TFG - ARQUITETURA - RAFAEL KASSAB

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COMPLEXO MULTIFUNCIONAL: EXPLORANDO O CONVÍVIO E EXPERIÊNCIAS INTERGERACIONAIS NA VILA MARIANA


RAFAEL KASSAB COSCIA

COMPLEXO MULTIFUNCIONAL: EXPLORANDO O CONVÍVIO E EXPERIÊNCIAS INTERGERACIONAIS NA VILA MARIANA .

O ontem. O hoje. O amanhã: A passagem do tempo, a memória afetiva e as relações intergeracionais.

UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP SÃO PAULO DEZEMBRO | 2018


RAFAEL KASSAB COSCIA

COMPLEXO MULTIFUNCIONAL: EXPLORANDO O CONVÍVIO E EXPERIÊNCIAS INTERGERACIONAIS NA VILA MARIANA . Ms. Maria Cláudia Oliveira O Orientadora: ontem. Profa. O hoje. O amanhã: A passagem do tempo, a memória afetiva e as relações intergeracionais.

UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP SÃO PAULO DEZEMBRO | 2018


RAFAEL KASSAB COSCIA

COMPLEXO MULTIFUNCIONAL: EXPLORANDO O CONVÍVIO E EXPERIÊNCIAS INTERGERACIONAIS NA VILA MARIANA . apresenta à Banca Examinadora da O ontem. O hoje.Monografia O amanhã: Universidade Paulista – UNIP, como exigência parcial A passagem do tempo, a memória afetiva para e obtenção as relações de grau de intergeracionais. bacharel em Arquitetura e Urbanismo, sob orientação da Professora Mestra Maria Cláudia Oliveira

UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP SÃO PAULO DEZEMBRO | 2018


BANCA EXAMINADORA: O ontem. O hoje. O amanhã: A passagem do tempo, a memória afetiva e as relações intergeracionais.

_________________________________________ _________________________________________ _________________________________________


DEDICATÓRIA

Este trabalho é dedicado, em especial, à minha família, amigos, e a todos que de uma certa forma ou de outra, estão ao meu lado.


AGRADECIMENTOS Agradecer e ser grato são fundamentais.

Em minha concepção, agradecer é reconhecer que sozinho é impossível caminhar. Por isso:

Agradeço a minha família, que sempre esteve ao meu lado e aos familiares, dos quais, hoje encontram-se do outro lado da vida, mas sei que mesmo assim, continuam olhando por mim, e que um dia todos nós iremos nos encontrar – na eternidade.

Registro aqui, os meus agradecimentos aos amigos que conquistei ao longo da minha jornada existencial, pois viver sem amigos é impossível. E aos amigos que fiz durante os 5 anos de curso, em especial, aos que também chegaram neste momento: Amanda, Eduardo, Edward, Everton, Juliana, Lucas, Michele, Phablícia e Tiago.

Aos meus professores, que contribuíram ao longo desses 5 anos, em

especial: Vera Domschke (1º ano), José Ovidio (2º ano), Tânia Wakisaka (4º ano), Maria do Carmo (4º ano), Fabio Donadio (4º ano) e Monica Dolce (5º ano).

As professoras coordenadoras, Ana Elena Salvi e Renata Priore Lima.

A minha orientadora, Maria Claudia Oliveira, por toda disponibilidade, atenção, dedicação e brilhantismo. Obrigado por esgotar todas as minhas energias, exigir o máximo de mim e por acreditar na minha capacidade. Este trabalho é NOSSO. Mas, sobretudo, sempre agradecerei a Deus, que confiou em mim o dom e o

privilégio da vida.

E como diz, Maria Bethânia: “Agradecer os amigos que fiz, e que mantém a

coragem de gostar de mim, apesar de mim... Agradecer, ter o que agradecer”.

Saudades antecipadas, Rafael.


“Nos olhos do jovem arde a chama. Nos do velho brilha a luz� Victor Hugo


RESUMO O presente estudo fundamenta um anteprojeto arquitetônico de um equipamento educativo e residencial no Bairro da Vila Mariana, São Paulo – Brasil.

A proposta deste edifício é promover o convívio, a troca e as relações

intergeracionais. Com isso, busca-se por espaços multidisciplinares, flexíveis e generosos, vislumbrando assim, a volumetria do cheio e do vazio e a transição dos espaços públicos, semi-público/privados e dos espaços privados.

Além do mais, por se tratar de um equipamento educativo, foi necessário

projetar um edifício de uso residencial, para justificar as demolições, das quais não atendiam ao potencial construtivo da área escolhida, bem como, para que parte do dinheiro arrecado fosse destinado à manutenção do centro de convívio e experiências intergeracionais.

Sendo assim, podemos concluir que é um projeto público de caráter educativo de contra turno, onde recebe participação da iniciativa privada.

Palavras-chave: Arquitetura. Anteprojeto. Proposta Arquitetônica. Uso Misto. Educativo. Relações Intergeracionais. .


SUMÁRIO SUMÁRIO

INTRODUÇÃO

01

CAPÍTULO I: As trocas intergeracionais

3.2.1. Jardim de Infância e Creche KM

23

3.2.2. O Paraíso da Cor

26

3.2.3.

