STRIPTRONIC
STRIPTRONIC Pontifícia Universidade Católica do RIo de Janeiro DSG1031 – Projeto de comunicação Visual 2014.2 Memorial de Projeto Kevin Coutinho Jones kevinc.jones@me.com
O primeiro vídeo estará disponível no endereço abaixo a partir de 10 de dezembro de 2014 http://vimeo.com/kevinjns/striptronic ATUALIZAÇÕES DESTA PUBLICAÇÃO estarão disponível no endereço: http://issuu.com/kevinjns/docs/striptronic
Sumário Apresentação 5 A formação dos sons eletrônicos Reflexões Históricas GÊNEROS E SUB-GÊNEROS
6 10 11
O UNIVERSO DO PROJETO MOVIMENTOS DIFUSÃO DIFERENCIAÇÃO DOS SUBGÊNEROS PÚBLICO ALVO
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SIMILARES E CORRELATOS
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UNIVERSO IMAGÉTICO
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STRIPTRONIC 29
Conceito Processos Envolvidos Estudos iniciais Definição das Formas PALETA DE CORES Texturas Tipografia Som Movimento / Animação Escolhendo o nome STRIPTRONIC Roteiro Animatic Storyboard ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS
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Análise gráfica próximos passos (PLANEJAMENTO)
54
CONSIDERAÇÕES FINAIS E AGRADECIMENTOS
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Referências Bibliográficas
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MÚSICA ELETRÔNICA NÃO É TOCADA, MAS SIM PROGRAMADA
APRESENTAÇÃO A definição da música eletrônica, em suma, é toda música que dispõe de elementos, gerados ou modificados, por equipamentos ou instrumentos eletrônicos1. Colocado desta maneira, poderia se dizer que a maior parte da música contemporânea é eletrônica, mas o que os difere é que cada um dos gêneros musicais existentes (como o Pop, o Rock e o Blues, por exemplo) tem elementos fortes presentes em sua identidade. E muita gente não nota, mas na própria música eletrônica isso também acontece. Para falar dela, também exige que se faça uma investigação histórica e uma distinção de suas vertentes, pois agregar tudo como apenas um gênero musical é como não diferenciar os diversos estilos presentes no Rock (como Heavy Metal e Rock Alternativo, por exemplo). Este projeto tem como proposta possibilitar o acesso a informações mais completas e fundamentais para compreender a música eletrônica, através de recursos visuais que auxiliam no esclarecimento e compreensão da profundidade complexidade do tema, incentivando o público a superar o estigma superficial do que é música eletrônica. Dentro de seu universo, existem diversos subgêneros e gêneros de fusão2 que exaltam diferentes elementos, instrumentos, vozes e estilos de composição, os quais veremos a seguir. O resultado foi uma investigação que consiste na distinção entre os diversos subgêneros, a coleta de informações detalhadas e referências gráficas (que não só auxiliam visualmente a compreender melhor os estilos mas estão esteticamente relacionados a esta cultura) que se adequam ao tema ou tem questões históricas envolvidas. Através de recursos audiovisuais (fundamentais para uma experiência imersa e completa no assunto) encorajo as pessoas a descobrirem mais sobre a essência do movimento, e espero que ao final deste projeto você, leitor, adquira repertório e vocabulário deste universo em expansão. Para isso, a pesquisa abrange (de forma resumida) desde a formação dos sons elétricos até a profusão e as nuanças de cada estilo dentro do gênero, os quais se dão nos capítulos a seguir.
1. SADIE, Stanley, Jorge Zahar Ed., Dicionário Grove de música: edição concisa, Rio de Janeiro: 1994. p. 634-5.ISBN ISBN 85-7110301-1 2. Subgêneros e gêneros musicais, segundo Allan F. Moore, podem ser definidos pelas técnicas musicais, os estilos, o contexto, conteúdo e espírito dos temas abordados. Os gêneros de fusão surgem pela primeira vez através da mixagem de Funk e R&B nas composições de Jazz (chamado de Jazz Fusion); consistem na fusão/mixagem de um ou mais gêneros musicais.
A FORMAÇÃO DOS SONS ELETRÔNICOS Analisando históricamente a evolução na tecnologia dos sons, pode-se dizer que o conceito que rege a música eletrônica está presente desde os primeiros ruídos produzidos pelo homem, quando o ser pré-histórico batia gravetos em pedras de forma rítmica, síncrona e repetitiva.
A música eletrônica, porém, surge de fato em conjunto com a evolução da tecnologia dos computadores, datando de 1897 o primeiro instrumento eletro-acústico conhecido como Telarmônio1, capaz de produzir diferentes frequências sonoras, comandadas por um teclado e difundidos por uma linha telefônica.
1. 2. 3. 4.
Avançando no tempo algumas décadas, mais precisamente 1940, a Segunda Guerra Mundial foi determinante no progresso da música, pois o clima de reconstrução econômica incentivava o desenvolvimento tecnológico principalmente em estações de rádio. Na mesma época, foi inventado o ENIAC (primeiro computador no sentido moderno da palavra) e duas correntes da música eletro-acústica se estabeleceram, durante toda a segunda metade do século XX: a música concreta2 e a Elektronische Musik3.
A partir da década de 1950, o termo música eletro-acústica é usado para designar a música de instrumentos acústicos gravados, sendo estas gravações (em fita) manipuladas através de cortes, montagens, combinações e superposições. Pouco tempo depois surgem as primeiras composições utilizando computador, que denominam como música computacional (utilizando de teoria musical e matemática para produzir os trabalhos).
Esta exploração de frequências e a utilização de máquinas para a produção de sons permitiram com que se alcançasse diferentes velocidades, timbres e ritmos. Com o compositor francês Edgard Varèse, em 1962, nasce o termo “som organizado”, em referência a sua própria estética musical que valorizavam estas qualidades de timbres e ritmos4. Edgard pensou, que para ouvidos extremamente condicionados, qualquer novidade na música era considerado ruído, mas perguntou “o que seria a música se não uma série de ruídos organizados?”5
Criado por Thadeus Cahill, http://www.synthmuseum.com/magazine/0102jw.html Nome dado à um tipo de música eletrônica produzida a partir de edição de audio unida à fragmentos de sons naturais e/ou industriais. MASSIN, Jean; MASSIN, Brigitte. História da Música Ocidental. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1997. p. 1166. ISBN 85-209-0907-8 Goldman, Richard Franko. 1961. “Varèse: Ionisation; Density 21.`5; Intégrales; Octandre; Hyperprism; Poème Electronique. Instrumentalists, cond. Robert Craft. Columbia MS 6146 (stereo)” (in Reviews of Records). musical Quarterly 47, no. 1. (January):133–34. 5. Varèse, Edgard, and Chou Wen-chung. 1966. “The Liberation of Sound”. Perspectives of New Music 5, no. 1 (Autumn–Winter): 11–19.
SAINDO DA SUPERFÍCIE
O que antes eram estudos científicos e acadêmicos, inclusive considerados como experimentações em música clássica (sim, eletrônico já foi clássico) agora tomam forma e público, com a popularização dos sintetizadores e a experimentação pelos primeiros artistas de fusão.
Datam de 1952 as primeiras experiências musicais que revelam a utilização de serialismo integral1. Com o intuito de poder manipular, individualmente, cada uma das propriedades dos sons, esse processo de composição foi o motor no desenvolvimento da síntese eletrônica. Os estudos acadêmicos ficaram cada vez mais interessantes e próximos em desmembrar toda a física dos sons, e como podiam ser manipulados de forma a criar outros de maneira eletrônica, antes sendo impossível de realizar.
