07/2010
MADDOG p.30
NOVA ECONOMIA p.26
Quando pouco conhecimento se torna um problema sério.
LINUXCON p.22
A verdadeira nova economia será a dos bens intangíveis.
Prorrogada a venda dos ingressos com desconto.
# 68 Julho 2010 Linux Magazine # 68
A REVISTA DO PROFISSIONAL DE TI INFRAESTRUTURA DE TI
INFRA ESTRUTURA DE TI CASE ALFRESCO p.26 A Construcap agilizou seus projetos com o Alfresco
LINUX PARK 2008 p.28 Iniciada em Porto Alegre a temporada de seminários Linux Park de 2008
CEZAR TAURION p.34 O Código Aberto como incentivo à inovação
#44 07/08
A REVISTA DO PROFISSIONAL DE TI
9 771806 942009
SUMO
00044
R$ 13,90 € 7,50
GOVERNANÇA COM
GIT
SEJA UM BOM GESTOR E UTILIZE AS MELHORES PRÁTICAS ADOTADAS E RECOMENDADAS PELOS PROFISSIONAIS MAIS EXPERIENTES NESSA ÁREA p.36
» O que dizem os profissionais certificados p.24 » Cobit, CMMI, ITIL. Quais as melhores práticas? p.36
BLUETOOTH
» ITIL na prática p.39
» Novidades do ITIL v3. p.44
SEGURANÇA: DNSSEC p.69
VEJA TAMBÉM NESTA EDIÇÃO:
Com o DNSSEC, a resolução de nomes fica protegida de ataques. Mas seu preço vale a pena?
» Relatórios do Squid com o SARG p.60
REDES: IPV6 p.64
» Becape de bancos de dados com a Libferris p.46
Conheça as vantagens da nova versão do Internet Protocol, e veja por que é difícil adotá-la
» Java, Ruby e Rails: conheça o JRuby on Rails p.74 » Benchmarks do GCC 4.3? p.58
» LPI nível 2: Servidores NIS e DHCP p.52
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ACTIVE DIRECTORY
COMO AS FERRAMENTAS DE INFRAESTRUTURA PODEM OTIMIZAR O DESEMPENHO DA SUA EMPRESA E DE SEUS PROJETOS. p. 33
INVENTÁRIO
» Active Directory no Linux p.35 » Escolha consciente do sistema de arquivos p.40 » Gerenciamento otimizado de usuários p.46
SSD
TUTORIAL: GIT p.60 Controle de versão flexível, poderoso e fácil.
SISTEMA DE ARQUIVOS
SEGURANÇA: BLUETOOTH p.72 Evite que suas informações sejam interceptadas em conexões Bluetooth.
OPENSOLARIS
VEJA TAMBÉM NESTA EDIÇÃO:
» Monitoramento com Nmon p.10 » Diagnóstico do parque computacional p.56 » OpenSolaris: framework de serviços p.67 » Suporte para dispositivos SSD p.53
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GRÁTIS
31 de agosto a 1 de setembro São Paulo
Aguardamos você no mais esperado evento de software livre da América do Sul. Trata-se do LinuxCon, em sua primeira vez no Brasil, trazendo grandes personalidades como Linus Torvalds, criador do sistema operacional Linux e Andrew Morton, mantenedor do kernel Linux além de Jim Zemlin, diretor da Linux Foundation.
Palestrantes confirmados
• James Bottomley, Novell Distinguished Engineer Linux e mantenedor do kernel do subsistema SCSI. • Jon Corbet, desenvolvedor do kernel do Linux e Editor da Linux Weekly News (LWN). • Thomas Gleixner, mantenedor da arquitetura Intel (x86), • Ian Prat, arquiteto chefe do projeto de código aberto Xen e fundador da XenSource. • Ted Ts'o, primeiro desenvolvedor do kernel na América do Norte e parceiro do Google.
Platinum Sponsors
Gold Sponsors
Silver Sponsors
Mais informações no site: www.linuxfoundation.org
Local: Sheraton São Paulo WTC Hotel Convention Center Av. das Nações Unidas, 12559 Brooklin Novo — São Paulo/SP
Realização
Expediente editorial
Estratégia
Diretor Geral Rafael Peregrino da Silva rperegrino@linuxmagazine.com.br Editora Flávia Jobstraibizer fjobs@linuxmagazine.com.br
Redator Mauro Baraldi mbaraldi@linuxmagazine.com.br Colaboradores Alexandre Borges, Augusto Campos, Corinto Meffe, Adriano Meier, Ben Martin, Kurt Seifried, Cezar Taurion e Charly Kuhnast. Tradução Diana Ricci Aranha Revisão F2C Propaganda Editores internacionais Uli Bantle, Andreas Bohle, Jens-Christoph Brendel, Hans-Georg Eßer, Markus Feilner, Oliver Frommel, Marcel Hilzinger, Mathias Huber, Anika Kehrer, Kristian Kißling, Jan Kleinert, Daniel Kottmair, Thomas Leichtenstern, Jörg Luther, Nils Magnus. Anúncios: Rafael Peregrino da Silva (Brasil) anuncios@linuxmagazine.com.br Tel.: +55 (0)11 3675-2600 Penny Wilby (Reino Unido e Irlanda) pwilby@linux-magazine.com Amy Phalen (América do Norte) aphalen@linuxpromagazine.com Hubert Wiest (Outros países) hwiest@linuxnewmedia.de Diretor de operações Claudio Bazzoli cbazzoli@linuxmagazine.com.br Na Internet: www.linuxmagazine.com.br – Brasil www.linux-magazin.de – Alemanha www.linux-magazine.com – Portal Mundial www.linuxmagazine.com.au – Austrália www.linux-magazine.es – Espanha www.linux-magazine.pl – Polônia www.linux-magazine.co.uk – Reino Unido www.linuxpromagazine.com – América do Norte Apesar de todos os cuidados possíveis terem sido tomados durante a produção desta revista, a editora não é responsável por eventuais imprecisões nela contidas ou por consequências que advenham de seu uso. A utilização de qualquer material da revista ocorre por conta e risco do leitor. Nenhum material pode ser reproduzido em qualquer meio, em parte ou no todo, sem permissão expressa da editora. Assume-se que qualquer correspondência recebida, tal como cartas, emails, faxes, fotografias, artigos e desenhos, sejam fornecidos para publicação ou licenciamento a terceiros de forma mundial não-exclusiva pela Linux New Media do Brasil, a menos que explicitamente indicado. Linux é uma marca registrada de Linus Torvalds. Linux Magazine é publicada mensalmente por: Linux New Media do Brasil Editora Ltda. Rua São Bento, 500 Conj. 802 – Sé 01010-001 – São Paulo – SP – Brasil Tel.: +55 (0)11 3675-2600 Direitos Autorais e Marcas Registradas © 2004 - 2010: Linux New Media do Brasil Editora Ltda. Impressão e Acabamento: RR Donnelley Distribuída em todo o país pela Dinap S.A., Distribuidora Nacional de Publicações, São Paulo. Atendimento Assinante
EDITORIAL
Editora de Arte Paola Viveiros pviveiros@linuxmagazine.com.br
Para que qualquer tecnologia possa florescer e ser bem-sucedida, é necessário que a empresa ou grupo por trás dessa tecnologia estabeleça uma estratégia condizente com às necessidades dos usuários que pretende atender. Quando Steve Jobs retornou à Apple em 1995, a empresa estava à beira da falência. Além de ter enxugado ao máximo os custos da empresa, Jobs procurou definir uma estratégia para seus produtos. Isso foi fundamental para a retomada do crescimento da empresa da maçã – cujo valor de mercado superou o da Microsoft em maio de 2010 – e envolvia o conceito de “hub digital”, aliado a uma busca frenética por excelência. Um hub é qualquer equipamento capaz de aceitar conexões de outros dispositivos, servindo ao mesmo tempo de central para transmissão e recepção de dados. O hub digital da Apple é o Mac, a estação central à qual todos os dispositivos digitais da Apple – do iPod ao iPhone, passando pelo AppleTV e pelo Airport – se conectam. O iTunes fecha o pacote da empresa de Jobs: foi através dele que a Apple estabeleceu um ecossistema coeso (e fechado) de aplicativos e produtos (música e vídeo digitais, livros, programas extras etc.), com foco na experiência do usuário. Qual é a infraestrutura de TI por trás de todo esse ecossistema? Para a Apple, isso parece não importar muito, mas é através dela, no final das contas, que o usuário fica “aprisionado” à experiência fornecida pela empresa. Entretanto, enquanto tecnologia, o dono dessa infraestrutura chama-se Linux. Se pudermos confiar nos relatórios da Netcraft, dos 89 domínios e subdomínios da Apple publicamente disponíveis, nada menos que 29 rodam Linux, entre eles www.apple.com. Em um ambiente de computação em nuvem – cuja infraestrutura é totalmente dominada pelo Linux –, com sistemas Linux equipando dispositivos móveis mais do que qualquer outro e com o desktop tradicional em transição para tablets (vide o sucesso do iPad e a enxurrada de similares equipados com sistemas baseados em Linux aparecendo no mercado), chegou a hora de aprendermos com a Apple, nos concentrando agora na experiência do usuário como estratégia de disseminação da plataforma. O Google, com a plataforma Android, a Intel e a Nokia, com o projeto MeeGo, a HP, com a aquisição da Palm, e o consórcio Linaro, formado por ARM, Freescale, IBM, Samsung, ST-Ericsson e Texas Instruments, estão no caminho certo para levar essa estratégia e o Linux para mais perto de você, com toda a liberdade que só o sistema do pinguim e o Software Livre podem oferecer! n
www.linuxnewmedia.com.br/atendimento São Paulo: +55 (0)11 3512 9460 Rio de Janeiro: +55 (0)21 3512 0888 Belo Horizonte: +55 (0)31 3516 1280 ISSN 1806-9428
Impresso no Brasil
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Linux Magazine #68 | Julho de 2010
Rafael Peregrino da Silva Diretor de Redação
3
ÍNDICE
CAPA Infraestrutra de TI otimizada
33
C omo as ferramentas de infraestrutura podem otimizar o desempenho da sua empresa e seus projetos. Active Directory no Linux
34
Conheça formas de obter mobilidade entre Windows e Linux. Sistema de arquivos otimizado
40
A escolha de um sistema de arquivos depende das necessidades de cada um. Conheça as diferenças entre os sistemas de arquivos Linux mais populares e faça uma escolha consciente. Ajuda de peso
46
O Sumo disponibiliza um módulo de gerenciamento de usuários para suas aplicações web com poucas linhas de código.
