INTRODUÇÃO..................................................................................................07 1. APRESENTAÇÃO........................................................................................08 1.1 A agência...............................................................................................08 1.2 A pesquisa.............................................................................................09 1.2.1 Objetivos.............................................................................................10 1.2.1.1 Objetivos Gerais..............................................................................10 1.2.1.2 Objetivos Específicos......................................................................10 2. ANÁLISE......................................................................................................10 2.1 Como você avalia a saúde no Brasil?....................................................10 2.2 Como você avalia a saúde em São Bernardo do Campo?....................11 2.3 Quais são os pontos positivos da saúde de São Bernardo do Campo?........................................................................................................12 2.4 Quais são os pontos negativos da saúde de São Bernardo do Campo?........................................................................................................13 2.5 Como acompanham as informações/acontecimentos sobre a saúde na cidade?.........................................................................................................14 2.6 O que influência a sua opinião sobre a saúde?......................................15 2.7 Quais sugestões você daria para melhorar a saúde de São Bernardo do Campo?.........................................................................................................18 3. CONSIDERAÇÕES FINAIS…………………………………………………….......20 REFERÊNCIAS…………………………....…………………………………..…….21
A Opinião Pública (OP) sempre esteve inserida na sociedade, as discussões que ocorriam na Grécia antiga eram uma prévia da inserção desse conceito no cotidiano das pessoas. A partir dessas discussões, outros fatores como desenvolvimento da prensa de tipos móveis de Gutenberg, criação de veículos de comunicação como jornal impresso, revistas, rádio e televisão tornam as informações mais acessíveis e permitem que seja despertado um senso crítico no indivíduo. A era tecnológica e o surgimento da internet tornou tudo mais acessível, encurtou distâncias e por meio das novas mídias sociais, expor uma opinião fica muito mais fácil, segundo Di Felice, "A internet e as redes sociais online estão criando uma nova democracia e uma nova opinião pública." A mídia de forma geral se tornou uma poderosa ferramenta criadora de opiniões, normas e valores, utilizando manobras estratégicas e persuasivas. Na maioria das vezes, ela impõe sua mensagem para o interlocutor, fazendo com que a massa que à acompanha veja o mundo por suas lentes. A fim de entender qual a interferência midiática na opinião
pública
junto
aos
conceitos vistos em sala de aula,
foi
pesquisa
realizada de
campo
uma com
moradores da cidade de São Bernardo do Campo.
No ano de 2011 foi criada a agência Livecom pelos alunos do terceiro semestre de Relações Públicas, com o objetivo de realizar o projeto integrado do semestre. Livecom é a junção de duas palavras da língua inglesa, live + communication. O significado do nome é comunicação viva. O grupo escolheu esse nome, pois acredita que a comunicação deve sempre se renovar e se manter viva. O nome Live possui duas interpretações, Live (viver, morar) e Live (Vivo), porém é o segundo significado que está diretamente ligado a comunicação, pois, acima de tudo, a comunicação deve se manter sempre dinâmica e viva dentro da organização. Nossa agência é embasada nos seguintes conceitos: Missão: A agência Livecom foi criada para compor o projeto integrado, no qual os alunos trabalharam em grupo e aplicaram os conhecimentos ensinados em sala de aula. Visão: Destacar-se e se tornar referência entre as demais agências, sempre em busca da perfeição e excelência nos trabalhos realizados. Valores:
Trabalho em equipe, para extrair o que cada componente do grupo tem de melhor; Transparência é o que buscamos para adquirir a confiança; Sustentabilidade, é o que buscamos para atingir nossas metas, prejudicando menos possível o meio ambiente; Foco em resultado, pois não basta à criação de milhares de projetos se não alcançarmos os resultados esperados; Criatividade será sempre nossa fonte da renovação; Ética e seriedade são os princípios chave da nossa agência.
O quinto semestre de Relações Públicas visa a partir do conteúdo teórico das aulas do módulo de: Ética e Mídia na Opinião Pública que engloba as disciplinas de Ética e legislação, Opinião Pública e Psicologia Comunicacional e de um roteiro que compõe a parte prática do módulo, traçar um paralelo entre Opinião Pública (OP) e a Mídia. Entre as agências foram sorteados alguns temas, a LiveCom irá trabalhar com a “Influência da mídia sobre saúde na cidade de São Bernardo do Campo.” O roteiro de entrevista dessa pesquisa de campo é composto por sete perguntas que visam explorar o assunto e saber qual é a visão da população. As entrevistas foram aplicadas com moradores da cidade de São Bernardo do Campo. O número total de entrevistados foi de 20 pessoas, separadas por sexo, faixa etária e classe econômica.
