D i s t r i b u i ç ã o g r a t u í t a
G u i a D e I n f o r m a ç õ e s e O r i e n t a ç õ e s
P S O R Í A S E NA INFÂNCIA UM DESAFIO PARA TODOS
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Apresentação
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A Associação Nacional dos Portadores de Psoriase é uma entidade civil sem fins lucrativos, fundada em 19.09.2001, criada por iniciativa de pessoas portadoras de psoríase e de familiares, com sede e foro na Cidade de Porto Alegre (RS).
Reconhecida como Entidade de Utilidade Pública Municipal pela
Câmara Municipal de Porto Alegre. Tem como missão oferecer aos portadores de psoríase e familiares, apoio psicológico, assessoria jurídica, orientar, esclarecer, divulgar e informar sobre a doença, como forma de contribuir numa melhor qualidade de vida, bem como no combate ao preconceito e a discriminação.
Expediente Presidente Psorisul Gladis Lima Vice-Presidente Douglas Freitag
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Design Gráfico: Rodrigo E. Schaeffer Personagens: Mario Mancuso
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Introdução
A Psoríase é uma doença crônica, recorrente, de difícil tratamento, que atinge aproximadamente 125 milhões de pessoas em todo mundo. No Brasil estima-se que mais de 5 milhões são acometidos da doença. Embora comum, ela é bastante desconhecida da população geral. Afeta o que o ser humano tem de melhor a “aparência”. Ela é impactante e traz inúmeros prejuízos a qualidade de vida do portador, em termos sociais, físicos e ambientais. Os portadores são vítimas constantes, do preconceito e da discriminação E isso precisa mudar!
A PSORÍASE NÃO É CONTAGIOSA! CONTAGIOSA! !1!0!0
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Agradecimento especial a pessoas muito o especiais que acreditaram acr neste projeto. do Guia. Que de forma incansável colaboraram na realização alização da 3ª Edição E Dermatologista Dr. Dr. André André Vicente Vicen Vic ente Esteves ves v es de CCarv Carvalho arvalho arvalho Dermatologista Dr Dr. Damiê de Villa Psicóloga e Doutora em Psicologia Herick Hericka a ZZogbi ogbi Dias teffen ffen ff en CCulau ulau, aluna Dias,, e FFernanda SSteffen Culau, de graduação de psicologia, bolsista de iniciação científica FIPE/ENXOVAL/UFSM V VAL/UFSM
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S u m á r i o
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P S O R Í A S E Sintomas, Ciclo da Psoríase, Causas, Fatores desencadeantes, Diagnóstico, Tipos de Psoríase, Tratamentos. Dermatologista Dr. André Vicente Esteves de Carvalho
P S O R Í A S E N A I N F Â N C I A Um desafio para todos Dermatologista Dr. Damiê de Villa
C O M O R B I D A D E S N A P S O R Í A S E Implicações que vão além da Pele Dermatologista Dr. André Vicente Esteves de Carvalho
A S P E C T O S P S I C O L Ó G I C O S E Q U A L I D A D E D E V I D A N A P S O R Í A S E har da psicologia além dos aspect ológic O Olhar aspectos Dermatológicos Psic P sicóloga sic óloga Dout ora or a em psic psicologia ologia Herick Hericka a ZZogbi ogbi Jor Jorge ge Dias Psicóloga Doutora
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O Q U E S Ã O M E D I C A M E N T O S M A N I P U L A D O S ? Material ffornecido pela An Material ffarmag –RS Anfarmag
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1ª Edição dição do Guia em 2006, 2006 tiragem de 5 mil guias, através do Senador Sérgio Zambiasi-RS 2ª Edição dição do Guia em 2009, 2009 tiragem de 10 mil guias 3ª Edição dição do Guia em 2010, 2010 tiragem de 20 mil guias
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P S O R Í A S E Dermatologista Dr. André Vicente Esteves de Carvalho