4
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Linux Magazine 68 | ÍNDICE
COLUNAS
Sorria! Você está sendo inventariado
Klaus Knopper
08
Charly Kühnast
10
Zack Brown
12
Augusto Campos
14
Kurt Seifried
16
Alexandre Borges
18
56
L evantamento e controle patrimonial, combate a pirataria e gerência das licenças de softwares são fundamentais para as empresas, atividade que se torna complexa quando existem muitos equipamentos.
NOTÍCIAS Geral ➧ Google abandona gradualmente o Windows por razões de segurança
22
TUTORIAL
➧ Banco do Brasil promete migrar base de ATM para Linux até dezembro
Git no Controle
➧ Google libera o código fonte do aplicativo My Tracks
60
C aso já tenha feito alguma mudança em um código ou texto em que estava trabalhando, e depois percebeu que a versão anterior era melhor, você precisa de um software de controle de versão. Mostraremos como o Git pode ajudar.
CORPORATE Notícias ➧ Prorrogação no prazo da venda de ingressos com desconto para a LinuxCon
26 OpenSolaris, parte 15
67
Desbravando o framework de serviços no OpenSolaris.
➧ Xerox completa 45 anos no Brasil ➧ Google aponta publicamente falha no Windows XP Coluna: Rafael Peregrino
24
Bens intangíveis
26
Coluna: Jon “maddog” Hall
30
Coluna: Cezar Taurion
32
SEGURANÇA Quase tudo azul
72
M uitos usuários não sabem como é fácil interceptar comunicações Bluetooth e obter informações confidenciais, mas novas abordagens prometem mitigar, e até mesmo eliminar, o perigo.
ANÁLISE Sistema em estado sólido
53
O s principais sistemas de arquivos do Linux já oferecem um bom suporte para dispositivos SSD, mas ainda há espaço para aperfeiçoamento.
SERVIÇOS
Linux Magazine #68 | Juhlo de 2010
Editorial
03
Emails
06
Linux.local
78
Eventos
80
Preview
82
5
u c.h ww .s x –w ro ne gje sa
nja
Emails para o editor
CARTAS
Permissão de Escrita Botão do mouse não funciona ✉
Pode parecer um problema meio trivial, mas realmente não consigo arrumá-lo. Tenho um notebook HP Mini 210, com um touchpad com função integrada de botão de mouse, sem botões reais. O mouse não funciona no Linux. Há um jeito de resolver isso? Márcio Rogério Campos
Resposta
Esse touchpad utiliza um protocolo especial (“extended ps2”) que gera o clique do mouse com toques nas áreas do pad. Se o módulo psmouse foi compilado estaticamente no kernel, é possível ativar o recurso clique com a opção de boot: psmouse.proto=exps (posto na linha APPEND ou KERNEL no arquivo de configuração do seu bootloader). Caso sua distribuição carregue o driver do psmouse como um módulo, use esse comando logado como root para adicionar um arquivo de opção de módulo para o módulo psmouse: echo "options psmouse proto=exps" > /etc/modprobe.d/psmouse.conf
Para ativar essa opção imediatamente (todos os programas que utilizam o mouse precisam ser finalizados antes) é possível usar: rmmod psmouse modprobe psmouse proto=exps
Feito isso, reinicie o servidor Xorg. n
Escreva para nós!
Agradecimentos ✉
Mais uma vez a revista Linux Magazine me ajudou. Não é de hoje que suas matérias vem auxiliando este sysadmin iniciante. A matéria sobre LDAP, SAMBA e Windows 7 (Linux Magazine #62) veio em um momento que realmente precisava migrar meu PDC SAMBA e passar a utilizar SAMBA + LDAP. Facilitou muito o gerenciamento de usuários, permissões e compartilhamentos. Aproveito para enviar mais uma sugestão de matéria, que fale sobre ferramentas open source para gerenciamento e monitoramento de servidores Linux – como por exemplo Zenoos ou Zabbix. Alexandre Luiz dos Santos
Resposta
Alexandre, agradecemos os elogios e esperamos que as próximas edições continuem auxiliando a você e a tantos outros leitores! Sobre sua sugestão de matéria, certamente abordaremos o assunto sugerido, pois é extremamente interessante e ajudará muitos usuários. n
✉
Sempre queremos sua opinião sobre a Linux Magazine e nossos artigos. Envie seus emails para cartas@linuxmagazine.com.br e compartilhe suas dúvidas, opiniões, sugestões e críticas. Infelizmente, devido ao volume de emails, não podemos garantir que seu email seja publicado, mas é certo que ele será lido e analisado.
6
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Coluna do Augusto
COLUNA
A nova geração dos genéricos? Entenda como a onda dos dispositivos genéricos destrói a comercialização dos originais.
A
palavra “genérico” é para mim uma curiosidade etimológica. A partir de um uso da indústria farmacêutica, na qual se aplica a medicamentos mais econômicos produzidos com a mesma fórmula e processo de outros com marcas mais caras (e, ao menos em tese, com outras vantagens a seu favor), logo foi adotada na língua coloquial, como substituto para produtos clonados, piratas ou “ripoffs”. Não sou fã da prática, mas quem já viu os típicos celulares “genéricos” percebe o grau da concorrência que eles fazem aos produtos das grandes marcas, e que vai bem além do aproveitamento predatório e indesejado da sua aparência externa. A integração e a qualidade da montagem, serviços, garantia e outras características importantes (muitas delas essenciais, na minha opinião) deixam muito a desejar, mas há outro lado: vários aparelhos da categoria apresentam recursos incomuns quando comparados com os modelos “de marca”, como o suporte a 2 chips, função TV e outros, sem deixar de oferecer o suporte
14
uando um software aberto Q e de qualidade como o Android estiver disponível universalmente nos novos dispositivos, o consumidor ganhará alternativas legítimas e bem mais baratas na compra de originais, sem necessitar adquirir genéricos.
a aplicativos de terceiros – alguns recursos típicos de smartphones –, e o essencial: ligações telefônicas, mensagens de texto e conexão de dados. Além de toda a questão da contratação (incluindo logotipos similares, nomes parecidos etc.), um ponto em que estes aparelhos usualmente pecam gravemente é o seu software: mal integrado, mal traduzido, incompleto, cheio de pontas soltas e limitações. E é por isso que a chegada de uma nova geração de genéricos atraiu minha atenção: além de tentar mimetizar o visual de produtos de marcas famosas de smartphones e tablets, eles se livraram do software ruim e abraçaram, do jeito deles, o código aberto: na esquina da minha casa já está à venda um aparelho chamado APhone, cujo visual lembra muito o IPhone, mas o software que roda nele é o Android. O mesmo vale sobre inúmeras notícias sobre tablets de marcas desconhecidas tentando surfar na onda do lançamento do iPad: o que há em comum entre boa parte deles é o Android. Quando um software aberto de boa qualidade como o Android estiver à disposição dos fabricantes, a concorrência predatória dos piratas continuará sendo um problema para quem busca liderar pela inovação e qualidade, mas eles também receberão uma nova geração de concorrentes, que tentarão se diferenciar pelo preço mais baixo de suas soluções no estilo commodity, mesmo sem tentar imitar o visual e marca dos líderes de mercado. O consumidor ganhará alternativas legítimas e bem mais baratas, e o código aberto estará presente na solução. Quem viver, verá! n Augusto César Campos é administrador de TI e desde 1996 mantém o site BR-linux, que cobre a cena do Software Livre no Brasil e no mundo.
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Coluna do Alexandre
COLUNA
O que podemos aprender com Linus? O que podemos aprender com o pai do Linux?
