e os bens culturais; - Promover a integração entre espaços educacionais, de lazer e culturais, com o objetivo de aprimoramento das políticas de formação de público; - Fortalecer experiências culturais desenvolvidas por agentes e movimentos socioculturais que dialoguem com a comunidade local; - Incluir culturalmente a população socialmente desfavorecida, por meio da promoção do acesso desse grupo às manifestações de cultura; - Propiciar oportunidades para que a população tenha participação ativa nas diversas formas de expressão, em manifestações artísticas; - Estimular o convívio social em ambientes culturais; - Capacitar e formar continuadamente os trabalhadores da cultura; - Promover o acesso a produtos culturais que compreendam um programa de formação de plateia e a criação de espaços públicos para produção cultural, criando espaços para a inclusão e a democratização do acesso às artes; - Levar o espetáculo Esperando Deus para Bairros periféricos e distritos da grande Londrina; - Descentralizar os produtos culturais, procurando leva-los às comunidades carentes sócio e culturalmente abandonadas; - Fomentar a economia criativa do município, através da contratação dos profissionais necessários à realização do projeto;
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- Confrontar o público com as partituras e dramaturgias do espaço e da representação, objetivando quebrar a ordem natural das suas partituras e dramaturgias condicionadas pelas convenções que estabelecem sua relação com o espaço social e com a recepção da obra artística; - Confrontar os interpretes com as partituras e dramaturgias do espaço e da representação, objetivando quebrar a ordem natural das suas partituras e dramaturgias condicionadas pelas convenções que estabelecem sua relação com a construção da obra artística; - Assimilar e executar a técnica do método Partituras e Dramaturgias do Ator; - Democratizar e multiplicar o saber, através da transmissão de saberes aos criativos construtores da representação; - Realizar 12 apresentações do espetáculo Esperando deus nas regiões centro (6), norte (1), sul (1), leste (1), oeste e em 02 distritos (2) da grande Londrina; - Realizar 12 palestras/conversas após as apresentações do espetáculo Esperando deus nas regiões centro (6), norte (1), sul (1), leste (1), oeste e em 02 distritos (2) da grande Londrina; - Atingir um público final estimado em 2880 espectadores; Pra não dizer que não falei das flores (justificativa) Quando penso no teatro, penso em 03 palavras-chave: verdade, necessidade e mergulho. Palavras que me permitem, construir a complexidade que a minha arte necessita e que impulsionam as vertentes da minha vontade criativa. A utilização cotidiana dessas palavras remete-me inevitavelmente com justiça ao encontro da verdadeira função do meu fazer teatral. Justiça nesse caso significa honestidade criativa, fator fundamental para mirar o próximo na profundeza do seu olhar perdido. Se a criação for construída tendo como alicerce essa tríade filosófica/existencial, já não se pode fugir da inevitabilidade do confronto necessário, independente do fato do confronto ser tempestuoso ou pacífico. Não importa seu gênero basta-me o confronto: elemento que desencadeia outros processos que levarão esse despropositado encontro á caminhos inicialmente não planejados. A possibilidade do encontro que cause o confronto. A generalidade dos encontros não levam necessariamente a confrontos. Confrontar significa aprendizagem, conhecimento e finalmente reconhecimento. Confrontar para seguir adiante, provocar novos encontros e finalmente (re) conhecer o confronto. Reconhecer o confronto significa afirmar-se, transmutar-se, moldar ou ser moldado pelo mundo que nos circunda. Os acontecimentos que norteiam os momentos diários da nossa parca existência convergem para encontros sem significado real, sem vontade de confronto. Não estamos para nos chatear, dirão alguns, e assim preenchemos o vazio dos nossos dias com o tédio que assola nosso cotidiano romano. O tempo alonga-se e pouco a pouco anestesiados já não sentimos e nem acreditamos em nada, a não ser nas nossas pequenas verdades vaidosas. Quando o acontecimento do teatro nos possibilita o encontro com nossos iguais esse deve ser justo, no sentido que os verdadeiros encontros são oportunidades únicas de confrontarmos verdadeiramente o nosso próximo e a nossa proximidade. Não devemos deixar passar em branco os poucos minutos que nossos olhos se cruzam e a nossa respiração mistura-se no pequeno espaço onírico, cênico, atemporal. O tempo perdido em devaneios e subterfúgios, vazios de significados, deixemos lá fora. Aqui o que importa é aclarar as idéias, sacudir nossas miseráveis certezas, remexer em nossas feridas eternamente em processo de cicatrização, sangrando abundantemente, ferindo nossa alma perdida que teme pela sua putrefação final. O valor de nossas vidas mede-se por vários parâmetros que dão significados aos nossos atos. A profundidade da vulgaridade, pode com facilidade, preencher o ideal de muitas das suas necessidades. No universo do espaço teatral cabe filtrá-las e canalizá-las para o construir artístico, tornando-as ferramentas da criação. Falar em teatro significa falar de uma mesma coisa e de coisas totalmente distintas entre si. Denotação e conotação ganham pesos e medidas únicas e exclusivas no universo de quem as produz. Apesar do teatro ter significados quase que unânimes na sua gênese significativa, o fazer prático teatral já não participa dessa unanimidade. Para cada interveniente criativo que desenvolve seu fazer artístico, o valor da sua função atinge os mais variados significados concretos em seus universos de atuação. É ai que reside o valor do teatro: na prática diária do fazer, espaço onde se pode encontrar a função específica de cada um desses inúmeros elementos que sustentam o acreditar artístico (ou não) de cada criador. Nesse espaço (cotidiano teatral) todo o fazer construtivo é genial, originário do seu processo criativo. Não se trata de genialidade artística. O ato criador não se reduz simplesmente a procura da genialidade. Quer dizer: a genialidade não é o objeto primordial do fazer teatral, talvez uma possibilidade, quem sabe uma consequência, nunca um objetivo.
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O que se objetiva é a via da criação, o construir do ato de criar. Tudo o que é criativo é naturalmente canalizado ao caminho do que é genial. Valorar os graus da criatividade (da mediocridade a genialidade) pertence antes ao receptor da codificação artificial, depende da sua capacidade de percepcionar o objeto em causa. A atribuição de valor só adquire significado, quando o acontecimento é recepcionado pelos valores intrínsecos em cada espectador. Para o criador o valorar tal objeto convoca outras percepções e outras preocupações que diferem em grau e gênero das construções mentais do receptor da criação. Se buscarmos a criatividade do nosso trabalho contando com os valores adquiridos de cada um dos nossos espectadores incautos, provavelmente passaremos o resto das nossas vidas nos equivocando no espaço e no tempo e, certamente sem nunca encontrarmos essa tal genialidade que estupidamente alguns insistem em procurar. A prática diária do teatro não procura o genial (ou não se deveria), não pretende fazer o novo, nem tão pouco o velho, e muito menos ambiciona ser de vanguarda. Ela não pensa na obra de arte com um fim em sí mesma. Não importa o que a exposição dessa obra pode suscitar no público presente, importa o que suscita concretamente. O resto é espetáculo, simples consequência consciente do esforço construtivo diário. O que eu busco no teatro é o encontro, o confronto com meus iguais. Não para nos entretermos pateticamente, num primeiro momento para tocar nossas feridas abertas (que são tantas). E mais tarde, se a vida assim nos permitir, num espaço já não-ficcional, não teatral, na vida diária, realidade concreta. Talvez aí possamos nos entreter com algo mais patético, algo que nos aproxime das nossas dores e dos nossos desejos secretos. Para mim, indivíduo individualizado neste inferno que denominamos vida, o teatro retrata uma representação que não pode ser separada do significado da vida dessa individualidade, meus projetos pessoais, minhas aspirações sociais, meus desejos inconfessáveis passam diretamente pelo fazer teatral. Atuando como um catalisador da minha existência, possibilita-me encontrar-me (como se isso fosse possível), localizar-me, não neste presente momento de vida, mas na plenitude do entendimento do que pode ser uma existência, do que pode ser o ser, eterno, etéreo, ou seja lá o que realmente somos. Não acredito na eternidade, mas sinto o peso do infinito que carrego em minhas memórias genéticas ancestrais; não acredito em deus, mas sou incapaz de pensar o vazio, o antes da grande explosão, sem lhe atribuir alguma culpa. A minha única certeza é a certeza dos idiotas, a certeza de que ainda vale a pena, de que pode ser de outra maneira, e a convicção absoluta de que eu, enquanto indivíduo posso com meu ínfimo trabalho preocupado, fazer alguma coisa para que amanhã já não tenha que ouvir, pelas ruas das grandes cidades, lamentos de sujos sujeitos, sujos de carne, outras vezes imundos de alma e conceitos, que poluem seus caminhos repleto de porcarias, deixadas ao acaso em outros momentos menos precisos em que só lhes restava o abandono. O teatro foi um acaso, como são muitos os acasos que desviam as trajetórias por nós antecipadamente traçadas. Este estudo é resultado dos acasos que direcionaram o trajeto das últimas 3 décadas e não se destina a ser um método pedagógico, uma formula de como deve um ator proceder a sua criação, nem tão pouco uma técnica específica de interpretação e muito menos um manual de encenação. Trata-se antes, da tentativa inútil, de desvendar os obscuros caminhos, que nos levam a confrontar os elementos construtores da criação artística. Objetiva-se o descobrir as possibilidades criadoras desses inúmeros instrumentos que fazem parte do arsenal construtivo do trabalho criador. Este estudo está dividido em 4 partes (A essência da Criação, Mecanismos do Universo Teatral, Universo criativo do ator, Cotidiano do ator ), subdivididas em capítulos, que correspondem a determinados elementos pertencentes aos núcleos específicos que constroem o acontecimento teatral. Os elementos são estudados separadamente, para que se possa ter uma visão mais clara e próxima de determinado elemento construtor da criação. Isso não significa que quando do ato prático da sua construção, esses elementos possam ser trabalhos separadamente, impossível. O que nos interessa essencialmente é o descobrir e o nos conscientizar de cada elemento em separado. O construir implica em percepcionar o mínimo, que por ser mínimo, pode passar despercebido no meio de uma grande construção. Por vezes ao finalizar uma obra, nos damos conta que a nossa necessidade presente, não era mais do que um reflexo natural da insignificância, que nossa visão turvada atribuiu ao que a princípio nos passou despercebido, porque tínhamos pressa! Os Universos que delimitam nosso criar O espaço do acontecimento teatral é constituído por inúmeros universos independentes e auto-suficientes que num determinado momento cruzam-se, interligam-se e reúnem as energias necessárias para a realização do efêmero momento do acontecimento teatral. Os universos que constroem o acontecimento podem ter um número reduzido de intervenientes ou uma grande teia de elementos envolvidos em determinada produção, tudo depende do interesse e do poder existente no/para (o) universo da estrutura criativa da efemeridade.
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O construir do acontecimento teatral não é pensado necessariamente intencionalmente e conscientemente por todos os universos que o constitui. Pode acontecer que todos os elementos estejam em sintonia para a sua manifestação, geralmente isso acontece em ocasiões pontuais em sociedades como a nossa ou localizadas espacialmente em sociedades mais avançadas ou mais atrasadas da nossa contemporaneidade. O comum nos nossos dias presentes, é um reduzido número de universos trabalhando para a concretização do efêmero acontecimento. Uma estrutura artística amadora, não realiza um acontecimento teatral com o mesmo envolvimento e o mesmo impato, que uma representação encenado por uma qualquer figura internacional. Provavelmente o interesse e o poder em volta dessa figura, será inequivocamente maior que numa estrutura amadora de uma província europeia. Na sua produção estarão envolvidos inúmeros universos, com variados graus de interesses na realização do acontecimento. Cada universo movimenta-se aleatoriamente, determinando a direção do seu movimento social, de acordo com as forças dos elementos que constituem sua gênese estrutural. Sua direção e sua força de rotação estão sujeitas a modificações consoante os prováveis encontros com outros universos, que após o confronto e medida de forças, determinará qual dos universos envolvidos, direcionará o movimento do acontecimento teatral. Cada universo funciona analogicamente como um organismo vivo, constituído por células (dramaturgias e partituras), que por sua vez são compostas por moléculas (partituras espacial, corporal, sonora e mental, dramaturgias coletiva, social, psicológica e individual), as moléculas são formadas por átomos (direção, apoio, rasgar o espaço, intensidade, ritmo, musicalidade, objetivo, intencionalidade, articulação, projeção sonora, humor, sentimento, pensamento, etc..) e finalmente cada átomo construído a partir de prótons, elétrons e nêutrons, que são compostos basicamente por quarks (tensão muscular, energia desprendida, atitude, mergulho pessoal, etc). Independentemente do universo, todos têm nas suas constituições genéticas esses mesmos elementos, que estruturam, formam ou deformam sua existência. É a partir da conjugação dos átomos nucleares que o movimento da criação é desencadeado, influenciando e sendo influenciado pelo movimento de outras conjugações atômicas que numa somatória orgânica e construtiva, por vezes desconstrutiva, determinará a teatralidade final da sua elaboração criativa. O Macro universo do acontecimento teatral é formado por 2 universos paralelos (da representação e da recepção). O universo da representação e da recepção são formados por galáxias (do ator, da encenação, do texto, do espaço da representação, do público, da crítica, do espaço de acolhimento e da estrutura de acolhimento). O confronto entre as galáxias do ator, do texto literário, da encenação e do espaço da representação determinará o movimento motriz da representação que em confronto com o movimento das galáxias da recepção estabelecerá o movimento do macro universo do acontecimento teatral, que em confronto com outros macros universos (do Mecenato, dos meios de comunicação, da captação de públicos) determinará seu espaço e seu movimento no universo teatral. Esses universos e galáxias são apenas elementos referenciais para a percepção da manifestação do acontecimento, pois sua movimentação e sua força energética ilustram com eficiência a visualização da ação das sinergias do acontecimento teatral. A procura do entendimento da dinâmica que rege e constrói cada universo será canalizada para a base concretizadora do acontecimento teatral: o ator, que em primeira instância é inevitavelmente a gênese indispensável na construção da linguagem cênica. Os universos restantes ficarão a espera para que oportunamente possam ser estudados com a profundidade necessária. Entender a dinâmica de funcionamento da estrutura atómica dos universos é ponto central para a compreensão e para a composição da manifestação do fenómeno da teatralidade.
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IV - JUSTIFICATIVA 4.1 - Relação custo-benefício As apresentações do espetáculo Esperando Deus, serão direcionadas para todas as regiões e 02 distritos da grande Londrina, privilegiando nos bairros e distritos estudantes do Ensino de Jovens e Adultos (EJA). As apresentações realizadas na região centro serão direcionadas para estudantes do ensino médio de estabelecimentos de ensino municipal e estadual. Os ingressos serão oferecidos gratuitamente. Custo-benefício-social - Promoverá a cidadania e a cultura de paz; - Democratizará o acesso as ações e aos bens culturais; - Promoverá a integração entre espaços educacionais e o produto artístico resultante do projeto; - Fortalecerá experiências culturais que dialogam com a comunidade local; - Incluirá no circuito cultural uma população socialmente desfavorecida; - Estimulará o convívio social em ambientes culturais; - Capacitará e formará trabalhadores da cultura; - Promoverá um programa de formação de plateia; - Criará pontes para a inclusão e a democratização do acesso às artes; - Descentralizará o objeto artístico levando-o às comunidades carentes sócio e culturalmente abandonadas; - Fomentará a economia criativa do município, através da contratação de profissionais necessários à criação do espetáculo e a realização do projeto; - Democratizará e multiplicará o saber, através da transmissão de saberes aos criativos construtores da representação; Custo-benefício-financeiro 40.000 (valores em reais) % 2.880 (nº de participantes) = 13,89 (custo per capita valores em reais) 4.2 - Criatividade Criatividade esse bicho de 7 cabeças Nesse espaço (cotidiano teatral) todo o fazer construtivo é criativo. O ato criador não se reduz simplesmente a procura da genialidade. Quer dizer: a genialidade não é o objeto primordial do fazer criativo, talvez uma possibilidade, quem sabe uma consequência, nunca um objetivo. O que se objetiva é a via da criação, o construir do ato de criar. Tudo o que é criativo é naturalmente canalizado ao caminho do que é genial. Valorar os graus da criatividade (da mediocridade a genialidade) pertence antes ao receptor da codificação artificial, depende da sua capacidade de percepcionar o objeto em causa. A atribuição de valor só adquire significado, quando o acontecimento é recepcionado pelos valores intrínsecos em cada espectador. Para o criador o valorar tal objeto convoca outras percepções e outras preocupações que diferem em grau e gênero das construções mentais do receptor da criação. Se buscarmos a criatividade do nosso trabalho contando com os valores adquiridos de cada um dos nossos espectadores incautos, provavelmente passaremos o resto das nossas vidas nos equivocando no espaço e no tempo e, certamente sem nunca encontrarmos essa tal genialidade que estupidamente alguns insistem em procurar. A prática diária do teatro não procura o genial (ou não se deveria), não pretende fazer o novo, nem tão pouco o velho, e muito menos ambiciona ser de vanguarda. Ela não pensa na obra de arte com um fim em sí mesma. Não importa o que a exposição dessa obra pode suscitar no público presente, importa o que suscita concretamente. O resto é espetáculo, simples consequência consciente do esforço construtivo diário. A idéia que sustentará nossa criatividade O átomo é (por enquanto) a menor partícula divisível do universo, formado por 04 sub-partículas atômicas: prótons e nêutrons no seu interior, elétrons e positrons orbitando seu núcleo. Noventa e nove por cento de um átomo é espaço vazio, 99,9% do espaço ocupado pertence ao seu núcleo e os outros 0,1% corresponde as massas de elétrons e positrons, que são aproximadamente 1.800 vezes menores que as massas de nêutrons e prótons, no entanto com a mesma carga
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de energia. Prótons, positrons, eletrons e nêutrons também não são propriamente a massa deles próprios, antes são formados por 3 sub-partículas denominados quarks, sendo os prótons formados por dois quarks up e um quark down, enquanto os nêutrons são constituídos por dois quarks down e um quark up. Se pudéssemos observar a olho nu o movimento do átomo e de suas sub-partículas, assemelhar-se-ia em muito ao movimento de um sistema solar. Um micro universo repetindo-se num macro Cosmo e vice-versa. O átomo é construtor de todos os acontecimentos orgânicos e inorgânicos e sua genética estrutural será utilizada como analogia dos elementos construtores da teatralidade, não uma analogia fiel mas sim uma metáfora verossímel da sua gênese criativa. O importante nessa analogia é a possibilidade da visualização do seu elemento atómico, que nos possibilita perceber o funcionamento da sua dinâmica construtora, entender a sua aptidão natural para gerar movimento e compreender a sua função primordial em criar vida. A combinação de algumas dezenas de diferentes átomos dão origem à milhares de diferentes moléculas, que combinadas entre si produzem milhões de diferentes células, que agrupadas de diferentes modos dão origem a bilhões de elementos orgânicos e inorgânicos, que por sua vez sustentam um macro-átomo pertencente a um infinito corpo celestial cósmico. No universo das partituras e dramaturgias é também a combinação de diferentes átomos quem determina a forma final na construção de uma qualquer criação artística e da sua respectiva teatralidade. Existem inúmeros átomos responsáveis em dar forma e consequentemente vida aos universos da encenação, do espaço, do ator e da literatura dramática, elementos básicos necessários à manifestação da representação cênica. No universo do ator, objeto central deste estudo, hipoteticamente existe um número de 46 átomos, essenciais para o funcionamento dos instrumentos criativos com o qual ele constrói sua personagem e sua relação com os espaços físico e mental da representação. No processo criativo nem todos os 46 átomos são convocados em pé de igualdade no momento da sua construção. Existem muitas personagens que não necessitam verdadeiramente de todos os átomos para a sua materialização. Mesmo não sendo essencialmente necessários estão efetivamente presentes em estado latente, à espera da sua necessidade. As inúmeras personagens que povoam os universos de variados gêneros cênicos, possuem estruturas construtivas de múltipla complexidade e profundidade, que geram combinações teoricamente infindáveis de átomos estruturadores das inúmeras teatralidades existentes. Esse conjunto de átomos serve de alicerce à construção de uma panóplia de códigos comunicantes, independentemente da presença ou ausência da sua elegibilidade. Aqui os átomos, como os das estruturas genéticas da realidade, constroem toda a realidade ficcional, dando origem aos mais diferentes universos criativos. Composição hipotética da estrutura nuclear do ator Células
partituras-dramaturgias
Moléculas Átomos
Espacial-Corporal-Sonora-mental-Individual-Coletiva-Psicológica-social 1-Átomo Direção 2-Átomo Apoio 3-Átomo Tensão muscular 4-Átomo Rasgar espaço 5-Átomo Movimento 6-Átomo Respiração 7-Átomo Objetivo corporal 8-Átomo Significado corporal 9-Átomo Musicalidade corporal 10-Átomo Intensidade sonora 11-Átomo Articulação vocal 12-Átomo Tom 13-Átomo Tom registro 14-Átomo Objetivo psicológico 15-Átomo O que vemos 16-Átomo Rítmo 17-Átomo humor 18Átomo Sentimento 19-Átomo consciente 20-Átomo Fisiologia 21-Átomo sub-consciente 22-Átomo pensamento 23-Átomo estrutura personagem 24-Átomo percepção espacial 25-Átomo identidade 26Átomo relacionamento 27-Átomo desenho 28-Átomo máscaras corporal 29-Átomo formação académica 30-Átomo Família 31-Átomo formação profissional 32-Átomo status social 33-Átomo emoção 34-Átomo inconsciente 35-Átomo biografia 36-Átomo habitat 37-átomo identidade 38-átomo fisiológica 39-átomo biografia 40-átomo relacionamento 41-átomo família 42-átomo habitat 43-átomo consciente 44-átomo inconsciente 45-átomo subconsciente 46-átomo status social prótons foco de atenção-prótons base-prótons flutuação-prótons variação tensão-prótons velocidadeprótons canais respiração-prótons simbólico-prótons objetivo-prótons ocupação espaço-prótons musculos-prótons fluxo respiração-prótons tonalidades-prótons musicalidade sonora-nêutrons ponto de concentração-nêutrons articulação-nêutrons peso membros-nêutrons ativação/desativação muscularnêutrons tempo-nêutrons diafragma-nêutrons apoio-nêutrons intensidade-nêutrons prático-nêutrons simbólico-nêutrons movimento-nêutrons projeção-nêutrons mascara facial-nêutrons aparelho vocalnêutrons musicalidade espacial-elétrons visualização-elétrons transferência peso-elétrons respiraçãoelétrons movimento-elétrons espaço-elétrons intensidade elétrons rasgar o espaço-elétrons diafragmaelétrons abstrato-elétrons subjetivo-elétrons desenho-elétrons ossos-elétrons ressonância-elétrons sistema respiratório-elétrons consciência vocal-elétrons musicalidade corporal-prótons dados pessoais nêutrons dados ascendentes / descendentes elétrons-prótons características físicas-nêutrons características genéticas-elétrons características ambientais-prótons enredo de vida-nêutrons roteiro de
Prótons neutrons Elétrons
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Quarks
vida-elétrons fábula de vida-próton emotivo-nêutron sexual-elétron social-próton próxima-nêutron distante-elétron empatia-próton espaço individual-nêutron espaço coletivo-elétron espaço divergentepróton desejo-nêutron instinto-próton trauma-nêutron bloqueio-elétron memória apagada quark objetivo-quark visualização-quark fisicalidade-quark referência espacial-quark fixação referências espaciais-quark contato visual-quark imagem mental-quark integração espaço/imagem-quark objetividade-quark interno-quark externo-quark visualização-quark referência espacial-quark área circundante-quark visualização-quark trajetoria do ar-quark intensidade-quark abdómem/tórax
Partituras do ator (01 célula formada por 04 moléculas - formadas por 34 átomos - formados por 34 prótons 34 nêutrons 34 elétrons e 204 quarks) Podemos dividir a partitura (célula) do ator em 04 subdivisões (moléculas): partitura espacial, que representa o caminho espacial onde toda a obra será alicerçada; partitura corporal, aquela em que o ator desenha com seu corpo a sua trajetória física no espaço cênico tridimensional e no seu próprio corpo, utilizando tanto movimentos físicos (ação exterior), como movimentos abstratos (ação interior). Considera-se aqui que todo movimento é ação, portanto não existe movimento sem ação, nem tão pouco ação sem movimento. A 3ª partitura, define-se como sonora, onde o ator experimenta e determina os vários ritmos e tons que permitem o seu aparelho vocal, fazendo todas as experimentações possíveis para a criação do seu texto sonoro. Com essa partitura trabalhada, desenvolve-se a musicalidade sonora da ação. Finalmente a partitura mental. Aqui estabelece-se contato com o campo das emoções abstratas, racionais e psicológicas do ator. Trabalhar essa partitura permite confrontar seus sentimentos jogando com suas intenções mentais, imaginárias e reais. Espaço onde experimentações abstratas marcarão a trajetória do seu caminho e do seu saber. Responder as perguntas básicas que envolvem a pequena ação, é de vital importância. Quem é o homem que gesticula pelo vazio? Quantos anos têm? É casado? É pobre, é rico? Acredita em Deus? A partir daqui, cria-se a identidade dessa personagem que habita essas tão trabalhadas partituras. Descobre-se nessa altura o porquê do tom de voz pálido e atrativo que o ator impôs a determinada ação. Ele estabelece a profunda identificação da sua personagem, que somadas as codificações das suas outras partituras, representativas da sua pequena ação, darão a significação totalitária da sua ação criadora.