29

1.1. Breves considerações

02

1.2. A memória afetiva

02

1.3. O público alvo

02

CAPÍTULO IV: Projeto:

1.3.1. Breves considerações

02

4.1. Programa

32

1.3.2. A expectativa de vida e o envelhecimento

02

4.2. Quadro de áreas

33

1.3.3. Os idosos no cenário jurídico brasileiro

04

4.3. Partido

34

1.3.3.1. Constituição Federal

04

4.4. Processo projetual

35

1.3.3.2. Política Nacional do Idoso

05

1.3.3.3. Estatuto do Idoso

05

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

41

1.3.4. As crianças no cenário jurídico brasileiro

06

ANEXOS – 3D

42

1.3.4.1. Constituição Federal

06

ANEXOS – PRANCHAS

50

1.3.4.2. Estatuto da Criança e do Adolescente

07

1.4. Justificativa do tema

09

1.4.1. Breves considerações acerca do conceito

09

1.4.1.1. Os benefícios das atividades intergeracionais

10

O ontem. O hoje. O amanhã: 2.1. Considerações iniciais 11 A passagem do tempo, a memória afetiva e as relações intergeracionais. 2.2. O bairro da Vila Mariana 13 CAPÍTULO II: A inserção urbana e a área de intervenção:

2.2.3. Breve contextualização histórica

13

2.3. A quadra e o os lotes escolhidos

13

2.3.1. Croqui Fiscal

14

2.3.2. Demolições

15

2.4. Índices urbanísticos

16

CAPÍTULO III: Referências: 3.1. Referências conceituais

17

3.1.1. Providence Mount St Vincent Intergenerational Learning Center, Seattle.

17

3.1.2. Humanitas, Deventer, Holanda

20

3.2. Referências projetuais

23


INTRODUÇÃO

Sabe-se que o tempo é algo incontrolável. Ele passa – às vezes de forma generosa,

Figura 1. Mãos bebê e idosa

outras nem tanto. Mas, sempre nos deixa recordações, histórias, experiências e

momentos. E como diz a canção: “És um senhor tão bonito”¹. Que privilégio vê-lo passar.

O tema projetual deste trabalho está, inicialmente, relacionado às trocas intergeracionais, bem como a memória afetiva. Quando somos crianças, nosso primeiro

contato com os idosos, na maioria das vezes, é através dos nossos avós. Todavia, alguns podem contar com o privilégio de terem os seus bisavôs ao seu lado também. Este convívio cria laços que jamais são rompidos.

Nesse contexto:

Fonte: www.edufin.com.br, 2018

“Eles são nossas memórias cheias de prazer, diversão e ternura. Histórias cheias de reviravoltas inesperadas, cabelos brancos bagunçados pelo

Figura 2. Idosa e crianças

vento e olhos que brilham ao sol durante um passeio em que se sente o

calor das mãos que transmitem só o amor e compreensão”.²

A escolha do tema se deu após assistir uma reportagem, a qual, apresentava um projeto nos Estados Unidos. Esse projeto, o qual existe há mais de 25 anos, une idosos e crianças no mesmo complexo. Todavia, ainda é um tema muito recente no cenário

mundial. Sendo assim, propõe-se um equipamento de caráter cultural que estimule a conexão entre gerações, com foco principal entre – crianças e idosos – dois períodos opostos da vida, uma troca generosa e muito aprendizado. Fonte: blogs.oglobo.globo.com

¹VELOSO, Caetano. Oração ao tempo. 1979. ²Disponível em :< https://amenteemaravilhosa.com.br/avos-cuidam-netos-marcas-suas-almas/> Acesso em 30.03.2018

01


CAPÍTULO I AS TROCAS INTERGERACIONAIS

1.1. Breves considerações:

A proposta projetual irá abranger a permanência, a interação e a convivência entre gerações. Para tanto, projetou-se um equipamento cultural.

Neste contexto, sábias palavras de Álvaro Siza: “Arquitetura não é apenas

construção”

É importante destacar que o tema abordado (trocas intergeracionais), ainda é

E ainda nesta discussão acerca da história, importante destacar que, o idoso possui

recente no cenário arquitetônico mundial. Contudo, alguns países já estão investindo e

história, ou melhor, histórias.... Ao passo que, a criança ainda é carente neste sentido,

projetando este conceito – onde cria-se um espaço para que se estimule essas trocas

pois sua vida, sua história e suas percepções ainda estão sendo construídas.

entre gerações – crianças, jovens e idosos. 1.3. Público alvo:

Todavia, ainda precisamos refletir e caminhar muito mais, para que possamos atingir

1.3.1. Breves considerações:

uma expressão significativa e comprovar que um espaço destinado à essas relações intergeracionais, é capaz de produzir efeitos positivos, para todas as partes.

Acredita-se que um bom projeto arquitetônico, bem como, os espaços generosos, possam produzir uma qualidade de vida melhor. Neste trabalho iremos relacionar – o

Neste sentido, feliz o comentário da Maria Celia de Abreu, ao discorrer que:

começo da vida – através das crianças, e o seu ciclo final – através dos idosos – ambos, interagindo e convivendo no mesmo espaço.

“Portanto, um alerta: jovem, é muito provável que você fique velho; é muito provável também que você trabalhe com velhos ou para velhos.

1.3.2. A expectativa de vida e o envelhecimento:

Convém repensar seus sentimentos em relação ao velho e à velhice, bem como os valores atribuídos a eles. É preciso se informar sobre esse segmento da população ainda tão desconhecido”.³

Segundo o IBGE, ao longo de 1940 a 2016, a expectativa de vida, superou um pouco mais de 30 anos em seu aumento. Sabemos que vários fatores contribuíram para

isso – principalmente o avanço tecnológico e medicinal. 1.2. A memória afetiva: Sendo assim, nos dias de hoje, as pessoas estão vivendo mais, tendo em vista o A arquitetura e o espaço têm que contar uma história. Neste projeto talvez a arquitetura projetada não contará uma história de imediato, mas fará parte do seu

aumento da expectativa de vida. De acordo com a Folha de São Paulo (08.03.2018), em 2030 o número de crianças e idosos será maior que o número de trabalhadores.

entorno, pois ele não será negado.

³ABREU, Maria Alice de. Velhice uma nova passagem. 1 ed. São Paulo. Agora Editora, 2017, p.29.