R
esponda rápido: qual é o bem mais precioso de uma empresa? De fato, essa é uma pergunta difícil. Certamente as respostas podem ser múltiplas neste caso e praticamente quase tudo pode ser incluso: o logotipo da empresa, a marca, as máquinas, as construções, as pessoas, seus produtos, porém, certamente nada vale mais dinheiro neste mundo do que uma coisa: a informação. Isso mesmo: o capitalismo é, de forma direta ou indireta, movido à informação e esta sim é que o existe de mais valioso neste mundo. Em poucas semanas Linus Torvalds estará no país e sem dúvidas, será um evento único pois ele é considerado um “pop star” por todos os profissionais que trabalham com Tecnologia da Informação e que desperta a curiosidade até mesmo de pessoas que não são deste meio. Gênio? Certamente que sim, contudo não pelo seu conhecimento acima da média em programação porque afinal, existem outros desenvolvedores brilhantes participando do desenvolvimento do Linux/ GNU. A genialidade de Linus foi ter feito algo simples e que, mesmo nos dias de hoje e tantos anos após seu post no newsgroup comp.os.minix (25/08/1991) com o título “What would you like to see most in minix?”, muitos ainda ignoram e tornam com isto o progresso da TI mais difícil: Linus compartilhou a informação (no caso, um projeto inicialmente muito simples portando o bash e o gcc para máquinas x86) e, mesmo sem muitas pretensões (deixou claro que não esperava que fosse grande e profissional como o GNU) acabou desencadeando um dos maiores projetos colaborativos da história da informática, quebrando o paradigma de que para se produzir riqueza é necessário guardar a informação a sete chaves. É um caso curioso: grande parte das empresas sempre ganharam muito dinheiro protegendo seus conhe18
cimentos de uma forma quase obsessiva e, atualmente as grandes participantes do mercado (IBM, Sun, Novell etc.) aprenderam que podem ganhar muito mais dinheiro com serviços, fazendo uso de softwares de código aberto. É um paradoxo, todavia é incontestável que a informação somente agrega valor quando é compartilhada. Infelizmente ainda existem pessoas que estão preocupadas em esconder a posse de informações e dicas valiosas apenas para manter seus empregos já que temem a concorrência de outros indivíduos. Una este fato com outro mais desprezível ainda que é a politicagem dentro das empresas e o resultado são companhias com baixa eficiência e despreparadas para a competição com outras empresas brasileiras ou estrangeiras. Quando você, leitor, faz a informação fluir, seja ministrando aulas, conduzindo palestras, escrevendo artigos, blogs etc. esteja convicto de que você jamais estará perdendo sua vantagem perante aos outros e, muito pelo contrário, estará sendo muito bem visto pelos seus pares como alguém confiável como fonte de conhecimento e, quem sabe, ainda se torne líder de sua comunidade/segmento. É exatamente isso que Linus fez, compartilhando ideias, convidando pessoas para fazer parte do projeto e ajudando a criar um dos maiores sistemas operacionais do mundo, o GNU/Linux. Foi reconhecido, ganhou destaque e virou mito. n
Alexandre Borges (alex_sun@terra.com.br, twitter: @ale_sp_brazil) é Especialista Sênior em Solaris, OpenSolaris e Linux. Trabalha com desenvolvimento, segurança, administração e performance desses sistemas operacionais, atuando como instrutor e consultor. É pesquisador de novas tecnologias e assuntos relacionados ao kernel.
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➧ Google abandona
NOTÍCIAS
gradualmente o Windows por razões de segurança
Os funcionários da Google terão de se adaptar a sistemas operacionais como o Linux e o Mac OS. A migração do Windows para plataformas alternativas é motivada principalmente pelo fator de o Google querer incrementar a segurança. Segundo o Financial Times, muitos dos 10 mil funcionários do gigante de buscas têm sido solicitados a mudar de sistema operacional, e podem optar entre o Linux e o Mac OS. Mas nenhuma requisição de migração para o sistema operacional Chrome OS foi expedida. Baseado no Linux e com lançamento previsto para a segun-
da metade desse ano, o sistema da Google irá rodar somente em hardware específico. Pode-se entender a manobra da Google como precaução depois de contas terem sido invadidas na China, ao final do ano passado. Àquela altura do campeonato, a empresa proibiu sua equipe de instalar o sistema operacional da Microsoft nos desktops. “Não usamos mais o Windows”, declarou um funcionário da empresa ao Financial Times. “É uma medida de segurança. Quem insistir em usar o Windows, agora, precisará de autorização por parte da direção de TI”, adiciona outro empregado. Outro funcionário do Google emenda: “O Linux tem código fonte aberto e o Windows, não. Nós não gostamos disso.” A Google se recusou a dar detalhes. A empresa afirma que está sempre “procurando incrementar a eficiência de seu negócio, mas não comentamos questões operacionais específicas.”. n
➧ Banco do Brasil promete migrar base de ATM para Linux até dezembro Embora em ritmo lento, a migração dos sistemas operacionais dos ATMs do Banco do Brasil deve ser concluída até o final deste ano. No segundo semestre de 2009, a instituição anunciou que substituiria o OS2, da IBM, pelo Linux em seus mais de 45 mil equipamentos instalados no Brasil e em países na América Latina. José Luis Prola Salinas, diretor de TI do Banco do Brasil, que esteve no CIAB 2010, explicou que o Linux demanda equipamentos mais robustos, o que significa que a migração só pode ser concluída quando o nível de obsolescência dos ATMs chegar a zero. “A obsolescência deve chegar a zero até o fim de 2010, prazo previsto para a conclusão da migração dos 45.800 ATMs para Linux”, afirma o executivo. Salinas revelou que,atualmente, 13 mil ATMs
rodam o sistema de código aberto – desses, 10 mil são máquinas novas e 3 mil tiveram o sistema operacional substituído de fato. Sem revelar a cifra empregada especificamente na migração dos sistemas nos ATMs, Salinas informou que o banco planeja investir R$ 1,9 bilhão em TI este ano. Desses, cerca de R$ 600 milhões serão destinados a custeios, enquanto o R$ 1,3 bilhão restante será dedicado a melhorias de sistemas, inovação e novos produtos. n
Para notícias sempre atualizadas e com a opinião de quem vive o mercado do Linux e do Software Livre, acesse nosso site: www.linuxmagazine.com.br
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Gerais | NOTÍCIAS
➧ Google libera o código fonte do aplicativo My Tracks O aplicativo My Tracks do Google permite que o usuário grave os dados de uma rota, com o uso de informações do GPS, e veja estatísticas (como tempo, velocidade, distância e elevação) em tempo real. Os registros podem ser feitos durante caminhadas, passeios de bicicleta, corridas ou qualquer outra atividade ao ar livre que envolva deslocamentos. Depois de gravadas, o usuário escolhe entre compartilhar as informações, exportá-las para o Google Spreadsheets e vê-las no Google My Maps. Todas as estatísticas de viagem podem ser compartilhadas ou não, de acordo com o desejo do usuário. “Você pode esperar que o My Tracks fique melhor do que nunca com as contribuições que esperamos receber de outros desenvolvedores. Muitos aplicativos novos, que trabalharão lado a lado com o My Tracks, também poderão ser desenvolvidos”, escreveu Rodrigo Damazio, engenheiro do Google, em post divulgado na semana passada. “Por exemplo, alguém pode facilmente criar um aplicativo para atividades fitness, geocaching, aviação e muitos outros.”Com o anúncio, os desenvolvedores poderão aprimorar funções e até criar novos recursos no aplicativo para smartphones Android equipados com GPS. n
Linux Magazine #68 | Julho de 2010
21
CORPORATE
➧ Prorrogação no prazo da venda de ingressos com desconto para a LinuxCon A Linux Magazine, em reunião com a diretoria da Linux Foundation, conseguiu uma prorrogação no prazo para compra de ingressos com desconto para a LinuxCon Brasil, devido à enorme procura dos ingressos e à grande quantidade de pedidos de usuários que desejam participar do evento. Na reunião ficou definido o dia 15 de julho como data final do aumento do valor para R$ 350,00. Sendo assim, interessados poderão comprar o ingresso com desconto – ou seja, por R$ 250,00 – até esta data ou até que se encerrem as vagas. Adquira o seu ingresso! As vagas são limitadas!
Caravanas e grupos
Caravanas, grupos de usuários e inscrições de instituições devem entrar em contato com a organização do evento através do e-mail linuxcon (arroba) linuxmagazine (ponto) com (ponto) br, pois há pacotes promocionais
para inscrições nesses casos. Inscreva hoje mesmo a sua caravana!
Sobre a LinuxCon
A LinuxCon Brasil irá ocorrer nos dias 31/08 e 01/09 no Centro de Convenções do WTC, em São Paulo, e irá reunir o que a comunidade Linux tem a oferecer de melhor, incluindo desenvolvedores da comunidade, administradores de sistemas, executivos de negócios e especialistas em infraestrutura de TI. O evento reunirá palestrantes de nível internacional de todo o mundo, conteúdo inovador e abuntante e será uma oportunidade fantástica para a troca de experiência com os melhores profissionais do segmento. n
➧ Xerox completa 45 anos no Brasil Na primeira quinzena de junho, a Xerox completou 45 anos de atuação no Brasil como líder mundial em gestão de documentos e processos de negócios. Desde 1965 até os dias de hoje, a empresa sempre esteve fortemente associada à história da tecnologia e do desenvolvimento no país, muitas vezes reinventando sua própria atividade para melhor atender às expectativas de um mercado em constante movimento. Originalmente dedicada à missão de assegurar maior produtividade para escritórios de todos os tamanhos, a Xerox trouxe para Brasil a invenção de um cientista norte-americano chamado Chester Carlson batizada como processo xerográfico. O processo levou o nome das palavras gregas “seca” e ”escrita”. A novidade da época viabilizou níveis de produtividade e eficiência semelhantes aos melhores processos de trabalho praticados por empresas do mundo todo e foi rapidamente adotada por empresas de todo o Brasil. Ainda hoje a xerografia está presente na forma como qualquer pessoa copia ou imprime documentos em escritórios do mundo todo. Está no fundamento de copiadoras, impressoras a laser e mul22
tifuncionais digitais, e é também usada para criar extratos de cartões de crédito, personalizar malas diretas, produzir livros instantâneos e pôsteres, além de memorandos, recibos, arquivos e muito mais. O contínuo aperfeiçoamento desta tecnologia trouxe um legado que jamais será esquecido pela indústria. Inúmeras patentes e novas tecnologias amplamente difundidas nos dias atuais como a interface gráfica, o mouse, o protocolo de rede Ethernet, o LCD, são apenas algumas das muitas invenções que nasceram nos laboratórios de pesquisa e desenvolvimento da Xerox. Hoje, a disponibilidade de tecnologias cada vez mais sofisticadas para impressão, processamento e compartilhamento de informações faz da Xerox a principal referência de mercado para simplificação de processos e aprimoramento de produtividade para ambientes de trabalho de organizações de qualquer tamanho ou segmento. n
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Notícias | CORPORATE
➧ Google aponta publicamente falha no Windows XP Tavis Ormandy foi o engenheiro do Google que descobriu o problema, no Centro de Ajuda e Suporte do Windows XP, que permite baixar documentos de ajuda da Internet caso seja necessário. Mas a vulnerabilidade descoberta, é que é possível baixar mais do que arquivos de ajuda: você pode "executar comandos arbitrários com os privilégios do usuário atual", de acordo com o engenheiro, com PCs rodando Windows XP SP2 e SP3, e IE7 ou IE8. Tavis ter ido a público antes que a falha tivesse sido consertada pode não ter sido a melhor ideia, mas ele acredita que é a única forma de fazer a Microsoft sentar e prestar atenção, em vez de deixar o problema para resolver depois: "Se eu tivesse reportado o problema sem um exploit funcional, eu teria sido ignorado", escreveu ele na newsletter por e-mail Full Disclosure. A Microsoft, compreensivelmente, rebateu a acusação: Jeff Bryant, gerente de grupo do Microsoft Security Response Center, escreveu sobre sua preocupação "com a revelação pública deste problema, dado que nós só fomos notificados por este pesquisador em 5 de junho".