1.2.1
Objetivos 1.2.1.1 Objetivos Gerais:
Aplicar os conhecimentos teóricos obtidos em sala de aula para mediar a influencia da mídia na Opinião Pública, através de uma pesquisa de opinião realizada com moradores de São Bernardo do Campo sobre saúde da cidade.
1.2.1.2 Objetivos específicos:
Aplicar os conceitos de Psicologia na análise do relatório
Obter uma reflexão e um senso crítico sobre os resultados obtidos
Compreender os métodos de formação da opinião pública
Obter subsídios através das respostas para elaborar o relatório de pesquisa, que futuramente será aplicado no Projeto Integrado
2. Análise 2.1 Como você avalia a saúde no Brasil? Essa questão foi formulada para fornecer subsídios que permitissem a comparação da visão geral da saúde no país, com a saúde da cidade de São Bernardo do Campo. Dos 20 entrevistados, tanto homens quanto mulheres, 18 pertencentes às classes B, C e D informaram que acham a saúde ruim. Um fator que contribui para que as pessoas tenham uma opinião negativa é a transmissão de informações, imagens, e publicidade dada pela mídia que age no inconsciente e a pessoa reflete de forma consciente, permitindo que elas formem uma opinião pré-estabelecida sobre o assunto. . Um dos entrevistados, de 33 anos, da classe C informou que acompanha as informações através da televisão, como SPTV e Jornal Nacional (todos os programas citados são da mesma emissora de TV). Embora sejam programas de credibilidade, é sempre bom questionar as informações que eles passam e comparar com outros veículos de comunicação ou com as experiências e relatos de outras pessoas.
Apenas duas pessoas, ambas mulheres, sendo uma da classe A e outra da classe B, disseram que a saúde do país não é ruim, ambos usam comparações para chegar a essa conclusão. A primeira entrevistada, de 37 anos, compara a saúde em outros países “Até que é bom, perto de alguns países que a gente não conhece, até que ela é boa, tem lugar que não tem saúde pública, mas aqui tem”. já a segunda pessoa, de 25 anos, compara com o passado e fala que houve sim, uma evolução, “Atualmente, acho que tem melhorado bastante, precisa de mais hospitais e pronto socorro, principalmente.” O IBGE e o Ministério da Saúde (2009) apontam alguns dados favoráveis à saúde, entre os anos de 1960 e 2005, mostrando que houve grande redução nas desigualdades regionais
das
mortalidade durante
taxas
infantil
esses
de
mortalidade.
manteve
anos,
os
uma
A
queda
números
de
equipamentos de diagnóstico por imagem crescem com maior intensidade no setor público, aumentando o número de exames em 38,45%.
Entretanto, há muito a ser
melhorado, como a própria pesquisa aponta, pois esses números são ainda insuficientes e existem diversos outros fatores que não indicam melhora na saúde do Brasil, como por exemplo, 75,5% dos idosos são atingidos por doenças crônicas.
2.2 Como você avalia a saúde em São Bernardo do Campo? A respeito da saúde na cidade de São Bernardo, de forma geral, os entrevistados, de ambos os sexos e de diferentes faixas etárias, que são das classes B, C e D apontam uma evolução positiva do atendimento, uma entrevistada de 40 anos da classe D, elogiou o atendimento “Bom eu precisei fazer um cirurgia no hospital Mário Covas e eu gostei do atendimento, muito bom, fui muito bem atendida, às enfermeiras, os médicos, gostei mesmo”.