4.3 - Importância para a cidade O projeto se encontra intimamente vinculado à construção da cidadania, pois favorecerá, entre outros, a efetiva inclusão de uma parcela da população, que hoje se vê excluída do livre acesso aos bens culturais que aqui se produz. O reconhecimento da diversidade cultural e o acesso das artes nas áreas periféricas de Londrina, são fatores que podem contribuir para a consolidação de um movimento sócio cultural forte e atuante na cidade, com a aglutinação de pessoas em torno não só de um produto, como também de um projeto comum. O projeto Esperando Deus permitirá a democratização do acesso às artes e contribuirá para melhorar a perspectiva das comunidades que não vislumbram oportunidades no acesso democrático dos bens culturais, nem mesmo no pequeno círculo das comunidades em que atuam. A arte é um ato político! Portanto um ato de cidadania. As expressões artísticos-culturais tornam-se espaços de resistência e luta para as questões sociais! É possível afirmar que todos os grandes momentos políticos e sociais que nossa sociedade viveu teve forte influência cultural, seja da música, da literatura, do teatro, das artes populares, das artes de rua, etc. Basta olharmos para os últimos 05 anos do panorama cultural Londrinense, onde a arte teve o papel de dar voz aos movimentos culturais, posicionando-se diante dos acontecimentos referentes a criação da lei dos artistas de rua, dos cancelamentos dos editais do promic, da criação das bolsas de pesquisa, da composição do conselho municipal, da censura moralista, do abandono do teatro municipal, dentre tantas outras ações relevantes para se estabelecer uma política pública de cultura. Nossa importância não se restringe a uma simples ação da realização de um produto artístico, nosso envolvimento (e de tantos outros agentes culturais) e nossa responsabilidade com a cultura e a arte que representamos, vai muito além do simples ato da representação. São nossos posicionamentos diários que possibilitam que a arte seja um espaço fundamental de resistência e luta para a transformação e reflexão sobre as questões políticas e sociais da nossa realidade. É na continuidade das nossas ações, na soma diária dos nossos atos, que contribuímos para o fortalecimento e o estabelecimento de uma política pública de cultura que nos garanta a democratização do livre acesso aos meios de produção.
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4.4 - Descentralização cultural As apresentações resultantes do processo de pesquisa, de criação e de construção do espetáculo Esperando Deus, serão direcionadas para todas as regiões e 02 distritos da grande Londrina, privilegiando nos bairros e distritos estudantes do Ensino de Jovens e Adultos (EJA). As apresentações realizadas na região centro serão direcionadas para estudantes do ensino médio de estabelecimentos de ensino municipal e estadual. Os ingressos serão oferecidos gratuitamente. Circuíto de apresentações Centro 06 apresentações 06 palestras/conversas Usina Cultural Público estimado 1440 Estudantes do ensino médio de estabelecimentos de ensino municipal e estadual Jovens e adultos do período noturno Norte 01 apresentação 01 palestra/conversa Estudantes do Ensino de Jovens e Adultos (EJA) Público estimado 240 Jovens e adultos do período noturno Sul 01 apresentação 01 palestra/conversa Estudantes do Ensino de Jovens e Adultos (EJA) Público estimado 240 Jovens e adultos do período noturno Leste 01 apresentação 01 palestra/conversa Estudantes do Ensino de Jovens e Adultos (EJA) Público estimado 240 Jovens e adultos do período noturno Oeste 01 apresentação 01 palestra/conversa Estudantes do Ensino de Jovens e Adultos (EJA) Público estimado 240 Jovens e adultos do período noturno Distritos 02 apresentações 02 palestras/conversas Estudantes do Ensino de Jovens e Adultos (EJA) Público estimado 480 Jovens e adultos do período noturno
4.5 - Universalização e democratização do acesso aos bens culturais Registro e Comunicação Ações de comunicação, elaboração e aperfeiçoamento de sítios eletrônicos na web, integrados em plataformas públicas, com a produção, o registro e a difusão dos conhecimentos produzidos, os quais comporão o material resultante do estudo, pesquisa e criação, com pleno acesso e e livre circulação nos meios de comunicação públicos. Informações e Gestão do conhecimento Ações de pesquisa, coleta, processamento, armazenamento, análise e acesso às informações e ao conhecimento produzido pelas ações do projeto, publicadas em plataforma colaborativa. Participação social
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Ações que priorizam os grupos, comunidades e populações em situação de vulnerabilidade social e com reduzido acesso aos meios de produção cultural. Democratização do acesso aos bens culturais As ações serão realizadas em espaços públicos de todas as regiões de Londrina e de forma gratuita. Suportes e meios de comercialização e divulgação - Criação website, contendo memorial descritivo do processo criativo até os resultados finais do projeto https://teatrokaosescola.wixsite.com/experienciadeus2018 - Informativo meios de comunicação (rádio, Tv, Jornal, Web) - Visitas a escolas, associações e entidades afins das respectivas regiões - Distribuição e afixação de cartazes em estabelecimentos culturais/artístico e espaço públicos - Mailing - Apresentação aberta à imprensa - Divulgação do evento através de cartazes, panfletos e programas, com incursões in loco nos espaços das representações - Cortejo com as personagens antes das apresentações - Divulgação em redes sociais 4.6 - Enriquecimento de referências estéticas Numa encenação existem no mínimo 02 espaços físicos e 02 espaços mentais com os quais os criadores da representação têm de se confrontar: existe um espaço físico real e operacional, concreto na sua relação utilitária para com a realidade que o gerou, manifesta-se através das cortinas, das luzes, do urdimento, das varas, das tapadeiras, dos panos de boca, das engrenagens e contra-pesos, das roldanas e dos cicloramas; enfim de todos os elementos instrumentais que fazem movimentar o espaço ficcional da representação. O segundo espaço físico é efémero e imaginário, limitado pelo tempo do acontecimento, manifesta-se na estrutura arquitetônica cênica e na cenografia. Apesar de concreto e palpável não é realidade, não está comprometido com a existência diária funcional das vidas que lhe deram origem, não interfere diretamente nos seus destinos individuais. Os espaços físicos: real e imaginário fundem-se para darem origem a um outro espaço físico e que hipoteticamente remete atores e espectadores ao universo físico e onírico da representação, digo hipoteticamente porque nem sempre uma encenação/concepção consegue deslocar atores e público de um espaço concreto para um espaço imaginário, objetivo primordial para que qualquer teatralidade se instale. Existem igualmente 02 espaços mentais: um concreto e um imaginário. O primeiro refere-se a realidade diária da função de técnicos e criativos, onde são confrontados com os elementos do espaço físico concreto. Esse espaço (mentalconcreto) não se refere propriamente ao espaço arquitetônico espacial e perceptível, mas sim ao espaço mental dos intervenientes que têm que interagir segundo as exigências solicitadas pelo espaço físico funcional. Esse espaço mental manifesta-se com as preocupações com entradas e saídas de cena, com a movimentação de um cenário, com a entrada de um efeito de luz ou de som; quer dizer foca-se principalmente nas necessidades funcionais (mecanismo) para a movimentação de uma representação. O espaço imaginário convoca ao espaço físico o espaço ficcional, é ele quem determina as ações desencadeadas por atores e técnicos. Aqui o ator já não pensa somente como ator mas também como personagem, suas preocupações estão ao mesmo tempo agindo no espaço físico e no espaço imaginário. Já o técnico amplia suas preocupações, agora já não somente com o correto funcionamento dos instrumentos que manipula, mas antes com o quando desencadear seus atos, baseando suas interações nas ações das personagens que alimentam o drama imaginário. Os espaços físicos e os espaços mentais, influenciam diretamente o universo do público, sem que no entanto ele se aperceba diretamente da presença concreta da totalidade desses espaços.
4.7 - Valorização da memória histórica da cidade A representação inclui as práticas de significação e os sistemas simbólicos por meio dos quais os significados são produzidos, posicionando-nos como sujeitos criadores da memória. É por meio dos significados produzidos pelas representações que daremos sentido à nossa experiência e àquilo que somos. Podemos inclusive sugerir que esses sistemas simbólicos tornam possível aquilo no qual poderemos nos tornar. A representação compreendida como um
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processo cultural, estabelece identidades individuais e coletivas e os sistemas simbólicos nos quais ela se baseia fornecem possíveis respostas ás questões: Quem eu sou? O que eu poderia ser? Quem eu quero ser? Os discursos e os sistemas de representação constroem os lugares a partir dos quais os indivíduos podem se posicionar e a partir dos quais podem falar através da sua intervenção direita na construção da história. O processo com o qual estaremos trabalhando, refere-se as atividades que fazem com que um bem cultural, imerso em uma dinâmica sociocultural específica, possa se considerar uma memória cultural da/para a cidade. A construção da memória não é um processo natural, que surge espontaneamente; é uma construção, elaborada socialmente, com a participação de diversos atores. Essa transformação significa sempre uma seleção – nem tudo que é do campo da cultura, necessariamente, fará parte do seu patrimônio histórico. Para que isso ocorra é importante descrever suas características e seus processos, e documentá-los em meios audiovisuais, enquadrando-os sob uma perpectiva iconográfica e iconológica. 4.8 - Capacidade executiva do proponente Principais indicativos dos últimos 34 anos. - Ator, formado pelo projeto de teatro universitário (Proteu), Londrina, Paraná, Brasil (1984-86) - Diretor, formado pela Fundação Catarinense de Cultura, Florianópolis, Sta Catarina, Brasil (1986-88) - Vice presidente da CONFENATA (conf Brasileira de Teatro Amador) regional sul (1987-89) - Presidente FECATE (federação catarinense de teatro (1988-1990) - Turnê espetáculo Baden baden, Brasil Uruguay Paraguay Argentina Espanha Portugal, (1992-1996) - Exposição Mundial EXPO 98, projeto Peregrinação, Cia Royal de Luxe Portugal (1997-1998) - Bolsista da Fundação Calouste Gulbenkian no seminário internacional da ISTA (Escola Internacional de Antropologia Teatral) 98, Monte-mor-o-novo/Lisboa Portugal (1998) - Formador Artes do Espetáculo certificado nº EDF 8571/99DL, acreditado pelo Sistema Nacional de Certificação Profissional, MTS, Lisboa, Portugal (1999) - Formador pedagógico Artes do Espetáculo de professores do ensino secundário, registo CCPFC/RFO-08290/99, acreditado pelo Conselho Científico-pedagógico da Formação Contínua do Ministério da Educação, Braga, Portugal (1999) - Ator no projeto (happening) Madrugadas em comemoração aos 25 anos da revolução dos cravos (25 de abril de 1974), com a participação de mais de 1000 artistas de várias linguagens artísticas, Lisboa (1999) - Gestão do espaço Teatro de Bolso da Graça, espaço de formação e produção de espetáculos de artes cênicas, Lisboa (1999-2002) - Bolsa investigação Centro de Estudos de Teatro da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, Gil Vicente Toda las Obras, investigação autores quinhentistas, Osório Mateus, teatro contemporâneo (2002-2003) - Pós Graduação em Estudos de Teatro pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa (2000-2003) - Ator no longa metragem O Crime do Padre Amaro de Carlos Coelho da Silva, Género Drama, Lisboa (2005) - Colaborador no Mostra Internacional de Teatro MITE 06-07, teatro Nacional Dona Maria II, nas funções de cenotécnico, luminotécnico e direção de cena, Lisboa (2006-2007) - Ator no longa metragem Entre os Dedos, realização de Tiago Guedes e Frederico Serra, Gênero Drama, Lisboa (2008) - Colaborador de no Teatro Nacional Dona Maria II, Lisboa, atuando como técnico de iluminação, assistente de direção de cena, cenotécnico, entre outras funções (2004-2010) - Colaborador no Festival Internacional de Almada, nas funções de cenotécnico, luminotécnico e direção de cena, Almada (2010) - Encenador Núcleo Experimental de Teatro da Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa (2005-2010) - Gestão do espaço Teatro Kaos, bairro do Armador, espaço de formação e produção de espetáculos de artes cênicas, Lisboa (2002-2010) - Mestrado em Estudos de Teatro pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, com ênfase em edição, estética e história do teatro medieval ao contemporâneo (2008-2011) - Membro fundador do MARL movimento de artistas de rua de Londrina (2012) - Prêmio Conta Cultura – projeto circulação Fim de Partida - SEEC PR (2012) - Edital Ceus das Artes Funarte – projeto Kaos no Ceu – Arapongas PR (2013) - Premio Melhor Ator Fim de Partida – Festival Nacional de Teatro de Floriano PR (2013) - Premio Melhor Paisagem sonora Fim de Partida – Festival Nacional de Teatro de Campo Mourão (2013) - Edital Promic - projeto BR FELICIDADE - Secretaria cultura de Londrina PR (2013)
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- Delegado da setorial de teatro na conferência municipal de políticas culturais de Londrina (2013) - Delegado setorial teatro na conferência nacional do CNPC Conselho Nacional de Políticas Culturais (2015) - Edital Promic – projeto Kaos no Ceu – Secretaria municipal de cultura de Londrina PR (2015) - Edital Promic – projeto Esperando Deus – Secretaria municipal de cultura de Londrina PR (2016) - Membro da CAPPE (comissão de análise de projetos e programas estratégicos) da secretaria de cultura de Londrina (2012-2016) - Delegado da setorial de vilas culturais na conferência municipal de políticas culturais de Londrina (2015) - Membro do Conselho Municipal de Políticas Culturais do município de Londrina (2015-2017) - Formador em artes cênicas com 32 anos de experiência (1986-2018) - Dramaturgo e encenador com 21 peças escritas e 69 montagens realizadas (1988-2018) - Diretor artístico produtor dramaturgo, Cia Teatro Kaos (1988 - 2018) - Articulador da rede nacional de teatro de rua (2012-2018) - Graduando em Educação Física UNOPAR (2016/2019)
*** Currículo LATTES em anexo | Portfólio Últimos 05 anos em anexo
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V - METODOLOGIA Trabalho teórico Agosto – Janeiro – 01 leitura por semana – 24 sessões O estudo teórico dos criativos será realizado fora do espaço de ensaios e da construção da representação – servirá de subsídio para as questões e discussões que surgirão no confronto entre a encenação, a representação e a atuação dos intervenientes do objeto artístico. - Leitura e estudo de textos teóricos relacionados com o tema do objeto artístico que se pretende representar, - Leitura e estudo de textos teóricos relacionados com a linguagem que se pretende construir, - Leitura e estudo de textos teóricos com temas conexos ao tema da representação, - Leitura e estudo de textos dramáticos de Samuel Beckett (Dias Felizes, A Espera de Godot, Fim de Jogo), Fernando Arrabal (Guernica, Pic Nic no front, O Arquiteto e o Imperador da Assiria) e Jean genet (O Balcão, Os Negros) Base teórica sobre a Teatralidade A teatralidade é o teatro operando no agora, é o momento em que os participantes e os intervenientes de um qualquer acontecimento cênico constroem a sua manifestação. A teatralidade é um momento no tempo, uma ação no espaço, ela opera dentro, fora e entre seus construtores, desencadeando o movimento de mecanismos racionais, emocionais e instintivos. Para que a teatralidade atinja a sua função na plenitude planejada, há que ser recepcionada por um público aberto à sua linguagem específica, quando isso não ocorre a teatralidade perde o seu significado operante. Não atuando onde deveria movimentar estruturas mentais, esvazia-se, inexistindo nessa realidade. A teatralidade é uma manifestação pertencente ao universo ficcional com raízes na arte da representação teatral, é constituída por distintas e variadas linguagens convocadas por universos de diversas proveniências formais. Essas linguagens são construídas, selecionadas e finalmente manipuladas, de acordo com a vontade consciente, ou mesma inconscientemente, do seu criador. Dentro de cada universo ficcional a teatralidade assume formas e características próprias, de acordo com o objetivo que alicerça determinada criação artística. Essas teatralidades assumem características próprias e diferenciadas entre si, determinadas pela forma dramática manifestada. Existem teatralidades específicas convocadas por diferentes formas, que determinam o estilo e a linguagem da teatralidade expressa. Existem teatralidades inerentes à tragédia, à comédia, ao absurdo e tantas outras, que marcam e definem suas identidades individuais com traços únicos, diferenciando-as particularmente no vasto universo das teatralidades dramáticas. Enquanto na tragédia a verossimelhança exige maior rigor na manifestação da sua realidade ficcional, procurando aproximá-la do universo humano, fazendo com que sua teatralidade possua códigos e signos inerentes e oportunos para a sua realização, já na comédia o jogo da realidade teatral pode ganhar outros contornos, dando à sua teatralidade a possibilidade de se afastar do que é natural, distorcer a realidade concreta, sem que no entanto deixe de tratar do que é realmente humano. A teatralidade não tem objetivo, ela o é, a teatralidade tem sim uma função: mostrar e marcar a verdade que a princípio pode não estar visível. Esse marcar e mostrar pode manifestar-se através de um discurso (não necessariamente oral), verdadeiro ou falso, mas sempre com a função em mostrar a verdade que se esconde por detrás da sua ação dramática. Muitas vezes essa teatralidade manifesta-se reforçando uma verdade ficcional, através da sutileza, outras, marcando exageradamente os elementos que a compõem, mas sempre apresentando verdades num mundo ficcional. Quando a teatralidade é reivindicada pelo universo não-ficcional, ela perde a sua legitimidade. No universo não-ficcional; ao contrário do que acontece no universo ficcional, onde a teatralidade manipula códigos, elementos e personagens que se manifestam num universo onírico; no universo cotidiano a teatralidade manipula códigos, elementos e pessoas num universo real, servindo à objetivos concretos e verdadeiros, através da dissimulação pela teatralidade do objeto em causa. No universo não-ficcional a função da teatralidade é mascarar e esconder uma verdade que pode facilmente ser vista, e ao mesmo tempo distorcer a não-verdade, transformando-a em verdade com o recurso da manipulação dos elementos que compõem determinada teatralidade. A efetiva teatralidade só existe no universo teatral. Quando falamos de teatralidade em outro universo que não seja o teatral, verdadeiramente não falamos de teatralidade, falamos sim de teatral, ou seja, de códigos pertencentes ao teatro deslocados do seu contexto legítimo e utilizados para valorar outra manifestação qualquer. A Teatralidade não é o mesmo que teatral, Teatral é apenas um fragmento ínfimo de qualquer elemento que constrói a teatralidade. Quando alguém diz que isto ou aquilo é teatral, e não está se referindo a uma representação cênica, ele
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simplesmente está identificando determinado ato, ação ou gesto com códigos pertencentes ao universo teatral que particularmente conhece. O fato de uma coisa qualquer conter algum fragmento teatral não lhe confere automaticamente teatralidade. Para haver teatralidade, há que existir antes de mais nada, uma relação entre um atuante (ator/boneco/objeto) e um público. Mas não basta apenas um público para se considerar que tal acontecimento está impregnado de teatralidade, para que alguma coisa contenha verdadeiramente teatralidade, tem obrigatoriamente que assumir os elementos mínimos necessários para se formar qualquer teatralidade. Para que uma coisa qualquer possa possuir e manifestar teatralidade, ela tem que reunir algumas características que são unicamente exclusivas do universo teatral. Um dos requisitos fundamentais, necessário para que ela se instale, é o fato de existir um acordo natural entre emissor e receptor que acordam entre si, de que o objeto construído não passa de uma ficção imaginária, que num determinado espaço e durante algum tempo torna-se concretamente palpável. Se esse acordo não existir a teatralidade não se instala. A representação de um objeto artístico que se inclua no universo muito particular do teatro invisível (Augusto Boal) pode conter muitos códigos teatrais identificáveis pelos seus criadores como tal, mesmo assim, apesar de conter muitos elementos básicos necessários (ator, público, texto, corporalidade, personagens, espaço etc...) para que se instale a teatralidade, ela não se manifesta. Sem acordo não há teatralidade. Quando alguma coisa assume como seus os elementos mínimos necessários para se formar a teatralidade, essa coisa deixa de ser ela própria e passa obrigatoriamente a ser uma outra coisa, agora pertencente ao universo teatral (teatro-dança, circo-teatro, etc). A única maneira dessa coisa não perder a sua identidade é não assumir como seus os elementos básicos da teatralidade. A teatralidade é um fenómeno que se manifesta apenas no momento da realização de determinada representação, antes disso e/ou durante a construção da sua encenação, não se consegue percepcionar a totalidade de tal manifestação. Dito por outras palavras: uma peça de teatro, objeto literário, suporte possível de uma representação, não contém na sua leitura ou mesmo na sua escrita, qualquer teatralidade presente, apenas indicações imaginárias e embrionárias de possíveis teatralidades de quem as lê. A teatralidade apesar de não ser palpável, não é um elemento imaginário, ela materializa-se no ato da representação. Enquanto a leitura, através da visão, nos transporta à uma visualização imaginária, a representação dessa mesma peça literária, nos solicita a utilização dos nossos outros sentidos para a materialização da obra representada. É nesse momento que ela surge, quando temos todos os nossos sentidos ligados e atentos, quando temos nossas capacidades racionais e emotivas presentes, um momento individual e multi-significativo, onde cada individualidade constrói a sua teatralidade, que apesar de ser única, pode não coincidir com a teatralidade percepcionada pelo espectador anônimo que está sentado ao nosso lado. A teatralidade não é uma linguagem é antes um receptáculo, constituída por diversas linguagens. As linguagens inerentes ao espaço, ao corpo, à oralidade, às musicalidades sonora e espacial e tantas outras linguagens que podem participar na construção de uma determinada representação cênica, são elementos indissolúveis na formação da teatralidade. Essas linguagens podem ser muitas ou um número muito reduzido e podem ser tão diversas, quanto são os universos imaginários dos seus criadores. Uma peça literária dramática, escrita sob os cânones de qualquer gênero teatral, só pertence aquele gênero específico enquanto objeto literário, a partir do momento em que o suporte do drama já não é mais literário, o gênero incutido na sua gênese pode, com facilidade ser transformado em qualquer outro gênero dramático, sem no entanto modificar a gênese estrutural da sua dramaturgia literária. Tudo depende da forma como cada linguagem é construída, da vontade e do objetivo de cada individualidade criadora. A configuração que cada criador utiliza para manipular as formas das linguagens que apresentam, determinará a sua teatralidade. Essa manipulação pode ser conseguida em todos os elementos que constituem uma dramaturgia cênica, abrangendo os universos do ator, da encenação e o da representação. A cada manipulação consciente, ou inconsciente de cada linguagem que constitui um acontecimento teatral, estabelecemos a ''aparência'' final da teatralidade manifesta. Quando falamos em manipulação, falamos concretamente no moldar a forma estrutural de cada linguagem em particular. Ao manipular a forma podemos afirmar ou transformar o sentido do conteúdo, e consequentemente manter ou deslocar o significado estético do objeto em causa. A teatralidade tem profundidade e obviamente superfície, logo é composta por camadas. Nem todos os intervenientes construtores da teatralidade (criadores e público) conseguem simultaneamente perceber, entender e compreender todas as camadas que formam a totalidade da sua profundidade. Cada camada é formada por signos, símbolos e códigos, comportados por variadas linguagens, quanto mais nos afastamos da sua superfície mais complexos se tornam os significados e significantes que a compõem.
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Quanto mais profundamente se aspira penetrar nas suas camadas, mais exigências racionais e sensitivas são solicitadas para a compreensão da sua totalidade significativa. Isso diz respeito ao entendimento tanto à sua construção como à sua recepção, cada camada alarga o nosso campo de sentido nos direcionando à compreensão necessária. Quando uma camada contradiz involuntariamente uma camada anterior, ao invés de reforçar seus códigos já sedimentados, cria-se um equívoco na construção/recepção da mensagem, formando uma nódoa, como um borrão sobre a página de um livro, que nos impede de fazer uma leitura clara da mensagem codificada. O equívoco conduz com frequência à falta ou mesmo à uma distorção do entendimento do signo sugerido. As camadas estão distribuídas pelas várias linguagens que constroem o acontecimento teatral, quando em qualquer das linguagens os equívocos se manifestam, acabam por interferir inevitavelmente noutras linguagens, criando equívocos em cadeiras, que por contaminação, acabam por levar à representação, uma teatralidade toda ela construída e sustentada por equívocos. Quando um ator num registro naturalista, num momento trágico do drama, ao invés de tocar seu público com a emoção que marca o trágico momento da sua personagem, levá-o a uma gargalhada geral e despropositada, provavelmente esse seria um momento equivocado. Essa manifestação poderia ocorrer refletida em variadas formas: um erro do ator; um fundo musical fora do contexto estabelecido; um acidente involuntário que interferisse diretamente na cena; uma leitura equivocada da encenação. Quando esses pequenos incidentes acontecem involuntariamente, trata-se de um equívoco que poderá fragilizar a sua teatralidade. Por outro lado, se esses aparentes equívocos forem pensados intencionalmente para assim operarem, já podemos dizer que isso é outra coisa, que a manifestação de tal estratégia procura contrariar formas e construir outros entendimentos desse mesmo drama, que não passa mais pelo sofrimento dessa tal personagem hipotética, mas sim pela busca de outros significados e outros significantes alheios à nossa pré-concepção paradigmática. Trabalho prático Agosto – Janeiro – 03 X por semana – 03 horas/ criação por sessão - Treinamento corporal - Treinamento do ator - Improvisação cenas - Construção cenas - Montagem cenas - Ensaio cenas - Ensaio corrido - Ensaio Geral - Ensaio aberto O cotidiano do Corpo – bases para a construção corporal da teatralidade Formalmente a aplicação da estrutura das partituras e dramaturgias no treino diário do ator exige uma certa rigidez, repetição e disciplina metodológica. Para que isso ocorra com naturalidade é preciso organizar um cotidiano onde se possa desenvolver um treinamento corporal, que envolva todos os elementos que formam a corporalidade do ator, já que o seu trabalho exigirá a manipulação de elementos físicos e mentais para construir sua criação. O objetivo primordial ao trabalhar o corpo relaciona-se antes de tudo com a consciência corporal, de maneira a possibiltar um entendimento preciso do mecanismo corporal como um todo e a compreensão das suas particularidades. As capacidades humanas são condicionadas pela vontade pessoal de cada individualidade, as limitações de qualquer ordem podem ser ultrapassadas com facilidade através do engenho humano, desde que sustentadas numa vontade legítima e livre de condicionamentos. A idéia é estabeler um nº reduzido de exercícios básicos que possibilitem multiplicidade através da sua simplicidade. Exercícios que sejam capazes de explorar com amplitude as necessidades para instalarem-se em um corpo desperto, em simbiose com o espaço. Esses exercícios visam preparar o corpo para a próxima etapa do seu processo de tranalho. Neste momento explora-se as possibilidades do alongamento, da flexibilidade, da respiração e outros elementos a eles ligados. Dois termos estarão presentes em todos os exercícios: Ponto de concentração (ponto no espaço onde fixa-se o olhar e que serve como ancora para o corpo no espaço) e Foco de atenção (visualização de um elemento em particular, o movimento de um músculo por exemplo), ambos são referências ligados à imagem, um relaciona-se com imagens concretas, existentes no espaço e o outro cria imagens virtuais através da sua visualização. Outros exercícios poderão ou deverão ser acrescentados neste roteiro, tudo depende do que determinada representação exige para concretizar à sua encenação.