Psoríase é uma doença inflamatória da pele, crônica, NÃO CONTAGIOSA, que afeta entre 1 a 3 % da população mundial, atinge indistintamente homens e mulheres, sendo mais freqüente na raça branca. Caracteriza-se pelo aparecimento na pele de lesões róseas ou avermelhadas, recobertas de escamas secas e esbranquiçadas, que aparecem em geral, nos cotovelos, joelhos ou couro cabeludo. Em outros casos, as lesões podem se espalhar por toda a pele. As unhas podem ser afetadas e, em alguns casos as articulações, causando a artrite psoriásica. Existem dois picos de idade de prevalência: antes dos 30 e após os 50 anos. E, em 15% dos casos surge antes dos 10 anos de idade. S i n t o m a s Inicia com pequenas placas, descamativas, com ou sem relevo (infiltração). Pode, a partir daí, se manter estável ou estender-se com tamanho variável, pelo corpo, principalmente, couro cabeludo, joelhos, costas, nádegas ou cotovelos. Também acomete as sobrancelhas, axilas, umbigo, virilha e unhas. Em geral a psoríase localizada produz somente sintomas e sinais relativos à própria lesão (desconforto estético, descamação e prurido).
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ORIENTAÇÕES E CUIDADOS O estresse de qualquer tipo pode desencadear uma crise de Psoríase.
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Você pode ter uma crise na vida e nunca mais vir a tê-la. Nunca se deve tomar um remédio por conta própria, sem orientação médica. A Psoríase não vira câncer.
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C i c l o d a P s o r í a s e Nossa pele está em contínua renovação, substituindo células mortas por vivas. Nessa renovação(crescimento) normal da pele, as células são criadas numa camada mais profunda(basal), então se movem para cima, através da epiderme, até o chamado estrato córneo, que é a última camada da pele. As células vão morrendo e são eliminadas através do estrato córneo, mantendo o equilíbrio. Este processo normal de renovação leva, aproximadamente, 28 dias do nascimento das células até sua morte. O processo que desencadeia psoríase inicia-se quando as células de defesa em reação a algum componente externo ou do próprio corpo (o que ainda é desconhecido) acabam por atacar a própria pele, o que causa inflamação e, como conseqüência, descamação, pois induzem a proliferação de células cutâneas. De fato, enquanto a pele não doente demora 21 dias para realizar o trajeto entre sua camada mais interna e a camada mais externa, a pele doente demora somente 7 dias. E nesta trajetória precoce, acaba por causar descamação profusa.
C a u s a s As causas exatas da Psoríase ainda não estão totalmente esclarecidas. No entanto, todas as pesquisas científicas demonstram que a hereditariedade desempenha um importante papel e, em 30% dos casos, existem antecedentes familiares conhecidos afetados pela Psoríase. Além da predisposição genética, existem fatores que podem desencadear ou agravar a doença como: estresse, emocional, traumas ou irritações na pele, infecções de garganta, baixa umidade do ar e o uso de alguns medicamentos. Portanto, é muito importante que o Dermatologista que lhe acompanha seja informado de todos os fatores que ocorrem no seu dia a dia, bem como, do nome de todos os medicamentos que você utiliza.
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F a t o r e s D e s e n c a d e a n t e s a) Traumas cutâneos: físicos, químicos ou elétricos, podendo deteraparecimen ecimen de lesões em áreas não comprometidas, minar o aparecimento b) Infecções; c) Drogas: lítio, lítio beta-bloqueadores, antimaláricos e antiinflamatórios não hormonais; d) Estresse emocional; e) Outros fatores: ingestão aumentada de álcool, variações climáticas.
