Bruce

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<Narradora> Era mais um dia em Castle Black onde a rotina de vigilância, cuidado com os animais e patrulha nos caminhos dos vermes, como eram chamados os túneis que interligavam uma torre ou outra se fazia presente mais uma vez na vida daqueles homens. Jeor Mormont caminhava pelos salões escuros da Torre de Hardin e sua inclinação perigosa, possuindo muitas ameias quebradas. Ao seu lado, Bruce Forrester averiguava a quantidade de prisioneiros ali, junto de um jovem rapaz, Nestor Locke, que deveria fazer um relatório breve para saber quem já havia morrido, onde seria enterrado, quantos precisavam ser alimentados e quantos aderiram ao exército, já escasso de Castle Black, para vestir o preto como eles. Jeor mantinha extremo vigor físico, mesmo subindo e descendo escadas, quase todos os dias, ao longo dos seus 56 anos de idade. Bruce já começava a sentir as juntas dos joelhos doerem quando chegaram no último salão da torre, onde contabilizaram mais 2 mortes por desnutrição dos presos. Não que o Castelo não fornecessem-lhes comida, mas embora pouca, alguns se recusavam a comer, preferindo a morte a servir como um Corvo. Os três já estavam prontos para descer a torre inclinada, quando um outro homem apareceu, ofegante por ter vindo depressa, ao que parecia, trazendo consigo um recado para Jeor Mormont. Jeor, Bruce e o jovem Nestor, ouviram a notícia de que foi notada atividade incomum em Portão da Rainha, um dos castelos abandonados ao longo da muralha. Aquele notícia significava que os poucos corvos que lá estavam, vigiando aquele local, deveriam estar mortos agora. Então, Jeor pediu que o jovem se prontificasse a relatar o que foi visto da Torre Silenciosa e o homem apenas revelou que se tratavam de 3 homens, portando cavalos. Um deles parecia ser mulher, o que daquela distância seria impossível ter uma certeza. O lorde Jeor pediu que o homem se retirasse e olhou para Bruce com a expressão de sempre. O guerreiro quase podia ler o que estava escrito naqueles olhos claros. "Hora do Trabalho, meu amigo". <Bruce Forrester> ainda com ar de sincera perda, não por compaixão dos prisioneiros mortos ou dos que estavam tremendo de frio naquela cela fria, escura e úmida, olhava consternado pelo fato de que a Patrulha sempre precisava de homens, fossem aleijados, desnutridos, velhos ou jovens. Bruce tinha sua opinião sobre os recrutas, mas os crimes eram perdoados quando alguém vestia o negro e os Sete bem sabiam a necessidade que tinham de novos corvos que pudessem envergar mantos e somar as fileiras de patrulheiros, escudos que defenderiam a terra dos homens. “Nestor, Jeor... nossa hora...” olhando e interpretando sem muita dificuldade o rosto severo, porém familiar de ambos os irmãos...—sim... devem ser selvagens... como são corajosos, loucos, mas corajosos... * toca o punho da espada como se para se certificar que está ali, mesmo velha e dentada, a arma já pelejou contra muitos desafios sangrentos – talvez agente fique ao menos com os garranos * subindo o manto e o capuz para seguir caminho aos degraus, - sabe Mormont...


<Bruce Forrester> ... se deram cabo dos corvos... não devemos ter piedade... * se dirigia mais abertamente ao patrulheiro que detinha maior respeito entre os que estavam presentes, já seguindo em direção a saída. ** NPC: <Jeor Mormont> O velho urso foi descendo as escadarias da Torre de Hardin junto de Bruce, vendo seus argumentos, que não eram surpreendentes, devido a necessidade de proteger a muralha e aquela região. Conflitos com selvagens existiam sempre e a morte acabava sendo uma presença constante. Fosse de um lado, fosse do outro. -- Hm... Murmurou ele, enquanto já estavam quase nos últimos degraus. -Sabes que confio em teu comando, Bruce. Tuas incursões sempre foram ponderadas e dificilmente nos trouxeram prejuízos. Mas analisando com mais frieza... seriam os selvagens tão burros a ponto de chegar tão perto de nossa vigília? Ele deixou seu olhar frio e sereno pousar sobre a face de Bruce por um tempo, querendo passar a ele um conhecimento que nem ele sabia explicar. -- Você é apto com eles... aprendeu o idioma dos selvagens... isso sempre nos é útil caso a espada não os intimide. Ele tocou o ombro de Bruce por um momento, dizendo. -- Leve patrulheiros novos... você sabe o que fazer. <Bruce Forrester> Confiava nas palavras de Mormont, mais pelo conhecimento que ele passava, do que simplesmente pelo seu conhecimento de campo, pois julgava-me tão apto quanto ele -- o Jeor. – sabes que não nego misericórdia aos inimigos, quando merecem... mas selvagens que derramaram sangue de irmãos, podem ter isto negado... mas levarei tuas palavras comigo, Velho Urso, farei a tentativa de fazer o que é esperado de um irmão * já havia olhado a procura de novatos, para o batismo de sangue, ou ao menos mostrar um pouco dos métodos usados pela irmandade, “levarei primeiro quem deseja servir verdadeiramente, mas aqui... não podemos negar quem se prontificar” * me dirijo ao pátio e vou chamando com gestos, sussurros se preciso gritos comedidos, para alertar os irmãos que irei selecionando, como o sugerido por Mormont os mais novos, que ainda cheiram a verão ou semi-iniciados. Ao mesmo tempo já vou me dirigindo ao estábulo. <Narradora>Jeor e Bruce se distanciaram um do outro e o mais jovem foi até o pátio de combate gesticulando para os novatos, que treinavam ali com suas espadas de madeira, para que se reunissem diante dele. Como a situação indicada foram de três inimigos, o prudente era que se levasse no mínimo mais quatro guerreiros, pois Bruce tinha experiência e isso contava muito na hora de liderar um grupo da patrulha. Ele sempre notava nos novatos quais se destacavam bastante no manejo de armas e na posição em que lutavam, porém isso não contava tanto diante de uma situação real de perigo. Então, escolheu os que poderia confiar naquele momento.


<Narradora>Na ordem, foram escolhidos: Paul Stout, excelente no arco e com uma boa percepção, cobriria a retaguarda do grupo e útil em combates a longa distância. Herman Overton, bruto e pesado, mas um bom homem para usar um escudo grande e um martelo de mão pesado, bom para ir na dianteira auxiliando no bloqueio inimigo. Brian Cray, ótimo e ágil espadachim, andaria próximo de Herman para tornar mais ofensivo um assalto combinado e por último Envy Magnar, um caçador, mediano com arcos e espada, excelente para seguira rastros e bom no trato com ferimentos. Com o grupo balanceado, Bruce já poderia proferir seu discurso motivacional a eles, chamando-os próximos e dispensando os demais. Todos estavam ansiosos por romper aquele tédio incessante de treinos e de busca de aperfeiçoamento. Bruce se recordava, enquanto se dirigia aos estábulos, preparar seu cavalo, pedindo aos outros que fizessem o mesmo. Em sua época de jovem acreditava que os Patrulheiros deveriam ser os grandes aventureiros de Westeros, o que já não tinha mais certeza se era verdade. Quando tudo estava pronto, os quatro jovens aguardaram ordens. <Bruce Forrester> Esperando pacientemente todos os escolhidos pegarem os equipamentos e as montarias, olho cada um pensando no quão diferentes e complementares são cada uma das peças escolhidas “diferentes, mas irmãos...” circulando aos patrulheiros vou vistoriando cada um, com esperança de não perceber algo que me faça mudar de ideia com relação aos escolhidos, afinal, se são os de minha confiança, é melhor que não mostrem fraquezas frente a esta convocação –irmãos, quando eu era apenas um garoto e as rameiras que deram a luz a vocês eram moças direitas, eu acreditava em dragões e em caminhantes brancos, acreditava que os melhores homens era cavaleiros e que a Muralha era totalmente intransponível, hoje apenas o que ficou verdadeiro aos meus olhos cansados foi a majestade da Muralha, e nós somos os guerreiros, nos somos os protetores do reino e um dia vocês vinheira aqui como cativos e perjuros, mas esta é mais uma chance de mostrarem que esses mantos que vocês envergam são o sinal que os torna guardiões, não são homens comuns que tornam-se patrulheiros, são para rastrear e atentos para os inimigos. Vós sois dignos de serem guardiões? Bem... mostrem para os sete reinos que são homens dignos e comecem hoje, comecem agora. * com essas palavras, esporeio o cavalo e desloco as rédeas em direção a trilha, erguendo o capuz – combateremos se for necessário, mataremos talvez... mas faremos o que for preciso... avançaremos em forma de crescente, quero cerca-los pela frete e pelos flancos, quando perto, Paul espeta a seta nos malditos, se forem tão ferozes quanto eu penso. Homens duros para combater, perspicazes.


<Narradora>Os homens se sentiram motivados com o discurso breve de Bruce, mas o próprio líder da incursão sabia que isso se devia ao fato deles poderem sentir a adrenalina do combate. Havia chego a hora deles mostrarem o quão aptos eles estavam e essa era a hora derradeira. Para a sorte deles, Bruce estava ali, um homem experiente que já vira muito nesse mundo. Ir até Portão da Rainha, ou Portão da Neve como era comumente chamado, levaria cerca de quase três horas, a cavalo, rumando para o oeste, a partir de Castle Black. Era um local há muito abandonado e, assim que os portões se abriram, eles seguiram, ladeando as muralhas pelo outro lado, as margens de Brando’s Gift. O percurso foi calmo e Envy Magnar foi prestando atenção no caminho, enquanto Paul Stout foi mantendo a vigilância para evitar serem surpreendidos. Os sons dos pássaros ali eram bem suaves e calmos, pois não eram muitas espécies que conseguiam viver num clima frio como aquele. Enquanto os corvos avançaram, Bruce notou o quanto Herman e Brian eram dependentes das habilidades notórias dos outros dois, se mantendo calmos e vez ou outra conversando baixo, coisas pouco interessantes naquele momento. O veterano até chamaria atenção dos dois se fosse em tempos passados, mas ele já era calejado demais para saber que uma discussão que não mudaria de imediato o comportamento dos dois seria totalmente desnecessário, visto que só agravaria o fato deles poderem serem notados a distância. O vento do norte era frio, mas além da baixa temperatura, se encarregava de fazer o eco da região percorrer os caminhos próximos a muralha. O jovem Envy pareceu ter notado algo e pediu que todos saíssem da trilha para irem para dentro da floresta. Ao descer do cavalo, ele caminhou pela mata, avisando que estava tudo bem. Paul Stout já preparava o arco, caso fosse necessário um disparo de cobertura e logo o rastreador do grupo voltou, trazendo consigo um pedaço de pano velho e sujo, de cor cinzenta. Ao se aproximar de Bruce, ele disse: ** NPC: <Envy Magnar> -- Encontrei pegadas, irmão Bruce, e percebi que eles são 3 mesmo, como nos falou anteriormente. Este tecido... Ele deixou que Bruce analisasse. - É mais fino... possivelmente é de mulher. E deixando que Bruce pensasse sobre o assunto, que já sabia, ele completou. -- Eles estavam correndo muito, irmão Bruce. Acho que fugiam de alguma coisa...


<Bruce Forrester> e o tecido mostrado por Envy, pensava um pouco sobre as novas informações “fugindo, ao sul da muralha, lobos talvez...” – Magnar, vamos seguir os sinais com velocidade e cautela, Paul, siga de perto o Magnar, perto suficiente para uma boa flechada, se for preciso... e vocês * dirigindo a voz para Herman e Brian – sigam com atenção os batedores, não os percam de vista, temos que estar um passo a frente deles e do que quer que estivessem fugindo * ficava um pouco pensativo pelo que faria homens selvagens correrem, fugirem como corsas sendo caçadas?, mas mantinha pensamentos temerosos apenas para mim mesmo. Tomando cuidado para não falar alto e deixando claro através de olhares, como era do costume pessoal do patrulheiro, fez notar a importância de manterem-se o mais furtivos possível – irmãos, oque estava no encalço dos selvagens, é perigoso para nós também... a prioridade são os selvagens, mas se os acharmos perseguidos ou flanqueados por lobos, a prioridade passará a ser se livrar dos animais, afinal, eles podem causar mais prejuízos a patrulha que esses 3 rufiões. <Narradora>Os dois acataram as ordens de Bruce, ao passo que os mais truculentos seguiram-vos mais afastados, sem perdê-los de vista. O veterano ainda não conseguia imaginar o que os fez seguir tão depressa aquela trilha e tampouco imaginar o que poderia ter acontecido para isto lhes dar tantas capacidades a fim de derrubar três corvos em QueensGate. Paul e Envy seguiram mais a frente, batendo o caminho, não deixando escapar nada a seus olhos, mas pouco encontraram de diferente, apenas sinais de passos rápidos de três pessoas, sendo uma delas, mulher. Ora ou outra o irmão Magnar retornava dizendo que um deles era mais pesado, mas possivelmente por carregar equipamento de peso maior do que os demais, talvez uma armadura, como um gibão ou roupas mais pesadas. Embora Envy relatasse que este em especial poderia ser maior, devido ao tamanho de seu pé, não chegava a preocupar Bruce em ser um gigante, o que certamente seria delatado, caso um deles tivesse passado, ainda mais correndo, por ali. Quando todos se aproximaram de QueensGate, Paul e Envy se aproximaram dos demais e observaram o local. Além de ser uma belíssima construção, o castelo em ruínas ainda apresentava aspetos de suas eras de glória, mantendo suas torres mais altas com grande imponência. O entardecer chegava mais cedo, naquelas regiões e ao longe eles avistaram um foco de luz, numa das alas altas do castelo. Bruce sabia que três homens para vigiar tamanho edifício era como pedir para que um único homem lavrasse um imenso campo de trigo. Era insensato, mas eles não dispunham de outra alternativa. Depois da guerra, as baixas ainda não haviam sido reestruturadas, mas Bruce não era um homem de se lamentar. Era hora de começar a bolar um plano prático e ver qual seria a melhor estratégia. A boa visão de Paul lhe trouxe a informação de que não haviam vigias nas torres, pelo menos nas posições que ele conseguira cobrir sem ser notado. Aproximar seria perder a cobertura da floresta, mas isso já era algo previsto na estratégia. O que estariam fazendo 3 homens ali, num lugar tão distante? Estariam querendo um lar? Muito pouco provável. Mas Bruce tinha que decidir o melhor a se fazer.


<Bruce Forrester> Bruce se perguntava em pensamento o que 3 selvagens faziam em um lugar onde se encaixavam tão bem quanto cota de malha em uma donzela. Certamente, ele possuía poucos homens para um assalto sem riscos, mas menos ainda eram as chances de resistência de selvagens mal equipados em uma fortificação, embora ela por si só, dava uma vantagem expressiva e enquanto a má preparação bélica dos selvagens, era sabido sobre as más condições que esses miseráveis eram mandados para as investidas, sem disciplina ou treinamento geralmente eram de fácil derrota. Mas o que preocupava era ao menos um estava com equipamentos de certa qualidade ou era um homem digno de nota, por outro lado, havia uma mulher, embora as selvagens fossem boas combatentes, uma mulher era de constituição mais frágil que a de um homem. – Paul, ainda aproveitando a cobertura da floresta e o entardecer, fique longe da luz e procure entradas, Magnar, veja se há rastros ou pistas sobre os possíveis perseguidores de nossos convidados. * falava sempre de maneira firme, mas sem mostrar nenhum tipo de prepotência ou arrogância – Herman e Brian, quero vocês dois comigo, vamos procurar maneiras de entrar, de preferencia pelo lado oposto ao da luz, entendido? Se existe uma entrada, quero descobri-la* sinalizava para que deixassem os garranos em um lugar afastado de um possível olhos longos, amarrados em augures na floresta. Depois gesticulava para que todos começassem suas tarefas e antes de começar, ele mesmo ouvia e olhava em volta, para se certificar que nada espreitava nas sombras. Todos assentiram ante as ordens de Bruce, foram cada qual em suas posições para concluírem com êxito o objetivo de se manterem furtivos. Depois de amarrarem seus cavalos, Envy pediu para que eles usassem urtiga espinhosa em volta dos cavalos, de forma a afastar quaisquer predadores que se aproximassem deles, ao menos dando tempo para que eles pudessem intervir e salvar os animais. Então eles cortaram alguns arbustos e montaram a proteção improvisada, para então partirem para o objetivo principal. A pé, Bruce partiu com Herman e Brian, seguindo cautelosamente para a parte lateral do castelo, usando a posição da torre alta para se manterem ocultos. De longe, o líder veterano esperava os sinais dos outros dois e percebeu que Paul sinalizou que não havia vigília, nem homens de prontidão, vindo na direção dos mesmos para se reagrupar. Enquanto eles procuravam uma passagem, deram de encontro apenas com um portão metálico de barras reforçadas, possivelmente para a entrada e saída de guardas, no átrio do que possivelmente fora dos estábulos. Destruir as barras mais corroídas seria possível com Herman Overton ali, mas acabaria com o fator surpresa. Outra medida seria escalar, mas talvez não fosse de todo mal entrar pela frente, já que não havia nada impedindo. Enquanto bolavam um plano, Envy se aproximou de todos eles, aparentando um pouco de preocupação.


** NPC: <Envy Magnar> -- irmão Bruce, percebi algo que eles deixaram cair no chão. Ele mostrou a Bruce uma espécie de grão, comida de pássaro. -- Encontrei algumas fezes também, de pássaro. Acho que um deles possui um corvo, senhor. Um corvo... bem grande... E ele mostrou a pena negra do animal, certamente colhida como pista. Não chegava a assustar tanto, mas ela devia ter no mínimo, 30 centímetros. <Bruce Forrester> depois de circular ao redor da fortificação, Bruce observa os cavalos presos com a urtiga espinhosa, sabendo que predadores não os incomodariam "grupo diferente, mas tem ferramentas complementares." ainda observando o fazer das tarefas que comandara, olhou longa e fixamente a pena que o Magnar mostrara, se surpreendia com o tamanho e a negritude da mesma, o que conferia uma pena solta recentemente - Paul, se eles tem um corvo, abata com uma flecha... sei que pode* olhava Herman e Brian juntos e possivelmente combatentes que tinham passados tão negros quanto seus mantos, mas agora, eram seus irmãos e ele tinha que confiar. -- vocês dois* se dirigindo agora aos guerreiros -- vamos nos preparar para entrar pela frente, está desguarnecida e silenciosa, julgo ser longe suficiente da luz * apontando a luz no alto da torre * Bruce se preocupava em ficar ainda debaixo das sombras das árvores, mas sabia que essa Furtividade seria findada -- se o corvo perseguisse os selvagens? bom, mesmo assim, o que for perigoso para nós, deve ser abatido primeiro, os selvagens e a rameira deles podem ficar na fila. * depois de dar as ultimas instruções, se preparava para entrar junto com os combatentes, pela porta principal, afinal os outros já haviam vistoriado o perímetro como ele havia indicado. <Narradora>Depois de todos acatarem as ordens do Líder, Bruce, Herman e Brian partiram para a entrada do local, um arco pontudo onde antes havia um portão reforçado de grades, não tendo nem a metade das barras metálicas que um dia protegera o castelo de invasões inimigas. Adentrar o local havia sido fácil e logo que passaram pela entrada encontraram rastros de sangue. Enquanto Bruce analisava o local, ele ouviu a aproximação de seus outros dois homens, Paul e Envy, que faziam a proteção da retaguarda, observando as torres altas, ou o que sobrou delas, para ver se havia alguma movimentação diferente... Nesse tempo, Bruce e Herman seguiram cautelosos a trilha de sangue e logo encontraram a primeira espada longa no chão... Bruce soube na hora que se tratava de uma espada de um Patrulha e um sentimento de raiva passageira perpassou-lhe pelo corpo. A nova câmara era ampla, tendo uma escadaria em ruínas, para onde a trilha de sangue seguia, e duas passagem, uma ao norte e outra ao leste, cujo o caminho estava cheio de entulhos, devido a um desmoronamento. Os homens aguardaram a decisão de Bruce.


