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O Exame na Prática Clínica
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O EXAME NA PRÁTICA CLÍNICA TESTE RÁPIDO PARA STREPTOCOCCUS GRUPO A PODE REDUZIR PRESCRIÇÃO DE ANTIBIÓTICOS
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faringotonsilite aguda é uma causa freqüente de consulta ao clinico. Muitos vírus e bactérias podem causar a doença, embora apenas um deles necessite um diagnóstico etiológico e um tratamento específico. O Streptococcus pyogenes, ou do Grupo A é causador de 15 – 30% das faringotonsilites, sendo mais freqüente em crianças. Nesses casos a imediata terapia antimicrobiana é indicada para prevenir as complicações da doença, que incluem a Febre Reumática e o abcesso peritonsilar. O exame clínico tem baixa sensibilidade e especificidade para avaliar a etiologia do quadro, fato que levou a Sociedade Brasileira
de Pediatria a recomendar o uso de testes microbiológicos para confirmação de diagnóstico. A cultura de orofaringe é o padrão-ouro para diagnosticar Streptococcus grupo A, mas na prática revela-se de difícil realização, principalmente pela dificuldade em isolar o patógeno em material contaminado pela flora normal. Além disso o tempo necessário para o isolamento e identificação do germe pode chegar a 48h. Os testes rápidos, por pesquisarem antígeno por imunoensaio sofrem menor influencia da flora normal da orofaringe e possibilitam um resultado imediato. Assim, o clínico pode receber o resultado no mesmo dia da coleta.
Quando comparados com a cultura, os testes rápidos apresentam boa sensibilidade (em torno de 70-80%) e ótima especificidade (próxima a 98%). O teste já é recomendado por diretrizes brasileiras e americanas para o diagnóstico das faringotonsilites. A utilização desse teste pode reduzir tanto a prescrição inadequada de antibioticoterapia em faringites virais, quanto a falta de tratamento para uma infecção potencialmente perigosa Pesquisa de Strepto a Orofaringe Material: swab faringe Resultado: no mesmo dia Exame consta da tabela de todos os convênios
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HEMOGLOBINA GLICADA (A1C) POR HPLC UM RECURSO VALIOSO NA LUTA CONTRA O DIABETES.
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Hemoglobina A é a forma principal e nativa da hemoglobina. A hemoglobina A1 é aquela carregada mais negativamente, devido à adição de glicose e outros carboidratos. Através da separação cromatográfica é possível quantificar a HbA1C, que é a “verdadeira” hemoglobina glicada, ligada á glicose através de um processo não enzimático e irreversível. Essa ligação ocorre continuamente durante o período de vida do eritrócito e é dependente da concentração da glicemia e do tempo de exposição. Portanto, a Hemoglobina glicada reflete a glicemia média de um período prévio que varia de 8-12 semanas, dependendo do indivíduo.
A HBA1C NO DIAGNÓSTICO DO DIABETES. Recentemente a American Diabetes Associatio (ADA) incluiu a HbA1C como exame para o diagnóstico de Diabetes. Baseado em diversos estudos de sensibilidade e especificidade, a ADA definiu o valor de 6,5% como o ponto de corte ideal para o diagnóstico. Pacientes com valores elevados sem sintomas devem repetir o teste. Uma HbA1C acima de 6,5% e uma glicemia ao acaso superior a 200 mg/dl confirmam o diagnóstico, segundo a ADA.
Utilizar a HbA1C para diagnóstico tem algumas vantagens, como a não necessidade de jejum e a possibilidade de medir em um único teste a hiperglicemia crônica. Além disso, trata-se de um teste com baixa variabilidade intraindividual. Quando usamos o teste para diagnóstico, pacientes com valores de HbA1C entre 5,7 e 6,4% são considerados como de risco aumentado para desenvolver o Diabetes, anteriormente designados como pré-diabetes.
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A HBA1C NO CONTROLE DO DIABETES. Grandes estudos epidemiológicos como o The Diabetes Control and Complications Trial (DCCT) comprovaram a importância do controle glicêmico estrito na redução do risco de complicações do Diabetes. Os dados comprovaram que um bom controle da glicemia pode reduzir em até 76% a retinopatia, 50% a nefropatia e em 42% os eventos cardiovasculares. Esse estudo foi pioneiro no estabelecimento do ponto de corte de 7% de HbA1C como alvo para o tratamento do diabético. Mais recentemente outros estudos le-
A IMPORTÂNCIA DA METODOLOGIA HPLC Para poder tomar as suas decisões com segurança, é imprescindível utilizar o método de HPLC (Cromatografia Liquida de Alta Performance) para a determinação da Hba1C. Esse é método padrão ouro pelo National Glycohemoglobin Standardization Program (NGSP), dos Estados Unidos e a metodologia empregada na avaliação da redução de riscos e controle glicêmico como o DCCT. É um teste com baixa variabilidade biológica e analítica, o que garante a precisão do resultado e a possibilidade de acompanhamento do paciente com segurança. A rede Analic oferece o teste de HbA1C por HPLC para seus clientes dos Laboratórios Analic, Bioquimico e Ribeiro, nas cidades de Concórdia, Xanxerê, Chapecó e Erechim, com rotina diária e entrega de resultados no mesmo dia da coleta da amostra.
varam a diversas sociedades científicas, como a Sociedade Brasileira de Diabetes, a propor o valor de 6,5% como nova meta. Quanto mais recente for o diagnóstico e maior a expectativa de vida, mais intenso deve ser o controle glicêmico e mais o alvo de 6,5% se justifica.