Embora esteja evoluindo, ainda não atingiu um nível de excelência, pois para isso ainda é necessário algumas mudanças, como mais profissionais qualificados, mais investimentos da prefeitura em saúde e agilidade no atendimento principalmente para marcar exames. Segundo uma entrevistada de 28 anos da classe B e uma entrevistada de 40 anos classe D o atendimento é diferente de um bairro para outro “Tem uns (bairros) que são mais rápidos e melhores.”. Um entrevistado da classe A também acredita que realmente existe essa diferença no atendimento, mas ele justifica sua resposta dizendo que essa mudança acontece por causa da má distribuição de pacientes, ou seja, alguns locais são mais demandados que outros por isso não tem como atender da mesma forma os pacientes e o tempo de espera é maior, ele informa “a UPA perto da minha casa é boa por abranger poucos bairros, agora a do Rudge Ramos, já não”. Outro fato analisado foi que à visão das pessoas quando se fala em saúde, é muito restrita aos hospitais e outras unidades de atendimento. Não são citadas outras modalidades ou equipamentos do sistema de saúde, como por exemplo, as farmácias populares; que de acordo com o Jornal ABC Maior, 70% dos usuários possuem plano de saúde. Além das outras modalidades como ambulâncias; resgate; saneamento básico; campanhas de vacinação e prevenção de doenças, como a realizada entre os dias 5 e 25 de maio de 2011 nas 32 Unidades Básicas de Saúde. Por não se atentarem a esse ponto, os entrevistados não avaliam o atendimento de forma geral. Isso limita a percepção de cada um sobre o tema que pode generalizar a opinião.
2.3 Quais são os pontos positivos da saúde de São Bernardo do Campo?
Nessa
questão
foram
levantados poucos pontos positivos, sendo eles profissionais capacitados, disponibilização
de
medicamentos,
construção de novas unidades de atendimento e atendimentos em casos de emergência, que geralmente são rápidos, conforme foi citado por pessoas de classe C. Além dos casos de emergência, o atendimento das Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) foi elogiado, tanto por mulheres quanto por homens dessa classe, “A UPA foi coisa boa, que apareceu.”. Já seis pessoas das classes B e C não conseguiram apontar pontos positivos na saúde da cidade. Indicando que nunca tiveram a necessidade de usar a saúde pública ou não encontram algum ponto que possa ser considerado como positivo, como uma entrevistada, da classe B “Não encontro nada de positivo. Nada de diferencial...”.
2.4 Quais são os pontos negativos da saúde de São Bernardo do Campo?
Ao questionar sobre os pontos negativos da saúde na cidade, os entrevistados apontaram a demora para marcar consultas, quantidade de médicos insuficientes, filas de espera, diagnóstico errado, negligência, má preservação do local e falta de equipamentos.
Uma
das
entrevistadas
informou que o pai foi mal atendido “Meu pai já esteve lá, e não tinha nem maca pra ele deitar.” O principal problema que apareceu na maioria das respostas é
a demora no
atendimento, como também foi visto em respostas
às
questões
anteriores.
Uma
entrevista da classe D disse que o problema “[…] é a demora pra marcar consulta, que se você tiver uma dor você morre, eu vi no pronto socorro uma pessoa morrendo na minha frente.” Ela acredita que isso também acontece por negligência dos profissionais.
Parte dos entrevistados acredita que o estado da saúde é decorrente da má administração e falta de investimento. Um deles pertencente à classe C comentou “Pontos negativos, eu acho que, a saúde em si, ela depende muito da administração, da política que existe em São Bernardo. A cidade não é um exemplo de política, [...]” A visão dos entrevistados também destaca a desmotivação dos funcionários da rede pública, essa desmotivação por si só desencadeia uma série de outras queixas, como negligência, descaso com os pacientes e atendimentos insatisfatórios, como já citado acima.