<Bruce Forrester> vendo o rastro de sangue e a espada, de pronto a ergo do chão ao mesmo tempo que enxugo o rosto sentindo a biles na garganta, tamanha raiva -- essa é uma espada de patrulheiro, selvagens não trabalham esse tipo de metal, mas... o que me intriga* com uma pausa pela voz embargada ao pensar -- selvagens não deixariam aço nem que usado, para trás... isso não foi obra de selvagens, pelo menos não selvagens comuns* olhava novamente o sangue -- Paul, fique atento para reagir contra qualquer ataque, você será nossos olhos longos, Herman e Brian, vamos seguir os rastros, atentos a movimentações corpo a corpo e Magnar, siga em nossa frente, batendo os rastros imediatamente a nossa frente* Bruce não fala claramente o caminho, mas pelas ordens e pela configuração de outros caminhos, fica óbvia a opção do caminho no qual são vistos rastros de sangue. * doou a espada para Brian, involuntariamente. <Narradora>Envy passou a ser o primeiro a subir as escadarias, para onde os rastros de sangue levavam e pelas marcas que ele, como rastreador identificara, eram mesmo três pessoas que invadiram aquele local. Envy Magnar não dizia nada para os outros, se comunicando apenas por gestos silenciosos, como era seu costume. Então num deles, Envy indicou que um dos invasores era bem alto e forte, capaz de carregar dois mortos com ele, sendo o outro de tamanho normal, puxando o último patrulheiro que restava. Ele também indicou que ainda não se podia precisar se todos os corvos que vigiavam as ruínas de Queensgate estavam, de fato, mortos, mas que a possibilidade disso ser verdade era grande. Antes de chegarem ao piso superior, o silêncio foi quebrado por um grasno de corvo, a distância, que preencheu quase todo o local com o eco. Depois, os homens avançaram seguindo Magnar, até que chegaram no outro andar, onde Herman dessa vez saiu primeiro, usando seu escudo grande para proteger e cobrir os outros... O novo hall era bem amplo e tinha parte do teto destruída, cujos entulhos estavam espalhados pelo local. Colunas também estavam rachadas e cheias de musgo e trepadeira e a claridade da tarde ia desaparecendo, conforme a noite se aproximava a passos largos. Era possível ver, mesmo que tenuemente, o brilho de chamas num aposento mais distante, que era alcançado ao se seguir por um longo corredor, no sentido leste. Ao norte havia uma porta de madeira e ao sul um breve altar, com um trono destruído, cujo o restante de metal que ainda havia ali, estava corroído. O sangue seguia para o corredor. <Bruce Forrester> observava o lugar com cada vez mais certeza de que os irmãos possivelmente estariam mortos, a penumbra apenas deixava o vão do trono mais lúgubre. - vamos manter as posições, mas Magnar, continue na frente guiando, Herman, vá mais próximo e o cubra, Paul atento ao corvo e a alvos distantes* saco minha espada com receio do que há mais na frente, escudo também. " selvagens com corvos gigantes, mataram todos ou perto disso, Mormont, talvez não haja misericórdia..."


<Narradora> Novamente, depois de acatar as ordens de Bruce, os homens continuaram seguindo as trilhas de sangue, como se alguém continuasse arrastando os corpos na direção da sala com a luz. Paul fez chamou atenção de todos, antes deles entrarem no corredor, avisando que o som das armaduras mais pesadas, como de Bruce e Herman já poderiam ter sido identificadas pelos invasores e que agora, o que quer que pudesse ataca-los, o faria se tivesse a oportunidade. Então, o arqueiro já preparava sua flecha na retaguarda, sendo pareado com Brian, caso precisasse de um homem de combate de curta distância para protegê-lo, deixando Bruce ao meio da formação, para coordenar melhor uma ofensiva, caso necessário. Envy seguiu puxando o grupo, seguindo pelo longo corredor, parando somente um pouco antes da quina, para em seguida utilizar a lâmina de sua espada como espelho, tentando visualizar o que conseguisse, através dela. Fazendo sinal de que era ali que estavam os inimigos, ele recolheu a arma, se agachou e fez um sinal a Bruce, de que Herman deveria fazer a proteção, até que eles alcançassem a pilastra do local, para se proteger. A câmara retangular, deveria ampla, pelo sinal que Envy fez e, embora tenha visto muito pouco, avisou que um dos homens se posicionava bem ao fundo, esperando quem quer que entrasse com uma flecha já pronta para ser disparada. Dali onde Bruce estava, ele viu apenas duas janelas quebradas, além de duas pilastras de sustentação. A mais próxima estava a 3 metros da quina do corredor. <Bruce Forrester> Sendo pego não tão de surpresa pelo relato silencioso de Magnar, Bruce parava pensativo, mas não podia simplesmente ficar parado quando irmãos haviam sido mortos sob aquele teto e pelos mesmos homes que estava lá naquele momento, mas ainda encafifado pelo fato de não haver observações sobre o corvo, que ele sabia haver pela pena e pelo “corvo” ouvido outrora. “nem sinal de corvo,, nem de mulher, talvez esteja ela a empunhar o arco...” no meio da formação, precisava pensar rápido por causa do combate iminente e a situação desfavorecida pelas posições, para haver uma possibilidade de gerar surpresa nos atacantes que espreitavam, Bruce teve uma ideia, pegou seu escudo negro e o soltou do braço... – vou jogar esse escudo como boi de piranha, ele chamará a atenção do arqueiro e nos dará uma vantagem para chegarmos até a pilastra em segurança, Paul terá talvez liberdade para disparar e Brian golpeará o que estiver ao alcance, Herman ficará cobrindo e golpeará o que der também...mas o nosso objetivo e chegar em segurança relativa atrás da pilastra, depois disso... que os Deuses Antigos nos guiem para a batalha envoltos na sua armadura. Alguma duvida? Não? * sem dúvidas, Bruce arremessa o escudo no meio do vão, seguindo com os outros em seguida.


<Narradora> Bruce arremessou o escudo, que para seu azar bateu no chão muito forte e desviou parcialmente apenas a atenção do arqueiro ao fundo da sala, mas ainda mantendo seu disparo. No instante seguinte, seguindo a estratégia, Herman apareceu com seu escudo grande, de joelhos, para fazer o bloqueio de cobertura para Paul, mas antes do arqueiros dos corvos aparecer, o inimigo disparou em Herman, que se por reflexo não erguesse o escudo, teria sido atingido na cabeça. O projétil parou na madeira de espinheiro negro e foi a deixa para Paul surgir e marcar seu inimigo com um disparo no ombro. Isso ocorreu rapidamente, no momento em que Bruce, Brian e Envy buscavam cobertura nas outras pilastras. Brian, mais afastado, avisou que o inimigo maior vinha pelas sombras, ladeando a parede leste e se aproximando rapidamente e teve segundos para combinar um ataque sincronizado com Bruce. Então, o espadachim saiu em postura defensiva, ficando rente a parede com suas espadas cruzadas, indo para traz para que quando o homem passasse pela linha da pilastra, Bruce pudesse atingi-lo. E o plano deu perfeitamente certo... Quando o homem, que media quase dois metros cruzou aquele espaço, segurando um machado rústico de lâmina larga, o líder dos corvos brandiu sua espada num golpe arqueado, arrancando parte da lateral do homem... manchando a parede atrás dele de sangue. Forte e resistente, o homem manteve a direção e desferiu, mas agora com muito menos impacto, seu golpe em Brian, que defendeu com suas espadas e contra-atacou em seguida, matando o agressor. Nesse mesmo tempo, no duelo de arqueiros, Paul atingiu no pescoço o outro homem e este também encontrou a morte. O duelo findou com Envy, no canto norte da sala, com sua espada apontada para uma jovem ajoelhada de costas para ele. Ela parecia orar numa língua estranha e agora era hora de se saber do que havia acontecido ou findar de uma vez com a vida da mulher. <Bruce Forrester> Frente ao combate orquestrado perfeitamente, aquelas peças negras escolhidas por Bruce, mostraram-se complementares na medida que o líder negro pensou ser. Ao ver a mulher cercada e a carnificina ao redor, Bruce se deu conta que a missão ainda não havia terminado, muitas vezes, essa era a precisa hora perigosa, pois um segundo de distração ou compaixão demasiada poderiam resultar no fracasso absoluto e abrupto da surtida. – uma esposa de lanças... * falava ainda limpando a espada e indo buscar o escudo – mulher, diga que diabos vocês queriam aqui? Onde está sua maldita ave e os corpos dos nossos irmãos?* falava gesticulando para os outros irem olhando e vistoriando os vãos adjacentes em busca de algo que pudesse falar por si só, caso a mulher negasse o relato – você acaso pensa que eu me importo com mulheres, ainda mais selvagem? * toda a fala sendo feita no idioma selvagem – adoraria que você falasse por bem, meus irmãos não são tão complacentes como eu... * Bruce não é adepto de violência desproporcional e gratuita, mas a mulher era selvagem, selvagens são ariscos, talvez ela precisasse ser intimidada.


** NPC: <Jovem Selvagem> Enquanto se aproximava da mulher, Bruce foi vendo para onde ia o rastro de sangue, que culminava na fonte de luz mais adianta da sala, uma lareira onde os corpos queimavam, juntamente com algumas ervas e óleos distintos. A jovem não pronunciou nenhuma palavra, mas Bruce notou certo nervosismo em Envy Magnar, segurando a espada, suando frio e respirando com dificuldades, não sabendo se era algum efeito da visão dos corpos queimando ou se era por outro motivo. Ela se manteve quieta até que a pergunta sobre o objetivo deles terem ido parar ali foi feita pelo líder dos corvos, ao que ela disse, na língua selvagem, a que Bruce havia aprendido em tempos passados. -- Lae sirr ... mae darr (Está começando ... mais um pouco) ... Lorosdart, vient. Igrendaen mirr. (A morte necessária. Revelar-se-á breve). E manteve a mesma compostura, não se desviando de sua oração, nem mesmo com a aproximação dos outros corvos. <Bruce Forrester> -- não temos tempo e nem paciência para lamúrias de alguém que se vendo sem outra saída começa a devanear... * Bruce tenta manter a postura de intimidador, mesmo notando que há algo errado e diferente no assassinato/rito que acontece ali. -- diga, mulher * agora tentando um tom de voz mais brando... mas logo parando de falar ao ver os tremores do Magnar -- o que houve rapaz, estás enregelado, por que tremes, está suando...* olhando para o irmão com olhar confuso -- homens corajosos morreram pelas mãos dos seus, mulher... é melhor falar mais abertamente enquanto ainda tem língua * mantendo a fala selvagem no idioma antigo, e com um certo receio pela configuração do ambiente -- vou perguntar outra vez, onde está sua maldita ave? o que vocês vieram fazer aqui? e por ultimo, explique essa situação...* resmungando ao ver a calma da mulher -- QUE OS OUTROS A LEVEM... <Narradora>Bruce terminou de resmungar com a mulher, intimidando-a para que esta desse um fim naquela dúvida dos homens, prontos para agredi-la e estupra-la, quantas vezes fossem necessárias... Mas enquanto Bruce terminava sua fala em tom ostensivo, pediu que Envy se acalmasse, e foi então que notou os olhos brancos do rapaz. Sua sorte foi ter mantido a espada em mãos e sendo mais rápido que Envy, conseguiu um golpe preciso na base da lâmina, forte o suficiente para que o rapaz não conseguisse segurar sua arma, que descia de encontro ao pescoço de Bruce e fatalmente ele seria morto, não fossem seus sentidos estarem ainda bem treinados. Imediatamente, ele ordenou que Brian desse cabo de segurar o corvo Magnar, e o jovem espadachim o fez, guardando sua espada e segurando numa chave de braço o seu irmão de patrulha. Bruce, furioso, puxou os cabelos da selvagem, e colocou a espada próxima de sua garganta, ameaçando-a de ser uma bruxa e dando a última chance desta dizer o que estava acontecendo e para onde fora o corvo, o qual haviam achado pistas anteriormente...


<Narradora> mas a atenção de Bruce não esmoreceu e não fosse sua rápida percepção não teria visto que agora era Brian que havia ganhado olhos brancos e que ele empregava força suficiente em Envy, a ponto de quase estrangulá-lo. Herman e Paul correram para tentar salvar seu companheiro, mas eles não chegariam a tempo... Envy Magnar morreria, não fosse Bruce cortar a garganta da jovem e deixá-la tombar no chão empoeirado, manchando-o de vermelho. Herman, pouco delicado que era, chegou dando uma escudada em Brian, que caiu alguns metros de onde estava, se levantando rapidamente e sacando suas espadas, mas depois vendo que ele deveria estar fora de si. Envy tossia, com o pescoço agora aliviado, olhando para Bruce com um olhar de dúvida e de medo. Antes que tudo pudesse ser esclarecido, ou ao menos uma tentativa disso se iniciasse, um grasno alto de corvo ecoou no local onde estavam, partindo da lareira, que explodiu, mandando os corvos alguns metros para trás, com poucas escoriações e pequenas queimaduras, mas com imensas dúvidas na cabeça... A parede onde antes ficava a lareira, cedeu quase por completa, caindo do outro lado e revelando uma câmara escura e sombria. Ainda havia chamas e a pouca luz que elas produziam revelavam uma espécie de altar de pedra, no centro da câmara antes oculta. Então, um a um os corvos se levantaram e antes que um deles pudesse pronunciar uma palavra, um novo grasno ecoou sinistramente no local e o chão onde eles pisavam começou a ruir <Bruce Forrester> Foi tudo de veras rápido, olhos brancos, desarmes, bruxarias, ecos de corvo, explosão... tudo em uma torrente de acontecimentos, tudo se deu de forma repentina e a sequencia de eventos deu um nó na experiência de Bruce. “malditos sejam os selvagens e suas bruxarias...”o pensamento derradeiro foi uma maldição, homens covardes em um momento de agonia, chamam pelos deuses, um homem calejado e frio, transforma sua palavra antes de um acontecimento abrupto em uma exclamação de fúria. – atentos, a bruxa morreu, mas hoje quero jantar com vós estufado de corvo gigante, de pé e atentos! – as surtidas geralmente terminavam com mortes de um lado ou de outro e pronto, os problemas estavam findados, mas dessa vez a morte não fora suficiente foi preciso uma boa dose de caos e confusão para chegarem à esse ponto, e agora, iriam descobrir o que estava acontecendo, o motivo dos patrulheiros ficarem enfeitiçados e o motivo da queima dos corpos dos irmãos. Bruce agora não seria misericordioso, nem por Mormont, agora ele queria saber o que raios era aquilo, que fugia da sua mente simplória, mas suspeitava que era algo perigoso demais para hesitar.


<Narradora> O chão ruiu repentinamente depois do eco da criatura, que parecia ser um fantasma amaldiçoando toda a sorte dos homens da patrulha da noite, e depois da fala do líder deles, o que os fez manter a calma e seguir para locais mais seguros, o piso abaixo de Bruce cedeu e ele não foi rápido o suficiente para conseguir saltar. A morte chegaria a passos rápidos para ele, caindo daquela altura e junto com os escombros, mas Herman esticou seu braço forte e bem treinado e com muito esforço jogou o líder deles para o local, recém aberto pela explosão. O esforço do homem fez o chão abaixo de si ceder, mas seu parceiro Brian não deixou que ele caísse, correndo e escorregando no chão a tempo de o agarrar no ar, ficando os dois suspensos agora. Paul e Envy estavam mais próximos de Bruce e o arqueiro amarrou a corda na cintura, pedindo para os dois patrulhas segurarem a corda, enquanto ele ajudava a resgatar os outros dois... O centro do aposento desabava pouco a pouco e somente Envy e Bruce tiveram tempo de ver a mulher degolada começar a se mexer. Os dois sabiam que se soltassem a corda poderiam por em risco os três homens, mas nenhum dos dois sabia o que estaria para acontecer. <Bruce Forrester> O chão abriu, deixando o patrulheiro entregue a própria sorte, antes que Bruce tivesse a chance de entender o que aconteceria, já estava sobre um piso rachado e que rapidamente cairia e o encerraria em um túmulo de escombros e entulhos. Mas se a sorte alguma vez teve nome, esta se chamava Herman, o pesado e forte touro de batalha foi destro suficiente para não permitir que seu líder fosse pego pela armadilha do grito fantasma. Bruce viu, mesmo sem acreditar os espasmos do cadáver da mulher “isso só pode ser bruxaria antiga...” olhando incrédulo para o corpo e somente depois percebeu onde fora parar com o empurrão de Herman, -- SEGURE BEM ESSA CORDA PAUL, NÃO PODEMOS SEDER E NEM FICAR INDEFESOS—diria mais se houvesse tempo, mas ao se sentirem meio a um rito de feitiçaria, e rapidamente juntando peças de um quebra-cabeças macabro, lançou olhos para a pira de corvos, apertando a mão da espada para senti-la. Ele sabia que a fogueira seria sua arma, no fim das contas., com a outra mão, apertava a corda que segurava, só depois vendo que havia sido dada por Paul, que praticamente o intimou a segurá-la, tamanho ímpeto usado pelo arqueiro. <Narradora> A estratégia dos homens havia dado certo e ninguém morrera, mas antes que Paul pudesse conduzir os outros dois a parte segura, próxima a lareira destruída, a mulher perdeu a massa corporal, tornando-se um emaranhado de sombras e fumaça viscosa, para então cada parte daquelas sombras vivas virarem corvos e grasnarem por todo local. Bruce, quase que perdendo parte da sanidade, ao se deparar com tamanha força da bruxaria, viu e ouviu o tampão do altar se abrir, revelando uma escadaria curta e secreta. O fogo lentamente se apagava e com ele as runas destruídas dos pedaços da parede...


<Narradora> Os corvos imediatamente rumaram para dentro daquele local e o altar permaneceu aberto, emanando a presença do mal em seu interior. Foi por muito pouco que não morreram e Bruce teria que ser hábil para que pudesse embutir coragem naqueles valorosos homens. A visão da mulher, aparente morta, se transformas em corvos foi demais para eles, embora Envy parecesse ser o menos surpreso com aquilo tudo. <Bruce Forrester> A mulher havia se desfeito em sombras de piche e logo em seguida essas sombras haviam grasnado e batido asas, só para em seguida não serem mais sombras e agora serem corvos, pássaros pretos, vindos de uma mulher que para Bruce não poderia ser outra coisa se não uma bruxa “isso foi maldição, meus olhos ainda podem ver suficiente para saber que isso não existe” – corvos, vocês são homens de honra e de coragem, não irão deixar pantomimas de selvagens enganarem vossos olhos? “ele falava tentando parecer convencido de que aquilo não passara de um truque, mas sobre natural ou não, ele não podia deixar os homens esmorecerem. Magnar não parecia surpreso de todo, isto não havia passado despercebido, aproveitando esse momento de lucidez do corvo Bruce continuava – Magnar, me ajude a traze-los pra cima – a intensão era fazer os homens se juntarem para seguir em direção ao altar, de preferencia com aço e fogo – todos à postos? Mais tarde em Castle Black, quando contarmos isso, dividiremos os patrulheiros entre crianças e adultos, vamos terminar essa maldita incursão! <Narradora>Magnar disse um "Sim senhor" sério, enquanto os outros três voltaram a si, depois da visão que mostrou a eles o quão pouco sabiam da vida... Aceitando a proposta de que tudo não passava de bruxaria para enganar seus sentidos, todos se reagruparam na câmara seguinte, passando pelos escombros e pelos corpos queimados de seus irmãos de patrulha. Bruce podia sentir ao olhar para aqueles homens que nem tudo o que ele disse surtira efeito, em parte por eles já terem tido aquele comportamento de possessão, que só poderia ser algo apto a amaldiçoá-los. Todos começaram a entender o porque de Queensgate ter sido evitada tanto tempo e agora a fortaleza se revelava, como a primeira câmara oculta ali, sob os pés dos homens vestidos de preto. O altar não era tão largo e a passagem da escadaria, empoeirada e esquecida pelo tempo, deveria ter no máximo um metro e vinte de largura de passagem. O que quer que estivesse lá embaixo, deveria ter seus propósitos de se encontrar tão bem escondido. Tochas seriam necessárias agora e o grupo esperou que Bruce se decidisse na formação em que desceriam por lá. Enquanto estes não se decidiam, Magnar falou com Paul, tentando acalmá-lo. As mãos do arqueiro ainda pareciam tremer, ante ao ocorrido.