Punição para Ormandy?
Especialistas em segurança agora querem punição pública para Ormandy – o CEO da SecTheory. Robert Hansen, diz que ele deveria ser demitido. Eu acho que seria uma punição muito pesada, mas como você se sente quando o Google condena publicamente a Microsoft quanto às suas falhas de segurança - especialmente quando que eles vão abandonar o Windows na sede devido a problemas de segurança?. O engenheiro deu um prazo de 5 dias para que a Microsoft corrigisse a falha e então passado este prazo, veio a público com a notícia.
A vulnerabilidade
Ormandy postou detalhes da vulnerabilidade e ataque na lista de segurança Full Disclosure na semana passada. "Após a exploração bem sucedida, um atacante remoto é capaz de executar comandos arbitrários com os privilégios do usuário atual", escreveu Ormandy. De acordo com Ormandy, seu cenário de ataque funcionou usando todos os principais browsers, incluindo o mais recente da Microsoft, o IE8. O erro é ainda mais fácil de explorar quando a máquina tem o Windows Media Player, software que é instalado por padrão com todas as versões do Windows. Pesquisadores de segurança da francesa Vulpen Segurança confirmaram hoje que os testes de Ormandy funcionam como anunciado no Windows XP Service Pack 2 (SP2) e máquinas SP3 executando o Internet Explorer 7 ou IE8. Mudar para outro navegador, como Mozilla Firefox ou Google Chrome, não é uma solução, Ormandy mantém. "As máquinas executando a versão do IE inferior a 8 são, como sempre, ainda mais suscetíveis a problemas ... mas a escolha do navegador, cliente de e-mail ou o que não é relevante, todos são igualmente vulneráveis", afirmou. n
Linux Magazine #68 | Julho de 2010
23
Coluna do Peregrino
COLUNA
Demanda reprimida Combinar computação em nuvem com desenvolvimento de aplicativos móveis vai fazer você ficar rico.
U
m dos conceitos básicos para precificação de produtos e serviços em qualquer mercado é a famosa lei da oferta e da procura, que, em uma economia não controlada por instrumentos artificiais, se aplica muito naturalmente também às relações trabalhistas. Neste aspecto, no mundo todo, os serviços de profissionais com conhecimento sólido em Linux e em outras tecnologias de código aberto que utilizem o sistema do pinguim como base – mormente virtualização e tecnologias embarcadas –, são cada vez mais necessários e requisitados. No Brasil, essa procura é ainda mais premente. Não há profissionais suficientes no mercado nacional para atender à demanda atual e o preço desse tipo de serviço é muito superior ao de outros profissionais de informática. O uso de virtualização está consumado, seja para consolidação de servidores – base para a computação em nuvem –, por possibilitar um uso mais racional de recursos do hardware, como plataforma de desenvolvimento, por garantir maior segurança e disponibilidade dos sistemas, como plataforma para disponibilização de software ou mesmo para gerenciamento de legado. Segundo o Gartner, 40% das máquinas instaladas em 2009 foram virtuais. O leitor pode se assustar com esse número, mas vale lembrar que grande parte dessas máquinas estão em data centers, como parte de uma infraestrutura de computação em nuvem. E, de acordo com o Instituto Sem Fronteiras, 77% das aplicações de virtualização de servidores no Brasil foram feitas usando Software Livre. A base para todo esse aparato de tecnologia é Linux, combinado a outras tecnologias de código aberto. Vale observar que estamos nos atendo aqui tão somente à primeira de cinco camadas de serviços em nuvem: a de infraestrutura de sistemas. Há uma pilha dessas camadas, conforme publicado em artigo anterior (LM #67, pág. 27). Do lado do terminal de acesso a essas infraestruturas virtualizadas, distribuídas em serviços de Cloud Com24
puting, estão diversas tecnologias de código aberto, em sua esmagadora maioria baseadas em Linux – mas não somente. Android, webOS, MeeGo, Symbian e Bada, são os sistemas operacionais instalados nos dispositivos móveis mais usados do mercado. O desenvolvimento de programas para esses dispositivos e sua disponibilização em lojas de aplicativos é um mercado ainda incipiente e mal explorado, que mal começou a se aquecer. Profissionais capazes de prototipar e desenvolver esse tipo de programa, e que domine toda a cadeia de produção em torno desse desenvolvimento, são considerados “artigos de luxo” no mercado de TI atualmente. Quer ficar rico? Funde uma empresa de desenvolvimento de sistemas embarcados usando Linux. No Brasil, salvo honrosas exceções, não há praticamente ninguém nesse mercado. Há aplicativos simples para smartphones, desenvolvidos por um pequeno grupo de programadores, que foram baixados um milhão de vezes por R$ 1,00 da loja de aplicativos da plataforma. O que profissionais de TI precisam saber para atender a essa demanda reprimida? A resposta não podia ser mais simples, e pode ser sumarizada em três itens: Linux, virtualização e desenvolvimento de sistemas embarcados. Conhecer bem a infraestrutura de aplicações dos serviços de Cloud Computing também é importante. Profissionais com certificações Linux (LPI, Red Hat, Novell ou CompTIA) têm mais oportunidades, mas o conhecimento de ambientes de desenvolvimento para sistemas embarcados é primordial. As ferramentas para isso estão disponíveis gratuitamente para download – e até elas são Software Livre. Um profissional que domine essas áreas, tanto conceitualmente quanto na prática, tem tudo para ser bem sucedido. O que você está esperando? n Rafael Peregrino da Silva foi chefe de pesquisa e desenvolvimento da Cyclades Europa. É um dos fundadores da Linux Magazine Brasil e atualmente atua, entre várias outras funções, como seu diretor de redação.
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Infraestrutura de TI
CAPA
Infraestrutra de TI otimizada Como as ferramentas de infraestrutura podem otimizar o desempenho da sua empresa e de seus projetos. por Flávia Jobstraibizer
O
timizar a forma como é operada a infraestrutura de TI de uma empresa hoje em dia é um item de extrema necessidade. Processos lentos e engessados, manuais ou trabalhosos, atualmente podem ser substituídos por formas dinâmicas e intuitivas de trabalho. Aplicativos que fazem o controle de acesso dos usuários em sistemas web – como a Intranet da sua empresa, por exemplo – como o SUMO, gerenciador completo de acesso e autenticação de usuários, abordado de forma ampla e detalhada nesta edição, são atualmente ferramentas de primeira ordem na gaveta de qualquer bom administrador de sistemas. Seguindo esta linha, temos ainda um artigo completo sobre sistemas de arquivos, apresentado por Ben Martin e que aborda de forma detalhada a escolha do tipo de sistema de arquivos que você pode ter de acordo com cada necessidade. XFS, Btrfs, EXT2 etc, qual escolher? Não deixe de ler o artigo, afinal o armazenamento de dados ainda é um fator crítico em muitas empresas, qualquer que seja o seu tamanho. É importante lembrar que não importa o tamanho da empresa, sabemos que em todas elas encontra-
Linux Magazine #68 | Julho de 2010
remos estações de trabalho usando Windows e Linux. Sendo assim, a interoperabilidade entre estas duas plataformas é a palavra de ordem. Trocar arquivos, configurações e manter todas estas máquinas diferentes em rede, compartilhando recursos, não deve ser uma tarefa onerosa e é o que aborda o artigo sobre Active Directory, de Marcel Gagné. Seja qual for a necessidade da infraestrutura da sua empresa, a
cada dia que passa, novas formas de otimizar os processos, recursos e serviços surgem. Fique atento e boa leitura. n
Matérias de capa Active Directory no Linux Sistema de arquivos otimizado Ajuda de peso
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Trabalhando com dispositivos de armazenamento SSD
claranatoli, 123RF
ANÁLISE
Sistema em estado sólido Os principais sistemas de arquivos do Linux já oferecem um bom suporte para dispositivos SSD, mas ainda há espaço para aperfeiçoamento. por Marcel Hilzinger
L
inus Torvalds tem uma opinião muito clara sobre “regras” para partição e escrita em discos em estado sólido (SSD – Solid-State Drive): “Se o fornecedor do flash drive começar a falar de “limites” de wear leveling, e que há modos de escrita específicos, comece a correr. Não ande. Corra o mais rápido possível”. Foi assim que o pai do Linux se pronunciou em 2008, quando falou sobre sua própria experiência com SSDs (ruins) no fórum Real World Technologies [1]. Os SSDs tentam ampliar ao máximo o acesso de escrita por todo o disco (wear leveling), diferente dos discos rígidos e sistemas de arquivos convencionais, que sempre escre-
Figura 1 Os SSDs mais modernos, como o modelo Intel X25-M SATA, com tecnologia 34nm da Intel, podem sobreviver por décadas de uso normal graças aos sofisticados algoritmos de wear leveling.