02


Neste contexto, conforme Bahij Amin Auh: “O Brasil conquistou a vitória de aumentar a longevidade da sua população. Hoje, vive-se mais – a média de expectativa de vida da população brasileira é de mais de 75 anos. Agora, é preciso um amplo

programa educacional, para que toda a população tenha noções básicas sobre o processo de envelhecimento, para que valorize e respeite a pessoa idosa”. 4

Sabe-se que no cenário atual, o aumento populacional dos idosos, está diretamente relacionada à expectativa de vida e sua qualidade. Nos tempos remotos, como retrata a história da humanidade, as condições de vida eram precárias, tendo em vista que, uma pessoa aos 40 anos, já apresentavam sinais de velhice – principalmente

as mulheres, por conta das sucessíveis gestações. Fonte: SEADE, 2018

Felizmente nos dias de hoje, envelhecer não é mais um privilégio para poucos. “Envelhecer, nos dias de hoje, não é mais uma exceção, é regra. Vivemos um momento caracterizado pela transição demográfica e pelo rápido

envelhecimento populacional”. 5

Para tanto, elaboramos e apresentaremos abaixo, três gráficos, dos quais, é

possível identificar a população de idosos, no Estado de São Paulo, na capital e no bairro da Vila Mariana.

4Disponível

em: <http://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/ noticia/2017-09/brasil-tem-desafio-de-garantirenvelhecimento-populacional-com-qualidade> Acesso em 28.03.2018 5RODRIGUES,

Rosalina Aparecida Partezani. DIOGO, M J D. Como cuidar dos idosos, volume 1. 4 ed. Campinas: ED. Papirus, 2004, p.7.]

Fonte: SEADE, 2018

03


1.3.3.1. Constituição Federal,1988:

A Constituição Federal de 1988, preconiza alguns dispositivos legais em face aos

idosos, são eles, “in verbis”: Art. 203. A assistência social será prestada a quem dela necessitar, independentemente de contribuição à seguridade social, e tem por

objetivos: I - a proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescência e à velhice; II - o amparo às crianças e adolescentes carentes; III - a promoção da integração ao mercado de trabalho; IV - a habilitação e reabilitação das pessoas portadoras de deficiência e a promoção de sua integração à vida comunitária; Fonte: SEADE, 2018

V - a garantia de um salário mínimo de benefício mensal à pessoa

portadora de deficiência e ao idoso que comprovem não possuir

Sendo assim, conclui-se que, precisamos estar preparados para esse aumento

significativo da expectativa de vida, bem como, proporcionarmos uma qualidade de vida,

meios de prover à própria manutenção ou de tê-la provida por sua família, conforme dispuser a lei.

não só em relação à saúde, mas a arquitetura tem o seu papel fundamental nesta contribuição.

Art. 230. A família, a sociedade e o Estado têm o dever de amparar as pessoas

idosas,

assegurando

sua

participação

na

comunidade,

defendendo sua dignidade e bem-estar e garantindo-lhes o direito à vida.

1.3.3. Os idosos no cenário jurídico brasileiro:

§ 1º Os programas de amparo aos idosos serão executados preferencialmente em seus lares.

A legislação brasileira define todas as pessoas com 60 anos ou mais como “idoso”. Junto com esta definição, o ordenamento jurídico brasileiro assegura aos idosos um hall

§ 2º Aos maiores de sessenta e cinco anos é garantida a gratuidade dos transportes coletivos urbanos.

de direitos protegidos, tais como: vida, habitação, transporte, respeito, liberdade, alimentação, educação, lazer, saúde, trabalho, assistência social, previdência social e cultura.

04


1.3.3.2. A política nacional do idoso (Lei nº8.842/94):

Tal dispositivo legal, dispõe sobre os direitos sociais do idoso, a integração e a

O artigo 43 do Estatuto nos traz as medidas de proteção, “in verbis”:

participação efetiva na sociedade brasileira. Importante citar o artigo 3º, pois é nele que os princípios estão elencados, “in verbis”:

Art. 43. As medidas de proteção ao idoso são aplicáveis sempre que os direitos reconhecidos nesta Lei forem ameaçados ou violados:

I – por ação ou omissão da sociedade ou do Estado; Art. 3° A política nacional do idoso reger-se-á pelos seguintes princípios:

II – por falta, omissão ou abuso da família, curador ou entidade de

I - a família, a sociedade e o estado têm o dever de assegurar ao idoso

atendimento;

todos os direitos da cidadania,

III – em razão de sua condição pessoal.

garantindo sua participação na

comunidade, defendendo sua dignidade, bem-estar e o direito à vida; II - o processo de envelhecimento diz respeito à sociedade em geral,

Figura 3. Charge

devendo ser objeto de conhecimento e informação para todos;

III - o idoso não deve sofrer discriminação de qualquer natureza; IV - o idoso deve ser o principal agente e o destinatário das transformações a serem efetivadas através desta política;

V - as diferenças econômicas, sociais, regionais e, particularmente, as contradições entre o meio rural e o urbano do Brasil deverão ser observadas pelos poderes públicos e pela sociedade em geral, na aplicação desta lei. Fonte: www.portalamigodoidoso.com.br, 2018

1.3.3.3. Estatuto do idoso (Lei nº 10.741/2003):

Além da Carta Magna, em 2003 criou-se o Estatuto do Idoso. O Estatuto do

Idoso é uma Lei Orgânica, da qual, ampliou os direitos assegurados e previstos na Lei Federal nº8.842. Com a criação do Estatuto do idoso, a regulamentação acerca do tema se tornou mais estruturada, e com isso, criou-se obrigações as Entidades de atendimento, sob pena de responsabilização administrativa, civil e penal.

05


1.3.4. As crianças no cenário jurídico brasileiro:

De acordo com a legislação brasileira - consideram-se crianças todas as pessoas

Neste contexto, a UNICEF aduz que:

de 0 a 12 anos; adolescentes pessoas entre 12 até 18 anos. “Embora o país tenha feito grandes progressos em relação à sua

Felizmente nossa legislação elenca um vasto hall de proteção às crianças,

população mais jovem, os avanços não atingiram todas as crianças e

contudo, inaceitavelmente, elas ainda são vítimas de abusos sexuais, violência e

todos os adolescentes da mesma forma. O Brasil é ainda um dos países

mais desiguais do mundo. Por exemplo, enquanto 37% das crianças e

exploração.

dos adolescentes brancos viviam na pobreza em 2010, esse percentual se ampliava para 61% entre os negros e pardos (Censo Demográfico

Segundo a UNICEF:

2010).”7

“Embora o país tenha feito grandes progressos em relação à sua população mais jovem, os avanços não atingiram todas as crianças e todos os adolescentes da mesma forma. O Brasil é ainda um dos países

Contudo, conclui-se que ainda precisamos evoluir muito, para que nossas crianças tenham seus direitos assegurados por completo.

mais desiguais do mundo. Por exemplo, enquanto 37% das crianças e dos adolescentes brancos viviam na pobreza em 2010, esse percentual

1.3.4.1. Constituição Federal:

se ampliava para 61% entre os negros e pardos (Censo Demográfico 2010)”.6

Sabe-se que vivemos em um mundo desigual e o Brasil não fica fora desse

A Carta Magna, de 1988 elenca alguns dispositivos, dos quais, protegem às crianças.

contexto. Infelizmente, muitas crianças não se encontram matriculadas em escolas,

outras exercem trabalhos infantis e cerca de 5,4 mil esperam por um lar.