<Bruce Forrester> Sabendo pela sua experiência que uma sugestão, por menor que fosse de receio ou insegurança poria em xeque toda e qualquer ação de investida ao ponto de escuridão do altar “já vi tanta coisa nessa vida, essa é de longe a mais sinistra...” olhando para cada um dos homens, patrulheiros que ele conhecia bem para comandar táticas, mas deveria e queria conhecer mais, para ter a confiança deles como apenas um irmão de sangue poderia almejar ter. Indo diretamente para junto de Paul e olhando nos olhos dele – Patrulheiro, vocês sãos os melhores homens da patrulha e você é o melhor arqueiro entre nós* agora olhando para os demais e alimentando a voz uma oitava* -somos homens que defendem Todo o reino, e vamos defender até o fim... quero Herman descendo na frente com esse escudo grande, quero Paul ao lado para espetar o que tiver a vista, Magnar, você vai atrás de mim na retaguarda e Brian tenta ir junto com Herman e Paul, ou o mais perto que puder, todos com tochas, se não tiverem trazido, são mil vezes malditos, e acendam na pira funerária... que os deuses nos ajudem... <Narradora> Todos concordaram com a formação e Herman e seu escudo grande de madeira reforçada, ascendeu uma de suas tochas no fogo e começou a descer as escadas, seguido por Paul, com o arco já preparado. Na sequência, Brian ficou apenas com uma espada preparada para o combate, mantendo a luminosidade do centro do grupo junto de Bruce. Magnar preferiu ficar com sua espada em mãos, cobrindo a retaguarda, já que a luz das três tochas eram suficientes para os cinco... Um a um, em formação, eles foram descendo e a cada degrau que desciam eles ouviam o revoar dos corvos lá embaixo, num misto de eco e sopro agourento do destino. Logo a câmara seguinte foi se revelando, pouco a pouco, sendo esta agora circular, com duas estátuas de dragões de quase dois metros de altura, feitas de um bronze brilhante, que mesmo escondidas do tempo e abraçadas pelo pó e a escuridão das eras, se mantinham magníficas. Estavam uma em cada lado da câmara, que tinha o teto abobadado. Runas distintas brilhavam ao redor do teto, luzindo devido as chamas das tochas que adentraram a sala. O centro desta, descia em degraus circulares, torando o centro convexo, sendo de uma escultura ímpar o lugar. Não havia mais portas, ou passagens, somente algumas fresta de ar que permitiam que a luz chegasse de maneira bem suave ali, embora a noite já tivesse chego a um tempo. De cima, os cinco viram os corvos se unirem num só, transformando-se em sombras viscosas até começarem a tomar forma da mulher novamente. Paul não mediu esforços para tentar duas vezes atingi-la na cabeça e no coração, mas como se o destino zombasse de todos eles, os disparos passaram através daquela forma de trevas. Paul recuou dois passos depois que seu terceiro disparo passou longe dela, pois ele já não controlava o medo que sentia. Envy tentou acalma-lo, pedindo para que ele voltasse a si logo, pois precisariam dele. Bruce ainda mantinha os olhos ali, no centro baixo da câmara circular e viu que havia ainda algo para ser descoberto no local. Sob os pés ainda em formação da mulher, ou o que quer que fosse aquela selvagem, havia um baú, feito de metal claro. Herman e Brian já se preparavam para o combate.


<Bruce Forrester> Os patrulheiros desciam juntos e Bruce tentava manter uma postura austera, que não era de desdém para com a situação, mas precisava incutir coragem em seus homens, desciam as escadas circulares e vislumbravam as estatuas de bronze no formato majestoso e hipnotizante de dragões. Os corvos, que outrora eram a mulher, novamente se juntavam em uma massa que originaria novamente a bruxam zombeteira e sinistra. As escrituras eram ao mesmo tempo magníficas e aterradoras, a câmara era claustrofobicamente escura, como se dedos de sombra se agarrassem aos pescoços e expulsasse as fontes de luz. Ao ver os disparos em vão, Bruce quase toma atitudes drásticas de iniciar um combate precipitado e fadado à derrota, mas notou que aos pés da mulher desforme podia-se notar um baú – separar para desfocar alvo, Herman e Paul juntos Magnar, você não teme a mulher, vamos, me ajude a abrir aquele baú, Brian se movimente em direção oposta aos outros, vamos deixa-la pensando em quem atacar...”tenho que liderar até o fim, para inspirar os soldados... Mormont, onde você me colocou...?” <Narradora> O combate com o desconhecido se deu quando Paul tentou disparar contra a mulher, que se refazia pouco a pouco no centro da câmara, e ele acertou e dessa vez a flecha não a atravessou de uma vez e sim passando lentamente, como se um visco negro agarrasse a flecha. Bruce e Envy desceram com tudo na direção dela, fazendo um ataque conjunto e dividindo-a no meio, mas seu corpo novamente foi se transformando em corvos que alçaram voo, deixando na lâmina dos homens o mesmo visco negro. Mas Bruce Forrester não deixaria que a bruxa se livrasse tão fácil e golpeou alguns corvos, vendo agora eles morrerem não só com aquele líquido negro, mas também com sangue... foi depois de matar alguns que ele sentiu sua mente ficar clara e ele sentiu seu corpo parar totalmente, como se o tempo ao redor dele fosse um sonho distante. Ele começou a ver ele mesmo, a distância, como se estivesse diante de um espelho e foi então que buscou forças dentro de si para se livrar daquela imersão amaldiçoada dentro de si mesmo, sacudindo a cabeça e voltando a si, fazendo sinal para Envy que estava tudo bem. Brian golpeava os corvos que passavam por ele e Herman foi com seu escudo fechar a saída, impedindo que a selvagem voltasse a se unir, naquele ritual sombrio que confundia a mente e o espírito dos homens. O eco do corvo ecoou pela última vez quando Paul flechou os últimos três... Brian não quis esperar para ver o que acontecia e, enquanto eles trabalhavam para eliminar os vestígios do visco negro, Bruce percebeu que o baú estava fixo no chão, não tendo sequer uma fechadura. Envy o olhou com estranheza e imaginou que eles deveria estar num pesadelo coletivo... era a única explicação para uma noite de tantos terrores como aquela...


<Bruce Forrester> -- finalmente nos livramos da bruxa selvagem... – Bruce arfava ainda lembrando da sensação de quase ser envolto nas garras dos malditos feitiços da mulher, olhando rapidamente o estado de todos os seus e sinalizando positivamente para Magnar, em felicitações silenciosas, voltava seu olhar para o tal baú “que segredo há nesse esquife?” Bruce sabia que o que quer que houvesse naquele baú ou na câmara, era algo maligno e profano – Todos bem? Vistoriar o perímetro, Magnar, você sabe de algo que eu não sei? Paul, bom tiro, Herman Brian, vocês tiveram reflexos de gatos das sombras, ótimo... o que viemos fazer aqui, parece que acabou... esse baú... acho que não sai e nem deve sair daqui...

<Narradora> Depois de todos eliminarem os vestígios da Bruxa, eles vieram até onde estava seu líder e assentiram para ele em agradecimento aos elogios. Magnar era o mais silencioso deles, fitando o baú como muita curiosidade. Herman e Brian começaram a discutir como voltariam, mas ao olhar para Paul e sua corda eles encontraram a resposta. O jovem Envy não tocou o objeto, sob seus pés, se abaixando apenas para ver se encontrava uma explicação para ele estar ali, não parecendo ter sido feliz na tentativa, olhando para Bruce em seguida e balançando negativamente a cabeça, como se não fizesse ideia do que poderia ser. Uma coisa era certa, a selvagem havia matado corvos para chegar até ali então pelas palavras de Bruce, boa coisa não poderia ser, pelo menos era isso que pensou todos, já se preparando para sair dali, dado o êxito da eliminação dos assassinos de seus irmãos de patrulha. Porém, Envy parecia muito inclinado a descobrir o que era de fato aquilo e interrompeu seus irmãos. ** NPC: <Envy Magnar> -- Foi por isso que nosso irmãos patrulhas morreram... será... Ele parecia escolher bem as palavras antes de prosseguir. -- Será que não valeria a pena tentarmos ao menos descobrir do que se trata? E ele aguardou a respostas de todos, sendo que Brian e Herman já estavam pedindo autorização de Bruce para achar um bom lugar para amarrar aquela corda, para que pudessem descer e sumir daquele local agourento. <Bruce Forrester> -- fizemos o que tínhamos o dever de fazer, por pouco não fomos usados para alimentar os fogos da bruxa-- * embainhava sua espada* -- temos que sair daqui, além do mais Magnar... esse baú não sai do chão e nem tem tranca, se você souber uma maneira de abri-lo faça, se não, nos ajude a arrumar uma maneira de ir embora... * olhando em volta * - lugar agourento...


** NPC: <Envy Magnar> -- Não sou tão apto em desvendar mistérios ocultos a muito tempo. Mas creio que este não seja tão difícil assim. Depois de observar bem o local e as estátuas, ele se recordou da sala anterior, onde havia uma lareira com corpos mortos. Corvos... seus irmãos patrulhas... e então ele observou as estátuas e o baú ali no centro da sala escura, parcamente iluminada por algumas tochas, que se distanciavam dali a medida que os homens saiam para arrumar um jeito de descer de volta ao piso inferior. E foi então que ele falou, como se respondesse a ele mesmo... -- Sangue... e Fogo... Fogo... e sangue... E tirando seu pequeno frasco de óleo, ele o despejou sobre o objeto no chão, usando a pederneira para atear fogo no baú, que se manteve intacto, mesmo em chamas. Foi então que ele tirou uma faca de caça do cinto e fez um corte no antebraço, numa região de fácil cicatrização, deixando escorrer sobre o baú em chamas. A cena chamou atenção de alguns e Paul, com medo de que ele estivesse sido possuído de novo, preparou o arco, mirando de longe na perna de Envy, que desistiu, pois aparentemente o que ele tinha feito não tinha dado certo. Cabisbaixo, ele cortou um pedaço de pano de sua veste e começou a fazer um curativo, indo ajudar seus irmãos... Mas foi um estalido as suas costas que chamou sua atenção e o pequeno invólucro metálico se abriu, de repente. Dos que estavam presentes, Envy foi o primeiro a contemplar o que poderia estar ali dentro... Seria um tesouro? Um item poderoso? Ainda não era possível distinguir em meio as chamas. Bruce se aproximou curioso e depois dele Paul, observou mais de perto. Mas foi Envy que foi com os braços próximos das chamas tirar algo lá de dentro, que ele pegou com imenso cuidado, dando a entender que era bem frágil. O rapaz olhou incrédulo para Bruce e Paul, já que os outros dois estavam lá em cima, garantindo o retorno de todos para Castle Black. Os presentes pareciam não acreditar no que era... -- Irmãos... é um... ovo... E agora, depois de tirá-lo das chamas, Envy exibiu o ovo de mais de 20 centímetros de altura, branco com riscas cinzas brilhantes. Ele o envolveu com um pedaço de pano e esperou que o líder deles decidisse o que fazer com ele... Paul estava boquiaberto. <Bruce Forrester> Bruce olhava o ovo de forma... ovo? Sim! Era um ovo.... “selvagens procurado por isso? Será?” dúvidas pairavam na cabeça do patrulheiro, de alguma forma aquele ovo estava elado dentro do invólucro d de metal, este fora aberto com fogo e sangue... como rezavam as lendas e cantavam os bardos. – Magnar... * olhava para o patrulheiro e para os demais* -- envolva isso em um pano qualquer... vamos sair logo do Portão da Rainha, em Castle Black resolveremos isso, temos que dar o relato pro Mormont e chorar nossos mortos. – mesmo com o sentimento de perda e culpa pela morte de irmãos, Bruce sentia-se inquieto com a possibilidade de aquilo ser um presságio ou algo pior, se fosse algo que de alguma forma segmentasse seus irmãos? Ele sabia que o manto negro, nesses dias, era mais sinal de punição por crimes hediondos do que por serem heróis, como nos dias antigos – vamos voltar por onde vinhemos, rezar para a neve de verão não estar de mal humor e quando estivermos longe desse agouro, debateremos... isso...


<Narradora> Envy fez o possível para enrolar o ovo em parte de sua capa, rasgando um pedaço de sua camisa para fazer uma amarra improvisada para que o prendesse junto a algibeira, no cinto, já que ele era grande demais para caber ali com folga e Envy não iria arriscar trincá-lo apertando-o lá dentro. Assim, os homens fortes desceram as as escadas, chamando os três que ainda se encontravam ali, dizendo que haviam conseguido fazer a amarra da corda para que pudessem descer. De lá, todos partiram para a câmara anterior e viram agora parte do teto começando a rachar. Os momentos de tensão não paravam e nem davam grandes intervalos, e foi com muito custo que Envy, o último deles a descer, o fez com todo cuidado, cruzando sua perna em volta da corda e segurando com apenas um braço. Brian e Herman ainda não fazia ideia do motivo que levou o rastreador a se mover daquela maneira, mas julgaram em silêncio que ele pudesse estar ferido ou algo parecido. Sobre os escombros do piso inferior, eles seguiram cautelosos até acharem uma saída, parcialmente bloqueada... Todos os patrulheiros, então, começaram a tirar manualmente os entulhos dali, ouvindo o teto lá em cima rachar cada vez mais, já que toda a estrutura do local fora comprometida... Quando a passagem deles foi permitida, todos passaram se esgueirando com cuidado até a saída, encontrando dificuldades pela pouca luminosidade, mas agora já estavam num corredor mais amplo e puderam ascender uma tocha. O caminho de volta não foi mais tranquilo que a incursão e eles sentiram os tremores do solo, devido a uma parte do castelo que devia ter desabado. Logo a onda de poeira os alcançou e os cegou parcialmente. Paul teve de ser hábil o suficiente para guiar a todos para fora, e então, sob a luz da lua, eles saíram de Queensgate, podendo respirar o ar próximo da muralha, que se erguia imponente às costas do castelo, que ruía aos poucos diante dos olhos dos patrulhas da noite. <Bruce Forrester> Os momentos dentro da fortaleza era longos, segundos eram semanas e minutos como meses. A tensão era palpável e o suor pingava na testa do patrulheiro que com custo não correu para fora do castelo, não por medo ou por pressa, mas pelo receio do mesmo desabar sob os seus pés Magnar era lento devido ao frágil componente de sua bagagem, os outros era mais proativos nesse sentido, mas ele não trocou palavras enquanto falar não fosse seguro... antes da saída porém falou algo em murmúrios para os corpos chamejantes dos irmãos que jaziam em augures nos escombros e qualquer mal agouro que houvesse lá, estaria encerrado de baixo de pedras e neve, agora. – Paul, traga os cavalos, Brian e Herman o ajudem, a luz da lua é suficiente para acharmos o caminho de volta * espero eles saírem e me dirijo ao Magnar* -- o que quer que seja isso, Magnar, não podemos omitir dos relatórios, espero que me entenda, não tenciono ficar e nem dar isso pra ninguém, mas somos corvos, não caçadores de recompensas. – falava em seu tom firme, mas com o mesmo olhar calmo de um irmão de sangue, que dá um conselho para um caçula.


** NPC: <Envy Magnar> Magnar ouviu atentamente o que o líder deles dizia, sabendo muito bem daquilo que lhe era informado. O artefato, escondido da história por quem quer que fosse, havia sido encontrado com seu esforço, mas isso não tinha tanta importância para os corvos. De qualquer forma, ele se manteve neutro, do jeito que sempre agia. -- Certo, irmão Bruce... vou fazer o que for necessário para levá-lo comigo em segurança e, em Castle Black, decidirão o destino deste, embora eu não acredite que e os corvos se atentem para o que isso signifique. Por mais que Envy fosse sério, era possível sentir um leve pesar em sua voz e Bruce podia identificar isso, mesmo que sutilmente. -- Um ovo de dragão... sempre achei que eles não mais existissem... E foi então que os outros patrulhas voltaram com os cavalos, Herman entregando o de Bruce e Paul entregando o de Envy, para que eles pudessem marchar. Quando todos estavam prontos, Brian quebrou o silêncio, sugerindo. ** NPC: <Brian Cray> -- Senhor... Shadow Tower está a pouco tempo daqui. Não seria mais prudentes cavalgar até lá para descansarmos? Ou vamos a galope para Castle Black, seguindo o mesmo curso e parando para descansar no bosque mais distante, montando acampamento. E ele aguardou a decisão do líder dos patrulhas. <Bruce Forrester> -- são míseras 3 horas daqui à Castle Black senhores, com toda essa lua e a trilha em nossa frente, podemos fazer um bom tempo até o forte, vamos voltar para Castle Black—“ não pretendo passar mais tempo com esse ovo em minha responsabilidade, esse fardo pode ser pesado -- * pegando sua montaria e subindo na mesma* Bruce sabia que a luz era suficiente para Paul e Magnar se orientarem, fora ele próprio que era suficientemente bom se tratando de direções e navegações, queria se sentir em um “lar” para ter com a sabedoria de Mormont e mais ainda com Meistre Aemon, eles poderiam dar conselhos ou pelo menos ponderações que poderiam ser ocultadas por uma noite de sono ou por uma noite de pesadelos, aqueles típicos de quem tenta repousar com preocupações. <Narradora> Os homens concordaram e eles rumaram para lá, apressados para ganhar tempo, já que não havia necessidade de uma viagem tão cautelosa. Bruce não era o maior entendedor de cavalos, mas Brian não era de se queixar de ordens, ainda mais de Bruce, que era sempre tão leal para com todos. Então, decididos a vencer a noite de lua clara, todos partiram para Castle Black... O caminho foi bem tranquilo, mais do que se esperava que fosse, apenas uns uivos longínquos da região do marco de Queenscrown. Bruce não se preocupava com eles, mas sim com uma espécie de sombra que parecia pairar sobre a cabeça dos homens, embora pudesse ser só sua cabeça, pregando-lhe uma peça. Eles passaram por verdadeiros desafios naquele castelo, agora em ruínas, e poderia ser reflexo do desgaste físico e mental.


<Narradora> Três horas nunca demoraram tanto tempo para acabar e somente quando a visão de Castle Black ficou próxima é que Bruce se sentiu aliviado. Mas quando estavam a menos de um quilômetro do local, ele ouviu os cavalos parando por algum motivo... sentindo o sangue gelar, ele estacou também, virando-se e esperando o pior... mas parecia que não era nada anormal, apenas seus homens se preocupando com um dos patrulhas que não parecia bem... não, não era isso e ele sabia... Magnar estava receoso em chegar por algum motivo e seus companheiros foram solidários em motivá-lo a seguir em frente, sendo Herman o primeiro a oferecer a garupa da cela para que ele não se desgastasse. Paul e Bruce sabiam bem o motivo dele para e Envy Magnar parecia disposto a não voltar para o castelo... era visível isso em seus olhos cinzentos. <Bruce Forrester> Bruce estacava atento aos arredores, enregelado não pelas neves e ventos do norte, mas pela preocupação, pelo fardo que era voltar com aquela bagagem, mas sabia que titubear naquele momento seria um erro que levaria a ordem para longe, ele não podia precisar sobre as reações de Herman e Brian sobre o conhecimento do ovo, foi então que teve de tomar uma decisão forte, mesmo que visando o bem de todos, teria que ser pragmático e rígido – Magnar, continue o caminho não seja tolo* olhando profundamente nas lagoas cinzentas que eram os olhos do irmão * -- continue o caminho... * repetia em sussurro ponderando sobre o que diria em seguida, mas diss...* -- Paul, o primeiro homem que deixar a coluna, acerte-o pra matar* falava isso virando o cavalo em direção ao castelo e seguindo vagarosamente. <Narradora> Magnar manteve o olhar frio de sempre e Herman ergueu a mão para Paul, em sinal de que estava tudo bem, segurando as rédeas do cavalo de Envy, em seguida, e o conduzindo junto com o grupo, embora um pouco mais lento que os demais. Brian ficou de cobertura, para que não houvesse chances deles se distanciarem tanto e serem pegos em algum tipo de emboscada que pudesse surgir. Bruce havia sido severo, pedindo que um irmão não pensasse duas vezes em desferir um disparo certeiro contra outro, mas era isso ou dar margem para que Envy, com seus próprios pensamentos, debandasse. A solidariedade dos irmãos patrulhas prevaleceu e os portões de Castle Black estava cada vez mais próximos. Bruce já não sentia mais aquela sombra agourenta os perseguindo e sentiu um alívio quando sentiu o cheiro do local onde viveu a maior parte de sua vida. Ao passar pelos portões da ala oeste, ele sentiu aquele cheiro de fuligem da forja, embora esta em descanso. E viu a torre central como um porto seguro... estava em sua casa novamente. Então, os homens se realinharam a sua volta, desmontando dos cavalos e seguindo para os estábulos, aguardando ordens.