A GLICEMIA MAIS RECENTE E SEU IMPACTO NA HBA1C. A glicação da hemoglobina ocorre em todo o período de vida do glóbulo vermelho(12º dias, em média), mas as glicemias mais recentes é que influenciam mais
o valor da HbA1C. Estudos demonstraram que a glicemia do último mês é responsável por até 50% do valor da Hemoglobia Glicada em um paciente com controle estável da glicemia. É a glicemia mais recente, portanto, que causa mais impacto nos níveis de HbA1C. Referências: Netto, A. P. et al. Atualizacao sobre hemoglobina glicada (HbA1C) para avaliacao do controle glicemico e para o diagnostico do diabetes: aspectos clinicos e laboratoriais - J Bras Patol Med Lab • 2009; American Diabetes Association - Classification and Diagnosis of Diabetes Diabetes Care 2016; Sacks, D. et al. Guidelines and Recommendations for Laboratory Analysis in the Diagnosis and Management of Diabetes Mellitus - Clinical Chemistry 2011.
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VIAGEM NO TEMPO FAZENDAS HISTÓRICAS NO INTERIOR DE SÃO PAULO SÃO EXCELENTE OPÇÃO PARA ROTEIROS NACIONAIS
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ara quem gosta de viajar (pelo Brasil e no tempo) o interior de São Paulo reserva um roteiro sensacional: fazendas preservadas, dos tempos dos imperadores aos barões do café. Protegidas e preservadas pelo Condephaat (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico e Turístico) como patrimônio histórico estadual, algumas fazendas históricas são uma excelente pedida para relaxar, se divertir e fazer uma viagem de volta ao passado. Separamos algumas opções para você elaborar o seu roteiro para as próximas férias. Veja só:
SÍTIO DO PICAPAU AMARELO (CHÁCARA DO VISCONDE) Em Taubaté você encontra a chácara que inspirou Monteiro Lobato a escrever as aventuras da turma do “Sítio do Picapau Amarelo”. Atualmente, o local abriga um museu em homenagem ao autor, possuindo ainda uma extensa área verde e espaços para apresentações teatrais com os personagens do Sítio. A visitação pode ser feita de terça a domingo, durante o dia. Mais informações: (12) 3625-5062 e www.museumonteirolobato.com.br
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FAZENDA RESGATE
FAZENDA VARGEM GRANDE
Em Bananal é possível visitar a casa construída em taipa de pilão e pau-a-pique, com planta retangular e telhado em quatro águas. Esse é um dos mais ricos e requintados exemplos de moradia rural do período cafeicultor. Pertenceu, no início do século 19, a um comendador, sendo que o local foi um dos maiores produtores de café do Vale do Paraíba. A visitação acontece de terças à sextas, mediante agendamento. Mais informações: (12) 3116 - 1002 e www.fazendaresgate.com.br
A fazenda de Areias foi construída em 1837, época do “Ciclo do Café” em São Paulo. Seus proprietários ficaram conhecidos como “Barões do Café” daquela região. A fazenda abriga um hotel fazenda, sendo que todos os ambientes são repletos de detalhes que transformam a visita em uma verdadeira viagem no tempo. Mais informações: (12) 99759-5351 e www.fazendavargemgrande.com.br
FAZENDA LAGEADO
FAZENDA MORRO AZUL
Em Botucatu encontra-se a fazenda, que foi adquirida pelo Departamento Nacional do Café e, a partir de 1934, convertida na Primeira Estação Experimental de Café do país. A estrutura é composta por casa-grande, terreiros de secagem, lavagem de grãos, tulhas e casa de máquinas, bem como instalações que garantiam seu funcionamento, como moinho, serraria, paiol, estábulo, entre outros. Atualmente, a instalação abriga a Faculdade de Ciências Agronômicas e Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, da Unesp. Mais informações: www.fca.unesp.br/#!/instituicao /fazendas/ fazenda-lageado/
Situada entre Iracemápolis e Limeira, a fazenda foi tombada em 1974. É um elegante exemplo de construção do século 19, cujo destaque é seu projeto arquitetônico. Em forma de palacete, exibe azulejos portugueses e ingleses na fachada. Do lado de fora, existem riachos, uma floresta de jequitibás e as salas de banho, também conhecidas como Ruínas das Termas do Imperador, pois a fazenda hospedou o imperador D. Pedro II por duas vezes (1878 e 1886). As visitações devem ser agendadas. Mais informações: 99607-1188 e e-mail: eventos.fazendamorroazul@hotmail.com