Em especial, alguns merecem destaques. São eles “in verbis”:

Art. 203. A assistência social será prestada a quem dela necessitar,

Além do mais, muitas crianças e adolescentes sofrem violência e abusos

independentemente de contribuição à seguridade social, e tem por

domésticos e sexuais.

objetivos:

I - a proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescência e à velhice; II - o amparo às crianças e adolescentes carentes;

III - a promoção da integração ao mercado de trabalho; 6Disponível em:

< https://www.unicef.org/brazil/pt/activities.html> Acessado em 02.04.2018

7Disponível em:

< https://www.unicef.org/brazil/pt/activities.html> Acessado em 02.04.2018

06


IV - a habilitação e reabilitação das pessoas portadoras de deficiência e a

“É um estatuto ou codificação que trata do universo mais específico

promoção de sua integração à vida comunitária;

vinculado ao tratamento social e legal que deve ser oferecido às crianças

V - a garantia de um salário mínimo de benefício mensal à pessoa

e adolescentes de nosso país, dentro de um espírito de maior proteção e

portadora de deficiência e ao idoso que comprovem não possuir meios de

cidadania decorrentes da própria Constituição promulgada em 1988. O

prover à própria manutenção ou de tê-la provida por sua família, conforme

ECA dispõe sobre a proteção integral à criança e ao adolescente, sendo

dispuser a lei.

fruto da lei 8.069 de 13 de julho de 1990, que neste ano de 2008 completa

Art. 227. É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à

“maioridade” de existência”.8

criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à

vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à

E mais adiante, afirma que:

cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência,

“A absoluta prioridade que trata a Lei compreende a primazia de receber

discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão. (Redação

proteção e socorro em quaisquer circunstâncias, a precedência de

dada Pela Emenda Constitucional nº 65, de 2010)

atendimento nos serviços públicos ou de relevância pública, a preferência

§ 1º O Estado promoverá programas de assistência integral à saúde

na formulação e na execução das políticas sociais públicas e a destinação

da criança, do adolescente e do jovem, admitida a participação de

privilegiada de recursos públicos nas áreas relacionadas com a proteção

entidades não governamentais, mediante políticas específicas e

à infância e à juventude”.9

obedecendo aos seguintes preceitos: (Redação dada Pela Emenda Constitucional nº 65, de 2010)

Neste contexto, importante citar alguns artigos do referido Estatuto, “in verbis”:

§ 3º O direito a proteção especial abrangerá os seguintes aspectos:

Art. 3º A criança e o adolescente gozam de todos os direitos fundamentais

VI - Estímulo do Poder Público, através de assistência jurídica,

inerentes à pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral de que

incentivos fiscais e subsídios, nos termos da lei, ao acolhimento, sob

trata esta Lei, assegurando-se-lhes, por lei ou por outros meios, todas as

a forma de guarda, de criança ou adolescente órfão ou abandonado;

oportunidades e facilidades, a fim de lhes facultar o desenvolvimento

§ 4º A lei punirá severamente o abuso, a violência e a exploração

físico, mental, moral, espiritual e social, em condições de liberdade e de

sexual da criança e do adolescente.

dignidade. Art. 4º É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do

1.3.4.2. Estatuto da criança e do adolescente:

poder público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos O Estatuto da criança e do adolescente, caracteriza quem são as crianças e os

direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao

adolescentes. Além do mais, nos apresenta uma série de direitos de ambos e obrigações de

esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito,

quem por obrigação tem o dever de cuidado e zelo para com eles.

à liberdade e à convivência familiar e comunitária.

Neste sentido, conforme Vanderlei Ferreira da Silva: 8Disponível em:

< https://www.infoescola.com/direito/estatuto-da-crianca-e-do-adolescente/> Acessado em 02.04.2018

9Disponível em:

< https://www.infoescola.com/direito/estatuto-da-crianca-e-do-adolescente/> Acessado em 02.04.2018

07


Parágrafo único. A garantia de prioridade compreende: a) primazia de receber proteção e socorro em quaisquer circunstâncias; b) precedência de atendimento nos serviços públicos ou de relevância pública; c) preferência na formulação e na execução das políticas sociais públicas;

d) destinação privilegiada de recursos públicos nas áreas relacionadas com a proteção à infância e à juventude.

Art. 5º Nenhuma criança ou adolescente será objeto de qualquer forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão, punido na forma da lei qualquer atentado, por ação ou omissão, aos seus

direitos fundamentais. Fonte: SEADE, 2018

Figura 4. Crianças

Fonte: www.trava-linguas.abccriancas.com, 2018

Para tanto, elaboramos e apresentaremos abaixo, três gráficos, dos quais, é possível identificar a população de crianças até 6 anos, no Estado de São Paulo, na

Fonte: SEADE, 2018

capital e no bairro da Vila Mariana.

08


Charlene Boid, fundadora do “asilo-creche”, aduz que: “Nós montamos esse lugar há quase 25 anos. Eu tenho um filho terminando a faculdade que foi da primeira turma daqui. Eu tenho muito

orgulho em dizer que foi por causa dessa experiência, ele é muito mais sensível com os idosos.”10

O programa foi distribuído de uma forma simples e racional – de segunda a sexta, as crianças e os idosos interagem juntos – arte, lazer, leituras são algumas dessas Fonte: SEADE, 2018

atividades.