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Partituras e Dramaturgias Toda a teatralidade (quando digo toda, me refiro a uma visão pessoal do fazer criativo, não querendo com esta afirmação estabelecer nenhuma verdade absoluta sobre o seu paradigma) tem sua base alicerçada em partituras e dramaturgias teatrais. Seja ela a teatralidade do ator, da encenação ou mesmo da representação. É a partir da construção criativa das partituras e dramaturgias de cada um dos seus inúmeros elementos, que o criador adentra no universo abstrato do público presente, interferindo nas suas partituras e dramaturgias pessoais, absorvendoas; transformando essas partituras e dramaturgias individuais, as dele e as do público, numa conjunção completa, única, levando o exercício da criação à realização de uma teatralidade total, onde todos os elementos presentes são de suma importância para a significação do fazer artístico. Essa idéia sintetizada assim, de maneira tão banal, parece tarefa fácil, mas o que parece superficial, óbvio até, necessita de grande empenho, de disciplina voluntária e muito mergulho pessoal. Todos os elementos presentes na representação devem ser trabalhados nas suas várias etapas de criação. Os emissores de mensagens incutidos nas partituras específicas, tem que ser estudados separadamente. Há que se ter a possibilidade de poder conscientizar-se de cada pormenor desses emissores, que escondem as mais variáveis significações e que determinam o valor da criação de cada partitura em particular, fazendo do ato do exercício um ato criativo. Isso diz respeito tanto ao jovem aspirante a ator, como também ao mais experimentado dos veteranos. O exercitar do ato criativo não cessa com a idade, o que acontece é que muitas vezes o ator acomoda-se com fórmulas por ele encontradas e mergulha num ostracismo total. A profissão/procissão do ator, dilui-se em pormenores que devem ser jogados permanentemente, o desafio prazeiroso do jogo é quem aguça a sua abstração criativa. Há que exercitar-se continuamente, senão corre-se o risco de assumir a canastrice como verdade criadora absoluta. Nesse mundo de partituras e dramaturgias, existe um elemento primordial: o ator, sem ele, com certeza (esta absoluta), o teatro não seria teatro. Mas que não caia ele na ingenuidade em pensar que por ser indispensável seja o protagonista absoluto da sua arte, todos os elementos presentes numa representação fazem parte indissolúvel de um todo. Se necessidade houvesse em existir algum protagonista nessa estória, o lugar caberia antes ao público, mas como teatro é teatro o grande protagonista é o ato da representação com todos os seus elementos construtivos integrandose/entregando-se. O ator com todas as suas características físicas e mentais, representa peça fundamental nos processos de construção da encenação e consequentemente da teatralidade, nele centra-se o motor gerador da manifestação criadora. O ator nesse estudo é hipoteticamente 01 ser orgânico formado por no mínimo 02 células, constituídas por oito moléculas, construídas por 46 átomos, compostos por 46 prótons, 46 nêutrons, 46 elétrons e 276 quarks. Estes números representam a variedade (qualidade) de átomos e elementos envolvidos na equação. A quantidade numérica de cada um desses elementos na construção de um Ser orgânico depende diretamente das exigências de cada criação em particular. A combinação dos átomos na construção de determinada personagem definirá a manifestação final da teatralidade. expressa numa representação. A manipulação e a combinação de diferentes átomos nucleares, determinará se uma interpretação, será naturalista, expressionista, burlesca, clownesca, grotesca ou pertencente a outro qualquer registro interpretativo. Cada teatralidade reclama à sua construção, diferentes e determinados átomos que delinearão a relação da sua representação com o receptor da sua mensagem criativa. Este princípio aplicado à estrutura da construção de uma personagem, também aplica-se aos outros elementos (encenação – representação - texto dramático - espaço do acontecimento - público etc...) do acontecimento. 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OS SIGNOS DO TEATRO, SEMIOLOGIA DO TEATRO, SÃO PAULO: PERSPECTIVA, 1978.
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- BONFITTO, M. O ATOR COMPOSITOR. SÃO PAULO: PERSPECTIVA, 2002. - BRITTO, B. DE A. O INCONSCIENTE NO PROCESSO CRIATIVO DO ATOR – POR UMA CENA DOS SENTIDOS (A EXPERIÊNCIA DA CRIAÇÃO COLETIVA). DISSERTAÇÃO MESTRADO EM ARTES CÊNICAS, UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO, SÃO PAULO, 2001. - BROOK, PETER, O PONTO DE MUDANÇA: QUARENTA ANOS DE EXPERIÊNCIAS TEATRAIS. RIO DE JANEIRO: MARTINS FONTES, 1994. - BURGARELLI, C. G. LINGUAGEM E ESCRITA: POR UMA CONCEPÇÃO QUE INCLUA O CORPO. GOIÂNIA: ED. DA UCG, 2005. - BURNIER, OTÁVIO LUIS. A ARTE DO ATOR DA TÉCNICA À REPRESENTAÇÃO. CAMPINAS, SP: EDITORA DA UNICAMP, 2001. - WILLER , CLÁUDIO, ESCRITOS DE ANTONIN ARTAUD. PORTO ALEGRE: L&PM, 1948. - DE MARINIS, MARCO. A DIREÇÃO E SUA SUPERAÇÃO NO TEATRO DO SEC. XX. PALESTRA IN CD ROOM DO ECUM. BELO HORIZONTE, 1998. - DERRIDA, JACQUES,. A ESCRITURA E A DIFERENÇA. SÃO PAULO, PERSPECTIVA, 1971. - FEDERICI, CONRADO AUGUSTO GANDARA. DE PALHAÇO E CLOWN : QUE TRATA DE ALGUMAS DAS ORIGENS E PERMANÊNCIAS DO OFÍCIO CÔMICO E MAIS OUTRAS COISAS DE MUITO GOSTO E PASSATEMPO, DISSERTAÇÃO, UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS, FACULDADE DE EDUCAÇÃO, 2004. - FERRACINI, RENATO. A ARTE DE NÃO INTERPRETAR COMO POESIA CORPÓREA DO ATOR. SÃO PAULO: EDITORA UNICAMP, IMPRENSA OFICIAL DO ESTADO, 2001. - FINGERMANN, D. OS PASSADORES DO PIOR - BECKETT, BLANCHOT, DURAS: TRAVESSIAS. IN D. FINGERMANN & M. MENDES DIAS. POR CAUSA DO PIOR. SÃO PAULO: ILUMINURAS, 2005. - FINTER, HELGA, A TEATRALIDADE E O TEATRO: ESPETÁCULO DO REAL OU REALIDADE DO ESPETÁCULO? NOTAS SOBRE A TEATRALIDADE E O TEATRO RECENTE NA ALEMANHA, TEXTO ORIGINALMENTE ESCRITO PARA A REVISTA ARGENTINA TEATRO AL SUR - FONTAINE, A. A IMPLANTAÇÃO DO SIGNIFICANTE NO CORPO, LITERAL, N.5. CAMPINAS: ESCOLA DE PSICANÁLISE DE CAMPINAS, 2002. - FOUCAULT, MICHEL. AS PALAVRAS E AS COISAS. SÃO PAULO: MARTINS FONTES, 2002. - GALIZIA, L. R. OS PROCESSOS CRIATIVOS DE ROBERT WILSON. SÃO PAULO: PERSPECTIVA, 1986. - GONÇALVES, CRISTIANO PEIXOTO, A PERSPECTIVA ORGÂNICA DA AÇÃO VOCAL NO TRABALHO DE STANISLAVSKI, GROTOWSKI E BROOK, DISSERTAÇÃO APRESENTADA AO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ARTES DA ESCOLA DE BELAS ARTES DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS, 2011 - GROTOWSKI, JERZY, EM BUSCA DE UM TEATRO POBRE. RIO DE JANEIRO: CIVILIZAÇÃO BRASILEIRA, 1971. - HADERCHPEK, ROBSON CARLOS, A POÉTICA DA DIREÇÃO TEATRAL: O DIRETOR-PEDAGOGO E A ARTE DE CONDUZIR PROCESSOS, CURSO DE DOUTORADO EM ARTES DO INSTITUTO DE ARTES DA UNICAMP CAMPINAS, 2009. - HERNÁNDEZ, M. M. S. O CORPO EM-CENA. DISSERTAÇÃO MESTRADO EM EDUCAÇÃO, FACULDADE DE EDUCAÇÃO, UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS, CAMPINAS, 1994. - KOWZAN, T. OS SIGNOS DO TEATRO – INTRODUÇÃO À SEMIOLOGIA DA ARTE DO ESPETÁCULO, , SEMIOLOGIA DO TEATRO, SÃO PAULO: PERSPECTIVA, 1978. - MOTA, MARCUS, MEYERHOLD E A MATERIALIDADE DO EVENTO CÊNICO, TRABALHO APRESENTADO AO V CONGRESSO BRASILEIRO DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO EM ARTES CÊNICAS. BELO, 2008 - OKAMOTO, EDUARDO, O ATOR-MONTADOR, DISSERTAÇÃO APRESENTADA AO CURSO DE MESTRADO EM ARTES DO INSTITUTO DE ARTES DA UNICAMP, 2004 - OTANI, DAVES, O ATOR EM JOGO, DISSERTAÇÃO UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS, INSTITUTO DE ARTES, 2005. - PAVIS, PATRICE. A ANÁLISE DOS ESPETÁCULOS. SÃO PAULO: PERSPECTIVA, 2003. - PAVIS, PATRICE. DICIONÁRIO DE TEATRO. SÃO PAULO: PERSPECTIVA, 2005. - PEREZ, VALMIR, DESENHO DE ILUMINAÇÃO DE PALCO: PESQUISA, CRIAÇÃO E EXECUÇÃO DE PROJETOS, DISSERTAÇÃO, UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS, INSTITUTO DE ARTES 2007 - RIBEIRO, WALMERI KELLEN, SOBRE A PREPARAÇÃO DO ATOR PARA A CENA CINEMATOGRÁFICA. DISSERTAÇÃO APRESENTADA AO CURSO DE MESTRADO EM ARTES DO INSTITUTO DE ARTES DA UNICAMP, CAMPINAS – 2005 - ROMANO, L. O TEATRO DO CORPO MANIFESTO: TEATRO FÍSICO. SÃO PAULO: PERSPECTIVA: FAPESP, 2005. - SANTOS, MILTON. A NATUREZA DO ESPAÇO - TÉCNICA E TEMPO. RAZÃO E EMOÇÃO. SÃO PAULO: EDUSP, 2004. - SIEDLER, MONICA. A PARTITURA CORPORAL E O TRABALHO DO ATOR: CONCEITOS E TÉCNICAS APLICATIVAS NA COMPOSIÇÃO DA CENA. TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO, DEPARTAMENTO DE ARTES CÊNICAS: UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA, FLORIANÓPOLIS, 2003. - SILVA, KEILA FONSECA E, A POÉTICA DO CORPO HÍBRIDO: DIÁLOGOS POSSÍVEIS NO PROCESSO DE MONTAGEM DE MEDÉIA EM JUÍZO, DEPARTAMENTO DE ARTES UFRN - STANISLÁVSKI, C. A PREPARAÇÃO DO ATOR. RIO DE JANEIRO: CIVILIZAÇÃO BRASILEIRA, 1968. Outras Fontes Poética da Teatralidade na Construção da Representação cênica https://drive.google.com/open?id=1Kp9yTnCPfR58U7HaJJnalLumAqvxJ3FK IDH londrina http://www.ipardes.gov.br/cadernos/MontaCadPdf1.php?Municipio=86000 http://www.londrina.pr.gov.br/dados/images/stories/Storage/sec_planejamento/perfil/atualizacoes/6indicadores/61sociais_e_ demograficos130917.pdf http://www.uel.br/pos/mestradoservicosocial/congresso/anais/Trabalhos/eixo2/oral/32_indicadores_de_vulnerabilidade....pdf http://www.unifil.br/portal/images/pdf/documentos/livros/qualidade-de-vida-em-londrina.pdf http://www.ub.edu/geocrit/-xcol/97.htm
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VI - INFORMAÇÕES TÉCNICAS 6.1 – Local Locais e números de apresentações Vila cultural Usina Cultural 06 apresentações Região Centro Praças, CEU, Praças da Juventude, vilas culturais, Espaços públicos ao ar livre, Escolas públicas municipais e estaduais do sistema EJA 04 apresentações em 04 bairros periféricos Regiões Leste Oeste Norte e Sul Praças, Espaços públicos ao ar livre, Escolas públicas municipais e estaduais do sistema EJA 02 apresentações em 02 distritos Regiões distritos da grande Londrina
6.2 – Público Alvo - descreva o tipo público o projeto se destina e indique a quantidade Público Estudantes adultos do ensino noturno (EJA e outras estruturas similares), das regiões norte sul leste oeste centro e distritos Público estimado - 2.840 Espectadores - 1.420 Espetáculo - 1.420 Palestra/conversa
6.3 - EQUIPE ENVOLVIDA Nome:
Função: Produção/direção/cenografia/dramaturgia/encenação Edward Fão /concepção Interpretação/atuação 04 atores (contratação através da realização de audição pública) Ensaios (4 meses) apresentações (2 meses) 01 operador de iluminação (contratação através da realização de Montagem e operação equipamento de iluminação carta convite – 03 orçamentos) 01 operador de áudio (contratação através da realização de carta Montagem e operação equipamento de áudio convite – 03 orçamentos) 01 designer gráfico (contratação através da realização de carta Confecção arte (cartaz – programa- - banner) convite – 03 orçamentos) 01 cenotécnico (contratação através da realização de carta Confecção da arquitetura cênica convite – 03 orçamentos) 01 costureira (contratação através da realização de carta convite Confecção figurinos e adereços – 03 orçamentos) O projeto Esperando Deus fomentará a economia criativa do município através da contratação de prestadores de serviços (artistas e técnicos), aquisição/locação de produtos e equipamentos, necessários à realização do projeto. A totalidade do orçamento beneficiará diretamente artistas, técnicos, profissionais informais e uma pequena parcela do comércio local.
26
Recursos humanos - 01 Diretor artístico - 01 dramaturgo - 01 dramaturgista - 01 cenógrafo - 01 figurinista - 01 produtor executivo - 04 atores - 01 designer sonoro - 01 designer de iluminação - 01 iluminador - 01 sonoplasta - 01 designer gráfico - 01 cenotécnico - 01 costureira Recursos materiais - Locação material de iluminação - Locação material de áudio - Compra materiais para confecção cenográfica - Compra material para confecção de figurinos e adereços - Compra material de caracterização - Confecção de material gráfico
*** Formulário candidatura de seleção de atores espetáculo Esperando Deus ano 2018 em anexo Edital candidatura de seleção de atores espetáculo Esperando Deus ano 2018 em anexo Modelo pedido orçamento em anexo
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6.4 - CRONOGRAMA DE DESENVOLVIMENTO DE ATIVIDADES Meses AÇÃO/ATIVIDADE Mês Mês Mês Mês Mês 1 2 3 4 5 PRÉ PRODUÇÃO X X Lançamento Edital contratação interpretes Cartas convite prestadores serviços/materiais Planejamento cronograma de trabalho Reunião equipes técnica e artística Reunião com entidades parceiras PRODUÇÃO MONTAGEM X X X Concepções design gráfico, figurino, cenografia, paisagem sonora e luminotécnica Estudos preparatórios Treinamento atores Dramaturgia Leitura de textos técnicos e teóricos sobre o modernismo, o surrealismo e o existencialismo de Beckett Leitura de textos técnicos e teóricos sobre novas tecnologias Leitura de textos técnicos e teóricos sobre a estética contemporânea do teatro brasileiro Leitura de textos técnicos e teóricos sobre a existência de Deus (nitizsk) Leitura de textos técnicos e teóricos sobre movimentos e manipulações sociais Vídeo – visionamento de documentários relacionados com os temas das leituras técnicas Oficinas/laboratório Clowns Confecção cenografia Confecção figurinos Construção paisagem sonora Confecção material gráfico Assimilação texto dramático Improvisação de cenas Montagens cenas Ensaios corridos Ensaios gerais Ensaios abertos DIVULGAÇÃO COMERCIALIZAÇÃO APRESENTAÇÃO Temporada espetáculo Contra partida Painel Palestra Assessoria de imprensa Distribuição do material de divulgação nos locais das apresentações Distribuição de ingressos nos locais das apresentações Registro e documentação das apresentações através de captação de Imagens em vídeo e fotografia Ensaios abertos de Esperando dEUS na vila cultural Usina Cultural, para convidados e imprensa.
Mês Mês Mês 6 7 8
X
Mês 9
Mês10
X
X
X
X
28
06 apresentações de Esperando dEUS na vila cultural Usina Cultural. 04 apresentações de Esperando dEUS nas regiões Norte Sul Leste Oeste 02 apresentações de Esperando dEUS em distritos da grande Londrina PÓS PRODUÇÃO Relatório final Dossiê projeto
X
29
6.5 - PREVISÃO ORÇAMENTÁRIA Item Produção executiva Direção artística Interprete Cenógrafo (concepção) Cenotécnico (construção cenografia) Material construção cenário/objetos de cena Figurinista (concepção) Costureira(o) (confecção figurino) Material confecção figurino Dramaturgista Dramaturgo Desenho de luz (concepção) Operador de luz Paisagem sonora (concepção) Operador áudio Locação equipamento iluminação Locação equipamento áudio Designer gráfico Material gráfico
Qtde. 01 01 04 01 01 01 01 01 01 01 01 01 01 01 01 01 01 01 01
Custo Unitário Custo Total 5000,00 5000,00 5000,00 5000,00 4000,00 16000,00 0,00 0,00 2000,00 2000,00 4000,00 3000,00 0,00 0,00 1000,00 1000,00 1000,00 1000,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1000,00 1000,00 0,00 0,00 1000,00 1000,00 2000,00 1500,00 1000,00 1000,00 1000,00 1000,00 1500,00 1500,00 TOTAL 40.000,00
30
VII - AVALIAÇÃO DO PROJETO Do Proponente Avaliação contínua por escala gráfica preenchimento de um formulário em colunas Auto avaliação refletir sobre seu próprio desempenho por escala gráfica preenchimento de um formulário em colunas Por metas e resultados análise quantitativa dos resultados Avaliação por objetivos Da Equipe Avaliação por Competência elenca o conjunto de habilidades, conhecimentos e atitudes necessárias para a execução de uma tarefa Avaliação contínua por escala gráfica preenchimento de um formulário em colunas Auto avaliação refletir sobre seu próprio desempenho por escala gráfica preenchimento de um formulário em colunas Avaliação por metas e resultados análise quantitativa dos resultados Avaliação por objetivos Avaliação atrelada ao custo Do Público Análise de perfil de público-alvo Análise de participação de mercado Percepção de produto ou serviço
*** Fichas de avaliação (proponente criativos público) em anexo
31
VIII– APROVAÇÃO PELO CONCEDENTE NAO PREENCHER – PARA USO DA SECRETARIA DA CULTURA. APROVADO, nos termos da legislação vigente, O PRESENTE PLANO DE TRABALHO, O QUAL PASSA A INTEGRAR O TERMO DE COMPROMISSO CULTURAL.
Londrina, _____, de ______________ de 2018.
Assinatura e Carimbo do Concedente
32
DOCUMENTOS DO PROPONENTE ANEXO I CURRÍCULO LATTES Edward Charlles Rodrigues Fão -Graduando em Educação Física UNOPAR (2016/2019) -Pós Graduação em Estudos de Teatro (2003) pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa -Mestrado em Estudos de Teatro pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa (2011), com ênfase em edição, estética e história do teatro medieval ao contemporâneo, -Trabalha na formação em artes cênicas com 31 anos de experiência, -Dramaturgo e encenador com 21 peças escritas e 64 montagens realizadas, -Vice presidente da CONFENATA (conf Brasileira de Teatro Amador) regional sul 1987/89 -Presidente FECATE (federação catarinense de teatro) 1988/1990 -Colaborador de 2004 a 2010 no Teatro Nacional Dona Maria II, Lisboa, atuando como técnico de iluminação, assistente de direção de cena. cenotécnico, entre outras funções, -Delegado setorial teatro na conferência nacional (2015) do CNPC (Conselho Nacional de Políticas Culturais) -Membro da CAPPE (comissão de análise de projetos e programas estratégicos) da secretaria de cultura de Londrina de 2012 a 2016, -Articulador da rede nacional de teatro de rua desde 2012, -Membro fundador do MARL (movimento de artistas de rua de Londrina) -Delegado da setorial de teatro na conferência municipal de políticas culturais de Londrina (2013) -Delegado da setorial de vilas culturais na conferência municipal de políticas culturais de Londrina (2016) -Membro do Conselho Municipal de Políticas Culturais do município de Londrina de 2015 a 2017 Dados pessoais Nome
Edward Charlles Rodrigues Fão
Filiação
Antonio rodrigues fão e Diva maria de oliveira fão
Nascimento
28/02/1964 - conchas/SP – Brasil
Carteira de Identidade
133445072 ssp - PR - 15/07/2011
CPF
746.311.369-87
Endereço residencial
Rua Mário Oncken Jardim das Américas - Londrina 86076090, PR - Brasil Telefone: 43 91295319 Celular 43 91295319
Endereço profissional
Cia Teatro Kaos, Cia Teatro Kaos - PR - Brasil Rua Mário Oncken Jardim das Américas - Londrina 86076090, PR - Brasil Telefone: 43 4391295319
Endereço eletrônico
E-mail para contato : edwardfao@hotmail.com E-mail alternativo teatrokaosescola@gmail.com
Formação acadêmica/titulação 2008 – 2011
Mestrado . faculdade de letras universidade de lisboa, FLUL, Portugal Título: poética da teatralidade na construção cênica, Ano de obtenção: 2011 Orientador: dr. José Camões Áreas do conhecimento : estudos de teatro
2000 – 2003
Especialização em estudos de teatro. faculdade de letras universidade de lisboa, FLUL, Portugal
33
Título: Partituras e dramaturgias do ator Orientador: dra. Maria Helena Serôdio 2016
Graduação em Educação Física. Universidade Norte do Paraná, UNOPAR, Londrina, Brasil
Formação complementar
2014 – 2014
Curso de curta duração em poéticas do corpo. (Carga horária: 20h). Universidade Estadual de Londrina, UEL, Londrina, Brasil
2014 – 2014
Curso de curta duração em performance. (Carga horária: 20h). Universidade Estadual de Londrina, UEL, Londrina, Brasil
2013 – 2013
Curso de curta duração em método Stanislavski. (Carga horária: 20h). Universidade Estadual de Londrina, UEL, Londrina, Brasil
2012 – 2012
Curso de curta duração em Oficina iniciação à técnica do Bufão. (Carga horária: 15h). Universidade Estadual de Londrina, UEL, Londrina, Brasil
2011 – 2011
Curso de curta duração em oficina dramaturgia. (Carga horária: 48h). SESI - Departamento Regional do Estado do Paraná, SESI/PR, Curitiba, Brasil
2010 – 2010
Curso de curta duração em Descobrindo Pirandelo. (Carga horária: 70h). Casa Conveniência, CC, Portugal
2002 – 2002
Curso de curta duração em teatro invisivel. (Carga horária: 90h). faculdade de letras universidade de lisboa, FLUL, Portugal
2001 – 2001
Curso de curta duração em oficina de clown. (Carga horária: 60h). teatro kaos escola, TKE, Portugal
2001 – 2001
Curso de curta duração em biomecânica. Escola Superior de Teatro e Cinema, ESTC, Portugal
2000 – 2000
Curso de curta duração em Butoh. (Carga horária: 30h). Centro em Movimento, CEM, Portugal
2000 – 2000
Curso de curta duração em Bunraku. (Carga horária: 60h). teatro kaos escola, TKE, Portugal
1999 – 1999
Curso de curta duração em biomecânica. (Carga horária: 90h). Centro Cultural de Belém, CCB, Portugal
1 998 – 1998
Curso de curta duração em Organicidad. (Carga horária: 120h). Escola internacional de antropologia teatral, ISTA, Dinamarca
1995 – 1995
Curso de curta duração em Poética performática do espaço. (Carga horária: 90h). Universidade Federal de Minas Gerais, UFMG, Belo Horizonte, Brasil
1990 – 1990
Curso de curta duração em iluminação. (Carga horária: 40h). fundação cultural cassiano ricardo, FCCR, Brasil
1988 – 1989
Curso de curta duração em direção. (Carga horária: 417h). Fundação Catarinense de Cultura, FCC, Brasil
1988 – 1988
Curso de curta duração em teatro do oprimido. (Carga horária: 60h). Fundação Catarinense de Cultura, FCC, Brasil
34
1988 – 1988
Curso de curta duração em teatro da espontaneidade. (Carga horária: 30h). Casa da Cultura Criciuma, CCC, Brasil
1988 – 1988
Curso de curta duração em interpretação teatral. (Carga horária: 60h). Fundação Catarinense de Cultura, FCC, Brasil
1988 – 1988
Curso de curta duração em consciência corporal. (Carga horária: 60h). Fundação Catarinense de Cultura, FCC, Brasil
1988 – 1988
Curso de curta duração em Interpretação teatral. (Carga horária: 30h). Casa da Cultura Criciuma, CCC, Brasil
1987 – 1987
Curso de curta duração em direção. (Carga horária: 60h). Fundação Catarinense de Cultura, FCC, Brasil
1987 – 1987
Curso de curta duração em análise e interpretação de texto. (Carga horária: 60h). Fundação Catarinense de Cultura, FCC, Brasil
1987 – 1987
Curso de curta duração em Direção Teatral. (Carga horária: 30h). Casa da Cultura Criciuma, CCC, Brasil
Atuação profissional 1. teatro kaos escola – TKE
Vínculo institucional 1989 - Atual
Vínculo: Colaborador , Enquadramento funcional: formador artes cênicas , Carga horária: 12, Regime: Dedicação exclusiva
Áreas de atuação 1.
estudos de teatro
Idiomas Espanhol
Compreende Razoavelmente , Fala Razoavelmente , Escreve Razoavelmente , Lê Razoavelmente
Producão Produção bibliográfica Livros organizados 1.