D i a g n ó s t i c o O diagnóstico de psoríase é eminentemente clínico. Observando a pele, as unhas e o couro cabeludo do paciente, um médico experiente tem condições de estabelecer o diagnóstico, na maioria dos casos. Em situações especiais, a biópsia de pele poderá ser utilizada, mas, dependendo da fase em que o paciente se encontra, o resultado poderá ser inconclusivo, sendo mais importante a correlação clínica. !1!0!0
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ORIENTAÇÕES E CUIDADOS Seja persistente no tratamento, nem sempre a maneira mais rápida é o melhor tratamento.
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Na maioria das vezes o tratamento é longo e com resultados demorados. !5
Bebida Alcoólica e o cigarro, também neste caso poderá ocorrer piora. !0
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T i p o s d e P s o r í a s e Placas: Lesões de tamanhos variados, delimitadas e avermelhadas, com escamas secas, aderentes, prateadas ou acinzentadas que surgem no couro cabeludo, joelhos e cotovelos. Podem acometer < de 30% da superfície corporal (localizada) ou > de 30% da superfície corporal (generalizada). Psoríase Invertida: Lesões mais úmidas, com pouca ou nenhuma descamação, localizadas em áreas de dobras como virilhas, atrás dos joelhos e cotovelos.
Psoríase Gutata: Pequenas lesões localizadas, em forma de gotas, associadas os processos infecciosos. Geralmente, aparecem no tronco, braços e coxas (bem próximas aos ombros e quadril) de forma eruptiva e ocorrem, com maior freqüência em crianças e adultos jovens. Psoríase Eritrodérmica: Lesões generalizadas em 75% ou mais do corpo. Forma grave que pode causar danos à saúde geral do paciente.
Psoríase Ungueal: Surgem depressões puntiformes ou manchas amareladas ou espessamento das unhas, principalmente nas unhas das mãos.
Psoríase Artropática: Em cerca de 8% dos casos, pode estar associada a comprometimento articular e 40% dos pacientes com psoríase generalizada são acometidos. Surge de repente com dor nas pontas dos dedos das mãos e dos pés ou nas grandes articulações como a do joelho.
Psoríase Pustulosa: Aparecem lesões com pus nos pés e nas mãos (forma localizada) ou espalhadas pelo corpo, pode estar relacionada com o uso inadequado de corticóides tópicos ou sistêmicos.
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Psoríase Palmo-plantar: As lesões aparecem como fissuras nas palmas das mãos e solas dos pés, associada à vermelhidão e descamação. As lesões podem ser bastante dolorosas.
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T r a t a m e n t o s Psoríase não tem cura, tem tratamento. Não há como prevenir a doença, embora seja possível controlar a reincidência. O tratamento da psoríase vai depender do quadro clínico apresentado, pode variar desde a simples aplicação de medicação tópica até tratamentos mais complexos. A resposta ao tratamento também varia muito de paciente para paciente e o componente emocional não deve ser menosprezado. Uma vida saudável, evitando-se o estresse vai colaborar para melhora. Não existe uma forma de se acabar definitivamente com a psoríase, mas é possível conseguir a remissão total da doença, obtendo-se a cura clínica. Ainda não é possível, no entanto, afirmar que a doença não vai voltar após o desaparecimento dos sintomas. Existem 4 (quatro) tipos principais de terapia para psoríase: Tópicos, Fototerapia, Terapia Sistêmica e Terapias Biológicas.
Tópicos Os tratamentos tópicos são normalmente prescritos para psoríase leve a moderada, ou seja, quando a psoríase afeta 30% ou menos, da área da superfície corporal. São utilizados cremes e pomadas diretamente nas regiões afetadas. São eles: Antralina, coaltar, tarazoteno, derivados da vitamina D3 (Calcipotriol), corticóides, (Pimecrolimus e Tracolimus).