Ao total são 400 idosos, além das 100 crianças que o Providence Mount St

Os três gráficos acima foram elaborados com base no período de 1998, 2008 e 2018. Importante observar que, nos três a maior densidade populacional de crianças, é a

Vincent recebe por dia. Figura 5. Senhora lendo para crianças

faixa de 0 a 4 anos. Ao passo em que, a faixa de crianças com 6 anos apresenta uma

densidade pequena. . 1.4. Justificativa do tema:

1.4.1. Breves considerações acerca do conceito:

A escolha do tema projetual deste trabalho se deu por meio de uma entrevista em 2015 televisionada, onde demonstrou-se no vídeo apresentado, a eficácia de que o espaço não deve ser segredador – idosos e crianças – podem e devem conviver juntos,

em um mesmo ambiente.

Por isso, o “Providence Mount St Vincent Intergenerational Learning Center”, Fonte: www.revistamarieclaire.globo.com, 2018

Seattle, USA, tornou-se o embasamento conceitual deste trabalho. 10Disponível em: <

https://www.michiganestateplans.com/nursing-home-preschool/> Acesso em 30.05.2018

09


1.4.1.1 Os benefícios das atividades intergeracionais:

Segundo a professora da Universidade de Seattle, Evan Briggs, os idosos passaram por uma transformação com a presença das crianças: “Momentos antes das crianças chegarem, muitas vezes, eles estão apáticos, às vezes dormindo. Era uma cena deprimente. Assim que as crianças entram para fazer arte, música ou qualquer que seja o projeto no dia, os idosos se animam”.11

Conforme o médico clínico geral e coordenador do programa de longevidade do hospital 9 de Julho – SP, Doutor Marcelo Levites: “O mais emocionante foi verificar o quanto os dois mundos interagem. As crianças sem preconceito algum e sem receio brincam com os idosos como se fossem da mesma idade. Os idosos, mesmo os com limitação de

mobilidade, retribuem o carinho e voltam a ser crianças quando o assunto é brincadeira”.12

Para melhor ilustrar as trocas intergeracionais, um quadro elaborado por NEWMAN.13

11Disponível em: <

http://thegrowingseasonfilm.com/trailer/> Acesso em 30.05.2018

12Disponível em: <

https://emais.estadao.com.br/blogs/viva-mais-e-melhor/criancas-e-idosos/> Acesso em 30.05.2018

13NEWMAN, S.

Intergenerational Programs: Past, Present,Future. Ed. Taylor & Francis, Washington, EUA, 1997

10


CAPÍTULO II A INSERÇÃO URBANA E A ÁREA DE INTERVENÇÃO

2.1. Considerações iniciais: Figura 6. Mapa do eixo

A área

de

estudo

compreende

o

eixo

da Domingos

de

Morais

aproximadamente do Shopping Santa Cruz até a estação de Metrô Paraíso. Importante salientar que esta área é considerada um eixo de estruturação da transformação urbana.

Percebe-se, que o eixo de intervenção, encontra-se localizado entre a Avenida

Jabaquara e a Avenida Paulista, ou seja, no alto da colina, todavia, quando adentramos pelos bairros, seja para o lado da Vila Mariana ou do lado da Aclimação, nota-se altas declividades.

Neste contexto, salientamos que em relação ao uso e ocupação do solo, há predominância eminentemente de comércios e serviços ao longo do eixo. Entretanto, em direção aos bairros (Vila Mariana e Aclimação), verifica-se que o uso e ocupação do solo é predominantemente residencial.

Em relação ao transporte público de massa, merece pontuações positivas, tendo em vista que é área onde dispõe de forma satisfatória, pois há estações e linhas de metrô, ônibus e recentemente recebeu a ciclovia ao longo de sua extensão. Fonte: www.pedacodavila.com.br, 2018

11


Figura 7. Mapa do eixo

Fonte: Lucas Brunelli, 2018

12


2.2. O Bairro da Vila Mariana: 2.2.1. Breve contextualização histórica:

De acordo com os registros históricos, o processo de formação do atual bairro da

• Antigo Matadouro, hoje Cinemateca Brasileira;

Vila Mariana, iniciou-se por volta de 1770, nesta época a região era pouco habitada e sua

• O Instituto Biológico;

principal função era servir como passagem para as tropas.

• O Museu de Arte Contemporânea (MAC/USP); • Sesc Vila Mariana.

Contudo, muitos dizem que o progresso do bairro se deu em 1887, com o ferro carril e o Matadouro Municipal.

Infelizmente segundo estáticas, há um grande número de demolições de edificações históricas em face à verticalização.

2.3. A quadra e o lote escolhidos

O terreno escolhido para a intervenção localiza-se na Avenida Conselheiro Rodrigues Alves x Rua Cubatão – ao total são 6 lotes. Nos dias de hoje, apresentam

gabaritos baixos (entre 1 e 2 pavimentos) e um dos lotes funciona como estacionamento. “Por todos esses motivos, as grandes construtoras estão sempre com os olhos voltados à Zona Sul e, especialmente, à Vila Mariana. Segundo estatísticas, o bairro é um dos campeões quando o assunto é demolição

Figura 8. Vista aérea do terreno com intervenções do aluno

de construções históricas: 1.258 imóveis foram ao chão para dar espaço a grandes empreendimentos imobiliários destinados à classe alta”.14

Nos dias de hoje, a Vila Mariana, é considerada um dos bairros nobres da cidade de São Paulo, seu solo é usado e ocupado de forma mista. Todavia, seu gabarito é heterogêneo – pois há muita verticalização bem acentuada, porém, ao andarmos pelo bairro, podemos descobrir os sobrados antigos e as charmosas vilas, que resistiram ao tempo.