Linux Magazine #68 | Julho de 2010
vem os mesmos dados nos mesmos locais. A primeira ou segunda geração de discos sobreviveu apenas a 100.000 ciclos de escrita devido a um modelo pobre e uma capacidade insuficiente. Para um disco de 8GB constantemente sobrecarregado, isso significaria teoricamente uma curta expectativa de vida de 115 dias. A comunidade Linux logo divulgou o fato de que se deveria evitar o registro de sistemas de arquivos em SSDs.
Não espere pelo fim
A Intel introduziu sua série X25 (figura 1), e Linus recebeu um para testar e tentar acabar com os problemas. Caso compre um SSD hoje, não será preciso ficar sem um bom sistema de arquivos – pelo contrário. A nova safra de SSDs irá durar mais ou menos uma vida. Mesmo com as mais intensas operações de escrita imagináveis, o cálculo da expectativa de vida de um SSD de 64GB é de 51 anos, assumindo uma média de 2 milhões de ciclos e uma velocidade média de escrita de 80MBps [2]. A regra para evitar o registro de sistemas de arquivos em SSDs é coisa do passado; isso se aplica à primeira geração de PCs Eee e discos em estado sólido bem baratos. A tecnologia de escrita melhorou imensamente desde 2008; os discos
atuais não precisam se preocupar com quando e onde escrever os dados. As otimizações dos sistemas de arquivos correm o risco de neutralizar o método de escrita do próprio SSD (wear leveling) ou são raramente usadas devido à falta de suporte dos produtores de discos rígidos – como é o caso do suporte ATA TRIM do ext4 (veremos isso mais adiante). Theodore Ts’o, desenvolvedor do sistema de arquivos ext4, investigou o acesso de escrita dos sistemas de arquivos ext2/3/4 e concluiu que o journaling (registro) aumenta apenas em 10 por cento a média do acesso de escrita [3]. Somem-se a isso as novas capacidades oferecidas pelo ext4 e outros sistemas de arquivos recentes, que evitam a escrita de dados no disco a menos que absolutamente necessária (delayed allocation). Então, é possível dizer com segurança que o ext4 é o sistema de arquivos melhor e mais maduro para SSDs hoje em dia (tabela 1). Com relação ao desempenho, vale a pena montar todas as suas partições com as opções noatime e nodi‑ ratime. Isso evita o acesso de escrita desnecessário durante um exame na árvore do sistema de arquivos. Algumas distribuições usam norealatime como padrão: isso instrui o kernel a atualizar somente o tempo de acesso 53
ANÁLISE | SSD
Tabela 1: Resultados (MBps)
ext2
ext4
ext4 without Journaling
Btrfs
Btrfs -o ssd_spread
dbench -D /test 10
520
407
428
347
347
bonnie++ -d /test -s 2048
38
58
72
64
67
em arquivos com mtime ou ctime mais recentes – quer dizer, arquivos que realmente foram alterados. Assim, é possível mensurar o ganho de desempenho em qualquer hardware.
Com segurança
Se houver a preocupação com relação à expectativa de vida de um SSD mais velho, é possível usar o ext4 sem journaling. Para isso, é necessário criar um novo sistema de arquivos com o seguinte comando: # mke2fs ‑t ext4 ‑O ^has_journal <i>/dev/sdXX<i>
Certifique-se de substituir /dev/ sdXX com o nome do arquivo do dispositivo. O ext4 sem journaling
combina a velocidade do ext2 com as capacidades estendidas de sistemas de arquivos atuais. Sem o journaling, uma checagem do sistema de arquivos será necessária caso a máquina tenha problemas e falhe, mas isso normalmente não leva muito tempo: a primeira geração de SSDs tem capacidade máxima de 8 ou 16GB e uma alta velocidade de leitura.
Tudo ou nada
As tentativas de otimização feitas pelos desenvolvedores de sistemas de arquivos não se concentram principalmente no aumento da expectativa de vida dos SSDs, mas sim em deixar os discos mais rápidos ou prevenir o wear leveling. É bem provável que o wear leveling ocorra em muitos SSDs
Figura 2 O script wiper não irá funcionar com SSDs que não possuam o suporte TRIM correspondente.
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onde todos os blocos já tenham sido ocupados uma vez. As especificações SSD esperam que o ATA TRIM renove o disco; isso mostraria ao disco quais blocos não usados ele poderia recompor e reutilizar. Ted Ts’o incluiu uma função parecida com o TRIM no sistema de arquivos ext4 há algum tempo [4], mas ela simplesmente age como uma função de mensagem para a camada block do kernel devido à falta de suporte deste. As distribuições Linux mais recentes não possuem o suporte TRIM, em contraste com o Windows 7, mas ele será incluído com a futura versão 2.6.33 do kernel. Os usuários que não se importam com experimentos podem usar a versão 2.6.33rc4 do kernel, que já implementa o suporte TRIM. O trimming do SSD apenas funciona se o disco possuir uma versão de firmware correspondente, e isso só acontece com alguns modelos Intel e OCZ. Além de Ts’o, mantenedor do ext4, os desenvolvedores do sistema de arquivos Btrfs também trabalham em um modo SSD especial [5] A opção de mount do SSD foi introduzida há algum tempo. Ela força o sistema de arquivos a escrever em espaços desocupados sempre que possível. Desde o kernel 2.6.31, o mount automaticamente habilita a opção correspondente quando o Btrfs detecta um SSD. Além dessa opção quase padrão, há também as flags ‑o ssd_spread e ‑o discard. De acordo com a documentação [6], ssd_spread funciona mais rápido em SSDs mais baratos, pois tenta encontrar espaços livres.
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SSD | ANÁLISE
Para fazer o Btrfs liberar blocos não usados para o trimming, é possível usar discard. Esse processo pode ter um efeito negativo em muitos discos e, por isso, vem desabilitado por padrão.
Força bruta
Pode levar alguns meses até que o kernel e os sistemas de arquivos introduzam suporte across-the-board para SSDs, e foi isso que levou Mark Lord, desenvolvedor do hdparm, a adicionar um script wiper.sh [7] à última versão da ferramenta de disco rígido. O script faz uma busca por blocos livres no sistema de arquivos e os relata ao firmware do SSD. Esse processo mostra ao disco que ele pode usar os blocos para wear leveling ou para uma limpeza geral de memória. Esse recurso foi introduzido com a versão 9.27 do hdparm (outubro de 2009), e a maioria das distribuições já incluem seus pacotes. O wiper.sh funciona apenas com os modelos mais caros de SSD, como os da série OCZ Vortex e o Intel X25; o dispositivo do nosso laboratório se recusou a cooperar (figura 2). É possível usar o script wiper com o ext4 e o XFS no modo normal, mas com o ext2/3 e o ReiserFS é preciso montar uma partição somente de leitura. Os arquivos de ajuda mostram que não é uma boa ideia usar o wiper.sh com discos montados. Além disso, o recurso ainda é classificado como experimental – certifique-se de fazer um backup de todos os dados em um segundo disco antes de começar. O DiskTRIM (figura 3) dá aos usuários do Ubuntu um pacote Debian pronto para o uso, com uma interface gráfica do wiper.sh [8]. Por causa de alguns problemas com o Btrfs, o script wiper não deve ser usado nesse sistema de arquivos. Os desenvolvedores do Btrfs confiam mais nas opções de mount descritas anteriormente para otimizar o acesso de escrita dos SSDs. Além de aperfei-
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çoar o sistema de arquivos existente, alguns trabalhos iniciais vêm sendo feitos em sistemas de arquivos completamente novos otimizados para memória flash – por exemplo, NILFS2 [9] ou LogFS [10]. No entanto, seu desempenho é bem inferior ao do ext4 ou Btrfs. Caso compre o último modelo de SSD de empresas como Kingston, Intel, OCZ ou Samsung, não será preciso se preocupar com a longevidade do disco. O preço de discos de 64GB está por volta de US$ 135 para a maioria das marcas. Em um teste de trabalho de vários dias, um disco warp de 32GB 2.5, da Patriot Memory (cujo preço está por volta de US$ 125), não mostrou sinais de cansaço, mas isso pode acontecer mais cedo ou mais tarde no caso de aplicativos com I/O intensivo.
Figura 3 Apesar da interface gráfica, o DiskTRIM não foi feito para novatos.
Agora, o único meio para evitar o estresse de SSDs no Linux é com o uso do script wiper.sh do hdparm. Os desenvolvedores do kernel e de sistemas de arquivos trabalham duro para integrar ferramentas e resolver os problemas com o suporte SSD no Linux em um futuro próximo. n
Mais informações [1] Linus falando sobre SSDs: http://www.realworldtech.com/forums/ index.cfm?action=detail& id=93409&threadid=92678& roomid=2 [2] Mitos sobre o SSD: http://www.storagesearch.com/ssdmyths‑.html [3] SSDs e journaling: http://thunk.org/tytso/blog/?p=328 [4] Suporte TRIM para ext4: http://www.linux‑.com/id/7272 [5] Função discard do Btrfs: http://btrfs.wiki.kernel.org/ index.php/Changelog#v2.6.32_.28December_2009. 29 [6] Otimizações do Btrfs para SSD: http://btrfs.wiki.kernel. org/index.php/FAQ#Is_Btrfs_optimized_for_SSD. 3F [7] hdparm: http://sourceforge.net/projects/hdparm/ [8] DiskTRIM: https://sourceforge.net/projects/disktrim/ [9] NILFS2 http://www.nilfs.org/en/ [10] LogFS: http://logfs.org/logfs/
Gostou do artigo? Queremos ouvir sua opinião. Fale conosco em cartas@linuxmagazine.com.br Este artigo no nosso site: http://lnm.com.br/article/3585
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OpenSolaris
TUTORIAL
OpenSolaris, parte 15 Desbravando o framework de serviços no OpenSolaris. por Alexandre Borges
A
Sun Microsystems, com o lançamento do Solaris 10, mudou radicalmente a maneira de gerenciar os serviços do sistema e esta alteração foi, sem dúvidas, para melhor. Isto fez com que o OpenSolaris também fosse concebido com este novo modelo de tratamento de serviços. Serviços estes, que em muitas tarefas, facilita a vida do administrador. O novo framework, SMF (Service Management Facility) incorpora comandos mais fáceis e intuitivos para analisar e operar os serviços, economizando muito tempo de administração. Algumas das melhorias adicionadas nesta nova infraestrutura de serviços são: Repositório centralizado para configuração do comportamento de cada serviço, assim como para armazenamento do status deste.