Fototerapia Técnica terapêutica que consiste na emissão artificial e indolor de radiação ultravioleta (UVA e UVB), fornecida através de aparelhos especiais sob a forma de cabine com lâmpadas fluorescentes. Quando associada com medicamentos, os psoralenos, que são substâncias foto ativas, recebe o nome de PUVATERAPIA. Pode ser usada apenas a radiação UVB sob forma usual ou em um tipo conhecido como NARROW-BAND. São cabines com lâmpadas especiais onde o paciente permanece por poucos minutos com a pele doente exposta e a pele sadia protegida por roupas especiais ou filtros solares. As sessões são semanais e o tempo de tratamento vai depender do grau de melhora das lesões.
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10 A Fototerapia tem como vantagem, em relação ao sol, não depender de fatores climáticos, como estação do ano, nuvens e horário para melhor continuidade e bom resultado do tratamento, além de maior segurança na dosagem de radiação ultravioleta; sendo assim, a ocorrência de queimadura pode ocorrer, mas é excepcional. Os efeitos colaterais mais comuns da fototerapia são o envelhecimento da pele e o risco aumentado de câncer de pele.
Terapia Sistêmica Consiste na utilização de um medicamento por um período de tempo, seja via oral ou em forma de injeção. Indicados nos casos moderados e graves e nos pacientes em que não se obteve resultado com tratamento tópico. Os mais utilizados são: - Metrotexate, Ciclosporina (são imunossupressores), Acitretina (medicamento que melhora a queratinização da pele), Retinóides via oral. A maior parte das terapias sistêmicas, não deve ser utilizada por mulheres grávidas uma vez que, podem causar anomalias congênitas no feto. Entretanto é preciso usar de bom senso para avaliar a relação risco/benefício da terapia e individualizar a terapia para cada gestante.
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ORIENTAÇÕES E CUIDADOS Cuide-se com as inflamações de garganta.
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Mantenha a pele hidratada.
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Terapias Biológicas Os biológicos destinam-se a uma parte bastante específica da resposta imunológica, ao contrário das terapias sistêmicas (imunossupressores) que suprimem todo o sistema imunológico. Em virtude disto, devem, teoricamente, ter menos efeitos colaterais do que os fármacos sistêmicos; contudo, não houve um prazo suficiente de investigação para provar isto. Além disso, alguns biológicos são bastante efetivos no controle da artrite psoriática. Existem atualmente 5 (cinco) biológicos em desenvolvimento para o tratamento da psoríase moderada a grave: - Alefacepte - Etarnecepte - Infliximabe - Adalimumabe - Ustekinumabe Quanto mais informações você reunir acerca das terapias disponíveis e o que esperar, mais será capaz de controlar sua psoríase. A doença requer controle permanente, a fidelidade ao procedimento adotado contra a psoríase, aliás, é fundamental. Por terem uma doença crônica, os psoriáticos não podem desistir na primeira tentativa. “É como se tivessem diabetes ou hipertensão. O controle é permanente e um rodízio de tratamentos pode evitar efeitos colaterais”. !1!0!0
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P S O R Í A S E NA INFÂNCIA UM DESAFIO PARA TODOS
Psoríase é uma doença inflamatória crônica não contagiosa que afeta mais comumente a pele, podendo também atingir as articulações. Ocorre em 1 a 3 % da população mundial e, embora seja uma doença pouco relatada em crianças, a verdadeira prevalência nessa faixa etária é desconhecida. Estima-se que de 25-45% dos casos possam iniciar seu curso antes dos 16 anos de idade e, em cerca de 2% dos casos, antes dos dois anos de vida. O risco de desenvolver psoríase é maior quando um dos pais ou ambos são acometidos e quanto mais precoce a doença se manifesta mais grave tende a ser o quadro. CARACTERÍSTICAS DA PSORÍASE NAS CRIANÇAS A psoríase nas crianças assume frequentemente uma das seguintes formas:
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Lesões nos cotovelos, joelhos e couro cabeludo, que são ? geralmente persistentes. O aco-metimento das mãos, pés, genitália e áreas flexurais, inclu-sive periumbilical é mais comum em crianças. Placas vermelhas em forma de gotas (forma gutata) que por ? vezes cobrem o corpo. Essa for-ma geralmente aparece após infecção, em especial da garganta.