<Bruce Forrester> A redoma de sensações que a presença dos outros irmãos compartilhavam era quase sólida, Bruce se sentia realmente em sua casa, provavelmente o único lugar em toda Westeros que lhe dá essa sensação. A forja com seus cheiros, o latido dos cães, o som do vento que batia nas pedras do castelo, ao invés de correr livre... tudo aquilo era único, sem contar na austeridade da Muralha, como uma grande serpente cuja cabeça e o rabo se perdiam nos horizontes de leste e de oeste. – irmãos, façam o que quiserem depois, comam, bebam, durmam... mas depois, agora temos que relatar tudo ao Comandante...* entregando as rédeas do seu cavalo para Briam* --Não, tiveram uma jornada e uma missão difícil, eu levarei o relato ao Lorde Comandante... podem ir, mas esperem um possível chamado, Magnar, venha comigo...* esperando Magnar, com a feição neutra e fadigada pela viagem – o que você tem em mente rapaz* -- procuro falar quando sinto suficientemente seguro- quer perder a cabeça? Se isso for algo vivo, acha que resistiria mil anos naquela caixa? * parando vez ou outra para trocar gracejos ou acenos para algum irmão que surgisse – certo, nuca tinha visto corvos que se juntam e formam uma mulher, até hoje, eu também não acreditava em ovos de dragão....* “ele não vai conseguir sobreviver se fizer as besteiras que ele quer...” – sejamos razoáveis garoto... sejamos... ** NPC: <Envy Magnar> Depois que Brian foi cuidar dos cavalos e os outros o seguiram, para que todos fossem conduzidos aos estábulos, Magnar assentiu para Bruce, enquanto este caminhava e passava-lhe o sermão. Jovem como era, ainda não entendia o peso do que carregava, mas depois de seu irmão cumprimentar algumas pessoas pelo caminho, pois era bem conhecido em Castle Black, ele falou em voz baixa para que somente Bruce ouvisse, mesmo que os latidos e os sons do castelo interferissem , de qualquer maneira. - Bem, irmão... eu senti algo estranho quando o toquei... e era como se o frio que envolvia aquele ovo passasse todo para o meu corpo... não sei o que deu em mim mas... não queria que ele fosse destruído... me perdoe irmão Bruce. <Bruce Forrester> Enquanto olhava-as próprias mãos e a condensação das falas virarem nevoas no ar, Bruce dava um meio sorriso, aqueles que dava quando queria passar confiança para os outros – já vi muito nessa vida rapaz, mas prometo que não viverás pra ver Mormont ser injusto ou Aemon não agir com sabedoria... * pegando no ombro do Magnar, de maneira fraternal * - vamos jovem, você tem coragem e é sábio, a patrulha precisa de homens como vós, esse... artefato, é mais útil inteiro que destruído, fique calmo e tudo se encaixará* Bruce tentava não levar a conversa para o lado sobre natural, preferindo ignorar o que Magnar falou sobre ter perdido calor ao tocar no ovo, continuou seguindo para os aposentos do Comandante e ainda falou antes de chegarem – ursos gostam de hibernar, tomara que esse não seja dorminhoco... estamos meio... tarde...* com seu humor sem ritmo ou realmente engraçado.


<Narradora> O caminho até a torre central foi vencido por eles em pouco tempo, já que àquela hora da noite muitos estavam divisados descansando ou mantendo guarda nas torres distantes e nos portões. Subindo a escadaria para a torre do senhor comandante, eles passaram por alguns lances em espiral, chegando no terceiro piso, onde Jeor Mormont aguardava em uma mesa, solitário, comendo uma comida simples a luz de um candelabro de única vela acesa e quase no fim. As frestas das janelas deixam entrar um pouco da luminosidade da lua e ele pediu para que se aproximassem, oferecendo pão e um pouco do vinho seco que ainda ocupava metade da garrafa. ** NPC: <Jeor Mormont> -- Sentem-se, irmãos... que notícias me trazem de Queensgate? Ele analisou com cuidado o rosto de cada um daqueles homens, dizendo depois. -- Não precisam ter presa em resumos cautelosos... podem me dizer francamente... Bruce já está mais acostumado com o tipo de relatório que eu prefiro ouvir... E ele fez sinal para que seu amigo iniciasse a conversa, em meio a ampla sala circular e pouco iluminada. <Bruce Forrester> mesmo ouvindo as palavras de Mormont, Bruce preferia dar exemplo ao corvo mais jovem e fez uma reverencia leve, estava cansado de veras e não ajoelhou, afinal eram no fim, irmãos -- Jeor, nos mandou para a morte... mas aqui estamos nós, ressurretos e prontos para mais mil anos de vigília... * acenou para Magnar se aproximar* -- 3 selvagens e uma maldita bruxa, 3 irmãos mortos e 3 desabamentos antes de nossa saída... maldito seja o número 3, Velho Urso... * escolhendo bem as palavras agora e baixando um pouco a voz - um dos vãos superiores do forte desabou, perseguimos a bruxa e a abatemos, ela gostava de fazer truques com corvos, e alguém disse para ela que precisava de irmão negros para fazer seus rituais... isso era o que nós pensávamos, mas ela queria sangue e fogo, para... bem... para pegar isso, provavelmente* espalmo a mão em direção do Magnar, sinalizando para que ele mostre o artefato. ** NPC: <Jeor Mormont> Magnar desembrulhou o conteúdo com muito cuidado, revelando então o famigerado ovo de 20 centímetros, branco rajado de prata. Mormont fitou-o incrédulo e enfim as palavras "Fogo" e "Sangue" fizeram o máximo de sentido. Jeor chegou a engasgar um pouco com o pão, fazendo sinal que estava tudo bem, em seguida... ele observou com calma, parecendo acreditar em toda aquela história, afinal, nenhum lugar de Westeros era tão místico quanto o norte e ele já vivera tempo suficiente para provar das mais interessantes e aterradoras visões. -- Então era verdade... a câmara perdida de Alysanne Targaryen existia... nada mais me surpreende...


** NPC: <Jeor Mormont> E ele se levantou, pedindo que os outros se mantivessem sentados, embora Magnar teimasse em demonstrar respeito, fazendo a reverência adequada. -- Não tenho dúvidas... este é um ovo de dragão... não tenho ideia do poder que vocês desenterraram, mas só há uma pessoa neste velho castelo capaz de nos orientar sobre isso... E voltando a se sentar, ele perguntou a Bruce. -- Responda, meu amigo, o que você acha de tudo isso? Em todo o tempo como corvo, era a primeira vez que Bruce vira Jeor tão perplexo. <Bruce Forrester> -- queres que seja franco, suponho? Jeor, isso parece que saio das histórias dos menestréis direto para dentro da realidade, sabes que não sou o mais crédulo dos homens, mas sangue e fogo, bruxas e ovos... Jeor... * respirando profundamente e tentando focalizar os pensamentos para as situação – vi coisas no norte que sempre achei melhor arranjar explicações diferentes do que poderia ser fantástico, mas depois desta noite, urso, creio que estamos sentados enquanto os malditos deuses riem de nós...* estava tão estupefato quanto Jeor, mas tentava ser mais centrado do que muitas vezes fora * - sigilo, peço que avalie essa situação com parcimônia e peçamos o conselho de Meistre Aemon, aquele homem é tem a sabedoria de... bem muita sabedoria * Bruce devaneava, mas em meio a sonhos acordados disse – mas Jeor, pela nossa amizade, não tome decisões antes de consultar Aemon. ** NPC: <Jeor Mormont> -- E não tomarei... Disse o urso, com um semblante cansado e ainda incrédulo, continuando. -- Se bem me recordo de algumas coisas que ouvi em tempos remotos de meu início na patrulha, nenhum ovo de dragão pode ser destruído facilmente. Ainda mais este... E ele foi na direção de Magnar, que teve de resistir a tentação de ficar com o artefato, mas por fim entregou-o a Jeor, que pareceu sentir um calafrio, usando o pano em que o ovo estava para cobri-lo totalmente. -- Levá-lo-ei o quanto antes para Meistre Aemon e vocês dois desçam e comam, pois amanhã eu precisarei da mente sã de vós para que eu consiga organizar todas as ideias... irmãos queimados e sacrificados por uma bruxa selvagem é muito para minha mente cansada, ainda mais depois de ver este, que pode mudar o curso de toda a história. Peço sigilo dos dois... E ele não olhou para Bruce, pois o recado era somente para Envy Magnar, que assentiu respeitosamente para o Urso, que se retirava dali a passos rápidos. -- Cuidemse... Disse antes de tomar o caminho para a torre do rei. Magnar pareceu ter se livrado de uma maldição, tamanho era o alívio que ele demonstrava agora, assentindo em tom de desculpas na direção de Bruce agora, esperando ele dizer mais alguma coisa ou fazer menção de sair, mantendo a compostura.


<Bruce Forrester> Sentindo alívio por ter sido ouvido pelo Urso, mas sabia que a situação exigia cautela, não fora ouvido apenas por Jeor ser seu amigo, mas mesmo assim sentia orgulho de ser ouvido tão francamente pelo Capitão, a bem da verdade, Bruce sabia que o artefato não seria aviltado pelas mãos de nenhum dos homens que sabiam da existência do ovo – Magnar, está se sentindo tão aliviado quanto eu? Bom irmão, vai cumprir com tuas necessidades e descansa, a noite foi longa e o dia promete ser mais ainda – olhou em volta e voltou os olhos ao irmão sorrindo fadigado – bem descemos então... * começou a se retirar – sigilo... * falando apenas isso, começou a se retirar... <Narradora> Magnar assentiu, concordando com o fato de estar aliviado e desceu na companhia de Bruce, dizendo estar mais calmo agora que as providências estavam sendo tomadas e aproveitou mais uma vez para se desculpar com seu líder. Os dois chegaram no hall onde os irmãos Corvos comiam, e alguns os saldaram pelo retorno sem perdas. A maioria deles apreciava a determinação de Bruce Forrester em se manter firme nas incursões, o destino que fosse, sem pestanejar... Batatas bem cozidas com um caldo ralo de carne, junto à cerveja preta foi a comida para encerrar a noite, além de fatias de pão negro com grãos amassados para acompanhar. Os homens se retiraram e Magnar falou uma coisa ou duas sobre a sensação que teve, mais como um desabafo do que um relato novo. Bruce tentou lhe passar alguma experiência enquanto descansavam e se alimentavam, mas algo pareceu chamar a atenção de muitos corvos, que lá de fora do hall começaram a se reunir. Curiosos, os dois foram se juntar aos demais e perceberam que no pátio, muitos deles olhavam para outro Ranger que conversava com um guarda na torre. O motivo era simples, o grasno de alguns corvos que passaram por sobre o castelo devia ter chamado a atenção dos homens, mas foi então que eles se sentiram temerosos e preocupados, pois a nova respostas do guarda da torre aflito conseguiu tirar o sono e cansaço dos homens, dando lugar a inúmeros sentimentos... -- ... Corvos senhor! Gritou o rapaz lá do alto. -- Uma imensidão deles... E ele disse em tom preocupado, enquanto vários arqueiros começaram a se posicionar na proteção da torre oeste... Bruce só conseguia ver desespero no rosto deles... <Bruce Forrester> Olhando a revoada de pássaros negros, por um segundo, não mais que isso... Bruce pensou estar em um sonho pitoresco ou em um logro de algum deus brincalhão. Mesmo com seus 40 anos, não havia visto nenhuma maravilha daquelas vistas nas ultimas horas... tudo era demasiadamente exagerado para sua razão simplória, mas estava no norte, e o norte mesmo quando haviam se passado 30 anos de sua chegada entre os irmãos, ainda lhe pregava peças. Pegou mais uma vez no botão da espada “armas de gume são como mamilos em um peitoral de aço...” deixou a arma repousar e olhou para os irmão “mais um comando, tenho que ser ouvido...” colocou as mãos ao redor da boca e gritou – QUEM ESTÁ NO CHÃO... CAMINHO DOS VERMES, QUEM ESTÁ NAS TORRES, FECHEM PORTAS E SE ABRIGUE,M!E QUEM TIVER UM ARCO, ATIRE SE PUDER


<Narradora> As ordens de Bruce Forrester se juntou com a de outros Rangers Líderes e logo foram seguidas como puderam. Homens fortes se posicionaram com seus escudos para que a nuvem de corvos não impedisse os arqueiros de atirarem, fazendo um bloqueio para eles, enquanto os de baixo seguiam para o caminho dos vermes e outros tentavam bloquear janelas e entradas... Bruce via a violência com que vinham os pássaros, que não se importavam de se sacrificar desde que morressem desequilibrando os arqueiros no alto das torres e da amurada elevada sobre os portões... era uma cena terrível a qual ele só podia pensar que algum deus estava descontente com eles, por terem o desagradado e desenterrado algo que não deveria sair de lá... ele ouviu o eco do corvo como em Queensgate mas pareceu que só ele teve essa percepção, de fato tendo ocorrido só em sua mente... esperava que ver os irmãos caindo lá do alto das torres após serem atingidos por uma rajada de corvos desvairados fosse só o fim de um sonho ruim... que acabaria com o raiar do sol em sua janela sem proteção, naquela cama pouco confortável de Castle Black... mas não foi o que aconteceu... em meio a gritos e salvamentos, a nuvem foi passando como um tornado de vento forte, embora o fenômeno jamais tivesse sequer acontecido no norte alguma vez, sabendo de sua existência por relatos nos livros da torre do Meistre Aemon. Flechas e corvos choviam no castelo e sangue escorria... fossem patrulhas ou aves... muitos corvos morriam... <Bruce Forrester> Bruce gritava e meio rouco e sem voz pelo espanto e incredulidade, passava olhos de um canto ao outro repetindo ordens até sua voz falhar em seus pulmões. – fechem as... fec...a...-- * começou a tossir, com a garganta sendo ferida com os esforços... então resolveu, mesmo com certo pesar, fazer o que julgava ser o obvio e o que ainda podia ser menos danoso, com o pensamento em seus irmãos que morriam na queda das ameias, decidiu empurrar os que estivessem próximo a ele de volta para a parte interior da fortificação mais próxima “dei a ordem, espero que tenha sido ouvido” isso se deu quando Bruce murmurava preces crendo ser um vento passageiro feito de corvos. “não, não posso ter ouvido o grasno do corvo maldito... será culpa do ovo...? <Narradora> Bruce buscou abrigo, assim como tantos outros, e logo a tempestade de corvos foi diminuindo até que uns poucos grasnaram no alto e foram sumindo no horizonte... Pouco a pouco, os homens que mantinham um pouco de sanidade, tentavam amenizar sua mente ajudando seus irmãos e todos foram saindo dos esconderijos, abrindo as passagens e saindo detrás dos escudos. Os homens olhavam incrédulos uns para os outros e alguns, sentidos com algumas mortes que ocorreram, estavam com um semblante horrorizado. Coube a Bruce e outros rangers trazerem os homens de volta, comandando-os para que voltassem logo a si, pois havia muitos trabalho a fazer... "


<Narradora> Sempre há trabalho a fazer"... Mas o destino havia brincado com ele mais uma vez e como se não bastasse uma fortaleza ruir, uma mulher selvagem virar corvos, patrulhas serem queimadas numa lareira, um ovo de dragão e agora uma tempestade torrencial de corvos... Envy Magnar ajudava o corvo veterano como podia... Logo Jeor Mormont apareceu para auxiliar na avaliação de perdas e decidir como seriam os funerais, feitos numa parte separada do castelo. O clima ainda estava confuso demais para qualquer explicação plausível, embora Bruce não duvidasse que pudesse acontecer mais nada... Quando as coisas foram voltando a ficar normais, Jeor Mormont pediu para que o Ranger veterano subisse à torre de Aemon, enquanto ele esbravejou ordens para que os homens se recompusessem e os construtores se realinhassem diante dele para que os danos fossem calculados para a iniciação de uma reparação. <Bruce Forrester> Ainda perplexo, diante de mortes, danos, perdas e toda sorte de bruxaria, e aqui não falo apenas da mulher, mas toda mácula que pairava sobre os patrulheiros como um todo, Bruce agora era chamado para uma conferência que tinha que pelos deuses apaziguar ao menos um pouco os sentimentos de culpa e desalento que penetravam no coração do patrulheiro – Mormont, o velho Aemom... deve estar cansado, ou ao menos confuso... sou décadas mais novo que ele e estou massacrado... – falava ainda chegando perto do comandante e avaliando ainda que superficialmente os estragos, olhando Magnar ainda antes de chegar até o aposento de Aemom, Bruce lança um olhar que fala um pesar mudo “Envy, você tem mais em você do que pode perceber...” ** NPC: <Jeor Mormont> O líder dos corvos em Castle Black olhou com sua expressão séria de sempre, deixando que Bruce falasse e desabafasse seu desalento. Mas o ranger veterano conhecia bem seu amigo de longa data e sabia que ele já vira coisas que poderiam deixar um homem sentado, olhando os dias passaram até perder a vida. Ele não deixaria que as coisas ficassem mal resolvidas e por mais fadigada que estivesse a mente deles, as providências deveriam ser tomadas. -- Não questiono o poder cruel que pairou sobre nós agora, mas você está certo quanto a poupar o velho... E aquela foi uma atitude surpresa, já que Bruce já estava quase se preparando para se virar e subir a torre do rei. -- Você... Apontou para Envy Magnar. -- Vá avisar o irmão na entrada da torre que nos reuniremos amanhã.... Bruce, você venha comigo ajudar esses homens que mexem com números a fazer o serviço direito... não param de tremer esses jovens de hoje... Olhou sério para os construtores. -- Vocês não conhecem o inverno... desejem que não o conheçam...


<Bruce Forrester> Bruce acompanha o velho amigo – “irônico, acho que essa é a palavra...... costumam dizer isso quando algo é engraçado sem ter graça... eu acho... – Bruce fala mais pra si mesmo do que para alguém em especial, olhando os danos ainda e se preparando para alentar os jovens que “mexem com números” – VOCES PATRULHEIROS...* gritando para todos e para nenhum em especial – SABE O que os starks diriam sobre isso? Não? Diriam que o inverno está chegando... mexam-se-- * olhando para Mormont e sorrindo aquele sorriso cansado – vimos muito para uma vida inteira sulista... mas estamos no norte amigo... e mais rápido que o inverno, vem o amanhecer...* olhando para o céu noturno e tentando divisar tons de negro da abóboda, pensando se mais bruxarias desceriam os céus. <Narradora> A noite em Castle Black foi de trabalho e poucas lamentações. Não era o costume dos corvos prantear muito sobre os homens que morreram defendendo o castelo... eles se alegravam sim, por aqueles que permaneceram vivos... Os homens que haviam se estremecido com a ordem de Bruce agora ajeitavam o material para que no dia seguinte tudo começasse a ser reconstruído de noite. Ambos os veteranos sabiam que aquele seria um assunto comentado por semanas, senão meses e seria lembrado por algumas gerações futuras. "O dia que o céu bateu asas"... O sol nasceu tímido na manhã seguinte no quarto de Bruce, que se ajeitou sobre a cama esticando seus ossos cansados e que estalavam devagar. Depois de ir até a mesa simples no canto da sala e molhar a boca com uma água pega na moringa e cuspir no cuspidouro, tirando o hálito da madrugada fatídica, ele foi até o hall onde os soldados estariam tomando seus desjejum. Os comentários eram inevitáveis, embora fossem feitos aos sussurros e entre os dentes. O burburinho seguiu até que Jeor apareceu no local, bem como os outros líderes. Bruce ainda não havia escolhido o local que iria se sentar naquele dia, mas sentiu que aquele não seria um dia como os outros... aliás, não existia no norte, um dia como os outros.