José Camões; FÃO, E. C. R. AS OBRAS DE GIL VICENTE. Lisboa : José Camões e Imprensa nacional casa da moeda, 2002, v.4. p.688. Áreas do conhecimento : Dramaturgia
2.
José Camões; FÃO, E. C. R. De Teatro e outras escritas. Lisboa : José Camões e Quimera Editora, 2002, v.1500. p.575. Áreas do conhecimento : Teatro Demais produções bibliográficas
35
1.
samuel beckett; FÃO, E. C. R. Fim de Partida. , 2001. (Livro, Tradução)
2.
samuel beckett; FÃO, E. C. R. Esperando Deus. , 1992. (Livro, Tradução) Áreas do conhecimento : Dramaturgia Setores de atividade : Atividades artísticas, criativas e de espetáculos
3.
Edward Fão; FÃO, E. C. R. Punk punk y colegram. , 2001. (Outro, Tradução) Palavras-chave: teatro dramaturgia Áreas do conhecimento : Dramaturgia
4.
FÃO, E. C. R. O Bordel. , 1999. (Outro, Tradução) Palavras-chave: teatro dramaturgia
5.
FÃO, E. C. R. A bicicleta do condenado. , 1988. (Outro, Tradução) Palavras-chave: teatro dramaturgia Produção técnica Demais produções técnicas
1.
FÃO, E. C. R. Encenação e montagem, 2015. (Outro, Curso de curta duração ministrado) Áreas do conhecimento : Artes Setores de atividade : Atividades artísticas, criativas e de espetáculos
2.
FÃO, E. C. R. Partituras e dramaturgias do ator, 2014. (Outro, Curso de curta duração ministrado) Áreas do conhecimento : Artes Setores de atividade : Atividades artísticas, criativas e de espetáculos
3.
FÃO, E. C. R. Montagem teatral, 2012. (Outro, Curso de curta duração ministrado) Áreas do conhecimento : Artes Setores de atividade : Atividades artísticas, criativas e de espetáculos
4.
FÃO, E. C. R. Partituras e dramaturgias do ator, 2008. (Outro, Curso de curta duração ministrado) Áreas do conhecimento : Artes Setores de atividade : Atividades artísticas, criativas e de espetáculos
5.
FÃO, E. C. R. Encenação e Interpretação do ator, 2007. (Outro, Curso de curta duração ministrado)
6.
FÃO, E. C. R. Formação Pedagógica de Professores, 2007. (Outro, Curso de curta duração ministrado)
7.
FÃO, E. C. R. Encenação e direção de ator, 2006. (Outro, Curso de curta duração ministrado)
8.
FÃO, E. C. R. Montagem Teatral, 2006. (Outro, Curso de curta duração ministrado)
9.
FÃO, E. C. R. Oficina de Clowns, 2006. (Outro, Curso de curta duração ministrado)
36
10.
FÃO, E. C. R. Oficina de Clowns, 2006. (Outro, Curso de curta duração ministrado)
11.
FÃO, E. C. R. Partituras e Dramaturgias do ator, 2006. (Outro, Curso de curta duração ministrado)
12.
FÃO, E. C. R. Partituras e Dramaturgias do ator, 2006. (Outro, Curso de curta duração ministrado)
13.
FÃO, E. C. R. Encenação e direção de ator, 2005. (Outro, Curso de curta duração ministrado)
14.
FÃO, E. C. R. Montagem Teatral, 2005. (Outro, Curso de curta duração ministrado)
15.
FÃO, E. C. R. Oficina de Clowns, 2005. (Outro, Curso de curta duração ministrado)
16.
FÃO, E. C. R. Partituras e Dramaturgias do Ator, 2005. (Outro, Curso de curta duração ministrado)
17.
FÃO, E. C. R. Encenação e direção de ator, 2004. (Outro, Curso de curta duração ministrado)
18.
FÃO, E. C. R. Luminotécnica, 2004. (Outro, Curso de curta duração ministrado)
19.
FÃO, E. C. R. Montagem Teatral, 2004. (Outro, Curso de curta duração ministrado)
20.
FÃO, E. C. R. Oficina de Clowns, 2004. (Outro, Curso de curta duração ministrado)
21.
FÃO, E. C. R. Partituras e Dramaturgias do ator, 2004. (Outro, Curso de curta duração ministrado)
22.
FÃO, E. C. R. Encenação e direção de ator, 2003. (Outro, Curso de curta duração ministrado)
23.
FÃO, E. C. R. formação pedagógica de Professores dramaturgia, 2003. (Outro, Curso de curta duração ministrado)
24.
FÃO, E. C. R. Oficina de Clowns, 2003. (Outro, Curso de curta duração ministrado)
25.
FÃO, E. C. R. Partituras e Dramaturgias do Ator, 2003. (Outro, Curso de curta duração ministrado)
26.
FÃO, E. C. R. Partituras e Dramaturgias do ator, 2003. (Outro, Curso de curta duração ministrado)
27.
FÃO, E. C. R. Aula/Palestra Partituras e Dramaturgias, 2002. (Outro, Curso de curta duração ministrado)
28.
FÃO, E. C. R. Encenação e direção de ator, 2002. (Outro, Curso de curta duração ministrado)
29.
FÃO, E. C. R. Montagem Teatral, 2002. (Outro, Curso de curta duração ministrado)
37
30.
FÃO, E. C. R. Partituras e Dramaturgias do acontecimento teatral, 2002. (Outro, Curso de curta duração ministrado)
31.
FÃO, E. C. R. Encenação, 2001. (Outro, Curso de curta duração ministrado)
32.
FÃO, E. C. R. Intervenção Urbana, 2001. (Outro, Curso de curta duração ministrado)
33.
FÃO, E. C. R. Montagem Teatral, 2001. (Outro, Curso de curta duração ministrado)
34.
FÃO, E. C. R. Partituras e Dramaturgias do ator, 2001. (Outro, Curso de curta duração ministrado)
35.
FÃO, E. C. R. Encenação, 2000. (Outro, Curso de curta duração ministrado)
36.
FÃO, E. C. R. Partituras e Dramaturgias do ator, 2000. (Outro, Curso de curta duração ministrado)
37.
FÃO, E. C. R. Expressão Dramática, 1996. (Outro, Curso de curta duração ministrado)
38.
FÃO, E. C. R. Interpretação teatral, 1995. (Outro, Curso de curta duração ministrado)
39.
FÃO, E. C. R. Interpretação teatral, 1994. (Outro, Curso de curta duração ministrado)
40.
FÃO, E. C. R. Montagem teatral, 1992. (Outro, Curso de curta duração ministrado)
41.
FÃO, E. C. R. Montagem, 1990. (Outro, Curso de curta duração ministrado)
42.
FÃO, E. C. R. Montagem teatral, 1989. (Outro, Curso de curta duração ministrado) Áreas do conhecimento : montagem teatral
43.
FÃO, E. C. R. Iniciação teatral, Sesc, Criciuma, SC, 120hs, 1988. (Outro, Curso de curta duração ministrado) Áreas do conhecimento : Interpretação Teatral Produção artística/cultural Artes Cênicas
1.
FÃO, E. C. R. Evento: Fim de Partida, 2016. Local Evento: Teatro Zaqueu de Mello. Cidade do evento: Londrina - Pr. País: Brasil. Instituição promotora: Cia teatro Kaos. Duração: 60. Tipo de evento: Temporada. Atividade dos autores: Encenador. Data da estreia: 18/03/2016. Local da estreia: teatro Zaqueu de Mello. Temporada: 18-19/ março - 20-21/ maio. Home-page: http://teatrokaosescola.wixsite.com/fimdepartida. Áreas do conhecimento : montagem teatral Setores de atividade : Atividades artísticas, criativas e de espetáculos
38
2.
Edward Fão; FÃO, E. C. R. Evento: Esperando Deus, 2015. Cidade do evento: Londrina. País: Brasil. Instituição promotora: Cia Teatro Kaos. Duração: 90. Tipo de evento: Temporada. Atividade dos autores: Diretor. Setores de atividade : Atividades artísticas, criativas e de espetáculos
3.
FÃO, E. C. R. Evento: BR - FELICIDADE - João, maria e o Lobo Mau - uma estória idiota de bêbados drogados e filhos da puta, 2014. Local Evento: zona norte. Cidade do evento: londrina. País: Brasil. Instituição promotora: Gibiteca. Duração: 60. Tipo de evento: Outro. Atividade dos autores: Diretor. Data da estreia: 01/11/2014. Local da estreia: Gibiteca. Home-page: https://www.facebook.com/teatrokaosescola.
4.
FÃO, E. C. R. Evento: In Certeza, 2014. Local Evento: teatro guaira - mini-guaira. Cidade do evento: Curitiba. País: Brasil. Instituição promotora: Festival de Curitiba. Duração: 50. Tipo de evento: Outro. Atividade dos autores: Diretor. Data da estreia: 05/04/2014. Local da estreia: teatro Mini Guaira Curitiba Paraná. Home-page: https://www.facebook.com/teatrokaosescola.
5.
FÃO, E. C. R. Evento: Obrigado, 2014. Cidade do evento: Goiania. País: Brasil. Instituição promotora: Cia Novo Ato. Duração: 55. Tipo de evento: Outro. Atividade dos autores: Diretor. Data da estreia: 27/02/2014. Local da estreia: espaço Cia Novo Ato. Home-page: https://www.facebook.com/teatrokaosescola.
6.
FÃO, E. C. R. Evento: Fim de Partida, 2011. Local Evento: Brasil. Cidade do evento: várias. País: Brasil. Instituição promotora: teatro Kaos. Duração: 75. Tipo de evento: Outro. Atividade dos autores: Encenação. Áreas do conhecimento : Teatro Setores de atividade : Atividades artísticas, criativas e de espetáculos
7.
FÃO, E. C. R. Evento: Baden o acordo, 2009. Local Evento: teatro da comuna. Cidade do evento: Lisboa. País: Portugal. Instituição promotora: Festival anual de teatro acadêmico. Duração: 15. Tipo de evento: Outro. Atividade dos autores: Criação.
8.
FÃO, E. C. R. Evento: A bicicleta do condenado, 2008. Local Evento: Lajes do Pico Açores. País: Portugal. Instituição promotora: grupo tyeatro Muitoeiramá. Duração: 90. Tipo de evento: Outro. Atividade dos autores: Criação.
9.
FÃO, E. C. R. Evento: O baile, 2008. Local Evento: Faculdade Belas artes Universidade de Lisboa. Cidade do evento: Lisboa. País: Portugal. Instituição promotora: NEXT. Duração: 120. Tipo de evento: Outro. Atividade dos autores: Criação.
10.
FÃO, E. C. R. Evento: Fim de partida, 2007. Local Evento: Faculdade de Belas arte Universidade de Lisboa. Cidade do
39
evento: Lisboa. País: Portugal. Instituição promotora: NEXT. Duração: 90. Tipo de evento: Outro. Atividade dos autores: Criação. 11.
FÃO, E. C. R. Evento: Obrigado, 2007. Local Evento: escola secundária da Horta. Cidade do evento: Horta Faial Açores. País: Portugal. Instituição promotora: Centro de formação pedagógica de professores do Faial. Duração: 90. Tipo de evento: Outro. Atividade dos autores: Criação.
12.
FÃO, E. C. R. Evento: Chicletes, 2006. Local Evento: teatro Kaos. Cidade do evento: Lisboa. País: Portugal. Instituição promotora: teatro Kaos escola. Duração: 20. Tipo de evento: Outro. Atividade dos autores: Criação.
13.
FÃO, E. C. R. Evento: Incerteza, 2006. Local Evento: Faculdade de belas artes Universidade de Lisboa. Cidade do evento: Lisboa. País: Portugal. Instituição promotora: NEXT. Duração: 60. Tipo de evento: Outro. Atividade dos autores: Criação.
14.
FÃO, E. C. R. Evento: Obrigado, 2006. Local Evento: IPJ. Cidade do evento: Beja. País: Portugal. Instituição promotora: Instituto Portugues da Juventude. Duração: 90. Tipo de evento: Outro. Atividade dos autores: Criação.
15.
FÃO, E. C. R. Evento: Fim de Partida, 2004. Local Evento: teatro Kaos. Cidade do evento: Lisboa. País: Portugal. Instituição promotora: teatro Kaos escola. Duração: 90. Tipo de evento: Outro. Atividade dos autores: Criação.
16.
FÃO, E. C. R. Evento: A bicicleta do condenado, 2003. Local Evento: teatro Kaos. Cidade do evento: Lisboa. País: Portugal. Instituição promotora: teatro Kaos escola. Duração: 90. Tipo de evento: Outro. Atividade dos autores: Criação.
17.
FÃO, E. C. R. Evento: Fim de Partida, 2003. Local Evento: teatro Kaos. Cidade do evento: Lisboa. País: Portugal. Instituição promotora: teatro Kaos escola. Duração: 90. Tipo de evento: Outro. Atividade dos autores: Criação.
18.
FÃO, E. C. R. Evento: Incerteza, 2003. Local Evento: praça Luiz de Camões. Cidade do evento: Lisboa. País: Portugal. Instituição promotora: teatro Kaos escola. Duração: 90. Tipo de evento: Outro. Atividade dos autores: Criação.
19.
FÃO, E. C. R. Evento: Insularidade, 2003. Local Evento: praça pública da Horta. Cidade do evento: Horta Faial Açores. País: Portugal. Instituição promotora: teatro de Giz. Duração: 60. Tipo de evento: Outro. Atividade dos autores: Criação.
40
20.
FÃO, E. C. R. Evento: O Baile, 2003. Local Evento: teatro Kaos. Cidade do evento: Lisboa. País: Portugal. Instituição promotora: teatro Kaos escola. Duração: 120. Tipo de evento: Outro. Atividade dos autores: Criação.
21.
FÃO, E. C. R. Evento: Pior avante marche, 2003. Local Evento: jardins de Belém. Cidade do evento: Lisboa. País: Portugal. Instituição promotora: teatro Kaos escola. Duração: 30. Tipo de evento: Outro. Atividade dos autores: Criação.
22.
FÃO, E. C. R. Evento: Sobressaltos, 2003. Local Evento: teatro Kaos. Cidade do evento: Lisboa. País: Portugal. Instituição promotora: teatro Kaos escola. Duração: 45. Tipo de evento: Outro. Atividade dos autores: Criação.
23.
FÃO, E. C. R. Evento: Uma vida patética, 2003. Local Evento: teatro Kaos. Cidade do evento: Lisboa. País: Brasil. Instituição promotora: teatro Kaos escola. Duração: 30. Tipo de evento: Outro. Atividade dos autores: Criação.
24.
FÃO, E. C. R. Evento: O cavalo de São Martinho...500 anos despois, 2002. Local Evento: Faculdade Letras. Cidade do evento: Lisboa. País: Portugal. Instituição promotora: Faculdade Letras Universidade Lisboa. Duração: 30. Tipo de evento: Outro. Atividade dos autores: Criação.
25.
FÃO, E. C. R. Evento: O vazio, 2002. Local Evento: teatro Kaos. Cidade do evento: Lisboa. País: Portugal. Instituição promotora: teatro Kaos escola. Duração: 90. Tipo de evento: Outro. Atividade dos autores: Criação.
26.
FÃO, E. C. R. Evento: Obrigado, 2002. Local Evento: teatro Kaos. Cidade do evento: Lisboa. País: Portugal. Instituição promotora: teatro Kaos ecola. Duração: 120. Tipo de evento: Outro. Atividade dos autores: Criação.
27.
FÃO, E. C. R. Evento: Prisão, 2002. Local Evento: teatro Kaos. Cidade do evento: Lisboa. País: Portugal. Instituição promotora: teatro Kaos escola. Duração: 30. Tipo de evento: Outro. Atividade dos autores: Criação.
28.
FÃO, E. C. R. Evento: encenação Fim de partida, 2001. Local Evento: teatro Kaos. Cidade do evento: Lisboa. País: Portugal. Instituição promotora: teatro Kaos escola. Duração: 60. Tipo de evento: Outro. Atividade dos autores: Encenação.
29.
FÃO, E. C. R. Evento: Fim de Partida, 2001. Local Evento: vários. Cidade do evento: várias. País: Portugal. Instituição promotora: teatro kaos escola. Duração: 90. Tipo de evento: Outro.
41
Atividade dos autores: Criação. 30.
FÃO, E. C. R. Evento: Incerteza, 2001. Local Evento: teatro Kaos. Cidade do evento: Lisboa. País: Portugal. Instituição promotora: teatro Kaos escola. Duração: 120. Tipo de evento: Outro. Atividade dos autores: Criação.
31.
FÃO, E. C. R. Evento: O baile, 2001. Local Evento: teatro Kaos. Cidade do evento: Lisboa. País: Portugal. Instituição promotora: teatro Kaos escola. Duração: 120. Tipo de evento: Outro. Atividade dos autores: Criação.
32.
FÃO, E. C. R. Evento: Obrigado, 2001. Local Evento: teatro Kaos. Cidade do evento: Lisboa. País: Portugal. Instituição promotora: teatro Kaos escola. Duração: 90. Tipo de evento: Outro. Atividade dos autores: Criação.
33.
FÃO, E. C. R. Evento: Punk y punk y colegram, 2001. Local Evento: teatro Kaos. Cidade do evento: Lisboa. País: Portugal. Instituição promotora: teatro Kaos escola. Duração: 120. Tipo de evento: Outro. Atividade dos autores: Criação.
34.
FÃO, E. C. R. Evento: Rua augusta, 2001. Local Evento: teatro Kaos. Cidade do evento: Lisboa. País: Portugal. Instituição promotora: teatro Kaos escola. Duração: 30. Tipo de evento: Outro. Atividade dos autores: Criação.
35.
FÃO, E. C. R. Evento: A loja de chapéus, 2000. Local Evento: teatro Kaos. Cidade do evento: Lisboa. País: Portugal. Instituição promotora: teatro Kaos escola. Duração: 30. Tipo de evento: Outro. Atividade dos autores: Criação.
36.
FÃO, E. C. R. Evento: A roda, 2000. Local Evento: teatro Kaos. Cidade do evento: Lisboa. País: Portugal. Instituição promotora: teatro Kaos escola. Duração: 30. Tipo de evento: Outro. Atividade dos autores: Direção.
37.
FÃO, E. C. R. Evento: Incerteza, 2000. Local Evento: teatro Kaos. Cidade do evento: Lisboa. País: Portugal. Instituição promotora: teatro Kaos escola. Duração: 60. Tipo de evento: Outro. Atividade dos autores: Criação.
38.
FÃO, E. C. R. Evento: O bordel, 2000. Local Evento: teatro kaos. Cidade do evento: Lisboa. País: Portugal. Instituição promotora: AVEAC teatro. Duração: 120. Tipo de evento: Outro. Atividade dos autores: Criação.
42
39.
FÃO, E. C. R. Evento: O vazio, 2000. Local Evento: teatro Kaos. Cidade do evento: Lisboa. País: Portugal. Instituição promotora: teatro Kaos escola. Duração: 90. Tipo de evento: Outro. Atividade dos autores: Criação.
40.
FÃO, E. C. R. Evento: O vazio, 2000. Local Evento: teatro Kaos. Cidade do evento: Lisboa. País: Portugal. Instituição promotora: teatro Kaos escola. Duração: 120. Tipo de evento: Outro. Atividade dos autores: Criação.
41.
FÃO, E. C. R. Evento: O vazio, 2000. Local Evento: teatro Kaos. Cidade do evento: Lisboa. País: Portugal. Instituição promotora: teatro Kaos escola. Duração: 120. Tipo de evento: Outro. Atividade dos autores: Criação.
42.
FÃO, E. C. R. Evento: Obrigado, 2000. Local Evento: tenda Chapitô. Cidade do evento: Lisboa. País: Portugal. Instituição promotora: Chapitô. Duração: 120. Tipo de evento: Outro. Atividade dos autores: Criação.
43.
FÃO, E. C. R. Evento: Os burro-galos, 2000. Local Evento: teatro Kaos. Cidade do evento: Lisboa. País: Portugal. Instituição promotora: teatro Kaos escola. Duração: 50. Tipo de evento: Outro. Atividade dos autores: Criação.
44.
FÃO, E. C. R. Evento: Tristeza, 2000. Local Evento: teatro Kaos. Cidade do evento: Lisboa. País: Portugal. Instituição promotora: teatro Kaos escola. Duração: 30. Tipo de evento: Outro. Atividade dos autores: Criação.
45.
FÃO, E. C. R. Evento: Madrugadas, 1999. Local Evento: Praça do comercio. Cidade do evento: Lisboa. País: Portugal. Instituição promotora: Teatro O bando. Duração: 120. Tipo de evento: Outro. Atividade dos autores: Criação.
46.
FÃO, E. C. R. Evento: O labirinto, 1999. Local Evento: tenda Chapitô. Cidade do evento: Lisboa. País: Portugal. Instituição promotora: teatro Kaos escola. Duração: 120. Tipo de evento: Outro. Atividade dos autores: Criação.
47.
FÃO, E. C. R. Evento: O nada, 1999. Local Evento: tenda Chapitô. Cidade do evento: Lisboa. País: Portugal. Instituição promotora: Chapitô. Duração: 120. Tipo de evento: Outro. Atividade dos autores: Criação.
48.
FÃO, E. C. R. Evento: A bicicleta do condenado, 1998. Local Evento: teatro Kaos. Cidade do evento: Lisboa. País: Portugal. Instituição promotora: teatro Kaos escola. Duração: 120. Tipo de evento: Outro.
43
Atividade dos autores: Criação. 49.
FÃO, E. C. R. Evento: Aladino, 1998. Local Evento: vários. Cidade do evento: várias. País: Portugal. Instituição promotora: Magia e fantasia. Duração: 50. Tipo de evento: Outro. Atividade dos autores: Encenação.
50.
FÃO, E. C. R. Evento: Baden baden o acordo, 1998. Local Evento: Presídio das Mónicas. Cidade do evento: Lisboa. País: Portugal. Instituição promotora: Câmara municipal de Lisboa. Duração: 15. Tipo de evento: Outro. Atividade dos autores: Criação.
51.
FÃO, E. C. R. Evento: Peregrinação, 1998. Local Evento: Parque das nações. Cidade do evento: Lisboa. País: Portugal. Instituição promotora: Expo 98 teatro o bando. Duração: 120. Tipo de evento: Outro. Atividade dos autores: Criação.
52.
FÃO, E. C. R. Evento: O labirinto, 1997. Local Evento: tenda Chapitô. Cidade do evento: Lisboa. País: Portugal. Instituição promotora: Chapitô. Duração: 90. Tipo de evento: Outro. Atividade dos autores: Criação.
53.
FÃO, E. C. R. Evento: Peter Pan, 1997. Local Evento: vários. Cidade do evento: várias. País: Portugal. Instituição promotora: Magia e fantasia. Duração: 40. Tipo de evento: Outro. Atividade dos autores: Criação.
54.
FÃO, E. C. R. Evento: Riscos e rabiscos, 1997. Local Evento: rua. Cidade do evento: várias capitais de distrito de Portugal. País: Portugal. Instituição promotora: Produtora volta e meia. Duração: 120. Tipo de evento: Outro. Atividade dos autores: Criação.
55.