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13 ? Características atípicas, ou seja, placas eritematosas únicas ou
pouco numerosas e ligeiramente descamativas, acometendo áreas insólitas, especialmente a região da face, inclusive pálpebras, o que não é comumente encontrado nos adultos e que pode dificultar ou atrasar o diagnóstico. Topografia característica é o acometimento na área das fraldas, ? que ocorre em crianças com até dois anos de idade. Apresentações clínicas menos frequentes nas crianças, quando ? comparadas aos adultos, são psoríase eritrodérmica e artrite psoriática. A psoríase é quase sempre muito desagradável para a criança. As placas causam frequentemente um grande desconforto, originando um profundo impacto psicológico. A chacota e gozação das outras crianças pode agravar ainda mais a condição. FATORES DESENCADEANTES Os principais fatores desencadeantes na criança são as infecções, principalmente as de garganta, e o estresse. TRATAMENTO O tratamento da psoríase tem por objetivo o controle da enfermidade e a melhora da qualidade de vida do doente. Para se determinar o melhor esquema terapêutico, deve-se considerar sexo, idade, quadro clínico, gravidade da doença, sinais e sintomas associados, comorbidades, medicações concomitantes, tratamentos prévios, efeitos adversos ocorridos e a participação dos pais ou responsáveis no tratamento. Inicialmente, devem-se esclarecer os doentes e os pais ou responsáveis sobre as características da enfermidade e o seu curso, bem como orientá-los sobre a importância da exposição solar. Para alguns doentes, o acompanhamento psicoterápico pode ser necessário. Na maioria dos doentes pediátricos, a psoríase pode ser tratada com medicações tópicas. A fototerapia é opção para casos mais extensos e refratários. A terapia sistêmica é reservada para casos graves e extensos, sem controle com tratamento tópico
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14 e/ou fototerapia. Sendo assim, as terapêuticas específicas dependerão da forma e da extensão da doença. É importante ressaltar que em todos os casos o uso de hidratantes se faz necessário. O tipo de tratamento prescrito pelo dermatologista não deve ser apenas apropriado à forma clínica da psoríase, mas também deve ter em conta os desejos da criança (se esta tiver idade para os expressar) e dos pais. O dermatologista, os pais e a criança devem trabalhar em conjunto para encontrar o tratamento que melhor se adequa à criança. Os benefícios e os riscos de um tratamento devem ser pesados ainda com mais cuidado do que com os adultos, especialmente no que diz respeito aos tratamentos sistêmicos. ESTRATÉGIAS TERAPÊUTICAS É muitas vezes difícil para as crianças e para os pais ouvirem que a psoríase é uma dermatose crônica que tem um impacto na qualidade de vida. Mesmo com as terapias eficazes disponíveis, não existe cura e sim controle da doença. Como a psoríase pode ser geneticamente transmitida, os pais têm tendência a ter sentimentos de culpa, especialmente se eles próprios sofrerem da condição. Um estudo, realizado em 1988 por Ramsay e colaboradores, em 100 pessoas com psoríase demonstrou que 11% não pretendem ter filhos devido ao risco de transmissão. Os pais podem também se preocupar quando descobrem que o stress é um fator desencadeante. Por último, o diagnóstico pode fazer sentirem-se impotentes por não saber como ajudar o seu filho a lidar com a condição. As crianças com psoríase devem receber todo o carinho possível da família. No entanto, não devem poder usar a sua condição para manipular ou chantagear emocionalmente os outros, devendo ser ensinadas a não considerarem a psoríase como uma deficiência. As crianças baseiam normalmente a sua auto-confiança no seu aspecto e "imagem", por isso a chacota por causa das placas pode causar danos emocionais graves. As crianças tem que aprender a ignorar os comentários. O estresse psicológico (independentemente da causa, escolar ou familiar) pode ter impacto na condição, por isso se a psoríase da criança piorar, deverá considerar a hipótese de recorrer a um psiquiatra ou a um psicólogo.