Linux Magazine #68 | Julho de 2010
Log individual para cada serviço. Mecanismo mais simples para descobrir as dependências entre os serviços. Informação mais detalhada dos serviços, motivos de não funcionamento ou má configuração. Mecanismos de “restart” associado: se um serviço parar por razão não determinada, é reiniciado automaticamente. Possibilidade de serviços multiinstanciais, ou seja, com mais de uma cópia do mesmo na memória. Maior facilidade operacional na administração dos serviços. O novo framework de serviços tem como origem de operação a daemon svc.startd que é iniciada no boot da máquina, mais precisamente, é o script /etc/init que a chama através do arquivo /etc/inittab.
Os serviços, que já se enquadram no modelo do Solaris 10 assim como no formato System V (Solaris 7, 8 e 9) podem ser visualizados em uma máquina com OpenSolaris (listagem 1). Nesta listagem dos serviços (reduzida para fins didáticos) aparecem quatro colunas, onde é possível visualizar os conceitos de serviços. A primeira coluna expõe o status de cada serviço. É curioso notar que, logo no início, há um status bem estranho chamado “legacy_run”. Este status está indicando que o serviço é legado, ou seja, não está no padrão SMF e sim no padrão System V. Qualquer outro serviço que não esteja neste status é um serviço já adaptado dentro do SMF. Os outros status possíveis para serviços são: Uninitialized: Este é o status inicial de todo o serviço no 67
TUTORIAL | OpenSolaris
OpenSolaris. Dificilmente o leitor visualizará este status, pois ele ocorre apenas na subida do sistema; Offline: Neste status, o serviço está habilitado para rodar, mas
ainda não está em execução ou não está disponível para ser executado. O administrador não consegue colocar nenhum serviço neste status apenas o próprio OpenSolaris;
Listagem 1: Serviços do OpenSolaris # svcs ‑a | more STATE STIME legacy_run 16:38:14 legacy_run 16:38:15 legacy_run 16:38:15 legacy_run 16:38:15 legacy_run 16:38:16 legacy_run 16:38:16 legacy_run 16:38:16 disabled 16:37:35 disabled 16:37:35 disabled 16:37:35 disabled 16:37:36 disabled 16:37:38 disabled 16:37:38 disabled 16:37:38 disabled 16:37:38 disabled 16:37:38 disabled 16:37:38 disabled 16:37:38 disabled 16:37:38 disabled 16:37:40 disabled 16:37:40 disabled 16:37:40 disabled 16:37:41 disabled 16:38:15 disabled 16:38:15 disabled 16:38:15 disabled 16:38:15 disabled 16:38:15 disabled 16:38:15 disabled 16:38:16 disabled 16:38:16 online 16:37:35 online 16:37:36 online 16:37:36 online 16:37:38 online 16:37:42 online 16:37:46 online 16:37:54 online 16:37:54 online 16:37:55
FMRI lrc:/etc/rc2_d/S20sysetup lrc:/etc/rc2_d/S47pppd lrc:/etc/rc2_d/S72autoinstall lrc:/etc/rc2_d/S73cachefs_daemon lrc:/etc/rc2_d/S81dodatadm_udaplt lrc:/etc/rc2_d/S89PRESERVE lrc:/etc/rc2_d/S98deallocate svc:/network/physical:default svc:/system/device/mpxio‑upgrade:default svc:/system/metainit:default svc:/system/svc/global:default svc:/network/smb/client:default svc:/system/metasync:default svc:/system/console‑login:vt2 svc:/system/console‑login:vt4 svc:/system/console‑login:vt3 svc:/system/vtdaemon:default svc:/system/console‑login:vt5 svc:/system/console‑login:vt6 svc:/network/ipv6‑forwarding:default svc:/network/ipv4‑forwarding:default svc:/network/device‑discovery/printers:snmp svc:/network/dns/server:default svc:/network/rexec:default svc:/network/ftp:default svc:/network/stdiscover:default svc:/network/login:eklogin svc:/network/login:klogin svc:/network/login:rlogin svc:/network/shell:default svc:/network/shell:kshell svc:/system/svc/restarter:default svc:/network/loopback:default svc:/network/datalink‑management:default svc:/system/filesystem/root:default svc:/network/ipsec/ipsecalgs:default svc:/system/boot‑archive:default svc:/system/filesystem/usr:default svc:/system/device/local:default svc:/system/filesystem/minimal:default
Listagem 2: Milestones online online online online online online online
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23:39:24 23:39:26 23:39:26 23:39:27 23:39:36 23:39:40 23:39:42
svc:/milestone/network:default svc:/milestone/devices:default svc:/milestone/single‑user:default svc:/milestone/name‑services:default svc:/milestone/sysconfig:default svc:/milestone/multi‑user:default svc:/milestone/multi‑user‑server:defaul
Online: Este é o mais simples de todos. O serviço está sendo executado e todas as dependências foram satisfeitas; Degraded: Neste status o serviço está rodando, porém sua capacidade está limitada, ou seja, ele não está oferecendo tudo que poderia oferecer de suas vantagens; Disabled: O serviço não está rodando ou foi desabilitado pelo administrador. Quando isto ocorre, o serviço é paralisado na hora e também não rodará nos próximos boot; Maintenance: Certamente este é o pior status, pois o serviço está habilitado, mas não é capaz de rodar devido a algum problema de configuração ou dependência não atendida por outros serviços.
O segundo campo, STIME (start time), indica o horário que o serviço foi iniciado. Se o início do serviço não ocorreu nas últimas 24 horas, será indicada a data da ocorrência. O terceiro campo, FMRI (fault management resource identifier), é o mais importante. Ele funciona como um tipo de localizador para o serviço, muito similar a ideia da URL para a Internet. A estrutura de uma FMRI é a seguinte: svc://<categoria>/<nome do serviço>:instância
O prefixo svc indica que o serviço é gerenciado pelo SMF. A categoria indica a classificação daquele serviço. As categorias existentes mais comuns são: legacy application milestone network platform site
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OpenSolaris | TUTORIAL
system device Eventualmente há a ocorrência de subcategorias de serviço, todavia a ideia é exatamente a mesma da afirmada em categoria. E a instância? A ideia da instância é a mesma de quando um programador trabalha com o conceito de classes em linguagens como o Java e que são orientadas a objetos: cria-se uma classe representando um objeto e seus atributos, sendo que esta classe serve como um “template”. Depois, instancia-se esta classe, criando de fato o objeto. Com serviços é a mesma coisa, sendo que a maioria dos serviços tem apenas uma instância chamada “default”. Com objetivo de exemplificar, seguem dois exemplos de FMRI que representam serviços: svc:/network/ftp:default
Esta fmri representa o serviço de ftp, que pertence a categoria de serviço network e que tem apenas uma instância: default. No segundo exemplo, vamos mostrar um caso de serviço multiinstância, ou seja, com mais do que uma instância: svc:/system/console‑login:vt2 svc:/system/console‑login:vt4 svc:/system/console‑login:vt3
Neste caso, a categoria é system, o nome do serviço é console‑login, e existem 3 instâncias: vt2, vt3 e vt4 que na verdade, como vimos anteriormente, são cópias deste serviço na memória. Já revelamos antes que no OpenSolaris não se fala mais em “runlevel” e sim em “milestone” e estes milestones são, de fato, uma categoria de serviço. Sendo desta forma, o OpenSolaris trabalha com diversos milestones (listagem 2).