FÃO, E. C. R. Evento: O labirinto, 1995. Local Evento: Festival de Inverbo. Cidade do evento: Ouro Preto MG. País: Brasil. Instituição promotora: Universidade Federal de Minas Gerais. Duração: 60. Tipo de evento: Festival. Atividade dos autores: Criação.
56.
FÃO, E. C. R. Evento: O banquete dos miseráveis, 1993. Local Evento: teatro Kaos. Cidade do evento: Brusque Sc. País: Brasil. Instituição promotora: teatro kaos escola. Duração: 70. Tipo de evento: Outro. Atividade dos autores: Criação.
57.
FÃO, E. C. R. Evento: Baden baden o acordo, 1992. Local Evento: rua vários. Cidade do evento: várias. País: Brasil. Instituição promotora: teatro Kaos escola. Duração: 15. Tipo de evento: Outro. Atividade dos autores: Criação.
44
58.
FÃO, E. C. R. Evento: Baden baden o acordo, 1992. Local Evento: rua. Cidade do evento: Brasil Argentina Uruguay Espanha Portugal. País: Brasil. Instituição promotora: teatro Kaos escola. Duração: 15. Tipo de evento: Outro. Atividade dos autores: Criação.
59.
FÃO, E. C. R. Evento: Libertas que também seras, 1992. Local Evento: rua. Cidade do evento: Brusque sc. País: Brasil. Instituição promotora: teatro Kaos escola. Duração: 20. Tipo de evento: Outro. Atividade dos autores: Criação.
60.
FÃO, E. C. R. Evento: O nada, 1991. Local Evento: vários. Cidade do evento: Brusque Itajai Concordia Blumenau Florianópolis Maravilha SC. País: Brasil. Instituição promotora: teatro Kaos escola. Duração: 60. Tipo de evento: Outro. Atividade dos autores: Criação.
61.
FÃO, E. C. R. Evento: O evangelho segundo a verdade, 1990. Local Evento: rua. Cidade do evento: Brusque SC. País: Brasil. Instituição promotora: teatro Kaos escola. Duração: 40. Tipo de evento: Outro. Atividade dos autores: Dança.
62.
FÃO, E. C. R. Evento: A Bicicleta do Condenado, 1988. Local Evento: brasil, portugal. Cidade do evento: várias. País: Brasil. Instituição promotora: teatro kaos escola. Duração: 90. Tipo de evento: Outro. Atividade dos autores: Encenação. Premiação: melhor ator, melhor atriz, melhor música. Home-page: www.teatrokaosescola.blogs.sapo.pt. Áreas do conhecimento : Teatro,Direção Teatral Setores de atividade : Atividades artísticas, criativas e de espetáculos, Educação, Educação
63.
FÃO, E. C. R. Evento: O círculo de giz caucasiano, 1988. Local Evento: Teatro Municipal. Cidade do evento: São José SC. País: Brasil. Instituição promotora: Fundação Catarinense de Cultura. Tipo de evento: Outro. Atividade dos autores: Criação.
64.
FÃO, E. C. R. Evento: Bodas de café, 1986. Local Evento: vários. Cidade do evento: várias. País: Brasil. Instituição promotora: PROTEU. Tipo de evento: Outro. Atividade dos autores: Criação.
65.
FÃO, E. C. R. Evento: Transgreunte ascendente aquárius uma tragédia, 1986. Local Evento: vários. Cidade do evento: várias. País: Brasil. Instituição promotora: PROTEU. Tipo de evento: Outro. Atividade dos autores: Criação.
66.
FÃO, E. C. R. Evento: A mulher e a constituinte, 1985. Local Evento: vários. Cidade do evento: várias. País: Brasil. Instituição promotora: PROTE. Tipo de evento: Outro.
45
Atividade dos autores: Criação. 67.
FÃO, E. C. R. Evento: O índio e a constituinte, 1985. Local Evento: vários. Cidade do evento: várias. País: Brasil. Instituição promotora: PROTEU. Tipo de evento: Outro. Atividade dos autores: Criação.
68.
FÃO, E. C. R. Evento: O trabalhador e a constituinte, 1985. Local Evento: vários. Cidade do evento: várias. País: Brasil. Instituição promotora: PROTEU. Tipo de evento: Outro. Atividade dos autores: Criação.
69.
FÃO, E. C. R. Evento: O Barba azul, 1984. Local Evento: vários. Cidade do evento: várias. País: Brasil. Instituição promotora: PROTEU. Duração: 120. Tipo de evento: Outro. Atividade dos autores: Criação. Outra produção artística/cultural
1.
FÃO, E. C. R. Evento: Rubras Mariposas (cinema), 2011. Local Evento: vários. Cidade do evento: Londrina. País: Brasil. Instituição promotora: Anderson Craveiro. Duração: 14. Tipo de evento: Outro. Atividade dos autores: Criação.
2.
FÃO, E. C. R. Evento: Entre os dedos (cinema), 2008. Local Evento: vários. Cidade do evento: Lisboa. País: Portugal. Instituição promotora: Clap produções. Duração: 60. Tipo de evento: Outro. Atividade dos autores: Criação.
3.
FÃO, E. C. R. Evento: O crime do Padre Amaro (cinema), 2002. Local Evento: vários. Cidade do evento: Lisboa. País: Portugal. Instituição promotora: Sic tv. Duração: 60. Tipo de evento: Outro. Atividade dos autores: Criação.
Eventos Eventos Participação em eventos 1.
Conferência de Políticas culturais, 2016. (Outra) Conferência de Políticas culturais.
2.
Conferência CNPC, 2015. (Encontro) Conferência do CNPC.
3.
Encontro Nacional RBTR, 2015. (Encontro) Encontro Nacional RBTR.
4.
Festival internacional de Londrina, 2015. (Outra) BR FELICIDADE.
46
5.
Festival internacional de Londrina, 2015. (Outra) Cenotécnico.
6.
Festival internacional de Londrina, 2014. (Outra) Cenotécnico.
7.
Mostra Cariri de artes, 2014. (Outra) Fim de Partida.
8.
Festival Nacional de Hortolândia, 2013. (Outra) Fim de Partida/Baden baden.
9.
Festival Nacional de Pontos de Cultura de Floriano PI, 2013. (Outra) Fim de Partida.
10.
Festival internacional de teatro de londrina, 2013. (Outra) Fim de Partida.
11.
Festival nacional de teatro de Campo Mourão, 2013. (Outra) Fim de Partida.
12.
Apresentação (Outras Formas) no(a)10º Festival de teatro cidade do Rio de Janeiro, 2012. (Outra) apresentação teatro - Fim de Partida.
13.
Conferência de Politicas culturais, 2012. (Outra) Conferência de Politicas culturais.
14.
Apresentação (Outras Formas) no(a)Festival Internacional de Londrina, 2012. (Outra) apresentação teatro - Fim de Partida.
15.
Apresentação (Outras Formas) no(a)Festival de Curitiba - Fringe 2012, 2012. (Outra) apresentação de teatro - Fim de Partida e Baden-baden: o acordo.
16.
Mostra Maldita, 2011. (Outra) Fim de Partida.
17.
Apresentação (Outras Formas) no(a)Congresso Internacional Gil Vicente...500 anos depois, 2002. (Congresso) Congresso Internacional Gil Vicente...500 anos depois.
18.
Apresentação (Outras Formas) no(a)Seminário de Antropologia Teatral (ISTA), 1998. (Seminário) Seminário de Antropologia Teatral (ISTA).
19.
Apresentação (Outras Formas) no(a)Simpósio Organicidad ISTA, 1998. (Simpósio) Simpósio Organicidad ISTA.
20.
Apresentação (Outras Formas) no(a)1º Encontro de Cultura de Brusque, 1993. (Encontro) 1º Encontro de Cultura de Brusque.
21.
Apresentação (Outras Formas) no(a)1º Encontro Estadual de Dirigentes Culturais de Lages, 1991. (Encontro) 1º Encontro Estadual de Dirigentes Culturais de Lages.
22.
Apresentação (Outras Formas) no(a)3º Congresso Catarinense de Teatro Amador de Lages, 1988. (Congresso) 3º Congresso Catarinense de Teatro Amador de Lages.
23.
Apresentação (Outras Formas) no(a)VI Congresso Brasileiro de Teatro Amador de Curitiba, 1987. (Congresso) VI Congresso Brasileiro de Teatro Amador de Curitiba.
47
24.
Apresentação (Outras Formas) no(a)II Seminário Sul Brasileiro de Teatro de Cascavel, 1986. (Seminário) II Seminário Sul Brasileiro de Teatro de Cascavel.
25.
Apresentação (Outras Formas) no(a)Vº Congresso Extraordinário de Teatro Amador de Mariana, 1986. (Congresso) - Vº Congresso Extraordinário de Teatro Amador de Mariana.
26.
Apresentação (Outras Formas) no(a)13º Congresso de Teatro Amador de Londrina, 1985. (Congresso) congresso ordinário. Organização de evento
1.
FÃO, E. C. R. Ocupação Kaos no Ceu, 2016. (Outro, Organização de evento) Áreas do conhecimento : Artes Setores de atividade : Atividades artísticas, criativas e de espetáculos
2.
FÃO, E. C. R. Ocupação Kaos no Ceu, 2014. (Outro, Organização de evento) Áreas do conhecimento : Artes Setores de atividade : Atividades artísticas, criativas e de espetáculos
3.
FÃO, E. C. R. trio duo a bilha, 2010. (Concerto, Organização de evento) Áreas do conhecimento : Música
Bancas Bancas Participação em banca de comissões julgadoras Outra 1.
Comissão de Análise de Projetos e Programas Culturais, 2016 Comissão de Análise de Projetos e Programas Culturais Áreas do conhecimento : Artes Setores de atividade : Atividades artísticas, criativas e de espetáculos
2.
Comissão de Análise de Projetos e Programas Culturais, 2014 Secretaria Cultura Londrina Áreas do conhecimento : Artes Setores de atividade : Atividades artísticas, criativas e de espetáculos
3.
Comissão de Análise de Projetos e Programas Culturais, 2013 Secretaria de Cultura de Londrina Áreas do conhecimento : Artes Setores de atividade : Atividades artísticas, criativas e de espetáculos
4.
Comissão de Análise de Projetos e Programas estratégicos, 2012 Secretaria cultura de Londrina Áreas do conhecimento : Artes Setores de atividade : Atividades artísticas, criativas e de espetáculos
Totais de produção
48
Produção bibliográfica Livros organizados ou edições
1
Livros organizados ou edições
1
Traduções (Livro)
2
Traduções (Outros)
3
Produção técnica Curso de curta duração ministrado (outro)
43
Eventos Participações em eventos (congresso)
5
Participações em eventos (seminário)
2
Participações em eventos (simpósio)
1
Participações em eventos (encontro)
4
Participações em eventos (outra)
14
Organização de evento (concerto)
1
Organização de evento (outro)
2
Participação em banca de comissões julgadoras (outra)
4
Produção artística/cultural Artes Cênicas(Teatral)
69
Outra produção artística/cultural
3
Outras informações relevantes 1
- Ator, formado pelo projeto de teatro universitário (Proteu), Londrina, Paraná, Brasil, - Diretor, formado pela Fundação Catarinense de Cultura, Florianópolis, Sta Catarina, Brasil, - Formador Artes do Espetáculo certificado nº EDF 8571/99DL, acreditado pelo Sistema Nacional de Certificação Profissional, MTS, Lisboa, Portugal, - Formador pedagógico Artes do Espetáculo de professores do ensino secundário, registo CCPFC/RFO-08290/99, acreditado pelo Conselho Científico-pedagógico da Formação Contínua do Ministério da Educação, Braga, Portugal.
49
ANEXO II PORTFÓLIO
2018 – Esperando Deus | 2017 – Fim de Partida | Tons de Melancolia 2016 – Projeto de Ocupação Kaos no CEU | Fim de Partida | Baden baden 2015 -Fim de Partida | Baden baden | Br Felicidade |Obrigado 2014 – Br Felicidade | In Certeza | Baden baden | Fim de Partida 2013 Baden baden| Fim de Partida
50
51
52
53
54
55
56
57
58
59
60
61
62
63
64
65
66
67
68
69
70
71
72
73
74
75
76
77
78
79
80
81
82
83
84
85
86
87
88
89
90
91
92
93
DOCUMENTOS DO PROJETO ANEXO III DRAMATURGIA Esperando deus cena 1 unidade 1 – espera sub-unidade 1 começa afinal... O público aguarda o início do espetáculo numa sala contígua ao espaço da representação. Enquanto esperam, distraemse vendo uma exposição de fotos, cujo o tema são narizes de clowns e balões coloridos. Na sala ouve-se música clássica enérgica. Lucky vestindo um pijama branco, tipo camisola de enfermo, com uma numeração no peito, nos moldes dos presidiários, calçando botas da tropa, preso pelos pés a uma corrente, que está presa a um pequeno escadote de ferro, recepciona o público que chega. Tem um ar cansado, não um cansaço físico, mas um cansaço emocional, espiritual. Nos seus olhos pairam a tristeza e a indignação. Ele é muito velho, apesar de ainda ostentar uma bela cabeleira amarela. Suas rugas e seu andar retardado denunciam a imensidão vivida. Seus movimentos são lentos e ritmados. Tem entre os olhos lânguidos e a boca carmim, um grande nariz vermelho. unidade 2 – mudança sub-unidade 1 Lucky convida um a um dos espectadores, a seguí-lo ao espaço da representação. Pelo caminho, o público passa por um túnel formado por balões coloridos. No final do túnel, um grande espelho. Do lado direito do espelho, pendurados na parede, camisolões de enfermos, com códigos de barra no peito. Do lado esquerdo, narizes de clowns. Lucky veste cada pessoa com um nariz de clown e um camisolão de enfermo. Depois de vestido, a pessoa mira-se no espelho e adentra o espaço da representação. A medida que as pessoas vão adentrando o espaço, Lucky as conduz a seus respectivos lugares. Por uma razão qualquer, tem ele o péssimo hábito de separar as pessoas que chegam acompanhadas ou em grupos, colocando-as em lugares opostos e conflitantes. Depois de todos estarem instalados confortavelmente em suas caixas plásticas de cerveja, Lucky amarra seus pés e mãos a elásticos que convergem para dois pontos no centro do espaço. sub-unidade 2 Lucky sobe no escadote que encontra-se ao fundo entre Vladi e Estra e adormece em pé. unidade 3 – universo ficcional sub-unidade 1 No espaço ouve-se ao fundo, música festiva de aldeia do final da idade média. As luzes apagam-se, o espaço é invadido pelo som ensurdecedor de um relógio despertando. As luzes acendem-se, o despertador cessa. A cena agora é invadida por sons de pássaros no acasalamento e ao fundo o tic-tac de um relógio. No teto balões de várias cores e tamanhos dão forma a uma arvore estilizada. Neste primeiro momento da representação o registro interpretativo dos atores segue uma linha hipernaturalista levando à sua musicalidade física contaminações da linguagem expressionista. O elemento que marca essa característica é o peso da inércia que os personagens carregam em seus ombros e que eternamente na espera do nada deixam transparecer nas suas atuações os sentimentos de dor e de perda que determinam o eterno tempo da contínua espera. sub-unidade 2 Lucky desperta. mira o seu território e reconhece seus objetos. cena 2 unidade 1 – despertar
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sub-unidade 1 Estragon e Vladimir, estão dormindo. Eles estão amarrados com elásticos ao público ativo. vestem a mesma roupa que Lucky, com uma pequena diferença, seus camisolões têm uma numeração. São tão velhos quanto Lucky. Estão sentados em caixas plásticas de cerveja e presos por elásticos ao público e aos balões por suas tranças longas e brancas. Nas extremidades dos elásticos, guizos prateados. Carregam entre as pernas, tigelas e batedores de ovos. acordam assustados com o barulho ensurdecedor do relógio, seus movimentos são lentos e fluídos. miram estáticos o infinito, seus olhares estão distantes e suas expressões estão carregadas de aborrecimento. Seus narizes são brancos e enormes sub-unidade 2 Pozzo dorme pesadamente, veste a mesma vestimenta que os outros, só que não leva qualquer numeração no peito, dorme como uma criança, carrega sobre o peito um gansinho branco de pelúcia. Dorme com o dedo polegar enfiado na boca. ressona muito alto. Tem uma bela cabeleira carmim, feita as tranças, presas a elásticos e com guizos prateados em suas extremidades. unidade 2 – acalanto sub-unidade 1 Lucky depois de detalhadamente reconhecer seu território, canta para Pozzo acordar, é uma música de acalanto. Lucky (maternal)- ACORDA MARIA BONITA, ACORDA E VEM FAZER O CAFÉ, QUE O DIA JÁ VEM RAIANDO, E A POLÍCIA JÁ ESTÁ EM PÉ... cena 3 unidade 1 – terror sub-unidade 1 Pozzo começa a despertar lenta e ruidosamente. Uma triste e melancólica canção mexicana invade o espaço. Pozzo veste um negro casaco recheado de medalhas e insígnias. Tem um grande nariz negro. Tem o espírito alegre e sarcástico. Leva a tiracolo um grande binóculo. com barulho do despertar de Pozzo, Vladi e Estra assustados, começam a bater claras de ovos. seu ritmo é lento e compassado, algo pesado na sua essência. enquanto batem as claras dos ovos, miram o vazio infinito. sub-unidade 2 Pozzo levanta-se, observa detalhadamente os objetos (orgânicos e inorgânicos) que formam o seu universo, tira do seu capacete um charuto cubano, coloca-o na boca entre os dentes cerrados e mira nos olhos de Lucky, nesse caso alguém da plateia ativa. toda a contra cena passa necessariamente pela triangulação dos olhos da pláteia ativa. toda a comunicação direta e indireta dos personagens passa obrigatoriamente pelo filtro ativo do público presente. LUCKY mira alguém da plateia ativa, desce da sua escada, abre a sua grande mala, retira do seu interior um isqueiro, CAMINHA ATÉ POZZO e acende-lhe o charuto. sub-unidade 3 POZZO começa a andar ruidosamente pelo espaço fumando prazerosamente seu charuto cubano. unidade 2 – dúvida sub-unidade 1 Vladi e Estra cessam de bater. primeiro Estra, logo a seguir Vladi. miram cada qual alguém da plateia ENQUANTO e começam uma melancólica conversa. Suas movimentações são lentas e seus olhares profundos. falam com total falta do acreditar, suas frases apenas preenchem o vazio da eterna espera. Lucky começa a caminhar pelo espaço, carregando uma escada e uma tesoura de jardinagem. Enquanto isso Pozzo espreita e vigia com seu binóculo todo o espaço, parece procurar algo. Estra (confuso)- TEM CERTEZA QUE ERA HOJE?
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Vladi (perdido)- O QUE? Estra (esclarece)- QUE ELE MARCOU O ENCONTRO? Vladi (tranquiliza)- EU DEVO TER TOMADO NOTA. Pozzo escolhe um balão, ordena a Lucky para poda-lo. Nas pausas da conversa de Estra e Vladi, Lucky poda os balões, que são meticulosamente escolhidos antecipadamente por Pozzo. Lucky poda um balão amarelo. Vladi e Estra, acompanham a trajetória da queda do balão. O balão espatifa-se no chão. Eles ficam aflitos. Pozzo ri lascivamente. Vladi e Estra ficam tristes e impacientes. Estra (negativo)- É CLARO QUE SE ELE VEIO ONTEM E NÃO NOS ENCONTROU AQUI, ELE NÃO VAI VOLTAR HOJE! Vladi (incrédulo)- MAS VOCÊ DISSE QUE A GENTE VEIO AQUI ONTEM! Estra (terminando a conversa)- EU POSSO TER ME ENGANADO! VAMOS FICAR UM POUCO QUIETOS, ESTÁ BEM? Vladi (conformado)- ESTÁ. unidade 3 – passatempo sub-unidade 1 batem claras de ovos, primeiro Vladi, logo a seguir Estra. cessam de bater, primeiro Vladi, logo a seguir Estra. miram cada qual alguém da plateia. Pozzo abre um caderninho negro e volta a caminhar e espreitar pelo espaço, como se seguisse a um mapa. Retira do seu caderninho um pequeno pedaço de papel, desdobra-o, o pequeno papel transformar-se incrivelmente numa grande folha, na folha um mapa. Toda a vez que ele resolver ordenar o corte de uma balão, primeiramente escolheo no mapa. Depois da escolha feita, volta a dobrar o mapa e a guardá-lo no caderninho. Escolhe outro balão. Lucky poda-o. É um balão vermelho. Vladi e Estra, acompanham a sua queda. O balão espatifa-se no chão. Pozzo ri lascivamente. Vladi (impaciente)- O QUE VAMOS FAZER AGORA? Estra (conformado)- ESPERAR. Vladi (inconformado)- SIM MAS ENQUANTO A GENTE ESPERA? Estra- QUE TAL SE A GENTE SE ENFORCASSE? Vladi- É UM MODO DE SE MASTURBAR? Estra- a gente goza! Vladi- VAMOS NOS ENFORCAR IMEDIATAMENTE! batem claras de ovos, primeiro Vladi, logo a seguir Estra. A mando de Pozzo Lucky poda outro balão, é um balão azul. o Balão cai suavemente e não se espatifa no chão, pelo contrário cai como uma pluma. Pozzo torna-se agressivo e histérico. Chupa o dedão da mão. Escolhe em seu caderninho outro balão. Vladi e Estra ficam aliviados. Pozzo caminha pelo espaço com seu caderninho negro a tiracolo e seleciona mais um balão. Enquanto caminha fuma prazerosamente seu charuto cubano. Vladi e Estra não deixam de bater os ovos, sempre ritmados e compassadamente. Lucky poda um balão laranja que espatifa-se no chão. Pozzo ri lascivamente. Está muito feliz. Cada vez que um balão é podado, Lucky enche um balão e entrega-o a alguém da plateia. Mais um balão é podado. Um balão azul pousa suavemente no chão. Pozzo acompanha sua queda. Torna-se histericamente agressivo. Ele chupa o dedão da mão. Lucky poda um balão azul. Pozzo observa atentamente sua queda. Está inquieto. O balão está vazio. Pozzo descontrolase agressivamente. Vladi e Estra ficam aliviados. Pozzo seleciona outro balão e Lucky poda-o. é um balão verde. Ele espatifa-se no chão. Pozzo ri lascivamente histericamente. Vladi e Estra contrariam-se. Pozzo guarda seu caderninho negro e vai a procura dos balões que não estouraram. unidade 4 – quem tem cú tem medo sub-unidade 1 cessam de bater, primeiro Estra, logo a seguir Vladi. miram cada qual alguém da plateia. Pozzo caminha pelo espaço a procura dos balões. Cada vez que encontra um, pisa nele com suas botas da tropa e ri lascivamente. Estra (ordenando)- VOCÊ PRIMEIRO. Vladi (RESOLUTO)- NÃO, PRIMEIRO VOCÊ. Estra (não entendendo)- POR QUÊ?
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Vladi (esclarecendo)- VOCÊ É MAIS LEVE DO QUE EU. Estra (afirmativamente)- POR ISSO MESMO. sub-unidade 2 Vladi (desnorteado)- NÃO COMPREENDO!] Estra (explicativo)- RACIOCINA... SE O GALHO ENFORCA VOCÊ, ENFORCA A MIM TAMBÉM.] Vladi (perdido)- MAS EU SOU MAIS PESADO QUE VOCÊ! Estra (desvaloriza)- VOCÊ É QUEM DIZ, HÁ UMA CHANCE EM DUAS MAIS OU MENOS! Pozzo pega seu charuto em brasa e começa a estourar os balões que Lucky entregou à plateia. Ri lascivamente. Seu riso descontrola-se completamente. unidade 5 – decisão sub-unidade 1 batem claras de ovos, primeiro Estra, logo a seguir Vladi. cessam de bater, primeiro Vladi, logo a seguir Estra. miram cada qual alguém da plateia. nas pausas das conversa não deixam de bater as claras de ovos, ora lenta, ora rapidamente, mas sempre compassadamente. Vladi (decidido)- ENTÃO VAMOS FAZER O QUÊ Estra (sensato)- NÃO VAMOS FAZER NADA, É MAIS PRUDENTE. sub-unidade 2 Vladi (concordando)- VAMOS ESPERAR E VER O QUE ELE DIZ. Estra (perdido)- QUEM? Vladi (esclarece)- DEUS. Estra (entusiasmado)- ISSO. Vladi (resoluto)- VAMOS ESPERAR ATÉ QUE A GENTE SAIBA EXATAMENTE QUAL É A NOSSA SITUAÇÃO. Estra (entusiasmado)- ESTOU LOUCO PARA SABER O QUE ELE TEM A NOS OFERECER, AÍ A GENTE ACEITA OU NÃO! unidade 6 – alarme falso sub-unidade 1 batem claras de ovos, primeiro Estra, logo a seguir Vladi. cessam de bater, primeiro Vladi, logo a seguir Estra. miram cada qual alguém da plateia. Enquanto Vladi e Estra travam esse bizarro diálogo, Pozzo está estourando balões, e para tanto faz muito alarido. Lucky nesse tempo, dorme em pé. Vladi (sussurando)- ESCUTA. Estra (com as mãos no ouvido, tentando ouvir algo) - NÃO OUÇO NADA! Vladi- PSSSSIUUU (eles param para tentar ouvir algo)... NEM EU. sub-unidade 2 Estra (sussurando)- VOCÊ ME ASSUSTOU. Vladi (sussurando)- PENSEI QUE FOSSE ELE. Estra (sussurando)- QUEM? Vladi (sussurando)- DEUS. unidade 7 – contra a parede sub-unidade 1 batem claras de ovos, primeiro Vladi, logo a seguir Estra. cessam de bater, primeiro Estra, logo a seguir Vladi. miram cada qual alguém da plateia.