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15 EXPLICANDO A PSORÍASE A UMA CRIANÇA Muitos pais acham que ajuda explicar que, assim com algumas crianças têm cabelo loiro, ou são míopes, algumas têm psoríase. É importante estabelecer a devida importância da condição: um detalhe incômodo a ser tratado, e não a característica mais interessante ou importante da criança. Praticamente todas as crianças passam por alguma forma de aborrecimento em uma determinada fase de sua vida e, a menos que a criança apresente uma forma muito leve de psoríase, provavelmente, haverá ocasiões nas quais a criança será incomodada ou questionada por outras crianças. Para ajudar a minimizar tal situação, certifique-se que a professora da criança conhece a psoríase e é capaz de explicar para as outras crianças que a mesma não é uma doença contagiosa. A criança também deverá se acostumar a contar às outras que tem psoríase - um incômodo, mas que não é contagioso. Algumas crianças continuarão fazendo comentários maldosos, mesmo depois da situação ser cuidadosamente explicada. Entretanto, os especialistas concordam que, em geral, as crianças devem continuar suas atividades, incluindo jogos e natação, e manter a psoríase em segundo plano. As crianças precisam aprender a ignorar comentários tolos e não demonstrar sentimentos de inferioridade. Damiê De Villa - Médico Dermatologista - Especialista pela Sociedade Brasileira de Dermatologia - Mestre em Pediatria pela UFRGS - Preceptor responsável pelo Ambulatório de Dermatologia Pediátrica do Serviço de Dermatologia da Santa Casa de Porto Alegre.
O novo aluno Cacá você viu aquele menino,todo cheio de feridas na pele?
Paty a doença que ele tem é Psoríase, que tanto pode aparecer em crianças como em adulto. Não pega! O que pega mesmo é o preconceito das pessoas.
Oi eu sou o Cacá, Posso te mostrar a escola?
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Eu é que não chego perto. Já pensou se pega?
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Vamos lá falar com ele? Mario Mancuso
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C o m o r b i d a d e s n a P s o r í a s e Há bastante tempo é sabido que a psoríase está ligada ao desenvolvimento de várias doenças, sendo as principais a artrite psoriática e as doenças inflamatórias do intestino, como Doença de Chron e Retocolite Ulcerativa. Doenças ligadas ao aparecimento da doença e seu impacto na vida do paciente também são conhecidas, tais como ansiedade, depressão, síndrome do pânico, idéias suicidas e consumo de substâncias com potencial para o vicio, como álcool e tabaco. Nos últimos anos, diversas outras doenças vem sendo ligadas à psoríase, tais como: ! Síndrome Metabólica: é um conjunto de características que envolvem obesidade, alta na pressão arterial, aumento no açúcar no sangue (glicemia) e alteração nas gorduras do sangue (aumento nos triglicerídeos e baixo colesterol “bom”- HDL). Pacientes com psoríase apresentam risco aumentado de desenvolver esta síndrome, que em última análise, leva ao risco aumentado de doenças cardiovasculares, como vemos a seguir. ! Doenças cardiovasculares: Pacientes com psoríase tem risco até duas vezes e meia maior de desenvolver doenças do coração e das artérias, como arteriosclerose (“entupimento das artérias), cardiopatia isquêmica (infarto), doença vascular cerebral (“derrame”) e doenças vasculares periféricas (“varizes e tromboses”). ! Malignidades / Câncer: Ainda é bastante controverso, mas é provável que pacientes com psoríase tenham maior chance de desenvolver câncer do sistema linfóide (de defesa), como linfomas. ! Doenças relacionadas aos tratamentos: Nefrotoxicidade (alterações tóxicas no rim), hepatotoxicidade (alterações tóxicas no fígado), aumento na incidência de câncer de pele não-melanoma e infecções