Um dos primeiros exemplos de adoção popular da música eletrônica foi no seriado Doctor Who, quando a compositora Delia Derbyshire elaborou o tema de abertura. Neste mesmo ano, Robert Moog já estava trabalhando em um sintetizador pessoal, no caso, o primeiro a utilizar de um teclado ao estilo do piano para emitir os sons. Nomes como Wendy Carlos, Keith Emerson, The Beach Boys e inclusive os Beatles utilizaram equipamentos como o Moog, o Teremin e o Mellotron (em alguns casos inclusive em turnê). À medida que foram se tornando mais baratos, os sintetizadores foram adotados por diversas bandas de Rock como Pink Floyd, substituindo o órgão.
Chegando aos anos 70, Kraftwerk revolucionou o estilo, popularizando-o mundialmente e compondo músicas sobre a alienação do mundo quanto à tecnologia. Pianistas de Jazz começaram a usar, entre 72 e 74, sintetizadores em suas composições de Jazz Fusion. Faixas como “Crossings” de Herbie Hancock utilizam de sintetizadores para efeitos de som, e não somente como um substituto do piano. Ao mesmo tempo, tornando-se popular, os sons eletrônicos surgiam em filmes de ficção científica como Blade Runner e Alien. Clássicos como o filme “Embalos de Sábado à Noite” popularizaram o Disco, e marcaram o início da música eletrônica dançante, deixando de ser apenas uma ferramenta para novos sons e adquirindo características de uma cena própria.
Ao final da década de 70, a substituição dos sintetizadores analógicos pelos digitais estava em progresso, e com o surgimento dos primeiros samplers e computadores pessoais na década de 80, a criação ficou mais independente. Bandas como New Order, Depeche Mode, Information Society, A-Ha, Pet Shop Boys e Erasure ficaram famosas pelo uso dos equipamentos eletrônicos e tiveram influência grande dentro da cena da música eletrônica (a música pop produzida por eles sendo denominada synthpop). As ramificações dentro da música começavam a aparecer, conforme as pessoas foram denominando os estilos, conforme veremos a seguir.
1. O serialismo é um método de composição musical no qual se utiliza uma ou várias séries como forma de organizar o material musical.
REFLEXÕES HISTÓRICAS Como podemos perceber, a música eletrônica não surgiu de geração espontânea. Existiu muito antes da música contemporânea, mas de forma experimental, acadêmica, associada inclusive com a arte erudita e a música clássica. Já no final dos anos 1960, recebeu influências do Jazz, Blues, Soul dando lugar ao Disco e mais tarde (início dos anos 1980) ao House. As contribuições da música erudita e clássica levaram ao lado mais experimental, como psytrance, ou gêneros onde se explora mais os sons mecânicos e um formato comercialmente inviável até hoje. O movimento, antes de se tornar o que é hoje, também passou por diversas dificuldades e julgamentos pela maior parte da população. Atos como o “Disco Demolition Night”, em Chicago (1979), em que foram explodidos os discos de vinil que continham música Disco, mostram como havia preconceito e negação por parte da maioria da população. A música, naquela época, era associada aos movimentos minoritários de negros, gays e mulheres que queriam condições iguais aos homens. Portanto a música eletrônica foi crescendo no que chamamos de cena underground, até realmente se tornar conhecida e a sociedade admitir sua existência. Esse estigma se reflete até hoje em festas rave e outros movimentos que são desdobramentos daquela época. A difusão da cultura da música eletrônica tomou proporções gigantescas com o surgimento do termo EDM (Electronic Dance Music), êxito do mercado fonográfico em explorar este segmento na música popular. Ela é a grande culpada pela quantidade de festivais, pelas faixas cada vez mais dançantes nas rádios, clubes e artistas que antes não se arriscavam, hoje bebem nesta fórmula para vender música, que abusam dos elementos que a massa quer ouvir. O público geral, cada vez mais interessado na música eletrônica, não conhece de onde ela surgiu e renega outros gêneros, outros estilos de música que deram lugar ao que hoje é popular. Já consagrada, é inquestionável a importância de sua existência, independente se o produto final é bom ou ruim. É preciso conhecer para fazer sentido, para respeitar a historia, e para se produzir novo conteúdo que seja original. Para melhor entender os diversos subgêneros da música eletrônica, este documento traça um panorama das principais vertentes, trazendo o conteúdo que foi preparado para a série de vídeos do projeto STRIPTRONIC. O objetivo é difundir o conhecimento geral sobre cada gênero (dos mais importantes) e diferenciar visualmente através de recursos gráficos para auxiliar nesta assimilação. Nas próximas páginas, seguem estudos feitos sobre os gêneros, sobre influências gráficas e em seguida o desenvolvimento do universo do projeto.
GÊNEROS E SUB-GÊNEROS O UNIVERSO DO PROJETO Antes de começar, introduzo aqui um pouco do vocabulário utilizado nas próximas páginas, para que não surjam dúvidas quanto à alguns termos técnicos e nomes de instrumentos que serão repetidos com frequência. Nas próximas páginas, listo os principais movimentos, que foram o estopim para a revolução da música como conhecemos hoje. 1 Prato de Condução 2 Tom-Tom 3 Surdo 4 Chimbal (Hi-Hat) 5 Caixa 6 Bumbo (Kick Drum)
BPM Sigla para Beats per Minute (Batidas por minuto). É a forma de contagem mais utilizada para determinar a velocidade de uma música. SAMPLER Pequenas porções de voz que são gravadas, normalmente de outras músicas já conhecidas. LOOP Quando um som repete a mesma melodia continuamente. 4/4 Denominação para o tipo de compasso majoritariamente utilizado nesse tipo de música. Também conhecido como “4 on the floor”, é o uso do Kick drum a cada medida do compasso. KICK O som mais forte e grave, produzido pelo bumbo. CLAP São as palmas utilizadas no contratempo do kick, muito presentes no House. As vezes, substituídas pelo chimbal. COMPASSO Na notação musical, é uma forma de dividir quantitativamente em grupos os sons de uma composição musical, com base em pulsos e repousos. Muitos estilos musicais tradicionais já presumem um determinado compasso, a valsa, por exemplo, tem o compasso 3/4 e o rock tipicamente usa os compassos 4/4,12/8 ou 3/4.Os compassos facilitam a execução musical, ao definir a unidade de tempo, o pulso e o ritmo da composição ou de partes dela. A escolha da fórmula de compasso permite determinar uma pulsação à música. Cada pulsação, ou tempo, tem a mesma duração. Geralmente o primeiro tempo de um compasso é tocado de forma mais forte ou mais acentuada. Em alguns tipos de compasso, existe ainda um tempo com intensidade intermediaria. Esta alternância de pulsos fortes e fracos cria uma sensação de repetição ou circularidade.