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Estra (determinado)- EU TE FIZ UMA PERGUNTA. Vladi (SEM DAR IMPORTÂNCIA)- QUAL FOI A PERGUNTA? Estra ( determinado)- EU PERGUNTEI SE NOS ESTÁVAMOS PRESOS. Vladi (PERDIDO)- PRESOS? Estra (FIRME)- PRESOS. Vladi (PERDIDO)- COMO PRESOS? Estra (ESCLARECE)- PRESOS a TEU CAVALHEIRO. Vladi (desvaloriza)- a DEUS? PRESOS a DEUS? QUE IDÉIA, NUNCA, JAMAIS... POR ENQUANTO! sub-unidade 2 Estra (SURPRESO)- O NOME DELE É DEUS? Vladi (NA DÚVIDA)- ACHO QUE SIM. cena 4 unidade 1 – finalmente chegou sub-unidade 1 batem claras de ovos, primeiro Vladi, logo a seguir Estra. cessam de bater, primeiro Estra, logo a seguir Vladi. miram cada qual alguém da plateia. Durante essa conversa Pozzo manteve-se atento aos dois, observando-os com seu grande binóculo. Pozzo entra em cena fazendo muito barulho. o registro interpretativo que até o momento assumia um tom hipernaturalista, esbarrando no espaço da linguagem expressionista, transforma-se com a entrada de Pozzo em cena, num registro clownesco, tornando o ritmo da representação mais dinâmico nos diálogos e menos estático nas movimentações cênicas, aLternando por completo a musicalidade espacial DA REPRESENTAÇÃO. o peso existencial que marca o sentimento no expressionismo ganha cores com um peso soft com o humor que caracteriza a construção clownesca. Estra (ENTUSIASMADO)- É ELE ? Vladi (PERDIDO)- QUEM? Estra (ENTUSIASMADO)- DEUS! Vladi (INCRÉDULO)- É! unidade 2 – eu sou deus sub-unidade 1 Pozzo (como um trovão)- EU SOU POZZO... ESTE NOME NÃO LHES DIZ NADA? eles não respondem, ESTÃO ADMIRADAMENTE AMEDRONTADOS. sub-unidade 2 Pozzo (INSISTE)- EU PERGUNTEI SE ESTE NOME NÃO LHES DIZ NADA? Estra (assustado)- NÓS NÃO SOMOS DAQUI SENHOR. Pozzo (irônico)- MAS VOCÊS SÃO SERES HUMANOS, PELO MENOS PARECEM, DA MESMA ESPÉCIE QUE POZZO... sub-unidade 3 Pozzo (com dureza)- QUEM É DEUS? Estra (surpreso)- DEUS? Pozzo (irônico)- É, VOCÊ PENSOU QUE EU FOSSE ELE! Estra (desculpando-se)- NÃO SENHOR, DE MODO ALGUM! sub-unidade 4 Pozzo (muito irritado) - QUEM É DEUS? Vladi (tranquilo)- É UM CONHECIDO NOSSO! Estra (desculpando-se)- NÃO, NÓS NEM O CONHECEMOS!
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Vladi (tranquilo)- É VERDADE, NÓS NÃO O CONHECEMOS BEM, MAS MESMO ASSIM... Pozzo (irônico)- VOCÊ PENSOU QUE EU FOSSE ELE! Estra (desculpando-se)- QUER DIZER, A ESCURIDÃO, A FADIGA, O CANSAÇO, A ESPERA... EU CONFESSO, POR UM INSTANTE EU PENSEI... sub-unidade 5 Pozzo (IRONICAMENTE surpreso)- A ESPERA... ENTÃO VOCÊS ESTÃO ESPERANDO POR ELE? PAUSA. Eles não respondem, estão ocupados em observar Lucky. unidade 3 – diplomacia politicamente correta sub-unidade 1 Pozzo (diplomático) - MEUS CAROS AMIGOS ESTOU MUITO FELIZ POR TÊ-LOS ENCONTRADO, MAS JURO FELICÍSSIMO... sub-unidade 2 Pozzo mira os olhares incautos da plateia atenta e não obtendo resposta muda seu discurso Estratégico. Pozzo (sofredor)- SIM A ESTRADA É LONGA PARA QUEM CAMINHA SOZINHO DURANTE SEIS HORAS SEM ENCONTRAR VIVA ALMA... sub-unidade 3 Pozzo mira os olhares incautos da plateia atenta e não obtendo resposta muda seu discurso Estratégico. Pozzo (contemplativo)- HÁ UM TOQUE OUTONAL NA BRISA DESTA TARDE... sub-unidade 4 Pozzo mira os olhares incautos da plateia atenta e não obtendo resposta muda seu discurso Estratégico. Pozzo (humilde)- SIM CAVALHEIROS, EU NÃO POSSO FICAR MUITO TEMPO DISTANTE DA COMPANHIA DE MEUS SEMELHANTE, MESMO QUANDO A SEMELHANÇA NÃO É PERFEITA. sub-unidade 5 Pozzo mira os olhares incautos da plateia atenta e não obtendo resposta muda seu discurso Estratégico. Pozzo (desculpando-se)- ESSA É A RAZÃO PELA QUAL, SE OS SENHORES ME PERMITEM, EU PRETENDO DESCANSAR UM POUCO AQUI, ANTES DE PROSSEGUIR VIAGEM. Vladi e Estra observam Lucky que dorme em pé. ESTÃO-SE NAS TINTAS PARA O DISCURSO DO Pozzo. sub-unidade 6 Pozzo mira os olhares incautos da plateia atenta e não obtendo resposta muda seu discurso Estratégico. Pozzo (ironicamente)- O AR FRESCO ESTIMULA O APETITE. Pozzo mira os olhares incautos da plateia atenta e não obtendo resposta muda seu discurso Estratégico. eles não ligam a Pozzo. sub-unidade 7 Pozzo senta-se, tira dos bolsos do seu casaco uma garrafa de vinho, uma taça de cristal, um grande guardanapo branco e finalmente um pedaço de pão e outro de frango embrulhados noutro guardanapo branco. unidade 4 – que é que ele tem sub-unidade 1 Vladi e Estra observam atentamente Lucky que dorme.
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Estra (CURIOSO)- O QUE É QUE ELE TEM? Vladi (CURIOSO)- TEM UM AR CANSADO! Estra (ZOMBADOR)- OLHA COMO ELE BABA. Vladi (ZOMBADOR)- É INEVITÁVEL. Estra (ZOMBADOR)- OLHA COMO ELE SUA. Vladi (ZOMBADOR)- VAI VER É UM IDIOTA. Estra (ZOMBADOR)- UM CRETINO. Vladi (ZOMBADOR)- E OS OLHOS DELE. Estra (ZOMBADOR)- O QUE É QUE TEM? Vladi (ZOMBADOR)- SALTAM DAS ÓRBITAS. Estra (ZOMBADOR)- PRA MIM ESTÁ NO ÚLTIMO SUSPIRO. Vladi (IRÔNICO)- NÃO SE PODE TER CERTEZA. PERGUNTA ALGUMA COISA A ELE! Estra (IRÔNICO)- SERÁ QUE VALE A PENA? Vladi (IRÔNICO)- QUE É QUE A GENTE TEM A PERDER? sub-unidade 2 Estra (ZOMBADOR)- CAVALHEIRO... unidade 5 – era o que faltava sub-unidade 1 Pozzo deixa seu banquete de lado e de súbito levanta. Pozzo (contrariado com a situação) - DEIXA ELE EM PAZ , NÃO VÊ QUE ELE QUER DESCANSAR. PAUSA. sub-unidade 2 Pozzo joga os restos do pedaço de frango, espalha seus ossos pelo chão. unidade 6 – os ossos sub-unidade 1 Estra (humildemente)- POR FAVOR SENHOR... Pozzo (benevolente)- QUE É MEU BOM HOMEM? Estra (quase implorando)- É QUE SE O SENHOR NÃO VAI MAIS USAR MAIS OS OSSOS... O SENHOR PRECISA DOS OSSOS? Pozzo (ironicamente)- SE EU VOU PRECISAR DOS OSSOS? NÃO. PESSOALMENTE NÃO TENHO MAIS NECESSIDADE DELES, TODAVIA, TEORICAMENTE, ELES PERTENCEM AO CARREGADOR. PORTANTO É A ELE QUE SE DEVE PERGUNTAR. PERGUNTE, NÃO TENHA MEDO MEU BOM HOMEM. sub-unidade 2 Estra (respeitosamente)- CAVALHEIRO, PERDÃO CAVALHEIRO, MAS O SENHOR VAI PRECISAR DOS OSSOS? Lucky não responde sub-unidade 3 Pozzo (brutalmente)- ELE ESTÁ FALANDO COM VOCÊ SEU PORCO. RESPONDA. QUER OS OSSOS OU NÃO? sub-unidade 4 Pozzo (decidido)- SÃO SEUS. (FILOSOFA) É A PRIMEIRA VEZ QUE ELE RECUSA UM OSSO, (intimidador) ESPERO QUE NÃO ME FAÇA A BRINCADEIRA DE FICAR DOENTE. unidade 7 – por que ele não põe a bagagem no chão
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sub-unidade 1 Vladi (indignado com a atitude de Pozzo) - É UMA VERGONHA TRATAR UM HOMEM DESTA MANEIRA...UM SER HUMANO... EU ACHO UM ABSURDO... Estra (chupando um osso)- UM ESCÂNDALO. sub-unidade 2 Pozzo (tranquilo)- OS SENHORES SÃO SEVEROS COMIGO... QUANTOS ANOS O SENHOR TEM? SESSENTA, SETENTA?... QUAL A IDADE DELE? Estra (chupando o osso)- PERGUNTE a ELE! Pozzo (com seriedade)- ELE NÃO PODE SUPORTAR A MINHA PRESENÇA. EU SOU MEIO DESUMANO, MAS E DAÍ? REFLITA ANTES DE COMETER UMA IMPRUDÊNCIA. DIGAMOS QUE VOCÊ VÁ EMBORA DURANTE O DIA, PORQUE APESAR DE TUDO AINDA É DIA. MUITO BEM, NESSE CASO AONDE VAI O ENCONTRO DE VOCÊS COM ESSE TAL DE DEUS. NUM MOMENTO EM QUE O FUTURO DE VOCÊS DEPENDE DISSO? PELO MENOS O FUTURO IMEDIATO. sub-unidade 3 Estra (lambendo os dedos)- POR QUE ELE NÃO PÕE A BAGAGEM NO CHÃO? sub-unidade 4 Pozzo (dissimulando)- EU TAMBÉM GOSTARIA DE ENCONTRA-LO. QUANTO MAIS PESSOAS ENCONTRO, TAMBÉM FICO MAIS FELIZ, PODE-SE APRENDER ALGUMAS COISAS COM A CRIATURA MAIS INSIGNIFICANTE, PODE-SE ENRIQUECER MAIS A ALMA, TOMAR CONSCIÊNCIA DAS PRÓPRIAS BÊNÇÃOS, ATÉ MESMO VOCÊS PODEM TER ME ENRIQUECIDO! Estra (olhando para Lucky)- POR QUE ELE NÃO PÕE A BAGAGEM NO CHÃO? Vladi (taxativo)- FOI-LHE FEITA UMA PERGUNTA. unidade 8 – vulcão sub-unidade 1 Pozzo (irado)- UMA PERGUNTA? HÁ UM INSTANTE VOCÊS ESTAVAM ME CHAMANDO DE SENHOR, TREMENDO DE MEDO, AGORA JÁ ME FAZEM PERGUNTAS. ISSO VAI ACABAR MAL! unidade 9 – perguntar o quê sub-unidade 1 Vladi (observando Lucky) - ACHO QUE ELE ESTÁ ESCUTANDO! Estra (perdido)- O QUÊ? Vladi (apontando para Lucky)- PERGUNTE AGORA QUE ELE ESTÁ ATENTO! Estra (perdido)- PERGUNTAR O QUÊ? Vladi (explicativamente)- POR QUE ELE NÃO PÕE A BAGAGEM NO CHÃO? Estra (questionando-SE)- É O QUE EU ME PERGUNTO. unidade 10 – explicação sub-unidade 1 Pozzo (tentando tomar conta da situação) - VOCÊS QUEREM SABER POR QUE ELE NÃO COLOCA A BAGAGEM NO CHÃO? Vladi (sério)- É! Pozzo (diplomático)- O SENHOR ESTÁ DE ACORDO? Estra (perdido)- É. Pozzo (DETERMINADO)- VOU LHES RESPONDER... ESTÃO TODOS AI? sub-unidade 2 Pozzo- (a Lucky com brutalidade) OLHA PRA MIM SEU PORCO! (DONO DA SITUAÇÃO) PERFEITO... ESTOU PRONTO.
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sub-unidade 3 Vladi ( com muita energia)- ATENÇÃO. POZZO DO ALTO DA SUA AFASIA CRIA SUSPENSE Pozzo (benevolente)- É PARA ME IMPRESSIONAR... É PARA QUE EU FIQUE COM ELE! unidade 11 – Pozzo fugindo a pergunta sub-unidade 1 Estra (DESNORTEADO)- O SENHOR QUER SE LIVRAR DELE? Pozzo (explicativo)- ELE IMAGINA QUE SE EU JULGA-LO UM BOM CARREGADOR, PODEREI EMPREGÁ-LO NO FUTURO NESSA FUNÇÃO. Estra (na dúvida)- E O SENHOR NÃO QUER? Pozzo (dissimulando)- NA VERDADE ELE COMO CARREGADOR É PIOR QUE UM PORCO, ESSA NÃO É A PROFISSÃO DELE. sub-unidade 2 Vladi (insistente)- MAS O SENHOR QUER SE LIVRAR DELE? Pozzo (como se não ouvisse nada)- ELE IMAGINA QUE SE MOSTRANDO INFATIGÁVEL NESSA FUNÇÃO, EU MUDAREI DE IDÉIA, TAL É A SUA MISERÁVEL MAQUINAÇÃO, COMO SE EU TIVESSE NECESSIDADE DE ESCRAVOS... PENSO QUE RESPONDI A PERGUNTA! HÁ MAIS ALGUMA? Vladi (insistentemente firme)- O SENHOR QUER SE LIVRAR DELE? unidade 12 – explosão sub-unidade 1 Pozzo (explodindo) - QUERO, MAS EM LUGAR DE EXPULSA-LO, COMO EU PODERIA, SE QUISESSE, EM VEZ DE SIMPLESMENTE JOGÁ-LO NA RUA COM O PÉ NO CU, EU, PELO CONTRÁRIO, TAMANHA A MINHA BONDADE, ESTOU CONDUZINDO-O À FEIRA DA LADRA, ONDE ESPERO CONSEGUIR ALGUMA COISA POR ELE. PARA FALAR A VERDADE, NÃO É POSSÍVEL EXPULSAR SERES ASSIM, A MELHOR COISA SERIA MATÁ-LOS... sub-unidade 2 Pozzo (benevolente)- SABEM QUEM ME ENSINOU TODAS ESSAS BELAS CoISAS?...ELE. SEM ELE EU SÓ TERIA PENSAMENTOS E SENSAÇÕES VULGARES...A BELEZA, A GRAÇA, A VERDADE CRISTALINA, ESTAVAM ALÉM DE MIM. sub-unidade 3 Vladi (revoltado)- E AGORA VOCÊ O JOGA FORA, UM CRIADO VELHO E DEDICADO COMO ELE! Estra (deixando de chupar o osso que trás na boca)- FILHO DA PUTA. Vladi (indignado)- DEPOIS DE TER CHUPADO TUDO QUE ELE TINHA DE BOM, VOCÊ O JOGA FORA COMO UMA CASCA DE BANANA. unidade 13 - teatrão sub-unidade 1 Pozzo (fingindo choro) - EU NÃO AGUENTO MAIS, NÃO POSSO SUPORTAR O QUE ELE ME FAZ, VOCÊS NÃO FAZEM IDEIA, É TERRÍVEL, ELE TEM DE IR EMBORA, ESTOU FICANDO LOUCO, EU NÃO AGUENTO MAIS, NÃO POSSO MAIS... Vladi (comovido) - COMO É QUE VOCÊ TEM CORAGEM, UM PATRÃO BOM COMO ELE. DEPOIS DE TANTOS ANOS, CRUCIFICÁLO DESSA MANEIRA. É INCRÍVEL. Pozzo (chora soluçando)- ELE ERA TÃO BONZINHO, TÃO PRESTATIVO, TÃO DIVERTIDO, ERA MEU ANJO DA GUARDA, E AGORA ESTÁ ME ASSASSINANDO. unidade 14 –dúvida sub-unidade 1
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Estra (desnorteado)- ELE QUER SUBSTITUÍ-LO? Vladi (totalmente a leste)- O QUÊ? Estra (explicando)- EU NÃO ENTENDI SE ELE QUER OUTRO NO LUGAR DELE OU NÃO QUER NINGUÉM. Vladi (levantando dúvidas)- ACHO QUE NÃO! Estra (desnorteado)- NÃO O QUÊ? Vladi (totalmente perdido)- NÃO SEI. Estra (sugerindo)- PERGUNTA a ELE. unidade 15 – normalidade sub-unidade 1 Pozzo (voltando ao seu estado normal) - SENHORES, NÃO SEI O QUE SE PASSOU COMIGO, EU LHES PEÇO PERDÃO. ESQUEÇAM O QUE EU LHES DISSE, EU NÃO SEI EXATAMENTE O QUE LHES DISSE, MAS PODEM ESTAR CERTOS QUE NÃO HÁ UMA PALAVRA DE VERDADE EM TUDO ISSO. TENHO JEITO DE HOMEM QUE SOFRE? ONDE ESTÁ O MEU CHARUTO? unidade 16 – civismo sub-unidade 1 Vladi (sonhador)- QUE TARDE MARAVILHOSA. Estra (com amabilidade)- INESQUECÍVEL...MAS POR OBSÉQUIO, NÃO FIQUE AI DE PÉ, O SENHOR PODE APANHAR UMA PNEUMONIA. Pozzo (gentil)- CRÊ O SENHOR? Estra (com certeza)- MAS SEM DÚVIDA! Pozzo (dissimulando)- O SENHOR TEM RAZÃO, MAS DEVO MESMO DEIXÁ-LOS, SENÃO VOU ME ATRASAR. unidade 17 – essas paragens o tempo parou sub-unidade 1 Vladi (aéreo)- O TEMPO PAROU. Pozzo (com conhecimento)- NÃO CREIA NISSO SENHOR. O QUE O SENHOR QUISER, MENOS ISSO. Estra (picando)- HOJE ELE ESTÁ VENDO TUDO NEGRO. Pozzo (professoral)- MENOS O FIRMAMENTO. VOCÊS NÃO SÃO DAQUI, NÃO CONHECEM O NOSSO CREPÚSCULO. QUEREM QUE EU O DESCREVA?... UM POUCO DE ATENÇÃO POR FAVOR... SENÃO NÃO CHEGAMOS A NADA... sub-unidade 2 Pozzo (bruto)- OLHA PRA MIM SEU PORCO... sub-unidade 3 Pozzo (professoral)- O QUE HÁ DE TÃO EXTRAORDINÁRIO NESSE CÉU? É PÁLIDO COMO QUALQUER CÉU A ESTA HORA DO DIA NESTAS PARAGENS QUANDO O TEMPO ESTÁ BOM. HÁ UMA HORA ATRÁS, MAIS OU MENOS, DEPOIS DE TER DERRAMADO DESDE AS DEZ DA MANHÃ, TORRENTE DE LUZ ESCARLATE E BRANCA, ELE COMEÇA A PERDER A SUA FULGÊNCIA E A DESMAIAR. PORÉM ATRÁS DESSE VÉU DE DELICADEZA E DE PAZ, A NOITE GALOPA E NOS ENVOLVERÁ A TODOS, ASSIM NO MOMENTO QUE MENOS ESPERAMOS. É ASSIM QUE É NESSE PUTO DESTE MUNDO... sub-unidade 4 Pozzo (FINGINDO MODÉSTIA)- COMO VOCÊS ME ACHARAM? BOM? MAIS OU MENOS? PASSÁVEL? MEDÍOCRE? Vladi (indiferente)- MUITO BOM! Pozzo- E O SENHOR? Estra (chupando o osso)- Ó, MUITO BOM, MUITO BOM. Pozzo (FINGINDO MODÉSTIA)- MUITO OBRI-GADO CAVALHEIRO, EU PRECISO TANTO DE ESTÍMULO, PERTO DO FIM FRAQUEJEI UM POUCO, OS SENHORES NOTARAM?
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Vladi (indiferente)- TALVEZ UM POUQUINHO SÓ. Estra (chupando o osso)- EU ATÉ PENSEI QUE FOSSE DE PROPÓSITO. Pozzo (FINGINDO MODÉSTIA)- é QUE A MINHA MEMÓRIA JÁ NÃO É A MESMA. unidade 18 – que chatice sub-unidade 1 Estra (depois de guardar o resto dos ossos)- ENQUANTO ISSO NÃO ACONTECE NADA. Pozzo(solícito)- O SENHOR SE CHATEIA? Estra (chupando os dedos)- UM POUCO. Pozzo (insiste)- E O SENHOR? Vladi (indiferente) - JÁ ME DIVERTI MAIS. sub-unidade 2 Pozzo (fingindo modéstia)- EU ME PERGUNTO O QUE POSSO FAZER PARA QUE O TEMPO NÃO LHES PAREÇA TÃO LONGO. JÁ LHES DEI MEUS OSSOS, JÁ LHES FALEI DE VÁRIOS ASSUNTOS, JÁ LHES EXPLIQUEI O CREPÚSCULO MUITO CLARAMENTE, MAS SERÁ O BASTANTE. ISSO É QUE ME TORTURA. SERÁ O BASTANTE? Estra (aproveita a deixa)- UMA MOEDINHA. Vladi (taxativo)- PARA COM ISSO! Estra (taxativo)- TAMBÉM MENOS NÃO ACEITO! unidade 19 – ele pensa? sub-unidade 1 Pozzo (eloquente)- O QUE OS SENHORES PREFEREM, QUE ELE CANTE, DANCE, RECITE, PENSE? Estra (a leste)- QUEM? Pozzo (provocando)- QUEM? VOCÊS SABEM PENSAR? Vladi (duvidando)- ELE PENSA? Pozzo (eloquente)- CLARO! ANTES EU PODIA OUVI-LO DURANTE HORAS.. ENTÃO QUEREM QUE ELE PENSE ALGUMA COISA PARA NÓS? sub-unidade 2 Vladi (duvidando)- ISSO TUDO É CONVERSA! Estra (dando crédito)- NÃO SE PODE TER CERTEZA! Vladi (desafiando)- DAQUI A POUCO ELE VAI DIZER QUE NÃO HAVIA UMA PALAVRA DE VERDADE NO QUE ELE DISSE! Estra (empolga-se)- MANDA ELE PENSAR! Vladi (decidido)- O QUE ELE ESTÁ ESPERANDO? Pozzo (bruto) - AFASTEM-SE...(a Lucky) PENSA PORCO! sub-unidade 3 Pozzo dá um forte puxão na corrente que está presa ao pescoço de Lucky. Lucky (ACORDANDO)- DADA A EXISTÊNCIA, CONFORME SE COMPROVA POR RECENTES TRABALHOS PÚBLICOS (ADORMECE, RESSONA, DESPERTA) DE UM DEUS PESSOAL, COM BARBAS BRANCAS, FORA DA COMPREENSÃO HUMANA, QUE DO ALTO DE SUA APATIA, NOS AMA PROFUNDAMENTE COM ALGUMAS EXCEPÇÕES (ADORMECE, RESSONA, DESPERTA) POR MOTIVOS DESCONHECIDOS, ESTES, ESTÃO MERGULHADOS NO TORMENTO, MERGULHADOS NO FOGO E, CUJO O FOGO E, CUJA A FLAMA, POR POUCO QUE DURE, UM POUCO DURA (ADORMECE, RESSONA, DESPERTA) E QUEM DUVIDAR INCENDIARÁ O FIRMAMENTO, O QUE SIGNIFICA CONDUZIR O INFERNO AO FIRMAMENTO, TÃO AZUL E TRANQUILO E CALMO, COM UMA CALMA QUE NÃO PODE SER INTERROMPIDA (ADORMECE, RESSONA, DESPERTA) FICA ESTABELECIDO SEM QUALQUER POSSIBILIDADE DE ERRO, QUE O QUE É PERMITIDO AOS CÁLCULOS HUMANOS, (ADORMECE, RESSONA, DESPERTA) É A CERTEZA QUE O HOMEM, APESAR DOS PROCESSOS DA ALIMENTAÇÃO E DA DEFECAÇÃO, ESTÁ EM PROCESSO DE EMAGRECIMENTO (ADORMECE, RESSONA, DESPERTA) E AO mesMO TEMPO, SEM
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RAZÃO LÓGICA, APESAR DO INCREMENTO DA CULTURA FÍSICA, DA PRÁTICA DOS ESPORTES, ESTÁ CAMINHANDO PARA O EMAGRECIMENTO, PARA O DEFINHAMENTO, ENFIM, PARA O DESAPARECIMENTO NÃO IMPORTA, OS FATOS SÃO ESSES (ADORMECE, RESSONA, DESPERTA) CONSIDERANDO DE OUTRA PARTE, O QUE É MAIS GRAVE, É QUE SOB A LUZ DAS EXPERIÊNCIAS ABANDONADAS, RESULTA QUE AS PLANÍCIES, AS MONTANHAS, OS MARES, OS RIOS, SÃO OS MESMOS (ADORMECE, RESSONA, DESPERTA) E NO GRANDE FRIO, NO GRANDE ESCURO, TRANSFORMAR-SE-ÃO EM PEDRAS, E AS PEDRAS, NOS GRANDES VÁCUOS, TRANSFORMAR-SE-ÃO EM PÓ (ADORMECE, RESSONA, DESPERTA) APESAR DAS BARBAS BRANCAS, DAS FLAMAS, DOS PRANTOS, DAS PEDRAS, TÃO AZUIS E TÃO CALMAS, APESAR DOS ESFORÇOS DAS EXPERIÊNCIAS INACABADAS, APESAR DE TUDO TRANSFORMAR-SE-ÃO EM PÓ... sub-unidade 4 Lucky (EXPLODINDO)- POR ISSO O QUE IMPORTA É VIVER, VIVA, VIVA, VIVa unidade 20 – violência doméstica sub-unidade 1 Pozzo puxa-O pelo pescoço derrubando-o Pozzo (BRUTO)- DE PÉ PORCO! Vladi (INDIGNADO)- ASSIM O SENHOR O MATA. Pozzo (BRUTO)- DE PÉ PORCO! SUÍNO... sub-unidade 2 Pozzo fareja algo no ar. Pozzo (COM NOJO)- QUAL DE VOCÊS CHEIRA TÃO MAL? Estra (INOCENTE)- ELE TEM MAU HÁLITO E EU TENHO CHULÉ! Pozzo (DECIDIDO)- EU VOU-ME EMBORA! Estra (ENTUSIASMADO)- ENTÃO ADEUS. sub-unidade 3 Vladi (CHAMANDO A ATENÇÃO DE POZZO)- O SENHOR ESTÁ INDO PELO LADO ERRADO. POZZO DÁ MEIA VOLTA E SEGUE EM OUTRA DIREÇÃO, QUE NA REALIDADE VEM DAR NA MESMA. Estra/Vladi (EM CORO)- ADEUS. cena 5 unidade 1 – tempo sub-unidade 1 Pozzo sai de cena carregando a tiracolo Lucky. Vladimir e Estragon batem claras em neve por mais ou menos 3 minutos. DURANTE O PROCESSO DE BATER CLARAS DE OVOS, GRADATIVAMENTE O REGISTRO INTERPRETATIVO PASSA DO CLOWNESCO PARA UM NATURALISMO CARREGADO DE FRAGMENTOS EXPRESSIONISTAS. sub-unidade 2 cessam de bater, primeiro Vladi, logo a seguir Estra. miram cada qual alguém da plateia. O som de pássaros no acasalamento é substituído pelo som de ondas do mar quebrando com violência. O tic-tac do relógio mantém-se. Vladi (irônico)- DEU PaRA PASSAR O TEMPO. Estra (irônico)- TERIA PASSADO DE QUALQUER MANEIRA. Vladi (irônico)- SIM, MAS NÃO TÃO DEPRESSA! batem claras de ovos, primeiro Vladi, logo a seguir Estra. cessam de bater, primeiro Estra, logo a seguir Vladi. miram cada qual alguém da plateia.