por diminuição do sistema de defesa. É importante ressaltar que, quanto mais grave e mais duradoura a psoríase do paciente, maior a chance destas doenças comprometerem a saúde do indivíduo. Ou seja, um paciente com psoríase leve, localizada e que iniciou já na fase adulta, muito provavelmente não desenvolverá as comorbidades listadas, ou se desenvolver, serão leves. De forma contraria, um paciente que tenha uma psoríase grave, extensa e de início em idade precoce (jovem) terá muito maior chance de desenvolver as doenças listadas acima. A l g u n s f a t o s a t u a i s s o b r e P s o r í a s e ! O metotrexato, medicamento usado por via oral (pela boca), vem sendo usado de forma subcutânea, com injeções em volta do umbigo (assim como feito com insulina, no caso da diabete) e resultado melhores mais confiáveis. ! Pacientes que não tiveram melhora com metotrexato via oral, podem se beneficiar com o uso da medicação injetável subcutânea. ! Atualmente, de acordo com o consenso brasileiro de psoríase da Sociedade Brasileira de Dermatologia, os medicamentos imunobiológicos podem ser usados mesmo antes da ciclosporina, nos casos em que forem corretamente indicados. ! O ustekinumabe, medicação imunobiológica, foi lançado oficialmente no Brasil no final de 2009. Seu uso é bastante cômodo e seus resultados promissores, mas alguns estudos mostram que uma pequena percentagem dos doentes que usaram a medicação desenvolveram doenças cardiológicas graves. ! Estudo recente confirma a relação de uso de álcool e desenvolvimento ou piora das lesões de psoríase. ! Parece que homens pioram com uso de destilados e mulheres com uso de fermentados, principalmente cerveja. ! Os imunobiológicos foram aceitos pela Secretaria de Saúde do Estado como medicação válida para o tratamento da artrite psoríática, tornando menos burocrático e penoso o uso em pacientes que indubitavelmente tenham indicações para tal. Dr. André Vicente Esteves de Carvalho - Responsável pelo Ambulatório de Psoríase do Serviço de Dermatologia do Complexo Hospitalar Santa Casa. Mestrado em patologia pela Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre.
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Aspectos Psicológicos e Qualidade de Vida na Psoríase A psoríase é uma doença de pele que traz grandes prejuízos nos aspectos sociais, físicos e ambientais, acarretando um comprometimento na qualidade de vida do portador. Pensando nisso, observase a importância do olhar da psicologia no que se refere aos aspectos além dos dermatológicos, a fim de contribuir para a melhora da qualidade de vida desses pacientes. A psoríase é uma doença de pele crônica que acarreta um sofrimento constante, tanto no aspecto físico (feridas, manchas e outros) e sociais (preconceito, dificuldade de relacionamentos). Há muitos pesquisadores no Brasil e no mundo, investigando o impacto desses fatores em busca da melhoria da atenção ao paciente portador de psoríase. Anthis (2005, in Walker & Papadopoulos, 2005) fala das dificuldades relacionais
dos portadores de dermatose, principalmente nas relações amorosas, da auto-estima em função da aparência e conclui dizendo que a perspectiva relacional deve ser incluída como um importante elemento para a vida do paciente. A partir disso acredita-se que o olhar da psicologia possa contribuir para o avanço positivo desses aspectos. Num olhar global para o portador de psoríase é possível dizer que se trata de uma doença sem diferença de sexo ou classe social, o seu impacto físico e emocional é o mesmo, e é importante que se trabalhe com os portadores na busca pela melhoria da qualidade de vida. Todos os autores que apresentam o tema da pele referem à quantidade e a profundidade do prejuízo na vida global do paciente (Watson e Bruin, 2007; Salek et al., 2007; Guttman, 2006).