medida de dois compassos 4/4, onde em amarelo temos o chimbal e em laranja o bumbo
MOVIMENTOS Apesar da ordem cronológica, muitos foram surgindo ao mesmo tempo, tendo o mundo já em seu modo globalizado colaborava para a rápida disseminação dos movimentos. Abaixo o infográfico:
BREAKBEAT (USA) Influenciado pelo Dub e Reggae, é um gênero de tempo rápido que data seu início na década de 1990, com significado emergindo da popularização do Hip Hop. Com muitos efeitos e loops percussivos, usam padrões de bateria variados, as vezes completamente fora da batida, pois os instrumentos de percussão não tocam diretamente no compasso. DJ Marky (BR), é um nome conhecido mundialmente. Derivam em Jungle e Drum’n’Bass, o ultimo sendo muito popular no Brasil por ser composto de batidas graves, viradas rápidas e predominantemente apenas linha de baixo e bateria. O som é mais quebrado, acima de 150bpms e podem conter efeitos que reproduzem cordas e pianos, além de vocais melódicos. Uma característica marcante é o uso de padrões aleatórios de chimbal e de bumbo que “pulam” o compasso (beat-skipping). 4/4 BUMBO CHIMBAL EFEITOS E LOOPS 150 A 170 BPM
HOUSE (CHICAGO House) O House surgiu na primeira metade da década de 1980 em Chicago, cidade da região centro-oeste dos Estados Unidos, e influenciou tudo o que surgiu depois. Tem sua origem no gospel e é o subgênero que permite fusão com os outros, e o que atualizou o Disco com bases eletrônicas. Seu nome é devido a um antigo clube em Chicago chamado The Warehouse, onde o DJ Residente Frankie Knucles mixava clássicos da Disco Music com outros estilos. No meio dos anos 1970, quando o Disco ainda era um fenômeno underground, pecado(conceitos de sexo, de homossexualidade, festas, drogas, entre outros) e salvação (gospel) eram misturados para criar um som que tornou a ser decadente e devoto. Considerado por muitos o pai do House, Knucles é um dos pioneiros do gênero e tem como faixa marcante “Your Love”, que definiu o gênero e o levou a outro patamar. A House music produziu arranjos mais longos, mais repetitivos e percussivos de prensagens da Disco music existentes. Os primeiros produtores criaram composições similares do zero, usando samplers, sintetizadores, sequenciadores e caixas de ritmo. Quase toda House music tem um compasso 4/4 em bateria eletrônica, é acompanhado por uma linha de baixo e em muitos casos contém samplers de voz ou outros instrumentos. COMPASSO 4/4 LINHA DE BAIXO SAMPLERS 118 A 135 BPM
TECHNO (DETROIT Techno) O Techno surge já em meados da década de 1980 em Detroit, próximo a Chicago. Com influencias alemãs e da indústria local, os sons lembram as fábricas, barulhos de metal, em expressão de angústia pós-industrial. O Techno é o gênero mais pesado, com batidas menos suaves e mais mecânicas. Nomes como Giorgio Moroder e Kraftwerk aparecem aqui, e a estética tinha uma preocupação em expressar esta transição de espírito do corpo para máquina, além do futurismo e temais de ficção. Em compasso 4/4, acompanhado por bumbo em cada quarto de nota, caixa (snare drum) em dois e quatro quartos de nota, e o chimbal a cada segunda oitava. Normalmente se encontra entre 130 e 150 BPMs (batidas por minuto). Um dos produtores pioneiros de Techno, Juan Atkins, reforça a característica limpa e precisa empregada pelo Kraftwerk na música, diferente do que estava sendo produzido por ele, sons mais esquisitos e psicodélicos. Outro, Derrick May comenta que era limpo e com classe, era tão bonito como o espaço sideral, em comparação com a bucólica Detroit. COMPASSO 4/4 BUMBO CAIXA CHIMBAL 120 A 150 BPM
HIP HOP (NYC) Movimento iniciado em Nova York durante a década de 1970, o Hip Hop tem quatro pilares essenciais em sua cultura: o rap, o DJing (ato da mixagem), o breakdance e o grafitti. Emerge em comunidades jamaicanas, latinas e afro-descendentes de NYC, onde enfrentavam diversos problemas de ordem social como pobreza, violência, racismo, tráfico de drogas, carência de infra-estrutura e de educação, entre outros; as manifestações artísticas se tornaram a válvula de escape para canalizar a violência e viver de forma mais digna. Mais popular no Brasil que a música eletrônica em geral, o Hip Hop teve seu surgimento associado ao desenvolvimento da música eletrônica por utilizarem de batidas de base semelhantes àquelas provindas do techno pelo grupo Kraftwerk. A base do Hip Hop se encontra nos loops e samples criados pelos DJs, frequentemente provenientes do Funk e do Soul. Derivou em estilos como Miami Bass e freestyle. Run-D.M.C. é um dos principais grupos a conhecer para entender a cultura. COMPASSO 4/4 LOOPS SAMPLERS 80 A 115 BPM
DISCO (NEW YORK & PHILADELPHIA) Com influencias do Funk, música latina, psicodélico e Soul, o disco foi um movimento voltado as minorias e a liberdade de expressão na década de 1970 (negros, gays, latino-americanos heterossexuais e mulheres) contra a dominação do Rock e a desvalorização da música dance, tendo raízes nas pistas de dança de Nova York e Filadélfia. Disso surge o termo Diva, por exemplo, associado as mulheres que abraçaram o estilo, questões que estão vivas até os dias atuais. Arranjos de música clássica são frequentes, e utilizam também de baixo elétrico (proveniente do Funk), cordas, metais, pianos elétricos e guitarras ao fundo. Famosos por abraçar o estilo, temos Donna Summer, Bee Gees, ABBA e The Jacksons. COMPASSO 4/4 LINHA DE BAIXO CHIMBAL CORDAS, PIANOS...
AMBIENT (UK) Com padrões mais espaçados, a música ambiente foca nos tons timbrais dos sons e geralmente não é acompanhada por batidas. Com isso, temos composições que em sua maioria não apresentam ritmo perceptível, chamadas de composições com tempo livre. Considerado por alguns “música de elevador”, esta é para ser apreciada atentamente. Nomes como KLF e The Orb representam o estilo. SINTETIZADOR VOZ LINHA DE BAIXO ABAIXO DE 110 BPM
TRANCE (UK) Presente desde o início da década de 1990, o Trance é considerado uma das principais vertentes da eletrônica. Com bpms variando entre 125 e 160, caracteriza pelo uso de frases melódicas repetitivas e uma forma musical que intensificam e relaxam (build up and down) durante a faixa. Derivado do House e do Techno, elementos primitivos do trance são encontrados em raízes religiosas como shamanismo, hinduísmo e budismo. Se refere muitas vezes como um estado de transe, de hipnotismo e de consciência elevados. O Trance moderno surgiu na Alemanha e, sendo muito associado com o Acid House (de origem inglesa), é o carro-chefe das festas raves, associado a psicodelia e as drogas. 4/4 SINTETIZADOR CAIXA DE RITMOS BASE DE SWING 125 A 160 BPM
* os países coloridos ao lado fizeram parte da grande cena de expansão da música eletrônica entre as décadas de 1980 e os anos 2000.