<Bruce Forrester> Com uma olhadela pela mesa e nos possíveis lugares, me dirijo ao lugar mais longe de burburinhos dando um pontapé sutil na cadeira mais para coloca-la no prumo, sento, ainda sentindo dores deixadas pelos momentos de tensão vividos, mas vencidos – jeor, sente comigo, preciso comer olhando um rosto amigo, se não vou achar que isso é algum complô contra minha sanidade – fitando os homens em seus sussurros meio amedrontados, meio destemidos – creio que hoje termos de ter com Aemom... o leite derramou da tigela, mas vamos tomar o que fica nela... – sentando após alguns cumprimentos de olhar aos irmãos conhecidos de mais proximidade – isso... é um velho dito que minha mãe falava... que os deuses a tenham...


<Narradora> Jeor aceitou o convite, se sentando ao lado de seu velho amigo. O velho urso comeu de maneira simplista, como era de seu feitio, e manteve uma conversa adversa aos comentários que voavam em sopros pelas mesas. A melancolia se abatia sobre Castle Black e as horas passavam mais lentamente. Jeor confirmou a visita a parte mais alta da torre do rei e disse que esperaria que Bruce fosse até lá, levando consigo o patrulha do qual ele esquecera o nome. Bruce sabia que decorar nome de tantos corvos não era uma tarefa fácil, ele mesmo teria dificuldades em se recordar de tantos rostos, nomes e sobrenomes. Mas Envy Magnar acabara mudando o curso da história em Queensgate e Bruce estava lá para ver seu feito... na verdade, não fossem suas ordens, o jovem patrulheiro não teria feito o que fez e quem sabe o castelo não estivesse pacífico por mais alguns dias. Mas não era isso que passava na mente do Ranger veterano, ele sabia que por algum motivo a mão do destino colocou cada um deles ali... não era hora para Conjecturas e depois do desjejum e da despedida de Jeor, Bruce foi até Magnar, sentado também mais isolado das pessoas e notou nele um certo semblante de culpa. <Bruce Forrester> Andando até Envy, Bruce toca seu ombro, esperando ele erguer a cabeça para o fitar com olhos frios fala em tom resolvido, claro que não espera recusa, mas mesmo assim fala com um misto de rigidez de quem manda e suavidade de um irmão, não... de um pai ou tio. – Magnar, você vai comigo e com Mormont até a torre do rei, precisamos de todos com juízo para resolver essa anedota de mal gosto – esperando os últimos mastigados e goles apressados do patrulheiro e ouvindo sem prestar real atenção aos murmúrios, Bruce fica de pé esperando, mas assim que o ranger levanta, vai na frente em direção ao aposento do Meistre. <Narradora> Envy assentiu, concordando com seu líder, o qual aprendeu a respeitar um pouco mais depois dos últimos acontecimentos. Não havia tempo para pestanejos e desanimo... eles precisavam de respostas. Saindo dali e passando por debaixo da escadaria para as ameias sobre o portão, eles dobraram mais um lance de andaimes que haviam sido montados para dar início a reconstrução. Depois de desviarem de alguns entulhos e pedras amontoadas, além de materiais dos construtores, eles entraram na câmara térrea da torre do rei e subiram os longos degraus em espiral até chegarem ao local onde o Meistre Aemon estava. Com sua túnica negra, pele e cabelos brancos e olhos púrpuras, ele estava sentado numa velha poltrona carcomida, olhando para uma mesa diante dele, onde sobre um pano grosso e velho estava o ovo trazido de Queensgate. Ele esperou que todos se alinhassem na ampla, mas simples câmara, como poucos móveis, mas com uma estante de raros livros, os quais muitos meistres pagariam fortunas para tê-los. Não havia assento para todos e nenhum deles pareceu querer se sentar. Cansado com tudo o que havia acontecido, o meistre disse.


** NPC: <Meistre Aemon> -- Senhores... está diante de vós o ovo do mais magnífico dragão já existente neste continente... aquele domado por Alysanne Targaryen, rainha sobre todas as leis e umas das poucas a voar sobre um dragão nas eras recentes. Este é o ovo de Asaprata, deixado para ser enterrado junto com sua história, até que o sangue Targaryen precisasse dele... Ele se levantou com intensa dificuldade e olhou para cada um deles, demoradamente, até revelar. -- Sua existência põe em risco não só o norte, mas todo o resto destas terras... ele precisa ser destruído... <Bruce Forrester> Bruce subiu até a torre de Aemon, foi todo o caminho calado, ouvindo os sons que era frequentes no pátio de Castle Black, novados treinando com suas espadas de madeira, homens treinando todo com flechas e arremessando facas e machadinhas. A conversa sobre o Dia que o Céu Bateu Asas, ainda era uma canção presente nas bocas de todos, mas uns falavam do horror, outros das ações corajosas feitas para barrar as aves, outros falavam do pesar da morte de irmãos, mas poucos ou nenhum patrulheiro se lamentava, pelo menos não onde Bruce pudesse ouvir. Em boa verdade, Bruce e Envy queriam apenas chegar nos aposentos de Aemon e parlamentar com o meistre e com Mormont, que provavelmente já estava lá. Logo que entraram, ouviram Aemon falar sem rodeios, mas da sua forma eloquente sobre o artefato, o ovo de Asaprata, o dragão da rainha Alysanne. – Meistre Aemon, me conheces bem demais e sabes que se for necessário, destruirei o ovo à dentadas, se for preciso... mas... Magnar, e Mormont sentiram algo diferente quando tocaram nessa coisa, o senhor poderia darnos argumentos mais... convincentes? * falava desviando o olhar para Envy e depois para Mormont * -- longe de mim discutir com tua sabedoria, velho companheiro, mas se esse ovo puder ser mais útil a patrulha inteiro do que quebrado? Falo não por cobiça, até por que não seria meu, mas falo por que não é segredo para ninguém sobre a situação de nossa irmandade nesses últimos dias depois da guerra... ** NPC: <Meistre Aemon> O velho e sábio homem, conselheiro e muitas estratégias para a patrulha, bem como fonte de grande sabedoria entre os irmãos, se levantou pesarosamente da cadeira em que estava sentado, deixando de contemplar o ovo sobre a mesa. Ele observou os olhos de cada um dos homens ali diante dele e falou quando parou sobre a face de Bruce Forrester, dizendo. -- De fato este tesouro remonta tempos imemoriais de nosso continente e não é estranho que esses irmãos tenham sentido algo diferente ao tocar ou se aproximar demais deste artefato. Ele caminha até a lateral da mesa, ficando um tempo ali, voltando a olhar para o ovo de Asaprata. -- Os sinais de que o sangue dos dragonlords ainda vive esta diante de vós... somente eles podem fazer nascer deste, diante de seus olhos, algo que possa vir a dobrar o destino de Westeros. E digo com toda a minha experiência e sabedoria... quanto antes lidarmos com esse artefato, mais cedo nos livraremos de tudo o que ele carrega... essa é minha palavra final. E Jeor pareceu satisfeito, olhando para Bruce para ver se ainda lhe restava algum contraargumento.


<Bruce Forrester> As palavras eram de fato mais duras do que as que Bruce esperava, de fato ele não era um estudioso, de forma alguma possuía argumentos para contrapor ou quebrar a muralha de sabedoria que era o velho meistre. Fitando os olhos purpura do ancião, pôde mais uma vez ter uma diminuta sensação de pequenez diante da profunda experiência do irão.. meneou a cabeça e quase falou, mas as palavras ficaram mudas, na garganta... – Mas... * abriu e fechou a boca*-- sim Meistre, para mim, és suficiente seu julgamento* sabia a maneira como Aemon sempre procedera, confiava nele e não seria hoje que duvidaria. Mesmo assim, olhos os outros dois de esguelha e continuou—e o que deveremos fazer com ele?

** NPC: <Meistre Aemon> E antes que Jeor ou Envy Magnar pudessem responder, o próprio Meistre retirou de suas argolas metálicas um rolo de pergaminho de cabra já bem gasto pelo tempo. -- Devem ir para o monumento de Queenscrown, na linha de New Gift, no sul de Castle Black. Há uma estátua em tamanho real da rainha Alysanne lá... Jeor conhece o caminho e pode indicar melhor o que fazer... Leve este homem.. E ele apontou para Envy. -- ... Junto com você Ranger... irá precisar dele também... Ele embrulhou o ovo novamente no tecido e o entregou para Envy Magnar, que tremeu um pouco mas assentiu em reverência a Meistre Aemon. Então Jeor disse. ** NPC: <Jeor Mormont> -- Se é em Queensgate que devemos selar esse mal presságio, que seja estão. Ele olhou para Bruce Forrester com seu olhar frio e sério. -- Arrume seus homens, irmão, e parta o quanto antes. Que os antigos esteja com a mão sobre sua cabeça. <Bruce Forrester> Dando um leve olhar para Envy, meneia positivamente, dando um meio sorriso – já que iremos partir tão logo, vou me apressar a convocar meus homens, os da ultima missão irão servir, são meio brutos, talvez, aquele Herman tem bons braços e o Paul tem olhos agudos... se saíram bem e tenciono testá-los mais um pouco * falando quase contente em resolver de fato aquele caso, mas em seus íntimo sabia que aquilo era mais um cuidado superestimado do que sensato, talvez – se o meistre permite, disse que apenas o sangue de dragão eclode o ovo, mas... essa casa mão está demasiadamente longe para reclama-lo?* já se preparando para sair, se deixa ficar mais alguns instantes apenas para ouvir a resposta.


** NPC: <Jeor Mormont> Jeor encerrou o assunto, sendo um tanto quanto invasivo cessando o assunto, enquanto Meistre Aemon se sentava de volta em sua poltrona, com um semblante pensativo, como se a resposta de Bruce estive bem perto de ser respondida e de forma negativa. O nobre de Castle Black indicou a escada e ambos os corvos, veterano e patrulha, acataram suas ordens, sabendo que já não se faziam mais necessários ali. Jeor os acompanhou e quando chegou no átrio onde se treinavam arqueirismo, agora com alguns entulhos depois de uma destruição parcial de alguns muros da ameia, ele disse: -- Vamos evitar maior desgaste de nosso mentor, irmão... vá e convoque seus homens... prepare suas rações e parta. As instruções estão no pergaminho, então nem devo salientar que é de suma importância a proteção deste. E ele olhou para Envy Magnar de maneira bem austera. -- É bom que isso só seja utilizado diante da estátua de Alysanne... não titubeie, patrulha. E antes que um dos dois pudesse sequer lhe perguntar algo, ele foi ter com os construtores, que na visão deles estavam fazendo corpo mole. <Bruce Forrester> Ouvindo atentamente as instruções, Bruce ainda pensava na resposta de Aemon, que nem se quer fora realmente dada, mas além de experiência em campanhas na floresta assombrada, Bruce tinha vivido suficiente para ler o que havia no semblante de um homem, não lia letras em papel, mas compreendia bem alguns mistérios – ouviu o Velho Urso Envy Magnar? * esperando a saída do comandante – busque quem você achar no caminho dos estábulos, eu irei ao armeiro pegar os equipamentos e chamar quem estiver no pátio, o grupo é o mesmo... e rapaz... se lembre, somos apenas os homens do rei, o atual rei não tem sangue de dragão... isso não nos diz respeito... * ainda falando para desanuviar a mente de Magnar, que ainda pode nutrir pensamentos para o artefato – a patrulha confia em nós... * falando o reto de maneira inaudível, começa a caminhar para o armeiro, procurando os rangers com golpes de vista.

<Narradora> Envy Magnar disse muito baixo, como num sussurro, mas Bruce pareceu ter ouvido "O rei tem sangue Targaryen... como os Baratheon também..." Mas antes de se virar para ver se não foi um sussurro do destino, ele não viu mais seu rastreador ali, estando ele a passos largos indo buscar os outros homens do grupo anterior que pudesse encontrar naquele caminho. Enquanto isso, Bruce foi até o armeiro, sempre ocupado tentando reparar aquelas armas dentadas dos patrulhas. Seu ofício era trabalhar quase todo o dia, enquanto seus olhos e corpo aguentassem separar as armas doadas, geralmente em péssimo estado, para então começar o processo de reparação. Bruce não encontrou nenhum dos outros três homens lá, apenas o incansável Albert Slate e seu ajudante que Bruce ainda não sabia o nome, parecendo ser um novo aprendiz de ferreiro. Albert cumprimentou o velho Ranger vindo em sua direção, enquanto dava marteladas ávidas numa espada incandescente sobre uma bigorna velha e quase enferrujada.


<Bruce Forrester> -- o dia hoje está quente... quase posso ver o Sol de verão... * Bruce fala de maneira sarcástica, mas com a expressão que não deixa transparecer se é um gracejo ou realmente está falando sério. – Albert, não é... campanha fora dos planos, preciso dos equipamentos de uma cavalgada firme, talvez rápida... se os deuses permitirem... * fala olhando em volta com olhos agudos, procurando algo – você martela firme, heim... essa arma ficará suficientemente boa para enfiar em um selvagem incauto...*para o olhar no ferreiro, -- esses construtores... antigamente eles vinham para trabalhar, agora... comem e dormem às custas da patrulha, enquanto homens bons dão suas vidas* resmunga com a conhecida fala ranzinza mas carismática que geralmente mostrava para os corvos. <Narradora> Albert concordou com Bruce, pois o tempo parecia ter deixado os homens moles... talvez a falta de guerra. Enquanto deixou de lado o martelo para seu jovem aprendiz, que mal conseguia produzir alguma fagulhas com suas batidas, ele foi conversando com o Ranger, procurando o equipamento de que ele precisava. Não havia muita coisa que pudesse ser tão favorável que já não estivesse em uso, mesmo assim ele ofereceu o que tinha de melhor, pedindo a um outro homem que trouxesse os cavalos com melhores ferraduras até eles. Nesse meio tempo, Albert deixou a conversa fluir e logo o tempo passou com mais tranquilidade... era bom ter algo com que se ocupar a mente e se recordar de tempos antigos fazia os homens mais experientes refletirem sobre tudo o que já contribuíram para aquele continente. Envy Magnar, chegou com os outros três homens, estando Brian mais agitado do que de costume. Bruce imaginara que ele deveria esperar ver castelos perdidos e lugares ruindo aos pés deles de novo, já que ele tinha um espírito bem aventureiro. Logo os cavalos chegaram também e todos se reuniram, esperando as ordens do velho Ranger. <Bruce Forrester> Examino o garrano e constato que já o montei em varias incursões, era algo de fato bom, mas os patrulheiros não podiam se dar ao luxo de terem seus próprios animais. Subindo no animal dou uma olhada para mais a diante, arrumando peles e camadas de couro fervido, bem como luvas e a gasta cota de anéis – Homens... bom ver que nenhum de vocês caio das ameias noite passada... mas para sorte de vocês temos uma incursão... e isso é mais uma oportunidade de mostrarem que as tripas de vocês não viraram água com aquelas aves ontem... que são homens que merecem ser membros dessa irmandade milenar...* parando repentinamente e arrumando um detalhe da armadura, talvez arrumando uma presilha solta... – cavalgaremos para Coroa da Rainha, ao sul e para conhecer a estátua de Alysanne... não, claro que não é pra isso Herman... e olhe pra mim quando eu falar... bom... quero olhos agudos e o caminho batido por Envy e Magnar, Herman e Brian irão aos flancos da coluna, irmos rápido e em conjunto, não quero distancias abertas, exceto Magnar que baterá, entendido * aprumando o cavalo para a estrada – Ao sinal de lobos, selvagens ou qualquer merda, continuar e Magnar... você segue até lá, mesmo que todos nós fiquemos caídos, fui claro?


<Narradora> Todos concordaram, como sempre, sendo o que mais se mostrou avido por sair logo de Castle Black foi Brian, como Bruce já imaginava. Magnar sabia o peso que carregava, pois com ele não só estava o ovo, no alforje de seu cavalo, mas o misterioso pergaminho dado por Meistre Aemon. Seguir pelo caminho Sul seria algo novo para alguns deles, que há muito tempo só faziam patrulhas no além norte ou a leste, na direção do castelo de Eastwatch... Depois de tudo acertado - equipamento, comida, celas e animais - todos seguiram em rápida marcha até o local indicado por Meistre Aemon e lá foram os corvos da patrulha para mais uma de suas incursões. Paul se mostrou muito mais útil na vigilância do grupo, pois era um homem de uma visão incrível, cujos os homens se sentiam mínimos perto da riqueza de detalhes que ele conseguia deduzir a longa distância. A paisagem não mudava muito, era fato, mas saber que alguns animais se moviam nas montanhas de prata, no sudoeste, era um feito notável. Cabritos selvagens as vezes povoavam aquela região, bem como outros terríveis animais, alguns deles apenas conhecidos por lendas e história popular, não sendo eles jamais vistos ou encontrados. O caminho até lá não seria vencido em apenas um dia, mesmo em marcha rápida, mesmo assim eles tiraram uma boa diferença e depois do crepúsculo, pararam apenas para as necessidades principais, seguindo depois dos cavalos descansarem, mesmo na escuridão do norte. O dia sem estrelas foi vencido quando no leste o sol raiou tímido, onde os patrulhas se mantinham firmes sobre os cavalos... foi então que Paul disse: ** NPC: <Paul Stout> -- Estou vendo a torre, irmão Bruce... aparentemente não há vivo homem a vigiando... não parece normal isso, concorda? E Bruce sabia que todo território dos corvos deveria ser vigiado, mesmo que com uma simples vigília... algo parecia estar afrontando a sorte dos homens naqueles dias. <Bruce Forrester> -- malditos sejam os presságios desses dias, Paul... * diminuindo a velocidade aproveitando a distancia considerável imposta entre eles e a fortificação, a final, o patrulheiro era realmente um olhos longos. – Reunir... * esperando os homens se aproximarem para as instruções – isso não é nada bom... irmãos mortos em um sacrifício e agora nenhuma vigia aqui... tomara que seja apenas desleixo do irmão, se não, seremos vítimas de mais um logro dos deuses... * Paul, vá circundando a fortificação e tente ver algo com esses olhos abençoados, nós vamos circular pelo caminho contrário ee nos encontraremos quando a volta for completa neste mesmo lugar, todos atentos ao menor sinal de movimentação, se uma lebre se mover, quero saber, Paul, me de respostas, Magnar ache a estátua, Herman, ultima vez que mando você prestar atenção, Brian, junto do Herman, quero ataques combinados se for necessário, eu irei na retaguarda...