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18 Sabe-se hoje que a psoríase produz um prejuízo na qualidade de vida igual ou maior que outras condições como diabetes, isquemia e doenças pulmonares crônicas (Griffiths & Barker, 2007). Muito mais do que simplesmente um problema estético, os pacientes são afetados por uma variedade de sintomas psicopatológicos que podem afetar a si mesmos, sua família e a sociedade como um todo, tais como ansiedade e depressão, e estresse físico e psicológico. Sugere intervenções biopsicossociais, e que o manejo das doenças de pele exige a consideração dos fatores psicológicos associados. Tal como na realidade brasileira atual, tais questões não são ainda completamente levadas em consideração. Algumas indicações sobre o trato com o portador de psoríase são dadas pela literatura internacional: Weiss (2003) refere a importância que o paciente possa ter um espaço de expressão de emoções para a melhora do quadro da psoríase. Debater o tema, investigar teórica e empiricamente tem como objetivos proporcionar espaços de atenção aos aspectos emocionais dos portadores de psoríase, assim
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como conhecer aspectos da qualidade de vida e de relacionamento interpessoal das pessoas. Acreditamos que a divulgação de trabalhos e estudos só contribui para a diminuição da desinformação e do preconceito que envolve esse quadro dermatológico. Os portadores de psoríase configuram um grupo de pessoas que sofre visivelmente, e que necessita do olhar da psicologia como já vem ocorrendo com muitos outros tipos de doenças orgânicas. Nesse contexto, a proposta de grupos terapêuticos e de apoio, faz com que possamos atender a uma demanda já existente de pessoas que buscam um atendimento integral, não apenas diretamente ao aspecto dermatológico, mas também emocional. Hericka Zogbi Jorge Dias – psicóloga doutora em psicologia, psicoterapeuta, professora adjunta do departamento de psicologia da Universidade Federal de Santa Maria, RS Fernanda Steffen Culau – aluna de graduação de psicologia da Universidade Federal de Santa Maria, RS, bolsista de iniciação científica FIPE/ENXOVAL/UFSM
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O que é um medicamento manipulado? O medicamento manipulado é aquele produzido de forma personalizada, com dose e quantidade adequadas para atender às necessidades individuais do tratamento. Benefícios A farmácia magistral ou de manipulação, produz o medicamento na dose e na quantidade exatas que você precisa, evitando sobras e desperdícios e, possivelmente, diminuindo o custo do seu tratamento. Além disso, numa farmácia magistral é possível manipular medicamentos que muitas vezes a indústria farmacêutica deixou de produzir ou nas apresentações – como xaropes e suspensões – diferentes daquelas encontradas em drogarias facilitando, por exemplo, a administração em crianças e idosos. Em alguns casos, ainda, nos quais o paciente precisa tomar vários medicamentos ao mesmo tempo, o médico pode prescrever uma receita que associe diferentes substâncias em uma única fórmula manipulada. Informações obrigatórias Devem constar no rótulo: – seu nome e o do prescritor – número do registro de sua receita na farmácia – data da manipulação e da validade do medicamento – nome das substâncias, dose, quantidade e forma farmacêutica – modo de usar – identificação da farmácia e do farmacêutico responsável Onde encontrar o medicamento manipulado A farmácia magistral, ou de manipulação, é o único estabelecimento autorizado por lei para o aviamento e a comercialização do medicamento manipulado. Por isso, nunca adquira medicamentos manipulados em drogarias que não possuam autorização para manipulá-los, bem como: clínicas, SPAs ou academias. Lembre-se: quem escolhe a farmácia de sua preferência é você. Como identificar a farmácia ideal – A farmácia deve possuir alvará de funcionamento da Vigilância Sanitária. – O farmacêutico deve estar presente durante todo horário de funcionamento para oferecer assistência e orientação. – O estabelecimento deve ser limpo e bem organizado. – O medicamento deve ser entregue dentro do prazo acordado. – Verifique se a farmácia de sua escolha é associada à Anfarmag.
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