DIFUSÃO Neste fluxograma abaixo, podemos perceber a difusão dos gêneros das principais vertentes em seus subgêneros
FUNK
JAZZ BLUES
R&B
SOUL
OES (FRANçA, A
CENTRO-OESTE AMERICANO (CHICAGO, DETROIT E NOVA YORK)
TECHNO
HIP HOP
DISCO
DU CARIBE (JAMAICA)
REGGAE
STE EUROPEU ALEMANHA E ITÁLIA) TRANCE
DOWNTEMPO HARDCORE
HOUSE
BREAKBEAT ELECTRO
UB
DIFERENCIAÇÃO DOS SUBGÊNEROS Na tabela abaixo, categorizo e diferencio os gêneros de acordo com o uso que será feito no projeto. AMBIENT SURGIMENTO LOCAL ASCENDÊNCIA
BPM SENSAÇÃO
HIP HOP
DISCO
Década de 1970
Década de 1970
Década de 1970
Reino Unido
Nova York, NY
Nova York, NY e Philadelphia, PA
Experimental House Minimalist Jazz Progressive Rock
Funk Disco R&B Reggae Performance Poetry
Funk Soul R&B Jazz
abaixo de 110
80-115
110-130
Calma Relaxante
Agitada Swing / Rimada
Feliz / Uptempo Swing / Dançante
PRINCIPAIS INSTRUMENTOS E ELEMENTOS UTILIZADOS AMBIENT
HIP HOP
DISCO
SINTETIZADOR
✓
✓
✓
VOZ
✓
✓
✓
CAIXA DE RITMOS
X
✓
✓
SAMPLER
X
✓
X
CLAPS
X
X
✓
PERCUSSÃO
X
X
✓
BAIXO
✓
✓
✓
BATERIA ELETR. CHIMBAL (Hi-Hat)
KICK (Bumbo)
✓ = Presente X = Ausente
✓
✓ padrão de colcheias ou semicolcheias com chimbal aberto (open hi-hat) e disritmado X
HOUSE
TECHNO
BREAKBEAT
TRANCE
Início de 1980
Metade de 1980
Início de 1980
Início de 1990
Chicago, IL
Detroit, MI
Nova York, NY
Berlim, Alemanha
Disco Electro Boogie Soul
Chicago House Funk Electro Electric Jazz
Hip-Hop Miami Bass Electro Funk / Jazz Techno
Techno House Pop Chill-Out Música Clássica
110-135
130-145
140-180
125-160
Feliz / Uptempo Swing / Dançante
Mecânico Pesado
Rápido Desconstruído
Transe / Alucinante Suave / Melódico Rápido
HOUSE
TECHNO
BREAKBEAT
TRANCE
✓
✓
✓
✓
X
✓
✓
✓
X
✓
✓
✓
X
X
X
✓
X
✓
X
✓
X
✓
X
✓
X
✓
fora do compasso
aberto na 2ª colcheia
aleatoriamente distribuído
a cada batida
a cada 1/4 de compasso
disritmado
✓
PÚBLICO ALVO O Público-alvo do meu projeto são aqueles que se interessam pela música eletrônica, mas não a conhecem completamente. Não sabem diferenciar os subgêneros, nem os estilos presentes. Associam a música eletrônica à EDM, às drogas ou a outros estereótipos concebidos pelas culturas de massa. Tendo um teor educativo-informativo, tem como foco pessoas entre 16 e 30 anos, cujo acesso a internet é mais intenso e, corresponde também ao público que frequenta festas com músicas do gênero, mas que em sua maioria só conhecem o que toca em rádio.
SIMILARES E CORRELATOS Análise de projetos existentes
Cabe, neste momento, analisar também as referências em projetos existentes que tratem da música eletrônica ou que descrevam assuntos de forma característica como neste projeto. Abaixo estão as referências que utilizei: 3bits Lab - “SYNC/LOST” O projeto da 3bits Lab, feito em parceria com a marca de bebidas alcoólicas Smirnoff, utiliza da tecnologia existente nos consoles Nintendo Wii para criar uma experiência imersiva na história da música eletrônica. O sistema permite o uso por até três pessoas, que apontam no “mapa” o gênero que elas gostariam de saber mais a respeito. O uso do esquema de redes, frequentemente associado a diagramas complexos, é essencial para a compreensão da conexão entre os estilos presentes. O uso de cores aqui não foi justificado, mas não parece aleatório, sendo importante para a associação do som com o ritmo e com os elementos principais. ISHKUR’s Guide to electronic music v2.5 Este guia é referência para o conhecimento de música eletrônica. Mesmo não constando de dados técnicos e atualizados, abrange uma boa parcela do que existe atualmente, devendo apenas nos gêneros mais recentes, que mudam de nome com frequência. Sua interface gráfica deixa a desejar, pois apesar da funcionalidade e a possibilidade de escutar o que está sendo clicado, não há descrições para as conexões, e as datas de surgimento de cada movimento ficam em segundo plano. A linguagem escrita também não é clara, muitas vezes contendo palavrões, gírias e termos sem explicação, outras vezes com discursos de ódio a certos gêneros. A escolha das cores não é justificada e fica gratuita. John Varney – A different way to visualize rhythm (TED-Ed) O TED-Ed, sendo uma plataforma de educação, trouxe o educador e animou em um vídeo de aproximadamente seis minutos, diferentes formas de visualizar ritmo e notação musical outra que a convenção da notação musical. De forma mais intuitiva, Varney explica que o método circular (wheel method) ajuda a reconhecer os tempos e diferentes estilos. O auxilio visual contribui para que seja inclusivo e todos possam entender, inclusive quem não tem muito conhecimento em inglês. Como ponto negativo temos a extensão do video. Para manter a atenção hoje em dia é necessário um roteiro muito bem amarrado e estímulos visuais frequentes, que não torne a coisa repetitiva. George and Johnathan - George and Johnathan III Os músicos George e Johnathan lançaram, recentemente, um álbum com uma plataforma online onde seus videoclipes são renderizados em OpenGL, numa interface interativa. Nela, todas as notas são reproduzidas visualmente e o usuário tem controle do angulo de visão. Apesar da tecnologia avançada e dos gráficos terem um aspecto que relembram um pouco do que o quero transmitir, este não “informa” muito ao usuário, serve apenas como peça de entretenimento.
Quayola & Sinigaglia - Dedalo (Live Audiovisual Concert with Mira Calix Excerpts) Dedalo é uma coleção de engines vvvv (um ambiente de programação ao vivo hibrido, visual/textual, para prototipação e desenvolvimento) personalizadas e um toolkit para gerar, trocar e mapear dados entre uma série de módulos gráficos e um motor de renderização, usados para performance ao vivo e shows audiovisuais. Criados pela colaboração de Quayola e Sinigaglia, o primeiro projeto a utilizar foi a performance com Mira Calix, em Moscou, do show solo de Quayola. Depois eles fizeram uma performance na USC em Los Angeles, cujo o video trago aqui. O objetivo deste projeto foi criar um instrumento de performance que permitisse a visualização do som em tempo real. Sem entrar muito em detalhes técnicos, a tradução dos sons para parâmetros visuais é controlado por um plug-in no programa Ableton Live, que oferece diferentes tipos de análise de sons, medindo frequência, energia em cada semitom e oitavas, representação de amplitude, medida de brilho do som, timbre, entre outros diversos aspectos que foram estudados para serem associados uns com os outros e formar diferentes imagens que reagem à música. Este projeto é de uma complexidade incrível, e ao mesmo tempo impressiona pela fidelide aos sons reproduzidos, porém ao que indica somente foi usado para fins de performance ao vivo. Nigel Stanford - CYMATICS: Science vs. Music Nigel é um músico da Nova Zelândia que convidou o diretor Shahir Daud para fazer este experimento, após anos pensando em fazer vídeos que pudessem mostrar algo visual quando um som tocava. Cymatics é a ciência de visualização de frequências de audio, e quando Nigel viu um vídeo a respeito, incorporou a ideia ao seu projeto. Curiosamente em sua pagina na internet, Nigel conta que a música de fato só foi construída após os vídeos serem feitos, o que de certa forma faz sentido. Os efeitos produzidos por esta ciência, principalmente aqueles envolvendo o bumbo com a água, o teclado com o sal e também com o ferro líquido, mostram diferentes aspectos visuais, que são reproduzidos exatamente iguais se tocados na mesma frequência, o que indica que sons podem sim produzir imagens com geometrias determinadas.