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unidade 2 – é aqui mesmo sub-unidade 1 Estra (depois de examinar o espaço)- É AQUI MESMO? Vladi (examina o espaço)- CLARO, NÃO RECONHECE O LUGAR? Estra (puto)- O QUE HÁ PARA RECONHECER? TODA A MERDA DA MINHA VIDA EU CHAFURDEI NA LAMA, E VOCÊ FICA ME FALANDO DO CENÁRIO. OLHA PRA ESSA MERDA, EU NUNCA SAI DAQUI! sub-unidade 2 batem claras de ovos, primeiro Estra, logo a seguir Vladi. cessam de bater, primeiro Vladi, logo a seguir Estra. miram cada qual alguém da plateia. unidade 3 – é tão difícil sub-unidade 1 Vladi (com desânimo)- DIZ ALGUMA COISA! Estra (com desânimo)- EU ESTOU TENTANDO Vladi (com desânimo)- DIZ QUALQUER COISA! sub-unidade 2 Estra (decidido)- QUE VAMOS FAZER AGORA? Vladi (decidido)- VAMOS ESPERAR DEUS! Estra (decidido)- É MESMO. sub-unidade 3 batem claras de ovos, primeiro Estra, logo a seguir Vladi. cessam de bater, primeiro Vladi, logo a seguir Estra. miram cada qual alguém da plateia. Pozzo volta a pesquisar seu caderninho negro, enquanto Lucky “rega” todo o espaço com pétalas de flores. Estra e Vladi voltam a bater claras de ovos. Pozzo guarda seu caderninho negro e vai até Lucky, retira do bolso uma mordaça e tampalhe a boca. Pozzo coloca um óculos escuros e voltar a pesquisar seu caderninho negro. Pozzo finge caminhar com dificuldade, como se fosse cego Vladi (desanimado)- É TÃO DIFÍCIL. Estra (procurando animá-lo)- E SE VOCÊ CANTASSE? Vladi (decidido)- NÃO. QUEM SABE SE A GENTE COMEÇAR TUDO DE NOVO? Estra (desvaloriza)- ISSO NÃO SERIA DIFÍCIL. Vladi (desanimado)- COMEÇAR É QUE É DIFÍCIL! Estra (procurando animá-lo)- PODE-SE COMEÇAR DE QUALQUER COISA. Vladi (justifica)- MAS É PRECISO UMA DECISÃO. Estra (vazio)- É. Vladi (categóirico)- ISSO IMPEDE A GENTE DE PENSAR. Estra (determinado)- A GENTE PENSA ASSIM MESMO. Vladi (categórico)- É IMPOSSÍVEL! unidade 4 – contradição sub-unidade 1 batem claras de ovos, primeiro Vladi, logo a seguir Estra. cessam de bater, primeiro Estra, logo a seguir Vladi. miram cada qual alguém da plateia. Estra (decido)- É ISSO: VAMOS NOS CONTRADIZER. Vladi (categórico)- É IMPOSSÍVEL. Estra (sem certeza)- VOCÊ ACHA? Vladi (na dúvida)- TALVEZ NÃO!
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Lucky poda mais um balão, é um balão amarelo, ele espatifa-se no chão. Pozzo ri lascivamente. Lucky enche um balão azul e entrega a alguém da plateia. unidade 5 – a gente é feliz sub-unidade 1 batem claras de ovos, primeiro Vladi, logo a seguir Estra. cessam de bater, primeiro Estra, logo a seguir Vladi. miram cada qual alguém da plateia. sub-unidade 2 Estra (esperançoso)- PELO MENOS HÁ ISSO. Vladi (a leste)- ISSO O QUÊ? Estra (esclarece)- MUITO MENOS MISÉRIA. Vladi (vazio)- É VERDADE. sub-unidade 3 batem claras de ovos, primeiro Vladi, logo a seguir Estra. cessam de bater, primeiro Estra, logo a seguir Vladi. miram cada qual alguém da plateia. sub-unidade 4 Estra (down)- ENTÃO QUE TAL SE A GENTE PENSASSE QUE É FELIZ? Vladi (down)- O QUE É TERRÍVEL É TER PENSADO. Estra (down)- É VERDADE. sub-unidade 5 Vladi e Estra gradativamente perdem o ar pesado e deixam a mostra seus dentes cerrados, produzindo um típico sorriso amarelo. Vladi (pateticamente)- A GENTE É FELIZ... O QUE É QUE A GENTE FAZ AGORA QUE É FELIZ? CONTINUA ESPERANDO? unidade 6 – conversa sobre nada sub-unidade 1 com seu sorriso patético mira detalhadamente o espaço circundante, estaciona por alguns instantes nas árvores presentes no espaço e finalmente fixa seu olhar num espectador incauto. Vladi (patético)- AH, A ÁRVORE. Estra (totalmente a leste)- A ÁRVORE? Vladi (patético)- NÃO SE LEMBRA? Estra (down)- ESTOU CANSADO. Vladi (determinado)- OLHA BEM! Estra (depois de uma rápida mirada)- NÃO VEJO NADA. Vladi (questionando-se)- MAS ONTEM A NOITE ESTAVA TODA CARREGADA DE FRUTOS, HOJE ESTÁ PRETA E ESQUELÉTICA E O CHÃO COBERTO DE FLORES. Estra (perdido)- DE FLORES? Vladi (como não acreditando)- É, DA NOITE PARA O DIA! Lucky poda três balões azuis de uma só vez. Pozzo descontrola-se e irrita-se terrivelmente. Vladi e Estra enquanto conversam batem claras de ovos. sub-unidade 2 Estra (desvaloriza)- EU JÁ TE DISSE QUE A GENTE NÃO VEIO AQUI ONTEM, É OUTRO DE SEUS PESADELOS!
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Vladi (no ataque)- E SEGUNDO VOCÊ AONDE É QUE A GENTE ESTEVE ONTEM? Estra (desvaloriza)- SEI LÁ, EM OUTRO COMPARTIMENTO. NÃO É O VÁCUO QUE NOS FALTA? Vladi (no ataque)- MUITO BEM. ENTÃO A GENTE NÃO ESTEVE AQUI ONTEM? E O QUE é QUE A GENTE FEZ ONTEM? Estra (a leste)- FEZ? Vladi (insiste)- VÊ SE TE LEMBRA! Estra (desvaloriza)- ACHO QUE A GENTE BATEU PAPO. Vladi (duvidando)- SOBRE O QUÊ? Estra (fechando a conversa)- ISSO E AQUILO. NADA EM PARTICULAR... É ISSO: ONTEM A GENTE BATEU PAPO SOBRE NADA, HÁ MAIS OU MENOS CINQUENTA ANOS QUE A GENTE BATE PAPO SOBRE NADA. Pozzo manda Lucky podar mais três balões, mas um de cada vez. Eles caem e espatifam-se no chão. Pozzo ri lasciva e histericamente. Lucky enche balões e entrega-os à plateia. sub-unidade 3 Vladi (insiste)- VOCÊ NÃO SE LEMBRA DE NADA EM PARTICULAR? Estra (saturado)- NÃO ME ATORMENTA! Vladi (insiste)- O SOL, A LUA, NÃO SE LEMBRA? Estra (saturado)- ACHO QUE ESTAVAM POR AI, COMO SEMPRE. Vladi (insiste)- NÃO NOTOU NADA DE EXTRAORDINÁRIO? Estra (totalmente saturado)- AI MEU DEUS. Vladi (entusiasmado)- O Pozzo, O LUCKY. Estra (totalmente a leste)- Pozzo? Vladi (categórico)- OS OSSOS. Estra (menospreza)- PARECIA ESPINHA DE PEIXE. Vladi (esclarece)- FOI O Pozzo QUE TE DEU. unidade 7 – o que vamos fazer sub-unidade 1 ficam um tempo sem nada a fazer, miram apenas olhos da plateia estática. Estra (down)- ESTOU CANSADO. VAMOS EMBORA? Vladi (down)- NÃO PODEMOS. Estra (down)- POR QUÊ? Vladi (down)- ESTAMOS ESPERANDO DEUS. Estra (down)- AH É... sub-unidade 2 batem claras de ovos, primeiro Estra, logo a seguir Vladi. cessam de bater, primeiro Estra, logo a seguir Vladi. miram cada qual alguém da plateia. sub-unidade 3 Estra (vazio)- O QUE VAMOS FAZER AGORA? Vladi (vazio)- NÃO VAMOS FAZER NADA! Estra (vazio)- MAS EU NÃO AGUENTO MAIS. Vladi (vazio)- ISSO ESTÁ FICANDO VERDADEIRAMENTE INSIGNIFICANTE! Estra (vazio)- AINDA NÃO O BASTANTE. Pozzo chama Lucky. Ele retira de sua mala um óculos escuro, uma bengala de cego e uma caixinha para guardar moedas, daquelas que os cegos carregam no peito. Pozzo ornamenta-se de ceguinho, caminha pelo espaço sendo rebocado por Lucky. unidade 8 – incomoda sub-unidade 1
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Estra fica sem nada a fazer. Vladi (canta) - UM ELEFANTE INCOMODA MUITA GENTE DOIS ELEFANTES INCOMODAM, INCOMODAM MUITO MAIS TRÊS ELEFANTES INCOMODAM MUITA GENTE...QUINZE ELEFANTES INCOMODAM MUITA GENTE... Estra (explode)- CHEGA. ESTOU CANSADO! Vladi (irônico)- PREFERE FICAR AI SEM FAZER NADA? Estra (irado)- PREFIRO! Vladi (indiferente)- COMO QUEIRA. Pozzo e Lucky começam a caminhar pelo espaço. Lucky puxa a reboque Pozzo que finge estar cego. Pozzo nessa caminhada procura os balões pela plateia para estoura-los. unidade 9 – vamos embora sub-unidade 1 batem claras de ovos, cessam de bater sub-unidade 2 Estra (down)- VAMOS EMBORA! Vladi (down)- NÃO PODEMOS. Estra (down)- POR QUÊ? Vladi (down)- ESTAMOS ESPERANDO DEUS Estra (down)- AH É. unidade 10 – incomoda sub-unidade 1 Estra fica sem nada a fazer. Vladi (canta) - DEZESSETE ELEFANTES INCOMODAM MUITA GENTE... Estra (irrita-se)- SERÁ QUE VOCÊ NÃO PODE FICAR QUIETO? unidade 11 – hora do recreio sub-unidade 1 Vladi e Estra ficam sem nada a fazer. Vladi (entusiasmado)- VOCÊ NÃO QUER BRINCAR? Estra (indiferente)- BRINCAR DE QUÊ? Vladi (entusiasmado)- DE Pozzo E LUCKY. Estra (indiferente)- NÃO CONHEÇO!] Vladi (entusiasmado)- EU FAÇO O LUCKY, VOCÊ FAZ O Pozzo!...VAI! sub-unidade 2 Estra (perdido)- VAI O QUÊ? Vladi (ordenando)- ME XINGA! Estra (sem energia)- CANALHA. Vladi (incentiva)- MAIS FORTE! Estra mira outra figura da plateia ativa. Estra (com força)- GONORRENTO, ESPIROQUE-TA. Vladi (entusiasmado)- ME MANDA PENSAR! Estra (perdido)- O QUÊ? Vladi (entusiasmado)- DIZ PENSA PORCO! Estra mira outra figura da plateia ativa. Estra (com força)- PENSA PORCO! cena 6
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unidade 1 – grande entrada sub-unidade 1 Pozzo depois de estourar todos os balões do espaço, fazendo muito barulho, cai entre Vladi e Estra no maior estardalhaço. com a entrada turbulenta de Pozzo, Vladi e Estra cessam o jogo. unidade 2 – eles vêm aí sub-unidade 2 Vladi (agitado)- ELES VÊM aí! Estra (perdido)- QUEM? Vladi (agitado)- NÃO SEI. Estra (agitado)- QUANTOS? Vladi (agitado)- NÃO SEI. Estra (esperançoso)- É DEUS, ENFIM É DEUS, ESTAMOS SALVOS, VAMOS ENCONTRA-LO! sub-unidade 3 Eles tentam escutar algo. Vladi (sussura)- VOCÊ DEVE TER SE ENGANADO. Estra (sussura)- O QUÊ? sub-unidade 4 Vladi (gritando) - VOCÊ DEVE TER SE ENGANADO! Estra (gritando)- NÃO PRECISA GRITAR! Vladi (irônico)- SEU MACACO CERIMONIOSO. Estra (irado)- SEU PORCO FORMALISTA. Vladi (irado)- TERMINE SUA FRASE! Estra (irado)- TERMINE A SUA! Vladi (improvisa)- MISERÁVEL. sub-unidade 5 Estra (entusiasmado)- BOA IDÉIA, VAMOS NOS INSULTAR! Vladi tira das meias um dicionário e procura uma palavra. Vladi (entrando no jogo)- MENTECAPTO. Estra tira das meias um dicionário e procura o significado da palavra. lê o seu significado e reage de acordo com a sua denotação e por vezes em função da sua conotação, depois procura outra palavra. Estra- VERME. Vladi examina o significado no seu dicionário, reage e finalmente procura outra palavra. Vladi- ABORTO. Estra examina o significado no seu dicionário, reage e finalmente procura outra palavra. Estra- PÁROCO. Vladi examina o significado no seu dicionário, reage e finalmente procura outra palavra. Vladi- CRETINO. Estra examina o significado no seu dicionário, reage e finalmente procura outra palavra. Estra- CRÍTICO. Vladi examina o significado no seu dicionário e percebe que perdeu o jogo. Vladi- óÓÓÓ. deixam de jogar e ficam sem nada a fazer. Pozzo caído entre os dois observa-os atentamente. unidade 3 – você acha que deus está nos vendo agora
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sub-unidade 1 Estra (desanimado)- QUE É QUE A GENTE FAZ AGORA? Vladi (desanimado)- A GENTE ESPERA. Estra (desanimado)- A GENTE ESPERA. sub-unidade 2 Estra (vazio)- VOCÊ ACHA QUE DEUS ESTÁ NOS VENDO AGORA? Vladi (vazio)- VOCÊ TEM QUE FECHAR OS OLHOS! cena 7 unidade 1– que tal se a gente se levantasse sub-unidade 1 O som de ondas quebrando nas rochas desaparece, e é substituído pelo som do vento uivante do outono, com ruídos de folhas secas estalando. O som do tic-tac do relógio permanece ao fundo. Vladi e Estra abandonam suas tigelas, ajoelham-se e com os olhos fechados miram o infinito dos céus. o registro interpretativo dos atores gradativamente transforma-se numa linguagem exageradamente clownesca. diferentemente da primeira interferência do registro clownesco, que teve o peso soft dum humor alegre, agora o tom assume algo de burlesco, de grotesco, onde o sarcasmo marca sua presença total na cena. Estra (fechando os olhos) - DEUS TENDE PIEDADE DE MIM. Vladi (fechando os olhos) - DE MIM. Estra (exageradamente)- DE MIM, DE MIM, PIEDADE DE MIM! sub-unidade 2 Pozzo (sofredor)- SOCORRO. Estra (abrindo os olhos)- É DEUS. Vladi (esperançoso)- ESTÁVAMOS COMEÇAN-DO A FRAQUEJAR, AGORA TEMOS A TARDE GARANTIDA. Pozzo (sofredor)- SOCORRO. Estra (indiferente)- ELE ESTÁ PEDINDO SOCORRO. Vladi (esperançoso)- NÃO ESTAMOS MAIS SOZINHOS, ESPERANDO A NOITE, ESPERANDO DEUS, ESPERANDO A ESPERA, NÓS LUTAMOS SOZINHOS DURANTE TODA A TARDE, MAIS ISSO TERMINOU, O AMANHÃ JÁ CHEGOU. sub-unidade 3 Pozzo (sofredor)- SOCORRO. Estra (decidido)- MANDA ELE CALAR A BOCA. DÁ UM PONTAPÉ NOs tomates DELE! Vladi (para Pozzo com decisão)- QUER PARAR COM ISSO SEU CRETINO! sub-unidade 4 Vladi e Estra observam por alguns instantes Pozzo e Lucky que encontram-se caídos entre eles. Estra (interessado)- ELE CONSEGUIU SE LEVANTAR? Vladi (afirmativamente)- NÃO! Estra (na dúvida)- VOCÊ DISSE QUE ELE CAIU? Vladi (esclarece)- ESTAVA DE JOELHOS. sub-unidade 5 Estra (decidido)- QUE TAL SE A GENTE SE LEVANTASSE? Vladi (decidido)- VAMOS TENTAR. Estra (decidido)- BRINCADEIRA DE CRIANÇA. Vladi (decidido)- SIMPLES QUESTÃO DE FORÇA DE VONTADE.
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Enquanto Pozzo conversa com Vladi e Estra, Lucky espalha folhas secas pelo espaço, ao mesmo tempo que distribui balões azuis pela plateia. Pozzo (sofredor)- SOCORRO. unidade 2 – vamos embora sub-unidade 1 Estra (vazio)- E AGORA? VAMOS EMBORA? Vladi (vazio)- NÃO PODEMOS. Estra (vazio)-. POR QUÊ? Vladi (vazio)- ESTAMOS ESPERANDO DEUS! Estra (vazio)- AH É... sub-unidade 2 Estra (vazio)- O QUE vamos FAZER agora? ficam sem nada a fazer. unidade 3 – o que foi que aconteceu sub-unidade 1 Pozzo (sofredor)- SOCORRO Vladi (decidido)- que tal SE A GENTE o SOCORRESSE? sub-unidade 2 Vladi (amigavelmente)- SENHOR Pozzo NÃO VAMOS MACHUCÁ-LO. (a Estra) ACHO QUE ELE ESTÁ MORRENDO. Pozzo (coitadinho)- QUEM SÃO VOCÊS? SÃO AMIGOS? Vladi (esclarece)- SOMOS HOMENS. sub-unidade 3 Estra (perdido)- QUE É QUE ELE QUER? QUER SABER SE SOMOS AMIGOS? Vladi (esclarece)- NÃO, ELE DIZ AMIGOS DELE. Pozzo (coitadinho)- QUE FOI QUE ACONTECEU Vladi (irônico)- VOCÊ OUVIU O QUE ELE DISSE? ELE QUE SABER O QUE ACONTECEU. Pozzo (coitadinho)- O QUE ACONTECEU EXATAMENTE? Vladi (irônico)- VOCÊS DOIS TROPEÇARAM E CAÍRAM! Pozzo (fingindo medo)- VOCÊS SÃO ASSALTANTES? Estra (estupidamente)- ASSALTANTES? NÓS TEMOS CARA DE ASSALTANTES? sub-unidade 4 Vladi (indignado)- PARA COM ISSO NÃO VÊ QUE ELE É CEGO! Estra (na dúvida)- É MESMO. ELE É CEGO? PELO MENOS É O QUE PARECE. Pozzo (coitadinho)- NÃO ME ABANDONEM. Vladi (irônico)- NÃO TEM PERIGO. Estra (irônico)- POR ENQUANTO. unidade 4 – já é de noite sub-unidade 1 Pozzo (voltando à sua normalidade)- QUE HORAS SÃO? Vladi (esclarece)- SETE...OITO HORAS.
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Estra (contrariando)- DEPENDE DA ÉPOCA DO ANO. Pozzo (firme)- JÁ É NOITE? Estra (não responde)- PARECE QUE O SOL ESTÁ NASCENDO. Vladi (com certeza)- É IMPOSSÍVEL. Estra (provocando)- TALVEZ SEJA DE MADRUGADA. Vladi (determinado)- NÃO SEJA RIDÍCULO. Estra (provocando)- COMO É QUE VOCÊ SABE? sub-unidade 2 Pozzo (firme)- JÁ É DE NOITE? Vladi (dono da verdade)- O SOL NEM SE MEXEU. Estra (provocando)- TE DIGO QUE ESTÁ NASCENDO. Pozzo (começa a irritar-se)- POR QUE VOCÊS NÃO RESPONDEM? Estra (irônico)- PORQUE NÃO QUEREMOS DAR UMA INFORMAÇÃO FALSA. sub-unidade 3 Vladi (tomando conta da situação)- É O ENTARDECER CAVALHEIRO. O SOL ESTÁ SE PONDO. MEU AMIGO AQUI DESEJOU PÔR-ME EM DÚVIDA E DEVE CONFESSAR QUE POR UM INSTANTE CONSEGUIU, MAS NÃO FOI A TROCO DE NADA QUE EU ATRAVESSEI ESTE LONGO DIA, E POSSO GARANTIR-LHE QUE O DIA ESTÁ CHEGANDO AO FIM DE SEU REPERTÓRIO. COMO ESTÁ SE SENTINDO AGORA, O SENHOR ONTEM PARECIA POSSUIR UMA VISTA MAGNÍFICA SE ME LEMBRO CORRETAMENTE? durante a fala de Vladi, ESTRAGON DORMITA. Pozzo (não dando importância)- MAGNÍFICA, UMA VISTA MAGNÍFICA. Vladi (preocupado)- E FOI DE REPENTE? Pozzo (melancolicamente teatral)- UM BELO DIA ACORDEI CEGO COMO O DESTINO, DE VEZ EM QUANDO AINDA PENSO QUE ESTOU DORMINDO. Enquanto Pozzo e Vladi conversam, Lucky e Estra DORMITAM. Vladi (curioso)- E QUANDO FOI ISSO? Pozzo (indiferente)- NÃO SEI. Vladi (não entendendo)- MAS AINDA ONTEM... sub-unidade 4 Pozzo (firme)- NÃO ME PERGUNTE, OS CEGOS NÃO TEM NOÇÃO DO TEMPO, AS QUESTÕES DO TEMPO TAMBÉM SÃO DESCONHECIDAS DELES. Vladi (colocando-se em dúvida)- ORA VEJA SÓ, EU PODIA JURAR QUE ERA AO CONTRÁRIO. unidade 5 – é claro que eu sou o Pozzo sub-unidade 1 Pozzo (firme)- ONDE É QUE ESTAMOS? Vladi (a leste)- NÃO SEI. Pozzo (firme)- NÃO SERÁ UM LUGAR CHAMADO BURACA? Vladi (indiferente)- NÃO CONHEÇO. Pozzo (firme)-COMO É O LUGAR? Vladi (observa o espaço)- É INDESCRITÍVEL. É COMO O NADA. NÃO HÁ NADA. SÓ UMA ÁRVORE. Pozzo (firme)-ENTÃO NÃO É A BURACA! sub-unidade 2 Pozzo (desconversa)- ONDE ESTÁ O MEU CRIADO? Vladi (indiferente)- POR AI. Pozzo (desconversa)- POR QUE é QUE ELE NÃO RESPONDE QUANDO EU CHAMO?