Além do mais, o bairro da Vila Mariana, dispõe de vários equipamentos públicos e bens tombados, como estes:

14Disponível em: <

http://www.portalvilamariana.com/artigos/vila-mariana-historia-e-urbanizacao> Acesso em 24.06.2018

Fonte: www.google.com.br/maps,2018

13


2.3.1.Croqui fiscal: Setor 037, quadra 028. Figura 9. Croqui fiscal com intervençþes do aluno

Fonte: www.geosampa.prefeitura.sp.gov.br, 2018

14


2.3.2. Demolições:

Todas as lindeiras à Rua Conselheiro Rodrigues Alves serão demolidas, pois o objetivo é a transformação do potencial construtivo, tendo em vista que são edificações subutilizadas do ponto de vista do aproveitamento da região (CA).

Figura 10. A demolir

Figura 11. A demolir

Figura 12. A demolir

Figura 13. A demolir

Figura 14. A demolir

Figura 15. A demolir

Fonte: arquivo pessoal, 2018

15


Figura 10 – Edificação que hoje funciona como padaria e hotel, encontra-se na

Figura 17. Terreno da área de intervenção sem escala, com intervenções feita pelo próprio aluno

esquina da Rua Cubatão com a Av. Conselheiro Rodrigues Alves, nº 204.

Figura 11 – Edificação, que hoje é uma clínica de aparelhos digestivos, encontrase na Av. Conselheiro Rodrigues Alves, nº 198.

Figura 12 – Edificação que hoje é uma clínica, encontra-se na Av. Conselheiro

Rodrigues Alves, nº 180.

Figura 13 – Edificação que hoje funciona como um estacionamento, encontra-se

A= 4.481m²

na Av. Conselheiro Rodrigues Alves, nº 160.

Figura 14 – Edificação que hoje é uma instituição religiosa, encontra-se na Av. Conselheiro Rodrigues Alves, nº 152.

Figura 15 – Edificação que é uma casa, mas está desocupada, encontra-se na Av. Conselheiro Rodrigues Alves, nº 138.

2.4. Índices urbanísticos Fonte: AUTOCAD, arquivo pessoal, 2018

Todo os lotes totalizam uma área de 4.480m². Sendo assim, respeito a legislação vigente da região temos um CA de até 4,0 e TO de 50%. Figura 16. Parâmetros de ocupação do solo, exceto de quota ambiental

Fonte: gestaourbana.prefeitura.sp.gov.br/zona-eixo-de-estruturacao-da-transformacao-urbana-zeu/, 2018

16


CAPÍTULO III REFERÊNCIAS

3.1. Referências conceituais: 3.1.1. Providence Mount St Vincent Intergenerational Learning Center, Seattle, USA Figura 18. Criança e idoso

Fonte: www.boredpanda.com, 2018

17


Figura 19. Idosa com nariz de palhaรงo

Fonte: www.boredpanda.com, 2018

18


Figura 20. Idosa com brincando com crianรงas

Fonte: www.boredpanda.com, 2018

19


3.1.2. Humanitas, Deventer, Holanda

Figura 21: Jovem ajudando idosos

Fonte:www.huffpostbrasil.com/, 2018

20


Figura 22: Jovem e idosa

Fonte:www.huffpostbrasil.com/, 2018

21


Figura 23: Jovem e idosos jogando

Fonte:www.huffpostbrasil.com/, 2018

22


3.2. Referências projetuais: 3.2.1. Jardim de Infância e Creche KM / HIBINOSEKKEI + Youji no Shiro

Ficha técnica: Arquitetos: Hibinosekkei, Youji no Shiro Localização: Osaka, Japão. Área: 1244.0m²

Ano do projeto: 2016 Área do Terreno: 4230m² Área de Implantação: 799m²

23


24


25


3.2.2. O paraíso das cores (escola)

Ficha técnica: Arquitetos: Atelier Alter Localização: Fengtai, Pequim, China Arquitetos Responsáveis: Xiaojun Bu, Yingfan Zhang Equipe de Projeto: Xiaojun Bu, Yingfan Zhang, Dehu Du, Zhenwei Li

Área: 4200m²

26


27


28


3.2.3. O

Ficha técnica: Arquitetos: Hibinosekkei, Youji no Shiro Localização: Ibaraki, Japão Área: 1464 m²

29


30


31


CAPÍTULO IV PROJETO

4.1. Programa:

PERMANÊNCIA (Projeto privado)

Edifício residencial: única torre com 4 unidades habitacionais de 58,92m² por andar.

LAZER Espaços flexíveis CONVIVÊNCIA/INTERAÇÃO (Fundação com participação da iniciativa privada).

Biblioteca Salas de TV Salas de leitura Jogos lúdicos Jogos de mesa

ÁREAS VERDES + ESPAÇOS ABERTOS + ESPAÇOS DE CONTEMPLAÇÃO

Idosos + jovens + crianças = interação e trocas de vivências/habilidades entre idosos e crianças

EDUCATIVO Espaços flexíveis

Lab. Informática Ateliê corte e costura Artesanato Panificação Danças Jardinagem Fotografia

ALARGAMENTO DAS CALÇADAS + ILUMINAÇÃO PÚBLICA + MOBILIÁRIOS URBANOS, diretrizes do PDE, 2014.

32


CAPÍTULO IV PROJETO

4.2. Quadro de áreas:

ÁREA DO TERRENO

4.481,4M²

3º PAV

TÉRREO 1 Depósito

PROJETADO CA

1,81

TO

0,40%

ÁREA CONSTRUÍDA

2 Café 3 Cozinha do café

8.136,3M²

15,34m²

1 Espaço flexível

109,40m²

195,87m²

2 Sala multiuso

48,92m²

3 Ateliê 2

44,80m²

4 Sala dos professores

34,67m²

5 Sala de reunião

22,80m²

6 Sala de aula 4

90,06m²

7 Sala de aula 5

112,68m²

8 Sala de aula 6

112,68m²

9 Internet

160,09m²

10 Circulação

177,29m²

45,56m²

4 Acolhimento/exposição

307,89m²

5 Brinquedoteca

160,09m²

6 Marquise 7 Acesso escada rolante Total

160,0m² 269,70m² 1154,45

1º PAV 1 Cozinha do salão de festas 2 Hall de acesso ao terraço 3 Terraço 4 Salão de festas 5 Sala multiuso 6 Sala de aula 1 7 Sala de aula 2 8 Sala de aula 3 9 Salão de jogos 10 Circulação Total