UNIVERSO IMAGÉTICO Análise de imagens de referência Com o universo de projeto descoberto, seguimos para a análise de imagens de referência, onde podemos observar a presença de elementos (propositalmente ou não) que condizem com o universo da música eletrônica. Algumas se dão por cor, forma ou composição rítmica. Outras são referencias de épocas, movimentos artísticos, ou outras imagens que permeiam o imaginário quando se trata de música ou de tecnologia.
Albano Afonso - Crystallization of the Brazilian Landscape – referência em textura e geometria
Maritza Tynes - Crystalization referência em cores, geometria e textura.
Christian Herdeg – referência em iluminação, geometria, cores e texturas.
eddiepradom - crystallization referência em cores e geometria.
Penabranca (tumblr) – referência em geometria e estética futurista; cores, reflexos. Kolotusha – 3D grid landscape referência em textura e geometria
Max Krasnov - Colorful triangle mosaic referência em textura e geometria
Laczadesign – Mechanic referência em textura e geometria
Geoff – Prism (DWS4.ME) Landscape – referência em textura e geometria
Thomas Burden - Neon Type referência em textura e geometria.
Rolf sachs referência em textura e geometria
dark abstract polygons referência de geometria.
Justin Maller referência de geometria.
abstract black block shapes referência de iluminação e geometria.
safetyjac referência de iluminação, textura e cores neon
Peter Tarka – Typography 10. referência de lettering e geometria.
Romanowsky - Pure geometry referência em animação e geometria
Matt Rudinski - Beacon C4D test referência em animação e geometria
GMUNK - FITC Amsterdam 2013 titles referência em animação e geometria
Patrick Jean - Pixel referência em animação e geometria
Elastic Design - MTV 2014 VMAs referência em animação e geometria
beeple -Warm Neon Birth referência em textura, animação e geometria
A música eletrônica e o Design As referencias gráficas de Kraftwerk e Daft Punk vieram desta necessidade de quebrar o preconceito das pessoas com a tecnologia, com os computadores, mostrar que não era um bicho e sim algo poderosíssimo que iria mudar a vida de todos de uma maneira positiva. Mostram as tecnologias e as coisas incríveis que elas podem fazer, projetam o futuro do homem.
STRIPTRONIC
Conceito Consolidando todos os dados desta pesquisa, o que mais ficou evidente é que a música é um universo com uma complexidade, ainda que mensurável, enorme. As possibilidades são praticamente infinitas, portanto alguns fatores tiveram que ser colocados em maior peso do que outros. O importante foi manter o objetivo de informar sobre as diferenças entre estes subgenêros e suas influencias, e como diferenciá-los um dos outros. Visto isso, partimos para o conceito. Uma palavra muito mencionada e que começou a fazer sentido a partir da consolidação da pesquisa foi universo. Pensar em música como um sistema como o nosso sistema solar foi o que transformou o STRIPTRONIC no que ele é. Esta analogia está presente a todo momento, seja nas referências aos anos 1980, quando se falava muito da descoberta do espaço e da tecnologia, ou nessa característica estética que os sons eletrônicos produziam, muitas vezes associados com UFO’s. O trabalho de sistematização desta informação visual, desenvolvido ao longo de quatro meses, resultou em alguns parâmetros, os quais descrevo a seguir: •
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Série de 5 vídeos entre 2 e 3 min. (Foram feitos testes com vídeos em menor tempo, que não se mostraram suficientes e, dado a velocidade da circulação das informações hoje em dia, mais do que três minutos desestimularia o espectador a manter sua atenção). Abordagem dos principais subgêneros da música eletrônica, conforme pesquisado, sem esquecer de citar algumas de suas derivações, que podem desencadear em futuros novos vídeos, conforme a popularidade dos movimentos. Estética futurista, conforme a pesquisa de referencias imagéticas. Animação de geometria abstrata, tendo um grid determinado como base para o desenvolvimento das formas. Uso de músicas importantes para explicar a historia, podendo também utilizar-se de exemplos contemporâneos. Num segundo momento, caso o projeto venha a ser veiculado em alguma mídia outra que o canal na internet, compor sons autorais ou garantir os direitos de uso das faixas. Limitações em função do tempo e processamento dos computadores disponíveis para a geração do conteúdo, além do conhecimento técnico envolvendo a modelagem e animação de objetos 3D.
Processos Envolvidos Foram utilizados os softwares Adobe After Effects, Illustrator, Premiere Pro para animação, vetorização e edição, respectivamente; Maxon Cinema 4D para modelagem e animação 3D; e o Ableton Live, para a composição da trilha sonora. Também contei com a ajuda do plug-in Element 3D da Video Copilot para a manipulação de objetos 3D no After Effects. O fluxo de trabalho foi da experimentação em diversas técnicas e estéticas diferentes até se chegar a final, e para ser produzido deve-se seguir o fluxograma a seguir. Roteirizar o tema em questão Estudar os planos de câmera, e como a historia sera contada, com o auxilio de um storyboard Vetorizar, a partir do grid, as formas necessárias para a modelagem Modelar as formas em programa 3D Animar e produzir os planos de camera Produzir conteúdo sonoro adequado ao tema em questão Sincronizar a animação com os sons e fazer os ajustes necessários Testar com usuários e fazer ajustes finais se necessário.
Estudos iniciais Os estudos iniciais foram realizados em paralelo a pesquisa feita para este projeto, tendo portanto nenhum critério de cor, forma, textura ou outra característica justificada. Estas sim, foram resultados destes estudos e serão descritas a seguir. Estudos 01 e 02 Estes dois primeiros estudos aconteceram antes de a pesquisa sobre a música se aprofundar. Se tratam de vídeos de 10 segundos explorando graficamente o que me passava a ideia sobre a música eletrônica. O uso de triângulos e interferências na imagem como o glitch dão um tom futurista e ao mesmo tempo de improviso, muito comum nos primeiros experimentos com computadores e música experimental, onde o erro fazia parte do resultado final e adiciona um pouco de imprevisibilidade que deixam os sons e os visuais mais ricos.
Estudo 01
Estudo 02
Estudo 03 Ocorreu uma semana após os primeiros estudos, onde explorei além de cores e formas, uma analogia com o nome do subgênero (Deep House) e com a ideia de icebergs, onde o que está na superficie é a menor parte. Neste curto vídeo também experimentei a pulsação das formas e a inserção de texto escrito em uma composição, como uma vinheta de abertura.
Estudo 03
Estudo 03
Estudo 04 Neste estudo, as pesquisas já estavam em um nível mais avançado, e foi sentida a necessidade de explorar esta linguagem em três dimensões. O vídeo abaixo foi feito utilizando o Cinema 4D, com texturas do planeta terra em baixa resolução e uma primeira tentativa de luzes neon que surgiam das cidades onde a música começou. Esta ideia segue como vinheta de abertura ou fechamento dos vídeos. Também pela primeira vez já se começou a pensar no
Estudo 04 movimento que a câmera faz durante o percurso. No caso deste primeiro, o passeio foi muito rápido de um lado do planeta para o outro, e testando com os usuários não ficou muito claro o que era a mensagem que estava sendo passada ali. A imagem seguirá agora com o ritmo da música e, caso necessário, contará com complemento textual. Estudo 05 Este estudo busca um pouco na estética (futurista para a época em que foi criada) dos anos 1980. Cores mais ácidas, lembrando o neon, em cubos pulsantes conforme a música. Gerados através de expressões no After Effects e com a ajuda do Element 3D, a maior dificuldade foi na sincronização dos pulsos, que tinham que ser feitos quase que manualmente.