Linux Magazine #68 | Julho de 2010
Perceba que existem diversos milestones e alguns deles tem certo grau de relacionamento com os antigos runlevels: single‑user é equivalente ao
runlevel “s”; multi‑user é equivalente ao runlevel “2”; multi‑user‑server é equivalente ao runlevel “3”. Os demais milestones são responsáveis por segmentos de serviços específicos do sistema e o nome de cada milestone já explicita seu
segmento. Neste conceito de milestone, note que o OpenSolaris trata algumas área do sistema operacional como montagem de filesystems (svc:/milestone/devices:default), placas de rede/firewall (svc:/miles‑ tone/network:default) e serviços de nome tais como ldap, nis, nisplus – todos na parte cliente (svc:/miles‑ tone/name‑services:default) sendo como um serviço também. Estes milestones listados não são os únicos presentes no OpenSolaris mas os criados por padrão. Nos próximos tutoriais de OpenSolaris veremos sobre xVM Hypervisor e
Listagem 3: Serviços NFS # svcs ‑a | grep nfs disabled 23:39:09 disabled 23:39:09 online 23:39:35 online 23:39:36 online 23:39:37 online 23:39:42 online 23:39:42
svc:/network/nfs/cbd:default svc:/network/nfs/client:default svc:/network/nfs/mapid:default svc:/network/nfs/status:default svc:/network/nfs/nlockmgr:default svc:/network/nfs/rquota:default svc:/network/nfs/server:default
Listagem 4: Serviços Cron # svcs ‑l cron fmri svc:/system/cron:default name clock daemon (cron) enabled true state online next_state none state_time Thu Apr 22 23:39:27 2010 logfile /var/svc/log/system‑cron:default.log restarter svc:/system/svc/restarter:default contract_id 39 dependency require_all/none svc:/system/filesystem/local (online) dependency require_all/none svc:/milestone/name‑services (online)
Listagem 5: Serviços dependentes do Cron # svcs ‑D cron STATE STIME disabled 23:39:11 disabled 23:39:11 disabled 23:39:11 disabled 23:39:11 disabled 23:39:11 online 23:39:40
FMRI svc:/system/filesystem/zfs/auto‑snapshot:frequent svc:/system/filesystem/zfs/auto‑snapshot:hourly svc:/system/filesystem/zfs/auto‑snapshot:daily svc:/system/filesystem/zfs/auto‑snapshot:weekly svc:/system/filesystem/zfs/auto‑snapshot:monthly svc:/milestone/multi‑user:default
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TUTORIAL | OpenSolaris
com isso surgirá outro milestone, o svc:/milestone/xvm. Avançando um pouco mais na parte operacional do SMF, vamos explorar o comando svcs cuja finalidade é sempre verificar algum tipo de informação/status relacionado aos serviços e o comando svcadm que altera o status dos serviços. Ao invés de nos atermos à sintaxe, estamos mostrando as opções dos comandos junto com algum serviço real. A tarefa mais usual é verificar se algum serviço específico está funcionando. A melhor maneira de fazer isto é usando o comando svcs: # svcs ‑a | grep cron online 23:39:27 svc: /system/cron:default
Repare que o filtro grep, neste caso é a melhor opção, pois podem haver diversos serviços cujo nome tem a palavra cron e com isto, fica simples apontar o status do serviço que realmente queremos. É claro que, no caso do cron, só existe uma única fmri com esta string, mas no caso do nfs, isto não é verdade , como você pode ver nas listagens 3 e 4. Esta saída é bastante esclarecedora, pois mostra que o serviço de cron tem um arquivo de log próprio (/var/svc/log/system‑cron:default. log), um restarter associado (svc:/ system/svc/restarter:default) e dois outros serviços de que o cron depende para funcionar. Todos os logs dos serviços do OpenSolaris estão localizados sob o diretório /var/svc/log, com cada ser-
Listagem 6: Serviços de milestones # svcs ‑d svc:/milestone/devices:default STATE STIME FMRI online 23:39:22 svc:/system/device/local:default online 23:39:26 svc:/system/device/fc‑fabric:default # svcs ‑d svc:/milestone/network:default STATE STIME FMRI disabled 23:39:07 svc:/network/physical:default disabled 23:39:07 svc:/network/ipfilter:default disabled 23:39:08 svc:/network/ipsec/manual‑key:default disabled 23:39:08 svc:/network/ipsec/ike:default online 23:39:08 svc:/network/loopback:default online 23:39:10 svc:/network/physical:nwam online 23:39:13 svc:/network/ipsec/ipsecalgs:default online 23:39:24 svc:/network/ipsec/policy:default
Listagem 7: Milestones multi-user-server # svcs ‑D svc:/milestone/multi‑user:default STATE STIME FMRI disabled 23:39:11 svc:/system/filesystem/zfs/auto‑snapshot:frequent disabled 23:39:11 svc:/system/filesystem/zfs/auto‑snapshot:hourly disabled 23:39:11 svc:/system/filesystem/zfs/auto‑snapshot:daily disabled 23:39:11 svc:/system/filesystem/zfs/auto‑snapshot:weekly disabled 23:39:11 svc:/system/filesystem/zfs/auto‑snapshot:monthly online 23:39:40 svc:/system/intrd:default online 23:39:42 svc:/milestone/multi‑user‑server:default online 23:39:49 svc:/application/graphical‑login/gdm:default
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viço tendo seu próprio log. Também boa parte dos serviços têm associado um restarter cuja função é reiniciar este serviço caso algo estranho pare ou paralise o mesmo. Faremos um teste interessante. Em um terminal, abra o log do cron da seguinte forma: # tail ‑f /var/svc/log/system‑ cron:default.log
Em um segundo terminal, tente parar o serviço utilizando o comando pkill: # pkill cron
Podemos observar no primeiro terminal, que o restarter do OpenSolaris que está associado ao cron reinicia o serviço. Esta não é a maneira mais adequada de encerrar o cron (apesar de ser assim que fazíamos em sistemas com serviços no modelo System V). Não existe apenas este restarter no OpenSolaris, porém ele é o mais comum. Se o leitor executar diversas vezes, de forma bem rápida, o comando pkill cron, o restarter vai notar que algo errado está ocorrendo com o cron e, ao invés de reiniciálo, irá colocá-lo em manutenção (maintenance). Ainda no comando svcs ‑l, note que as duas últimas linhas mostram quais são os serviços precisam estar no ar para que o cron seja iniciado. Existe outra maneira de fazer a mesma coisa: # svcs ‑d cron STATE STIME FMRI online 23:39:27 svc:/ milestone/name‑services:default online 23:39:27 svc:/system/ filesystem/local:default
Descobrir quais são as dependências de um serviço ou seja, quais outros são necessários que estejam online antes que o serviço desejado
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OpenSolaris | TUTORIAL
esteja online, tornou-se uma tarefa muito fácil e útil. Se invertermos a lógica: quais serviços dependem do cron? Aí o comando é o mostrado na listagem 5. Já estes dois comandos trazem uma perspectiva ótima, pois podemos analisar quais são os serviços que compõem um milestone (listagem 6). E, de maneira mais instrutiva, entender que o milestone multi-user (equivalente ao runlevel 2) vem antes do milestone multi-user-server (runlevel 3 da listagem 7). Outros argumentos também são valiosos para o comando svcs como a opção ‑x, usada abaixo com o serviço cron, e que traz mais informações sobre o mesmo em caso de problemas e quais man pages verificar para informações completas do serviço: # svcs ‑x cron svc:/system/cron:default (clock daemon (cron)) State: online since Fri Apr 23 01:55:58 2010 See: cron(1M) See: crontab(1) See: /var/svc/log/system‑ cron:default.log Impact: None.
É possível ainda rodar o mesmo comando, entretanto sem explicitar o serviço e, neste caso, o OpenSolaris traz uma relação de quais são os serviços que estão enfrentando problemas: # svcs ‑x
O número do processo do cron pode ser obtido usando: # svcs ‑p cron STATE TIME FMRI online 1:55:58 svc:/system/ cron:default 1:55:58 1071 cron
Linux Magazine #68 | Julho de 2010
O pid (process id) do cron é 1071. Até este ponto foi demonstrado como obter informações sobre os serviços. A partir de agora, veremos como alterar seus status. Para parar um serviço de maneira definitiva, isto é, agora e nos próximos boots, utiliza-se: # svcadm disable <fmri do serviço>
Não é necessário os sinais de maior/menor, aqui apenas foi utilizado para apontar que é necessário colocar a FMRI do serviço desejado. Se a intenção for paralisá-lo apenas agora, mas permitindo ele reiniciar normalmente no próximo boot: # svcadm disable ‑t <fmri do serviço>
Restaurar o serviço é simples: # svcadm enable <fmri do serviço>
Se o serviço não iniciar, pois há dependências que ainda estão desabilitadas, é possível habilitar o serviço de forma recursiva, ou seja, fazendo com que primeiro suas dependências iniciem e depois o próprio serviço seja colocado no ar: # svcadm enable ‑r <fmri do serviço>
Para reiniciar um serviço que já está no ar (comando stop seguido de start), faça: # svcadm restart <fmri do serviço>
Em Unix, quando é preciso que um serviço releia seus arquivos de configuração associados, é comum usar pkill ‑HUP <serviço>. Usando SMF do OpenSolaris isto é realizado assim: # svcadm refresh <fmri do serviço>
Embora seja usual o sistema operacional colocar um serviço em manutenção quando o mesmo apresenta algum tipo de problema (de configuração ou dependência), o administrador também consegue fazer o mesmo de forma a sinalizar alguma dificuldade de operação com o serviço: # svcadm mark maintenance <fmri do serviço>
Objetivando tirar um serviço de manutenção e colocá-lo online novamente, utiliza-se o comando: # svcadm clear <fmri do serviço>
Se o serviço continuar em manutenção é porque ainda há alguma coisa errada com ele. n
Sobre o autor Alexandre Borges (alex_sun@terra.com.br, twitter: @ale_sp_brazil) é Especialista Sênior em Solaris, OpenSolaris e Linux. Trabalha com desenvolvimento, segurança, administração e performance desses sistemas operacionais, atuando como instrutor e consultor. É pesquisador de novas tecnologias e assuntos relacionados ao kernel.