50,41m² 53,65m² 474,14m² 121,28m² 70,80 m² 99,01 m² 112,68m² 112,68m² 160,09m² 141,74m² 1396,48m²

2º PAV 1 Depósito 2 Sala de meditação/yoga 3 Sala dos professores 4 Ateliê 1 5 Sala de leitura 6 Sala de música 7 Circulação Total

14,24m² 214,14m² 34,67m² 22,80m² 328,25m² 160,09m² 153,14m² 927,33m²

Total

913,39m²

11 Apto 1

58,92m²

12 Apto 2

58,92m²

13 Apto 3

58,92m²

14 Apto 4

58,92m²

15 Circulação

49,80m²

3º PAV

Total

285,48m²

11 Apto 1

58,92m²

12 Apto 2

58,92m²

13 Apto 3

58,92m²

14 Apto 4

58,92m²

15 Circulação

49,80m²

4º PAV

Total

285,48m²

33


4.3. Partido

O projeto está implantando no bairro da Vila Mariana. O terreno localiza-se na esquina da Rua Conselheiro Rodrigues Alves x Rua Cubatão.

Atualmente o terreno de intervenção é ocupado por edificações de 2

gabaritos, bem como por um estacionamento, e possui 4.481,4m² de área.

O programa está distribuído entre 2 edifícios: o primeiro edifício e de gabarito baixo, dispõe o programa educacional; o segundo edifício e de gabarito alto, abriga o residencial, dos quais se conectam pelo 1º pavimento.

No térreo do edifício educacional há um recuo, bem como um balanço à face sul. A ideia foi convidar os pedestres que estão descendo a Rua Conselheiro Rodrigues Alves, a entrarem no projeto, tendo como acesso principal a praça pública. Importante destacar que, parte deste edifício se abre para uma praça elevada (1 metro acima do nível da rua).

Neste sentido, quando os pedestres caminham em direção à Rua Cubatão,

eles conseguem visualizar o recuo do edifício, e por consequência o alargamento da calçada, a qual se transforma em uma grande praça.

O edifício laminar e de gabarito alto, tem o caráter residencial. Como estratégia projetual, com o objetivo de promover movimento e dinâmica ao projeto,

grande parte do térreo foi liberado, e na esquina projetou-se um volume envidraçado, do qual, há uma grande escada rolante que nos leva ao terraço do 1º pavimento.

As estruturas dos edifícios são mistas; pilares de concreto, vigas metálicas e lajes steel deck. Em relação a plasticidade, os vidros, madeiras e concretos

configuram a principal identidade.

34


4.4. Processo projetual:

35


36


37


38


39


40


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BIBLIOGRÁFICAS REFERÊNCIAS

ABREU, Maria Alice de. Velhice uma nova passagem. 1 ed. São Paulo. Agora Editora,

Fontes Virtuais:

2017. A MENTE MARAVILHOSA – Disponível em :< https://amenteemaravilhosa.com.br/avos-

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 05.10.1988.

cuidam-netos-marcas-suas-almas/> Acesso em 30.03.2018.

BRASIL. Lei 8069 de 1990 e suas alterações.

AGÊNCIA BRASIL – Disponível em: <http://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/201709/brasil-tem-desafio-de-garantir-envelhecimento-populacional-com-qualidade> Acesso em

GORSKI, Michel. A mão livre do vovô. Ed. Terceiro nome. São Paulo, 2015.

28.03.2018

MASAROLO, Pedro Domingos. O bairro da Vila Mariana. Ed. Prefeitura Municipal de São

INFOESCOLA – Disponível em: < https://www.infoescola.com/direito/estatuto-da-crianca-e-

Paulo, 1971.

do-adolescente/> Acessado em 02.04.2018

PORTELLA, Marilene Rodrigues. Grupos de terceira idade: a construção da utopia do

ONU

envelhecer saudável. Passo Fundo, UPF, 2004.

humanos/> Acesso em 28.04.2018

ROSA, Guimarães. Ooó do Vovô!: Correspondências de João Guimarães Rosa, vovô

PROVIDENCE – Disponível em: <https://washington.providence.org/senior-care/mount-st-

Joãozinho, com Vera e Beatriz Helena Tess: de setembro de 1966 a novembro de 1967.

vincent/services/child-care/> Acessado em 03.04.2018

Disponível

em:

<http://www.onu.org.br/a-onu-em-acao/a-onu-e-os-direitos-

O ontem. O hoje. O amanhã: UNICEF Disponível em: < https://www.unicef.org/brazil/pt/activities.html> Acessado em A passagem do tempo, a memória afetiva e –as relações intergeracionais.

São Paulo, Ed. da USP.

RODRIGUES, Rosalina Aparecida Partezani. DIOGO, M J D. Como cuidar dos idosos,

02.04.2018

volume 1. 4 ed. Campinas: ED. Papirus, 2004.

TASCHEN,Laszlo. Arquitectura Moderna A-Z. Ed. TASCHEN, 2010.

TILLMAN, Diane G. Como criar filhos com amor e sabedoria. Ed. Vozes.

41


ANEXO IMAGENS 3D

42


43


44


45


46


47


48


49


ANEXO PRANCHAS

50


80

7.

32

RUA C UB A T Ã O 80 8.