Estudo 05
Estudo 05
Estudo 05 Seguindo com o estudo anterior, as animações aqui ganharam o roteiro narrado, e com o auxílio da música Pjanoo de Eric Prydz (reconstruída no Ableton Live), mostra os diferentes sons (baixo, piano e sintetizadores). O vídeo, com um minuto de duração, ficou curto para tanta informação, e a narração fez com que o tempo para realmente ouvir os elementos não fossem o suficiente. As soluções gráficas adotadas não tiveram muita evolução, com a adição de linhas roxas simbolizando as notas de piano, com movimento de passagem da esquerda pra direita. Primeiro teste com auxílo de texto em tela.
Estudo 05
Estudo 05
Estudo 06 Voltando à prancheta em duas dimensões, pesquisei as analogias mais comuns quando se procura transformar som em imagem: partituras e gráficos de frequência e amplitude dos sons. Também estudei sobre o efeito Doppler (círculos em vermelho abaixo) e outras formas visuais que são usadas por DAWs e outros programas e aplicativos de produção musical.
Estudo 07 a 09 Estudando os parâmetros para definir formas abstratas, iniciei uma série de testes com geometrias básicas no C4D (Cinema4D) como cubos, esferas e polígonos simples (icosaedros e dodecaedros regulares, por exemplo). Com o controle dos pontos que unem as faces e as arestas, de forma livre experimentei movê-los a fim de distorcer a geometria. Em seguida procurei formas de sistematizar o processo, para que a geometria se expandisse e contraísse de forma regular e autonoma. Questões de ritmo, escala, compasso, matemática e a divisão do tempo foram importantes para definir a forma. Como geometrias vão se comportar? Usando a analogia de grave expandindo e agudo comprimindo, consigo passar a mensagem de um som que se repete e que está presente como um elemento importante.
Estudo 07
Estudo 08
Estudo 09
Definição das Formas Ainda que muito primordial, o estudo 09 mostrou um resultado satisfatório na manipulação de uma forma geométrica com aspecto low-poly (quando não há suavização das arestas) e da mesma forma fluida. A forma foi clonada espelhada para garantir o resultado mostrado na página anterior. Mas, qualquer forma gerada pelo programa sem um guia, não teria um por quê perante as outras. A partir do triangulo equilátero, se formou um grid que se comporta como base para as formas e como malha das formas em 3D. Os subgêneros assumiram aqui, conforme as características traçadas na tabela de diferenciação, formas e tamanhos de acordo com sua popularidade e a quantidade de influências recebidas por outros. Estas influencias dariam, em seguida, textura e cor de acordo com a sensação causada por elas. Os estudos mostrados abaixo mostram como é possivel criar formas a partir do grid triangular sem que as mesmas fiquem com a mesma aparência.
grid de triângulos na proporção 16:9
PALETA DE CORES Definindo os parâmetros após diferenciar os gêneros, criei uma paleta de cores baseada na sensação e na pesquisa de referências gráficas feitas, fatores que na animação 3D são mais difíceis de serem assimilados facilmente através de formas. A partir destas cores principais, nuances podem surgir a partir da mistura e da gradação do tom de cor. A idéia é que para os elementos mais fortes e graves, cores mais escuras e pesadas; para elementos suaves e agudos, cores mais claras e leves. Como o sistema foi feito para o universo digital, os valores seguem em RGB. AMBIENT
HIP HOP
DISCO
HOUSE
TECHNO
BREAKBEAT
TRANCE
Rápido Desconstruído
Transe Alucinante Suave Melódico Rápido
SENSAÇÃO Calma Relaxante
Agitada Swing Rimada
Feliz Uptempo Swing Dançante
Feliz Uptempo Swing Dançante
Mecânico Pesado
R133 G0 B175
R253 G154 B0
R255 G0 B161
R237 G28 B36
R103 G103 B103
R63 G105 B30
R255 G255 B51
R98 G147 B254
R164 G8 B0
R255 G255 B51
R77 G0 B105
R209 G235 B43
R253 G154 B0
R98 G147 B254
Texturas O aspecto desejado para as formas é de que elas remetam à planetas, fazendo parte de um sistema que poderia existir em um universo imaginário, porem semelhante ao nosso. De acordo com os parâmetros estabelecidos e os processos de criação escolhidos, as geometrias em três dimensões poderiam assumir texturas em sua superfície com o uso de rapports em escala de cinza. Os testes feitos ainda não atingiram um resultado satisfatório, cabendo mais estudos para serem desenvolvidos.
Tipografia A partir das referências gráficas adotadas, iniciaram os estudos de tipografia. Com o primeiro teste no estudo 06, utilizando o tipo Avenir Heavy, percebeu-se que não apenas o tipo, mas o comportamento da informação escrita em tela é extremamente importante. Deve ser delicado e bem posicionado, a fim de informar e servir como complemento visual a narração dos vídeos. O ideal é o emprego de uma mesma família tipográfica com variações de pesos, para ter a possibilidade de estabelecer uma hierarquia das informações escritas em tela. A princípio utilizei tipografias disponiveis no site Fontsquirrel, para evitar problemas de licensas de uso, mas fiquei limitado em desenhos de fontes muito próximos à Avenir ou Helvetica. Com os estudos das referências de imagens que fiz anteriormente, procuro uma aparência que simule sinalizações em Neon. Minha solução adotada segue ao lado.
AUDIOWIDE REGULAR A B C D E F G H I J K L M N O P Q R S T U V W Y X Z
a b c d e f g h i j k l m n o p q r s t u v w y x z
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 - = ! @ # $ % ˆ & * ( ) _ + : ;
Las Enter Regular A B C D E F G H I J K L M N O P Q R S T U V W Y X Z a b c d e f g h i j k l m n o p q r s t u v w y x z 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 - = ! @ # $ % ˆ & * ( ) _ + : ;
Orbitron Light A B C D E F G H I J K L M N O P Q R S T U V W Y X Z
a b c d e f g h i j k l m n o p q r s t u v w y x z 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 - = ! @ # $ % ˆ & * ( ) _ + : ;
Neons Regular A B C D E F G H I J K L M N O P Q R S T U V W Y X Z a b c d e f g h i j k l m n o p q r s t u v w y x z 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 - = ! @ # $ % ˆ & * ( ) _ + : ;
Som Todos os vídeos serão acompanhados por uma trilha sonora e uma narração. Para o primeiro vídeo, sobre a House Music, começamos ouvindo a faixa de Frankie Knuckes “Your Love”, clássico que datou o início do movimento. A ideia é manter para todos os vídeos um pensamento semelhante, em que se comece com uma faixa característica do gênero e que ao final possa introduzir uma faixa atual, ou simplesmente produzir elementos sonoros para identificação do gênero (no caso dos direitos autorais não serem concedidos). Com o tempo total entre 2 e 3 minutos, é possível inserir no máximo 3 faixas no total, para preservar a integridade da música e seu reconhecimento. Testes foram feitos para recriar alguns sons a partir da faixa original, utilizando o programa Ableton Live, um DAW (Digital Audio Workstation) popularmente empregado na produção de música eletrônica. Para tornar a identificação dos sons mais fácil nos vídeos, é necessário isolar os sons dos instrumentos específicos ou recriá-los inteiramente. Isto foi feito no primeiro vídeo da série, decompondo a música de Frankie Knucles em baixo, arp, pads e counter synths e vozes. Transcrever os sons em imagem é a parte mais abstrata, da qual partindo das formas geométricas definidas, trabalhei com o conceito de expansão e contração, que resultaram no movimento de animação.