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Unipi Tecnologias
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4up Soluções Corporativas
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Definitiva Informática
Novo Hamburgo
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RedeHost Internet
Gravataí
Rua Dr. Luiz Bastos do Prado, 1505 – Conj. 301 CEP: 94010-021
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Solis
Lajeado
Av. 7 de Setembro, 184, sala 401 – Bairro Moinhos CEP: 95900-000
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Rio Grande do Sul 4 4
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DualCon
Novo Hamburgo
Rua Joaquim Pedro Soares, 1099, Sl. 305 – Centro
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Datarecover
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51 3018-1200
www.datarecover.com.br
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LM2 Consulting
Porto Alegre
Rua Germano Petersen Junior, 101-Sl 202 – Higienópolis – CEP: 90540-140
51 3018-1007
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4 4
Lnx-IT Informação e Tecnologia Porto Alegre
Av. Venâncio Aires, 1137 – Rio Branco – CEP: 90.040.193
51 3331-1446
www.lnx-it.inf.br
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TeHospedo
Porto Alegre
Rua dos Andradas, 1234/610 – Centro – CEP: 90020-008
51 3286-3799
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Propus Informática
Porto Alegre
Rua Santa Rita, 282 – CEP: 90220-220
51 3024-3568
www.propus.com.br
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São Paulo Ws Host
Arthur Nogueira
Rua Jerere, 36 – Vista Alegre – CEP: 13280-000
19 3846-1137
www.wshost.com.br
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DigiVoice
Barueri
Al. Juruá, 159, Térreo – Alphaville – CEP: 06455-010
11 4195-2557
www.digivoice.com.br
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Dextra Sistemas
Campinas
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Rua Antônio Paioli, 320 – Pq. das Universidades – CEP: 13086-045 19 3256-6722
www.dextra.com.br
4
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Insigne Free Software do Brasil Campinas
Av. Andrades Neves, 1579 – Castelo – CEP: 13070-001
19 3213-2100
www.insignesoftware.com
4
4 4
Microcamp
Av. Thomaz Alves, 20 – Centro – CEP: 13010-160
19 3236-1915
www.microcamp.com.br
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Campinas
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Linux.local | SERVIÇOS
PC2 Consultoria em Software Livre
Carapicuiba
Rua Edeia, 500 - CEP: 06350-080
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São Paulo (continuação) Epopéia Informática
Marília
Rua Goiás, 392 – Bairro Cascata – CEP: 17509-140
Redentor
Osasco
Rua Costante Piovan, 150 – Jd. Três Montanhas – CEP: 06263-270 11 2106-9392
14 3413-1137
www.redentor.ind.br
Go-Global
Santana de Parnaíba
Av. Yojiro Takaoca, 4384, Ed. Shopping Service, Cj. 1013 – CEP: 06541-038
www.go-global.com.br
11 2173-4211
www.epopeia.com.br
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AW2NET
Santo André
Rua Edson Soares, 59 – CEP: 09760-350
11 4990-0065
www.aw2net.com.br
Async Open Source
São Carlos
Rua Orlando Damiano, 2212 – CEP 13560-450
16 3376-0125
www.async.com.br
4
Delix Internet
São José do Rio Preto
Rua Voluntário de São Paulo, 3066 9º – Centro – CEP: 15015-909
11 4062-9889
www.delixhosting.com.br
4
2MI Tecnologia e Informação
São Paulo
Rua Franco Alfano, 262 – CEP: 5730-010
11 4203-3937
www.2mi.com.br
4Linux
São Paulo
Rua Teixeira da Silva, 660, 6º andar – CEP: 04002-031
11 2125-4747
www.4linux.com.br
4 4
4
4 4 4 4 4
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4 4 4 4
A Casa do Linux
São Paulo
Al. Jaú, 490 – Jd. Paulista – CEP: 01420-000
11 3549-5151
www.acasadolinux.com.br
4
4 4
Accenture do Brasil Ltda.
São Paulo
Rua Alexandre Dumas, 2051 – Chácara Santo Antônio – CEP: 04717-004
11 5188-3000
www.accenture.com.br
4
4 4
ACR Informática
São Paulo
Rua Lincoln de Albuquerque, 65 – Perdizes – CEP: 05004-010
11 3873-1515
www.acrinformatica.com.br
4
4
Agit Informática
São Paulo
Rua Major Quedinho, 111, 5º andar, Cj. 508 – Centro – CEP: 01050-030
11 3255-4945
www.agit.com.br
4 4
4
Altbit - Informática Comércio e Serviços LTDA.
São Paulo
Av. Francisco Matarazzo, 229, Cj. 57 – Água Branca – CEP 05001-000
11 3879-9390
www.altbit.com.br
4
AS2M -WPC Consultoria
São Paulo
Rua Três Rios, 131, Cj. 61A – Bom Retiro – CEP: 01123-001
11 3228-3709
www.wpc.com.br
Blanes
São Paulo
Rua André Ampére, 153 – 9º andar – Conj. 91 CEP: 04562-907 (próx. Av. L. C. Berrini)
11 5506-9677
www.blanes.com.br
4
4 4
4
4 4
4 4 4
4 4
Bull Ltda
São Paulo
Av. Angélica, 903 – CEP: 01227-901
11 3824-4700
www.bull.com
4
4
4 4
Commlogik do Brasil Ltda.
São Paulo
Av. das Nações Unidas, 13.797, Bloco II, 6º andar – Morumbi – CEP: 04794-000
11 5503-1011
www.commlogik.com.br
4 4 4
4 4
Computer Consulting Projeto e Consultoria Ltda.
São Paulo
Rua Caramuru, 417, Cj. 23 – Saúde – CEP: 04138-001
11 5071-7988
www.computerconsulting.com.br
4
4 4
Consist Consultoria, Sistemas e Representações Ltda.
São Paulo
Av. das Nações Unidas, 20.727 – CEP: 04795-100
11 5693-7210
www.consist.com.br
4
4 4 4 4
Domínio Tecnologia
São Paulo
Rua das Carnaubeiras, 98 – Metrô Conceição – CEP: 04343-080
11 5017-0040
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4
Ética Tecnologia
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Rua Nova York, 945 – Brooklin – CEP:04560-002
11 5093-3025
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Getronics ICT Solutions and Services
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Rua Verbo Divino, 1207 – CEP: 04719-002
11 5187-2700
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Hewlett-Packard Brasil Ltda.
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11 5502-5000
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4
4 4 4 4
IBM Brasil Ltda.
São Paulo
Rua Tutóia, 1157 – CEP: 04007-900
0800-7074 837
www.br.ibm.com
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iFractal
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Rua Fiação da Saúde, 145, Conj. 66 – Saúde – CEP: 04144-020
11 5078-6618
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Integral
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Rua Dr. Gentil Leite Martins, 295, 2º andar Jd. Prudência – CEP: 04648-001
11 5545-2600
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Itautec S.A.
São Paulo
Av. Paulista, 2028 – CEP: 01310-200
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Komputer Informática
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Konsultex Informatica
São Paulo
Av. Dr. Guilherme Dumont Villares, 1410 6 andar, CEP: 05640-003
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www.konsultex.com.br
Linux Komputer Informática
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Rua Machado Bittencourt, 190, Cj. 2087 – CEP: 04044-001
11 5087-9441
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Livraria Tempo Real
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Al. Santos, 1202 – Cerqueira César – CEP: 01418-100
11 3266-2988
www.temporeal.com.br
Locasite Internet Service
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Av. Brigadeiro Luiz Antonio, 2482, 3º andar – Centro – CEP: 01402-000
11 2121-4555
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Microsiga
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Locaweb
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Av. Pres. Juscelino Kubitschek, 1.830 – Torre 4 Vila Nova Conceição – CEP: 04543-900
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Novatec Editora Ltda.
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Novell América Latina
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Oracle do Brasil Sistemas Ltda. São Paulo
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SAP Brasil
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Savant Tecnologia
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Simples Consultoria
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Rua Mourato Coelho, 299, Cj. 02 Pinheiros – CEP: 05417-010
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11 3731-8008
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Utah
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Systech
Taquaritinga
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16 3252-7308
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Linux Magazine #69 | Agosto de 2010
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Calendário de eventos
SERVIÇOS
Evento
Data
Índice de anunciantes Local
Informações
Empresa
Pág.
Senac
02
PHPHEDERAL
16 e 17 de julho
Brasília, DF
www.phphederal.com.br
Rede Host
09
FISL 2010
21 a 24 de julho
Porto Alegre, RS
www.fisl.org.br
Central Server
11
São Paulo, SP
www.encontrovoipcenter.com.br
UOL Host
13
Encontro VoIP Center SP 21 a 23 de setembro
Plus Server
LinuxCon Brasil 2010
31 de agosto e 01 de setembro
São Paulo, SP
http://events.linuxfoundation.org
II COALTI
15 a 17 de outubro
Maceió, AL
www.lg.com.br/jornada
Encontro VOIP Center SP 21 a 23 de setembro
São Paulo, SP
CNASI 2010
São Paulo, SP
20 a 22 de outubro
Tecla
15 19, 84
Watchguard
25
Othos
21
www.encontrovoipcenter.com.br
F13
23
www.cnasi.com
Plaza Hotéis
29
Impacta
31
FISL
81
Bull
83
Python Brasil 6
21 a 23 de setembro
Curitiba, PR
www.pythonbrasil.org.br
Futurecom 2010
25 a 28 de outubro
São Paulo, SP
www.futurecom.com.br
Nerdson – Os quadrinhos mensais da Linux Magazine
80
http://www.linuxmagazine.com.br
PREVIEW
Na Linux Magazine #69 Escalabilidade em serviços Cloud
Conheça o Scarl, aplicativo que facilita a escalabilidade da infraestrutura Cloud, e é utilizado por grandes empresas. n
Serviços virtuais
Marcel Gagné fala sobre formas de migrar seu parque computacional para ambientes virtuais, em cloud. n
IPv6
Aprenda como implementar os recursos da próxima geração do protocolo de Internet IPv6 e beneficie-se de suas vantagens! n
Na Ubuntu User #19 Edição de vídeo
Sensação dos usuários de Linux, o Freevo é uma central multimídia completa que permite centralizar todos os seus filmes, músicas, imagens etc., além de possuir possibilidade de conexão do software com a TV, o que proporcionará recursos de agendamento de gravação de programas, entre outros. n
Wine
O popular Wine, agora na versão 1.2, está melhor do que nunca. O software possibilita utilizar programas e aplicativos do Windows dentro de seu ambiente Linux sem quaisquer problemas de compatibilidade. Na Ubuntu User 19, vamos apresentar seus novos recursos e vantagens de uso. n 82
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