64

RUA

RODRIGU8ES

CONSELHEIRO

ALVES

10

.6 4

81 0

Nome: Rafael Kassab Coscia RA: T113GC-5 AU0P/01 IMPLANTAÇÃO Trabalho de Curso - Complexo Multifuncional: Explorando espaços de convívio e experiências intergeracionais na Vila Mariana Profª Ms. Orientadora: Maria Claudia Oliveira 07.12.2018 Esc.: 1.250


RUA

Céu

8

9 7 5 6 4 2 3 1

04

05

06

07

15

08

14 13

09

12

Céu

11

8 9 7 5 6 4 2 3 1

10

01 02 03 04 05 06 07 08 09 10

03

17 16

20 19 18 17 16 15 14 13 12 11

02

18

01 02 03 04 05 06 07 08 09 10

01

19

20 19 18 17 16 15 14 13 12 11

20

CU D

BA T Ã O

S

RUA

CONSELHEIRO

RODRIGUES

ALVES

Nome: Rafael Kassab Coscia RA: T113GC-5 AU0P/01 TÉRREO Trabalho de Curso - Complexo Multifuncional: Explorando espaços de convívio e experiências intergeracionais na Vila Mariana Nível: 810,0 - 811,0 Profª Ms. Orientadora: Maria Claudia Oliveira 07.12.2018 Esc.: 1.250


04

05

06

16

15

07 08

14

09

13

12

11

10

01 02 03 04 05 06 07 08 09 10

03

17

20 19 18 17 16 15 14 13 12 11

02

18

01 02 03 04 05 06 07 08 09 10

01

19

20 19 18 17 16 15 14 13 12 11

20

D

S

Nome: Rafael Kassab Coscia RA: T113GC-5 AU0P/01 1º PAVIMENTO Trabalho de Curso - Complexo Multifuncional: Explorando espaços de convívio e experiências intergeracionais na Vila Mariana Nível: 817,20 Profª Ms. Orientadora: Maria Claudia Oliveira 07.12.2018 Esc.: 1.200


02

03

04

18

05

17

06

16

07

15

08

14

09

13

12

10

20 19 18 17 16 15 14 13 12 11

01

19

01 02 03 04 05 06 07 08 09 10

20

D S

Nome: Rafael Kassab Coscia RA: T113GC-5 AU0P/01 2º PAVIMENTO Trabalho de Curso - Complexo Multifuncional: Explorando espaços de convívio e experiências intergeracionais na Vila Mariana Nível: 820,80 Profª Ms. Orientadora: Maria Claudia Oliveira 07.12.2018 Esc.: 1.200


02

03

04

18

05

17

06

16

07

15 14

08

09

13

12

11

10

01 02 03 04 05 06 07 08 09 10

01

19

20 19 18 17 16 15 14 13 12 11

20

Nome: Rafael Kassab Coscia RA: T113GC-5 AU0P/01 3º PAVIMENTO Trabalho de Curso - Complexo Multifuncional: Explorando espaços de convívio e experiências intergeracionais na Vila Mariana Nível: 824,40 Profª Ms. Orientadora: Maria Claudia Oliveira 07.12.2018 Esc.: 1.200


20

01 02

03

19

04

18

05

17

06

16

07

15

08

14

09

13

12

11

10

Nome: Rafael Kassab Coscia RA: T113GC-5 AU0P/01 4º AO 13º PAV Trabalho de Curso - Complexo Multifuncional: Explorando o convívio e as experiências intergeracionais Nível: 828 ao 860,30 Profª Orientadora: Maria Claudia de Oliveira 07.12.2018 Esc.: 1.200


Nome: Rafael Kassab Coscia RA: T113GC-5 AU0P/01 CORTE AA Trabalho de Curso - Complexo Multifuncional: Explorando espaços de convívio e experiências intergeracionais na Vila Mariana Profª Ms. Orientadora: Maria Claudia Oliveira 07.12.2018 Esc.: 1.200


Nome: Rafael Kassab Coscia RA: T113GC-5 AU0P/01 CORTE BB Trabalho de Curso - Complexo Multifuncional: Explorando espaços de convívio e experiências intergeracionais na Vila Mariana Profª Ms. Orientadora: Maria Claudia Oliveira 07.12.2018 Esc.: 1.250


Nome: Rafael Kassab Coscia RA: T113GC-5 AU0P/01 CORTE CC Trabalho de Curso - Complexo Multifuncional: Explorando espaços de convívio e experiências intergeracionais na Vila Mariana Profª Ms. Orientadora: Maria Claudia Oliveira 07.12.2018 Esc.: 1.200


Nome: Rafael Kassab Coscia RA: T113GC-5 AU0P/01 CORTE DD Trabalho de Curso - Complexo Multifuncional: Explorando espaços de convívio e experiências intergeracionais na Vila Mariana Profª Ms. Orientadora: Maria Claudia Oliveira 07.12.2018 Esc.: 1.200


Nome: Rafael Kassab Coscia RA: T113GC-5 AU0P/01 Trabalho de Curso - Complexo Multifuncional: Explorando espaços de convívio e experiências intergeracionais na Vila Mariana Profª Ms. Orientadora: Maria Claudia Oliveira 07.12.2018

CORTE EE Esc.: 1:200


Nome: Rafael Kassab Coscia RA: T113GC-5 AU0P/01 Trabalho de Curso - Complexo Multifuncional: Explorando espaços de convívio e experiências intergeracionais na Vila Mariana Profª Ms. Orientadora: Maria Claudia Oliveira 07.12.2018

ELEV. NORTE Esc.: 1:200


Nome: Rafael Kassab Coscia RA: T113GC-5 AU0P/01 ELEV. SUL Trabalho de Curso - Complexo Multifuncional: Explorando espaços de convívio e experiências intergeracionais na Vila Mariana Profª Ms. Orientadora: Maria Claudia Oliveira 07.12.2018 Esc.: 1.200


Nome: Rafael Kassab Coscia RA: T113GC-5 AU0P/01 Trabalho de Curso - Complexo Multifuncional: Explorando espaços de convívio e experiências intergeracionais na Vila Mariana Profª Ms. Orientadora: Maria Claudia Oliveira 07.12.2018

ELEV. LESTE Esc.: 1:250


Nome: Rafael Kassab Coscia RA: T113GC-5 AU0P/01 Trabalho de Curso - Complexo Multifuncional: Explorando espaços de convívio e experiências intergeracionais na Vila Mariana Profª Ms. Orientadora: Maria Claudia Oliveira 07.12.2018

ELEV. OESTE Esc.: 1:200


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