<Narradora> Os homens ouviram as ordens do velho Ranger e Brian crispou os lábios e quase cuspiu no chão quando ele teve de ficar junto de Herman e não ir logo de uma vez avançar sobre a planície branca para achar logo o objetivo. Paul manteve-se a média distância enquanto, furtivo, Magnar seguiu na frente, com o corpo arqueado para frente, tentando encontrar todo o tipo de má sorte que pudesse atrasar os cavalos, deixando o seu com Paul mais atrás, para que ele se sentisse livre e com mais precisão de achar alguma armadilha. Bruce, na retaguarda, sentiu de relance um frio intenso na espinha... algo que só lhe ocorria quando algo de muito ruim estivesse próximo de acontecer... foi então que ele olhou para os céus, desejando que os deuses antigos pudessem ser mais generosos com eles. O norte não tinha o costume de ter tempestades, mas uma nuvem negra de trovões estava se formando mais a frente, vinda de Bay of Ice, na direção da torre onde eles deveriam chegar... Como se não bastasse o mau agouro, Envy fez um sinal mais a frente e logo Paul foi a seu encalço. Bruce só se deu conta quando se aproximou e viu um patrulha morto, aparentemente há dias, com uma flecha no pescoço e outras duas na costela. <Bruce Forrester> A visão do irmão morto com uma flecha, não amedrontou o patrulheiro experiente de tantas incursões. De certa forma era muito mais um sinal ou aviso do que motivo para preocupação, embora a vigília findada de um irmão sempre fora motivo para o pesar de Bruce. – UNIR PATRULHEIROS... AQUI!-- * ele espera a formação ser concentrada ao seu redor – perdemos mais irmãos em dois dias do que em dois meses de patrulha na Floresta Assombrada, as incursões que lidero sempre são comedidas e ponderadas. Mas hoje, temos algo a fazer e esse forte é nosso e do reino, temos dever de defende-lo e reconquista-lo se for o caso, então... sem piedade ou misericórdia... entendido * de fato a paciência de Bruce esgotou, os últimos dias foram demasiados estafantes física e psicologicamente, o veterano estava ciente da missão que tinha e a morte de um ranger era mais do que a gota d’ água. – Paul ira circular para encontrar uma entrada, Envy também... quero Brian dessa vez com o Magnar e Herman comigo, mas nossa entrada será uniforme... vamos rechaçar qualquer ameaça e encontrar essa estatua. <Narradora> Os patrulheiros foram seguindo as ordens de Bruce, se reagrupando próximo a ele e se redistribuindo em nova formação em seguida. O clima parecia bem tenso por ali e o barulho do vendo não ajudava a manter a atenção em todos os cantos. Com a pouca luminosidade, seria difícil encontrar espiões pelas árvores secas e quase sem vida daquele pátio inicial. Paul tentava se preocupar mais com as colunas e algumas em ruínas poderia oferecer qualquer tipo de abrigo para pessoas habilidosas. Brian parecia querer lutar o quanto antes, sentimento que não era compartilhado por Envy Magnar, que só pensava mesmo em findar logo aquela missão e voltar para Castleblack.


<Narradora> A patrulhe seguiu mais para dentro de Queenscrown e Paul, mais a esquerda, assoviou para que os outros viessem a seu encalço. Quando todos se aproximaram dele, o patrulheiro falou. ** NPC: <Paul Stout> - Lá adiante... Disse ele com cautela, embora tivesse chamado todo o grupo para traz de uma das imensas colunas, ainda firmes no local. - Vim uma movimentação estranha por lá... mas pelo jeito que se posicionou de forma displicente, devem estar armando algum tipo de emboscada para nós. E Bruce viu no patrulheiro um ar de grande preocupação, pois o terreno a volta deles era amplo e eles não tinham muitos lugares para se esconder. - Há pelo menos dois arqueiros mais adiante... um deles usa arco longo... E depois de um breve momento, apenas para eles pensarem nas melhores estratégias, Paul encerrou. - Pelo que sei, a estátua da rainha Alysanne Targaryen fica depois daquela coluna... estamos a quase 200 passos de lá... <Bruce Forrester> Mais uma vês em menos de dois dias Bruce se via com aquele grupo de homens em uma situação semelhante, uma emboscada armada em um terreno que deveria ser da patrulha, ou pelo menos estar sob controle, havia algum tempo que os selvagens não andavam tão afoitos quanto nesses últimos dias,. Bruce temia pela vida de seus homens e pela missão importantíssima que aquela incursão levava sobre os ombros, mesmo que nem todos estivesses sabendo ou mensurassem . – Paul, arqueiro por arqueiro, você é melhor... Herman e eu iremos avançar com escudos para força-los a saírem de suas coberturas para atirar ou procurar outra para se esconderem, Paul e Envy tentarão acerta-los com fechas... Brian fica atento ao movimento deles e quando pensarem que estão seguros em uma nova cobertura, você avança e os pega de surpresa. O objetivo e chegar na estatua, mas quando passarmos por eles eu irei procurar um lugar para reunir e reorganizar, entendido? Vamos! ”deuses antigos do norte, guiai nossos passos e aprumai nossas espadas.

<Narradora> Os corvos seguiram, cada um em suas posições e logo vieram as flechas de uma pilastra tombada mais adiante. Em meio aos disparos, Bruce percebeu a movimentação de um homem com arco longo, se esgueirando através de sua cobertura para chegar ao outro lado, mas ao sinal de Bruce, Paul mirou de forma certeira nele e este caiu do outro lado, e imediatamente o Ranger pediu que Brian fosse ao encontro do homem abatido. Infelizmente, nesse mesmo instante, um dos disparos vindos da pilastra atingiu em cheio o ombro esquerdo de Herman e o sangue espirrou em Bruce, que estava ao lado do forte guerreiro. Herman não esmoreceu nenhum pouco, aguentando a forte dor que sentia para se reposicionar. Enquanto Bruce gritava ordens para Envy Magnar, este atirou para cobrir o avanço de Bruce, que correu com o cavalo na direção do arqueiro e saltou a pilastra com muita competência e boa equitação, acertando um golpe certeiro no selvagem, que no instante anterior levou um disparo de raspão das flechas atiradas por Magnar. ..


<Narradora> Mas a espada bastarda do ranger fez seu trabalho e no golpe ela arrancou a cabeça do selvagem, fazendo-a girar em falso no ar, rodopiando e fazendo o sangue respingar no cavalo do Ranger. Envy buscou abrigo próximo a Bruce e logo Herman chegava para fazer a cobertura, enquanto do outro lado Brian dava cabo do inimigo caído pelo disparo de Paul. Stout, que estava fazendo disparos de cobertura, se aproximou dos homens o quanto pode e num breve momento de surpresa, Bruce recebeu disparos vindo da escuridão do pátio a frente. Os selvagens, possivelmente próximos de outra coluna tombada, faziam inúmeros disparos na direção de Bruce, de maneira a tentar desestabilizar sua liderança, mas a avidez do líder não esmoreceu e mesmo com os ferimentos das flechas cortantes em sua pele, perpassando-o com grande agressividade, ele se alinhou com Herman. O ranger ordenou que Envy achasse logo o maldito lugar, enquanto Paul disparasse em sua proteção... Para aumentar o clima da situação, três cavaleiros selvagens avançaram na escuridão e Brian irrompeu no flanco na direção de um deles, que teve de mudar sua trajetória. Desta vez foi Herman que tomou a frente de Bruce, virando seu escudo de torre para Avançar sobre os homens de maneira a servir de aríete. Como estavam embalados, os selvagens só poderiam esperar a colisão e como tanto Herman quanto Bruce se mantiveram alinhados em cavalgada, eles não tiveram outra alternativa senão avançar para tentar derrubar o homem com o escudo enorme. Flechas não foram suficientes para derrubar Herman, tampouco desestabilizá-lo e foi a vez dele investir em seguida contra os dois cavaleiros, que sentiram o baque pesado do escudo dele e se desequilibraram, caindo de seus cavalos. Bruce, que vinha logo atrás, não poupou sua maestria com a espada e decapitou mais um homem... Caído, o outro ainda tentou correr, mas Paul o flechou a distância, sem a menor chance dele conseguir abrigo... Bruce e Herman viram os outros dois arqueiros correrem e o ranger líder deu a ordem para eles serem atropelados. Nesse mesmo momento, Brian e o outro selvagem cruzaram espadas montados, e foi o patrulheiro que levou vantagem, mesmo recebendo um corte na lateral do corpo. O selvagem caído imediatamente foi rendido por Paul, que segurou as mãos do homem às costas dele, derrubando, sacando com uma das mãos a faca e prendendo o cabo dela na boca do homem, para que ele não se matasse. Bruce e Herman já haviam dado cabo dos arqueiros fugitivos e voltavam para junto dos outros... Herman agora se queixava de seu ferimento e Magnar apareceu, dizendo ter encontrado, enfim, a estátua de Alysanne. <Bruce Forrester> Bruce ainda estava anestesiado com tamanha carga de adrenalina, era veterano de uma muitas patrulhas e incursões, mas poucas deram a sensação de instabilidade como esta. Mas devido a competência do líder e o talento dos corvos, o combate fora bem orquestrado, com o saldo negativo todo para os selvagens, não mais que escoriações na própria carne do patrulheiro e de Herman. – todos bem? * perguntava o líder ouvindo Magnar – então nos leve logo a essa estátua, rapaz... * olhando agora para o selvagem... – Paul e Brian, preparem esse para a viagem, ele visitará Castle Black...


<Narradora> Bruce e os demais corvos foram se realinhando e Herman grunhiu em desaprovação ao seu estado, que por sorte só não era pior porque ele fora atingido no braço inábil, permitindo que ele pudesse usar perfeitamente seu escudo, que era sua especialidade. Brian fez um sinal de "ok", enquanto Paul usava suas cordas para amarrar o selvagem, de modo que ele pudesse permanecer vivo. Bruce percebeu que o agressor precisaria de tratamento, pois o ferimento de Brian mais a queda dele do cavalo haviam afetado bastante o tronco do homem. Magnar gesticulou para que eles se aproximassem e, indo mais a direita, eles puderam ver o local onde os raios pálidos da luz da lua, encoberta por muitas nuvens de tempestades, vindas do oeste, convergiam ali, depois de passarem por uma espécie de salão aberto, com uma câmara quadrada sem teto, com amplos arcos de passagem nos quatro cantos. Ali no centro, estava a estátua mais magnífica que Bruce ou qualquer um dos corvos viram em suas vidas. Feita de um misto de granito bruto e mármore negro, Alysanne Targaryen alcançava seus 1,7 metros de altura, ganhando cores brancas onde ficavam seus cabelos por um pigmento prateado único, que luzia mesmo na fraca luz. Turmalinas do porto do dragão, lilases bem claros enfeitavam os olhos e havia detalhes na armadura prata-azulada dela que remetiam ao metal encrustado, uma técnica que não devia ser de homens do norte. Alysanne estava em pose imponente, com um olhar inclinado para cima, com seu braço direito estendido a frente, onde uma espada bastarda se encaixavam perfeitamente em sua mão. Seu aço, mesmo depois de longos e longos séculos, parecia ainda imperturbável, afiado e com a forja tão precisa, que seria difícil um ferreiro sequer tentar fabricar algo parecido... A visão da estátua era tão bela, que muitos dos homens pareceu esquecer o que havia acontecido, para passar um bom tempo contemplando-a. Magnar já estava com o pergaminho em mãos e tremia ante ao destino que lhe espreitava... <Bruce Forrester> Olhando a estátua sentindo um misto de terror e respeito, mas o terror que só aqueles que são acometidos de um sentimento que apenas a arte toca o coração de um homem, por mais bélico que seja seu viver, ou mais áspero que seja sua lida, Bruce assim como os outros irmãos, ficou contemplando a rainha, eternizada nos traços singelos da pedra. Olhou Magnar, pois assim como ele, quase havia esquecido do motivo que os levou aquele lugar solene e misterioso, olhou Brian com seu ferimento e com uma olhadela, notou a gravidade da contusão. Fitando atentamente a cada um dos irmãos foi tomado por um sentimento de calma e devoção aquela mulher, aquela rainha, que em uma posição perene, apontava altiva sua espada contra inimigos de um reinado ancestral...—Envy, a hora chegou, rapaz...


<Narradora> Envy parecia imerso em seus próprios pensamentos, tentando resistir a vontade de abrir o pergaminho, mas havia chegado a hora... Então, ele se posicionou diante da bela estátua de Alysanne e fez uma breve reverência. Em seguida, ele abriu o pergaminho, com cuidado, lendo as palavras que se revelavam diante dele, num idioma que nenhum deles ali, sabia o significado, mas que ao menos Bruce, tinha ideia de que se tratava de Alto Valyriano: ** NPC: <Envy Magnar> -- Lanti Vali... lantyz azantyssy... lanta dōra ... lantra hāedri ... dorodrā... riru, faeri. Iotyz, riru, faeri. E quando este terminou de pronunciar a última palavra, a espada escorregou de maneira sobrenatural da mão da estátua, pendendo esta para o lado, quase caindo, mas Envy foi de encontro a ela e conseguiu pegá-la, parecendo estar segurando algo muito mais pesado do que ele próprio. Os irmãos da patrulha logo foram auxiliá-lo e com esforço ele conseguiu sustentá-la. Então, ele a ofereceu ao irmão Bruce, e depois que o Líder dos Rangers a pegou, ele retirou seu suas vestes o ovo de Asaprata, dizendo: -- Está na hora... irmão... <Bruce Forrester> vislumbrando com curiosidadde e espanto "esse rapaz..." Bruce sabia desde o começo que Envy era de um material diferente do qual os outros irmãos haviam sido forjados, contemplava de forma plácida o ritual, mesmo sem entender as peculiaridades do que acontecia, continuava solene e comedido. <Bruce Forrester> Quase sem acreditar no que fazia, Bruce empunhava a lâmina, surpreso pelo equilíbrio da espada e a leveza que ela possuía, pela forja perfeita e sussurrando – valiriana- levantava a espada de maneira imponente, como se por um segundo fosse um rei das histórias da era passada... esquecendo o perigo que passara e do lugar onde estavam... ergueu com ambas as mãos a lâmina e com uma precisão cirúrgica, golpeou o ovo de Asaprata. <Narradora> Bruce golpeou com a espada de excelente precisão e poder, sendo esta tão leve agora que ele nem imaginava estar segurando uma espada bastarda. O golpe trespassou o ovo uma única vez e, como se ele fosse feito de vidro, foi se desmanchando depois que fora atingido, esfarelando em milhões de fragmentos até ser reduzido a uma poeira fina nas mãos de Magnar. O corvo estava perplexo diante de Bruce, que parecia um rei conjurado de tempos imemoriais. A espada da Rainha, Alysanne Targaryen estava nas mãos do Ranger Líder e a missão havia terminado... porém, as nuvens que antes estavam dispersas, haviam se condensado sobre Queenscrown e os raios começaram a cruzar os céus... Bruce, cansado de toda a batalha e já se preparando para partir, notou que havia algo de muito estranho com seus companheiros... Com exceção de Magnar, todos olhavam para ele com uma expressão de cobiça... um novo e rápido olhar do velho Ranger notou que as mãos de seus, até então companheiros, estavam em suas armas, prontas para desferir um golpe fatal na direção do líder dos rangers...


<Narradora> EBruce partiu para cima de Paul, mas este já havia preparado o disparo, mas não contava com a experiência de Bruce, que se moveu o suficiente para fazer com que a flecha, antes mirando no seu pescoço, acertasse seu ombro quando disparada. Porém, foi a vez de Bruce receber a agulhada ferrenha e em chamas que causou o ferimento rápido da flecha de Paul, que demonstrou mais uma vez ser um exímio arqueiro. Mas ele provaria da espada de lâmina rara que o líder dos rangers tinha em mãos, só não contava com Brian, vindo atacá-lo de maneira brutal e assassina e não fosse magnar ser rápido o suficiente para se interpor na frente do golpe do guerreiro, Bruce certamente teria perdido a vida. O estrago que Brian causou no homem que servia de rastreador para o grupo da Night Watch foi intenso e o sangue de Envy banhou a lateral do veterano, que manteve o movimento e agora descia com seu golpe violento na direção de Paul, que não teve tempo de desviar... a lâmina de aço raro rompeu o couro da armadura, a pele, os ossos e os órgãos internos que estavam no caminho do golpe e, no instante seguinte, o corpo do arqueiro estava dividido em dois no chão, onde uma imensa poça de sangue se formava sob os pés de Bruce. Mas antes que pudesse voltar a posição defensiva, o veterano recebeu um golpe pesado e forte do escudo de Herman, que o fez se desequilibrar e soltar a espada... Já esperando o golpe sequencial do outro Patrulha, Bruce olhou para Brian, tentando ao menos se posicionar de forma digna para a morte, mas viu que ele estava prestes a decapitar Magnar, ajoelhado depois de ser brutalmente atingido. Bruce não precisou gritar ou dizer algo, pois o guerreiro de duas espadas parecia voltar ao normal, como se alguma coisa o tivesse possuído por apenas um momento, relembrando-o dos momentos de Queensgate. Ao olhar rapidamente para Herman, viu que o grande homem tinha uma expressão de pânico e, depois de jogar seu escudo pro lado, se ajoelhou na poça de sangue e tentou acreditar que aquele corpo partido não podia ser real... A tempestade se concentrou acima deles e, em meio a raios e trovões, a chuva agourenta caiu sobre os ombros dos homens que sobreviveram... Encharcado, Brian não perdeu tempo para saber o que se passava e guardou rapidamente suas espadas para prestar socorro a Envy, que possivelmente não aguentaria se manter vivo por muito tempo. <Bruce Forrester> Tudo acontece como um agourento piscar de uma cena macabra, um lapso de algo passado no Portão da Rainha, algo maligno e triste. Bruce não se dignou a pensar em algo racional para aquela maldita pantomima de realidade, sim... aquilo deveria ser uma sátira de algum deus matreiro do norte, deveria ser algo que pelo menos pudesse ser passível de alguma explicação. A razão, por muito havia sido o escudo de Bruce, mas esse escudo fora quebrado ano após ano guardando aquele que era o limite do mundo civilizado.


<Narradora> Envy parecia imerso em seus próprios pensamentos, tentando resistir a vontade de abrir o pergaminho, mas havia chegado a hora... Então, ele se posicionou diante da bela estátua de Alysanne e fez uma breve reverência. Em seguida, ele abriu o pergaminho, com cuidado, lendo as palavras que se revelavam diante dele, num idioma que nenhum deles ali, sabia o significado, mas que ao menos Bruce, tinha ideia de que se tratava de Alto Valyriano: ** NPC: <Envy Magnar> -- Lanti Vali... lantyz azantyssy... lanta dōra ... lantra hāedri ... dorodrā... riru, faeri. Iotyz, riru, faeri. E quando este terminou de pronunciar a última palavra, a espada escorregou de maneira sobrenatural da mão da estátua, pendendo esta para o lado, quase caindo, mas Envy foi de encontro a ela e conseguiu pegá-la, parecendo estar segurando algo muito mais pesado do que ele próprio. Os irmãos da patrulha logo foram auxiliá-lo e com esforço ele conseguiu sustentá-la. Então, ele a ofereceu ao irmão Bruce, e depois que o Líder dos Rangers a pegou, ele retirou seu suas vestes o ovo de Asaprata, dizendo: -- Está na hora... irmão... <Bruce Forrester> vislumbrando com curiosidadde e espanto "esse rapaz..." Bruce sabia desde o começo que Envy era de um material diferente do qual os outros irmãos haviam sido forjados, contemplava de forma plácida o ritual, mesmo sem entender as peculiaridades do que acontecia, continuava solene e comedido. <Bruce Forrester> Quase sem acreditar no que fazia, Bruce empunhava a lâmina, surpreso pelo equilíbrio da espada e a leveza que ela possuía, pela forja perfeita e sussurrando – valiriana- levantava a espada de maneira imponente, como se por um segundo fosse um rei das histórias da era passada... esquecendo o perigo que passara e do lugar onde estavam... ergueu com ambas as mãos a lâmina e com uma precisão cirúrgica, golpeou o ovo de Asaprata. <Narradora> Bruce golpeou com a espada de excelente precisão e poder, sendo esta tão leve agora que ele nem imaginava estar segurando uma espada bastarda. O golpe trespassou o ovo uma única vez e, como se ele fosse feito de vidro, foi se desmanchando depois que fora atingido, esfarelando em milhões de fragmentos até ser reduzido a uma poeira fina nas mãos de Magnar. O corvo estava perplexo diante de Bruce, que parecia um rei conjurado de tempos imemoriais. A espada da Rainha, Alysanne Targaryen estava nas mãos do Ranger Líder e a missão havia terminado... porém, as nuvens que antes estavam dispersas, haviam se condensado sobre Queenscrown e os raios começaram a cruzar os céus... Bruce, cansado de toda a batalha e já se preparando para partir, notou que havia algo de muito estranho com seus companheiros... Com exceção de Magnar, todos olhavam para ele com uma expressão de cobiça... um novo e rápido olhar do velho Ranger notou que as mãos de seus, até então companheiros, estavam em suas armas, prontas para desferir um golpe fatal na direção do líder dos rangers... [Continua...]