2.5
Como
acompanham
as
informações/
acontecimentos sobre a saúde na cidade? Grande parte dos entrevistados, não havendo diferença de idade, informaram que acompanham as informações em conversas com outras pessoas que utilizam o serviço, essas discussões ajudam o indivíduo a formar opinião. E comprovam que não é só a mídia que tem o poder de influenciar, manipular e auxiliar na formação de opinião. “Foram entrevistados duas pessoas da classe D uma delas disse “Notícia assim eu não acompanho não, é mais pela convivência de familiares que passam por isso e amigos também, que falam que não é tão bom e por experiência própria também.” Já o outro entrevistado da classe D, quando perguntamos se acompanha as informações, respondeu. “Não. “Não acompanho, acompanhava antes mais era tudo mentira.” Vários estudos já foram realizados para compreender o papel da mídia na sociedade. Cada um usando uma perspectiva diferente do assunto. No começo do século XX algumas teorias defendiam a intensa manipulação da mídia que transmitia seus conteúdos de forma tão penetrante, a ponto de deixar o individuo imóvel sobre sua influência, como explica a teoria da bala mágica. Porém, existem líderes de opinião que agem como
mediadores entre as informações passadas pela mídia e a leitura que se forma na consciência das pessoas, comprovando que não são apenas os meios de comunicação que influenciam, mas também outras forças do ambiente social (LAZARSFELD, 1944 apud NETO 2008). Entretanto, com a ascensão da internet e das redes sociais, essas teoria já foram superadas, segundo Oliveira (2010), esses meios de comunicação, permitem a maior participação do indivíduo nesse processo de formação da opinião, além de permitir o acesso a diversos tipos de informação e opiniões, através de fóruns e blogs das redes sociais, no qual encontra-se uma pluralidade de formadores de opinião. Outro ponto discutível sobre as respostas, é que faltam informações mais específicas da cidade de São Bernardo nos veículos citados, normalmente eles abrangem notícias do Estado ou da Região do ABC em geral, como o programa SPTV da Rede Globo, sites G1 e o R7, e o jornal Diário do Grande ABC e Jornal Metro, ou abrangem notícias nacionais, como Domingo Espetacular, Jornal da Record e Jornal Nacional. Nesse caso, o fluxo de informações sobre a saúde da cidade é menor. Também foi apontado nas entrevistas que em época de campanhas eleitorais aumenta a quantidade de informação sobre a saúde. Normalmente, elas são divulgadas em banners e outdoors.
2.6 O que influencia a sua opinião sobre a saúde? Com certeza podemos destacar como uma das principais questões do roteiro de pesquisa a pergunta número 6 (O que influencia a sua opinião sobre a saúde?). Essa questão nos fornece subsídios importantes para analisar o tema central do PI que é a influência da mídia na opinião pública. Para tal análise, além de coletar dados com uma amostra de diferentes classes da população de São Bernardo do Campo que usufrui dos serviços de saúde da
cidade, às respostas serão comparadas com matérias da disciplina de opinião pública. Verifica-se que a imprensa regional não tem o mesmo apelo que a mídia de forma geral, como tem sobre outros temas do cotidiano. Pelas respostas dos entrevistados, a percepção que eles passam é que a mídia só noticia o que é interessante para ela, raramente se lê notícias sobre a saúde em São Bernardo em jornais, revistas ou em qualquer outro veículo de comunicação. Normalmente quando se fala em mídia, a população da cidade costuma utilizar veículos que não abordam especificamente a cidade, mas sim, informações do Estado em geral, por isso, a dificuldade em se informar sobre o tema. Como cita Marcus, da classe B “gosto de ler o jornal do Grande ABC que tem bastante coisa, mas não específico daqui". Outro fato que ocorre é que a mídia só noticia o que ela acredita que terá grande repercussão, grande parte das informações são reclamações do atendimento, erros médicos, entre
outros.
É
difícil
encontrar
alguma
informação sobre inauguração de hospitais, melhorias no atendimento e salvo em época de eleição quando os candidatos fazem questão de mostrar a sua percepção da saúde e o que ele fez para melhorá-la. Quando questionamos um entrevistado, de 22 anos, da classe A, se ele acredita que há um aumento no fluxo de informações sobre a saúde em período eleitoral, ele respondeu. ”Com certeza, porque é de interesse do candidato, mesmo que ele não faça nada o mandato inteiro, mostrar um pouco de serviço mesmo que seja mínimo.” Embora, os entrevistados não percebam, esses conteúdos mesmo que escassos irão influenciá-los de alguma forma, pois nesse caso a mídia acaba pautando as informações que deseja veicular, e conseqüentemente mesmo que a
médio prazo, os temas abordados farão parte das discussões, segundo Antônio Hohlfeldt :
Os meios de comunicação, por conseqüência, influenciam o receptor não a curto prazo, devido aos conteúdos publicados, mas sim a médio e longo prazo. [...] Eles não são capazes de impor o quê pensar em relação a um determinado tema, mas influenciam sobre o que pensar e falar. Dependendo dos assuntos que venham a ser abordados – agendados –pela mídia, o público termina, a médio e longo prazos, por incluí-los igualmente em suas preocupações. Assim, a agenda da mídia termina por se constituir também na agenda individual e mesmo na social.