Movimento / Animação A animação foi criada mantendo em mente que os sons deveriam mostrar os sons de forma a criar um engajamento visual. Pulsação, batida, ritmo, melodia, foram questões que surgiram na tentativa de traduzir graficamente este universo. Enaltecer todos os aspectos dos instrumentos sem confundir o espectador, usando foco e distância entre os elementos para que não se tenha muita informação de uma só vez. Também é importante que os elementos entrem de forma mais progressiva para serem notados e construídos juntos com a compreensão de quem assiste.Independente da velocidade da música, a forma foi definida pelas características de sensação dois gêneros. O estudo das ondas sonoras também ajudou na movimentação destes elementos. Quando o som é mais grave, as ondas costumam ser mais espaçadas; quando o som é mais agudo as ondas são mais curtas. Os movimentos de animação seguem com os estudos de formas feito anteriormente, com o conceito de expansão e contração.
contração expansão
Escolhendo o nome STRIPTRONIC Através de um brainstorming, com a utilização de palavras-chave em portugês e inglês, acumulei os termos muito utilizados no universo do projeto, e dentre algumas sugestões surgiu o STRIPTRONIC
música
eletro
metal
kick
eletrônica
efeitos
percussão
drum
transe
mistura
ritmo
hi-hat
sintetizador
revolução
contribuição
conexão
beat
gênero
drogas
modificado
elementos
acorde
batidas
psicodélico
identidade
vocal
sets
artista
universo
mecânica
bpm
rápido
composição
forte
loop
quebrado
reação
audiovisual
distorção
graves
ruído
neon
sequenciador
progressivo
viradas
sincronia
remix
dj
dub
frequência
tecnologia
estilo
teclado
sonora
repetitivo
harmonia
futurismo
ácido
edição
minimalista
glamour
industrial
fantasia
experimentação
dançante
house
montagem
sampler
fusão
inovador
matemática
rave
base
clima
contagem
baixo
melodia
sensualidade
mashup
timbre
barulho
alucinante
ficção
história
instrumento
software
sistema
sons
movimento
movimento
groove
escala
valorização
vinil
visual
segundo
sub-estilo
cultura
reverberação Possiveis nomes: Tuntz Beat Experiment Visual Beat Beat Universe Sound Universe Striptronic
STRIPTRONIC v.tr. 3. a. To remove all excess detail from; reduce to essentials. 7. To dismantle (a firearm, for example) piece by piece. v.intr. 1. a. To undress completely. 2. To fall away or be removed; peel. (definição do termo em inglês. fonte: thefreedictionary.com)
acrônimo da palavra electronic, em inglês
Roteiro O roteiro a seguir foi escrito com base nas pesquisas sobre o subgênero House. A história pode ser dividida em dois momentos: contexto histórico e identificação dos elementos sonoros. STRIPTRONIC – VÍDEO 01 - HOUSE MUSIC FADE IN CENA 01 – INT. QUARTO DE PRODUTOR MUSICAL EM CHICAGO – NOITE DE 1980 CÂMERA SOBE POR UMA MESA, MOSTRANDO OS FIOS CAIDOS NO CHÃO, ATÉ DESVENDAR O MINIMOOG D, PRIMEIRO SINTETIZADOR PESSOAL. MÚSICA AO FUNDO. KEY – “CHICAGO, 1980” LOCUTOR (V.O.) HOUSE MUSIC O SINTETIZADOR EMITE UM SOM QUE, AO MESMO TEMPO, EMITE UM RAIO DE LUZ. CÂMERA SE AFASTA RAPIDAMENTE DO OBJETO, VOANDO ATÉ A ÓRBITA TERRESTRE, ONDE A LUZ CONTINUA A SUBIR PERPENDICULAR À TERRA. CUT TO: CENA 02 CENA 02 – EXT. SISTEMA SOLAR A ONDA SONORA SEGUE EM SUA SAÍDA DA TERRA, EM CORES NEON, ONDE ENCONTRA OUTRAS ONDAS PARECIDAS COM ELA, PORÉM PROVINDAS DE OUTRAS PARTES DO PLANETA TERRA. ESTAS ONDAS SE CHOCAM NO ESPAÇO, GERANDO UMA IMPLOSÃO E CONSEQUENTEMENTE SURGE MATÉRIA. ESTAS MATÉRIAS SÃO AS FORMAS GEOMÉTRICAS ABSTRATAS, QUE DE FORMA FLÚIDA REAGEM AO RITMO DA MÚSICA. LOCUTOR (V.O.) SUBGÊNERO DA MÚSICA ELETRÔNICA, É O MAIS POPULAR E ACEITO HOJE EM DIA DENTRE OS SUBGÊNEROS EXISTENTES, FAZENDO A PONTE ENTRE A MÚSICA POP E AS PISTAS DE DANÇA. CENA 03 – EXT. ESPAÇO SIDERAL COM FOCO NA GEOMETRIA DO HOUSE, OUTRAS GEOMETRIAS ORBITAM EM VOLTA DA PRINCIPAL. QUANDO MENCIONADO O SUBGÊNERO ABAIXO, AS FORMAS RESPECTICAS GANHAM DESTAQUE NA TELA, SENDO COMBINADAS COM A FORMA PRINCIPAL, ATÉ QUE ELA ATINJA SUA GEOMETRIA DEFINIDA. LOCUTOR (V.O.) O HOUSE SURGIU EM CHICAGO, NOS ESTADOS UNIDOS, NA DÉCADA DE 80, MANTENDO AS INFLUENCIAS DA DISCO MUSIC E DO SOUL, GÊNEROS QUE SURGIRAM ENTRE AS DÉCADAS DE 1950 E 1970 COM AS MINORIAS DE NEGROS, GAYS E MULHERES.PORÉM O HOUSE É MAIS ELETRÔNICO E MINIMALISTA DO QUE ESTES GÊNEROS.
A GEOMETRIA DA HOUSE MUSIC CONTINUA A REAGIR CONFORME A MÚSICA, PORÉM SEMPRE VOLTANDO A SUA FORMA DEFINIDA. É UMA GEOMETRIA FLÚIDA. LOCUTOR (V.O.) A HOUSE É CONSIDERADO POR MUITOS O MAIOR FENÔMENO DESDE O ROCK’N’ROLL, ELEVANDO A MÚSICA A UM OUTRO NÍVEL, LOCUTOR (V.O.) GANHOU ESPAÇO NAS RÁDIOS, E HOJE EM DIA ESTÁ NO TOPO DAS PARADAS EM TODO O MUNDO. CENA 04 – EXT. ESPAÇO SIDERAL – FOCO NA FORMA COM O FOCO NA GEOMETRIA DO HOUSE, A MÚSICA COMEÇA A SER DECOMPOSTA. COM ISSO, A FORMA TAMBÉM VAI ASSUMINDO A CARACTERÍSTICA DO SOM QUE ESTÁ SENDO REPRODUZIDO NO MOMENTO, EM CONJUNTO COM A COR DO SUBGÊNERO. AO FINAL DA DEMONSTRAÇÃO, A GEOMETRIA VOLTA A SEU ESTADO DEFINIDO. LOCUTOR (V.O.) COMO SE DIFERE O HOUSE DE OUTROS SUBGÊNEROS DA MÚSICA ELETRÔNICA? BUMBO/TAMBOR EM CADA BEAT(BATIDA) DO COMPASSO 4/4 RITMO REPETITIVO É COMUMENTE ACOMPANHADO DE ACORDES DE PIANO POR UMA LINHA DE BAIXO E TAMBÉM POR SINTETIZADORES
Animatic Abaixo seguem imagens do teste de animação, para garantir que storyboard e roteiro estão adequados e em tempo com a música e a narração. O ANIMATIC SERÁ ANEXADO A ESTE DOCUMENTO APÓS SUA FINALIZAÇÃO
Storyboard O storyboard, elaborado em conjunto com o roteiro, foi importante na visualização e planejamento das cenas. É uma ferramenta fundamental para os testes de plano de câmera e continuidade da história contada, sendo utilizada após o fechamento do roteiro para elaboração do animatic e, em seguida, do filme final. Abaixo, seguem os primeiros estudos em formato de roteiro ilustrado (pois nem o roteiro nem o conceito estavam completos). Ao final, temos um storyboard correspondente ao roteiro final.