<Bruce Forrester> O sangue manchava de carmesim o manto alvo que cobria o solo, manchava o corpo dos guerreiros negros e manchava a diminuta solidez de um momento frugal, ordinário. Os olhos do patrulheiro estavam agredidos pela neve que caía, pelas lágrimas que teimavam a lhe subir* com esforço Bruce olha para Herman,, ainda em dúvidas se podia agradecer por ainda respirar ou se aquilo era um sonho passageiro dos seus primeiros passos de vida eterna. – Mag...nar... * o nome saio com sofreguidão – Paul... * ele olhava o corpo do arqueiro mutilado,, não... mas que isso, dividido, separado e inerte. – Brian, Herman... o que raios... * antes de terminar a frase Bruce olhava Envy e depois a tempestade, olhava os outros patrulheiros e o corpo... por fim a espada* quando finalmente certificasse com um olhar mais paciente que os patrulheiros voltaram a si, puxa o ar, rasgando a garganta – CUIDEM DO MAGNAR... ele não pode morrer, nenhum pode * ainda pensando nos infortúnios dos últimos dias, pega a flecha de Paul, ainda fincada em seu ombro e com um puxão a retira, com dentes serrados para suprimir a dor... Bruce sabia à tempos como caçar, como rastrear, cavalgar, lutar e até como morrer, mas não estava preparado para os mistérios mágicos do Norte, talvez poucos realmente estivessem. <Narradora> Herman venceu a tristeza de ver seu companheiro partido ao meio diante dele, morto selvagemente pela lâmina que a pouco pulverizara o ovo indestrutível de Asaprata. O forte homem se levantou e fez a menção de assentir para Bruce, pegando seu escudo e indo na direção de Magnar, em seguida. Brian fazia o possível para evitar a Hemorragia que fatalmente mataria Magnar, mas este parecia ser melhor do que qualquer um deles ali nos tratos de ferimento, com exceção do próprio Envy, tentando se manter acordado, ouvindo o que Brian lhe dizia, para não sucumbia aos chamados dos antigos, pelo menos ainda não. Os patrulheiros precisavam dele... Brian deu seu melhor e embora Herman não pudesse ser muito útil, ao menos permitiu que as mãos do guerreiro de duas espadas trabalhassem melhor, fazendo de Herman um ajudante necessário. Brian se levantou, cansado e visivelmente abalado, dando passos trôpegos para traz, ajeitando seu cabelo revolto para traz novamente e procurando ar que parecia faltar a seus pulmões... Em seguida, ele se virou para Bruce, tendo dificuldades em encará-lo, conseguindo pronunciar uma única sentença... ** NPC: <Brian Cray> --Ele viverá...


<Bruce Forrester> -- sangraram comigo... morreram comigo * apontando Envy depois Pau, jazendo na neve... – no entanto não posso confiar em vós, patrulheiros... não ainda * erguendo-se e cobrindo a espada com seu manto, Bruce a envolve como um animal ferido e olha para seus subordinados – de volta a Castle Black, Brian, cuide para que Magnar tenha uma viagem o menos penosa que a velocidade permitir... * o patrulheiro não queria ficar ali, muito menos sob chuva e agouro, já haviam feito a missão e não havia nada que pudesse ser feito por ele à situação * sentindo ainda dores no ombro, o ranger tenta não esmorecer diante dos outros, não para demonstrar fortaleza, mas mais para não baixar a guarda perante uma cena que em boa verdade, ele ainda temia, maldito ele se não temesse. <Narradora> Herman parecia realmente abalado por não poder, nem ao menos, enterrar seu companheiro e, depois de pegar seu arco e mais alguma coisa de Paul, ele foi ajudar Brian com o outro Patrulheiro... Os dois homens então colocaram Magnar no Tower Shield, que servindo de maca, foi preso entre os cavalos dos guerreiros, de modo que Envy pudesse ir deitado a viagem toda, sem se esforçar, e sem correr o risco das faixas improvisadas se soltarem, fazendo abrir seu largo ferimento. Brian e Herman subiram em seus cavalos, um de cada vez, para que eles não se movimentassem e, combinando um compasso adequado, os dois seguiram em marcha atrás de Bruce. O patrulheiro mais forte parecia não aguentar seu sofrimento e durante a jornada, tentou contato com seu líder, dizendo: ** NPC: <Herman Overton> -- Peço perdão, irmão Bruce... não sei o que aconteceu... não sei porque Paul foi morto e nem sei por quê eu o atingi daquela maneira. Sua voz carregava sinceridade, mas os trovões a tornavam algo como uma maldição suave, pronunciada junto com o vento, que assoviava junto com a chuva. -- Aguente firme, Magnar. E aquela voz grave e forte agora carregava um tom de lamento. Herman olhava para Envy desejando que ele não tivesse o mesmo fim que o outro patrulha. <Bruce Forrester> Ouvindo o lamento do patrulheiro, ouvindo a voz virar um rosnado suave e lamurioso , Bruce apenas assente com um gesto de cabeça, depois de um triste momento de silencio , tenta de alguma forma confortar o homem – Herman... * calando por um trovoar – não te culpes, não guardo rancor de ti nem de Brian... nem tenciono entender o que se passa aqui... mas Aemon, talvez saberá... * segurando o flanco e subindo o capuz, para se esconder da chuva e deixar o rosto longe dos olhos dos outros dois, estava sinceramente triste... e não queria mostrar


<Narradora> Os homens seguiram na direção de Castle Black, calados, sucumbindo ao poder da enorme tempestade, que não os permitia sequer fazer sua passagem pela trilha com segurança. Bruce teve de se recordar bem do caminho que Magnar os conduziu, prezando pelas áreas que ainda lhe davam um pouco de abrigo daquele vento frio. A neve, que derretia com a chuva, se tornava perigosa e o caminho deveria ser vencido com cautela. Mateiro como era, Bruce usou sua experiência de longos anos para conduzi-los a parte mais elevada, onde poderiam se precaver melhor e onde saberia se guiar com maior facilidade. Se Envy, porventura, caísse, poderia ser o fim de um grande patrulheiro... As longas horas se passaram, junto com o frio e a chuva... Castle Black surgiu diante deles ao por do sol, tênue como sempre, do norte. A visão parecia renovar as forças dos homens e quando estavam mais próximos, foi a vez de Brian fazer o pedido à Bruce. ** NPC: <Brian Cray> -- Irmão... peço que vá a galope pedir auxílio à Magnar, de forma que os curandeiros e pessoas habilitadas possam se preparar para reabilitá-lo... Brian respeitava bastante o Ranger Veterano, mas venceu a polidez e fez o pedido mesmo assim... a situação de Magnar era crítica, todos sabiam disso. <Bruce Forrester> Bruce pensa por um vão momento estourar com Brian, mas devido ao momento crítico do irmão e em respeito ao companheiro morto, por uma vez seguiu mudo aos curandeiros do castelo, tencionava falar apenas o necessário, não por querer esconder algo, mas pelo peso que sentia no peito e nas costas... sabia que ainda havia muito a ser dito por todos <Narradora> Bruce cruzou os portões sul de Castle Black como uma flecha, negra como seu corcel, indo na direção dos curandeiros do local. Brandindo ordens, ele foi reunindo uma quantidade razoável de pessoas capazes, ou ao menos com um pouco mais de conhecimento nessa área do que ele, para que Envy tivesse uma chance a mais de viver. Assim que os homens chegaram, ensopados e desgastados, desprenderam o tower shield dos cavalos e deixaram que levassem Envy para a torre próxima. Nenhum deles pode acompanhar o tratamento do patrulheiro, agora já inconsciente devido a perda significativa de sangue. Jeor, que não havia estado presente na chegada, se aproximou para saber do que se tratava. Herman, pois mais que fosse um forte guerreiro, parecia estar desgostoso da vida, balançando negativamente a cabeça, ainda não acreditando no que acontecera em Queenscrown. Por duas vezes eles foram amaldiçoados e talvez o valente homem não acreditasse que ele fosse de confiança, nem para ele mesmo.


<Bruce Forrester> Olhando a chegada do seu amigo, Bruce ainda estava molhado não apenas pela chuva, mas pelas gotas de pesar que caíam sobre sua alma. Com medo dos rumores, mas não se importando com eles mais do que mereciam suspirou e olhou jeor – por duas vezes me mandou para enfrentar o que não existia para mim até pouco tempo, meu amigo... * falando com pesar na voz e rosto encovado de tristeza – vencemos, mas a que preço? Homens bons foram queimados, homens bons foram mortos e mutilados... e agora um homem jaz a beira do chamado dos deuses * Bruce mostra a arma valiriana para Jeor e se ajoelha – Lord Comandante, não almejo contestar suas ordens, nem ao menos recuar ao teu comando, missão cumprida... * talvez aquilo não fosse necessário, mas Bruce tinha noção que lembrar aos patrulheiros humildade e honra em meio aos acontecimentos recentes, não fosse demasiadamente ruim. <Narradora> Jeor apenas meneou a cabeça, respeitando o pranto interno de Bruce e indicando que a belíssima arma era dele, parecendo saber de onde viera, mas o Lorde Comandante também já vira coisas demais no norte e além da muralha, por isso tinha convicção de que artefatos não são feitos para serem usurpados, tão pouco compartilhados. Ele também esperou o primeiro sinal da situação de Magnar e este fato demorou-se um bom tempo para ocorrer. Durante o silêncio dos curandeiros dentro da torre, Brian e Herman pediram licença para se retirar e o guerreiro mais forte também necessitava de cuidados, assim como Bruce. Mas não seria um ferimento de flecha que fazia o líder dos rangers sair daquela posição, ao lado de seu amigo e Lorde comandante, Jeor Mormont. Então, quando o vento se tornou mais calmo, um dos homens da torre veio até eles, com as mãos ensanguentadas, e em semblante pesaroso. Mas Bruce o conhecia, pelo menos o necessário, para saber que esta era sua feição de sempre e não demorou muito para que, de uma maneira ranzinza, o homem esguio e quase careca, dissesse: -- O patrulheiro perdeu muito sangue, mas os homens foram inteligentes ao trazê-los. Ele se recuperará em duas ou três semanas. Mas o maldito viverá... <Bruce Forrester> Não havia contado nem dias e nem noites, nem mesmo sabia se realmente haviam se passado algum tempo considerável, ou se somente teria sido alucinação causada pelos dias agourentos que se seguiam. Em lembrava da estátua, lembrava da tempestade e do pranto contido, lembrava que Paul, o solene e talentoso arqueiro havia se voltado contra ele, lembrava que se não tivesse atacado, seria ele o cadáver. Quando Bruce chegou em Castle Black, foi ter com Jeor Mormont, se ajoelhou e entregou a arma valiriana, mas o comandante, com sua experiência eseu jeito bronco, mas justo, devolveu a arma ao patrulheiro. Dias haviam passado ao menos na mente de Bruce “e a vigília de Paul terminou”, mas se recuperando ainda do legado do arqueiro, o ferimento de sua seta, tentou seguir seus afazeres de corvo, pois muito havia de ser feito. Selvagens afoitos, corvos gigantes,


<Bruce Forrester> estatuas de séculos, rituais sangrentos, irmãos possuídos e ovos que a muito foram depositados. O patrulheiro não era um grande sábio, mas queria participar de tudo que fosse a respeito disso e colocasse em xeque a paz do rei. <Narradora> O pronunciamento do curandeiro mais ranzinza de Castle Black ao menos aplacou um pouco a tristeza dos corvos pela perda de Paul Stout, um grande arqueiro e que certamente faria falta à patrulha. Depois disto, as coisas foram se normalizando no castelo dos corvos e Jeron Mormont berrou algumas ordens aos preguiçosos que não deveriam estar parados esperando que algo acontecesse. Havia muito serviço a ser feito... O lorde comandante, depois de bater com a mão no ombro de Bruce, pediu que ele ficasse de olha em Envy e que descansasse na ala de restauração junto do patrulha. Bruce sabia que a confiança em outros homens não era uma moeda muito popular no castelo e que seria sábio manter Magnar vivo. O líder dos Rangers não sabia a origem daquele corvo, mas sabia que ele era algo mais do que um simples soldado em meio a tantos outros renegados ali. Jeor dispensou Bruce de outros encargos, mas permitiu que ele se locomovesse para onde quisesse, desde que voltasse para junto da torre onde Envy estava e que não se demorasse tanto para isso. Assim, novas ordens do Lorde comandante foram sendo ouvidas, entre xingamentos e rispidez. A muralha estava precisando de homens mais competentes... <Bruce Forrester> Não era do feitio de Bruce contrariar ordens de um comandante, ainda mais quando este era um Velho Urso. Aproveitou a sua liberdade de castelo para andar por entre as ameias e sentir o vento gelado do norte e poder olhar para o ocaso no horizonte, onde o Sol deitava jogando a escuridão na terra dos homens, claro que fazia isso, nos momentos de sono de Envy, e nos momentos que julgava ser mais propício deixa-lo sozinho. Infelizmente a Muralha era um lugar onde a confiança era feita pelo fio de uma boa espada, mas se fosse essa a ferramenta, Bruce tinha em suas mãos a melhor que vira em toda sua vida, talvez a melhor que qualquer um havia visto... “ a Muralha precisa de homens, não esses estorvos que nos jogam...” era um pensamento mais justo do que certo, mas no fundo, Bruce sabia que o treinamento era quase tudo que um homem precisava para ser um soldado, mas o pouco que não era treino, era o caráter, isso mesmo pouco era justamente o fator determinante de muitos caminhos. "talvez tenham homens bons que queiram vestir negro em algures, eu posso procurar, mas sou necessário aqui.” Magnar era misterioso e era sabido que ele possuía diferencial, Bruce havia notado e estava esperando o momento no qual o interpelaria sobre sua origem.


<Narradora> Divagando enquanto caminhava, Bruce sentia o poder do artefato que estava com ele, parecendo algo como uma peça entregue pelos próprios deuses e que agora, mesmo oculta com um tecido, recebia olhares dos homens do castelo. Bruce não quis parecer paranoico com isso e sabia que a mente poderia sucumbir se ele se demorasse em ficar com esses questionamentos internos. O norte era o lugar de homens de grande valor e também um poço para o depósito de gente que não tinha mais outro objetivo a não ser servir à muralha e aos corvos. Homens renegados e pessoas de péssima estirpe. Não era um lugar para fracos e para muito questionamento. O vento trazia o mistério e os homens tinham que ser forte para enfrentá-los. O entendimento não era a primeira medida a ser tomada, pois qualquer descuido e uma espada poderia estar em sua garganta, ou pior. Se poderia acordar sozinho no meio de uma imensidão gelada, jogado a própria sorte... Depois da caminhada, mais como uma ronda ao redor do local, Bruce pediu passagem para adentrar a torre de restauração e viu ali homens bem feridos. Questionando onde estava seu companheiro de campanha, Bruce se dirigiu ao local, quando obteve a resposta e, num quarto isolado, estava Envy Magnar todo enfaixado. Antes que o líder dos Rangers pudesse puxar uma cadeira, ele viu os olhos do homem se abrindo e ele tinha uma expressão mais tranquila, agora, no rosto. Havia escapado da morte, mais uma vez. <Bruce Forrester> Pensamentos saltaram ao entendimento de Bruce, que muitas vezes se questionava com devaneios sobre a índole de seus irmãos, mesmo perjuros e criminosos, estes era tudo que estava entre o mundo civilizado e os bárbaros frenéticos das estepes nortenhas. Na ala de restauração, entre doentes e feridos, acidentados e guerreiros, avistou Envy, se aproximou e quando deu por si, o homem estava a fita-lo – agora está quase vivo, Magnar... antes estava quase morto... -- * puxava a cadeira mais próxima e sentava ao lado do homem mais novo * -- fale-me rapaz, como se sente? “com toda certeza melhor” * ele olhava em volta para saber se havia privacidade no local – você... é diferente, rapaz... -- * falava com um sorriso que não parecia muito com felicidade, mas aquele era o jeito que Bruce brindava os momentos calmos e tranquilos de sua vida. ** NPC: <Envy Magnar> O homem virou seu pescoço, encarando Bruce dizer aquelas palavras e, com muito esforço, ele conseguiu pronunciar. -- Não sei... do que está falando... irmão... Bruce, agora mais próximo, percebeu o corte potente feito por Brian, por todo lado direito de Magnar, descendo do ombro e destruindo a clavícula dele, certamente chegando as primeiras costelas. Estar vivo ali e falando era algo bem difícil de se acreditar, mas para o Líder dos Rangers, tendo visto tantas coisas que fariam um homem da Campina se matar, não era um evento tão anormal. Assim que Envy conseguiu um pouco mais de fôlego, ele disse, com a voz entrecortada. -- Irmão... os... os outros... irmãos... eles... serão punidos? Acho... acho que não foi culpa deles...


<Bruce Forrester> -- creio que os deuses antigos e novos sabem que não foi culpa deles...* Bruce respira e fala com convicção – Mormont tem a palavra final, no sul ou na marca, iisso não seia menos do que um crime punido com a forca... mas aqui no norte, rapaz... outros pesos são medidos * o patrulheiro sabia que não podia duvidar da participação dos outros, mas naquela situação ao menos, eles eram inocentes. – Aemon aconselhará Jeor, mas você parece saber exatamente o que os fez agir daquela forma. ** NPC: <Envy Magnar> O corvo ficou um pouco em silêncio, pesando as palavras dentro de sua mente, enquanto mantinha os olhos na fronte de Bruce. Depois de uma longa pausa na conversa, ele suspirou, fechando os olhos, parecendo buscar forças internas, as quais pareciam se demorar tempo demais para chegar até sua fala. Então, quando ela se fez presente, Envy falou: -- Não sou tão convicto de que realmente sei... mas... tenho consciência de que posso tentar ajudar nesse caso... No momento não acreditei que estivéssemos mesmo diante do artefato, mas depois da última sentença... minhas desconfianças se fizeram presente e tarde demais... por conta disto, Paul nos deixou e... quase paguei pelo descuido e pela descrença... E ele tossiu um pouco, voltando a ficar normal no momento seguinte. Bruce reparou no esforço que ele fazia e o quão ferido ele havia ficado. <Bruce Forrester> De todas as certezas que Bruce tinha naquele momento, duas eram mais certas que as outras: a primeira era que Envy era uma peça fundamental para manter qualquer chance de desvendar aquilo que parecia fantástico até para o norte; a segunda era que Envy precisava de descanso – não cuspa sua vida junto com as palavras irmão, o inferno esta fechado para você, por enquanto * falava em meio aos suspiros e a respiração já cansada pelo ferimento no ombro – por hora, você descansa... e... não vá morrer, irmão.

<Narradora> A manhã se tornou leito para os dois homens na torre de restauração, em Castle Black, naquele dia e a tarde, depois de uma rápida refeição, Bruce foi exercer sua posição no castelo, desempenhando o melhor que o seu descanso permitira-o fazer. Depois de seus afazeres, o Lorde Comandante encontrou com ele, num dos muitos caminhos de Castle Black e disse que meistre Aemon gostaria de ver o artefato assim que fosse possível. Bruce sabia que o velho não o receberia naquele período da tarde, sendo mais fácil encontrá-lo disposto a noite, quando seus estudos e pesquisas já haviam sido findadas junto com o sol do dia. Jeor acrescentou que não estaria junto, desta vez, sendo necessário receber alguns homens no portão sul, vindos das terras dos rios. Ele não esperava que fossem os melhores pois, devido a situação atual da patrulha, qualquer homem que tivesse um mínimo de treinamento útil, era bem vindo ali. Assim, mais uma vez Bruce se viu tranquilo, apenas supervisionando uma ou outra coisa e quando o crepúsculo chegou, ele deveria escolher seu destino, conforme sua vontade.