(HOHLFELD, 1997 apud QUITÉRIO)
Além disso, os aspectos psicológicos também estão presentes na formação da opinião dos entrevistados, como por exemplo, a inteligência intrapessoal, segundo Howard Gardner (2001), faz com que os indivíduos obtenham a capacidade de processar as informações que são passadas e a partir disso ter sua própria opinião. Comparando as repostas, é possível notar que
integrantes da classe A e B costumam se informar pela mídia, mas não é sua principal fonte de informação. Já as outras classes obtêm informações por relatos de amigos, familiares, conhecidos ou por experiência própria. Como
antigamente,
a
esfera
pública
tem
sua
importância, a troca de relatos e experiências é de grande valia, para que o indivíduo forme uma opinião sobre a saúde. Porém para garantir o conhecimento e poder formar uma opinião mais clara sobre o assunto, também é necessário buscar informação em outros lugares, pois, em nenhum momento foi citado o site da prefeitura ou outros veículos
de
comunicação regionais que pudessem ter mais informações sobre a saúde.
2.7 Quais sugestões você daria para melhorar a saúde de São Bernardo do Campo? Ao
analisar
pergunta maioria
do dos
a
última
questionário, entrevistados
a das
classes B, C e D apontaram sugestões
de
melhoria
no
investimento de verba por parte do Governo, implantação de novos materiais,
profissionais
qualificados, atendimento
agilidade e
construção
no de
novos hospitais. Os indivíduos da classe B, em sua maioria, tanto homens quanto mulheres, acham que falta investimento por parte do Governo para que a saúde melhore em São Bernardo do Campo, “(...) o governo tem o poder e o dever de colocar mais investimento nessa área (...)”. Já os entrevistados das classes C e D indicam que o ponto principal a ser melhorado é a infra-estrutura das UPAs e UBSs, como citado por um dos entrevistados “[...] mais médicos nas UBS pra atender mais, o atendimento ser mais rápido, as consultas serem mais rápidas, não ficar demorando quatro, cinco ou até seis meses.”
Segundo Eysenck e Keane (2007), cada indivíduo chega a essas decisões ou sugerem, nesse caso, melhorias, baseadas em conceitos aprendidos e fixados em experiências passadas, sendo por meio de sua vivência ou pela mídia. Conforme a Terapia Cognitiva, desenvolvida por Beck (1963; 1964), os indivíduos atribuem valor a sentimentos, fatos, pessoas, e demais aspectos de sua vida, por isso, agem de determinada maneira e formulam diferentes hipóteses sobre o futuro e sobre sua própria identidade. As pessoas podem reagir de diversas maneiras a uma situação. Em alguns momentos a resposta habitual pode ser uma característica geral dos indivíduos dentro de determinada cultura, ou outros fatores ligados ao seu cotidiano.
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS A aplicação do roteiro e a análise permitiram avaliar, como é formada a opinião pública acerca do tema saúde na cidade de São Bernardo do Campo. De acordo com as respostas dos entrevistados, podemos entender que a ausência de informação aliada à falta de interesse em pesquisar e questionar as informações que são passadas, criam falhas no processo de comunicação e na formação de opinião, além de limitar o conhecimento da população. Conforme a teoria da “agenda setting” que compreendeu que a mídia pauta o cotidiano para o receptor, dessa forma ela deixa de ser analisada como um instrumento persuasivo e manipulador, ou seja, ela não impõe uma mensagem ao receptor, mas indica o que vamos pensar e falar pautando os assuntos. (HOHLFELD, 1997 apud QUITÉRIO) Comprovamos que a mídia tem sim participação na formação da opinião, mas nesse caso é evidente que sua participação é muito pequena. Justamente por pautar essas informações ela tem o poder de controlar os conteúdos que são passados. Logo podemos comprovar com a pesquisa, que a falta de informação e algumas vezes a ausência de opinião ocorre justamente por isso. Todos os entrevistados informaram que acompanham as informações por meio de experiências próprias ou de outras pessoas, isso acontece porque os veículos de comunicação citados nas respostas não focam apenas em São Bernardo, mas também em outras regiões. Portanto, entendemos que há redução na participação da mídia, também, pelo fato de estarmos interligados no contexto da “aldeia global”, o qual permite que as pessoas tenham maior interatividade, através da praticidade e rapidez que ocorrem as trocas de informações, por isso, é irrelevante que as pessoas estejam no mesmo espaço físico, dessa forma, essas discussões contribuem na formação de opinião.
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