Roteiro Ilustrado 01
Roteiro Ilustrado 02 (Os sinais elétricos emitidos pelos aparelhos antigos; emitiam sons, transmitiam dados)
No começo, estes sinais elétricos eram emitidos e produziam informação.
(A tecnologia evoluindo; ondas de rádio/satélite)
Os homens, levando a informação para uma escala global Em algum momento, esta informação queria levar a música...
(Choque de sinais elétricos com músicas/sons existentes)
Poucos sabiam, porém, que o encontro das duas transformariam de vez o jeito como a música era feita.
(Impacto / implosão / surgimento da galáxia)
Este impacto abriu uma outra dimensão na qual som e impulsos elétricos fazem parte de um mesmo universo
(surgimento das esferas musicais [planetas])
Com a força do impacto, surgiram planetas com características distintas, porém uma força magnética as mantém próxima a origem
(Comunicação dos “planetas” entre si; mistura dos gêneros / influências)
Estes comunicavam entre si através de ondas sonoras
(Textura / geografia dos “planetas”/ Estrelas [artistas] e meteoros [influências de outros gêneros)]
Das ondas sonoras “chocantes”, sairam estrelas. Alguns meteoros surgem e modificam a paisagem nestes planetas
(Estrela [artista], sua aura, reluzindo, transmitindo a mensagem)
As estrelas tinham a missão de mostrar a todos a maravilha da existência destes planetas, mostrar os novos sons, contar a história de sua existência pro universo.
Roteiro Ilustrado 03 Chicago, 1980.
(movimento de c창mera, detalhe minimoog; aperta um bot찾o, faz um som)
(Som se propaga em ondas sonoras; efeito neon)
(Cria um vortex no vácuo; começam a surgir os planetas)
(Surge o house)
Locutor: House Music. Sub-Gênero da música eletrônica
(Geometrias em órbita, mostrando influências)
Locutor: O House surgiu em Chicago, na década de 80, mantendo as influências da Disco e do SoUL
(Geometria em detalhe, Mostrando as imperfeições)
Locutor: ...Gêneros que surgiram entre 50 e 70, com as minorias de gays, negros e mulheres. Porém o House é mais eletrônico e minimalista
(Câmera orbita em volta do planeta)
Locutor: É o mais popular e aceito hoje em dia, dentre os subgêneros existentes
(Mostra a geometria em detalhe. Arestas se iluminam)
Locutor: Fazendo a ponte entre o pop e as pistas de dança
Locutor: O House É considerado por muitos o maior fenômeno desde o rock’n’Roll, elevando a música a um outro nível, permitindo fusões.
Locutor: Ganhou espaço nas rádios, e hoje em dia está no topo das paradas em todo o mundo
ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS O projeto STRIPTRONIC tem como base a distribuição por meio da internet, podendo posteriormente ser adaptado para veiculação em canais de televisão ou outros formatos. Duração dos vídeos: entre 2 e 3min. Vinheta de abertura com aproximadamente 15s Cada vídeo abordará um subgênero da música eletrônica, introduzindo o universo (outros subgêneros) ao final de cada vídeo. O primeiro roteiro a ser produzido será sobre House, pela sua importância na música. Será produzido em português, podendo ser posteriormente traduzido. Saída para Web (Vimeo ou Youtube) VIDEO Codec de Vídeo: H.264 (encapsulamento .MOV) Resolução de Vídeo: 1920x1080px (Full HD desentrelaçado) Formato de Tela: 16:9 Frame Rate: 29,97fps (Drop Frame) Bitrate: 10,000 – 20,000 Kbits/s Tamanho do pixel: Square (1) ÁUDIO Codificador de áudio: AAC-LC (Advanced Audio Codec) Taxa de dados: 320 kbit/s Sample rate: 48 kHz O Primeiro Vídeo Estará disponível no endereço abaixo a partir de 10 de dezembro de 2014 http://vimeo.com/kevinjns/striptronic
Análise gráfica Com as dificuldades enfrentadas e a conceituação do projeto tardia, a solução apresentada é considerada aceitável. Alguns parâmetros dependem de uma capacitação pessoal e de ferramentas de trabalho com melhor aproveitamento. Em questões formais, o produto final apresentou um bom resultado e atingiu o objetivo da pesquisa. Já quanto as questões de enredo, é preciso um maior estudo das técnicas de produção cinematográfica, como roteirização e storyboard, pois são ferramentas indispensáveis que ficaram latentes nesta etapa final de projeto, o que atrasou em algumas semanas a entrega. Ainda podem ser feitos mais estudos na parte gráfica/formal, assim como o emprego de elementos terceiros como texto de apoio e fundo, efeitos, entre outros.
PRÓXIMOS PASSOS A seguir, com a conclusão do primeiro vídeo, os próximos passos envolvem a divulgação do mesmo e execução do mesmo processo para os outros subgêneros.
CONSIDERAÇÕES FINAIS E AGRADECIMENTOS A experiência de projetar um sistema de comunicação visual para vídeos sobre música eletrônica foi desafiadora. Dentro do prazo de 4 meses em que foi desenvolvido este projeto, um dos maiores desafios foi a abstração e a formalização de conceitos que estão muito presentes em meu meio de convívio, e que para um projeto como este, tem que ser esclarecido parte por parte, para que tudo seja justificado. Como designer e comunicador visual, acredito que seja de extrema importância desmistificar certos conceitos para a sociedade de forma que ela possa compreender melhor o mundo em que vive, tamanha a quantidade de informação presente em nosso cotidiano. Espero que com a formalização deste projeto (porque finalização não há, enquanto houver mudanças no mundo da música), os caminhos sejam abertos para uma maior compreensão e aceitação da música eletrônica primeiramente no Brasil, onde o projeto se iniciou. Gostaria de registrar meu agradecimento ao corpo docente da disciplina de Projeto de Comunicação Visual da PUC-Rio (DSG1031) Guilherme Toledo, Guto Lins, Julieta Sobral, Cristine Nogueira e aos colegas de curso que me acompanharam e colaboraram na construção deste sistema: Bruna Fonyat, Júlia Chinelli, Pedro Ivo Costa, Hanna Gutwilen, Luiza Rimes, Paula Macedo, Victor Chagas, Nathaly de Castro. Agradeço também aos amigos, familiares e colegas de trabalho que me auxiliaram e mantiveram o suporte durante todo este período, em especial: Bruna Montuori, Nathalia Meireles, João Paulo Monteiro, Aline Pimentel,Rafael Ramos, Natalie Poets, Luiz Felipe Caetano, Elliot Mann.
Kevin C. Jones
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