<Bruce Forrester> Eram poucas as vezes que homens bons chegavam a patrulha, pelos instintos dee Bruce, aquela não seria uma das vezes. Quando o anoitecer chegou a conversa com jeor voltara a mente do patrulheiro, que havia de certa forma rondado por ramificações do assunto que para ele era mais latente no momento.”Meistre Aemon, minha esperança de razoabilidade no momento é sua...”* caminhou pelas escuras ameias das construções e sentiu o cheiro da sopa castanha que era servida no refeitório, nesse momento o estomago reclamou, mas Bruce foi obstinado e à passos largos seguiu para a torre de Aemon, aquele momento o ancião já devia estar sem afazeres e sem ocupação com os corvos ou com os pergaminhos, seria agora que teria finalmente uma oportunidade de colher orvalhos da sabedoria do homem. Não esquecendo de levar consigo o artefato, que agora, espreitava por cima do ombro do irmão, onde escolhera embainhar a espada. <Narradora> Então Bruce deixou a fome de lado e aproveitou aquele tempo para visitar meistre Aemon em sua torre, subindo até o local no tempo que seu corpo julgou prudente. Quando se aproximou da entrada do local, bateu a porta de maneira formal, não querendo parecer afoito ou indelicado, embora àquela altura não fosse mais tão necessária formalidades, mesmo assim, Bruce preferia manter o respeito. Alguns segundos depois, meistre Aemon abriu demoradamente a velha porta de madeira, que rangeu sofregamente de maneira bem pausada e lamuriosa. O local estava todo iluminado por velas e o velho convidou o veterano para adentrar à ampla sala circular, fechando a porta para não ser mais incomodado. Vendo que Bruce havia trazido a espada, meistre Aemon demonstrou bastante interesse e quando o líder dos ranger a revelou, os olhos do velho pareceram ganhar um brilho mais violeta. Algo que Bruce jamais havia visto... Aemon, então, disse: ** NPC: <Meistre Aemon> -- Sem dúvida... esta é a espada de nossa rainha de tempos imemoriais... Alysanne Targaryen. Um artefato único e talvez algo que jamais conseguirá ser forjado, em qualquer lugar que seja. Meistre Aemon parecia fascinado e andava de um lado a outro, como se quisesse vê-la de todos os ângulos. Ele estava extasiado com aquela visão. -- O pergaminho não mentiu... abençoado seja o corvo que conseguiu proferir aquelas palavras... E em seguida ele pareceu volta a expressão normal, dizendo. -- Me diga... me relate, irmão Bruce Forrester... o que aconteceu quando você a tocou?


<Bruce Forrester> Bruce estava de certa forma aliviado, se era realmente algo que Aemon parecia conhecer, provavelmente ele saberia lidar com qualquer situação proveniente do artefato. Bruce olhou com curiosidade e até com certa estranheza a maneira fagueira com que o velho irmão olhava a arma, mas julgava ser apenas a satisfação por ver com seus próprios olhos um artefato que as lendas e velhas canções versavam pelos sete reinos de Westeros. – Aemon, quando toquei esta arma, meu sangue parecia ter-se feito em água, mas as vibrações do meu corpo talvez não sejam importantes, visto que o mais abrupto momento foi o seguinte, quando vi o fascínio que esta arma causava nos outros irmãos * ele alava tentando se lembrar de fatos talvez eclipsados pelas alucinações geradas pelo ferimento – a espada estava nas mãos da estátua, eu vi, e com palavras em valiryano, ou em alto-valiryano... Magnar a derrubou e eu pude usa-la para quebrar o ovo de Asaprata * ao pronunciar e lembrar do ovo, Bruce sente uma pontada de arrependimento, mas o sentimento de dever e obediência suplanta o mesmo e ele se sente mais aliviado. ** NPC: <Meistre Aemon> Meistre Aemon ouviu com extrema complacência aquelas palavras enigmáticas, onde só os presentes poderiam verdadeiramente interpretá-las. Porém, Meistre Aemon poderia não ter estado no momento que o fato ocorreu, mas era sábio o suficiente para imaginar o que Bruce acabara de relatar. Assim, mediante ao relato, o velho foi até o canto da sala, retirando com calma a tocha presa ao suporte, ascendendo-a numa das velas que cintilavam no local, vindo, em seguida, na direção do veterano, dizendo. -- Preciso que conduza a lâmina desta arma no fogo, irmão Bruce, pois o sangue já foi tomado por ela a goles largos. Enquanto o fogo não a tocar e preenchê-la, sua ânsia por buscar mãos de linhagem Valyriana não findará. Faça-o... se demore o tempo que for, mas banhe ela neste fogo... E ele esperou que Bruce atendesse seu pedido.

<Bruce Forrester> Bruce sabia que o que não poderia ser posto em prova era a sabedoria do meistre, sabendo disso, olhou as chamas e lembrou-se quando Magnar pronunciou “sangue e fogo, fogo e sangue” palavras antigas e palavras cheias de poder. * Bruce tocou o cabo da arma e começou a puxar a mesma através da bainha tosca que havia improvisado para ela. Sob a luz da tocha, a lâmina parecia sorver e convergir as diferentes matizes de brilho para o seu gume. Brandiu a espada em direção da tocha olhando dela para Aemon, de Aemon para ela... e finalmente, fez as chamas lamberem o fiu da arma.


<Narradora> Bruce fez as chamas percorrerem por toda a extensão da lâmina da espada, que parecia tentar consumi-las, fazendo-as bruxulear de forma distinta e inacreditável. Vencendo qualquer tipo de reação temerária ou adversa aquele fenômeno, Bruce prosseguiu, mediante ao gesto de meistre Aemon, que insistiu que ele prosseguisse com os movimentos, como se soubesse que aqueles segundos intermináveis fossem insuficientes para a espada. Foi então que na lâmina, agora com um tom levemente avermelhado, algumas letras ficaram em evidência e mesmo que para Bruce não fizesse sentido, ele podia ver escrito (Dāervose jevosy yne enkot daor). Ante a isso, Aemon cessou o quase ritual e prendeu a tocha de volta na parede. Ele encarou Bruce por um tempo, até dizer: ** NPC: <Meistre Aemon> -- Já não há mais dúvidas, irmão... guarde-a com sabedoria... Ela já foi satisfeita. E assim que terminou as palavras, completou. -- Agora já sabe das necessidades que ela possui... de fogo ... e de sangue... <Bruce Forrester> Ainda com receio de ter uma arma desse porte, não sabia se guardava ou se tocava a lâmina, por curiosidade... mas por bom senso não faria “sangue e fogo” – essas necessidades poderão ser satisfeitas meistre, mas será que sou digno de tal arma? -* mais uma vez Bruce tentava ser razoável, afinal, homens matariam e enfrentariam gigantes por essa arma – sou um corvo preto, velho e para longe de querer glória, esta é uma arma de herói... e eu quero apenas servir ao reino. ** NPC: <Meistre Aemon> Ele fez um gesto para que Bruce não se alongasse no discurso, pois ele parecia comedido demais para alguém que fizera tanto para o reino. -- O destino quis que vocês encontrassem o ovo de Asaprata e foi sua força que manteve a espada firme para dar o golpe que o destruiu. Suas palavras modestas valeriam, senão tivesse carregado nos ombros a glória de muitos feitos, defendendo sempre seus encargos... cumprindo sua missão. Ela chegou a ti pois deveria ser o único a brandi-la em prol da muralha, do contrário outro a teria levado para os confins deste mundo e reis poderiam sucumbir diante de seu poder... Esta espada está agora em boas mãos... mãos que não trilham o sangue dos antigos e não estão atrelados a justiça e dos jogos dos deuses. Se a estátua de Alysanne Targaryen, diante das palavras de Envy Magnar, concedeu-lhe esta dádiva... não recue, irmão Bruce... pode ser que por tuas mãos, a muralha tenha ganhado uma poderosa aliada.


<Bruce Forrester> Bruce ainda não acreditava nas palavras de Aemon, que o colocou entre reis e entre heróis. Claro que não pelo seu potencial como guerreiro, não pela sua influencia ou carisma, mas pela nobreza que possuía e fazia questão de exercitar. Os músculos do ombro ainda doíam, mas não seria um ferimento dessa natureza que tiraria o ranger dos seus afazeres diários entre seus irmãos. Continuava velando pelo Magnar e ajudando no que era pedido aos Meistres e curandeiros para melhor tratarem Envy, que ao passar do tempo, ganhava mais força e voltava, mesmo que lentamente ao vigor que possuíra outrora. A recuperação, em boa verdade, era bem vinda, pois deixava tempo para Bruce pensar nas palavras do Meitre, enquanto avaliava o material vindo das terras fluviais e os novos irmãos que chegavam na mesma comitiva do equipamento. Aproveitou para praticar com sua lâmina, Destino, nome abreviado de Destino de Alysanne, mesmo com a dor do ombro, a espada tinha um balanço e um equilíbrio incríveis, mas a dor fazia lembrar de Paul, morto pela sua lâmina em um combate no qual Bruce julgava que o irmão de alguma forma, fora tomado por uma força maligna ou espirito antigo. Aemon ainda tinha algo a dizer ao patrulheiro? Talvez. Mas ele primeiro ia ter com Envy.. <Narradora> Aemon havia terminado o discurso, naquele dia, remetendo a antigas citações heroicas de livros que Bruce nem se recordava mais do título. A sabedoria do meistre fez com que todos tivessem certeza de que aquela era uma arma cuja as eras não fizeram efeito, sendo legítima e insubstituível. Jamais alguém naquele mundo poderia forjar arma igual, tampouco pudesse se aproximar de sua perfeição mortal. Depois de ser dispensado da presença de meistre Aemon, Bruce desceu as escadas, agora sentindo que carregava em sua bainha tosca e improvisada, uma era gloriosa e perdida dos antigos Dragonlords. A cada passo, ele se recobrava da alteração dos homens naquela noite e ainda era incerto o que pairava sobre aquele mistério... as respostas poderiam estar mais próximas do que ele imaginava e por isso ele foi ter com Envy... Mas não foi naquela noite que ele obteve respostas, já que o patrulha havia se desgastado demais no primeiro esforço... também não fora nas noites seguintes ... somente depois de quase uma semana, entre afazeres e vigília, é que Bruce pode ver Envy mais disposto para uma conversa mais longa... Ele parecia mais ciente de suas palavras ao menos. Após dispensar o curandeiro do quarto, Bruce reforçou a iluminação de velas dali, já que a lua já estava alta no céu, fazendo a noite na muralha mergulhar num silêncio absoluto, cortado vez ou outro pelo vento, ou por peças metálicas da forja próxima. O patrulha assentiu para o líder dos Rangers, aguardando que ele iniciasse a conversa.


<Bruce Forrester> Bruce repete o ritual que fez durante a ultima semana, indo acompanhar a evolução do patrulheiro, pois se haviam respostas à obter, certamente Envy possuía um punhado destas. Subio novamente aos aposentos das alas de recuperação e por mais uma vez se vio no lugar calmo e sóbrio que era o recanto destinado aos feridos, os glifos da Destino ainda enchem meus pensamentos” – Magnar, bem vindo a vida, irmão... ainda pálido como um fantasma, mas tens mais cor que à alguns dias atrás.* pega um tamborete onde geralmente sentou, esperando pela melhora do irmão – velei teu sono e tua preguiça, descansou bem essa língua acredito.... agora vai me brindar com algumas respostas * se certifica da privacidade do local dando uma olhadela em volta – Envy, fogo e sangue... tu não fez aquilo como blefe, sei que tu tinhas motivos e conhecimento para tentar essa loucura... que no fim foi frutífera. Mas... conte-me o que sabe, rapaz, homens bons morreram e esta espada foi retirada da estátua da rainha Alysanne* mostra a espada com um sinal, sem tirá-la da bainha— gostaria que contasse o que sabe... ** NPC: <Envy Magnar> Depois de ouvir as palavras de Bruce e suas indagações, ele agradeceu-o, primeiramente, deixando com que o ambiente se tornasse mais solene, a ponto dele ter a liberdade de falar ao líder dos rangers. -- Embora eu possa dar a vós algumas explicações, irmão Bruce, de nada valerá para que nossos irmãos mortos voltem a vida... E ele fez uma pausa profunda, tentando buscar forças para dizer as palavras seguintes. -- Eu já servi ao Targaryen ... na verdade já fui de muita valia para manter seus segredos ocultos... Estudei o idioma mais utilizado por eles a fim de ter maior contato com os lordes de King's Landing, mas a ruína causada pelo rei louco acabou pondo fim a minha utilidade... Meistre Aemon, também como Targaryen, sabia que eu poderia encontras uma maneira de destruir o ovo de asaprata, bem como seria capaz de ler o pergaminho em alto valyriano... só peço que não me julgues mal, irmão... tento me doar à patrulha da noite o melhor que posso e assim o farei, até o último dia de minha vida. <Bruce Forrester> -- não temas irmão, não o julgarei... * Bruce suspira lentamente ponderando o que irá falar no momento seguinte – nossos irmãos não podem retornar a vida, certamente, mas penso que tenha sido demasiado penoso para vós tomar desse cálice.... decisões difíceis tiveram de ser tomadas e o fardo não foi dividido com teu líder, mas não irei guardar rancor, Envy, afinal... tu e Aemon tinham motivos para fazerem as escolhas.* olhando as mãos e fitando o nada “mal agouro... não... sangue real” – e a possessão? O que tens a me relatar, irmão?


** NPC: <Envy Magnar> Um novo silêncio acometeu o homem deitado, que se manteve, novamente, pensativo e calmo, deixando as palavras de Bruce fazerem o sentido correto em sua mente ou talvez para pensar melhor em sua resposta. Aparentando ter um pouco mais de convicção sobre o assunto sobrenatural, o qual seria considerado absurdo em muitas terras, Envy disse, da maneira mais clara que conseguiu falar: -- Este objeto ... esta arma ... já carregou por eras o desejo de muitos que tentaram tomar a força da estátua da rainha Alysanne, o que ocasionou punições severas e, sobretudo, a morte. Por eras incontáveis, os mau agouros foram se acumulando nesta arma, que permaneceu intacta e sem a menor necessidade de um cuidado especial. Mas esta arma precisa obedecer as leis antigas ... forjada no fogo mais nobre de Valyria, esta arma quando manchada de sangue deve receber o fogo, pois do contrário o buscará, à força. Todos os desejos e anseios atrelados a ela, foram lançados nos nossos companheiros, naquela noite... é nisto que creio ... ativando quaisquer ambições que tinham ... quaisquer más índoles remanescentes, a ponto de se voltar contra nós ... E depois do discurso, Envy terminou. -- Creio ter sido isso, irmão Bruce. <Bruce Forrester> Se permitindo dar um leve, porém sincero sorriso ao Magnar, Bruce olhou pacientemente para o ranger – descansa amigo tens ainda uma batalha para travar, contra as papas de aveia que te servem aqui * fazendo uma carranca de asco – não suportaria comer isso que te dão por mais de uma semana... se bem que, no ultimo inverno... homens comeram até os dedos das duas mãos... * fala já levantando e deixando com uma expressão branda ser apenas um gracejo. Acende uma vela próxima à cabeceira de Envy “muito deve ser feito, sobre tudo, pelo fato de estarmos no norte... no norte as canções são mais imprevisíveis...” – certamente que teve um motivo para vestir o negro, mas isso para mim não importa, somos todos irmãos... e agora, descansa. * saindo dos aposentos e sentindo-se mais confiante no solo que pisava, mas menos seguro, se não desse fogo a espada, ela buscaria sangue, por bem ou por mau. <Narradora> Depois das despedidas, Bruce saiu com as informações em mente, fossem totalmente verdade ou se ocultassem algo que Magnar não quis revelar, por qualquer motivo que tivesse. De qualquer forma, havia trabalho a ser feito e a patrulha não findava, jamais, seu estado de alerta contra as forças além muralha... O dia calhou, justamente, com o que o lorde comandante, Jeor Mormont, apresentaria os novos reforços vindos das terras dos rios. Indo para o átrio de batalha, após passar as gavinhas ainda não restauradas e ver o trabalho incessante dos construtores, o líder dos ranger se endireitou, como pode, frente aos homens recém chegados, já instalados já alguns dias.


<Narradora> Foi então que Jeor apresentou Bruce ao "Ruivo", como ele era conhecido, tendo o nome de Albert Waters, um homem de porte atlético e bem esguio, mesclando força e agilidade. Albert fez breve reverência à Bruce, demonstrando o respeito e a lealdade, característico daquelas terras, demonstrando uma imensa convicção que emanavam de seus olhos claros. Perto de seus 19 anos, ele já era um homem completo... Além do arqueiro, homens vieram para a mão-de-obra pesada, trazendo minérios, ligas e outras matérias primas para serem aproveitadas pela muralha. As coisas começavam a melhorar ali, já que os homens pareciam dispostos a trabalhar de verdade, diferente de alguns comportamentos recentes vindo dos já cansados corvos, que ainda tiveram que se recuperar dos fenômenos recentes. Jeor Mormont deixou que Bruce se inteirasse com eles, pois tinha muitos afazeres para lidar. <Bruce Forrester> Empertigou-se e primeiramente cumprimentou os chegados com um menear de cabeça, ainda era visível a situação de deterioração que CastleBlack estava, com suas ameias tortas e suas paredes fissuradas, o que deixavam os homens ocupados com tanto trabalho que se fazia necessário. Bruce caminha passando a vista em Albert Walthers, pincipalmente e lançando um tênue olhar ao Comandante e amigo de tantas jornadas. Preparou-se para iniciar as “boas vindas” a comitiva – Senhores, olhem para oeste, agora por favor olhem para o leste...* depois de uma pausa em que o sopro do vento foi mais audível – esta é a Muralha, ela não se curva, ela não cumprimenta... a Muralha é a única vencedora de 8 entre 10 batalhas, as outras 2 quem vence é o frio e a fome... mas estes podem ser amenizados ou negociados, mas a Muralha sempre vence. Esqueçam rios, esqueçam o Sol como vocês conheceram, esqueçam as glórias e a fama, esqueçam as ambições que homens possuem e as hierarquias do mundo, pois aqui, somos irmãos e somos iguais... o comandante é o líder por merecimento e experiência... não por ser melhor, mas não se enganem... pois o Urso não pergunta antes de abater o cervo. Que suas vigílias comecem e que sejam vós conscientes que fazem parte do escudo que protege o reino dos homens. <Narradora> Os homens aderiram as palavras de Bruce, tendo o primeiro contato com o que realmente era a muralha. Em seguida, eles foram tomando suas posições, conforme outros líderes se aproximavam e davam-lhes ordens, alguns já prontos para exercerem suas funções imediatamente. Bruce ainda tinha seus tantos afazeres diários, mas se inclinou a ter com os homens que serviriam como patrulhas, afim de explicar-lhe o que podia, no tempo que lhe cabia...


<Narradora> Passado o tempo, o líder dos ranger se reuniu com os demais no grande hall de refeição, onde os homens aproveitavam a comida simples da muralha, alguns já nem sentindo a diferença entre uma refeição e outra, pelo tempo que estavam ali. Bruce notou Brian mais distante dos outros, até mesmo de Herman, sentindo-o muito frio, nesses últimos dias. Aquela feição gélida, carregada de insatisfação e rancor, poderia levar um homem a cometer erros graves de conduta, Bruce sabia muito bem disso. Caberia a ele dar tempo ao guerreiro ou ajudá-lo ... Enquanto pensava, o líder dos Rangers sabia que em breve as incursões para além da muralha começariam... e por mais experiente que fosse, os últimos acontecimentos diziam que o norte estava mostrando sua força avassaladora, a cada dia que passava ... não fazendo questão de como ou quando, revelar sua verdadeira face ... [Fim do Primeiro Arco] Obrigada a todos os leitores que se dedicam nessa e em outras narrações minhas  Agradeço de coração o empenho de vocês. Beijos a todos e até o segundo arco \o Kerol



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