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Vladi (sem pensar)- NÃO SEI(curioso)O SENHOR É O Pozzo? Pozzo (irritado)- É CLARO QUE EU SOU O POZZO! Vladi (curioso)- OS MESMOS DE ONTEM? sub-unidade 3 Pozzo (desconversa)- DE ONTEM? Vladi (esclarece)- NÓS NOS ENCONTRAMOS ONTEM, NÃO SE LEMBRA? Pozzo (irritado)- NÃO ME LEMBRO DE TER ENCONTRADO NINGUÉM ONTEM. MAS AMANHÃ NÃO VOU LEMBRAR DE TER ENCONTRADO NINGUÉM HOJE, NÃO CONTE COMIGO PARA ESCLARECE-LO. Vladi (insiste)- MAS... sub-unidade 4 Pozzo (firme)- CHEGA. Vladi (esclarecendo)- O SENHOR ESTAVA LEVANDO-O À FEIRA DA LADRA PARA VENDÊ-LO. O SENHOR NOS CONTOU SOBRE O CREPÚSCULO, ELE DANÇOU, PENSOU, O SENHOR VIA CLARAMENTE. Pozzo (firme)- COMO QUISER, MAS DEIXE-ME EM PAZ. unidade 6 – o que é que ele tem na valise sub-unidade 1 Vladi (curioso)- AONDE VAI AGORA? Pozzo (sem dar importância)- NÃO ME PREOCUPO COM ISSO. Vladi (curioso)- O QUE É QUE ELE TEM NA VALISE? Pozzo (sem dar importância)- AREIA (bruto) DE PÉ PORCO. Vladi (decidido)- ESPERA UM POUCO. Pozzo (firme)- ESTOU DE PARTIDA (bruto) DE PÉ PORCO. Vladi (curioso)- O QUE É QUE VOCÊS FAZEM QUANDO CAEM LONGE DE SOCORRO? Pozzo (sem dar importância)- ESPERAMOS ATÉ QUE POSSAMOS NOS LEVANTAR, E AI PARTIMOS. sub-unidade 2 Vladi (amigavelmente)- ANTES DE PARTIR MANDA ELE CANTAR. Pozzo (fingindo não entender)- QUEM? Vladi (AFIRMATIVO)- o LUCKY. Pozzo (fingindo não entender)- CANTAR? Vladi (amigavelmente)- OU PENSAR, OU RECITAR. Pozzo (decidido)- MAS ELE É MUDO. Vladi (INCRÉDULO)- MUDO? Pozzo (concluindo)- LÓGICO, ELE NÃO PODE NEM GEMER. Vladi (INCRÉDULO)- MUDO, DESDE QUANDO? sub-unidade 3 Pozzo (IRRITADO)- VOCÊ NÃO SE CANSA DE ME ATORMENTAR COM SUAS HISTÓRIAS SOBRE O TEMPO? É ABOMINÁVEL. QUANDO, QUANDO? UM DIA. ISSO NÃO LHE BASTA? UM DIA COMO QUALQUER OUTRO. UM DIA ELE FICOU MUDO. UM DIA EU FIQUEI CEGO. UM DIA VAMOS TODOS FICAR SURDOS. UM DIA NASCEMOS. UM DIA MORREREMOS. O MESMO DIA. O MESMO SEGUNDO. SERÁ QUE ISTO NÃO LHE BASTA? cena 8 unidade 1 – vem tempestade por aí sub-unidade 1 Pozzo sai de cena levando Lucky a reboque. Vladi acorda Estra. Ele desperta agitado. O som de tempestade invade o espaço. trovões raios e relâmpagos fazem um barulho ensurdecedor. O tic-tac mantém-se. Pozzo prepara-se para dormir.
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Vladi começa a bater claras em neve. no processo o registro clownesco deixa de existir dando lugar ao peso do hibernaturalismo que volta com o peso da primeira parte da representação. Estra desperta sonolento e acompanha Vladi. cessam de bater, primeiro Vladi, logo a seguir Estra. miram cada qual alguém da plateia. unidade 2 – será que vai chover sub-unidade 1 Vladi (otimista)- QUE DIA MARAVILHOSO, VOCÊ NÃO ACHA? Estra (pessimista)- PARECE QUE VAI CHOVER. Vladi (insiste)- VOCÊ NÃO ACHA QUE ESTÁ UM DIA MARAVILHOSO? Estra (contrariado)- PARECE QUE VAI CHOVER. Vladi (categórico)- VOCÊ NÃO DIRIA ISSO SE SOUBESSE QUE SEU VASO SANITÁRIO ESTÁ COM VAZAMENTO. Estra (down)JÁ ESTOU SENTINDO ALGUNS PINGOS DE CHUVA. Vladi (farejando o ar)- NÃO ESTÁ SENTINDO O CHEIRO? Estra (a leste)- CHEIRO, QUE CHEIRO? Vladi (down)- ULTIMAMENTE O VENTO TEM SOPRADO A NOROESTE A MUITO QUE NÃO TENHO O PRAZER DO OLFATO. Estra (down)- SE O DIA CONTINUAR ASSIM, TEREI MUITO O QUE FAZER AMANHÃ. Vladi (fora do tempo)- VOCÊ ACHA QUE VAI CHOVER? Estra (down)- DEPOIS DA CHUVA JÁ TEREI TIDO TEMPO, PODEREI FAZER MUITAS COISAS AINDA HOJE. unidade 3 – vamos esperar sub-unidade 1 batem claras de ovos, primeiro Estra, logo a seguir Vladi. cessam de bater, primeiro Vladi, logo a seguir Estra. miram cada qual alguém da plateia. sub-unidade 2 Vladi (vazio)- O QUE VAMOS FAZER AGORA? Estra (vazio)- VAMOS ESPERAR. Vladi (vazio)- ESPERAR? Estra (vazio)- É. Vladi (vazio)- QUEM? Estra (vazio)- DEUS. Vladi (vazio)- AH É unidade 4 – amanhã quem sabe sub-unidade 1 batem claras de ovos, primeiro Vladi, logo a seguir Estra. cessam de bater, primeiro Estra, logo a seguir Vladi. miram cada qual alguém da plateia. Estra (down)- OS PINGOS DA CHUVA CONTINUAM A CAIR, ACHO QUE O VENTO COMEÇA A MUDAR DE DIREÇÃO, COMEÇO A SENTIR A CARNIÇA INVADIR MINHAS ENTRANHAS. Vladi (down)- É O CHEIRO DA CHUVA NA TERRA SECA, ESCAVANDO SEUS SEGREDOS. Estra (down)- O DIA COMEÇA A ESCURECER. AMANHÃ QUEM SABE A CHUVA JÁ TERÁ PARADO, HOJE ME RESTA DORMIR. Vladi (down)- DORMIR? cena 9 unidade 1 – sonolência sub-unidade 1 Estra (down)- POR QUE VOCÊ NUNCA ME DEIXA DORMIR? Vladi (down)- EU ME SENTIA SOZINHO. sub-unidade 2 Estra (otimista)- EU SONHEI QUE ERA FELIZ. Vladi (indiferente)- ISSO PASSA O TEMPO. Estra (feliz)- EU SONHEI QUE...
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sub-unidade 3 Vladi (DE SÚBITO)- NÃO ME DIGA, SERÁ QUE ELE É CEGO MESMO? Estra (perdido)- QUEM? Vladi (explica)- O POZZO! Estra (surpreso)- ELE É CEGO? Vladi (deduzindo)- UM CEGO DE VERDADE DIRIA QUE NÃO TEM NOÇÃO DE TEMPO? Estra (não entendendo)- E DAI? Vladi (explicativo)- ELE ME DEU A IMPRESSÃO DE QUE ESTAVA VENDO A GENTE. Estra (desconversando)- VOCÊ SONHOU TUDO ISSO. VAMOS EMBORA. AH NÃO PODEMOS! sub-unidade 4 Estra (depois de refletir)- TEM CERTEZA QUE NÃO ERA ELE? Vladi (perdido)- QUEM? Estra (esclarece)- DEUS. Vladi (mais perdido ainda)- QUEM? Estra (esclarece)- O POZZO. Vladi (convicto)- CLARO QUE NÃO! PAUSA, ficam no vazio sem nada a fazer. Estragon está sonolento. sua cabeça descai. sub-unidade 5 Estra (entre o sono e o acordar)- ACHO QUE VOU ME LEVANTAR. tempo. Estragon adormece. cena 10 unidade 1 – não sei mais o que pensar sub-unidade 1 Lucky prepara a cama de Pozzo. Vladi (filosofa com seriedade)- NÃO SEI MAIS O QUE PENSAR... EU ESTAVA DORMINDO ENQUANTO OS OUTROS SOFRIAM? ESTAREI DORMINDO AGORA? AMANHÃ QUANDO EU ESTIVER PENSANDO QUE ACORDEI, QUE DIREI DO DIA DE HOJE? QUE JUNTO COM ESTRAGON , MEU AMIGO, NESTE LUGAR, ATÉ O CAIR DA NOITE EU ESPEREI DEUS? QUE POSSO PASSOU COM SEU ESCRAVO E FALOU CONOSCO? (apático) MAS O QUE HAVERÁ DE VERDADE EM TUDO ISSO? ELE NÃO SABERÁ DE NADA. ELE FALARÁ DOS GOLPES QUE RECEBEU. COM UM PÉ NA COVA E UM NASCIMENTO DIFÍCIL, O COVEIRO APLICA SEU FÓRCEPS. TEMOS TEMPO DE ENVELHECER. O AR ESTÁ CHEIO DE NOSSOS GRITO, MAS O HÁBITO É UMA GRANDE SURDINA. TAMBÉM PARA MIM ALGUÉM ESTÁ OLHANDO E DIZENDO ELE ESTÁ DORMINDO, ELE NÃO SABE NADA, DEIXA ELE DORMIR... NÃO POSSO MAIS CONTINUAR... sub-unidade 2 Vladi (como que acordando de sonho)- O QUE FOI QUE EU DISSE? cena 11 unidade 1 – e se a gente desistisse sub-unidade 1 Estra (começa a despertar) - QUE É QUE VOCÊ TEM? Vladi (vazio)- NADA. Estra (decidido)- EU VOU EMBORA. Vladi (vazio)- EU TAMBÉM. tempo. eles não se movem. permanecem mirando o vazio dos olhos alheios.
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sub-unidade 2 Estra (apático)- EU DORMI MUITO TEMPO? Vladi (apático)- NÃO SEI. Estra (apático)- ONDE É QUE NÓS VAMOS? Vladi (apático)- POR AI. Estra (apático)- VAMOS PARA BEM LONGE DAQUI Vladi (apático)- NÃO PODEMOS. Estra (apático)- POR QUE? Vladi (apático)- TEMOS QUE VOLTAR AMANHÃ. Estra (apático)- PRA QUÊ? Vladi (apático)- PARA ESPERAR DEUS! Estra (apático)- ELE NÃO VEIO HOJE? Vladi (apático)- NÃO. Estra (apático)- E SE A GENTE DESISTISSE? Vladi (apático)- ELE NOS PUNIRIA unidade 2 – amanhã a gente se enforca se deus não vier sub-unidade 1 Vladi observa a paisagem a sua volta, centraliza sua atenção nas árvores que preenchem o espaço. Vladi (melancólico)- ESTÁ TUDO MORTO MENOS A ÁRVORE. Estra (melancólico)- MAS QUE ÁRVORE? Vladi (melancólico)- NÃO SEI... UM CHORÃO. sub-unidade 2 Estra (decidido)- POR QUE A GENTE NÃO SE ENFORCA Vladi (incrédulo)- COM QUE? Estra (sem muita certeza)- VOCÊ NÃO TEM UM PEDAÇO DE CORDA? Vladi (melancólico)- NÃO. Estra (melancólico)- ENTÃO NÃO PODEMOS. sub-unidade 3 Vladi (decidido)- VAMOS EMBORA. Estra (decidido)- VOCÊ DISSE QUE A GENTE VAI VOLTAR AMANHA? Vladi (decidido)- DISSE? Estra (decidido)- ENTÃO A GENTE TRAZ UM BOM PEDAÇO DE CORDA! Vladi (decidido)- AMANHÃ A GENTE SE ENFORCA SE DEUS NÃO VIER! Estra (decidido)- E SE ELE VIER? Vladi (decidido)- AI SEREMOS SALVOS! unidade 3 – então vamos sub-unidade 1 Estra (decidido)- ENTÃO VAMOS! Vladi (decidido)- ENTÃO VAMOS! Estra (decidido)- VAMOS! Vladi (decidido)- VAMOS. sub-unidade 2 Eles não saem dos seus lugares. VOLTAM A BATER CLARAS DE OVOS. cena 12 unidade 1 – o inverno chegou
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sub-unidade 1 Cessa o barulho da tempestade. O barulho ensurdecedor de um despertador invade a cena. Pozzo senta-se em sua caixa de cerveja e prepara-se para dormir com seu gansinho de pelúcia. Vladimir e Estragon estão sonolentos e acabam despencando suas cabeças dentro das tigelas com ovos. O uivo gelado do inverno invade a cena. Lucky espalha pelo espaço flocos de neve, enquanto canta uma canção de ninar. unidade 2 – pega esse menino que tem medo de careta sub-unidade 1 Lucky (cantando melancolicamente) - BOI, BOI, BOI, BOI DA CARA PRETA, PEGA ESSE MENINO, QUE TEM MEDO DE CARETA, BOI, BOI, BOI..... unidade 3 – noite de lua cheia sub-unidade 1 Silêncio. Lucky fica de quatro e começa a uivar como um cão contemplando a lua cheia. Black’ out.
the end
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ANEXO IV EDITAL SELEÇÃO DE ATORES ESPETÁCULO ESPERANDO DEUS ANO 2018 EDWARD FÃO, residente e domiciliado na cidade de Londrina, proponente do edital seleção de projetos Independentes 002/2018 – Londrina Cidade Criativa – Edital de Bolsas e incentivo cultural, no uso de suas atribuições, torna pública a abertura das inscrições para Seleção Pública via “audição” para contratação de atores(rizes), com experiência profissional anterior comprovada, para formação do elenco do espetáculo ESPERANDO DEUS, dirigido e produzido pelo proponente com apoio do Programa Municipal de Incentivo à Cultura, com estreia prevista para Outubro de 2018. O processo seletivo ocorrerá de acordo com as normas a seguir: DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES 1.1 Serão ofertadas 04 (quatro) vagas para atores(rizes), que formarão o elenco do espetáculo ESPERANDO DEUS, tendo como suplência o dobro da relação de aprovados por ordem de classificação; 1.2 A realização desta seletiva ficará a cargo do proponente, que possuirá também a responsabilidade de planejar, coordenar e executar este processo até seu objetivo final; 1.3 Este certame obedece aos princípios constitucionais da isonomia, legalidade e publicidade, por isso, é permitida a participação de atores em processo de formação; 1.4 É vedada a inscrição, nesse certame, de funcionários com qualquer vínculo empregatício, estagiários ou ocupantes de cargos comissionados e efetivos da SECRETARIA DE CULTURA DE LONDRINA. 1.5 Quando da assinatura do contrato de prestação de serviço, o selecionado obriga-se à seção do direito de imagem sem ônus adicionais; 1.6 A inscrição no presente processo seletivo implica o conhecimento e a tácita aceitação das normas e condições estabelecidas neste edital, das quais o candidato não poderá alegar desconhecimento; DAS INSCRIÇÕES 2.1. As inscrições deverão ser feitas por preenchimento de formulário e enviados ao endereço de email: edwardfao@hotmail.com, no período de 01 de Junho às 23h 59min do dia 15 de Julho de 2018; 2.2. Requisitos para inscrição: a)Ser maior de 18 anos; b)Ser brasileiro (naturalizado ou não); c) Habitar em território nacional; 2.3. É imprescindível que os atores (rizes) anexem portfólio artísticos digitalizados, assim como um link de vídeo de 01 (um) minuto e meio com trecho de um espetáculo que já tenha participado ou de uma cena gravada para este seletivo; 2.4. Os currículos serão analisados pela curadoria; DO PROCESSO DE SELEÇÃO 3.1. O processo de seleção será realizado de 15 (quinze) dias a contar da data em que for encerrado o período de inscrição; 3.2. O processo de seleção divide-se em duas fases, a saber: Primeira fase: Pré-seleção de candidatos a partir da análise de currículos e vídeo, Segunda fase: Seleção de 04 (quatro) atores, através de Audição, na Vila Cultural Usina Cultural, onde os candidatos préselecionados passarão por teste para avaliação de suas habilidades de Canto, Interpretação, Desenvoltura, Improviso, Expressão Corporal, Técnica, Ritmo, Consciência Corporal e Postura, sendo dada nota de 0 a 10 para definir a ordem de classificação. A divulgação dos pré-selecionados ocorrerá no dia 20/07/2018 via relação postada em https://www.facebook.com/ciateatrokaos; Os atores que apresentarem algum impedimento quando da convocação para início dos ensaios, serão substituídos pelos próximos candidatos na ordem de classificação; DA AUDIÇÃO 4.1. Os candidatos pré-selecionados deverão comparecer na Vila Cultural Usina Cultural, na data de 21 à 25 de Junho, ( horário a definir), para realização da Audição, onde serão avaliados pela Comissão de Seleção, nos moldes do item 3.1., alínea “b”, desde Edital; 4.2. Trazer roupas leves e confortáveis para dinâmicas físicas: treinamentos físicos, técnicos e improvisações; 4.3. Dúvidas deverão ser dirimidas via e-mail edwardfao@hotmail.com; 4.4. O local e data dos testes poderão ser alterados pela produção do espetáculo mediante prévio aviso;
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DA CONTRATAÇÃO E REMUNERAÇÃO 5.1 Regime da contratação: Prestação de Serviços (pessoa jurídica), em caráter de exclusividade, no período fixado pela Coordenação do Espetáculo, com no mínimo de seis meses de duração, a contar do primeiro dia de ensaio, previsto para iniciar em Agosto de 2018; 5.2. Despesas com hospedagem, transporte, alimentação, bem como quaisquer outras, serão de responsabilidade dos candidatos; 5.3 Em caso de circulação do espetáculo ESPERANDO DEUS, os custos referentes às despesas como: Hospedagem, alimentação e transporte são de total responsabilidade da produção. CRONOGRAMA A realização desta seleção obedecerá ao seguinte cronograma: ATIVIDADES
PERÍODO OU DATA
Inscrição dos atores
01/06/2018 à 15/07/2018
Divulgação dos atores pré-selecionados na primeira fase
20/07/2018
Realização da segunda fase da seleção dos atores (Audição)
21 à 25/07/2018
Divulgação dos atores selecionados na segunda fase
30/07/2018
Ensaios na Usina Cultural
Ago/Jan 2019
Temporada do espetáculo
Fevereiro/Março 2019
DISPOSIÇÕES FINAIS 7.1. Os locais e datas constantes neste edital poderão ser alterados pela produção do espetáculo mediante prévio aviso; 7.2. As faltas e atrasos dos atores, por comprometerem o andamento correto das atividades cênicas, serão descontados do cachê total previamente especificado; 7.3. Serão admissíveis até 03 (três) faltas, desde que devidamente justificadas; 7.4. Em caso de descumprimento do item 7.3, haverá a substituição do ator, nos moldes do item 1.1 deste Edital 7.4. Os casos omissos deverão ser analisados pela Comissão de Seleção do espetáculo;
Londrina 12 de fevereiro de 2018.
______________________________________ Assinatura contratante CPF
___________________________________ assinatura contratado CPF
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ANEXO V FORMULÁRIO ON LINE INSCRIÇÃO PARA SELEÇÃO DE ATORES DO ESPETÁCULO ESPERANDO DEUS ANO 2018
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ANEXO VI FORMULÁRIO PARA AVALIAÇÃO DO PROJETO ESPERANDO DEUS - PROPONENTE 1. IDENTIFICAÇÃO Tipo de Projeto: Pesquisa
Tipo de avaliação: Parcial Final
Título do Projeto:
Coordenador (a): 2. PÚBLICO ATINGIDO (nº): *quantitativo Interno (equipe do projeto): Externo: 3. ATIVIDADES REALIZADAS E RESULTADOS ALCANÇADOS (Relatório Final) Descrever as atividades previstas e executadas visando o alcance das metas do projeto. Agregar dados quantitativos, gráficos, tabelas sempre que possível. 4. RESUMO DAS ATIVIDADES EXECUTADAS E QUE SERÃO REALIZADAS (Relatório Parcial) Descrever as atividades do projeto executadas e as atividades que ainda serão realizadas. 5. CONCLUSÃO (Relatório Final) Relatar as conclusões, geradas a partir dos resultados do projeto. Descrever a avaliação tanto a realizada pela equipe do projeto (público interno) quanto pelo público-alvo (público externo). Mencionar se houve realização de ações interdisciplinares e descrevê-las. 6. RELACIONAR ASPECTOS E DIFICULDADES TÉCNICOS E/OU ADMINISTRATIVOS (se houver) A partir dos problemas ocorridos e resultados alcançados pelo projeto, descrever as lições aprendidas, considerando todas as etapas de seu desenvolvimento: formulação, implementação e resultados. Informar, por exemplo: (1) A ocorrência de influências externas (atuação de parceiros e terceiros) e o contexto observado, caso tenham ocorrido eventos externos favoráveis ou desfavoráveis à obtenção dos resultados. (2) Dificuldades na implantação do projeto e quais foram as suas causas, descrevendo as medidas gerenciais adotadas para superar os obstáculos. 7. FOTOS, VÍDEOS, PUBLICAÇÕES E OUTRAS MÍDIAS SOBRE O PROJETO Relacione os trabalhos publicados, os aceitos e os submetidos para publicação: livros, capítulos de livros, artigos em periódicos nacionais e internacionais, artigos completos e resumos publicados em anais de congressos, reuniões científicas e semelhantes. Informar se foram produzidos vídeos, fotos ou outros registros da implantação do projeto ou de seus resultados, listando as referências ou anexando-as nesse relatório. 8. INFORMAÇÕES Outras informações relevantes
Data:
/
/
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ANEXO VII FORMULÁRIO PARA AUTO-AVALIAÇÃO DO PROJETO ESPERANDO DEUS – EQUIPE CRIATIVOS
Nome(a): Período: Início ____ / ____ / ____ Término ____ / ____ / ____ 1 - A orientação que você recebeu foi: Boa Regular
Deficiente
Comente
2 - A receptividade em relação a sua entrada foi: Boa Regular Deficiente Comente
3 - Como foi seu relacionamento com o(a) diretor(a)? Boa Regular Deficiente Comente
4 - O seu Plano de ensaios foi cumprido integralmente? Sim Não Em caso negativo, Comente
5 - As atividades do Plano de trabalho executadas por você, foram: Exclusivamente na sua área Parcialmente na sua área Totalmente fora da sua área 6 - Comente os aspectos do projeto que foram mais significativos para a sua formação profissional:
8 - Sob o ângulo de capacidade profissional, o seu processo foi: Ótimo Bom Regular Comente
9 – Dentro do que foi estabelecido no Plano de trabalho alguma (s) atividade (s) poderia (m) ser suprimida (s)? Sim Não Comente
10 - A orientação artística recebida durante o projeto foi: Suficiente Regular Insuficiente
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Comente
11 - Você classifica o acompanhamento feito durante o projeto como: Eficiente Regular Deficiente Comente
12 - Sugira outras formas de acompanhamento.
13 - Quais as deficiências do projeto?
14 - Sugestões para o melhoramento dos futuros projetos.
Londrina________de______________de 2018
_________________________________________ assinatura
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ANEXO VIII FORMULÁRIO PARA AVALIAÇÃO DO ESPETÁCULO ESPERANDO DEUS – PÚBLICO Avaliação realizada pelos espectadores após apresentação do espetáculo Título Esperando Deus Local Data Endereço Idade Gênero 1 2 3 4 5
XXXXXXXXXX XX/XX/XXX XXX XXXX XXXXXXXX XX XXX
Você já foi ao teatro anteriormente? Gostaria de poder assistir a espetáculos mais vezes? Na sua comunidade ocorrem apresentações artísticas com frequência? Gostaria que ocorressem com mais frequência? Você realiza alguma atividade artística?
Sim Sim Sim Sim Sim
Não Não Não Não Não
Considerando a qualidade geral do espetáculo atribua nota variando de 1 a 5. Nota Qualidade 5 Muito bom 4 Bom 3 Razoável 2 Fraco 1 Muito fraco
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ANEXO IX MODELO PEDIDO ORÇAMENTO
Londrina, (dia) de (mês) de 2018 À (nome da empresa) Departamento de Vendas Venho por meio desta solicitar orçamento dos produtos abaixo especificados: 18 aventais branco 01 sobretudo negro 01 cachecol vermelho 01 par meias compridas vermelhas 04 pares bota da tropa 01 capacete negro 01 par meias compridas amarelas 01 cachecol amarelo 02 cachecóis listrados branco/negro 02 pares meias compridas listradas branco/negro Solicito orçamento com preço, formas de pagamento, prazo de envio, custo e forma de envio para o endereço de email abaixo. Agradeço desde já pela atenção. Atenciosamente,
Edward Fão – CPF 746311369-87 rua Mario Oncken 90 – 612 – jd das Américas – CEP 86076-090 Londrina Pr (43)991295319 edwardfao@hotmail.com
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